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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 16939
Primeira edição
18.02.2021

Concreto reforçado com fibras — Determinação


das resistências à fissuração e residuais à tração
por duplo puncionamento — Método de ensaio
Fiber reinforced concrete — Determination of tensile strength using double
Exemplar para uso exclusivo - Engepavi Engenharia e Projetos Ltda - 07.057.277/0001-08 (Pedido 845197 Impresso: 26/09/2022)

punch test (cracking and residuals strength) — Test method

ICS 91.100.10 ISBN 978-65-5659-801-7

Número de referência
ABNT NBR 16939:2021
6 páginas

© ABNT 2021
ABNT NBR 16939:2021
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ABNT NBR 16939:2021

Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Aparelhagem........................................................................................................................1
3.1 Máquina de ensaio..............................................................................................................1
3.2 Discos de carga...................................................................................................................1
3.3 Pratos de compressão........................................................................................................2
3.4 Medida de deslocamentos e aquisição de dados............................................................2
4 Execução do ensaio............................................................................................................2
4.1 Preparo dos corpos de prova ou testemunhos................................................................2
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4.1.1 Moldagem de corpos de prova..........................................................................................3


4.1.2 Cura......................................................................................................................................3
4.2 Execução do ensaio............................................................................................................3
4.3 Aplicação da carga..............................................................................................................4
5 Expressão dos resultados..................................................................................................4
5.1 Cálculo da resistência à tração por duplo puncionamento............................................4
5.2 Cálculo das resistências residuais....................................................................................5
5.3 Cálculo da tenacidade (opcional)......................................................................................5
5.4 Relatório de ensaio.............................................................................................................6

Figuras
Figura 1 – Esquema de configuração do ensaio de duplo puncionamento...................................2
Figura 2 – Gabaritos para o posicionamento dos discos de carga no corpo de prova................4
Figura 3 – Diagrama de carga versus deslocamento vertical, identificando os pontos
de carga para obtenção dos parâmetros..........................................................................5
Figura 4 – Diagrama de carga versus deslocamento vertical e de energia versus
deslocamento vertical.........................................................................................................6

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Prefácio

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elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
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A ABNT NBR 16939 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
(ABNT/CB-018), pela Comissão de Estudo de Concreto Reforçado com Fibras (CE-018:300.011).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 21.12.2020 a 03.02.2021.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16939 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies the method of the double punch test for molded or core specimens of fiber
reinforced concrete, to evaluate their tensile cracking strength and residuals tensile strengths.

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Concreto reforçado com fibras — Determinação das resistências à


fissuração e residuais à tração por duplo puncionamento — Método de
ensaio

1 Escopo
Esta Norma especifica o método de ensaio de duplo puncionamento para os corpos de prova ou
testemunhos de concreto reforçado com fibras, para determinação da resistência à fissuração e das
resistências residuais à tração.
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2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 5738, Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova

ABNT NBR 5739, Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos

ABNT NBR 7680-1 Concreto – Extração, preparo, ensaio e análise de testemunhos de estruturas de
concreto – Parte 1: Resistência à compressão axial

ABNT NBR NM ISO 6508-1, Materiais metálicos – Ensaio de dureza Rockwell – Parte 1: Método de
ensaio

ABNT NBR NM ISO 7500-1, Materiais metálicos – Calibração e verificação de máquinas de ensaio
estático uniaxial – Parte 1: Máquinas de ensaio de tração/compressão – Calibração e verificação do
sistema de medição da força

3 Aparelhagem
3.1 Máquina de ensaio
O ensaio deve ser realizado em máquina de ensaio que atenda aos valores máximos admissíveis
estabelecidos na ABNT NBR NM ISO 7500-1.

A máquina de ensaio deve ter capacidade de carga mínima de 300 kN e possibilitar o controle da
velocidade de ensaio pelo deslocamento vertical, e não apenas por controle de carga.

3.2 Discos de carga


O puncionamento é feito a partir do contato de discos de aço posicionados de forma centralizada nas
faces superior e inferior do corpo de prova (ver Figura 1). O material deve apresentar dureza superior
a 55 HRC, determinada de acordo com a ABNT NBR NM ISO 6508-1.

As superfícies dos discos devem ser planas, paralelas entre si e retificadas. O desvio em relação
à planeza superficial deve ser inferior a 0,05 mm.

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Os discos devem apresentar diâmetro (a) igual a 1/4 do diâmetro do corpo de prova (com tolerância
de ± 0,2 mm) e altura (H) igual a 1/5 da altura do corpo de prova, ou 15 mm (com tolerância de ± 0,5 mm).
A Figura 1 apresenta o esquema do ensaio de duplo puncionamento.
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Figura 1 – Esquema de configuração do ensaio de duplo puncionamento

3.3 Pratos de compressão

Os pratos da máquina de ensaio devem atender aos requisitos da ABNT NBR 5739.

3.4 Medida de deslocamentos e aquisição de dados

A máquina de ensaio deve permitir a aquisição simultânea da carga aplicada e do deslocamento vertical.
A frequência de aquisição dessas informações não pode ser inferior a uma leitura por segundo (1 Hz).

4 Execução do ensaio
4.1 Preparo dos corpos de prova ou testemunhos

O corpo de prova ou testemunho deve ser cilíndrico, com altura (H) igual ao diâmetro (d).

O corpo de prova deve ter dimensão nominal de 150 mm e deve ser obtido por moldagem de um
corpo de prova com 150 mm de diâmetro por 150 mm de altura, com as condições usuais de moldes
e tolerâncias indicadas na ABNT NBR 5738.

A dimensão nominal do testemunho não pode ser inferior a 100 mm, mantendo a relação diâmetro (d)
igual à altura (H). A extração e a conservação dos testemunhos devem ser realizadas de acordo com
a ABNT NBR 7680-1.

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4.1.1 Moldagem de corpos de prova

A moldagem deve ser realizada em camada única e o adensamento deve ser exclusivamente por
vibrações externas (mesa vibratória ou vibrador de parede). No caso de concreto autoadensável com
fibras, o molde deve ser totalmente preenchido e nivelado sem adensamento. O molde deve ser
preenchido até aproximadamente 90 % de seu volume, avaliado pela altura da amostra de ensaio
antes do adensamento. O molde deve ser completado e nivelado enquanto se realiza o adensamento.

O tempo de vibração requerido é particular para cada concreto, tipo de vibrador e molde. Esse tempo
depende da consistência do concreto e da eficiência do vibrador. A vibração deve ser finalizada
quando a superfície do concreto apresentar um aspecto relativamente liso e praticamente não houver
afloramento de bolhas de ar na superfície. A vibração demasiada pode causar segregação.

Não podem ser utilizados vibradores de imersão (agulha) no concreto ou nas laterais do molde.
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4.1.2 Cura

Os corpos de prova devem ser curados de acordo com a ABNT NBR 5738. Nesse caso, os corpos de
prova devem ser retirados da cura no período entre 24 h e 3 h antes dos ensaios, que são realizados
normalmente aos 28 dias, e mantidos no ambiente do laboratório.

A critério do projetista, podem ser adotadas outras alternativas para cura e/ou acondicionamento dos
corpos de prova.

4.1.3 Retificação

A base e o topo dos corpos de prova e testemunhos devem ser retificados e não podem apresentar
irregularidades na zona de contato com os discos, perpendiculares ao eixo longitudinal, com um desvio
máximo de 5°.

4.2 Execução do ensaio

Antes do início do ensaio, devem ser medidos o diâmetro e a altura do corpo de prova ou testemunho.
O diâmetro (d) deve ser a média de duas determinações perpendiculares, obtidas aproximadamente
na metade da altura do corpo de prova ou testemunho. A altura (H) deve ser a média dos valores
medidos em três geratrizes dispostas em planta, a aproximadamente 120°. A diferença medida entre
as alturas máxima e mínima deve ser inferior a 2 %.

4.2.1 Posicionamento do corpo de prova ou testemunho

Para assegurar a correta centralização dos discos de carga sobre o corpo de prova ou testemunho,
devem ser utilizados gabaritos com diâmetro igual ao diâmetro exterior (d) do corpo de prova ou testemunho,
considerando a tolerância de ± 1 mm, e um furo centralizado com diâmetro interior aproximadamente
igual ao do disco de carga + 1,5 mm (ver Figura 2).

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Figura 2 – Gabaritos para o posicionamento dos discos de carga no corpo de prova

O conjunto formado pelo corpo de prova ou testemunho e pelos discos de carga deve ser centralizado
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nos pratos da máquina de ensaio. A excentricidade máxima permitida entre o eixo da máquina de
ensaio e o disco de carga é de 5 mm.

4.3 Aplicação da carga

O carregamento deve ser realizado com velocidade de deslocamento vertical de (0,50 ± 0,05) mm/min.
O ensaio pode ser finalizado quando o deslocamento vertical medido atingir no mínimo 4 mm após
a carga de fissuração (Pf).

5 Expressão dos resultados


5.1 Cálculo da resistência à tração por duplo puncionamento

Para a determinação da resistência à tração por duplo puncionamento (ft), o parâmetro principal
é a carga de fissuração (Pf), identificada na Figura 3. O cálculo da resistência à tração por duplo
puncionamento (fissuração) deve ser realizado conforme a equação a seguir:

4 × Pf
ft =
9×π×a×H

onde

ft é a resistência à tração por duplo puncionamento (fissuração), expressa em megapascals (MPa);

Pf é a carga que produz a fissuração, expressa em newtons (N);

a é o diâmetro do disco de aplicação da carga, expresso em milímetros (mm);

H é a altura do corpo de prova, expressa em milímetros (mm).

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5.2 Cálculo das resistências residuais

O cálculo das resistências residuais ( fR,δp ) para diferentes níveis de deslocamento vertical (δp), contados
a partir da carga de fissuração (Pf), deve ser feito pela seguinte equação:

4 × Pδp
fR,δp =
9×π×a×H
onde

fR,δp é a resistência residual correspondente a um deslocamento vertical δp, expressa em


megapascals (MPa);

Pδp é a carga residual correspondente a um deslocamento vertical δp, expressa em newtons (N);
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a é o diâmetro do disco de aplicação da carga, expresso em milímetros (mm);

H é a altura do corpo de prova, expressa em milímetros (mm).

Os valores das resistências residuais devem ser determinados para os níveis de deslocamento vertical
pós-fissuração (δp) indicados na Figura 3.

130
120
110 Pf
100
90
Carga - P (kN)

80 P0,5
70
P1,5
60 P2,5
50
P3,5
40
30 Mínimo 4 mm
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6
Deslocamento vertical - δp (mm)

Figura 3 – Diagrama de carga versus deslocamento vertical, identificando os pontos


de carga para obtenção dos parâmetros

5.3 Cálculo da tenacidade (opcional)

A tenacidade ou energia, expressa em joules (J), é calculada pela área sob a curva de carga por
deslocamento vertical (δp), após a carga de fissuração (Pf). A Figura 4 apresenta o gráfico de carga
por deslocamento vertical e de energia por deslocamento vertical.

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140 250

120
200
100

Carga (kN)

Energia (J)
80 150

60 100
40
50
20

0 0
0 1 2 3 4
δp (mm)
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Figura 4 – Diagrama de carga versus deslocamento vertical e de energia


versus deslocamento vertical

5.4 Relatório de ensaio

O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

 a) identificação do corpo de prova ou testemunho;

 b) data de moldagem ou extração;

 c) local e data do ensaio;

 d) instituição e técnico responsável pelo ensaio;

 e) número de corpos de prova ou testemunhos ensaiados;

 f) dimensões do corpo de prova ou testemunho, determinadas com exatidão de 0,1 mm;

 g) defeitos detectados no corpo de prova ou testemunho;

 h) carga de fissuração e resistência à tração por duplo puncionamento (fissuração);

 i) cargas e resistências residuais para valores de deslocamento vertical iguais a 0,5 mm, 1,5 mm,
2,5 mm e 3,5 mm;

 j) tenacidade acumulada pós-fissuração para valor até 3,5 mm de deslocamento vertical;

 k) diagrama de carga versus deslocamento vertical;

 l) registro fotográfico do topo e da base dos corpos de prova ou testemunhos ensaiados, devidamente
identificados;

 m) referência a esta Norma.

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