Você está na página 1de 41

CURSO PROFISSIONAL DE MECATRÓNICA

 
P R O VA D E C O M P O N E N T E T E C N O L Ó G I C A ( M E C Â N I C A )
 
M Ó D U L O / U F C D N . º 6 0 3 5 - METROLOGIA

MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES

UFCD 6045 Tecnologia dos Materiais

Docente: João Peixoto


1
INDICE

 Classes de Materiais
 Propriedades dos Materiais: Introdução
 Diagrama Tensão - Extensão
 Lei de Hooke

2
Classes de Materiais

Trabalhar com diferentes classes de materiais.

metais cerâmicos polímeros compósito


s

3
Classes de Materiais

 A MADEIRA e SEUS
DERIVADOS são materiais
naturais de origem vegetal,
provêm das árvores.

4
Madeira e Derivados

 Exemplos de madeira: Castanho Eucalipto


Carvalh
Pinheiro
o

5
Madeira e Derivados

Exemplos:
Folheado
s
Contraplacado
s
Aglomerados

Cartão
prensado

6
Classes de Materiais

Os PLÁSTICOS são materiais


artificiais de origem sintética,
(não se encontram na natureza),
sendo obtidos por processos
de transformação de matérias-
primas.

7
Plásticos e derivados

Exemplos Brinquedos
Pára-choques
Termoplásticos:

Polipropileno

Polietileno
Recipientes

PVC

Tubos
8
Plásticos e Derivados

Exemplos Termofixos:

Baquelite Resina Epoxi

9
Classes de Materiais

A CERÂMICA/VIDRO são materiais naturais de origem


mineral, são obtidos por fusão do quartzo contido na
argila e areia.
10
CERÂMICA/VIDRO
Cerâmicos

Exemplos:
Pratos Copos Vasos

Azulejos

11
Classes de Materiais

Os MATERIAIS COMPÓSITOS
são constituídos por diversos
tipos de materiais ligados
entre si, de forma a obter a
estrutura e propriedades
desejadas.

12
Compósitos

Exemplos:

Fibra de Vidro, misturada com


plásticos
Capacetes

Fibra de Carbono, misturada com plásticos


Aviões Carros

13
As propriedades físicas e o Existem, na tua sala-oficina,
mecânicas do material escolhido ferramentas e máquinas
correspondem ao resultado adequadas para trabalhar esse
pretendido? material?

Existe à venda, a forma, o


perfil ou o tipo de material que O material é ou não demasiado
desejas? caro? Entre os materiais que
existem na tua sala-oficina
encontra-se o que pretendes?

14
Classes de Materiais

 Os METAIS são materiais naturais, encontram-se no


solo sob a forma mineral, podendo também ser obtidas
as ligas metálicas (ferrosas e não ferrosas) por
processos de transformação de matérias-primas.
15
Metais
Exemplos de
Metais:
Cobre Alumínio Chumbo

Exemplos de Ligas Metálicas Ferrosas:


Aço
Ferro
Fundido
16
Metais

Exemplos de Ligas Metálicas Não Ferrosas:


Latão
Estanho

Bronze

17
Ligas Metálicas

Ferrosas Não Ferrosas

Aços Ferros Fundidos Alumínio

Cobre
Ferro Cinzento
Baixo Teor Médio Teor Alto Teor Aço
de Carbono de Carbono de Carbono Inoxidável Níquel
Ferro Nodular

Rodas e Ferramenta Chumbo


Carris, s de corte, Ferro Branco
engrenagen molas,
s arames de
alta Ferro Maleável
resistência
Perfis
estruturais I
e H, pontes, Utensílios
tubulações, domésticos,
cantoneiras equipamento
e chapas em s industriais 18
edificações
Ferrosos

19
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
Introdução:
Vários tipos de propriedades são importantes na prática do projecto :

• Económicas
• Mecânicas
• Superficiais
• Fabrico
• Físicas
• Microestruturais
• Estéticas

20
PROPRIEDADES ECONÓMICAS

Preço
Custos Financeiros
Valor de Mercado
Incentivos Fiscais

Disponibilidade
Fornecedores Alternativos
Materiais com Propriedades Equivalentes

Actualização Tecnológica
Ciência e Tecnologia Evoluem Rapidamente!
Necessário Estudo Permanente

21
PROPRIEDADES MECÂNICAS

Resistência dos materiais


Dureza (HV, HB, HR)
Cedência (σY)
Ruptura (σrot.)
Fadiga (S - N)
Fluência (temperatura, tempo)
Flexão, Esmagamento, Corte, Delaminagem, Desgaste, etc.
Rigidez: (quanto o material deflecte sob carga) E, , G

Tenacidade: Energia absorvida durante a propagação de fendas.

Ductilidade: Capacidade do material sofrer deformações plásticas.

22
PROPRIEDADES SUPERFICIAIS

Corrosão

Fricção

Desgaste
Abrasão
Adesão
Erosão
Revestimento

Adesão ou Colagem

23
PROPRIEDADES DE FABRICO

Maquinagem

Soldadura

Colagem

Fundição

Conformação

Acabamento
24
PROPRIEDADES FÍSICAS E QUIMICAS

Eléctricas
Resistência, Piezo e Termoeletricidade

Magnéticas
Permeabilidade

Ópticas
Cor, Transparência, Refracção, Absorção

Térmicas
Condutibilidade, Expansão

Reactividade Química
25
PROPRIEDADES MICROESTRUTURAIS

Tipo (cristalina, cadeias, amorfa)

Cristalização (CFC, CCC, HC, ...)

Defeitos (vazios)

Fases

Solubilidade

Tratamentos Térmicos

Tratamentos Mecânicos

26
PROPRIEDADES MECÂNICAS

27
Propriedades Mecânicas dos Metais

• Como os metais são materiais estruturais, o conhecimento de suas propriedades


mecânicas é fundamental para prever o seu comportamento sob solicitação.

• Um grande número de propriedades pode ser derivado de um único tipo de ensaio,


o ensaio de tracção.

No ensaio de tracção, um material é traccionado e deforma-se até à rotura. Mede-se o


valor da força e do alongamento a cada instante, e gera-se uma curva tensão -
extensão. 28
Tensão e Extensão

29
Diagrama Tensão - Extensão 100

Carga (103 N)
Célula de Carga 50

0
0 1 2 3 4 5
Gage Alongamento (mm)
Length Provete 500

Tensão,  (MPa) 250

0
Tracção 0 0.02 0.04 0.05 0.08 0.10
Extensão,  (mm/mm)
30
Curva Tensão - Extensão
• Normalização
  = P/A0 onde P é a carga e A0 é a secção reta do provete.
 e = (L-L0)/L0 onde L é o comprimento para uma dada carga e L0 é o
comprimento original
• A curva  -  pode ser dividida em duas regiões:
 Região elástica
 s é proporcional a e => s = E.eonde E = módulo de Young
 A deformação é reversível.
 Ligações atómicas são alongadas mas não se rompem.
 Região plástica
  não é linearmente proporcional a .
 A deformação é quase toda não reversível.
 Ligações atómicas são alongadas e rompem-se.
31
Curva Tensão - Extensão
Elástica

500 Limite de cedência

Plástica
Tensão, σ (MPa)

250

Fractura

0 0 0.002 0.004 0.005 0.008 0.010


0 0.02 0.04 0.05 0.08 0.10
Extensão, ε (mm/mm) Extensão,  (mm/mm)

O Módulo de Young, E, (ou módulo Como não existe um limite claro entre as
de elasticidade) é dado pela derivada regiões elástica e plástica, define-se o
da curva na região linear. limite de cedência, como a tensão que,
após a libertação da carga, causa32 uma
pequena deformação residual de 0.2%.
Diagrama Tensão - Extensão: Materiais Dúcteis

33
Diagrama Tensão - Extensão: Materiais Frágeis

34
Módulo de Elasticidade ou Módulo de Young

Lei de Hooke:

=E

35
Diagrama Tensão - Extensão: Regimes Elástico e Plástico

Rotura

36
Estricção e limite de resistência

Limite de
resistência
Tensão, 

Estricção

A partir do limite de resistência


começa a ocorrer uma estricção no
provete. A tensão concentra-se nesta
região, levando à rotura.

Extensão, 
37
Ductilidade

• Ductilidade é uma medida da extensão da deformação que ocorre até a fractura.

• Ductilidade pode ser definida como:


 Alongamento percentual % AL = 100 x (Lf - L0)/L0
 onde Lf é o alongamento na fractura
 uma fracção substancial da deformação concentra-se na estricção, o que
faz com que a % AL dependa do comprimento do provete. Assim o valor
de L0 deve ser citado.
 Redução de área percentual %AR = 100 x(A0 - Af)/A0
 onde A0 e Af se referem à área da secção recta original e na fractura.
 Independente de A0 e L0 e em geral  de AL%
38
Resiliência
• Resiliência é a capacidade que o material possui de absorver energia elástica
sob tracção e devolvê-la quando relaxado.

 Área sob a curva dada pelo limite de cedência e pela extensão na cedência.

 Módulo de resiliência Ur =   d com limites de 0 a y

 Na região linear Ur =yy /2 =y(y /E)/2 = y2/2E

 Assim, materiais de alta resiliência possuem alto limite de cedência e

baixo módulo de elasticidade.

 Estes materiais seriam ideais para uso em molas.


39
Tenacidade

• Tenacidade (toughness) é a capacidade que o material possui de absorver energia


mecânica até a fractura.

Área sob a curva  até a fractura


Frágil
Dúctil O material frágil tem maior limite de
cedência e maior limite de
Tensão, 

resistência. No entanto, tem menor


tenacidade devido à falta de
ductilidade (a área sob a curva
correspondente é muito menor).

Extensão, 

40
Resumo da curva  e Propriedades

 Região elástica (deformação reversível) e região plástica (deformação quase


toda irreversível).
 Módulo de Young ou módulo de elasticidade => derivada da curva na região
elástica (linear).
 Limite de cedência (yield strength) => define a transição entre regiões elástica
e plástica => tensão que, libertada, gera uma deformação residual de 0.2 %.
 Limite de resistência (tensile strength) => tensão máxima na curva  de
engenharia.
 Ductilidade => medida da deformabilidade do material
 Resiliência => medida da capacidade de absorver e devolver energia mecânica
=> área sob a região linear.
 Tenacidade (toughness) => medida da capacidade de absorver energia mecânica
até a fractura => área sob a curva até a fractura.
41

Você também pode gostar