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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 15421
Segunda edição
23.05.2023

Projeto de estruturas resistentes a sismos


Design of seismic resistant structures
Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS - 92.959.006/0008-85

ICS 91.080; 91.080.01 ISBN 978-85-07-09619-1

Número de referência
ABNT NBR 15421:2023
27 páginas

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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................vi
Introdução...........................................................................................................................................vii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Símbolos..............................................................................................................................4
5 Requisitos gerais de segurança........................................................................................6
5.1 Estados-limites....................................................................................................................6
5.2 Classificação das ações sísmicas.....................................................................................6
5.3 Valores característicos das ações sísmicas.....................................................................6
5.4 Combinações de ações .....................................................................................................6
6 Valores característicos das ações sísmicas.....................................................................7
6.1 Zoneamento sísmico brasileiro.........................................................................................7
6.2 Definição da classe do terreno..........................................................................................8
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6.3 Determinação do espectro de resposta de projeto........................................................10


7 Categorização das estruturas para a análise sísmica................................................... 11
7.1 Critérios para a categorização sísmica........................................................................... 11
7.2 Categorias de utilização e fatores de importância de utilização.................................. 11
7.3 Categoria sísmica..............................................................................................................13
7.3.1 Generalidades....................................................................................................................13
7.3.2 Requisitos de análise para a categoria sísmica A.........................................................13
7.3.3 Requisitos de análise para as categorias sísmicas B e C.............................................13
8 Requisitos sísmicos para as estruturas de prédios......................................................13
8.1 Critérios básicos...............................................................................................................13
8.1.1 Generalidades ...................................................................................................................13
8.1.2 Ligações em suportes......................................................................................................14
8.2 Sistemas básicos sismorresistentes..............................................................................14
8.2.1 Generalidades....................................................................................................................14
8.2.2 Sistemas duais..................................................................................................................14
8.2.3 Combinação de sistemas resistentes.............................................................................15
8.2.4 Estruturas do tipo pêndulo invertido..............................................................................15
8.3 Configuração estrutural....................................................................................................15
8.3.1 Generalidades....................................................................................................................15
8.3.2 Deformabilidade dos diafragmas.....................................................................................16
8.3.3 Irregularidades no plano..................................................................................................16
8.3.4 Irregularidades na vertical................................................................................................16
8.3.5 Elementos suportando pórticos e pilares-parede descontínuos.................................17
8.4 Efeitos do sismo vertical e do sismo horizontal com sobrerresistência.....................17
8.5 Direção das forças sísmicas............................................................................................17
8.6 Procedimentos de análise................................................................................................18
8.7 Critérios para a modelagem.............................................................................................18

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8.7.1 Modelagem da fundação..................................................................................................18


8.7.2 Peso efetivo para a análise..............................................................................................18
8.7.3 Modelagem da estrutura...................................................................................................18
8.8 Requisitos para os diafragmas........................................................................................19
8.9 Fixação de paredes...........................................................................................................19
8.10 Limitações para deslocamentos absolutos e deslocamentos relativos de um
pavimento..........................................................................................................................20
9 Análise sísmica pelo método das forças horizontais equivalentes.............................20
9.1 Força horizontal total........................................................................................................20
9.2 Determinação do período.................................................................................................21
9.3 Distribuição vertical das forças sísmicas.......................................................................21
9.4 Distribuição das forças sísmicas horizontais e torção.................................................22
9.4.1 Modelo de distribuição das forças sísmicas horizontais..............................................22
9.4.2 Consideração da torção...................................................................................................22
9.5 Determinação dos deslocamentos relativos e absolutos.............................................22
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9.6 Efeitos de segunda ordem...............................................................................................23


10 Análise sísmica pelo método espectral..........................................................................24
10.1 Número de modos a ser considerado.............................................................................24
10.2 Respostas modais para o projeto....................................................................................24
10.3 Combinação das respostas modais................................................................................24
10.4 Verificação das forças obtidas pelo processo espectral..............................................24
10.5 Distribuição das forças sísmicas horizontais................................................................24
11 Análise sísmica com históricos de acelerações no tempo...........................................24
11.1 Requisitos da análise........................................................................................................24
11.2 Requisitos para os acelerogramas..................................................................................25
11.3 Determinação dos efeitos finais obtidos na análise......................................................25
12 Requisitos sísmicos para componentes não estruturais de prédios..........................25
12.1 Generalidades....................................................................................................................25
12.2 Categoria sísmica e fator de importância.......................................................................25
12.3 Forças sísmicas de projeto..............................................................................................26
12.4 Ancoragem dos elementos não estruturais...................................................................27

Figuras
Figura 1 – Mapeamento da aceleração sísmica horizontal característica no Brasil para os
terrenos da classe B (“Rocha”).........................................................................................8

Tabelas
Tabela 1 – Zonas sísmicas...................................................................................................................7
Tabela 2 – Classe do terreno...............................................................................................................9
Tabela 3 – Fatores de amplificação sísmica no solo......................................................................10
Tabela 4 – Categorias de utilização e fatores de importância de utilização (I).............................12
Tabela 5 – Categoria sísmica.............................................................................................................13

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Tabela 6 – Coeficientes de projeto para os diversos sistemas básicos sismorresistentes.......15


Tabela 7 – Irregularidades estruturais no plano..............................................................................16
Tabela 8 – Irregularidades estruturais na vertical...........................................................................17
Tabela 9 – Limitação para deslocamentos relativos de pavimento (Δx).......................................20
Tabela 10 – Coeficiente de limitação do período.............................................................................21
Tabela 11 – Coeficientes para componentes não estruturais........................................................26
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
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Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 15421 foi elaborada no Comite Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002), pela
Comissão de Estudo de Segurança nas Estruturas Resistentes a Sismos (CE-002:122.015). O Projeto
de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 01, de 05.01.2023 a 15.03.2023.

A ABNT NBR 15421:2023 cancela e substitui a ABNT NBR 15421:2006, a qual foi tecnicamente
revisada.

A ABNT NBR 15421:2023 não se aplica aos projetos que tenham sido protocolados para aprovação
em órgão competente para licenciamento anteriormente à data de sua publicação como Norma
Brasileira, bem como àqueles que venham a ser protocolados no prazo de até 180 dias após esta
data, sendo, neste caso, utilizada a versão anterior da ABNT NBR 15421:2023.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 15421 é o seguinte:

Scope
This Standard defines the applicable requirements for the safety verification of usual civil structures,
regarding the seismic actions, the criteria for the quantification of these actions and of the resistances
to be considered in the design of these structures, whatever their class and destination, except in the
cases defined in specific Brazilian Standards.

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Introdução

Para a elaboração desta Norma, foi mantida a filosofia da edição anterior da ABNT NBR 15421,
publicada em 2006, de modo que cabe a esta nova edição determinar, considerando as ações
sísmicas, os requisitos exigíveis para a verificação da segurança das estruturas usuais da construção
civil, dos critérios de quantificação destas ações e das resistências a serem consideradas no projeto
das estruturas de edificações, quaisquer que sejam sua classe e seu destino, com exceção dos casos
previstos em Normas Brasileiras específicas.
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Projeto de estruturas resistentes a sismos

1 Escopo
Esta Norma estabelece os procedimentos e requisitos para a verificação da segurança das estruturas
usuais da construção civil, relativamente às ações de sismos, e os critérios de quantificação destas
ações e das resistências a serem consideradas no projeto das estruturas de edificações, relativamente
a estas ações, quaisquer que sejam sua classe e seu destino, com exceção dos casos previstos
em Normas Brasileiras específicas.

Estes requisitos específicos para as situações de estruturas submetidas às ações de sismos


complementam os requisitos gerais relativos às ações e segurança nas estruturas, estabelecidos
na ABNT NBR 8681.

Os critérios de verificação da segurança e os de quantificação das ações dos sismos adotados nesta
Norma são aplicáveis às estruturas e peças estruturais construídas com quaisquer dos materiais
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usualmente empregados na construção civil.

Esta Norma não se aplica às estruturas especiais, como pontes, viadutos, obras hidráulicas, arcos,
silos, tanques, vasos, chaminés, torres, estruturas off-shore, ou às que utilizam técnicas construtivas
não convencionais, como formas deslizantes, balanços sucessivos, lançamentos progressivos
e concreto projetado. Nestes casos, os requisitos de projeto devem ser estabelecidos por Normas
Brasileiras específicas. Contudo, mesmo para estas estruturas especiais, as ações sísmicas definidas
na Seção 6 desta Norma são ainda válidas.

As disposições desta Norma têm como objetivo estabelecer os requisitos de projeto para estruturas
civis, visando a preservação de vidas humanas, a redução nos danos esperados em edificações
e a manutenção da operacionalidade de edificações críticas durante e após um evento sísmico.
Requisitos relativos a sistemas elétricos e mecânicos, de abastecimento de água e de combate a incêndio,
entre outros, assim como os relativos ao planejamento e à aplicação de ações de caráter social
referentes à minização do impacto de um sismo, são recomendadas em Normas Brasileiras específicas.

Para situações eventualmente não tratadas por esta Norma, o responsável técnico pelo projeto
pode usar procedimentos ou normas internacionais aplicáveis, desde que isso seja adequadamente
justificado nos memoriais de cálculo.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto

ABNT NBR 6484, Solo – Sondagem de simples reconhecimento com SPT – Método de ensaio

ABNT NBR 8681, Ações e segurança nas estruturas – Procedimento

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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 8681 e os seguintes.

3.1
acelerograma
histórico de acelerações expressas em função do tempo, compatível com o espectro de resposta
de projeto, consideradas aplicadas à base de uma estrutura

3.2
ações sísmicas
ações decorrentes de deslocamentos sísmicos no solo, que provocam esforços e deformações
em uma estrutura

3.3
base
nível em que as ações sísmicas são consideradas atuantes, que usualmente coincide com a superfície
do terreno ou com a cota do piso do pavimento mais inferior, se houver subsolos
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3.4
categoria de utilização
classificação aplicada a uma estrutura, com base em sua utilização, conforme definido em 7.2

3.5
categoria sísmica
classificação aplicada a uma estrutura, em função da zona sísmica à qual pertence, conforme definido
em 7.3

3.6
classe do terreno
classificação atribuída a um perfil de subsolo, com base nos tipos de solos ou rochas presentes
e de suas propriedades mecânicas, conforme definido em 6.2

3.7
deslocamento relativo de pavimento
diferença entre os deslocamentos horizontais nas elevações correspondentes ao topo e ao piso
do pavimento em questão, usualmente medidos nos seus respectivos centros de gravidade

3.8
detalhamentos intermediário e especial
níveis de detalhamento da estrutura que garantem uma determinada capacidade de dissipação
de energia da estrutura no regime inelástico

3.9
detalhamento usual
nível de detalhamento da estrutura ou de um elemento estrutural, de acordo com os requisitos das
Normas Brasileiras usuais de projeto estrutural

3.10
diafragma
parte horizontal de um sistema estrutural sismorresistente, usualmente composto pelas lajes
de uma elevação, a ser projetado de forma a assegurar a transferência das forças sísmicas horizontais
atuantes nesta elevação para os elementos verticais do sistema sismorresistente

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3.11
efeitos de segunda ordem
efeitos que se somam aos efeitos de primeira ordem, obtidos com a configuração geométrica inicial
da estrutura, considerados, conforme procedimento de 9.6, na determinação dos momentos fletores,
forças cortantes e forças normais dos elementos estruturais de uma edificação, em consequência das
excentricidades adicionais das cargas verticais, devidas aos deslocamentos horizontais da estrutura,
resultantes dos diversos carregamentos aplicados

3.12
elevação
parte de uma estrutura usualmente composta por lajes e vigas, correspondente a um dos pisos
desta estrutura

3.13
espectro de resposta de projeto
ação sísmica básica de projeto definida nesta Norma, correspondente à resposta elástica
de um sistema de um grau de liberdade, com uma fração de amortecimento crítico igual a 5 %,
para um histórico de acelerações horizontais impostas à sua base
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3.14
fator de importância de utilização
fator especificado para cada estrutura, estabelecido em função da sua categoria de utilização,
de acordo com a Tabela 4

3.15
forças sísmicas
forças convencionalmente determinadas nesta Norma, decorrentes das ações sísmicas, a serem
usadas no projeto das estruturas e de seus componentes

3.16
pavimento
parte de uma estrutura entre duas elevações sucessivas

3.17
pêndulo invertido
sistema estrutural em que uma parte significativa de sua massa está concentrada no topo, que tem
essencialmente o comportamento de um sistema de um grau de liberdade na direção horizontal

3.18
pórtico momento-resistente
sistema estrutural que corresponde a todos os pórticos de concreto e aos pórticos de aço, em que
os elementos e ligações são capazes de resistir a esforços de flexão, além de forças normais
ao longo do eixo de seus elementos

3.19
prédio
edificação que possui um sistema estrutural definido, usualmente fechado por paredes e teto, cuja
utilização pretendida inclui o abrigo a seres humanos

3.20
sistema dual
sistema composto, em que a resistência sísmica é garantida por um pórtico momento-resistente
associado a outro tipo de sistema (por exemplo, pilares-parede de concreto ou pórticos de aço
contraventados em treliça)

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3.21
sistema sismorresistente
parte do sistema estrutural que inclui os elementos que estão sendo considerados resistentes
às forças sísmicas determinadas de acordo com esta Norma

3.22
zonas sísmicas
regiões geográficas do território brasileiro com sismicidade considerada semelhante, dentro das faixas
definidas em 6.1, aplicando-se, para cada uma delas, diferentes critérios para a análise e para
o projeto de estruturas resistentes a sismo

4 Símbolos
ag aceleração característica de projeto, correspondente à aceleração sísmica horizontal
característica normalizada em relação aos terrenos da Classe B (rocha)

agI aceleração horizontal considerada para a verificação da fixação de paredes de concreto


ou de alvenaria, conforme 8.9
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ags0 aceleração espectral para o período de 0,0 s, considerando o efeito da amplificação


sísmica no solo, conforme 6.3

ags1 aceleração espectral para o período de 1,0 s, considerando o efeito da amplificação


sísmica no solo, conforme 6.3

ap fator de amplificação do componente, conforme 12.3

Ax fator de amplificação torcional, conforme 9.4.2

Ca fator de amplificação sísmica no solo, para o período de 0,0 s, conforme 6.3

Cd coeficiente de amplificação de deslocamentos, conforme 8.2.1

Cs coeficiente de resposta sísmica, conforme 9.1

CT coeficiente de período da estrutura, conforme 9.2

Cup coeficiente de limitação do período, conforme 9.2

Cv fator de amplificação sísmica no solo, para o período de 1,0 s, conforme 6.3

Cvx coeficiente de distribuição vertical, conforme 9.3

d espessura de uma camada de subsolo, conforme 6.2

Eh efeitos do sismo horizontal, conforme 8.4

Emh efeitos do sismo horizontal, incluindo a sobrerresistência, conforme 8.4

Ev efeitos do sismo vertical, conforme 8.4

Fp força sísmica horizontal aplicada a um componente não estrutural, conforme 12.3

Fpx força mínima horizontal a ser aplicada ao diafragma na elevação x, conforme 8.8

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g aceleração da gravidade (para os efeitos desta Norma, considera-se g = 9,81 m/s2)

G efeitos das cargas gravitacionais, conforme 8.4

hi ou hx altura entre a base e as elevações i ou x, conforme 9.3

hn altura da estrutura a partir da base, conforme 9.2.

H força horizontal total sísmica na base da estrutura, conforme 9.1

Ht força horizontal total sísmica na base da estrutura, determinada pelo método espectral,
conforme 10.4, ou por análise com históricos de acelerações no tempo, conforme 11.3

Hx força cortante sísmica atuante no pavimento x, conforme 9.6

I fator de importância de utilização, conforme a Tabela 4

Ip fator de importância de utilização de componentes não estruturais, conforme 12.2


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k expoente de distribuição, relacionado ao período natural da estrutura, conforme 9.3

Mt momento de torção inerente nos pisos, causado pela excentricidade dos centros
de massa em relação aos centros de rigidez, conforme 9.4.2

Mta momento torcional acidental nos pisos, conforme 9.4.2

N número de golpes obtido no ensaio SPT

N média, nos 30 m superiores do terreno, do número de golpes obtido no ensaio SPT

Px força vertical em serviço atuando no pavimento x, conforme 9.6

R coeficiente de modificação de resposta, conforme 8.2.2

Rp coeficiente de modificação de resposta do componente não estrutural, conforme 12.3

Sa aceleração horizontal espectral, determinada por meio de espectro de resposta


de projeto Sa (T), função do período natural T e para uma fração de amortecimento
crítico igual a 5 %, conforme 6.3

T período natural fundamental de uma estrutura, determinado de acordo com 9.2

Ta período natural aproximado da estrutura, conforme 9.2

vs velocidade de propagação de ondas de cisalhamento no terreno

Vs média, nos 30 m superiores do terreno, da velocidade de propagação de ondas


de cisalhamento

wi ou wx parcela do peso efetivo total que corresponde às elevações i ou x, conforme 9.3

W peso efetivo de uma estrutura, conforme 9.1

Wp peso operacional de um componente não estrutural, conforme 12.3

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γexc coeficiente de ponderação das ações excepcionais

γg coeficiente de ponderação das ações permanentes

γq coeficiente de ponderação das ações variáveis

δx deslocamento absoluto horizontal na elevação x, conforme 9.5

Δx deslocamento relativo de pavimento na elevação x, conforme 9.5

θ coeficiente de estabilidade da estrutura para os efeitos de segunda ordem, conforme 9.6

Ω0 coeficiente de sobrerresistência, conforme 8.4

5 Requisitos gerais de segurança


5.1 Estados-limites
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Todas as estruturas devem ser projetadas e construídas para resistir aos efeitos das ações sísmicas,
conforme os requisitos estabelecidos nesta Norma e nas normas específicas a cada material
ou sistema construtivo.

No projeto das estruturas devem ser considerados os estados-limites últimos, conforme


a ABNT NBR 8681. Devem também ser verificados os estados-limites de serviço caracterizados
por deslocamentos excessivos usados como parâmetro de limitação dos danos causados pelos
sismos às edificações.

As ações sísmicas determinadas por esta Norma consideram a capacidade de dissipação de energia
no regime inelástico das estruturas, conduzindo aos requisitos específicos de projeto especificados
nesta Norma.

5.2 Classificação das ações sísmicas

De acordo com a ABNT NBR 8681, as ações sísmicas devem ser consideradas ações excepcionais.

5.3 Valores característicos das ações sísmicas

Os valores a serem definidos como característicos nominais para as ações sísmicas são aqueles
que têm 10 % de probabilidade de serem ultrapassados no sentido desfavorável, durante um período
de 50 anos, o que corresponde a um período de retorno de 475 anos.

5.4 Combinações de ações

Conforme a ABNT NBR 8681:2003, 5.1.3.3, para efeito das combinações últimas de ações excepcionais,
os coeficientes de ponderação a serem considerados são:

a) γg – de acordo com os valores estabelecidos na ABNT NBR 8681:2003, Tabelas 1 e 2, para


ações permanentes na combinação última excepcional; especificamente para edificações em que
as ações variáveis de utilização não superem 5 kN/m2, quando o efeito das ações permanentes
for desfavorável, deve ser considerado γg = 1,2;

b) γq = 1,0, de acordo com a ABNT NBR 8681:2003, Tabelas 4 e 5, para ações variáveis na combinação
última excepcional;

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c) γexc = 1,0, de acordo com a ABNT NBR 8681:2003, 5.1.4.3, para ações excepcionais na combinação
última excepcional.

De acordo com a ABNT NBR 8681, os efeitos de vento, recalques de apoio e retração dos materiais
não precisam ser considerados na combinação última excepcional.

6 Valores característicos das ações sísmicas


6.1 Zoneamento sísmico brasileiro

Para efeito da determinação das ações sísmicas a serem consideradas no projeto, deve ser admitido
o zoneamento sísmico da Figura 1. Cinco zonas sísmicas são estabelecidas na Figura 1, em função
da variação de ag, aceleração sísmica horizontal característica normalizada para terrenos da classe B
(“Rocha”, conforme 6.2), nas faixas estabelecidas na Tabela 1.

Tabela 1 – Zonas sísmicas


Zona sísmica Valores de ag
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Zona 0 ag = 0,025 g
Zona 1 0,025 g < ag ≤ 0,05 g
Zona 2 0,05 g < ag ≤ 0,10 g
Zona 3 0,10 g < ag ≤ 0,15 g
Zona 4 ag = 0,15 g

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Figura 1 – Mapeamento da aceleração sísmica horizontal característica no Brasil para


os terrenos da classe B (“Rocha”)

Para estruturas localizadas nas zonas sísmicas 1 a 3, os valores a serem considerados para ag podem
ser obtidos por interpolação nas curvas da Figura 1. Um estudo sismológico e geológico específico
para a determinação de ag pode ser opcionalmente efetuado para o projeto de qualquer estrutura.

6.2 Definição da classe do terreno

O terreno de fundação deve ser categorizado em uma das classes especificadas na Tabela 2,
associadas aos valores numéricos dos parâmetros geotécnicos médios avaliados nos 30 m superiores
do terreno.

Se a velocidade de propagação de ondas de cisalhamento Vs não for conhecida, é permitida


a classificação do terreno a partir do número médio de golpes N no ensaio SPT, conforme explicitado
na Tabela 2.

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As classes de rocha, A ou B, não podem ser consideradas se houver uma camada superficial de solo
superior a 3 m.

Para solos estratificados, os valores médios Vs e N são obtidos em função destes mesmos valores
vsi e Ni nas diversas camadas i, pelas equações abaixo, em que di é a espessura de cada uma das
camadas do subsolo:
n
∑ di
Vs = in=1
d
∑ v sii
i =1

n
∑ di
N = in=1
d
∑ Nii
i =1
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onde

Vs é a velocidade média de propagação de ondas de cisalhamento;

N é o número médio de golpes no ensaio SPT, em ensaio realizado de acordo com


a ABNT NBR 6484.

Tabela 2 – Classe do terreno


Classe do Designação da Propriedades médias para os 30 m superiores do terreno
terreno classe do terreno Vs N
A Rocha sã Vs ≥ 1500 m/s (não aplicável)

B Rocha 1500 m/s ≥ Vs ≥ 760 m/s (não aplicável)

Rocha alterada ou
C
solo muito rígido 760 m/s ≥ Vs ≥ 370 m/s N ≥ 50

D Solo rígido 370 m/s ≥ Vs ≥ 180 m/s 50 ≥ N ≥ 15

Solo mole Vs ≤ 180 m/s N ≤ 15


E
- Qualquer perfil, incluindo camada com mais de 3 m de argila mole
Solo que exija avaliação específica, como:

a.solos vulneráveis à ação sísmica, como solos liquefazíveis, argilas muito


sensíveis e solos colapsíveis fracamente cimentados;
F -
b.turfa ou argilas muito orgânicas;

c.argilas muito plásticas;

d.estratos muito espessos (≥ 35 m) de argila mole ou média.

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6.3 Determinação do espectro de resposta de projeto

O espectro de resposta de projeto, Sa(T), para acelerações horizontais, correspondente à resposta


elástica de um sistema de um grau de liberdade com uma fração de amortecimento crítico igual
a 5 %, é estabelecido a partir da aceleração sísmica horizontal característica ag e da classe do terreno,
utilizando as seguintes grandezas:

ags0 = Ca ⋅ ag

ags1 = Cv ⋅ 0,75 ⋅ ag

onde

ags0 e ags1 são as acelerações espectrais para os períodos de 0,0 s e 1,0 s, respectivamente,
considerando o efeito da amplificação sísmica no solo;

Ca e Cv são os fatores de amplificação sísmica no solo, para os períodos de 0,0 s e 1,0 s,


respectivamente, conforme a Tabela 3, em função da aceleração característica
de projeto ag e da classe do terreno;
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T é o período natural associado a cada um dos modos de vibração da estrutura,


expresso em segundos (s).

O espectro de resposta de projeto é considerado aplicado à base da estrutura.

Nos casos em que se identifique que uma estrutura ou parte dela apresenta uma fração
de amortecimento crítico diferente de 5 %, um fator de correção, devidamente justificado, pode ser
aplicado pelo projetista ao espectro de resposta de projeto.

Tabela 3 – Fatores de amplificação sísmica no solo


Ca Cv
Classe do terreno
ag ≤ 0,10g ag = 0,15g ag ≤ 0,10g ag = 0,15g
A 0,8 0,8 0,8 0,8
B 1,0 1,0 1,0 1,0
C 1,2 1,2 1,7 1,7
D 1,6 1,5 2,4 2,2
E 2,5 2,1 3,5 3,4

Para valores de 0,10 g ≤ ag ≤ 0,15 g, os valores de Ca e Cv podem ser obtidos por interpolação linear.

Para a classe do terreno F, um estudo específico de amplificação no solo deve ser desenvolvido.

O espectro de resposta de projeto, Sa(T), é apresentado graficamente na Figura 2 e determinado


numericamente em quatro faixas de períodos, em segundos, pelas seguintes funções:

Sa(T) = ags0 (37,5.T.Ca/Cv +1,0) (para 0 ≤ T ≤ 0,04.Cv/Ca)

Sa(T) = 2,5 ags0 (para 0,04.Cv/Ca ≤ T ≤ 0,3.Cv/Ca)

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Sa(T) = (ags1/T) (para 0,3.Cv/Ca ≤ T ≤ 2,0.Cv/Ca)

Sa(T) = 2 . Cv/Ca . (ags1/T2) (para T ≥ 2,0.Cv/Ca.)

Quando for necessário determinar um espectro para acelerações verticais, as acelerações deste
espectro podem ser tomadas como 50 % das acelerações correspondentes estabelecidas nos
espectros para acelerações horizontais.

2,5
Espectro de resposta de projeto (Sa/ags0 )

2,0

1,5
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1,0

0,75

0,5
0,375

0,0
0,04𝐶𝐶� 0,30 𝐶𝐶�
0,0 1,0 𝐶𝐶� 2,0 𝐶𝐶�� 3,0 𝐶𝐶�
�𝐶𝐶 �𝐶𝐶 �𝐶𝐶 𝐶𝐶� �𝐶𝐶
� � � �
Período T (s)

Figura 2 — Variação do espectro de resposta de projeto (Sa/ ags0) em função do período (T)

7 Categorização das estruturas para a análise sísmica


7.1 Critérios para a categorização sísmica

Para cada estrutura deve ser definida uma categoria sísmica, de acordo com 7.3. As categorias
sísmicas são utilizadas nesta Norma para estabelecer os sistemas estruturais permitidos, as limitações
nas irregularidades das estruturas e os componentes da estrutura, que devem ser projetados quanto
à resistência sísmica, e os tipos de análises sísmicas que devem ser realizadas.

7.2 Categorias de utilização e fatores de importância de utilização

Para cada estrutura deve ser definida uma categoria de utilização e um fator de importância
de utilização (I) correspondente, conforme a Tabela 4. As estruturas necessárias ao acesso às estruturas
de categoria II ou III também devem ser categorizadas como tal. Caso uma estrutura contenha áreas
de ocupação de mais de uma categoria, a categoria mais alta deve ser considerada no seu projeto.

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Tabela 4 – Categorias de utilização e fatores de importância de utilização (I)


Categoria de Fator
Natureza da ocupação
utilização I
I Todas as estruturas não classificadas como de categoria II ou III 1,0
Estruturas de importância substancial para a preservação da vida
humana, no caso de ruptura, incluindo, mas não se limitando ao
seguinte:
— estruturas em que haja reunião de mais de 300 pessoas em uma
única área
— estruturas para educação pré-escolar, com capacidade superior a
150 ocupantes
— estruturas para escolas primárias ou secundárias, com mais de 250
ocupantes
— estruturas para escolas superiores ou para educação de adultos,
II com mais de 500 ocupantes 1,25
— instituições de saúde para mais de 50 pacientes, mas sem instalações
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para tratamento de emergência ou cirurgias


— instituições penitenciárias
— quaisquer outras estruturas com mais de 5 000 ocupantes
— instalações de geração de energia, de tratamento de água potável,
de tratamento de esgotos e outras instalações de utilidade pública
não classificadas como de categoria III
— instalações contendo substâncias químicas ou tóxicas cujo
extravasamento possa ser perigoso para a população, não
classificadas como de categoria III
Estruturas especificadas como essenciais, incluindo, mas não se
limitando, ao seguinte:
— instituições de saúde com instalações para tratamento de emergência
ou cirurgias
— prédios de bombeiros, de instituições de salvamento e policiais,
e garagens para veículos de emergência
— centros de coordenação, comunicação e operação de emergência,
e outras instalações necessárias para a resposta em emergência
— instalações de geração de energia e outras instalações necessárias
III para a manutenção em funcionamento das estruturas classificadas 1,50
como de categoria III
— torres de controle de aeroportos, centros de controle de tráfego aéreo
e hangares de aviões de emergência
— estações de tratamento de água necessárias para a manutenção
de fornecimento de água para o combate ao fogo
— estruturas com funções críticas para a Defesa Nacional
— instalações contendo substâncias químicas ou tóxicas consideradas
altamente perigosas, conforme classificação de autoridade
governamental designada para tal

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7.3 Categoria sísmica

7.3.1 Generalidades

Para cada estrutura é definida uma categoria sísmica, em função de sua zona sísmica, conforme
estabelecido na Tabela 5.

Tabela 5 – Categoria sísmica


Zona sísmica Categoria sísmica
Zonas 0 e 1 A
Zona 2 B
Zonas 3 e 4 C

7.3.2 Requisitos de análise para a categoria sísmica A

Para as estruturas localizadas na zona sísmica 0, nenhum requisito de resistência sísmica é exigido.
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As estruturas localizadas na zona sísmica 1 devem apresentar sistemas estruturais resistentes


a forças sísmicas horizontais em duas direções ortogonais, inclusive com um mecanismo de resistência
a esforços de torção. As estruturas devem resistir a forças horizontais aplicadas simultaneamente
a todos os pisos, e independentemente em cada uma de duas direções ortogonais, com valor numérico
igual a:

Fx = 0,01 wx

onde

Fx é a força sísmica de projeto correspondente ao piso x;

wx é o peso efetivo da estrutura correspondente ao piso x, incluindo o peso operacional


de todos os equipamentos fixados na estrutura e dos reservatórios de água. Nas áreas
de armazenamento e estacionamento, este peso deve incluir 25 % da carga variável
de utilização.

7.3.3 Requisitos de análise para as categorias sísmicas B e C

As estruturas de categorias sísmicas B e C podem ser analisadas pelo método das forças horizontais
equivalentes, conforme a Seção 9, ou por um processo mais rigoroso, conforme as Seções 10 e 11.

8 Requisitos sísmicos para as estruturas de prédios


8.1 Critérios básicos

8.1.1 Generalidades

Os requisitos estabelecidos nesta Seção são específicos para estruturas de prédios de categorias
sísmicas B e C. As estruturas de categoria sísmica A localizadas na zona sísmica 1 devem atender
somente aos requisitos especificados em 8.1, excluindo os requisitos de 8.1.2.

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Todo prédio deve possuir um sistema estrutural capaz de fornecer adequadas rigidez, resistência
e capacidade de dissipação de energia relativamente às ações sísmicas, no sentido vertical e em duas
direções ortogonais horizontais, inclusive com um mecanismo de resistência a esforços de torção.
As ações sísmicas horizontais estabelecidas nesta Norma podem atuar em qualquer direção de uma
estrutura.

Um sistema contínuo de transferência de forças deve ser projetado com adequadas rigidez
e resistência, para garantir a transferência das forças sísmicas, desde os seus pontos de aplicação,
até as fundações da estrutura. Sistemas com descontinuidades bruscas de rigidez ou de resistência
em planta ou em elevação não são recomendados. Uma distribuição uniforme e contínua
de resistência e de rigidez nas estruturas é desejável. Assimetrias significativas de massa e de rigidez
são indesejáveis. Recomenda-se utilizar sistemas estruturais apresentando redundância, por meio
de várias linhas de elementos sismorresistentes verticais, conectados entre si por diafragmas
horizontais com elevada capacidade de dissipação de energia.

8.1.2 Ligações em suportes

Todas as partes da estrutura devem ser adequadamente conectadas ao sistema estrutural


sismorresistente principal. Todas as ligações entre elementos estruturais devem ser capazes
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de transmitir uma força sísmica horizontal, no sentido mais desfavorável, produzida pela aceleração
ags0, aceleração espectral para o período de 0,0 s, definida em 6.3.

8.2 Sistemas básicos sismorresistentes

8.2.1 Generalidades

Os sistemas estruturais básicos sismorresistentes considerados nesta Norma são os listados


na Tabela 6 correspondentes ao detalhamento usual, de acordo com os requisitos das Normas
Brasileiras aplicáveis de projeto estrutural. Caso sejam considerados detalhamentos intermediário
e especial, o responsável técnico pelo projeto pode usar procedimentos ou normas internacionais,
desde que seja adequadamente justificado nos memoriais de cálculo.

Também estão especificados na Tabela 6 os coeficientes de modificação de resposta R, os coeficientes


de sobrerresistência Ω0 e os coeficientes de amplificação de deslocamentos Cd, a serem utilizados,
de acordo com os requisitos desta Norma, para a determinação das forças de projeto nos elementos
estruturais e dos deslocamentos da estrutura.

8.2.2 Sistemas duais

Nos sistemas especificados na Tabela 6 como duais, compostos por um pórtico momento-resistente
e por outro tipo de sistema, o pórtico momento-resistente deve resistir a pelo menos 25 % da força
sísmica total. A divisão das forças sísmicas entre os elementos que compõem os sistemas duais deve
ser de acordo com a sua rigidez relativa.

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Tabela 6 – Coeficientes de projeto para os diversos sistemas básicos sismorresistentes


Coeficiente de Coeficiente de
Coeficiente de
modificação da amplificação de
Sistema básico sismorresistente sobrerresistência
resposta deslocamentos
Ω0
R Cd
Pilares-parede de concreto com
4 2,5 4
detalhamento usual
Pórticos de concreto com detalhamento
3 3 2,5
usual
Pórticos de aço momento-resistentes com
3,5 3 3
detalhamento usual
Pórticos de aço contraventados em
3,25 2 3,25
treliça, com detalhamento usual
Sistema dual, composto por pórticos com
detalhamento usual e pilares-parede de 4,5 2,5 4
concreto com detalhamento usual
Estruturas de alvenaria estrutural com
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1,5 2,5 1,25


detalhamento usual
Pórticos em estruturas mistas de aço e
3 3 2,5
concreto com detalhamento usual
Estruturas do tipo pêndulo invertido e
2,5 2 2,5
sistemas de pilares em balanço

8.2.3 Combinação de sistemas resistentes

Em duas direções ortogonais não há restrição à utilização de diferentes sistemas resistentes, devendo
ser aplicados a cada direção os respectivos coeficientes R, Ω0 e Cd, especificados na Tabela 6.

Além do sistema dual explicitamente indicado na Tabela 6, a resistência de diferentes sistemas


resistentes pode ser combinada em cada uma das direções ortogonais da estrutura. Neste caso,
em cada uma das direções horizontais devem ser considerados os valores mais desfavoráveis para
os coeficientes R, Ω0 e Cd correspondentes aos sistemas utilizados.

Quando houver modificação de tipo de sistema na vertical, em um mesmo sistema resistente, não
podem ser aplicados valores menos desfavoráveis para estes coeficientes, em um pavimento, do que
os usados nos pavimentos superiores. Não é necessário aplicar esta limitação para subestruturas
apoiadas em uma estrutura principal, cujo peso não ultrapasse 10 % do peso total desta estrutura.

8.2.4 Estruturas do tipo pêndulo invertido

As estruturas do tipo pêndulo invertido podem ser analisadas pelo método das forças horizontais
equivalentes, especificado na Seção 9, devendo ser considerada uma variação linear do momento
fletor, desde o seu valor máximo determinado na base, até a metade deste valor no topo da estrutura.

8.3 Configuração estrutural


8.3.1 Generalidades

As estruturas de categoria sísmica B e C devem ser classificadas como regulares ou irregulares,


de acordo com os critérios estabelecidos nesta Seção. Esta classificação é baseada na configuração
estrutural no plano e na vertical.

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8.3.2 Deformabilidade dos diafragmas

Os diafragmas podem ser considerados flexíveis se a máxima deflexão horizontal transversal


a um eixo da estrutura paralelo ao eixo do diafragma, medida em relação à média dos deslocamentos
relativos de pavimento dos pontos extremos deste eixo, for mais do que o dobro desta média dos
deslocamentos relativos dos pontos extremos. Os carregamentos a serem utilizados nesta avaliação
são os estabelecidos na Seção 9.

Diafragmas de concreto com uma relação entre vão e profundidade menor do que 3,0 e que não
se enquadrem na definição do parágrafo anterior sobre os diafragmas flexíveis podem ser classificados
como rígidos.

8.3.3 Irregularidades no plano

As estruturas que apresentem uma ou mais das irregularidades listadas na Tabela 7 devem ser
projetadas como tendo irregularidade estrutural no plano. Essas estruturas têm requisitos específicos
de projeto, estabelecidos nas seções referenciadas na Tabela 7. Os requisitos associados à irregularidade
do Tipo 1 não precisam ser considerados para prédios de até dois pavimentos.
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Tabela 7 – Irregularidades estruturais no plano


Tipo de Seção de
Descrição da irregularidade
irregularidade referência
Irregularidade torcional, especificada quando, em uma elevação, o
deslocamento relativo de pavimento em uma extremidade da estrutura,
avaliado incluindo a torção acidental, medido transversalmente a um eixo, é 8.7.3
1 maior do que 1,2 vez a média dos deslocamentos relativos de pavimento nas 9.4.2
duas extremidades da estrutura, ao longo do eixo considerado. Os requisitos 9.5
associados à irregularidade torcional não se aplicam se o diafragma for
classificado como flexível, de acordo com 8.3.2.
8.3.5
Descontinuidades na trajetória de resistência sísmica no plano, como
2 8.7.3
elementos resistentes verticais consecutivos com eixos fora do mesmo plano.
8.8

Os elementos verticais do sistema sismorresistente não são paralelos ou 8.5


3
simétricos em relação aos eixos ortogonais principais deste sistema. 8.7.3

8.3.4 Irregularidades na vertical

As estruturas que apresentarem uma ou mais das irregularidades listadas na Tabela 8 devem ser
projetadas como tendo irregularidade estrutural na vertical. Estas estruturas têm requisitos específicos
de projeto, estabelecidos nas seções referenciadas na Tabela 8.

As estruturas que apresentarem irregularidades do Tipo 5, conforme especificado na Tabela 8, não


podem ter mais de dois pavimentos, nem mais de 9 m de altura. Esta limitação não precisa ser
considerada se as forças sísmicas forem multiplicadas pelo fator Ω0, definido na Tabela 6.

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Tabela 8 – Irregularidades estruturais na vertical


Tipo de Seção de
Descrição da irregularidade
irregularidade referência
Descontinuidades na trajetória de resistência sísmica na vertical, como
elementos resistentes verticais consecutivos no mesmo plano, mas com
4 8.3.5
eixos afastados em uma distância maior de que seu comprimento ou quando
a resistência entre elementos consecutivos for maior no elemento superior.
Caracterização de um “pavimento extremamente fraco”, como aquele em
que a sua resistência lateral é inferior a 65 % da resistência do pavimento
5 imediatamente superior. A resistência lateral é computada como a resistência 8.3.4
total de todos os elementos sismorresistentes presentes na direção
considerada.

8.3.5 Elementos suportando pórticos e pilares-parede descontínuos

Pilares, vigas, lajes e treliças suportando pórticos e pilares-parede sismorresistentes que apresentarem
irregularidade do Tipo 2 ou do Tipo 4, conforme especificado nas Tabelas 7 e 8, respectivamente,
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devem ser projetados considerando os efeitos sísmicos na direção vertical (Ev) e os decorrentes
do sismo horizontal com o efeito da sobrerresistência (Emh), conforme 8.4.

8.4 Efeitos do sismo vertical e do sismo horizontal com sobrerresistência

Os efeitos do sismo na direção vertical devem ser considerados em seu sentido mais desfavorável
e determinados da seguinte maneira:

Ev = 0,5 (ags0 /g).G

onde

Ev e G são, respectivamente, os efeitos do sismo vertical e das cargas gravitacionais.

Nas situações em que seja exigida, nesta Norma, a verificação na condição de sobrerresistência,
os efeitos dos sismos na direção horizontal devem ser amplificados de acordo com:

Emh = Ω0 . Eh

onde

Emh representa os efeitos do sismo horizontal, incluindo a sobrerresistência;

Ω0 é o coeficiente de sobrerresistência especificado na Tabela 6;

Eh representa os efeitos do sismo horizontal determinados de acordo com as Seções 9,


10 ou 11.

8.5 Direção das forças sísmicas

Na análise de cada elemento pertencente ao sistema sismorresistente, a direção de aplicação das


forças sísmicas na estrutura deve ser a que produz o efeito mais crítico no elemento em questão.
Permite-se a aplicação das forças separadamente em cada uma das direções horizontais ortogonais,
sem considerar a superposição dos efeitos em duas direções.

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As estruturas de categoria sísmica C que apresentarem irregularidades no plano do Tipo 3, conforme


a Tabela 7, devem ser verificadas, em cada uma das direções ortogonais do plano horizontal, para
uma combinação de 100 % das forças horizontais aplicadas em uma das direções com 30 % das
forças aplicadas na direção perpendicular a esta.

Este requisito também é atendido se for realizada uma análise sísmica com históricos de acelerações
no tempo, conforme estabelecido na Seção 11, com a aplicação simultânea de acelerogramas
horizontais independentes nas duas direções ortogonais.

8.6 Procedimentos de análise


As estruturas de categoria sísmica A podem ser analisadas pelo procedimento simplificado
especificado em 7.3.2 ou por um processo mais rigoroso, conforme estabelecido nas Seções 9, 10 e 11.
As estruturas de categoria sísmica B e C podem ser analisadas pelo método descrito na Seção 9
ou por um processo mais rigoroso, conforme definido nas Seções 10 e 11.

8.7 Critérios para a modelagem


8.7.1 Modelagem da fundação
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Podem ser aceitas, na análise sísmica, as estruturas como perfeitamente fixadas à fundação.
Caso sejam considerados os efeitos da flexibilidade da fundação, os requisitos estabelecidos nesta
Seção devem ser seguidos. Os efeitos favoráveis de interação dinâmica solo-estrutura podem ser
considerados, desde que os procedimentos utilizados sejam adequadamente justificados na análise.

A flexibilidade das fundações pode ser representada por meio de um conjunto de molas e amortecedores
relativos a cada um dos diversos graus de liberdade da fundação. Na definição das propriedades
dos solos a serem utilizadas na determinação destes parâmetros, deve ser considerado o nível
de deformações específicas presentes no solo, quando da ocorrência do sismo de projeto. Uma variação
paramétrica de 50 %, de acréscimo ou de decréscimo em relação às propriedades dos solos mais
prováveis deve ser admitida na análise dinâmica.

Para efeito de verificação do tombamento das estruturas (excetuando-se as estruturas do tipo pêndulo
invertido), é permitida uma redução de 25 % em relação às forças determinadas de acordo com
os procedimentos da Seção 9 (método das forças horizontais equivalentes) ou de 10 % em relação
às forças determinadas de acordo com a Seção 10 (método espectral).

8.7.2 Peso efetivo para a análise

Os pesos a serem admitidos nas análises devem considerar as cargas permanentes atuantes, incluindo
o peso operacional de todos os equipamentos fixados na estrutura e dos reservatórios de água.
Nas áreas de armazenamento e estacionamento, deve-se incluir 25 % da carga variável de utilização.

8.7.3 Modelagem da estrutura

O modelo matemático da estrutura deve considerar a rigidez de todos os elementos significativos


para a distribuição de forças e deslocamentos na estrutura. O modelo deve representar a distribuição
espacial de massa e de rigidez em toda a estrutura. Para as edificações de concreto, os elementos
podem ser admitidos como fissurados, aplicando-se os fatores de redução de rigidez especificados
na ABNT NBR 6118:2014, 15.7.3.

Caso a estrutura apresente irregularidade estrutural no plano dos Tipos 1, 2 ou 3, conforme


especificado na Tabela 7, um modelo tridimensional deve ser utilizado. Neste modelo, cada nó deve
possuir ao menos três graus de liberdade, duas translações em um plano horizontal e uma rotação
em torno de um eixo vertical.

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Quando os diafragmas não forem classificados como rígidos ou flexíveis, de acordo com 8.3.2,
o modelo deve incluir elementos que representem a rigidez destes diafragmas.

Se pórticos sismorresistentes tiverem ligações com elementos mais rígidos e não forem considerados
no sistema estrutural sismorresistente, estes pórticos devem ser projetados de forma que a ação
ou a ruptura destes elementos não prejudique a sua capacidade resistente. A presença destes
elementos deve ser admitida na avaliação das irregularidades da estrutura.

8.8 Requisitos para os diafragmas


Os diafragmas horizontais em cada elevação da estrutura devem formar um sistema resistente
autoequilibrado capaz de transferir as forças sísmicas horizontais de seus pontos de aplicação
na elevação até os pontos em que elas são transmitidas aos elementos verticais do sistema
sismorresistente. As forças a serem aplicadas em cada elevação nos diafragmas horizontais são
as forças obtidas na análise estrutural. No método das forças horizontais equivalentes, as forças
horizontais totais em cada elevação são as forças Fx, especificadas em 9.3. Para a análise dos
diafragmas, estas forças em cada elevação x não podem ser inferiores a:
n
∑Fi
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Fpx = i= x wx
n
∑wi
i= x
onde

Fpx é a força mínima a ser aplicada ao diafragma na elevação x;

Fi é a força horizontal aplicada na elevação i, correspondente às forças Fx, conforme


especificado em 9.3;

wi e wx são as parcelas do peso efetivo total, que correspondem às elevações i ou x,


respectivamente;

n é o número total de elevações.

Caso haja irregularidades do Tipo 2, conforme a Tabela 7, os diafragmas devem ser capazes
de transferir as forças aplicadas das extremidades inferiores dos elementos resistentes verticais
acima da elevação para as extremidades superiores dos elementos abaixo da elevação.

Devem receber especial atenção as regiões de transferência das forças dos diafragmas para
os elementos verticais do sistema sismorresistente. Nas estruturas de categoria sísmica C, estas
regiões devem ser dimensionadas para o sismo horizontal, incluindo sobrerresistência, conforme
especificado em 8.4.

8.9 Fixação de paredes


As paredes de concreto ou de alvenaria devem ser construídas de forma que sejam fixadas diretamente
ao piso e ao teto da construção. As paredes e sua correspondente fixação à estrutura devem ser
dimensionadas considerando uma força sísmica horizontal, no sentido transversal à parede, produzida
por uma aceleração igual a:

agI = I ⋅ ags0

onde

I é o fator de importância de utilização especificado na Tabela 4.

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8.10 Limitações para deslocamentos absolutos e deslocamentos relativos de um pavimento

O sistema estrutural sismorresistente deve ser sempre contínuo. Caso as estruturas sejam divididas
em partes, separadas por juntas de construção, estas devem apresentar entre si distâncias que não
permitam que haja contato entre elas para os deslocamentos absolutos δ x nas elevações, avaliados
conforme especificado em 9.5. Deve ser verificado se os deslocamentos absolutos avaliados
na estrutura principal podem implicar em danos ou risco de perda de estabilidade para os elementos
estruturais ou não estruturais eventualmente fixados a eles.

Os deslocamentos relativos Δx de um pavimento x, avaliados conforme especificado em 9.5, são


limitados aos valores máximos da Tabela 9. A variável hsx é a distância entre as duas elevações
correspondentes ao pavimento em questão.

Tabela 9 – Limitação para deslocamentos relativos de pavimento (Δx)


Categoria de utilização
I II III
0,020 hsx 0,015 hsx 0,010 hsx
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9 Análise sísmica pelo método das forças horizontais equivalentes


9.1 Força horizontal total

A força horizontal total na base da estrutura, em uma dada direção, é determinada de acordo com
a seguinte expressão:

H = Cs ⋅ W

onde

Cs é o coeficiente de resposta sísmica;

W é o peso efetivo da estrutura, determinado conforme estabelecido em 8.7.2.

O coeficiente de resposta sísmica é determinado como:

2, 5 ⋅ (ags 0 g )
Cs =
(R I )
A grandeza ags0, aceleração espectral para o período de 0,0s, considerando o efeito da amplificação
sísmica no solo, é estabelecida em 6.3 e g é a aceleração da gravidade. O fator de importância
de utilização, I, está definido na Tabela 4 e o coeficiente de modificação de resposta, R, na Tabela 6.
O coeficiente de resposta sísmica não precisa ser maior que o valor calculado a seguir:

Cs =
(ags1 g )
T (R I )

O período natural da estrutura (T) deve ser determinado de acordo com 9.2. O valor mínimo para
Cs é dado por:

Cs = 0,01

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9.2 Determinação do período


O período natural da estrutura (T) pode ser obtido por um processo de extração modal, levando
em conta as características mecânicas e de massa da estrutura. O período avaliado dessa forma,
para cada direção, não pode ser maior do que o produto do coeficiente de limitação do período
Cup, especificado na Tabela 10, em função da zona sísmica à qual a estrutura em questão pertence,
pelo período natural aproximado da estrutura Ta, obtido da seguinte forma:

Ta = CT . hnx

Nesta expressão, os coeficientes CT (coeficientes de período da estrutura) e x são definidos por:

CT = 0,0724 e x = 0,8 para estruturas em que as forças sísmicas horizontais são totalmente
resistidas por pórticos de aço momento-resistentes, não sendo estes
ligados a sistemas mais rígidos que impeçam sua livre deformação,
quando submetidos à ação sísmica;

CT = 0,0466 e x = 0,9 para estruturas em que as forças sísmicas horizontais são totalmente
resistidas por pórticos de concreto, não sendo estes ligados a sistemas
mais rígidos que impeçam sua livre deformação, quando submetidos
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à ação sísmica;

CT = 0,0731 e x = 0,75 para estruturas em que as forças sísmicas horizontais são resistidas
em parte por pórticos de aço contraventados com treliças;

CT = 0,0488 e x = 0,75 para todas as outras estruturas.

hn é a altura, expressa em metros (m), da estrutura acima da base.

Tabela 10 – Coeficiente de limitação do período


Coeficiente de limitação
Zona sísmica
do período (Cup)
Zona 2 1,7
Zona 3 1,6
Zona 4 1,5

Como alternativa ao T obtido pelo processo de extração modal, pode ser utilizado diretamente
o período natural aproximado da estrutura Ta.

9.3 Distribuição vertical das forças sísmicas


A força horizontal total na base H é distribuída verticalmente entre as várias elevações da estrutura,
de forma que, em cada elevação x, seja aplicada uma força Fx, especificada de acordo com
a seguinte expressão:

Fx = Cvx . H

sendo

w hk
Cvx = n x x
∑w i h ki
i =1

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onde
Cvx é o coeficiente de distribuição vertical;
wi e wx são as parcelas do peso efetivo total que correspondem às elevações i ou x,
respectivamente;
hi e hx são as alturas entre a base e as elevações i ou x, respectivamente;
k é o expoente de distribuição, relacionado ao período natural da estrutura T, com
os seguintes valores:
— para estruturas com período inferior a 0,5 s, k = 1;
— para estruturas com períodos entre 0,5 s e 2,5 s, k = (T + 1,5)/2;
— para estruturas com período superior a 2,5 s, k = 2.

9.4 Distribuição das forças sísmicas horizontais e torção


9.4.1 Modelo de distribuição das forças sísmicas horizontais
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As forças sísmicas horizontais Fx, correspondentes a cada elevação x, devem ser aplicadas
a um modelo de distribuição dessas forças entre os diversos elementos verticais sismorresistentes,
considerando a rigidez relativa dos diversos elementos verticais e dos diafragmas horizontais.
Este modelo pode ser também utilizado para avaliar os efeitos de torção na estrutura.
9.4.2 Consideração da torção
O projeto deve incluir um momento de torção inerente (Mt) nos pisos, causado pela excentricidade dos
centros de massa relativamente aos centros de rigidez, acrescido de um momento torcional acidental
(Mta), determinado considerando-se um deslocamento do centro de massa em cada direção igual
a 5 % da dimensão da estrutura paralela ao eixo perpendicular à direção de aplicação das forças
horizontais. Quando houver aplicação simultânea de forças horizontais nas duas direções, considerar
o momento acidental obtido na direção mais crítica.
Nos casos das estruturas de categoria sísmica C, em que exista irregularidade estrutural no plano
do Tipo 1, conforme especificado na Tabela 7, os momentos torcionais acidentais Mta em cada elevação
devem ser multiplicados pelo fator de amplificação torcional Ax, obtido como a seguir:
2
 δ 
Ax =  máx. 
 1, 2 δ avg 
onde
δmáx. é o deslocamento horizontal máximo em uma direção, na elevação x em questão;
δavg é a média dos deslocamentos na mesma direção, nos pontos extremos da estrutura,
em um eixo transversal a esta direção.
O fator Ax não pode ser considerado com valor superior a 3,0.

9.5 Determinação dos deslocamentos relativos e absolutos


Os deslocamentos absolutos das elevações δx e os relativos Δx dos pavimentos devem ser determinados
com base na aplicação das forças sísmicas de projeto ao modelo matemático da estrutura. Nesta
avaliação, as propriedades de rigidez dos elementos de concreto devem levar em conta a redução
de rigidez pela fissuração. Para as estruturas em que haja efeitos de torção importantes, estes devem
ser considerados no cálculo dos deslocamentos relativos Δx de pavimento.

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Os deslocamentos absolutos δx em uma elevação x, avaliados em seu centro de massa, devem ser
determinados por:
C ⋅δ
δ x = d xe
I
onde

Cd é o coeficiente de amplificação de deslocamentos, dado na Tabela 6;

δxe é o deslocamento determinado em uma análise estática, utilizando as forças sísmicas


conforme 9.3;

I é o fator de importância de utilização dado na Tabela 4.

Nesta análise é dispensada a limitação de períodos estabelecida em 9.2.

Os deslocamentos relativos dos pavimentos Δ x são determinados como a diferença entre


os deslocamentos absolutos nos centros de massa δx nas elevações acima e abaixo do pavimento
em questão. Para as estruturas de categoria sísmica C, em que exista irregularidade estrutural
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no plano do Tipo 1, os deslocamentos relativos Δx devem ser avaliados como a maior diferença
entre os deslocamentos ao longo do contorno, nas elevações superior e inferior correspondentes
ao pavimento em questão.

9.6 Efeitos de segunda ordem

Pode-se desconsiderar os efeitos de segunda ordem devidos à ação sísmica nos esforços estruturais
e deslocamentos, em um pavimento x, se o coeficiente de estabilidade θ, determinado pela expressão
a seguir, for inferior a 0,10:

Px ⋅ Δ x
θ=
H x hsx Cd

onde

Px é a força vertical em serviço atuando no pavimento x, obtida com fatores de ponderação


de ações tomadas iguais a 1,00;

Δx representa os deslocamentos relativos de pavimento, determinados conforme 9.5;

Hx é a força cortante sísmica atuante no pavimento x;

hsx é a distância entre as duas elevações correspondentes ao pavimento em questão;

Cd é o coeficiente de amplificação de deslocamentos, conforme a Tabela 6.

O valor do coeficiente de estabilidade θ não pode exceder o valor máximo θmáx., determinado
de acordo com a expressão:

0, 5
θmáx. = ≤ 0, 25
Cd

Quando o valor de θ estiver entre 0,1 e θmax, os esforços nos elementos e os deslocamentos devem
ser multiplicados pelo fator 1,00/(1 - θ).

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10 Análise sísmica pelo método espectral


10.1 Número de modos a ser considerado
O número de modos admitido na análise espectral deve ser suficiente para capturar ao menos 90 %
da massa efetiva em cada uma das direções ortogonais consideradas na análise.

10.2 Respostas modais para o projeto


O espectro de projeto, conforme 6.3, deve ser considerado nas direções ortogonais analisadas.

Todas as respostas modais obtidas em termos de forças, momentos e reações de apoio devem ser
multiplicadas pelo fator I/R.

Todas as respostas obtidas em termos de deslocamentos absolutos e relativos devem ser multiplicadas
pelo fator Cd /R.

10.3 Combinação das respostas modais


As respostas elásticas finais podem ser combinadas pela regra da raiz quadrada da soma dos
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quadrados das respostas obtidas em cada modo de vibração. No caso de proximidade entre
as frequências dos modos de vibração (frequências próprias afastadas em menos de 10 % do valor
de uma delas), deve ser aplicada uma regra de combinação mais precisa, que considere os efeitos
da proximidade entre os modos.

Com relação às respostas elásticas devidas aos sismos aplicados em diferentes direções ortogonais,
as respostas finais também devem ser obtidas pela regra da raiz quadrada da soma dos quadrados
das respostas obtidas em cada uma das direções.

10.4 Verificação das forças obtidas pelo processo espectral


A força horizontal total na base da estrutura H deve ser determinada em cada uma das duas direções
horizontais, pelo método das forças horizontais equivalentes, de acordo com 9.1. Se a força horizontal
total na base Ht, determinada pelo processo espectral de acordo com 10.3, em uma direção, for
inferior a 0,85H, todas as forças elásticas obtidas nesta direção devem ser multiplicadas por 0,85H/Ht.
Esta correção não se aplica aos deslocamentos absolutos e relativos.

10.5 Distribuição das forças sísmicas horizontais


As forças sísmicas horizontais Fx, correspondentes a cada elevação x, devem ser aplicadas
a um modelo de distribuição destas forças, conforme 9.4.1. Esse modelo pode ser também utilizado
para avaliar os efeitos de torção na estrutura. A amplificação torcional, conforme 9.4.2, não precisa ser
considerada, se o modelo de análise dinâmica já levar em conta os efeitos da torção acidental.

11 Análise sísmica com históricos de acelerações no tempo


11.1 Requisitos da análise
A análise com históricos de acelerações no tempo deve consistir na análise dinâmica de um modelo
especificado de acordo com os requisitos estabelecidos em 8.7, submetido a históricos de acelerações
no tempo (acelerogramas), aplicados à sua base, compatíveis com o espectro de projeto determinado
para a estrutura, de acordo com 6.3. Pelo menos três conjuntos de acelerogramas devem ser
considerados na análise.

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11.2 Requisitos para os acelerogramas

As análises consistem na aplicação simultânea de um conjunto de acelerogramas, independentes


entre si, nas direções ortogonais relevantes para cada problema. Os acelerogramas podem ser
registros de eventos reais, compatíveis com as características sismológicas do local de estrutura,
ou podem ser acelerogramas gerados artificialmente. Os acelerogramas a serem aplicados devem
ser afetados em um fator de escala, de forma que os espectros de resposta na direção considerada,
para o amortecimento de 5 %, tenham valores médios não inferiores aos do espectro de projeto para
uma faixa entre 0,2T e 1,5T, sendo T o período fundamental da estrutura nesta direção.

11.3 Determinação dos efeitos finais obtidos na análise

Para cada acelerograma analisado, as respostas obtidas em termos de forças, momentos e reações
de apoio devem ser multiplicadas pelo fator I/R. Todas as respostas em termos de deslocamentos
absolutos e relativos devem ser multiplicadas pelo fator Cd/R.

A força horizontal total na base da estrutura H deve ser determinada pelo método das forças horizontais
equivalentes, de acordo com 9.1. Se a força horizontal máxima na base Ht, obtida com um determinado
acelerograma, for inferior a H, todas as forças elásticas obtidas nesta direção, com este acelerograma,
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devem ser multiplicadas por H/Ht. Esta correção não se aplica aos deslocamentos absolutos e relativos.

Os efeitos finais obtidos na análise correspondem à envoltória dos efeitos máximos obtidos com cada
um dos conjuntos de acelerogramas considerados.

12 Requisitos sísmicos para componentes não estruturais de prédios


12.1 Generalidades

Todo componente arquitetônico, elétrico ou mecânico permanentemente fixado a uma estrutura deve
ser projetado de forma a resistir às forças sísmicas aplicadas a ele, de forma que estas forças sejam
adequadamente transferidas para a estrutura principal.

12.2 Categoria sísmica e fator de importância

Os componentes não estruturais devem ser classificados na mesma categoria sísmica da estrutura
principal à qual estão fixados.

A cada componente deve ser definido um fator de importância Ip. Deve ser considerado o fator Ip = 1,5
nas seguintes situações:

a) o componente desempenha função ligada à preservação da vida após o terremoto, incluindo


os sistemas de proteção contra incêndio;

b) o componente abriga substâncias químicas ou tóxicas potencialmente nocivas à população;

c) o componente está ligado a uma instalação de categoria de utilização III e é necessário para
a operação desta instalação, ou sua ruptura pode impedir esta operação.

Os demais componentes devem ter o fator Ip = 1,0.

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12.3 Forças sísmicas de projeto

Os componentes devem ser projetados para resistirem a forças, aplicadas a cada uma de duas
direções horizontais ortogonais, iguais a:

ap (ags 0 g ) Wp Ip  z
Fp  1 + 2 
Rp h

onde

Fp é a força sísmica horizontal aplicada ao componente;

ap é o fator de amplificação do componente, conforme a Tabela 11;

ags0 é a aceleração espectral para o período de 0,0 s, conforme 6.3;

g é a aceleração da gravidade;

Wp é o peso operacional do componente;


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Ip é o fator de importância do componente, conforme 12.2;

Rp é o coeficiente de modificação de resposta do componente não estrutural, conforme


a Tabela 11;

z/h é a relação entre a altura em que o componente é fixado, em relação à base da estrutura,
e a altura total da estrutura. Esta relação deve variar entre 0,0 e 1,0.

Fp deve estar limitada entre os valores extremos especificados a seguir:

0,75 (ags0/g) Ip Wp ≤ Fp ≤ 4,0 (ags0/g) Ip Wp

Uma força vertical de ± 0,5 (ags0/g).Wp deve ser aplicada simultaneamente às forças horizontais.
O coeficiente de sobrerresistência Ω0 não pode ser aplicado neste caso.

Tabela 11 – Coeficientes para componentes não estruturais (continua)


Coeficiente de
Fator de
modificação
amplificação
Componente de resposta do
do componente
componente
ap
Rp
Paredes internas não estruturais, não reforçadas, de alvenaria 1,0 1,5
Outras paredes internas não estruturais 1,0 2,5
Elementos em balanço não contraventados, ou contraventados em
um nível inferior a seu centro de massa, como parapeitos, paredes
2,5 2,5
interiores não estruturais em balanço e chaminés contraventadas
lateralmente
Elementos em balanço contraventados em um nível superior a seu
centro de massa, como parapeitos, chaminés e paredes exteriores 1,0 2,5
não estruturais

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Tabela 11 (conclusão)
Coeficiente de
Fator de
modificação
amplificação
Componente de resposta do
do componente
componente
ap
Rp
Ancoragens dos elementos de ligação de paredes exteriores não
1,25 1,0
estruturais
Coberturas, exceto quando a sua estrutura for uma extensão da
2,5 3,5
estrutura principal
Tetos 1,0 2,5
Compartimentos de armazenamento e equipamentos de
1,0 2,5
laboratório
Pisos de acesso 1,0 1,5
Apêndices, ornamentações, sinais e cartazes 2,5 2,5
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Elementos de alta deformabilidade 1,0 3,5


Outros componentes
Elementos de deformabilidade limitada 1,0 2,5
rígidos
Elementos de baixa deformabilidade 1,0 1,5
Elementos de alta deformabilidade 2,5 3,5
Outros componentes
Elementos de deformabilidade limitada 2,5 2,5
flexíveis
Elementos de baixa deformabilidade 2,5 1,5

Componentes flexíveis têm o período fundamental T maior que 0,06 s.

Componentes rígidos têm o período fundamental T menor ou igual a 0,06 s.

Elementos de alta deformabilidade têm a relação entre a deformação de ruptura e a deformação


elástica máxima superior a 3,5.

Elementos de deformabilidade limitada têm a relação entre a deformação de ruptura e a deformação


elástica máxima entre 1,5 e 3,5.

Elementos de baixa deformabilidade têm a relação entre a deformação de ruptura e a deformação


elástica máxima inferior a 1,5.

12.4 Ancoragem dos elementos não estruturais

Os elementos de ligação dos componentes não estruturais à estrutura principal (parafusos,


chumbadores, soldas, rebites e outros) devem ser projetados sem ser considerado o efeito favorável
das forças horizontais de atrito, decorrentes da ação da gravidade. As forças para o projeto são
as determinadas de acordo com o estabelecido em 12.3.

As ancoragens em concreto ou em alvenaria devem ser dimensionadas com forças pelo menos
1,3 vez as obtidas de acordo com 12.3. Os valores de Rp a serem considerados na determinação
das forças nas ancoragens não podem ser maiores do que 1,5.

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