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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 15812-3

Primeira edição
09.08.2017

Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos


Parte 3: Métodos de ensaio
Exemplar para uso exclusivo - Lucas Buzanello Figueiredo - 369.704.188-63 RNP:2612547410 (Pedido 736721 Impresso: 17/12/2019)

Masonry — Clay blocks


Part 3: Test methods

ICS 91.080.30 ISBN 978-85-07-07085-6

Número de referência
ABNT NBR 15812-3:2017
34 páginas

© ABNT 2017
ABNT NBR 15812-3:2017
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ABNT NBR 15812-3:2017

Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Ensaio para a determinação da resistência à compressão de paredes........................1
4.1 Aparelhagem........................................................................................................................1
4.1.1 Dispositivos para aplicação de cargas.............................................................................1
4.1.2 Defletômetros......................................................................................................................2
4.2 Construção das paredes para ensaio – Procedimento de preparação..........................2
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4.2.1 Generalidades......................................................................................................................2
4.2.2 Dimensões das paredes – Corpos de prova.....................................................................3
4.2.3 Assentamento dos blocos..................................................................................................3
4.2.4 Amarração............................................................................................................................3
4.2.5 Grauteamento......................................................................................................................3
4.2.6 Capeamento.........................................................................................................................3
4.2.7 Cura ou idade de ensaio.....................................................................................................4
4.2.8 Transporte e manuseio.......................................................................................................4
4.3 Execução do ensaio............................................................................................................4
4.3.1 Corpos de prova..................................................................................................................4
4.3.2 Aplicação do carregamento...............................................................................................5
4.4 Relatório do ensaio.............................................................................................................5
5 Ensaio para a determinação da resistência à compressão de pequenas paredes –
Aparelhagem........................................................................................................................7
5.1 Dispositivos para aplicação de cargas.............................................................................7
5.2 Construção das pequenas paredes para ensaio – Procedimento de preparação........8
5.2.1 Generalidades......................................................................................................................8
5.2.2 Dimensões das pequenas paredes – Corpos de prova...................................................8
5.2.3 Assentamento dos blocos..................................................................................................8
5.2.4 Amarração............................................................................................................................8
5.2.5 Grauteamento......................................................................................................................8
5.2.6 Capeamento.........................................................................................................................8
5.2.7 Cura ou idade de ensaio.....................................................................................................9
5.2.8 Transporte............................................................................................................................9
5.3 Execução dos ensaios........................................................................................................9
5.3.1 Corpos de prova..................................................................................................................9
5.3.2 Aplicação do carregamento...............................................................................................9
5.4 Relatório de ensaio...........................................................................................................10
6 Ensaio para a determinação da resistência à compressão de prismas...................... 11
6.1 Aparelhagem...................................................................................................................... 11
6.2 Procedimento de preparação dos prismas para o ensaio............................................ 11
6.2.1 Construção do prisma......................................................................................................12

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6.2.2 Assentamento dos blocos................................................................................................12


6.2.3 Grauteamento....................................................................................................................12
6.2.4 Capeamento.......................................................................................................................12
6.2.5 Cura ou idade do ensaio...................................................................................................13
6.2.6 Transporte..........................................................................................................................13
6.3 Execução do ensaio..........................................................................................................13
6.4 Relatório de ensaio...........................................................................................................14
7 Ensaio para a determinação da resistência ao cisalhamento de paredes..................15
7.1 Aparelhagem......................................................................................................................15
7.1.1 Dispositivos para aplicação de cargas...........................................................................15
7.1.2 Extensômetros e defletômetros.......................................................................................16
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7.2 Procedimento de preparação das paredes para o ensaio.............................................17


7.2.1 Generalidades....................................................................................................................17
7.2.2 Dimensões das paredes ou corpos de prova.................................................................17
7.2.3 Amarração..........................................................................................................................17
7.2.4 Prismas..............................................................................................................................17
7.2.5 Capeamento.......................................................................................................................17
7.2.6 Cura ou idade do ensaio...................................................................................................17
7.2.7 Transporte e manuseio.....................................................................................................17
7.3 Execução do ensaio..........................................................................................................18
7.3.1 Corpos de prova................................................................................................................18
7.3.2 Aplicação do carregamento.............................................................................................18
7.4 Expressão dos resultados................................................................................................18
7.5 Relatório dos ensaios.......................................................................................................19
8 Ensaio para a determinação da resistência à flexão simples e à flexo-compressão
de paredes.........................................................................................................................20
8.1 Aparelhagem......................................................................................................................20
8.2 Construção das paredes para ensaio – Procedimento de preparação........................21
8.2.1 Generalidades....................................................................................................................21
8.2.2 Dimensões das paredes...................................................................................................22
8.2.3 Amarração..........................................................................................................................22
8.2.4 Assentamento....................................................................................................................22
8.2.5 Grauteamento....................................................................................................................22
8.2.6 Capeamento.......................................................................................................................22
8.2.7 Cura ou idade de ensaio...................................................................................................23
8.2.8 Transporte e manuseio.....................................................................................................23
8.3 Execução do ensaio..........................................................................................................23
8.3.1 Corpos de prova................................................................................................................23
8.3.2 Aplicação do carregamento.............................................................................................24
8.4 Relatório de ensaio...........................................................................................................24
9 Ensaio para a determinação da resistência à tração na flexão de prismas................24
9.1 Aparelhagem e instrumentação.......................................................................................24
9.2 Preparação do corpo de prova........................................................................................25

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9.3 Execução dos ensaios......................................................................................................26


9.4 Expressão dos resultados................................................................................................28
9.5 Relatório do ensaio...........................................................................................................28
Anexo A (normativo) Cálculo da resistência característica.............................................................30
Anexo B (normativo) Procedimento para extração de corpo de prova testumunho
em alvenaria executada....................................................................................................32
B.1 Escopo...............................................................................................................................32
B.2 Antecedentes.....................................................................................................................32
B.3 Execução............................................................................................................................32
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Figuras
Figura 1 – Esquema do ensaio de compressão simples de parede................................................2
Figura 2 – Exemplo de gráfico de tensão × deformação..................................................................6
Figura 3 – Esquema para o ensaio de determinação da resistência de pequenas paredes (fpa),
com a instrumentação para a determinação do módulo de deformação (Ep) e do
coeficiente de Poisson (νpa)...............................................................................................7
Figura 4 – Esquema para o ensaio de determinação da resistência do prisma (fp) com a
instrumentação para a determinação do módulo de deformação (Ep)........................ 11
Figura 5 – Esquema do sistema de reação......................................................................................15
Figura 6 – Dispositivos metálicos....................................................................................................16
Figura 7 – Esquema do ensaio de flexão simples em paredes......................................................20
Figura 8 – Esquema do ensaio de flexo-compressão em paredes................................................21
Figura 9 – Ilustração esquemática do elemento de carregamento do ensaio..............................25
Figura 10 – Prisma composto de cinco blocos com dois blocos de sobrecarga posicionados
no topo...............................................................................................................................26
Figura 11 – Ilustração esquemática do ensaio................................................................................27
Figura 12 – Detalhamento esquemático do ensaio.........................................................................27
Figura B.1 – Esquema de corte para a retirada de prisma oco de alvenaria................................33
Figura B.2 – Esquema de corte para a retirada de prisma grauteado de alvenaria.....................34

Tabela
Tabela A.1 ─ Valores de Ø em função da quantidade de elementos de alvenaria.......................31

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
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à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma.

A ABNT NBR 15812-3 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cerâmica Vermelha (ABNT/CEE-179),
pela Comissão de Estudos de Blocos Cerâmicos (CE-179:000.001). O Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 03, de 29.03.2017 a 25.05.2017.

A ABNT NBR 15812, sob o título geral “Alvenaria estrutural – Blocos cerâmicos”, tem previsão de
conter as seguintes partes:

—— Parte 1: Projetos;

—— Parte 2: Execução e controle de obras;

—— Parte 3: Métodos de ensaio.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Standard specifies test methods and preparation procedures for masonry elements built with clay
blocks, including prism, small wall and wall compression load testing, and masonry elements tested
to shear, flexural and flexural-compression loading.

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Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos


Parte 3: Métodos de ensaio

1 Escopo
Esta Norma estabelece o procedimento de preparo e os métodos de ensaio de elementos em alve-
naria construídos com blocos cerâmicos (prisma, pequena parede e parede), submetidos a esforços
de compressão axial, cisalhamento, flexão e flexo-compressão.
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2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5738, Concreto ‒ Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova

ABNT NBR 5739, Concreto ‒ Ensaios de compressão de corpos de prova cilíndricos

ABNT NBR 15270-2, Componentes cerâmicos ‒ Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de
vedação e para alvenaria racionalizada Parte 2: Métodos de ensaio

ABNT NBR 13279, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos ‒ Determinação
da resistência à tração na flexão e à compressão

ABNT NBR 15812-1, Alvenaria estrutural ‒ Blocos cerâmicos ‒ Parte 1: Projetos

ABNT NBR 15812-2, Alvenaria estrutural ‒ Blocos cerâmicos ‒ Parte 2: Execução e controle de obras

ABNT NBR 15961-2:2011, Alvenaria estrutural ‒ Blocos de concreto ‒ Parte 2: Execução e controle
de obras

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 15812-1.

4 Ensaio para a determinação da resistência à compressão de paredes


4.1 Aparelhagem

4.1.1 Dispositivos para aplicação de cargas

As paredes devem ser ensaiadas aplicando-se cargas uniformemente distribuídas. Isto pode ser
conseguido em um sistema de reação como o mostrado na Figura 1, devendo ser usados, no mínimo,
dois macacos hidráulicos equiespaçados. O sistema de reação e de carregamento devem permitir
a determinação da carga de ruptura com exatidão de 3 %. O uso de um macaco único é permitido
apenas em condição especial de máquina de grande porte e com garantia da distribuição uniforme
do carregamento sobre toda as faces das paredes.

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Dimensão em centímetros

Viga de reação

Macacos hidráulicos
Vida de
distribuição
de carga

h/6
D3
D3

h/6
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h = 260

h/3
D1
D1 D2
D2

Chapa

h/3
metálica

b = 120

Legenda

D defletômetro
T espessura das paredes

Figura 1 – Esquema do ensaio de compressão simples de parede

4.1.2 Defletômetros

Os encurtamentos médios das paredes devem ser determinados por meio de no mínimo dois defletô-
metros, com resolução de 0,01 mm, instalados nas laterais da parede, conforme a Figura 1.

Adicionalmente, nas paredes com índice de esbeltez maior que 25, deve ser instalado um defletô-
metro no meio do terço superior da parede, para a determinação do deslocamento horizontal desta.
Nos casos em que o índice de esbeltez da parede é menor do que 25, a colocação deste defletômetro
é opcional.

NOTA O índice de esbeltez é a relação entre a altura e a espessura da parede.

4.2 Construção das paredes para ensaio – Procedimento de preparação

4.2.1 Generalidades

As paredes devem ser construídas em ambientes protegidos, com temperatura de (25 ± 10) °C e
umidade relativa do ar de 40 % a 90 %.

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As paredes devem ser construídas entre duas guias (gabaritos) e com o uso de fio de prumo e nível,
a fim de se garantir a verticalidade.

As paredes devem ser pintadas com cal para realçar as fissuras e para permitir a observação do modo
de ruptura.

Durante a construção das paredes devem ser moldados corpos de prova da argamassa de assenta-
mento e, se a parede for grauteada, do graute.

4.2.2 Dimensões das paredes – Corpos de prova

Os corpos de prova devem ter as dimensões que os tornem representativos da estrutura real e devem
ser construídos de forma que sejam minimizadas as influências das variações das características
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dos materiais e da mão de obra na resistência das paredes. Não sendo praticável reproduzir as
paredes nas suas dimensões reais, admite-se como sendo corpos de prova representativos aqueles
que tenham por dimensões mínimas 1,20 m × 2,60 m (largura × altura).

4.2.3 Assentamento dos blocos

A argamassa pode ser colocada sobre toda a superfície útil dos componentes ou apenas nas suas
faces laterais, conforme o elemento real que se quer simular. A espessura das juntas deve ser igual
a (10 ± 3) mm, exceto em casos especiais, onde se pretende simular outras espessuras de juntas.
Existindo armaduras, elas devem ser posicionadas durante o assentamento. Recomenda-se atender
a todas as demais especificações do controle geométrico na produção da alvenaria, indicadas na
ABNT NBR 15812-2.

4.2.4 Amarração

A forma de amarração entre os blocos deve ser a mesma da parede que se quer simular no laboratório.
As paredes estruturais devem ser construídas com os blocos dispostos de forma a ter amarração.

4.2.5 Grauteamento

Quando houver o grauteamento, efetuá-lo em etapas de altura não superior a 1,40m e após no
mínimo 16h do término do assentamento dos blocos. O graute deve ser adensado com soquete
metálico ou com vibrador apropriado. Demais procedimentos executivos devem seguir prescrições
da ABNT NBR 15812-2.

4.2.6 Capeamento

As paredes devem ser capeadas com as seguintes prescrições:

 a) a face superior da parede deve ser regularizada por capeamento com argamassa de resistência
à compressão igual ou superior à argamassa de assentamento;

 b) a superfície onde o capeamento será executado não pode se afastar do plano mais que 0,08 mm
para cada 400 mm;

 c) o capeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio;

 d) a espessura média do capeamento não pode exceder 10 mm.

Sobre este capeamento deve ser colocada uma chapa metálica rígida, se o ensaio for realizado em
uma prensa; ou uma viga metálica rígida de distribuição de carga, se o ensaio for realizado em um
pórtico de reação.

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A disposição da argamassa de capeamento (nas paredes longitudinais dos blocos ou sobre toda
a área destes) deve seguir a mesma disposição da argamassa de assentamento.

4.2.7 Cura ou idade de ensaio

A idade básica para a execução dos ensaios de paredes é de 28 dias, contados a partir do término
do assentamento ou do grauteamento, quando houver.

No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condi-
ções de obra. Na mesma data devem ser ensaiados a argamassa e o graute (ver 4.3.1.3 e 4.3.1.4).

4.2.8 Transporte e manuseio


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Quando houver necessidade do transporte do corpo de prova para a máquina de ensaio, no fim do
período de cura ou idade de ensaio, essa operação deve ser efetuada com as paredes na vertical,
sem choques que possam comprometer a integridade do corpo de prova.

4.3 Execução do ensaio

4.3.1 Corpos de prova

4.3.1.1 Número de paredes

A resistência das paredes deve ser determinada com o resultado de ensaio de no mínimo três corpos
de prova.

4.3.1.2 Número de blocos

A resistência dos blocos deve ser determinada conforme a ABNT NBR 15270-2, com no mínimo
13 corpos de prova.

4.3.1.3 Argamassa de assentamento

Durante a construção de cada parede, devem ser moldados seis corpos de prova da argamassa de
assentamento. Dois corpos de prova devem ser representativos da argamassa usada no terço inferior
das paredes, dois devem ser moldados durante o assentamento das fiadas que constituem o terço
central e os outros dois devem ser representativos da argamassa usada no terço superior das paredes.
Se as paredes tiverem dimensões superiores a 1,20 m × 2,60 m, devem ser moldados dois corpos
de prova para cada seis fiadas assentadas. A argamassa deve ser moldada e ensaiada conforme a
ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 15961-2:2011, Anexo D.

4.3.1.4 Graute

De cada parede grauteada devem ser moldados seis corpos de prova de graute. Esse número inde-
pende do número de vazios grauteados. Destes corpos de prova três devem ser representativos da
metade inferior das paredes e os outros devem ser representativos da metade superior, correspon-
dendo às duas etapas de grauteamento. Se o grauteamento for realizado em mais de duas etapas,
devem ser moldados três corpos de prova em cada etapa. O graute deve ser moldado conforme a
ABNT NBR 5738 e ensaiado conforme a ABNT NBR 5739.

4.3.1.5 Prisma

De cada parede devem ser construidos e ensaiados dois corpos de prova de prisma, confome a
Seção 6.

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4.3.2 Aplicação do carregamento

Os procedimentos para a aplicação do carregamento são os seguintes:

 a) ensaiar todos os corpos de prova, de modo que a carga seja aplicada na direção em que o
esforço deve ocorrer na prática;

 b) montar o dispositivo de carga conforme mostrado na Figura 1;

 c) instrumentar o corpo de prova antes de iniciar o ensaio de compressão;

 d) durante o ensaio, a tensão aplicada na área bruta deve se elevar progressivamente à razão de
(0,05 ± 0,01) MPa/s;
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 e) inicialmente, aplicar dois ciclos de carga e descarga, até o valor de 50 % da carga de ruptura
estimada;

 f) após os ciclos iniciais de carga e descarga, aplicar a carga de forma crescente, em incrementos
da ordem de 10 % do valor da carga de ruptura estimada, sendo feitas leituras dos encurtamentos
do corpo de prova a cada novo incremento de carga, de forma a ser possível traçar o gráfico
conforme a Figura 2. Para a realização das leituras, o tempo de permanência na respectiva
posição de carregamento não pode ser menor que 3 min;

 g) o ensaio deve ser considerado finalizado quando o último incremento de carga levar o corpo de
prova à ruptura.

4.4 Relatório do ensaio

O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

 a) identificação do solicitante;

 b) identificação da amostra e de todos os corpos de prova;

 c) data do recebimento da amostra;

 d) data do assentamento;

 e) data do grauteamento, se houver;

 f) condições de cura;

 g) data do ensaio;

 h) características geométricas das paredes e descrição da instrumentação utilizada e sua posição;

 i) características gerais da construção das paredes, disposição da argamassa de assentamento


e do graute;

 j) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência a compressão dos componentes
(prisma, blocos, argamassa e graute);

 k) valores da área bruta média das paredes, expressos em milímetros quadrados (mm2);

 l) cargas de ruptura individuais, expressas em newtons (N);

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 m) resistências individuais, característica (ver Anexo A) e média das paredes determinadas na área
bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal e valor do coeficiente de
variação;

 n) valores individuais e médios do módulo de deformação secante (Ep), e gráficos traçados durante
o ensaio para cada corpo de prova, conforme a Figura 2. O módulo de deformação secante (Ep)
deve ser calculado no intervalo correspondente a 5 % e 30 % da tensão de ruptura do gráfico,
conforme a Figura 2, de cada corpo de prova;

 o) carga do surgimento da primeira fissura (quando for possível sua observação);

 p) descrição do modo de ruptura, podendo-se usar fotografias ou desenhos;


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 q) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios;

 r) referência a esta Norma.


Tensão (MPa)
500

400

300

200

100

0
0 1,0 2,0 3,0
Deformação (x 10-3)

Legenda

Eixo vertical Tensão (MPa)

Figura 2 – Exemplo de gráfico de tensão × deformação

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5 Ensaio para a determinação da resistência à compressão de pequenas


paredes – Aparelhagem
5.1 Dispositivos para aplicação de cargas

A aparelhagem necessária usada para a aplicação dos carregamentos deve satisfazer as seguintes
condições:

 a) a prensa, ou pórtico de reação, deve permitir a acomodação dos corpos de prova e das chapas e
perfis de distribuição de carga. A altura mínima útil disponível na prensa deve ser igual à do corpo
de prova, mais a espessura dos capeamentos nas faces, acrescidos de 1 cm;

 b) nos casos em que seja necessário avaliar a deformabilidade das pequenas paredes, por meio
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da determinação do módulo de deformação (Ep) e do coeficiente de Poisson (νpa), devem ser


instaladas bases de extensômetros mecânicos nas duas faces maiores das pequenas paredes.
Alternativamente a determinação do módulo de deformação (Ep) pode ser feita com dois
defletômetros instalados lateralmente, como mostrado esquematicamente na Figura 3.
Sentido de
aplicação da carga

Base para
aplicação
da carga

L
Extensômetros
mecânicos

Defletômetros
H/3
H

H/3

3/4 L

Figura 3 – Esquema para o ensaio de determinação da resistência de


pequenas paredes (fpa), com a instrumentação para a determinação do módulo
de deformação (Ep) e do coeficiente de Poisson (νpa)

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ABNT NBR 15812-3:2017

5.2 Construção das pequenas paredes para ensaio – Procedimento de preparação

5.2.1 Generalidades

As pequenas paredes devem ser construídas em ambientes protegidos, com temperatura de


(25 ± 10) °C e umidade relativa do ar de 40 % a 90 %.

As pequenas paredes devem ser construídas entre duas guias (gabaritos) e com o uso de fio de
prumo e nível, a fim de se garantir a verticalidade.

As pequenas paredes devem ser pintadas com cal para realçar as fissuras e para permitir a obser-
vação do modo de ruptura.
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Durante a construção das paredes devem ser moldados corpos de prova da argamassa de assenta-
mento e, se a parede for grauteada, do graute.

5.2.2 Dimensões das pequenas paredes – Corpos de prova

Recomenda-se que o corpo de prova tenha no mínimo um comprimento (C) equivalente a dois blocos
e altura (H) equivalente a cinco vezes a espessura do bloco, e não inferior a 70 cm.

5.2.3 Assentamento dos blocos

A argamassa pode ser colocada sobre toda a superfície útil dos componentes ou apenas nas suas
faces laterais, conforme o elemento real que se quer simular. A espessura das juntas deve ser igual
a (10 ± 3) mm, exceto em casos especiais, onde se pretende simular outras espessuras de juntas.
Existindo armaduras, elas devem ser posicionadas durante o assentamento. Recomenda-se atender
a todas as demais especificações do controle geométrico na produção da alvenaria, indicadas na
ABNT NBR 15812-2.

5.2.4 Amarração

As pequenas paredes estruturais devem ser construídas com os blocos dispostos de forma a ter
amarração.

5.2.5 Grauteamento

Quando houver o grauteamento, efetuá-lo em etapas de altura não superior a 1,40 m e após no
mínimo 16 h do término do assentamento dos blocos. O graute deve ser adensado com soquete
metálico ou com vibrador apropriado. Demais procedimentos executivos devem seguir os requisitos da
ABNT NBR 15812-2.

5.2.6 Capeamento

Inicialmente, as pequenas paredes devem ser capeadas conforme 6.2.4, porém com espessura
máxima de 10 mm. Sobre este capeamento é colocada uma chapa metálica rígida, se o ensaio
for realizado em uma prensa; ou uma viga metálica rígida de distribuição de carga, se o ensaio for
realizado em um pórtico de reação.

A disposição da argamassa de capeamento (nas paredes longitudinais dos blocos ou sobre toda a
área destes) deve seguir a mesma disposição da argamassa de assentamento.

Após esta fase, as paredes devem ser instrumentadas, caso seja necessário determinar o módulo
de deformação (Ep) e o coeficiente de Poisson (νpa).

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5.2.7 Cura ou idade de ensaio

A idade de referência para a execução dos ensaios de pequenas paredes é de 28 dias, contados
a partir do término do assentamento ou do grauteamento, quando houver.

No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condi-
ções de obra. Nesta mesma data devem ser ensaiados a argamassa e o graute.

5.2.8 Transporte

Quando houver necessidade do transporte do corpo de prova para a máquina de ensaio, no fim do
período de cura, esta operação deve ser efetuada com as paredes na vertical, sem choques que
possam comprometer a integridade do corpo de prova.
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5.3 Execução dos ensaios

5.3.1 Corpos de prova

5.3.1.1 Número de pequenas paredes

A resistência das pequenas paredes deve ser determinada com o resultado de ensaio de no mínimo
três corpos de prova.

5.3.1.2 Número de blocos

A resistência dos blocos deve ser determinada conforme a ABNT NBR 15270-2, com no mínimo 13
corpos de prova.

5.3.1.3 Argamassa de assentamento

De cada pequena parede devem ser moldados e ensaiados dois corpos de prova de argamassa,
conforme a ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 15961-2:2011, Anexo D.

5.3.1.4 Graute

De cada pequena parede grauteada devem ser moldados dois corpos de prova de graute, conforme
a ABNT NBR 5738, e ensaiados conforme a ABNT NBR 5739.

5.3.2 Aplicação do carregamento

Os procedimentos para aplicação do carregamento são os seguintes:

 a) ensaiar todos os corpos de prova, de modo que a carga seja aplicada na direção em que o
esforço deve ocorrer na prática;

 b) colocar o corpo de prova na prensa ou pórtico, de modo que o seu centro de gravidade esteja
no eixo de carga da prensa ou pórtico;

 c) instrumentar o corpo de prova antes de iniciar o ensaio de compressão;

 d) durante o ensaio, a tensão aplicada na área bruta deve se elevar progressivamente à razão
de (0,05 ± 0,01) MPa/s;

 e) opcionalmente, podem ser aplicados dois ciclos de carga e descarga, até o valor de 50 %
da carga de ruptura estimada;

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 f) aplicar a carga de forma crescente, em incrementos da ordem de 10 % do valor da carga de ruptura
estimada, sendo feitas leituras dos encurtamentos do corpo de prova a cada novo incremento de
carga, de forma a ser possível traçar o gráfico, conforme a Figura 2. Para a realização das leituras,
o tempo de permanência na respectiva posição de carregamento não pode ser menor que 3 min;

 g) o ensaio deve ser considerado finalizado quando o último incremento de carga levar o corpo de
prova à ruptura.

5.4 Relatório de ensaio

O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

 a) identificação do solicitante;


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 b) identificação da amostra e de todos os corpos de prova;

 c) data do recebimento da amostra;

 d) data do assentamento;

 e) data do grauteamento, se houver;

 f) condições de cura;

 g) data do ensaio;

 h) características geométricas das pequenas paredes e descrição da instrumentação utilizada e sua
posição;

 i) características gerais da construção das paredes, disposição da argamassa de assentamento


e do graute;

 j) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão dos compo-
nentes (blocos, argamassa e graute);

 k) se as pequenas paredes forem construídas na obra, identificação do pavimento representado


por elas;

 l) valores da área bruta média das pequenas paredes, expressos em milímetros quadrados (mm2);

 m) cargas de ruptura individuais, expressas em newtons (N);

 n) resistências individuais, característica (ver Anexo A) e média das pequenas paredes determinadas
na área bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal e valor do coeficiente
de variação;

 o) nos ensaios com solicitação da determinação do módulo de deformação (Ep), apresentar os
valores individuais e médios obtidos e gráficos de cada ensaio, conforme a Figura 2. O módulo
de deformação (Ep) deve ser calculado no intervalo correspondente a 5% e 30% da tensão de
ruptura do gráfico, conforme a Figura 2, de cada corpo de prova;

 p) carga do surgimento da primeira fissura (quando for possível sua observação);

 q) descrição do modo de ruptura, podendo-se usar fotografias ou desenhos;

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 r) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios;

 s) referência a esta Norma.

6 Ensaio para a determinação da resistência à compressão de prismas


6.1 Aparelhagem

A prensa usada para a aplicação dos carregamentos deve permitir a acomodação dos corpos de prova
e das chapas de distribuição de carga, quando elas forem necessárias, e atender às especificações
da ABNT NBR 15270-2.
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A altura mínima útil disponível na prensa deve ser igual ao dobro da altura dos blocos, mais a espessura
da argamassa de assentamento e dos capeamentos nas faces, acrescidos de 1 cm.

Nos casos em que seja necessário avaliar a deformabilidade dos prismas de dois ou mais blocos
por meio da determinação do módulo de deformação (Ep), podem ser instaladas bases de extensô-
metros mecânicos em duas faces dos prismas.

Alternativamente, a determinação do módulo de deformação (Ep) pode ser feita com dois defletô-
metros instalados lateralmente, como mostrado esquematicamente na Figura 4. Neste caso o tempo
de permanência de cada carregamento não pode ser inferior a 3 min.
Sentido de aplicação da carga

Base para
distribuição da carga
Extensômetros mecânicos

Defletômetros

Prisma de dois blocos

Figura 4 – Esquema para o ensaio de determinação da resistência do prisma (fp) com a


instrumentação para a determinação do módulo de deformação (Ep)

6.2 Procedimento de preparação dos prismas para o ensaio

Os prismas devem ser construídos conforme 6.2.1 a 6.2.3. Alternativamente, nos casos em que
se deseja saber a resistência de alvenarias já executadas, os prismas podem ser obtidos conforme
o Anexo B.

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6.2.1 Construção do prisma

Cada corpo de prova é um prisma oco ou cheio, constituído de dois blocos principais sobrepostos
e uma junta de assentamento. No caso de tijolos, o prisma deve ser constituído de quatro tijolos
sobrepostos e três juntas de assentamento, de forma que a altura do prisma seja pelo menos o dobro
da largura do tijolo. Os blocos e tijolos devem ser íntegros e isentos de defeitos.

Os prismas devem ser identificados, limpos e colocados em ambiente protegido que preserve suas
características originais.

Devem ser obedecidas as seguintes condições na preparação dos prismas:

 a) o capeamento deve ser total (disposto em toda a superfície dos blocos) e apresentar-se plano e
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uniforme no momento do ensaio, não sendo permitidos remendos;

 b) a camada de argamassa de capeamento deve cobrir toda a área líquida do bloco.

6.2.2 Assentamento dos blocos

Para o preparo dos prismas, devem ser usados níveis, prumo e colher de pedreiro.

Os prismas devem ser preparados sobre uma base plana, indeformável e limpa; a base deve ser
impermeável para o caso de prismas cheios. Essa base, firme e continuamente apoiada, deve ter no
mínimo as dimensões dos blocos.

Inicialmente deve-se colocar um bloco sobre a base nivelada. Em seguida, deve ser disposta a
argamassa sobre toda a face do bloco, incluindo todos os septos laterais e transversais. O outro bloco,
do mesmo lote, deve ser assentado sobre a argamassa, evitando-se movimentos horizontais. Com um
martelo de borracha e o auxílio de um nível de prumo, colocar o bloco em sua posição final, resultando
uma junta com (10 ± 3) mm.

6.2.3 Grauteamento

Deve ser removido o eventual acúmulo de argamassa no fundo dos furos a serem preenchidos.
O grauteamento deve ser efetuado após no mínimo 16 h do assentamento. Antes do grauteamento,
cada vazado do prisma deve ser molhado. O graute deve ser vertido dentro dos furos dos blocos
e adensado em duas camadas de 12 golpes/camada, com a haste de socamento descrita na
ABNT NBR 5738. A superfície superior do graute deve ser rasada e alisada por meio de colher de
pedreiro, e imediatamente coberta por um filme impermeável.

6.2.4 Capeamento

O capeamento deve cumprir as seguintes prescrições:

 a) as faces do prisma em contato com as placas da prensa devem ser regularizadas por capeamento
com pasta de cimento, gesso ou argamassa com resistência superior a 70 % da resistência dos
blocos na área líquida;

NOTA Na prática tem se verificado que capeamento realizado com cimento CP-V ARI cumpre com
o requisito acima, para blocos usualmente comercializados.

 b) a superfície onde o capeamento será executado não pode se afastar do plano mais que 0,08 mm
para cada 400 mm;

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 c) o capeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio;

 d) a espessura média do capeamento não pode exceder 3 mm.

6.2.5 Cura ou idade do ensaio

Os prismas devem permanecer na temperatura e umidade do assentamento, ao abrigo do sol e vento,


durante o tempo estipulado para a cura.

Após a construção, os prismas devem ser mantidos imóveis durante pelo menos sete dias.

6.2.6 Transporte
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A movimentação dos prismas não pode ser realizada antes de sete dias de sua execução e, para seu
transporte, os prismas devem ser solidarizados por meio de chapas de madeira, colocadas nos topos
e amarradas por meio de arames ou outro dispositivo, de modo a garantir a integridade do conjunto.
O transporte não pode ser realizado antes dessa operação ser completada.

6.3 Execução do ensaio

Os procedimentos para a execução dos ensaios são os seguintes:

 a) ensaiar todos os corpos de prova, de modo que a carga seja aplicada na direção do esforço que
o bloco deve suportar durante o seu emprego na alvenaria;

 b) colocar o corpo de prova na prensa, de modo que o seu centro de gravidade esteja no eixo de
carga dos pratos da prensa;

 c) instrumentar o corpo de prova antes de iniciar o ensaio de compressão;

 d) executar o ensaio de compressão, regulando os comandos da prensa, de forma que o carregamento
seja aplicado à velocidade especificada na ABNT NBR 15270-2;

 e) opcionalmente, podem ser aplicados dois ciclos de carga e descarga, até o valor de 50 % da
carga de ruptura estimada;

 f) aplicar a carga de forma crescente, em incrementos da ordem de 10 % do valor da carga de


ruptura estimada, até atingir 50 % dessa carga. Fazer as leituras dos encurtamentos do corpo
de prova a cada novo incremento de carga, de forma a ser possível traçar o gráfico, conforme
a Figura 2. Para a realização das leituras, o tempo de permanência na respectiva posição de
carregamento não pode ser menor que 3 min;

 g) atingida a carga correspondente a 50% da estimada para a ruptura do corpo de prova, aplicar
o carregamento a uma velocidade que permita que a ruptura aconteça entre 1 min e 2 min
(não incluindo o tempo necessário para carregamento até 50 % da carga de ruptura);

 h) o ensaio à compressão da argamassa de assentamento deve ser executado de acordo com a
ABNT NBR 13279 ou ABNT NBR 15961-2:2011, Anexo D;

 i) o ensaio à compressão do graute deve ser executado de acordo com a ABNT NBR 5739;

 j) o ensaio à compressão dos blocos deve ser executado de acordo com a ABNT NBR 15270-2.

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6.4 Relatório de ensaio

O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

 a) identificação do solicitante;

 b) identificação da amostra e de todos os corpos de prova;

 c) data do recebimento da amostra;

 d) data do assentamento;

 e) data do grauteamento;


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 f) condições de cura;

 g) data do ensaio;

 h) tipo do prisma, oco ou cheio;

 i) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão dos compo-
nentes (blocos, argamassa e graute);

 j) se construídos na obra, identificar o pavimento representado pelo prisma;

 k) valores da área bruta nominal dos prismas, expressos em milímetros quadrados (mm2);

 l) cargas de ruptura individuais, expressas em newtons (N);

 m) resistências individuais, característica (ver Anexo A) e média dos prismas, determinadas na área
bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal, e valor do coeficiente de
variação;

 n) nos ensaios com solicitação da determinação do módulo de deformação (Ep) e coeficiente
de Poison (νp), apresentação dos valores individuais e médios obtidos, bem como gráficos
tensão × deformação de cada ensaio. O módulo de deformação (Ep), secante, deve ser calculado
no intervalo correspondente a 5 % e 30 % da tensão de ruptura do gráfico, conforme a Figura 2,
de cada corpo de prova;

 o) desenho esquemático de como os corpos de prova foram ensaiados, ressaltando a posição dos
furos;

 p) descrição do modo de ruptura, podendo-se usar fotografias ou desenhos;

 q) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios;

 r) referência a esta Norma.

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7 Ensaio para a determinação da resistência ao cisalhamento de paredes


7.1 Aparelhagem

7.1.1 Dispositivos para aplicação de cargas

As paredes devem ser ensaiadas aplicando-se cargas concentradas de compressão segundo uma
das suas diagonais. Este arranjo pode ser conseguido em uma prensa hidraúlica ou com um sistema
de reação como mostrado na Figura 5.

Para possibilitar a aplicação da carga e impedir esmagamentos pontuais, as duas extremidades


carregadas dos corpos de prova devem ser protegidas com dispositivos metálicos, como mostrado na
Figura 6.
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O sistema de reação e de carregamento deve permitir a aplicação das cargas com exatidão mínima
de 3 %.

Dimensão em metros

Estrutura de reação

Macaco hidráulico

Distribuidor de carga
Capeamento

Parede

g
02
1,

Base rígida

Figura 5 – Esquema do sistema de reação

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Dimensão em milímetros

0
,9
16
160

144,45
130,3
15,90

45°

89
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a) Vista lateral

9,50 9,50

144,45
130,3

x 25 x 25 x
r = 3x = 50

b) Vista frontal

c) Perspectiva

Figura 6 – Dispositivos metálicos

7.1.2 Extensômetros e defletômetros

Os alongamentos e encurtamentos nas faces das paredes devem ser determinados por meio
de quatro aparelhos, instalados nestas faces, cuja resolução deve ser de 0,01 mm, no caso de defle-
tômetros, ou 20 × 10-6, no caso do uso de extensômetros.

Em quaisquer dos casos, recomenda-se uma base de medida de no mínimo 500 mm, disposta con-
forme indicado na Figura 5.

NOTA O valor do espaçamento entre enrijecedores (x) depende da espessura das paredes.

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7.2 Procedimento de preparação das paredes para o ensaio

7.2.1 Generalidades

As paredes devem ser construídas em ambiente protegido da incidência de luz e de ventos canalizados;
nestas condições a temperatura deve ser de (25 ± 10) °C e a umidade relativa de 40 % a 90 %.

As paredes devem ser construídas por um mesmo pedreiro e executadas conforme a


ABNT NBR 15812-2.

As paredes devem ser construídas entre duas guias metálicas ou pontaletes de madeira, a fim de ser
garantida sua verticalidade. É obrigatório o uso do fio de prumo e nível.
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As paredes devem ser pintadas com cal para realçar as fissuras e para permitir a observação do modo
de ruptura.

7.2.2 Dimensões das paredes ou corpos de prova

Os corpos de prova devem ter as dimensões que os tornem representativos da estrutura real, de modo
que sejam minimizadas as influências das variações das características dos materiais e da mão de
obra na resistência das paredes.

Não sendo praticável reproduzir as paredes nas mesmas dimensões reais, admite-se como sendo
corpos de prova representativos aqueles que tenham dimensões mínimas de 1,20 m × 1,20 m,
sendo que a espessura deve ser a mesma da parede real.

7.2.3 Amarração

A forma de amarração entre os blocos deve ser a mesma da parede que se quer simular no laboratório.

7.2.4 Prismas

De cada parede devem ser construidos e ensaiados dois prismas, conforme a Seção 6.

7.2.5 Capeamento

Deve ser feito um capeamento dos cantos das paredes para possibilitar a acomodação nos disposi-
tivos metálicos de carga (ver Figura 6).

7.2.6 Cura ou idade do ensaio

A idade básica para a execução dos ensaios de paredes é de 28 dias, contados a partir do término
do assentamento ou do grauteamento, quando houver.

No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condições
de obra. Nesta mesma data devem ser ensaiados a argamassa e o graute.

7.2.7 Transporte e manuseio

Nos casos de paredes construídas fora do local em que devem ser ensaiadas, estas podem ser trans-
portadas para o local do ensaio, desde que nesse transporte não ocorram choques ou esforços que
as danifiquem. Recomenda-se que sejam transportadas na vertical. Não se recomenda o transporte
dos corpos de prova antes de sete dias de cura.

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7.3 Execução do ensaio

7.3.1 Corpos de prova

7.3.1.1 Número de paredes

A tensão de cisalhamento convencional (τalv) deve ser determinada com o resultado de ensaio de no
mínimo 3 corpos de prova.

7.3.1.2 Número de blocos

A resistência dos blocos deve ser determinada conforme a ABNT NBR 15270-2, com no mínimo 13
corpos de prova.
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7.3.1.3 Argamassa de assentamento

Para cada parede devem ser moldados no mínimo dois corpos de prova de argamassa.

7.3.1.4 Graute

De cada parede grauteada devem ser moldados dois corpos de prova do graute.

7.3.2 Aplicação do carregamento

A carga deve ser aplicada à velocidade de (0,02 ± 0,01) MPa/s, em incrementos que possibilitem
traçar a curva, conforme a Figura 2. Deve-se escolher os incrementos de modo a se ter no mínimo dez
pontos, com o tempo de permanência de cada carregamento não inferior a 3 min. As medidas devem
ser efetuadas até próximo da carga de ruptura.

7.4 Expressão dos resultados

Os resultados devem ser expressos de modo que se possa obter os principais parâmetros indicativos
da resistência e deformabilidade, como a seguir:

 a) cálculo da tensão de cisalhamento convencional (τalv):


(0,70P )
τalv =
A

onde

P é a carga de ruptura média de três paredes, expressa em newtons (N);

A é a média da área bruta (ou líquida) das duas faces contíguas ao carregamento, expressa em
milímetros quadrados (mm2);

NOTA Pode ser a área líquida quando se tratar de componentes vazados, conforme a definição da
ABNT NBR 15270-2.

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 b) cálculo da distorção da parede (γalv):


∆V + ∆H
γ alv =
2Lo
onde

γalv é a distorção, expressa em milímetros por milímetros (mm/mm);

∆V é o encurtamento vertical, expresso em milímetros (mm);

∆H é o alongamento horizontal, expresso em milímetros (mm);

Lo é o comprimento da base de medida, expresso em milímetros (mm).


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NOTA As bases vertical e horizontal devem ser as mesmas.

 c) módulo de deformação transversal (Galv), expresso em Megapascals, sendo calculado entre 5 %
e 30 % da tensão de ruptura:

τ
Galv = alv
γ alv

7.5 Relatório dos ensaios


O relatório dos ensaios deve conter as seguintes informações:

 a) características geométricas das paredes;

 b) registros das especificações e resultados dos ensaios de resistência à compressão dos compo-
nentes (blocos, argamassa e graute) e do prisma;

 c) descrição da aparelhagem utilizada e sua posição nas paredes;

 d) tensões de ruptura individuais e médias dos componentes (blocos);

 e) tensões de ruptura individuais e média da argamassa de assentamento usada em cada parede;

 f) tensões de ruptura individuais e médias do graute usado em cada parede;

 g) cálculo da tensão de cisalhamento convencional (τalv);

 h) cálculo do ângulo de distorção da parede (γalv);

 i) módulo de deformação transversal (Galv);

 j) tensão de rupturas das paredes;

 k) descrição do modo de ruptura das paredes;

 l) gráficos tensão × deformação, conforme a Figura 2;

 m) descrição de eventuais anormalidades surgidas nos ensaios;

 n) fotografias podem ser usadas para mostrar as condições gerais dos ensaios e para registrar as
suas eventuais peculiaridades;

 o) referência a esta Norma.

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8 Ensaio para a determinação da resistência à flexão simples e à flexo-


compressão de paredes
8.1 Aparelhagem

O sistema de reação e de carregamento deve ser composto por pórtico de reação, macacos hidráu-
licos e manômetros e/ou células de carga, conforme as Figuras 7 ou 8, em função da natureza das
cargas, e deve permitir a determinação da carga de ruptura com exatidão mínima de 3 %. Existindo
também carga vertical distribuída sobre a parede, esta carga deve ser aplicada por no mínimo dois
macacos hidráulicos equidistantes com relação à carga aplicada.

Os deslocamentos horizontais nas paredes devem ser determinados por meio de defletômetros.
No caso das paredes ensaiadas à flexão simples, é suficiente o emprego de um defletômetro, conforme
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indicado na Figura 7. Tratando-se de flexo-compressão, pode-se usar um ou mais defletômetros.


Recomenda-se usar no mínimo um defletômetro, instalado no meio do vão, conforme indicado na
Figura 8. Os defletômetros devem ter resolução mínima de 0,01 mm.

Dimensão em centímetros

Estrutura de reação
9,5

h/3

Macaco hidráulico
h/3

Defletômetro

Cavalete de madeira
h/3

Estrutura de reação
9,5

Figura 7 – Esquema do ensaio de flexão simples em paredes

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ABNT NBR 15812-3:2017

Dimensão em centímetros

Estrutura de reação

Macacos hidráulicos

9,5
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h/3
Macaco hidráulico

h/3
Defletômetro

Cavalete de madeira
h/3

Estrutura de reação
9,5

Figura 8 – Esquema do ensaio de flexo-compressão em paredes

8.2 Construção das paredes para ensaio – Procedimento de preparação

8.2.1 Generalidades

As paredes devem ser construídas em ambiente protegido da incidência de luz e de ventos canalizados;
nestas condições a temperatura deve ser de (25 ± 10) °C e a umidade relativa de 40 % a 90 %.

As paredes devem ser construídas por um mesmo pedreiro e devem ser executadas de acordo
com a ABNT NBR 15812-2.

As paredes devem ser construídas entre duas guias metálicas ou pontaletes de madeira, com o uso
de fio de prumo e nível, a fim de ser garantida sua verticalidade.

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ABNT NBR 15812-3:2017

Quando a parede ou painel real a representar tiver uma cinta de amarração, esta também deve estar
presente no corpo de prova de ensaio (ver Figuras 7 e 8).

As paredes devem ser pintadas de cal, para realçar as trincas e para permitir a observação do modo
de ruptura.

8.2.2 Dimensões das paredes

Em casos especiais, os corpos de prova podem ter as dimensões que os tornem representativos da
estrutura real, de modo que sejam minimizadas as influências das variações das características dos
materiais e da mão de obra na resistência das paredes.

Não sendo praticável reproduzir as paredes nas suas dimensões reais, admite-se como sendo corpos
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de prova representativos aqueles que tenham por dimensões mínimas 1,20 m × 2,60 m (largura × altura).

8.2.3 Amarração

A forma de armação entre os blocos deve ser a mesma da parede que se quer simular o desempenho
no laboratório.

8.2.4 Assentamento

A argamassa pode ser colocada sobre toda a superfície útil dos componentes ou apenas nas suas
faces laterais, conforme o elemento real que se quer simular. A espessura das juntas deve ser igual
a (10 ± 3) mm, a não ser nos casos especiais onde se pretende simular outras espessuras de juntas.
Existindo armaduras, elas devem ser posicionadas durante o assentamento. Recomenda-se atender
a todas as demais especificações do controle geométrico na produção da alvenaria, indicadas na
ABNT NBR 15812-2.

8.2.5 Grauteamento

Quando houver o grauteamento, efetuá-lo em etapas de altura não superior a 1,40 m e após no mínimo
16 h do término do assentamento dos blocos. O graute deve ser adensado com soquete metálico
ou com vibrador apropriado.

8.2.6 Capeamento

As paredes submetidas a flexão simples não precisam de capeamento.

No caso do ensaio à flexo-compressão, as paredes devem ser capeadas atendendo às seguintes


prescrições:

 a) a face superior da parede deve ser regularizada através de capeamento com argamassa com
resistência superior a 70% da resistência dos blocos na área líquida;

 b) a superfície onde o capeamento será executado não pode se afastar do plano mais que 0,08 mm
para cada 400 mm;

 c) o capeamento deve apresentar-se plano e uniforme no momento do ensaio;

 d) a espessura média do capeamento não pode exceder 10 mm.

Sobre este capeamento deve ser colocada uma chapa metálica rígida, se o ensaio for realizado em
uma prensa; ou uma viga metálica rígida de distribuição de carga, se o ensaio for realizado em um
pórtico de reação.

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ABNT NBR 15812-3:2017

A disposição da argamassa de capeamento (nas paredes longitudinais dos blocos ou sobre toda a
área destes) deve serguir a mesma disposição da argamassa de assentamento.

8.2.7 Cura ou idade de ensaio

A idade básica para a execução dos ensaios de paredes é de 28 dias, contados a partir do término
do assentamento ou do grauteamento, quando houver.

No entanto, havendo interesse especial, esta data pode ser alterada, visando a simulação de condições
de obra. Nesta mesma data são ensaiados a argamassa e o graute.

8.2.8 Transporte e manuseio


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Nos casos de paredes construídas fora do local em que devem ser ensaiadas, estas podem ser
transportadas para o local do ensaio, desde que neste transporte não ocorram choques ou esforços
que as danifiquem. Recomenda-se que sejam transportadas na vertical.

8.3 Execução do ensaio

8.3.1 Corpos de prova

8.3.1.1 Número de paredes

A resistência média à flexão das paredes deve ser determinada com o resultado de ensaio de no
mínimo três corpos de prova.

8.3.1.2 Número de blocos

A resistência dos blocos deve ser determinada conforme a ABNT NBR 15270-2, com no mínimo 13
corpos de prova.

8.3.1.3 Argamassa de assentamento

Durante a construção de cada parede devem ser moldados seis corpos de prova da argamassa de
assentamento. Dois corpos de prova devem ser representativos da argamassa usada no terço inferior
das paredes, dois devem ser moldados durante o assentamento das fiadas que constituem o terço
central e os outros dois devem ser representativos da argamassa usada no terço superior das paredes.
Se as paredes tiverem dimensões superiores a 1,20 m × 2,60 m, devem ser moldados dois corpos
de prova para cada seis fiadas assentadas. A argamassa deve ser moldada e ensaiada conforme
a ABNT NBR 13279 ou a ABNT NBR 15961-2:2011, Anexo D.

8.3.1.4 Graute

De cada parede grauteada devem ser moldados dois corpos de prova de graute. Este número
independe do número de vazios grauteados. Destes corpos de prova um deve ser representativo
da metade inferior da parede e o outro deve ser representativo da metade superior, correspondendo
às duas etapas de grauteamento. Se o grauteamento for realizado em mais de duas etapas, deve
ser moldado pelo menos um corpo de prova em cada etapa. O graute deve ser moldado conforme a
ABNT NBR 5738 e ensaiado conforme a ABNT NBR 5739.

8.3.1.5 Prisma

De cada parede devem ser construídos e ensaiados dois prismas conforme a Seção 6.

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ABNT NBR 15812-3:2017

8.3.2 Aplicação do carregamento

Inicialmente devem ser aplicados dois ciclos de carga e descarga, próximos a 50 % da carga de
ruptura estimada. Na sequência, as cargas devem ser aplicadas segundo um número de vezes que
permita o traçado do gráfico, conforme a Figura 2. Sugere-se que o valor de cada incremento de carga
seja 10 % da carga de ruptura provável, com o tempo de permanência de cada incremento não inferior
a 3 min. Quando houver indícios de ruptura, a aparelhagem deve ser retirada. Em seguida as cargas
devem ser incrementadas até a ruptura. Tratando-se de flexo-compressão, as cargas verticais são
aplicadas em primeiro lugar.

8.4 Relatório de ensaio

O relatório dos ensaios deve conter as seguintes informações:


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 a) características geométricas das paredes, dos componentes (blocos) e dos prismas, e o
posicionamento dos eventuais furos grauteados;

 b) características gerais da construção das paredes, traços da argamassa de assentamento e do


graute, e a localização, por meio de desenhos, da posição das armaduras com a indicação dos
seus diâmetros;

 c) condições de cura das paredes, da argamassa e do graute;

 d) datas de assentamento, da execução do grauteamento e da realização dos ensaios, detalhando


fases particulares, quando existirem;

 e) descrição da aparelhagem utilizada e sua posição nas paredes;

 f) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão dos compo-
nentes (blocos, argamassa e graute) e prisma;

 g) carga de ruptura das paredes;

 h) tensão de flexão máxima obtida em cada parede;

 i) carga do surgimento de primeira fissura (quando possível a sua observação);

 j) descrição do modo de ruptura, podendo-se usar fotografias ou desenhos;

 k) gráficos cargas × deslocamentos horizontais, conforme a Figura 2;

 l) descrição de eventuais anormalidades surgidas nos ensaios;

 m) referência a esta Norma.

9 Ensaio para a determinação da resistência à tração na flexão de prismas


9.1 Aparelhagem e instrumentação

Devem ser utilizados para a realização deste ensaio:

 a) quatro roletes constituídos de tubos de aço, com diâmetro de 2,5 cm e comprimento de 40 cm;

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 b) uma prancha de madeira de rigidez e dimensões adequadas para suportar os blocos de carrega-
mento (ver Figura 9);

 c) balança com resolução de 1 N.

Opcionalmente, pode ser utilizada máquina de ensaio que permita controle de carregamento e precisão
dentro da faixa de ruptura prevista.
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Prancha de madeira

Rolete

Figura 9 – Ilustração esquemática do elemento de carregamento do ensaio

9.2 Preparação do corpo de prova

Cada corpo de prova deve ser um prisma constituído de cinco blocos cerâmicos, sobrepostos, íntegros
e isentos de defeitos.

Os prismas devem ser preparados sobre uma base plana, indeformável e limpa. A base deve ser
impermeável para o caso de prismas cheios. Essa base, firme e continuamente apoiada, deve ter no
mínimo as dimensões dos blocos.

Inicialmente, deve-se colocar um bloco sobre a base nivelada. O outro bloco do mesmo lote deve ser
assentado sobre camada de argamassa, evitando-se movimentos horizontais. Com um martelo de
borracha e o auxílio de um nível de prumo, colocar o bloco em sua posição final, resultando em uma
junta com (10 ± 3) mm. Assentar blocos até atingir a altura de cinco blocos ou tijolos.

Durante o assentamento devem ser tomados os seguintes cuidados:

 a) usar um gabarito para manter o prumo e o esquadro dos prismas;

 b) limpar a face de assentamento;

 c) não reposicionar o bloco após a sua colocação.

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ABNT NBR 15812-3:2017

Logo após o assentamento do último bloco, colocar mais dois blocos sem assentar sobre o prisma,
para servirem como sobrecarga (ver Figura 10). Não movimentar os prismas no período de cura.

O número mínimo de corpos de prova para este ensaio não pode ser inferior a seis.

carga
Sobre
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19
1
19
1
19
1
19
1
19

Figura 10 – Prisma composto de cinco blocos com dois blocos


de sobrecarga posicionados no topo

9.3 Execução dos ensaios

Inicialmente, determinar a massa dos blocos que devem ser utilizados para o carregamento, bem
como da prancha de madeira e dos roletes de aço.

Determinar a massa de cada prisma a ser ensaiado ou estimar sua massa, considerando a massa
média dos blocos cerâmicos, sem considerar a argamassa de assentamento.

Em seguida, realizar os seguintes procedimentos:

 a) colocar o prisma na horizontal, cuidadosamente;

 b) apoiar o prisma sobre dois roletes de aço posicionados nos eixos longitudinais dos blocos
extremos;

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 c) usar outros dois roletes de aço, posicionando-os nos eixos dos blocos centrais para apoiar a
prancha que deve servir de apoio para os blocos de carregamento (no caso de uso de máquina
de ensaio, essa prancha deve ser centralizada com o centro de carga da máquina e não há
necessidade de blocos para carregamento), conforme a Figura 12;

 d) colocar os blocos sobre a prancha, carregando o prisma sem provocar choques, a uma
velocidade de quatro blocos por minuto (no caso de uso de máquina de ensaio, respeitar a taxa
de carregamento de 500 N/min);

 e) formar uma pilha estável com os blocos de carregamento conforme Figura 11;

 f) anotar o número de blocos que provocou a ruptura do prisma (ou carga de ruptura da máquina de
ensaio), descrevendo como esta ocorreu.
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Figura 11 – Ilustração esquemática do ensaio

b b

Figura 12 – Detalhamento esquemático do ensaio

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9.4 Expressão dos resultados

O valor individual do resultado de cada prisma ensaiado deve ser calculado, considerando a área
bruta dos blocos cerâmicos, conforme as seguintes equações:

M=
(G H ) × L2 + P × b
8 2

6M
ft =
c × 2
onde
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P é a massa total da sobrecarga (roletes + madeira + blocos) ou carga de ruptura indicada na


máquina de ensaio;

G é a massa total do prisma;

H é a altura do prisma;

L é o comprimento livre entre apoios;

b é a distância entre o apoio e o ponto de aplicação de carga;

c é o comprimento do bloco;

l é a largura do bloco;

M é o momento máximo.

Os resultados dos ensaios devem ser avaliados como a seguir:

 a) calcular a resistência à tração na flexão média, considerando, dos resultados obtidos nos ensaios,
apenas os 50 % maiores valores;

 b) descartar os resultados dos corpos de prova cujos valores individuais de resistência à tração na
flexão sejam inferiores a 30 % do valor médio de resistência à tração na flexão, obtido em 9.4-a).

Calcular o valor característico da resistência à tração na flexão dos prismas de blocos cerâmicos
conforme o Anexo A, utilizando um número mínimo de quatro corpos de prova com resultados válidos.

9.5 Relatório do ensaio

O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações:

 a) identificação do solicitante;

 b) identificação da amostra e de todos os corpos de prova;

 c) data do recebimento da amostra;

 d) data do assentamento;

 e) condições de cura;

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ABNT NBR 15812-3:2017

 f) data do ensaio;

 g) características geométricas dos prismas, indicando os valores do comprimento do bloco cerâmico
(c), sua largura (l) e a distância entre o apoio e o ponto de aplicação de carga (b);

 h) características gerais da construção dos prismas e disposição da argamassa de assentamento;

 i) registros das especificações e resultados de ensaio de resistência à compressão dos componentes
(blocos e argamassa);

 j) cargas de ruptura individuais, expressas em newtons (N);

 k) resistências individuais, característica e média da tensão de tração na flexão, calculadas na área
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bruta, expressas em megapascals (MPa), com aproximação decimal e valor do coeficiente de


variação;

 l) descrição do modo de ruptura, podendo-se usar fotografias ou desenhos;

 m) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios;

 n) referência a esta Norma.

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Anexo A
(normativo)

Cálculo da resistência característica

A resistência característica do elemento de alvenaria calculado com os resultados obtidos nos ensaios
deve ser igual ou superior à resistência característica especificada pelo projetista estrutural.

Para amostragem menor do que 20 e maior do que seis corpos de prova, calcular a resistência
característica pela equação a seguir:
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(fe (1) + fe(2) + ...fe (i−1) )


fek, est,1 =   − fe (i)
 i −1 

fek, est,2 = φ × fe (1)

fek, est,3 = maior valor entre fek, est,1 e fek, est,2


onde

n é o número de exemplares da amostra;

i = n/2, se n for par;

i = (n-1)/2, se n for ímpar;

fek,est é a resistência característica estimada da amostra, expressa em megapascals (MPa);

fe (1) ,fe(2) ,...fe (n−1) ,fe (n) são os valores de resistência individual dos corpos de prova da amostra,
ordenados em ordem crescente;

fem é a média de todos os resultados da amostra;

φ é o fator de incerteza em função da quantidade de resultados, conforme a Tabela A.1.

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ABNT NBR 15812-3:2017

Tabela A.1 ─ Valores de Ø em função da quantidade de elementos de alvenaria


Nº de elementos Ø
3 0,80
4 0,84
5 0,87
6 0,89
7 0,91
8 0,93
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9 0,94
10 0,96
11 0,97
12 0,98
13 0,99
14 1,00
15 1,01
16 e 17 1,02
18 e 19 1,04

Para ensaios com n menor do que seis, a resistência característica deve ser calculada pela equação
a seguir:
fek,est = Ø × fe(1)

Para ensaios com n maior ou igual a 20, a resistência característica deve ser calculada pela equação
a seguir:

fek = fem − 1, 65 × Sn

onde

Sn é o desvio-padrão da amostra.

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Anexo B
(normativo)

Procedimento para extração de corpo de prova testumunho


em alvenaria executada

B.1 Escopo
Este Anexo define o procedimento para a de retirada de corpos de prova de elementos (prisma)
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e componentes (bloco) de alvenaria estrutural, com a finalidade de realização de contraprova.

B.2 Antecedentes
Antes da execução da retirada dos corpos de prova, deve-se observar que as retiradas dos corpos
de prova devem ser realizadas sob orientação do projetista de estruturas, em paredes cuja extração
não cause prejuízos ao comportamento da estrutura, como as regiões sob aberturas de janelas ou
balcões.

Os corpos de prova devem ser retirados de diferentes regiões para configuração da aleatoriedade
da amostra.

O número de corpos de prova deve ser de seis blocos ou seis prismas por pavimento a ser ensaiado,
ou conforme a orientação do projetista.

Alternativamente à retirada dos prismas ocos, podem ser retirados os blocos e construídos os prismas,
conforme a Seção 6. Neste caso os materiais e procedimentos devem ser os mesmos utilizados na
construção das paredes e deve-se prever o período necessário para a cura dos prismas.

B.3 Execução
Para a retirada dos prismas de alvenaria, cumprir os seguintes procedimentos:

 a) dimensão dos prismas:

—— prisma oco: retirar prismas de três fiadas de altura por um bloco de comprimento, devendo os
blocos das extremidades ser blocos inteiros, conforme a Figura B.1;

—— prisma grauteado: retirar prismas de duas fiadas de altura por meio bloco de comprimento,
com corte realizado conforme a Figura B.2;

 b) iniciar a retirada com o corte superior na junta de argamassa sobre o bloco que será o topo do
prisma;

 c) em seguida cortar na junta de argamassa abaixo do bloco inferior que será a base do prisma;

 d) amarrar o conjunto utilizando pedaços de compensado de madeira sob e sobre os cortes reali-
zados, envolvendo-os com arame;

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ABNT NBR 15812-3:2017

 e) efetuar os cortes laterais, com o cuidado deste corte ser externo ao septo central dos blocos que
serão cortados ao meio, de forma que dos dois lados este septo permaneça no prisma (ver as
Figuras B.1 e B.2);

 f) efetuar os cortes com serra elétrica para materiais pétreos;

 g) transportar os corpos de prova retirados com cuidado para não serem danificados;

 h) encaminhar os corpos de prova ao laboratório e ensaiar conforme a Seção 6.


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Linha de corte
do corpo de prova

Linha de corte
do corpo de prova

Figura B.1 – Esquema de corte para a retirada de prisma oco de alvenaria

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Partes Partes das amostras


descartadas Linha de utilizadas para
das amostras corte construção do
prisma
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Amostra cortada e
grauteada na parte
oca

Figura B.2 – Esquema de corte para a retirada de prisma grauteado de alvenaria


Para a retirada de blocos de alvenaria, cumprir os seguintes procedimentos:

 a) iniciar a retirada com os cortes superior e inferior da argamassa sobre o bloco;

 b) em seguida cortar a argamassa das laterais dos blocos;

 c) retirar com cuidado os resíduos de argamassa aderidos ao bloco, de forma a não causar danos
a eles;

 d) não utilizar ferramentas de percussão, como martelos, marretas, talhadeiras, ponteiros etc;

 e) marcar os blocos com numeração e identificar o local de retirada;

 f) descartar os blocos que apresentem falhas como fissuras, trincas ou partes quebradas;

 g) no caso de utilização da construção de prismas, construí-los e ensaiar conforme a Seção 6;

 h) no caso do ensaio dos blocos, seguir os procedimentos descritos na ABNT NBR 15270-2.

Todas as etapas de serviço devem ser supervisionadas de maneira a garantir a qualidade das amostras
retiradas.

Prismas que apresentem falhas ou destacamento das juntas de argamassa devem ser descartados.

Todos os corpos de prova devem ser adequadamente acondicionados para transporte ao laboratório.

Todas as amostras devem ser identificadas e associadas ao local da retirada.

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