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LIGAÇÕES DE INTERRUPTORES –

IDENTIFICAR TENSÕES E DISTRIBUIÇÃO


DE ENERGIA .

SIMPLES
FOUR WAY
THREE WAY

LIGAÇÕES DE VENTILADORES DE TETO


NEUTRO INTERROMPIDO OU ROMPIDO

Entenda o real problema do fio neutro interrompido em uma instalação elétrica e


saiba exatamente com identificar e solucionar transformando em oportunidade.

Por diversas vezes já fui questionado em relação ao neutro interrompido, e se esta


é uma dúvida ou necessidade que você tem em relação a instalações elétricas pode
ter certeza que este artigo é para você.

Este é um dos típicos problemas de uma instalação elétrica que é causado em


função de má instalação e também de não conhecimento técnico do assunto.

Analisando podemos chegar a conclusão que em diversos casos somos


questionados por situações onde o grande problema é a intervenção de
profissionais sem capacitação realizando instalações elétricas sem nenhum quesito
técnico ou por problemas do cotidiano como um cabo rompido por um roedor (rato).

Para entender melhor sobre o assunto continue lendo este artigo.

Fio Neutro Interrompido, o que é e como


identificar

Você já deve ter escutado a seguinte frase:

“O 110V virou 220V na minha casa”

Bom, quando este é o argumento, a identificação do problema é, teoricamente,


rápida, fio neutro interrompido.
O grande problema é identificar e solucionar esta ocorrência, veja que podemos
listar no mínimo 3 causas:

1. Emenda de neutro realizada incorretamente

2. Roedor rompeu o cabo neutro

3. Disjuntor no cabo neutro

É claro que estas são simplesmente 3 possíveis causas e de antemão te convido a


comentar logo abaixo se você teve um problema como estes que eu listei.

O principal problema de um fio neutro interrompido é que quando isso ocorre temos
um comportamento do circuito onde a tensão elétrica pode elevar e com isso a
queima de equipamentos e eletrodomésticos é praticamente inevitável se estes não
forem fullrange (bivolt).

Isso ocorre porque em diversas situações, possuímos cargas elétricas na instalação


com as características resistivas e/ou indutivas, veja na imagem abaixo:

 
Estas cargas fazem com que sua própria estrutura se transforme em um condutor e
quando acontece o rompimento do neutro existe uma espécie de retorno por suas
estruturas.

Outro caso é quando o profissional não qualificado ou o leigo acaba instalando o


disjuntor no neutro, quando este vem a desarmar o comportamento é idêntico.

Como acontece tecnicamente?


Como você pode observar na imagem abaixo, quando existe o rompimento do
neutro o circuito se comporta como um circuito série.

Nesta hora podemos afirmar que a carga resistiva ou indutiva acaba contribuindo
para que exista um retorno na instalação fazendo com que o circuito que antes era
127V se transforme em algo próximo a 220V.

Observe que neste instante o componente/equipamento que está ligado ao circuito


acaba recebendo uma tensão com valor acima do suportado, por exemplo, antes
alimentado por 127V agora recebendo 220V.
Como usar este problema ao seu favor
Se for um cliente residencial/predial você deve usar a mesma ideia anterior, no
entanto, sabemos que não é comum um contrato de manutenção para este público
alvo, então você deve se embasar no capítulo 7 da NBR5410 para mostrar a
necessidade de verificar toda a instalação, pois com certeza existirá mais
intervenções técnicas para que seu cliente não tenha novos prejuízo

RELÉ FALTA DE FASE


Você sabe como funciona um relé falta de fase? Muitas pessoas antes
de saber como funciona, só procuram como instalar relé falta de
fase trifásico e instalam mesmo sem entender aquilo que estão fazendo.
Isso é um grave erro, pois se ocorrer um problema é mais difícil para
conseguir resolver. O Mundo da Elétrica vai te mostrar neste artigo como
funciona um relé falta de fase. Vamos lá pessoal!

O que é relé falta de fase?


O relé falta de fase assim como outros tipos de relés, é um dispositivo
que executa uma ação de comutação de contatos a partir de alguma
situação que ele identifica.

Como está descrito em seu nome, a principal condição para o


acionamento deste relé é a falta de fase.

Há também outras condições para o acionamento, como por exemplo:

 A inconsistência de uma fase


 A sequência errada das fases(quando o relé possuir essa função)
 A assimetria do ângulo das fases
 A tensão acima ou abaixo do limite máximo ou mínimo,
respectivamente
 Falta do neutro (se houver)

Todas essas condições dão a ele a classificação merecida de um


dispositivo de proteção.
Relé Falta de Fase: Composição
A composição do relé falta de fase trifásico é feita com base em
eletrônica juntamente com o magnetismo! Este dispositivo possui como
principais elementos:

 Um Circuito Eletrônico de Monitoramento de Fases


 Um Microprocessador
 Um Relé Interno
 Um Contato Comutador

Contato Comutador
Entender sobre contatos é muito importante, não só para você conseguir
entender o funcionamento do relé de falta de fase, mas também para
aumentar seu conhecimento e fazer você interpretar melhor os
diagramas de comandos elétricos, por exemplo.

O contato comutador é um contato que realiza a comutação entre um


contato aberto e um contato fechado, ou seja, tem a função de ambos os
contatos:

 Contato NA que é o contato que normalmente está aberto e


quando é energizado se fecha.
 Contato NF, que é o contato que normalmente está fechado e
quando é energizado se abre.
Por fornecer as duas funções, o contato comutador é muito utilizado em
relés e não em contatores.

Pela simbologia abaixo, podemos ver que um contato comutador pode


ser usado para “alternar” entre dois caminhos em uma linha de
comandos elétricos.

Relé Falta de Fase: Como Funciona?


O relé falta de fase tem um funcionamento bastante interessante! Ele é
usado na maioria das vezes como proteção de motores elétricos
trifásicos, principalmente por possuir uma ação rápida e precisa. Essa
característica é muito importante porque os motores trifásicos necessitam
das três fases para funcionar, ou seja, se houver a falta de uma delas
existe um alto risco de queima do motor.

Este relé age monitorando as três fases de alimentação do circuito, mas


como ele faz isso? O relé falta de fase possui um circuito eletrônico que é
responsável por monitorar a passagem das fases.

Quando uma das fases não é detectada por esse circuito eletrônico, um
microprocessador alimentado por uma tensão diminuída por um resistor,
envia um sinal que faz com que o relé interno acione e comute os
contatos.

O relé falta de fase libera a energia para o funcionamento do contator


ligado à ele assim que o contato NA fecha, fazendo com que a
alimentação do contato NF seja cortada. É recomendado que o contato
NF seja ligado à algum LED de aviso de falha ou à uma sirene.
A comutação dos contatos é bem interessante! Enquanto o
microprocessador não envia o sinal para o relé interno acionar, o contato
comum permanece como contato NF. Porém, quando o relé é acionado o
contato NF é aberto e o contato NA é fechado.

IDENTIFICANDO TENSÕES
No Brasil, temos uma extensa rede de
distribuição de energia elétrica, que
abastece as cidades, campo, indústrias,
etc.
Esta rede percorre o país a partir das usinas geradoras dos mais diferentes matizes, tais
como, hidrelétricas, termoelétricas, eólicas, nucleares e solares.
As redes de distribuição são compostas por linhas de alta, média e baixa tensão. As linhas
de transmissão com tensão igual ou superior a 230 kV constituem a chamada rede básica.
Há também as chamadas linhas de subtransmissão que operam com tensão entre 69 kV e
138 kV, que são de responsabilidade das empresas distribuidoras.
Além das redes de subtransmissão, as distribuidoras operam linhas de média e baixa
tensão, também chamadas de redes primária e secundária, respectivamente.
 
Linhas de média tensão
 
As linhas de média tensão são aquelas com tensão elétrica entre 2,3 kV e 44 kV, e são
muito fáceis de serem vistas em ruas e avenidas das grandes cidades, frequentemente
compostas por três fios condutores aéreos sustentados por cruzetas de madeira em
postes de concreto.
 
Linhas de baixa tensão
 
As redes de baixa tensão, com tensão elétrica que pode variar entre 110 e 440 V, são
aquelas que, também afixadas nos mesmos postes de concreto que sustentam as redes
de média tensão, localizam-se a uma altura inferior. As redes de baixa tensão levam
energia elétrica até as residências e pequenos comércios/indústrias por meio dos
chamados ramais de ligação. Os supermercados, comércios e indústrias de médio porte
adquirem energia elétrica diretamente das redes de média tensão, devendo transformá-la
internamente para níveis de tensão menores, sob sua responsabilidade.
Toda esta distribuição se dá através de um sistema trifásico. No Brasil a distribuição de
baixa tensão se dá, na maioria das cidades, em 110 volts trifásico, sendo que em algumas
regiões, principalmente no Norte/Nordeste esta distribuição se dá em 220 volts trifásico.
A partir do transformador elétrico da sua região, e dependendo do tipo de instalação
solicitado à concessionaria de energia de sua cidade para a sua casa ou estabelecimento
industrial ou comercial poderá ser trifásico, bifásico ou monofásico.
 
Quer entender um pouco mais? Conheça as características de cada sistema elétrico
 
1 – Sistema Monofásico
O sistema monofásico é formado por dois condutores, uma FASE e um NEUTRO. Neste
sistema só podem ser ligados equipamentos monofásicos na tensão nominal da rede.

 
2 – Sistema Bifásico
O sistema bifásico é formado por três condutores, duas FASES e um NEUTRO. Neste
sistema só podem ser ligados equipamentos monofásicos, entretanto, podem utilizar as
duas tensões, 110/220V no sistema de 110 volts, ou 220/380V no sistema de 220 volts. Os
equipamentos devem ser ajustados para a tensão escolhida. Quando se utiliza as duas
fases, para a tensão maior, o neutro não é utilizado.
 
 

 
3 – Sistema Trifásico
Sistema trifásico é formado por quatro condutores, três FASES e um NEUTRO. Neste
sistema podem ser ligados equipamentos monofásicos, na tensão nominal do sistema,
utilizando-se uma das fases e o neutro, ou monofásica na tensão maior, utilizando-se duas
fases, ou, finalmente, equipamentos trifásicos, utilizando-se as três fases.
 

 
Em se tratando de motores elétricos, tanto os monofásicos quanto os trifásicos, pode-se
modificar a tensão de trabalho dos mesmos, através da modificação da ligação das
bobinas. Normalmente os motores vêm com os esquemas de ligação das bobinas
impresso na placa de especificações.
 
Um conceito importante em eletricidade é a relação entre a tensão escolhida e a corrente
que percorrerá os condutores.
 
Para exemplificar este conceito, pensemos em uma carga simples como uma lâmpada.
Quando se compra uma lâmpada de 100 watts, você vai encontra-la para as tensões de
110v ou 220v. Veja bem que a mesma potência será obtida nas duas tensões. O que há
de diferente? A corrente que percorrerá a lâmpada, e consequentemente a instalação
elétrica da qual faz parte.
Como a formula para obter-se o valor da potência é:
 
Potência (watts) = Tensão (volts) x Corrente (amperes)
Temos então que para a mesma potência, 100 watts da lâmpada, se dobrarmos a tensão,
diminuiremos a corrente.
Para facilitar a matemática:
110 watts = 110 volts x 1 ampere e 110 watts = 220 volts x 0,5 ampere
Ou seja, para uma mesma carga ou potência (watts ou cv ou hp), quanto maior a tensão,
menor será a corrente circulante pelo equipamento e consequentemente pelo circuito
elétrico do qual faz parte.
Desta forma, quando se ouve dizer que na corrente maior se economiza energia, isto não
é verdade. Uma carga de 100 watts consumirá a mesma energia tanto em 220v como em
110v, porque a carga é de 100 watts. O que se economiza é no dimensionamento dos
cabos elétricos e nas proteções e acionamentos como relés e disjuntores, que quando
escolhida a tensão maior, poderão ser especificados para correntes menores.
 
110 volts ou 127 volts?
Embora comumente falemos na tensão de 110 volts, o valor nominal correto é de 127
volts. A relação entre as tensões fase-neutro e fase-fase é através do múltiplo raiz de três
que equivale a aproximadamente 1,732.
Daí:
127 volts x 1,732 = 219,964 volts, que é o nosso 220 volts.
220 volts x 1,732 = 381,04 volts, que é o nosso 380 volts.
Não existe positivo nem negativo em corrente alternada. Positivo e negativo só se aplica
em corrente contínua que é o que temos nas baterias e pilhas.
Outro cabo muito importante de se ter é o famoso “fio terra”. Sua importância de dá no
aspecto da proteção dos equipamentos e das pessoas, quando ocorrem problemas de
fugas de corrente por problemas de falha de isolamento ou curtos circuitos. Normalmente
são ligados nas carcaças dos equipamentos. Este “fio terra” é obtido pela instalação de um
sistema de aterramento, que consiste de hastes metálicas enterradas no solo e
interligadas uma as outras. Isto é fundamental e obrigatório em toda instalação elétrica.

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