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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 16828-2

Primeira edição
21.12.2020

Estruturas de bambu
Parte 2: Determinação das propriedades físicas
e mecânicas do bambu
Bamboo Structures
Part 2: Determination of physical and mechanical properties of bamboo
Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS - 92.959.006/0008-85

ICS 91.080.99 ISBN 978-65-5659-673-0

Número de referência
ABNT NBR 16828-2:2020
17 páginas

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Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referência normativa..........................................................................................................1
3 Termos, definições, símbolos e abreviaturas...................................................................1
4 Métodos de ensaio..............................................................................................................3
4.1 Generalidades......................................................................................................................3
4.1.1 Precisão requerida..............................................................................................................3
4.1.2 Obtenção de corpos de prova............................................................................................4
4.1.3 Temperatura e umidade......................................................................................................4
4.1.4 Equipamento e velocidade de aplicação de carga...........................................................4
4.1.5 Relatório de ensaio.............................................................................................................4
4.2 Procedimentos preliminares..............................................................................................5
4.2.1 Amostragem........................................................................................................................5
4.2.2 Seleção dos colmos............................................................................................................5
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4.2.3 Corte e identificação...........................................................................................................5


4.2.4 Tratamento imunizante.......................................................................................................6
4.2.5 Transporte e armazenamento............................................................................................6
5 Teor de umidade..................................................................................................................6
5.1 Princípio...............................................................................................................................6
5.2 Aparelhagem........................................................................................................................6
5.3 Preparação dos corpos de prova......................................................................................7
5.4 Procedimento......................................................................................................................7
5.5 Cálculo e expressão dos resultados.................................................................................7
5.6 Relatório de ensaio.............................................................................................................7
6 Massa volumétrica..............................................................................................................7
6.1 Princípio...............................................................................................................................7
6.2 Aparelhagem........................................................................................................................8
6.3 Preparação dos corpos de prova......................................................................................8
6.4 Procedimento......................................................................................................................8
6.5 Cálculo e expressão dos resultados.................................................................................8
6.6 Relatório de ensaio.............................................................................................................8
7 Retração...............................................................................................................................9
7.1 Princípio...............................................................................................................................9
7.2 Aparelhagem........................................................................................................................9
7.3 Preparação dos corpos de prova......................................................................................9
7.4 Procedimento......................................................................................................................9
7.5 Relatório de ensaio...........................................................................................................10
8 Resistência e módulo de elasticidade à compressão paralela às fibras.....................10
8.1 Princípio.............................................................................................................................10
8.2 Aparelhagem......................................................................................................................10
8.3 Preparação dos corpos de prova....................................................................................10

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8.4 Procedimento....................................................................................................................10
8.5 Cálculo e expressão dos resultados............................................................................... 11
8.6 Relatório de ensaio........................................................................................................... 11
9 Resistência e módulo de elasticidade à flexão do colmo............................................. 11
9.1 Princípio............................................................................................................................. 11
9.2 Aparelhagem...................................................................................................................... 11
9.3 Preparação dos corpos de prova....................................................................................12
9.4 Procedimento....................................................................................................................12
9.5 Cálculo e expressão dos resultados...............................................................................13
9.6 Relatório de ensaio...........................................................................................................14
10 Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras.............................................................14
10.1 Princípio.............................................................................................................................14
10.2 Aparalhagem......................................................................................................................14
10.3 Preparação dos corpos de prova....................................................................................15
10.4 Procedimento de ensaio...................................................................................................15
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10.5 Cálculo e expressão dos resultados...............................................................................15


10.6 Relatório de ensaio...........................................................................................................15
11 Resistência e módulo de elasticidade à tração paralela às fibras...............................15
11.1 Princípio.............................................................................................................................15
11.2 Aparelhagem......................................................................................................................16
11.3 Preparação dos corpos de prova....................................................................................16
11.4 Procedimento de ensaio...................................................................................................16
11.5 Cálculo e expressão dos resultados...............................................................................17
11.6 Relatório de ensaio...........................................................................................................17

Figuras
Figura 1 – Esquema do ensaio de flexão do colmo........................................................................12
Figura 2 – Aparelho para ensaio de cisalhamento paralelo às fibras...........................................14
Figura 3 – Corpo de prova para ensaio de tração paralela às fibras............................................16

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
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Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 16828-2 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002), pela
Comissão de Estudo de Estruturas de Bambu (CE-002:126.012). O Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 01, de 30.01.2020 a 30.03.2020.

A ABNT NBR 16828-2 não se aplica aos projetos de construção que tenham sido protocolados para
aprovação no órgão competente pelo licenciamento anteriormente à data de sua publicação como
Norma Brasileira, nem àqueles que venham a ser protocolados no prazo de até 180 dias após esta data.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16828-2 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies test methods for determining the physical and mechanical properties of the
bamboo culm or part of it to support the design of bamboo structures.

NOTE Test results can also be used to establish the relationship between mechanical properties and
factors such as moisture content, volumetric mass, growth site, stem position, knot and internode presence etc.
for quality control purposes of bamboo buildings.

This Standard also specifies test methods for evaluating:

a) The physical properties of bamboo: moisture content, mass by volume, shrinkage; and

b) mechanical properties: compression strength parallel to fibres, bending strength, shear strength
parallel to the fibres, tension strength parallel to the fibres

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Estruturas de bambu
Parte 2: Determinação das propriedades físicas e mecânicas do bambu

1 Escopo
Esta Norma especifica métodos de ensaio para determinação das propriedades físicas e mecânicas
do colmo ou de parte dele, para servirem de base ao projeto de estruturas de bambu.

NOTA Os resultados dos ensaios também podem ser usados para estabelecer a relação entre as propriedades
mecânicas e de fatores como teor de umidade, massa volumétrica, local de crescimento, posição ao longo do
colmo, presença de nó e entrenó etc., para fins de controle de qualidade das construções de bambu.

Esta Norma também especifica métodos de ensaio para avaliar:

a) as propriedades físicas do bambu: teor de umidade, massa por volume, retração; e


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b) as propriedades mecânicas: resistência à compressão paralela às fibras, resistência à flexão do


colmo, resistência ao cisalhamento paralelo às fibras, resistência à tração paralela às fibras.

2 Referência normativa
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 16828-1, Estruturas de bambu – Parte 1: Procedimento

3 Termos, definições, símbolos e abreviaturas


3.1 Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1.1
colmo de bambu
parte aérea da planta, de forma tronco-cônica, em geral vazia no seu interior, exceto nos nós, que é
aproveitada na construção

3.1.2

parte do colmo da qual podem despontar galhos e onde há um diafragma interno fechando a seção
transversal

3.1.3
diâmetro externo
diâmetro da seção transversal do colmo, medido em dois pontos opostos à superfície externa

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3.1.4
espessura da parede
espessura da parede do colmo

3.1.5
internó
entrenó
parte do colmo compreendida entre dois nós consecutivos

3.1.6
vara de bambu
parte útil do colmo após o corte de suas extremidades

NOTA O termo “vara de bambu” é o termo com o qual a vara é comercializada.

3.1.7
umidade do colmo
porcentagem de água da amostra com referência ao peso seco em estufa
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3.2 Símbolos e abreviaturas

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes símbolos e abreviaturas.

3.2.1 Letras latinas minúsculas

a distância ou dimensão

d diâmetro interno do colmo

f resistência

k coeficiente

t espessura da parede do colmo

3.2.2 Letras latinas maiúsculas

A área de seção transversal do colmo no internó

D diâmetro externo do colmo

E módulo de elasticidade

F força concentrada

G módulo de elasticidade transversal

I momento de inércia

L comprimento de vão, comprimento de corpo de prova

M momento fletor

N esforço ou força normal

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UR umidade relativa do ambiente

V esforço cortante, volume

W momento resistente de seção

3.2.3 Letras latinas e abreviaturas como índice

k característico, coeficiente

m médio

máx máximo

mín mínimo

mod modificado, modificação

3.2.4 Letras gregas


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α ângulo

β ângulo, coeficiente

δ deflexão, flecha

ε deformação específica

σ tensão normal

τ tensão de cisalhamento

4 Métodos de ensaio
4.1 Generalidades

4.1.1 Precisão requerida

4.1.1.1 Dimensões

Antes de cada ensaio, as dimensões de cada corpo de prova devem ser obtidas com precisão de:

a) 10 mm, para comprimento da vara;

b) 1 mm, para o comprimento ou altura do corpo de prova, paralelo ao eixo do colmo;

c) 1 mm, para o diâmetro externo; para cada seção transversal, o diâmetro deve ser medido duas
vezes em direções perpendiculares entre si em cada uma das extremidades do corpo de prova;

d) 0,1 mm, para a espessura da parede; em cada seção transversal onde está sendo medida
a espessura da parede, fazer quatro leituras, uma em cada ponto onde foi medido o diâmetro externo.

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4.1.1.2 Peso

O peso do corpo de prova deve ser determinado com precisão de:

a) 1 gf, para corpo de prova de massa igual ou superior a 100 g;

b) 0,1 gf, para corpo de prova de massa inferior a 100 g.

4.1.2 Obtenção de corpos de prova

Os corpos de prova para os diversos ensaios devem ser cortados da vara segundo o tipo de ensaio
a ser feito e identificados adequadamente com marcador permanente.

A sequência dos ensaios deve ser tal que elimine o máximo possível de variações das propriedades
devidas ao armazenamento e condições ambientais que possam afetar a comparação dos resultados.

O número de corpos de prova em cada ensaio não pode ser inferior a 12.

4.1.3 Temperatura e umidade


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Para evitar variações significativas nos valores de resistência mecânica, todos os ensaios devem ser
feitos à temperatura de (27 ± 2) °C e umidade relativa de (70 ± 5) %. Isto permite a comparação de
resultados de ensaios em todo o mundo, assim como a sua reprodutibilidade.

No entanto, se os ensaios forem realizados no local de uso, ou se o laboratório for incapaz de controlar
a temperatura e a umidade do local, o relatório de ensaios deve apresentar estes parâmetros com
seus valores explicitados.

4.1.4 Equipamento e velocidade de aplicação de carga

O equipamento de ensaio deve ter um dos pratos rotulado, de forma a permitir pequenas rotações e
acomodações dos corpos de prova.

A velocidade de aplicação de carga não pode variar mais que ± 20 % da velocidade especificada para
o ensaio.

O carregamento deve ser aplicado continuamente sem variação na velocidade requerida para o ensaio.

4.1.5 Relatório de ensaio

O relatório de ensaio deve incluir:

a) nome e endereço do laboratório, data e nome do técnico responsável;

b) referência a esta Norma;

c) informações sobre a origem dos corpos de prova, como mencionado em 5.3, e posição ao longo
do colmo;

d) temperatura e umidade do ar no ambiente de ensaio;

e) equipamento utilizado e qualquer outra informação que possa influenciar a utilização dos resultados
de ensaio;

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f) teor de umidade das peças ensaiadas, conforme a Seção 5;

g) valor individual da propriedade medida, valor médio, desvio-padrão e coeficiente de variação,


com precisão de uma casa decimal para propriedades mecânicas, em megapascals, e coeficiente
de variação, em porcentagem.

4.2 Procedimentos preliminares

Os seguintes procedimentos são necessários para se obter as propriedades físicas e mecânicas do


bambu, de acordo com ABNT NBR 16828-1, 7.1.1 a 7.1.7:

a) amostragem;

b) seleção dos colmos;

c) corte e identificação;

d) tratamento preservativo;
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e) secagem;

f) transporte e armazenamento.

4.2.1 Amostragem

No caso dos ensaios sobre as propriedades dos bambus para fins comerciais, as amostras devem ser
coletadas de diferentes localidades, representativas de diferentes condições de crescimento em toda
a área geográfica envolvida.

No caso da investigação científica, devem ser coletadas amostras nas localidades determinadas pelo
propósito da pesquisa, que devem ser mencionadas no relatório dos ensaios.

4.2.2 Seleção dos colmos

Os colmos de bambu devem ser selecionados na plantação por profissional habilitado que possa
identificar as espécies, conheça o grau de maturação e tenha conhecimento do método de corte.

Os colmos selecionados para ensaio devem estar maduros e livres de defeitos e devem ser representativos
da média dos colmos de bambu dominantes da localidade. Colmos danificados, trincados ou atacados
por insetos devem ser descartados.

O número necessário de colmos deve ser escolhido aleatoriamente nos diversos compartimentos
da plantação.

Os colmos selecionados devem ser marcados adequadamente para posterior corte.

4.2.3 Corte e identificação

Antes do corte devem ser registradas as seguintes informações:

a) nome da espécie (botânica e local);

b) nome da localidade;

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c) número de touceiras e de colmos selecionados;

d) idade dos colmos;

e) detalhes sobre a identificação dos colmos;

f) data de corte e de expedição.

Deve-se descartar a primeira parte do colmo (até 1 m, dependendo da espécie), pois ela apresenta
características anatômicas diferentes do restante do colmo de bambu.

Os colmos devem ser numerados sequencialmente. Na posição horizontal, corta-se e descarta-se


a parte superior não utilizável, obtendo-se as varas. Estas são divididas em três partes, cada uma com
comprimento aproximadamente equivalente a um terço da parte útil do colmo, marcadas como “base”,
“meio” e “topo”, mantida a numeração do colmo em cada uma delas. O comprimento da parte útil,
ou seja, da vara, deve ser registrado.

4.2.4 Tratamento imunizante


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Os colmos de bambu são particularmente suscetíveis ao ataque de insetos. Por esse motivo, tão logo
seja feito o corte na touceira, as varas devem ser preparadas e receber um tratamento imunizante
(profilático), para evitar a presença de insetos xilófagos.

4.2.5 Transporte e armazenamento

Durante o transporte, as varas devem estar protegidas de incidência de sol forte e de chuva, devendo
ser evitados choques e pancadas nas varas.

As varas de bambu devem ser armazenadas pelo menor tempo possível, de forma a evitar que qualquer
deterioração possa ocorrer.

5 Teor de umidade
5.1 Princípio

Este método de ensaio consiste na determinação do teor de umidade do bambu que deve acompanhar
os ensaios físicos e mecânicos, por pesagem, da perda de massa de um corpo de prova por secagem
até massa constante.

5.2 Aparelhagem

É necessária a seguinte aparelhagem para realização do ensaio:

a) balança com precisão de 0,01 gf;

b) estufa;

c) equipamentos para assegurar a retenção de umidade nas peças de ensaio, por exemplo, frascos
com gargalos em vidro fosco e rolhas.

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5.3 Preparação dos corpos de prova

O teor de umidade deve ser obtido após a realização dos ensaios físicos ou mecânicos dos corpos de
prova de bambu.

Os corpos de prova para determinação do teor de umidade devem ser preparados imediatamente
após cada ensaio. O número de corpos de prova é igual ao número de corpos de prova usados no
ensaio físico ou mecânico.

O corpo de prova deve ser prismático, com cerca de 25 mm de largura, 25 mm de comprimento e


espessura igual à da parede do colmo. As amostras devem ser colhidas e armazenadas em condições
que assegurem que o teor de umidade permaneça inalterado até a realização dos ensaios.

5.4 Procedimento

As amostras devem ser pesadas com precisão de 0,01 gf e, em seguida, secas em estufa a uma
temperatura de (103 ± 2) °C.

Após 24 h, o peso deve ser registado em intervalos regulares não inferiores a 2 h. Deve-se ter cuidado
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para evitar qualquer alteração no teor de umidade entre a remoção da estufa e as determinações
subsequentes da massa.

A secagem deve ser considerada completa quando a diferença entre duas pesagens sucessivas não
for superior a 0,01 g.

5.5 Cálculo e expressão dos resultados

O teor de umidade (U) de cada corpo de prova deve ser calculado como a perda de massa, expressa
em percentagem da massa seca em estufa, de acordo com a seguinte equação:

U = [(m − mo ) mo ] × 100

onde

m é a massa do corpo de prova, antes da secagem em estufa, com precisão de 0,01 g;

mo é a massa do corpo de prova depois da secagem, com precisão de 0,01 g.

A média aritmética dos resultados, com precisão de 0,1 %, deve ser considerada como o valor
representativo do teor de umidade das peças ensaiadas.

5.6 Relatório de ensaio

O resultado deve ser mencionado no relatório de ensaio de acordo com 4.1.5.

6 Massa volumétrica
6.1 Princípio

Este método de ensaio consiste na determinação da massa por unidade de volume da parede do
colmo de bambu, que depende do teor de umidade do colmo.

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Determina-se da massa do corpo de prova por pesagem e do seu volume por meio de medição das
suas dimensões ou por outro método.

6.2 Aparelhagem

É necessária a seguinte aparelhagem para realização do ensaio:

a) paquímetro com precisão de 0,1 mm;

b) balança com precisão de 0,01 gf;

c) equipamento para a determinação do teor de umidade, de acordo com a Seção 5.

6.3 Preparação dos corpos de prova

Os corpos de prova devem ter as mesmas dimensões apresentadas em 5.3. Para a determinação da
massa volumétrica, também é permitido preparar os corpos de prova a partir de um corte transversal
completo de uma vara, desde que o volume possa ser medido facilmente.
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6.4 Procedimento

Medir as dimensões dos corpos de prova para uma aproximação de 0,1 mm e calcular o volume, ou
determinar o volume por um método adequado (por exemplo, imersão), com uma precisão de 10 mm3.

No caso de se desejar obter a densidade do material seco, secar os corpos de prova até peso constante
(ver 5.4), mas fazer isso gradualmente, para minimizar a fissuração. Realizar as operações de pesagem
imediatamente após a secagem.

Determinar a massa das peças de ensaio com precisão de 0,01 g.

6.5 Cálculo e expressão dos resultados

A massa por volume do bambu de cada corpo de prova deve ser dado pela seguinte equação:

ρ = (m V ) × 106

onde

ρ é a massa volumétrica, expressa em quilogramas por metro cúbico (kg/m3);

m é a massa do corpo de prova, expressa em gramas (g);

V é o volume do corpo de prova, expresso em milímetros cúbicos (mm3).

Exprimir o resultado até o inteiro mais próximo, em quilogramas por metro cúbico (kg/m3).

Calcular, com precisão de 10 kg/m3, a média aritmética dos resultados e relatar isso como o valor
da média para a massa por volume dos corpos de prova, informando o teor de umidade dos corpos
de prova.

6.6 Relatório de ensaio

O relatório de ensaio deve estar conforme 4.1.5.

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7 Retração
7.1 Princípio

Este método de ensaio consiste na determinação da retração (diminuição de dimensões) do diâmetro


externo, da espessura da parede e do comprimento longitudinal de partes representativas do colmo
de bambu, quando ele passa do teor de umidade de equilíbrio com a atmosfera para a condição de
seco em estufa.

Mede-se a variação de dimensões que ocorre no corpo de prova após secagem natural e condição
seco em estufa.

7.2 Aparelhagem

É necessário um paquímetro com precisão de 0,1 mm para realização do ensaio.

7.3 Preparação dos corpos de prova

Os corpos de prova devem ser preparados a partir de entrenós dos colmos de bambu, com comprimento
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de 100 mm. Caso a distância intermodal seja inferior a este valor, adotar o comprimento possível de
ser obtido.

7.4 Procedimento

A retração deve ser observada no diâmetro externo D, na espessura de parede t, e também no


comprimento L do corpo de prova.

Marcações adequadas devem ser feitas no corpo de prova, a fim de facilitar medição sempre no
mesmo local.

Em cada amostra, quatro diâmetros (dois em cada extremidade), oito espessuras (quatro em cada
extremidade) e dois comprimentos devem ser medidos, obtendo-se a leitura média inicial L1. A amostra
deve ser deixada para secar lentamente até atingir a umidade de equilíbrio com o ambiente.

As massas e dimensões devem ser registradas regularmente, até que as dimensões fiquem constantes
ou um ciclo de tempo completo esteja terminado. Em seguida, as amostras devem ser colocadas
em estufa à temperatura de (103 ± 2) °C, de modo que se tornem completamente secas (ver 5.4),
obtendo-se suas dimensões (L2).

A retração em porcentagem da condição de equilíbrio com a atmosfera para a condição seca em


estufa, com uma casa decimal, é dada por:

[(L1 − L2 ) L1] × 100%

onde

L1 é a média da leitura inicial, feita com o corpo de prova na umidade de equilíbrio com o ambiente;

L2 é a média da leitura final, feita após secagem em estufa.

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7.5 Relatório de ensaio

O relatório de ensaio deve estar de acordo com 4.1.5 e deve conter as dimensões iniciais e finais,
o teor de umidade de equilíbrio e uma descrição dos defeitos desenvolvidos na amostra durante
o encolhimento, bem como expressão dos resultados.

8 Resistência e módulo de elasticidade à compressão paralela às fibras


8.1 Princípio

Este método de ensaio consiste na obtenção da resistência e módulo de elasticidade à compressão


paralela às fibras em corpos de prova de colmos de bambu.

Determina-se a resistência à compressão e módulo de elasticidade de corpos de prova extraídos de


varas de bambu pela aplicação de força distribuída em suas extremidades.

8.2 Aparelhagem
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Os ensaios devem ser realizados em uma máquina de ensaios com pelo menos uma das placas do
equipamento rotulada. Recomenda-se que, entre as placas de aço da máquina e ambas as extremidades
do corpo de prova, algum dispositivo, como placa de politetrafluoretileno (PTFE) ou outro, seja aplicado
para reduzir o atrito entre a superfície de aplicação da carga e as extremidades do corpo de prova.

8.3 Preparação dos corpos de prova

Os corpos de prova devem ser cortados das partes basal, média e topo de cada colmo, devendo ser
marcados com as letras B, M e T, respectivamente.

Os ensaios de compressão paralela às fibras devem ser realizados em corpos de prova sem nó, e
o comprimento do corpo de prova deve ser igual ao diâmetro externo.

No entanto, se o diâmetro externo for de 20 mm ou menos, a altura deve ser duas vezes o diâmetro
externo. Estas limitações são válidas no caso de ensaios para fins comerciais; para ensaios de
pesquisa científica, o responsável pelos ensaios pode especificar as dimensões do corpo de prova da
forma que achar mais conveniente, informando este fato no relatório de ensaio.

Os cortes das extremidades do corpo de prova devem ser planos, com um desvio máximo de 0,2 mm.

Para determinar o módulo de elasticidade, medidores de deformações devem ser aplicados, sendo dois
no mínimo por corpo de prova, em posições diametralmente opostas.

8.4 Procedimento

A amostra deve ser colocada centralizada na máquina de ensaios.

Para acomodação do corpo de prova, uma pequena carga de não mais de 1 kN deve ser inicialmente
aplicada e relaxada.

Durante o ensaio, o carregamento deve ser aplicado continuamente, de forma que a placa móvel da
máquina de ensaio tenha uma velocidade constante de, aproximadamente, 0,01 mm/s.

A carga máxima medida pelo equipamento de ensaio deve ser registrada.

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8.5 Cálculo e expressão dos resultados


A resistência à compressão paralela às fibras é determinada pela seguinte equação:

fc0 = Fmáx A

onde

fc0 é a resistência à compressão paralela às fibras, expressa em megapascals (MPa), com uma
casa decimal;

Fmáx é a carga máxima indicada na máquina de ensaio, expressa em newtons (N);

A é a área da seção transversal do corpo de prova, expressa em milímetros quadrados (mm2).

O módulo de elasticidade à compressão paralela às fibras, Eco, em gigapascais, deve ser calculado
a partir da média das leituras dos medidores de deformação, como uma relação linear entre a tensão
entre 20 % e 60 % da resistência à compressão paralela às fibras, conforme seguinte equação:
Eco = (F60 − F20 ) [ A ⋅ (ε 60 − ε 20 )]
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onde

F60 é a força correspondente a 60 % da carga de ruptura no ensaio, expressa em newtons (N);

F20 é a força correspondente a 20 % da carga de ruptura no ensaio, expressa em newtons (N);

A é a área da seção transversal do corpo de prova, expressão em milímetros quadrados (mm2);

ε60 é a deformação específica correspondente à força F60, expressa em partes por mil (‰);

ε20 é a deformação específica correspondente à força F20, expressa em partes por mil (‰).

8.6 Relatório de ensaio


O relatório de ensaio deve estar de acordo com 4.1.5.

9 Resistência e módulo de elasticidade à flexão do colmo


9.1 Princípio
Este método de ensaio consiste na flexão em colmos de bambu para verificação do seu comportamento
e obtenção da resistência e módulo de elasticidade à flexão.

Realiza-se o ensaio de flexão de quatro pontos, com obtenção da curva carga-deflexão vertical.

9.2 Aparelhagem
A aparelhagem a ser utilizada no ensaio é a seguinte:

a) equipamento de ensaio capaz de medir a carga com precisão de 1 % da carga máxima esperada,
e deformação com precisão de 1 mm;

b) sistema capaz de assegurar a flexão do colmo de quatro pontos, aplicando uma carga no meio
do vão. Para evitar o esmagamento do colmo, as cargas e as reações nos apoios devem ser

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aplicadas próximas aos nós, por meio de dispositivo de madeira, conforme a Figura 1. Nos apoios
deve ser permitida a rotação.
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Peça de madeira: c aproximadamente comprimento do entrenó

Figura 1 – Esquema do ensaio de flexão do colmo

9.3 Preparação dos corpos de prova


Os colmos a serem ensaiados devem estar isentos de defeitos visíveis.

A fim de obter falha por flexão, o vão livre deve ser de pelo menos 30.D, sendo D o diâmetro externo
médio da peça.

O comprimento total da vara deve ser de pelo menos 30.D mais meio entrenó em cada extremidade.

9.4 Procedimento
Determinar os valores médios do diâmetro externo D e da espessura da parede t. Calcular o momento
de inércia pela seguinte equação:

I = ( π 64) ⋅ D 4 − (D − 2t )4 

onde

I é o momento de inércia da seção transversal, expresso em milímetros à quarta potência (mm4);

D é o diâmetro externo médio, expresso em milímetros (mm);

t é a espessura da parede do colmo, expressa em milímetros (mm).

Colocar o colmo nos suportes de apoio e deixar que ele se acomode naturalmente. Em seguida,
colocar os dispositivos que dividem a carga no topo do colmo, permitindo que ele se acomode.

Alinhar o colmo e os quatro dispositivos, a carga e os suportes visualmente em um plano vertical.

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A velocidade de ensaio é de aproximadamente 0,5 mm/s. A carga máxima deve ser determinada com
precisão de 10 N. Deve ser anotada a presença de fissuras e também deve ser relatado o tipo de falha
na ruptura. Obter o diagrama carga-deflexão.

Após o ensaio, determinar o diâmetro externo D e a espessura de parede t, o mais próximo possível
dos pontos de carga. A média dos diâmetros e das espessuras das paredes deve ser utilizada para
recalcular o momento de inércia I, com a equação que consta no início desta subseção.

Determinar o teor de umidade, em conformidade com a Seção 5, do corpo de prova extraído próximo
a um ponto de falha.

9.5 Cálculo e expressão dos resultados

Para ruptura em flexão dentro do trecho central do colmo, o momento último é dado pela seguinte equação:

Mult = (Fmáx ⋅ a ) 2

onde
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Fmáx é a força máxima aplicada no centro do dispositivo de ensaio, expressa em newtons (N);

A é a distância indicada na Figura 1, expressa em milímetros (mm).

A resistência à flexão, em megapascals, é dada pela seguinte equação:

fMo = Mult ⋅ D (2 ⋅ I )

onde

D é o diâmetro externo médio do colmo, obtido nas proximidades do local de ruptura, expresso
em milímetros (mm);

I é o momento de inércia da seção transversal, obtido nas proximidades do local de ruptura,


expresso em milímetros à quarta potência (mm4).

O módulo de elasticidade do colmo em flexão, em megapascals, é dado pela inclinação do trecho linear
do diagrama carga-deflexão, entre 20 % e 60 % da carga máxima, e é obtido pela seguinte equação:

EM 0 = (F60 − F20 ) ⋅ a ⋅ (3L2 − 4a2 ) [ 48 ⋅ l ⋅ (δ 60 − δ 20 )]

onde

F60 é a força correspondente a 60 % da carga de máxima no ensaio, expressa em newtons (N);

F20 é a força correspondente a 20 % da carga de máxima no ensaio, expressa em newtons (N);

A é a distância indicada na Figura 1, expressa em milímetros (mm);

L é a distância entre centro a centro do apoio (ver Figura 1), expressa em milímetros (mm);

δ60 é a deflexão correspondente a F60, expressa em milímetros (mm);

δ20 é a deflexão correspondente a F20, expressa em milímetros (mm).

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9.6 Relatório de ensaio

O relatório de ensaio deve conter as informações de 4.1.5 e as seguintes:

a) esquema de ensaio e as dimensões do colmo;

b) curva carga-deflexão;

c) valores de fMo e EMo para cada colmo.

10 Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras


10.1 Princípio

Este método de ensaio consiste na obtenção da resistência ao cisalhamento paralelo às fibras.

Determina-se a resistência ao cisalhamento por deslocamento relativo entre as partes do corpo de prova
comprimidas por placas rígidas defasadas.
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10.2 Aparalhagem

Os ensaios devem ser realizados em uma máquina de compressão, conforme a Seção 8, sem
dispositivo de redução do atrito. O corpo de prova deve ser apoiado na extremidade inferior em chapas
rígidas ao longo de dois quartos, uma em frente da outra, e carregado na extremidade superior ao
longo dos dois quartos que não são apoiados, conforme a Figura 2. Desta forma têm-se quatro áreas
de cisalhamento.
3 mm

Figura 2 – Aparelho para ensaio de cisalhamento paralelo às fibras

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10.3 Preparação dos corpos de prova


Os corpos de prova devem ser tomados a partir das parte basal, média e topo de cada vara, devendo
ser marcados com as letras B, M e T, respectivamente.

Os ensaios de cisalhamento paralelo à fibra devem ser realizados em corpos de prova, sendo metade
com nó no centro do corpo de prova e metade sem nó.

O comprimento da amostra deve ser igual ao diâmetro. Estas limitações são válidas no caso de
ensaios para fins comerciais. No caso de investigação científica, pode-se adotar um procedimento
diferente, desde que seja relatado.

As superfícies superior e inferior dos corpos de prova devem ser planas e perpendiculares ao seu eixo.

A espessura da parede t e a altura L da amostra devem ser tomadas em todas as quatro áreas
de cisalhamento.

10.4 Procedimento de ensaio


O corpo de prova deve ser colocado de modo que o centro do prato móvel da máquina de ensaio
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esteja verticalmente acima do centro da seção transversal do espécime. A amostra deve também ser
centrada em relação aos dispositivos de apoio e de carga. Uma pequena carga de não mais de 1 kN
é inicialmente aplicada para acomodações.

A carga deve ser aplicada de forma contínua durante o ensaio, com velocidade constante de deslocamento
de aproximadamente 0,01 mm/s (0,6 cm/min).

10.5 Cálculo e expressão dos resultados


A resistência ao cisalhamento final deve ser calculada de acordo com a seguinte equação:

fV 0 = Fmáx ∑ (t × L )
onde

fV0 é a resistência ao cisalhamento paralelo às fibras, com aproximação de 0,1 MPa;

Fmáx é a carga máxima, que provocou a ruptura, expressa em newtons (N);

∑ (t × L ) é a soma das quatro áreas de cisalhamento, expressa em milímetros quadrados (mm2).

10.6 Relatório de ensaio


O relatório de ensaio deve conter as informações de 4.1.5 e, adicionalmente, a massa por volume.

11 Resistência e módulo de elasticidade à tração paralela às fibras


11.1 Princípio
Este método de ensaio consiste na determinação da resistência à tração paralela às fibras em corpos
de prova retirados de partes do colmo de bambu.

Determina-se a resistência à tração paralela às fibras pela aplicação de uma carga gradualmente no
corpo de prova.

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11.2 Aparelhagem

Máquina de ensaio com garras que assegurem que a carga seja aplicada ao longo do eixo longitudinal
do corpo de prova e impeçam a torção longitudinal. O corpo de prova deve ser preso perpendicularmente
às fibras e na direção radial.

Aplicar a carga continuamente ao longo do ensaio, a uma velocidade de deformação de 0,01 mm/s,
com precisão de 10 N.

As dimensões transversais da porção central do corpo de prova devem ser medidas com precisão de 0,1 mm.

11.3 Preparação dos corpos de prova

Os corpos de prova devem ser extraídos das partes basal, mediana e superior de cada colmo, devendo
ser marcados com as letras B, M e T.

O ensaio de resistência à tração paralela às fibras deve ser realizado em corpos de prova com nó,
o qual deve estar na sua parte central. Esta indicação é válida no caso de ensaio para fins comerciais.
No caso de investigação científica, pode-se adotar outro procedimento.
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O corpo de prova deve ser extraído de um pedaço de colmo, paralelamente às fibras.

O trecho central do corpo de prova, com 50 mm a 100 mm de comprimento, deve ter uma seção
transversal retangular, com largura igual à espessura da parede do colmo t e espessura b no máximo
igual à metade deste valor e menor que 20 mm, conforme a Figura 3.

Nas extremidades do corpo de prova é permitido usar lâminas metálicas ou lâminas de bambu coladas
firmemente, para facilitar prendê-lo nas garras do aparelho de ensaio. Não podem ser considerados
resultados quando a ruptura ocorrer na região das garras.

Lâminas
metálicas

Figura 3 – Corpo de prova para ensaio de tração paralela às fibras

Para determinar o módulo de elasticidade à tração paralela às fibras, Eto, o medidor de deformação
deve ser posicionado na parte central do corpo de prova.

11.4 Procedimento de ensaio

Medir as dimensões da seção transversal da porção central do corpo de prova em três pontos, com
precisão de 0,1 mm, e calcular o valor médio.

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Fixar as extremidades do corpo de prova entre as garras da máquina, a uma distância segura da
porção central.

Aplicar carga com taxa constante indicada em 11.2.

Após o ensaio, determinar a umidade dos corpos de prova.

Caso seja necessário, ler os medidores de deformação um número suficiente de vezes para se obter
um diagrama carga-deformação preciso, a partir do qual o módulo de elasticidade à tração paralela
às fibras possa ser obtido.

11.5 Cálculo e expressão dos resultados

A resistência à tração paralela às fibras, em megapascals, é determinada pela seguinte equação:

ft 0 = Fmáx A

onde
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ft0 é a resistência à tração paralela às fibras, expressa com precisão de 1 MPa;

Fmax é a carga máxima lida no equipamento de tração, expressa em newtons (N);

A é a área média da seção transversal da parte central do corpo de prova, expressa em


milímetros quadrados (mm2).

O módulo de elasticidade à tração paralela às fibras Et0 , em gigapascals, pode ser calculado no
trecho linear do diagrama tensão-deformação, entre 20 % e 60 % da tensão de ruptura, conforme
a seguinte equação:

Eto = (F60 – F20 ) [ A ⋅ (ε 60 − ε 20 )]

onde

F60 é a força correspondente 60 % da carga de ruptura no ensaio, expressa em newtons (N);

F20 é a força correspondente 20 % da carga de ruptura no ensaio, expressa em newtons (N);

A é a área média da seção transversal da parte central do corpo de prova, expressa em


milímetros quadrados (mm2);

ε 60 é a deformação específica correspondente à força F60, expressa em partes por mil (‰);

ε 20 é a deformação específica correspondente à força F20, expressa em partes por mil (‰).

11.6 Relatório de ensaio

O relatório de ensaio deve conter as informações de 4.1.5.

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