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PROGRAMA DO LNRO·TEXTO
UOITOHA OA UNICAMI-'
APOIO FAEP
EDITORA DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
UNICAMP
Coleção Livro-texto .
Coordenação Editorial
Carmen Silvia P. Teixeira
Produção Editorial
Sandra Vieira Alves
Preparação de Originais
Rosa Dalva V. do Nascimento
Revisão
lvana de Albuquerque Mazetti
Katia de Almeida Rossini
Armando Luiz Miatto
Capa
Claudio Roberto Martini
1996
Editora da Unicamp
Caixa Postal 6074
Cidade Universitária- Barão Geraldo
CEP 13083-970 - Campinas - SP- Brasil
Te!.: (019) 239.8412
Fax: (019) 239.3157
Sumário
Prefácio VIl
1 Revisão histórica 9
2 Energia de deformação 13
2.1 Cálculo com os esforços internos 13
2.1.1 Força normal .. 13
2.1.2 Momento fletor . 17
2.1.3 Força. cortante . 18
2.1.4 Momento torçor 20
2.2 Observações . . . . . . . 23
2.3 Cá.lculo com a.s tensões e deformações 27
2.3.1 Estado uniaxial de tensão 27
2.3.2 Estado plano de tensões . 30
2.:1.:3 Estado triplo de tensões . 32
2.4 Energia de deformação complementar . 34
2.5 Exercícios propostos ..... . 37
4 Teoremas de energia 51
4.1 Teorema de Clapeyron 51
4.2 Teorema de Maxwell . 53
4.3 Teorema de Betti . . . .54
4.4 Teoremas de Castiglia.no 59
4.4.1 Teorema del minimo lavor·o 60
4.4.2 Teorema de Menabréa ou princípio do trabalho mínimo
de Menabréa ou segundo teorema de Castigliano . 62
4.4.3 Teorema de Crotti- Engesser 63
4.5 Exercícios propostos 79
v
VI
A Referências 109
Índice 123
Prefácio
Vli
Vlll
9
10 Capítulo 1. Revisão histórica
N N
p p
/
l f{
1/
N
N N~K:r
' '
61
.~;9 X X
rxp I, X u 61 I. X li 61
dx dx
p
dW = Nidx (2.1)
e o trabalho da força final p· responsável pelo alongamento final !':,./ é igual à
área sob a curva da Figura 2.1b , ou seja:
W = ~P/':,.1 (2.5)
2.1. Cálculo com os esforços internos 15
/:::,/ = Pl (2.6)
EA
que substituído em ( 2.5) dá a seguinte expressão para. o trabalho:
(2.7)
Chamando de U a. energia. de deformação elástica da barra, tem-se da
igualdade entre esta energia. e o tra.balho da força. externa. (conserv~ção de
energia) que:
pzz
U=- (2.8)
2EA
Dividindo-se ambos os lados da igualdade acima pelo volume (V = AI) da
barra., obtém-se uma grandeza chamada. energia de deformação específica. ou
energia de deformação por unidade de volume representada por u, cujo valor
é:
p2
u=-- (2.9)
2EA2
A igualdade ( 2.5) pode ser aplicada para calcular o trabalho realizado
por outros esforços internos como: momento fletor, força cortante e momento
torço r, assumindo a seguinte forma:
6.1
<=-
1
Da definição de tensão:
N
tT=-
A
16 Capítulo 2. Energia de deformação
(a) (b)
Mesmo nesses casos a energia de deformação é dada. pela. área. total sob os
diagramas e representa uma medida da tenacidade do material: maior a área,
mais tenaz é o material.
Denomina-se resiliência de uma. barra o máximo valor da energia dê de-
formação elástica que ela. é capaz de armazenar, sendo essa. energia represen-
tada pela:s áreas ABC das Figuras 2.2a. e 2.2b.
No regime inelástico, somente uma peqwona. parcela. da energia absorvida.
pelo material pode ser recuperada. A maior parte é dissipada em forma de
calor e o material fica com uma deformação permanente. A energia recuperável
· é dada pela. área D EF da Figura 2.2b.
.2.1. Cálculo com os esforços internos 17
('.
j--->\
de \
1
I \
I \
1::----"'d~::- / ~M+ dM
---- D
c
(a) (b)
dv
r.p=- (2.11)
dx
Sabe-se que:
M
(2.12)
E!
sendo f o momento de inércia. da seção transversal da barra.
A igualdade ( 2.12) pode ser, ainda, representada por:
d dv M
-(-)-- (2.13)
dx dx -E!
Substituindo ( 2.11) em ( 2.13) obtém-se:
18
Capítulo 2. Energia de deformação
d~p M
-=-
dx E! (2.14)
Como o elemento da Fig ura 2.3b
é infinitesimal, é possível reescrev
igu ald ade ( 2.14) como: er a
M
dr.p = -d x (2.15)
E!
O trab alh o ele me nta r realizado pelo
mo me nto M par a gira r a seção AC
ângulo dr.p, ten do em vist a a iguald do
ade (2.11) vale:
1
dW = -Mdr.p
2 (2.16)
e o trab alh o este ndi do a tod a a bar
ra é obt ido inte gra ndo (2.16) ao long
com prim ent o l da bar ra resultando: o do
z M2
W=
Da igualdade ent re a energia de def
l 0
-dx
2E I
ormação elás tica da bar ra e o trab alh
(2.17)
(2.18)
O mo me nto fletor M, em geral, é um
a função da ord ena da x, o mo me nto
de iné rcia I par a a bar ra pris má tica
é con stan te ao longo do seu com prim
podendo, jun tam ent e com o módul ent o,
o de Young E ficar fora da integra
bar ra não for pris má tica tem-se que l. Se a
obt er o mo me nto de inércia em função
ord ena da x. da
De mo do a simplificar o raciocínio e
a exposição, considere-se um element
diferencial de bar ra pris má tica sub me o
tido à ação de. tensões cisalhantes r =
como mo stra a Fig ura 2.4. Txy,
Den om ina ndo w as ordenadas da
elás tica produzidas ape nas pel a forç
cor tan te (designou-se por v as ord ena a
das da elás tica produzidas apenas
mo me nto fletor), sabe-se que w ~ pel o
v, na ma iori a dos casos. Dessa ma
conclui-se que o efeito da força cor nei ra
tan te no cálculo da energia de deform
é peq uen o com par ado ·ao do mo me ação
nto fletor, justificando-se um a ava
. bas tan te apr oxi ma da par a seu valo liação
r.
Cad a elemento reta ngu lar de arestas
( dx) e (dy) sofre um a distorção me did
pelo ângulo 1 = /xy que tem a me sma a
variação da ten são tangencial, conform
a igu ald ade : e
2.1. Cálculo com os esforços internos 19
r
i=- (2.19)
G
sendo G o módulo de deformação transversal do material.
Como o ângulo 1 varia ao longo da altura da barra, adota-se um valor médio
lm para poder calcular a translação relativa dw das duas seções distantes de
dx.
Tratando-se de pequenos deslocamentos, dw é calculada por:
dw = lmdx (2.20)
Se r fosse constante ao longo da altura da barra, a força cortante na seção
BD seria dada por:
V=rA (2.21)
sendo A a área da seção transversal da barra.
Essa estimativa da força cortante é muito grosseira. Para corrigi-la, o
lado direitÓ da igualdade (2.21) é multiplicado por um coeficiente c cujo valor
depende da forma da seção.
Desse modo, a distorção média, considerando as igualdades (2.19) e (2.21),
passa a ser dada por:
cV
/m = GA (2.22)
e a translação dw por:
cV
dw = GAdx (2.23)
20 Capítulo 2. Energia de deformação
1
dU = (2.24)
2vdw
Estendendo-se o cálculo da. energia. de deformação a. toda. a barra e levando-
se em conta. a igualdade (2.23) obtém-se, finalmente, que:
1 cvz
U=
1
0
--dx
2GA
(2.25)
M,
dO= -dx (2.26)
GJ,
sendo I, o momento de inércia à torção da seção da. barra.
A energia. de deformação armazenada. no elemento diferencial, que é igual
ao trabalho realizado pelo momento torçor para girar a seção transversal em
torno do eixo x do â.ngulo (),tendo em vista. a. igualdade (2.10), vale:
Z.l. Cálculo com os esforços internos 21
1
dU =
2M,dl} (2.27)
( Mz
U =lo 2G~, dx (2.28)
(2.29)
P,
6~ ~
(a) (b)
(2.30)
1 X
(a) (b)
(c) (d)
2.2 Observações
a) Momento fletor
· 1 ( 2 1 ( 2 ( 2 2P 2 [3
UM= 2El lo M dx = 2EI[lo (Px dx +lo (Pl) dy] = 3El
b) Força cortante
1 ( cP 2 l
Uv = 2GA lo cV2dx = 2GA
c) Força normal
1 ( 2 P 2l
UN = 2EA lo N dy = 2EA
Para facilitar a verificação supõe-se que tanto o pilar quanto a viga têm
seção quadrada de lado a, tal que a= i/10 e que G = E/2.
2.2. Observações 25
A 12
e c= 1.2
I a2
UM 667 UM 1600
- -- e UN = -1-
Uv 1
~r----+)___,~ ....c
I. l x=-1
3[]
I· ,I
A-A
(a) (b)
a) Momento fletor
A energia de deformação-é dada por:
26 Capítulo 2. Energia de deformação
U= -1-
2EJ
11 0
M 2 dx
Sendo:
M=Px e
(2.33)
b) Força cortante
Uv = 2 ~A 1 1
2
cV dx
c) Momento torçor
A energia de deformação referente à torção tem a forma:
-UM = --
1
ou U, = 6.33UM
u, 6.33
2.3. Cálculo com as tensões e deformações 27
Uv c 487
-=-- ou Ut = Uv
Ut 487 c
como o valor de c é próximo da unidade, pode-se dizer que a parcela da energia
de deformação devida à torção é preponderante.
O valor total da energia de deformação é:
U =pz
- [.-+
zz.
E7r R 3 e
(l +v)(-Re+1.55R)]
c-- e3
Observa-se, ainda, dessa igualdade, que quanto mais curta a: viga maior
a colaboração da ·energia de deformação relativa à torção no valor da energia
total.
Ux -------- Gz f-----;t
a"i O'xif----,f;
du du
'----"'--.J..._- E
d(dU) ddU d
dV = dV = O"x Ex (2.36)
Embora existam deformações Ey e Ez, sua contribuiçã.o no cálculo da energia
é nula.
O quociente ~~ é a energia de deformaçã.o específica u. Portanto, tem-se
que:
(2.37)
A energia de deformaçã.o específica referente a um valor Ex da deformaçã.o
é calculada por:
(2.39)
Substituindo (2.39) em (2.38) e integrando, obtém-se:
1 2
U = 2EEx (2.40)
ou, ai': da, somente em funçã.o da tensã.o:
1 (j2
u=--X (2.41)
2E
Uma forma mais comum de apresentaçã.o da energia de deformação es-
pecífica é 9btida. de (2.40) substituindo Ex por 'f; assim, tem-se:
1
U = 20"xEx (2.42)
e
Se o material nã.o obedece à lei de Hooke, entã.o preciso conhecer a função
a-x( Ex) que, nesse caso, não é linear.
Para se obter a energia de deformaçã.o U basta integrar (2.41) no volume
do sólido:
N
O"x = A e (2.44)
vale:
U= (~NN (2.45)
.fo 2 A EA
ou:
(2.46)
Barra fletida
Supondo, para. simplicidade, a viga. prismática. bia.poia.da. cujo diagrama. de
momentos fletores é mostrado na. Figura 2.12a., com seção transversa.!, dada.
na. Figura. 2.12b, tem-se em uma. seção distante x do apoio esquerdo ·O valor
M = M(x) do momento fletor. ..
y
(a) (b)
Sabe-se que:
(2.4 7)
sendo que I é o momento de inércia. da. seção transversal da. viga. em relação
ao e1xo z.
Substituindo (2.47) em (2.41) e integrando r10 volume tem-se:
(2.48)
(2.49)
(2.50)
- dx
1+--+1
1/Zt:.y
r------,
dy I I :::::1 I Idy+L\y dy :
I
tY :
l___.X I
1-----1 L _ _ _ _ ...J
dx+.ó.x dx
(a) (b)
(2.51)
2.3. Cálculo com as tensões e deformações 31
(2.52)
A energia de deformação total armazenada no elemento é a soma das ener-
gias calculadas através das igualdades (2.51) e (2.52) , resultando:
(2.53)
Dividindo (2.53) pelo volume do elemento infinitesimal tem-se. a energia de
deformação específica:
. (2.54)
A energia de deformação correspondente às tensões tangenciais r,yé' calcu-
lada como o trabalho realizado pela força r,ydxdz, aplicada lentamente, com
o deslocamento /xydy, como mostra a Figura 2.14, resultando:
(2.55)
e
1
Uxy = 2_Txy/xy (2.56)
Adicionando-se essa energia de deformação específica àquela já obtida para
as tensões normais, tem-se a energia de deformação específica para o caso geral
de estado pli!-no de tensões, ou seja:
(2.57)
32 Capítulo 2. Energia de deformação
U = 21[
E CJx 2 + CJy 2 - 2VCJxCJy + 2( 1 + v)rxy2] (2.58)
ou somente em função das deformações:
E (2 2
tl = 2( 1 _ v 2 ) Ex+ Ey + 2TIExEy + -12--"fxy)
v2
(2.59)
1
tl = 2[CJxEx + CJyEy + CJzEz + Txy"/xy + Tyz"/yz + Tzx"!zx] (2.GO)
Em funçã.o apenas das tensões fica:
E [2 2 2
U = 2(1 +v) Ex+ Ey + f.z + 1-I/ 2v. (Ex+ Ey + Ez) 2 + 2("/xy
1 2 2
+ "fyz + "fz.x2 )] (2.62)
1
U = 2( CJJ E1 + CJ2E2 + CJ3E3) (2.63)
Só com as deformações principais fica.:
E [2
u = ?( 1
- +11
) El + E22 + €32 + I - I/ 2TI ( €1 + €2 + €3 )2] (2.64)
(2.65)
(2.66)
e fazer:
(2.67)
O estado de tensões principais pode, entã.o, ser decomposto em dois como
mostra a Figura 2.15.
a'
3
(2.69)
L.V=V-1=<~+<~+<; (2.70)
1- 2v I
+ ,.2 + o-3)
I I
(2. 72)
1- 2v 2
Uv = E (<Tt + 0"2 + <T3) (2.73)
6
A parcela da energia de deformação corresponden te à variação da forRla é
chamada de energia de distorção, sendo representada por ud e vale:
(2.74)
a N
af-----:?1
dNL.
u*
7
l W=U
u
dW
E X
~., u 61
d.-r
U =f udV (2.77)
W* = U* = iN xdN (2.78)
(2.79)
36 Capítulo 2. Energia de deformação
U* =f u"dV (2.80)
Energia complementar nã.o tem significado físico, somente geométrico; porém,
há situações em que a ener$ia de deformaçã.o e a energia de deformaçã.o comple-
mentar são permutáveis. E, por exemplo, o ca.so em que a barra. é constituída
de ma.teria.l que segue a lei de Hooke.
Nesse ca.so tem-se a relação:
N = k.r (2.81)
e, como se pode observa.r da. Figura 2.17, a.s relações dadas a. seguir, obtidas
diferenciando (2.75) e (2.78), respectivamente, são válidas:
dU*
-=N (2.82)
dx
e
t'·l (N
U = lo N d:1.: = U* = lo xdN (2.83)
u*
u
~~----------~-----x
Figura 2.17: Curva esforço axial X alongamento para material elástico linéar
U + U* = 2W = N L, I (2.84)
Portanto:
(2.85)
expressão que dá o valor do trabalho realizado pela carga N com o alongamento
fina.! L,/ obtido anteriormente.
2.5. Exercícios propostos 37
/ I
T
p
l L
a. a
I• •I• •I
(a) (b)
l/Z l/Z
~a
EA }z "~
q
}z
p
(a) (b)
Zh 1.8h 2R
I•
1.8h l/5
1.6h l/5
1.4h
1/5
l/5
h l/5
p p p
/1
!';
12-fa.se 22-fase
41
42 Capítulo 3. Princípio do trabalho virtual
(3.1)
(3.2)
M M+dM
N--808--
V
N +dN
V+dV
(a) (b)
(3.3)
(3.6)
te,= f NtNr dx
EA +.
I c\1, V,. dx
GA +
f MtMr dx
EI
(3.9)
2P
t:,,....--__._l~~) M 2
2 2
f. l/ ·I · l/ ·t
L,= f M,Mr
EI
dx (3.10)
2P
l )M2 u )1
l/2 l/2
1 t
RI R2
(a) (b)
Para. simplificar o cá.lculo, essa. viga. pode ser sepa.ra.da. em dua.s onde atuam
separadamente a.s ações 2P e 11.12 , como se mostra. na. Figura. 3.4. Nessa. figura.
também aparecem os diagramas de momentos fletores pa.ra. cada. caso.
O diagrama de momento fletor para. a. carga. unitária. é da.do na. Figura. 3 ..5.
A integra.! da. igua.lda.de (3.10) pode ser dividida em dua.s de modo a. se ter:
Mz
~M2
~
(a) (b) (c)
to
Figura 3.4: a) Viga do sistem a A b) Viga com carga 2P c) Viga. com momen
M2
Do equilíbrio da viga. da. Figura. 3.3 obtêm- se a.s reações R 1 e R 2 dadas por:
~ = !..!:.p
8
3.1. Exercícios propostos 47
1. Uma estrutura, mostrada na Figura 3.6a, é formada por três fios que
devem sustentar uma viga. O fio do meio foi .construído com compri-
mento menor do que o necessário. Calcular a. força na barra 2 depois
que ela foi unida ao restante da estrutura. Os três fios são de mesmo
material e têm a mesma seção transversal de área A. A viga tem
módulo de Young E e seção transversal constante com momento de
segunda ordem I. São dados: A, E, l, L., E e I.
Resp. .· N 2 -- (9El+EAI'
6EEAI )l
·
(}) EA @ EA @ EA p
EI .i;:,. EI !
(a) (b)
p R R
l
R
(a) (b)
h/2 h/2 R R
{a} (bj
p
s
)Mo -i
~
E! E!
;j zs: [:;,
1.51 l
(a) (b)
n n
1 n
W=- LPiVi (4.2)
2.t=l
51
52 Capítulo 4. Teorema..' de energ ia
ar uma a.p!icaçã.o
Exem plo 4.1 Como exem plo simpl es, apena s para. ilustr
a. deflexã.o da. viga.
do teore ma de Clape yron, deter minar o valor da máxim
nto de inérci a I, o
da Figur a 4.1. São dados o módu lo de Young E, o mome
comp rimen to I e a força P.
o na iguald ade
O traba lho rea.lizado por P, de acord o c.om o estah elecid
(4.2) vale:
com a igualda.rle
A energ ia de defor maçã o armaz enada na viga. de a,:ordo
(2.18) é dada por:
1
-dx~~ M2 (4.:))
U= -
2. o El
M=P .r
1 ~~ p2 2 P'l"
u-
.- 2- .
- 1 · d:r - - -
E{. ·-6E f
0
mr:
Pl"
f= :)E f
4.2. Teorema de Maxwell 53
I
I
a I
/
b
(4.4)
Mantendo P aplicada no ponto A faz-se com que outra. força P a.tue da.
mesma maneira no ponto B, com linha de ação coincidente com a reta b. O
trabalho W lJ realizado pelas forças vale:
(4.5)
(4.6)
(4.7)
(4.8)
(4.11)
(4.12)
4.3. Teorema de Betti 55
f4s
1 1 1 1 1
W = 2pJAVJA + 2PzAV2A + 2PssVsB + 2p4BV4B + 2PssVsB +PJAVJB +PzAV2B
(4.13)
(4.14)
(4.15)
* 1 1 1 1 1
W = 2pJAVJA + 2PzAV2A + 2PssVsB + 2p4BV4B + 2PssVsB +
+PssVsA + P4BV4A + PssVsA (4.16)
56 Capítulo 4. Teoremas de energia
(4.17)
ou seja: O trabalho realizado pelas ações do sistema A com os deslocamentos
do sistema B é igual ao trabalho realizado pelas ações do sistema B com os
deslocamentos do sistema A.
Existem outros teoremas da reciprocidade, inclusive englobando o teorema
de Betti, porém não são conhecidos no ãmbito da resistência dos materiais.
ZP ZP 1
~ l X
!
!S.. 2S Li !S.z::..::__ ~
t vz
~I~
vz
~
vz
~I·
vz
~ T
v(x}
Rr Rz Rr
(a} (b}
Figura 4.4: a) Vigas com reações a calcular b) Viga com deflexões conhecidas
p[3
v(x)= 4 SEJ 12(y-4(y)
[ X X 3] para O :S: x :S: l
(4.18)
O sinal negativo indica que as deflexões v 1 têm sentido oposto às ações 2P.
O trabalho realizado pelas ações do sistema B com os deslocamentos do
sistema A é dado por:
Ws = (1).(0) (4.19)
4.3. Teorema de Betti 57
2P 2P
~~~ I úI
I vz ·I· vz ~ vz ·i· vz .I 11
1(2 I
11
l/2 •
Rz 1
{a.) {b)
-4Pv 1 + .R2v2 = O
resultando:
V]
.R2 = 4-P (4.20)
v2
Da. equa.ç.ão das cleftexões fornecida obtém-se que o deslocamento vertical
à distância I/2 do apoio é:
I 11
VJ =v(-)= - - - 13
2 96EI
e no meiofclo vão:
1 3
v2 = v(l) = ---1
6EI
Substituindo 7! 1 e v2 em (4.20) resulta:
.R2 = .!:..!.p
4
5
.R1 = -P
8
M= ~PI
58 Capítulo 4. Teoremas de energia
1
B(x) = -v'(x) = -6EJ
- [-1+ 3(::)l 2
]
2P 2P 2P 2P
w+
M M
~ i i i
!S. zs: 6. - !S. ç!S.
6.
I. X •I• l-x .1. l-x ·I· X
.I I. X oi l-x .I I. z-x li· X
.I
Toma-se· uma das duas metades como o sistema A e a viga com momento
unitário no apoio onde atuaM como sistema B, como mostra a Figura 4.7.
2P '
1
·.•• k M
Jv~
4~ ___-/~ 7J
I .i
41 . • 4
I l-x •
I I. X
·I· z-x .I
WA = -2Pv + MfJ
O trabalho das forças do sistema B com os deslocamentos do sistema A é
dado por:
4.4. Teoremas de CastigJiano 59
WB = (1).(0)
l
(}=-
3EI
= (4.26)
= ( 4.30)
Se se supÕ'e que as .for·ças P', Q', R.', ... sejam, ·respectivamente, proporcio-
nais a P, Q, R, ... , tem-se:
sendo a, ;3, "(, ... constantes. Nesse caso o trabalho da força P', enquanto ela
cresce de zem até o valo·r final P, é dado por:
P,, 1P,,a 1
i
.o
P dp =a
o
p dP = -p2 = - Pp
2 2
( 4.32)
1
2'(Pp+ Qq+ Rr + ... ) (4.33)
Mas o trabalho da.s fo,·ça.s externas deve ser igual ao trabalho interno, e este
é independente da lei de crescimento da.s fm·ças externas; portanto a igualdade
(4.88} representa o trabalho inte·rno (energia de defo·rmaçâo}, independente da
lei de va·riação das forças externas.
Snponha-se qne às forças P, Q, R, ... sejam dados incrementos dP, dQ,
dR, ... e dp, dq, dr, ... sejam os incrementos dos deslocamentás p, q, r, .... O
tmbalho intemo desta defo·rm.ação infinitesimal pode se·r expre.sso por:
1 1
2(Pdp + Qdq + Rdr + ... ) + '2(pdP + qd(j + rdR + ... ) (4.:35)
dF dF dF dF dF
dPdP + dQdQ + dRdR + ... + rlT, rm + d:T2 d72 + ... (4.:19)
Co·mo as igualdades (J-.38) ,. (4-.99} IIm IJI!.e sn· ig1w.is quaisquer que ,,ejam
os valor·es de dP, dQ, dR, .... rl1j, rlT2 .... (ocr i,(jna.ldarlt (J,.:/6)). crmcl1ú-sr
qne:
62 Capítulo 4. Teoremas de energia
dF dF dF dF
dF =dr -=t, dT = t2
dP =p dQ =q dR dT1 2
.••
(4.40)
conforme enunciado.
Na notação que se tem utilizado, a energia de deformação é U, o esforço
genérico é P e o deslocamento é v.
Sendo Pv o esforço atuante em um ponto na direção do deslocamento v do
ponto de uma estrutura., o primeiro teoreT'1a de Castigliano estabelece que:
au
--=v (4.41)
OPv
Se P é força, então v é defiexão; se P é momento, então v é rotação.
Admite-se que os esforços sejam independentes entre si.
Castigliano também publicou o teorema recíproco do acima enunciado onde
está estabelecido que: A derivada parcial da energia de deformação em relação
a um deslocamento v de um ponto de uma estrutura é igual ao esforço Pv, no
ponto, na direção e sentido do deslocamento v, ou seJa:
au -P (4.42)
8v - "
au au au
ax, =v, ax2 = v2 ... ' ÔXn = Vn (4.43)
4.4. Teoremas de Castigliano 63
au au
ax1 = 0 8Xz =
0 .. 'l (4.44)
Essas equações representam a.s condições para um valor esta~ionário da
energia de deformação e, no caso de estruturas em equilíbrio estável, é mínimo.
A solução do sistema linear de equações (4.44) fornece ós valores das
incógnitas hiperestáticas.
p p
dU* dU*
:[ u*
1! ,I
u
dU
v
:[ u*
1! .u
u
dU
v
dv dv
(a) {b)
au· (4.45)
8Pv =V
âU* f)[!
--=v e -=Pv (4.46)
ÔPv âv
ao. passo que o primeiro teorema de Ca.stigliano vale apenas para estruturas
com comportamento linear onde U = U*, conforme Figura. 4.8a..
A energia de deformação é expressa. geralmente em função de deslocamen-
tos e o sistema. de equações formado pelas equações (4.42) tem como incógnitas
deslocamentos; por isso, o método de cá.lculo baseado nos teoremas de Ca.sti-
gliano é chamado ele método do8 deslocamentos.
A energia. de deformação complementar é expressa comumente em função
dos esforços, e o sistema. de equações fornecido pela. igualdade (4.45) tem como
incógnitas esforços; por isso, o método de cá.lculo baseado no teorema. de Crotti-
Engesser é denominado método da fórça.
r, >r, .l. I de
JFX T. Ath I r--
l~ ___l __ 2_ _, I 1
(a) (b)
Figura. 4.9: a.) Viga sob ação da. temperatura b) Elemento deformado
. Exemplo "4.4 Ca.lcnla.r a deflexii.o no meio do vão da. viga. ela Figma. 4.9a.
sujeita a. uma va.ria.çii.o de temperatura. a.o longo de sua altura.. Na parte
inferior da viga a. temperatura é T1 e na parte superior é T2 > T,. São dados
o comprimento l, o coeficiente de dila.taçã.o térmica. a e a altura. h da viga..
lnic.ia.hnente é necessá.rio equa.cionar a energia de deformaçã.o devida. à va-
riação ela temperatura.. Pa.ra. isso. consider<'-se o elemento diferencial ele viga.
mostrado na Figura. 4.9b, após ter ocorrido a. va.ria.ção de t.empcerat.ura.
De maneira gera.!, pod<'-se dizer que a variação de um comprimento ch a.o
ser submetido a. uma temp<era.t.ura. T é:
Ld:v = aTdx
Desse modo, a variação do comprimento da.s "fibras inferiores e superiores
vale:
4.4. Teoremas de Castigliano 65
dO== aL;,T dx
h
sendo 6 = T2 - Tt.
Para resolver o problema com o teorema de Castigliano tem-se qu.e 'aplicar
uma força fictícia vertical no meio da viga e derivar a energia de deformação
em relação a ela.
fS. -.---- - à
X
l!.T
~
(b)
f:(
__ f ___
l!.T 6. = !S.
+
:6. (c)
X
fF=O
F=O +
(a) - - H
(d)
Assim tem-se:
1 dM(x) 1
M(x) = M + 2Fx e dF = 2x
sendo M o momento fletor devido à variação da temperat ura.
O deslocamento vertical no meio da viga vale:
f_aul _ au dM(x)l
- 8F F;O- 8M(x) dF F;O
Sendo a energia de deformação dada por:
1/2 M2(x)
112 M(x) 1
f=2
0 1 ---xd x
EI 2
Da resistênc ia dos materiais sabe-se que:
(4.4 7)
d() M
=
EI
dx
e, portanto , o momento fletor M, devido à variação da temperat ura, vale:
= - -1
12 12
1 a6T 1 a6T 1 a6TZZ
f= 2
1
o
---xd x
h 2 h o 8h
xdx = -:-:--
O:mesmo exercício pode ser resolvido com a aplicação do método da carga
unitária.
Considere-se a viga da Figura 4.10b como sendo a solicitad a pelas cargas
reais (tempera tura) e a da Figura 4.10c a solicitada pela carga unitária.
Da igualdad e (3.9) tem-se que o deslocamento /'; na direção da carga
unitária vale:
f = ['; = 211/2 MlMr dx
EI 0
" '-R d
"
'
/
P (para baixo)
(a) (b)
U = -111M2 111M2
-dx + - -' dx
2 0 EI 2 0 GI,
sendo M e M, os momentos fletores e torçores ao longo da barra, l o seu
comprimento, I o momento de segunda ordem (ou de inércia) e I, o momento
de inércia à torção da seção transversal da barra.
Chamando de (! uma coordenada angular com origem na extremidade livre
da barra, a função que representa a variação dos momentos fletores na barra,
como mostra a Figura 4.11, vale:
ôU ôU dM ôU dM,
v= ôP = ôM dP + ôM, dP (4.51)
dM
dP = RsenO (4.52)
e de (4.50) que:
dM,
dP = R(1- cosO) (4.53)
v= PR
4
3
[..!.._
EI +
31f-
GJ,
8]
SendÓ a seção da viga circular pode-se representar a deflexão v em função
apenas de P, R, v e E.
Portanto; com:
1=1fR:' 1rR•
1,= - - e G = -,:-;-cE-...,.
4 2 2(1 +v)
v= p [~ + 0.589] 1.589P
R E E RE
mostrando que a parcela da flexão é preponderante no cálculo da deflexão da
viga neste problema.
4. 4. Teoremas de Castigiiano 69
3
N N
® ® ® ®
F
5
(a) (b)
. 111
ub = -2 Nz
-dx
EA
0
70 Capítulo 4. Teoremas de energia
F= ,6.EA
31
Para calcular as forças nas barras após a união supõe-se a estrutura já
montada, Figura 4.13a, e através do equilíbrio dos nós obtêm-se as forças nas
barras. O importante é supor que no nó 4 da Figura 4.13a atua também a força
F com sentido oposto ao aplicado inicialmente, como é mostrado na Figura
4.13b.
30' ! 30'
'~'N2'
N2
Ns
(a) (b)
Do equilíbrio do nó 4 tem-se:
(4.55)
O equilíbrio do nó 3 fornece:
ou
(4.56)
ôU
ôN' =O
e para a barra 3:
•2
U3 - N3 h e dU3 _ N~l 3
- 2EA dN~- EA
2
-
2
U _ N; l2
2EA e
dU2 _ dU2 dN; _ N;h
dN'3 - dN'2 dN'3 - EA
(y'3) _(F+ N~)/2
3 - 3EA
ou:
I('+ ' +
EA 2N3 N3 ,y'3]
2(F + N3 )S =O
72 Capítulo 4. Teoremas de energia
resultando:
, 6.EA
N3 = -0.0926--
1
O sinal negativo significa que essa força é de compressão.
Então as forças nas barras são:
, 6.EA
barra 1-> N1 = N + N 1 = 0.240-- (tração)
1
, y'3 6.EA
barra 2-> N 2 =(F+ N3 )3 = 0.139-- (tração)
1
, 6.EA
barra 3-> N3 =F+ N3 = 0.240-- (tração)
1
2P 2P
B
E ,I
k
l E,A
RA = Ra =R
e
4.4. Teoremas de Castigliano 73
2P 2P RB Rc
A
!S.
l B l c B! c!
f Y-1
i-
RA
X
RB Rc
1
(a) (b) (c)
Figura 4.15: Viga com as ações mútuas entre: a)viga b )barra: c)mola
(4.58)
I
MAB = Rx- 2p(x- ) para 1/2 ::; x ::; I
2
MaB =MAB
As forças normais atuantes na barra e na mola, tendo em vista a equação
(4.57), são:
N= RB =4P-2R
e
F=Ra+R
74 Capítulo 4. Teorema s de energia
U =2 [~
2
1f 0
M1B dx
EI + 2 1~
~ t Ml;B
2
EI
dx] Nzl pz
+ 2EA + 2k
Sendo R a incógnita hiperestá tica, a derivada da energia de deformaç ão em
relação a ela vale:
'
dU- 2 {' MAB dMAB d
+ 2
r l
McB dMcB d Nl dN FdF
li. EI dR x + EA dR + k dR
(4.59)
dR- lo EI dR x 2
-dU = 2-
dR EI
(1t
0
Rx dx2
+ 1
1
2
1
l
[Rx- 2p(x- -)]xdx
)
2
+ 2(4P-2R
EA
R
)I +-
k
Integrand o, obtém-se :
dU = _2_ [~Rz3
dR EI 3
__2pz
24
3] 8Pl _ 4Rl
+ EA EA +k
R (4.60)
R= (2h-~) p (4.61)
1
31 -
2
Al2
+ 2kfi
E
R = 5P e RB = llP
8 4
que são exatame nte iguais aos valores calculados no Exemplo 4.2.
Para se determin ar a rotação da extremid ade da viga supõe-se aplicado,
neste ponto, um momento fictício M. Esse momento é suposto atuando na
4.4. Teoremas de Castigiiano 75
ZP ZP
Y--j
B c
(b)
ZP 2P
B C
E.I
k
E.A
M/2l
(d)
M/2l.
1 X l
MAB = (2P- zRs)x- M para O<x<-
- -z
21
l
-<X< [
z- -
1 l
Mcs = (2P- 2Rs)Y + M( 21y -1) para O<y<-
- -2
1 y l
Mcs = Pl- 2Rsy + M( -1) para 2 S.y 5. l
21
A energia de deformação é representada pela igualdade (4.58).
Pelo teorema de Castigliano, a rotação da extremidade livre da viga é
obtida derivando a energia de deformação em relação ao momento fictício M,
ou seJa:
()- 1
EI [1~ (2P-zRB)x
1 t 1 8 x)(- 21X )dx] +
(- X )dx+ }t(P1-ZR
21
0 2
1
+-
EI
[1~(2P-~2 R8 )y(!!...__1)d
0 21
y+ }tt(P1-~R
2
8 y)(~-1)dy]
21
+
2
F
+ 2kl (4.64)
L
~
l/2 l/2
I· , I, ·I
(a)
(4.65)
e
ft
=-
K. ( 4.66)
h
onde ft é o dobro. da deformação nas fibras extremas da seçãodaviga.
Substituindo na igualdade (4.65) a tensão (j = C En, sendo C uma. constante
elástica e n um número real, e integrando, tem-se:
donde:
1
= [2n(2n + 4)M] /n .!_ ( 4.67)
K CbH 2 h
Em uma seção genérica da viga o momento vale:
1
M= -Px
2
e a curvatura passa a ser:
~>
= [2n(2n + 4)M] /n I.
Cbh 2 h
1
(!2Px) /n 1
(4.68)
t/2 [ {h/2 ]
U* = 4 lo lo u*bdy dx
p
1--------~1
(a) (b)
(4.69)
bh 3
T=-
12
e que para material que segue a lei de Hooke: O"= Et, obtém·se de (4.69) que:
PP
f= 48E/
a a
{a)
p p
~~ !
~' ~
E! E! X
[5. •
/ tv(x)
l l
(b) (c)
Figura 4.19: a) Exercício 3 b) Exercício 4
B r------,..c
q
l
P- A
(a) (b)
2P 3P
p 1 2 3 4 ~5
{ 7 8
a a a a
:::1n H H S S~
) E!
l
(a) (b)
p
s
A 1· X
~Mo
li EI B@ li '
l ' l v(x)
(a) (b)
11. Com o teorema de Betti, para a viga da Figura 4.23a, calcular a va-
l
riação da grandeza do momento fletor em B quando a distância s, de P
até o apoio B, varia. É dada a função que represen ta as deflexôes v(x)
para a viga da Figura 4.23b. São conhecidos também: P e l. Dado:
v(x) =~r [-2 ('f)+ 3 ('f) - (!f)l Resp.: M = P [s- ;; + ;~ ].
2 3
''
12. Calcular a rotação da extremid ade livre da viga da Figura 4.18a. São
dados o momento M0 , o comprim ento l, o momento de inércia I da
seçã.o transvers al da viga e o módulo de Young E. Resp.: i:J,} •
3 1
calcular o giro de uma barra de treliça supõem-se forças fictícias iguais e de sent.idos
. 2 Para
opostos aplicadas perpendicularmente ao eixo da barra em seus nós. Desse modo obtém-se
um binário. Derivando a energia de deformação em relação a esse momento tem-se a rotaçã.o
da barra.
Capítulo 5
Métodos da energia potencia l
n
!1 =- LPivi (5.1)
i=l
(5.2)
ou:
n
II = u- LPiVi ( 5.3)
i=1.
83
84 Capítulo 5. Métodos da energia potencial
ôU -P (5.5)
ÔVi - '
ôii =o (5.6)
Ôvi
Este resultado pode ser aplicado a cada um dos deslocamentos desconhe-
cidos, formando um sistema de equações cuja solução são os valores dos deslo-
camentos.
Esse sistema de equações representa as equações de equilíbrio no método
dos deslocamentos e é igual ao sistema de equações obtiqo com a energia de
deformaçao, ver igualdade (4.42). Entretanto, o sistema de equações obtido
de (5.6) t<:'m significado especial porque mostra que as condições de equilíbrio
da estrutura ,são satisfeitas quando a energia potencial da estrutura tem um
valor estacionário. Como usualmente a estrutura está em equilíbrio estável, a
energia potencial total é um mínimo.
O princíplo da mínima energia potencial total, ou de Kirchhoff, pode ser,
então, estabelecido como: Uma estrutura estará em equilzôrio estável quando
a energia potencial total for mínima.
q : qdx
~
'
;;~ttttt
~=X EJ-ete t ~v(x)
;:: l dx
I. ·I
v(x)
Como ilustração desse método considere-se a viga da Figura 5.1, com com-
primento I, módulo de Young E, momento de inércia I e carregamento q co-
nhecidos. Procura-se o valor numérico da deflexão f na. extremidade livre da.
VIga.
A energia de deformação U da viga é dada. por:
1 Mz
U=
1
·
· -dx
0 2EI
(5.7)
d2 v M
(5.8)
dx 2 EI
que, substituída em (5.7), fornece:
86 Capítulo 5. • Métodos da energia potencial
(5.9)
1
E! d2 v
TI=
1 0
[ - ( - 2) 2
2 dx
-
dTI
-=0 (5.13)
do: i
sendo o:; os parâmetros de deslocamento.
Assumindo para v( x) a forma polinomial dada por:
(5.14)
tem-se:
(5.17)
dTI =
-d 11 [EI(4a:, + 12a: x)- qx 2Jdx =O
2 (5.18)
. a, o
(5.19)
.5.3. Método de Rayleigh-Rítz 87
1 2
EI(6a 1 + 12a 2 1)- 4ql =O ( 5.21)
Resolvendo esse sistema ele equações obtém-se:
5qz2 ql
a--- e a 2 = --- (5.22)
1-24EI 12EI
Portanto, a equação da. linha elástica fica.:
5ql 2 .2 ql 3
v(x) = 24Elx - 12Elx (5.23)
A cleflexão na extremicla.cle livre vale:
ql4
f=v(l)=- (5.24)
SEI
que é o valor exato.
O dia.gra.ma. ele momentos fletores, Figura. 5.1 b, tem como função:
ql
M(x) = (51- 6x) (5.25)
12
Para. x = O tem-se:
v(x) = a 1 x + a 2 x 3 + a;3 x
2 4
(5.27)
de modo a obter a. solução rea.l.
Obtidos os parâmetros de deslocamento ai, pode-se ca.lcula.r o va.lor da.
energia. ele deformação rr. Entã.o, pa.ra. ca.cla. funçã.o Vj(x) a.clotacla. tem-se um
valor IT;.
Para. sa.ber se as funções que estão sendo a.clota.da.s formam uma. seqüência.
convergente, isto é, se ela.s estã.o convergindo pa.ra. um valor estacionário, deve-
se ter:
(5.28)
88 Capítulo 5. Métodos da energia potencial
! 1-
I• dv •I
-f7
. /Ídu
ãx
E! l :'
"
) '_ -=3
L.
I ! \
(()'2:, ~ ~ (~Jo /
k
(a) {b) (c) ~)LC<:oo,-0~ 0 l:,·- J.ct..
o\~ (~-CQ'i,BJ
Figura 5.2: a) Coluna biarticulada b) Coluna deformada c) Elemento diferen-
cial
n = -P6.
sendo 6. o encurtamento do eixo da coluna ao a~ingir a carga P o valor crítico
(ou de f!ambagem) Per.
A Figura 5.2c mostra um elemento infinitesimal da coluna deformada. Su-
pondo que o ângulo () seja pequeno, obtêm-se as seguintes relações:
()2 ()3
cosll=1- + .,... ...
2 24
Tomando-se apenas os dois primeiros termos e substituindo na igualdade
(5.30) obtém-se:
1 2
du = -11 dx
2
De (5.29) pode-se escrever, então, que:
du = !:_( v') 2 dx
2
O encurtamento /::; da coluna é obtido fazendo:
p =Per= 7r2EJ
[2
De x =O --> 1•(0) =O e a 0 =O
De x =I --> v( I) = O e ou
Então v(x) assume a. forma:
Integrando, resulta:
! '13. '2
n= • -,
(2Ell- 6)a 2
p _ 12EJ
cr - /2
De x =I --> v(l) =O e ou
Ell( . . PP 1 4
II = - 2- 4a 22 + 12la2a3 + 1212 a32) - 2 [3a 22 +r/2a32 + la 2 a3 ]
A condição de estacionariedade permite escrever que:
an an
-=-=0
8a2 8a 3
Da primeira condição tem-se :
e da segunda
De x = l ---> v(l) = O e a 1 = -a 2 l- a 3 F - a 4 z3
Para. evitar a resoluçã.o de uma equação ciÍbica., lança-se mã.o da.s condições
de contorno nã.o-essenciais 1 • No caso tem-se que os momentos fletores na.s
extremidades da. coluna sã.o nulos. Essa condição implica:
1
Há dois tipos de condições de contorno: as essenciais ou geométrica..-.; e a."i não-essenciais
ou naturais. As essenciais correspondem a deslocamentos r.onhecidos e as nat.urais a esforços
conhecidos.
92 Capítulo 5. Métodos da energia potencial
Da condição de estacionariedade:
il
resulta para a energia potencial total:
II
Ef7r4
=
- - a2
4
11 7rX P7r2 7rX
sen 2 - d x - __.!1- cos 2 - d x - qa
7rX1( .
'sen-·-dx
21 o I 212 o I o I
Integrando, tem-se:
II = (EJ7r4 - P7r2) a2- 2ql a
4P 41 1r
4
4ql ( 1 ) (5.35)
a= Ef7r5 1- Pl2
EJ7r4
e a equação da linha elástica fica sendo:
v(x) =
E4q!l45 ( -
1 Eh4
~)
sen 7rlx (5.36)
7r
A deflexão máxima ocorre no meio do vão e seu valor coincide com o do
parâmetro a dado pela igualdade (5.35).
Observa-se nessa igualdade que se o valor da força axial P for muito pe-
queno, tendendo a zero, a deflexão máxima se aproxima do valor:
. 5ql4
f= 384EI
Exemplo 5.4 Considere uma. viga. de comprimento I sob apoio elástico, apoi-
ada. em suas extremidades em apoios articulados, submetida. a uma. carga. con-
centrada P no seu meio-vão. Calcular o deslocamento vertical desse ponto.· O
solo tem coeficiente de reação k.
O funcional energia de deforma.çã.o total para este caso tem a. forma.:
E! t;z 2 1 t/2 )
11 = 2 ( 2 lo (v") dx + 2 lo kvdx - Pvlx=l/ 2
7r4 E!
11 = - 14- lot/2 a sen
2 2
1rX
- -dx +
11/2 kasen-1rX-dx- Pa
1 0 1
Derivando em relação ao pa.rãmetro a e igualando a. zero obtém-se:
2(P-J;f)P 1rx
v(x) = 1r 4EI sen--
1
Pàra. x =1/2 e k =O tem-se o valor:
PP
v(l/ 2 ) = 48.7EI
pouco diferente do valor exato.
'
:.~
:l
·~
•
5.3. Método de Rayleigh-Ritz 95
p p
- -
- L
y(1J)
- T,
- -
- x(u)
- }
- a a -
Figura 5.4: Chapa sob estado plano de tensão.
ôu Ôv ôu Ôv
fx=-
Ôx
Ey = ôy e /xy = -Ô
y
+-
Ô
X
(5.38)
(5.39)
com:
E
a=
1 - 1/2
Substituindo a.s igualdades (5.39) na. expressão de II, explicitada por (5.37),
obtém-se:
I1 = ~ 1"
2 -a
jb [m!+2aliExEy+m;+.Bi;y]dxdy-p1b uix=ady+plb uix=-ady
-b -b -b
(5.40)
Tomando-se como funções aproxima.dora.s para. os deslocamentos:
u = Ax e v= By
Ex= A Ey = B e /xy =O
TI=~ [ 1: (aA
2
+ 2avAB + aB 2 )dxdy- 2p J: Aady
A integração de TI fornece:
âTI
âB = (4avA + 4aB)ab =O ou 11A = -B
Resolvendo-se o sistema de equações acima. obtêm-se as gra.ndeza.s A e B:
vp
A= P2 e B=
(1- 11 )a (1- v 2 )a
Portanto, os deslocamentos ficam:
u= p
(1- v2 )a
e
vp
v=
E:z;-
- p - p
--
(1- v2 )a E
vp vp
= -VE.x = - -
1- v2 E
/xy =O
e as tensões, 'da.das pelas igualdades (5.39), resultam:
vp
o-y =a [ -
. (1 - v2 )a
+ (1-vpv2 )a ] =O
Txy =O
Vê-se que, para. esse exemplo simples, as funções aproxima.doras a.dota.da.s
produziram resultados corretos.
i
l
.
5.3. Método de Rayleigh-Ritz 97
q
p p
-- --
---- L
y(v)
---- T,
--
--
x(u)
---- }
q
a a
I
Figura 5.5: Chapa sob estado duplo de tensões.
u = Ax+Cy
e
v= By+Dx
As deformações obtidas das igualdades (5.38) sã.o:
Ex =A ' €y =B e /xy = c +D
Substituindo os valores obtidos para as tensões e deformações na equação
(5.37), considerando as tensões atuantes nos lados de comprimento 2a tem-se:
I1 - ~ 1: 1:[aA + 2
2avAB + aB
2
+ j3(C 2 + 2CD + D 2 )Jdxdy-
-p f'(Aa+Cy)dy-(-p) fb[A(-a)+Cy]dy-
}b 1-b
-q l:[B(-b)+Dx]dx-(-q) 1:[Bb+Dx]dx (5.41)
Integrando, obtém-se:
1
I1 = :2[4aA 2 + 8avAB + 4aB 2 + 4j3C 2 + 8;3CD + 4/1D 2 Jab- 4pAab + 4qBab
(5.42)
98 Capítulo 5. Métodos da energia potencial
A+vB =!!...
a
q
vA+B = - -
a
cuja soluçâo fornece:
A= (p+vq)
a(l - v 2 )
B = - (q + vp)
a(l- v2 )
C=-D
As deformações assumem .as seguintes formas:
p+ vq
Ex= E
q+ vp
E
e as tensões ficam:
O"x =P e O"y = -q
Te~-se ainda que:
II = ~
2
r
lv
(Txy/xy + Txz/xz)dV- MBl
sendo B o ângulo de torção por unidade de comprimento.
Em função apenas das tensões, para o comprimento l, tem-se:
5.3. Método de Rayleigh-Ritz 99
l1 =
z
}A
20 A
r 2 2
(-rxy + -rxz)dA- MOI
.
ou:
I1 = l r{l 2
}A 20 (-rxy + -rxzl-
2 2
G('yxy + 'Yxzl
2
+ -rxy"fxy + -rxz'Yxz }··. dA- MOI
.
resultando:
I1 =I }A
r{l(z7xy + -rxz 2)
-
1 2
(-rxy + -rxzl
2
+ -rxy"fxy + -rxz'Yxz }. dA-
·
MOI
20 0
OI r(z-rxy- y-rxz)dA
}A .
= OIM = 201 r,PdA
~
Substituindo na segunda. integral as tensões tangencia.is pelos seus respec-
tivos valores dados em (E.S), tem-se:
dA= 21rrdr
2k = -GO (5.43)
Derivando 1r em relação a. e obtém-se:
-07r = - -
ae
l
20
1
A
-4Gk(y 2
·
+ z 2 -R2 )dA- Ml· =O
donde:
( 5.44)
Eliminando k de (5.43) e (5.44) tem-se fina.lmente o â.ngulo por unidade de
comprimento dado por:
5.4. Método de Galerkin 101
32M
(i=--
7rd4G
que é o valor exato.
As tensões são obtidas de:
âd;
Txz = -· = 2ky
ây
A tensão ta.ngencia.l resultante vale:
funções, cada
sendo a, coeficientes a. determina.r e v; uma. certa. seqüência. de
uma. satisfa zendo a.s condições de contor no do proble ma.
a, haven do
Ao substi tuir v em (5.45), a. equaç ão diferencial não se verific
um erro dado por:
(5.49)
ientes a,.
A soluçã o desse sistema. de n equaçõ es leva. aos valores dos coefic
d2v
dx 2 +v + x para O ::0: x ::0: 1
v=O para. x = O
v=O para x = 1
, é escrita
A equa.çã.o (5.49), para esse caso, sendo v a soluçã.o aproximada.
como:
(5.50)
3 3 1
-ai+ -a2 -
10 20 12
3 13 1
-ai+ -a2 = -
4 21 4
que, resolvido, fornece:
a1 = 0.1924 e a2 = 0.1707
Portanto a solução aproximada da equação diferencial é:
Quadro 5.1
Método de Galerkin e solução exata
X v(x) Galerkin v(x) exata
0.25 0.04407 0.04401
0.50 0.06944 0.06975
0.75 0.06008 0.06006
Lembrando que:
- V*óvlx=x• -M*dóvl
dx x=x*
Supondo que haja apenas a carga q e as condições de contorno levem os
dois últimos termos a se anular, a equação acima reduz-se a:
(5.51)
8v = Lóaivi
i= I
/ n
{ (Líí-q)Lcía;v;dx=O
.fo i==t .
1
1
(Lii- q)v;dx =O (.5.5:3)
Exemplo 5.9 Resolver com o método de Ga.lerkin o exemplo da. Figura 5.1.
Assume-se como função aproximadora:
1 1
(Elv 1v- q)v;dJ: =O com i= 1 (5.54)
J J
J J l/2
J J
J J F->
q J qJ
J J l/2
J X J
J .i._..y J
Pi
. (a) (b} (c)
Resp . .. 19.76El
~ [3 .
4. Calcul ar o valor da eleflexà.o máxim a f para uma viga biapoiada, ele vão
I com carga P vertica l no meio do vão. A relação tensão x deform ação3 é
dada por O' = EE e a equaçã o das deflexões é: v(J:) = 1 -6/a: +4x ).
3 2
fr(
A seção da viga é consta nte ao longo do seu compri mento. A largura
I
e. b e a atura. e. h.. I':\.esp.: .,. = 4 Ebh~~
Pl" · ·
Figura 5. 7: Exercíc io 6
6. Determ inar a função que represe nta as deflexões para a viga sobre
base elástic a mostra da na Figura 5. 7. O solo tem coeficiente de reação
k. São dados: E, I, I, q e k. Assum ir para a função das deflexões a
~x + azsen-
37!'x
· te
segmn · aprox1· maçao: - v ( x ) = a,senT 1- .
v e~t"
ji>(~;TI~C)·I';tQ\.1)
108 Capítulo 5. Métodos da energia potencial
109
'
Apêndice B
Estado triplo de tensões e
deformaçoes
E
O"x = - [Ex+ v(Ey + Ez)]
1-v2
E
O"y = - [Ey + v(Ez +Ex)]
1- 11 2
E
Uz = - 1-v2
[Ez + v(Ex + Ey)]
111
112 Apêndice B. Estado triplo de tensões e deformaç ões
1
Ex= - E[ax- v(ay + az)]
1
Ey= - E[a.-v(a z+ax)]
1
Ez= = E[az-v(a x+ay)]
G= E
2(1 +v)
Apêndice C
Integrais de produtos de duas funções
~
l
"i "~
a ap{3
)
l
a C/
parábola do 2~ grau
~laO<
3
§.zaa
12
!_ (5a-f-3j3)la
12
a[ la laa 1
2 zacx !.(a+j3)a
2
1
a~ 2
taa .lzacx
3
.!_ (2a+f3) la
6
~b
1
tba _!_ l.ba ,}(a+2{3)lb
2 6
I
I ''
iaD b I
I
I
1
-zl(a+b)a
I
I
,} l(2a+b)a
I
-/; l [a(2a+j3)
+ b(a+2{3)] '
I
1
l=) f(x)rp(x)dx
o
113
Apêndice D
Relações entre deformações e
deslocamentos
Seja a chapa da Figura 3.1 (p.42). Supõe-se que ela seja vihculada de tal
modo que os seus pontos não apresentem movimentos de corpo· rígido .
.---------------------~:r
üu.
n+-rlJ;
d:r iJx
4 1+------.j-.:
-f-'
.
B '-.,-
i 1'
A' I
~ '
-~ I~d:t:
- ô:t
.B'
I
.,.. ~ -(1.1)
iJv J
·-I- C
1
Oy . __y__
1/.
(}!~., rh;
i)y .
i)u
11 + -d:r
ih:
e na direçào y vai":
116 Apêndice D. Relações entre deformaçõe s e deslocamen tos
n + 8Bx"dx- n ân
Ex = -----'""---- -
dx âx
Na. direção y a deformação é dada por:
v+ ~dy- v âv
Ey = - ây
dy
~~dy âu
/J "" tan 1 1 = - - = -
dy ây
aud X
iJ "
UV
/2 "" ta.n í'2 = _dx
X
= ,-
UX
âu âv
í'xu = /1 + /2 = ,.---
uy
+ ,-
ux
âu âv ou ov
Ex=- E--
y - ây /xy = ' l + ,-
âx Oy u.T
A exte':são para. o caso tridimensiona l é feita por analogia. com o caso pl<tno
devendo considerar-se , além das já. apresentadas acima, as seguintes relações
adicionais:·
âu aw
.
í'xz = ,.---
OZ
+ -::;----
uX
x(u)
y(v)
(a) (b)
117
118 Apêndice E. Torção livre de barras de eixo reto
u = (}'lj.>(y, z) (E.2)
Com os deslocamentos (E.l) e (E.2) pode-se escrever que:
ou + -ov =. {}-
01/•
oy ox oy.+ zO
. = -.-
"fxy
"txz
ou ow
= -oz + -Dx = 0-.Dz-· -
Bw yO
(E.3)
que mostra que na torção livre ocorrem apenas tensões cisa.lhantes nas seções
transv<;rsais da barra.
A Figura E.2a mostra um elemento infinitesimal da barra. Deve-se notar
· que nas faces do paralelepípedo, perpendiculares ao eixo ~:, nào aparecem os
diferenéia.is correspondentes à variação das tensões porqw" elas não variam
longitudinalmente.
O equílibrio das forças na direção a; é escrito como:
fJrxy OTxz
--;;--
uy
+ --;;-
oz
= o (E.4)
(E.5)
119
aT-
Txy + __:::]f_ dy
iJy
,_
. z !
z ~-1----'--+.--1-
d.z
1
i
dyi -.
f"
dx 'L 1i:::: + üT:r= d:::
üz '.
y
dz dy
Txz = -Txy-
ds
+ T xds
z- =O (E.6)
â,P ) dz (â,P ) dy 0
- ( f)y +z ds + âz - 11 d~ = (E.7)
Assim, para. se resolver o problema ela. torção, basta determinar uma. funçií.o
1Í' que sa.tisfa.ça a. equação (E.5) e a condição de contorno expressa. pela. equação
(E.7).
Para facilitar a soluçã.o do problema. ela torção - ele modo semelhante a.o
a.clota.do na. teoria da ela.sticiclacle com a. função ele Airy -, define-se uma. funçã.o
</J(y, z), denominada jlLnçâo de tensão, introduzida por Ludwig Pra.ndtl (1875-
195:~), tal que:
e (E.S)
ar!J =
ay
ao (a..P -v)
f}z
e az!/J
8y 2
= -GO ( ez..p -
ayaz
1) (E.9)
(E.10)
8!/J =o
as
que significa que a funçã.o r/J é constante no contorno. Tendo em consideração
que as grandezas que entram no problema da torção dependem de derivadas
de r/J, adota-se para essa função valor nulo no contorno.
O equilíbrio de um elemento diferencial de uma seção submetida a um
momento torçor M, tendo em vista a Figura E.2c, é dado por:
dM = (rxyZ- TxzY)dA
ou:
M = GO l (~~ z- ~~ y + y + z 2 2
) dA (E.13)
!VI = -
1(
A
aq, + r..!..y
-
0z
z
'J. )
oy
dA
mas:
A integral dentro dos colchetes pode ser resolvida por partes da. seguinte
(E.l.5)
forma.:
zz aq, z2
Considerando-se q,
i z1
- zdz = 4;zl;~ -
8Z 1 z1
de modo que:
r (aq, aq, ·)
}A f)z z + oy!J dA= -2 }A 4;dA
r
e, portanto, o momento torçor também va.le:
M= 21 4;dA (E.l7)
•
Indice
R.ayleigh, 11
Relações entre deformações e deslo-
camentos, 115
resiliência, 16
R.ica.tti, 10
R.itz, 11
Stevin, 9
teoremas da reciprocidade, lO
teoremas de energia, 51
teorema de Betti, .54
teorema de Cla.peyron, 51
teorema. de Crotti-Engesser, 6;3
teorema de Ma.xwell, 53
teoremas de Ca.stigliano, 59
segundo teorema de Ca.stigli-
a.no, 62
Teorema de] minimo lavoro, 60
Torção livre de barras de eixo reto,
117
Varignon, 9
Volterra,, 62 .
Young,9·