Você está na página 1de 4

Cópia não autorizada

MAR 2002 NBR 14810-1


Chapas de madeira aglomerada
Parte 1: Terminologia
ABNT – Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar
CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro – RJ
Tel.: PABX (21) 3974-2300
Fax: (21) 220-1762/220-6436
Endereço eletrônico:
www.abnt.org.br

Origem: 3º Projeto 31:000.01-001/1:2001


ABNT/CB-31 - Comitê Brasileiro de Madeiras
CE-31:000.01 - Comissão de Estudo de Painéis de Madeira Aglomerada
NBR 14810-1 - Wood particleboard - Part 1: Terminology
Copyright © 2002, Descriptors: Wood. Wood particleboard
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 29.04.2002
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Madeira. Chapa de madeira 4 páginas
Todos os direitos reservados

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.

A NBR 14810 está dividida em três partes, sob o título geral “Chapas de madeira aglomerada”:

- Parte 1: Terminologia;
- Parte 2: Requisitos;

- Parte 3: Métodos de ensaio.


1 Objetivo

Esta parte da NBR 14810 define os termos usualmente empregados na fabricação, comercialização, execução de ensaios
e utilização de chapas de madeira aglomerada e seus derivados.
2 Definições

Para os efeitos desta parte da NBR 14810, aplicam-se as seguintes definições:


2.1 absorção de água: Aumento da massa (em água) que um corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada
apresenta, após ser imerso em água a (20 ± 3)°C pelo tempo de 2 h ± 3 min e/ou 24 h ± 3 min.
2.2 adesivo; resina: Substância utilizada com o objetivo de aderir partículas de madeira em uma chapa de madeira
aglomerada. Pode ser orgânico ou inorgânico.
2.3 aditivo: Material especial incorporado em uma chapa de madeira aglomerada durante a manufatura, para obter-se
determinadas propriedades. Como exemplo podem-se citar: preservativos, emulsões, retardantes ao fogo, entre outros.
2.4 camada externa: Denominação da camada superficial em uma chapa de madeira aglomerada de três camadas ou
multicamadas.
2.5 camada interna: Denominação da camada intermediária, composta de partículas de madeira com geometria mais
grossa, localizada entre as camadas externas de uma chapa de madeira aglomerada de três camadas ou multicamadas.
Cópia não autorizada
2 NBR 14810-1:2002

2.6 carga concentrada: Força aplicada em um único ponto da superfície de uma chapa de madeira aglomerada.
2.7 carga uniforme: Força uniformemente distribuída através da superfície de uma chapa de madeira aglomerada.
2.8 chapa de madeira aglomerada; chapa de partículas de madeira: Produto em forma de painel, variando de 3 mm a
50 mm de espessura, constituído por partículas de madeira aglomeradas com resinas naturais ou sintéticas‚ termofixas,
sob a ação de pressão e calor. A geometria das partículas e sua homogeneidade, os tipos de adesivos, a densidade e os
processos de fabricação podem ser modificados para produzir produtos adequados aos usos finais específicos. Durante o
processo de fabricação, podem ainda ser incorporados aditivos para prover painéis de características especiais.
2.9 chapa de madeira aglomerada com prensagem perpendicular à face: Produto resultante da manufatura por
prensagem de uma massa de partículas de madeira impregnadas com um adesivo, entre pratos paralelos em prensa de
pratos ou prensa contínua a quente.
2.10 chapa de madeira aglomerada de média densidade: Chapas com densidade entre 551 kg/m3 e 750 kg/m 3.
2.11 chapa de madeira aglomerada de três camadas: Chapas de madeira aglomerada constituídas por duas camadas
superficiais (externas) de partículas com geometria fina e uma camada intermediária (interna) de partículas com geometria
mais grossa.
2.12 chapa de madeira aglomerada estrutural: Chapa de madeira aglomerada de alta resistência mecânica, adequada
para uso em estruturas que irão suportar cargas.
2.13 chapa de madeira aglomerada exterior: Chapa de madeira aglomerada para uso exterior, usualmente fabricada
com resinas fenólicas, que lhe conferem características para uso externo, principalmente maior resistência à água.
2.14 chapa de madeira aglomerada homogênea: Chapa de madeira aglomerada composta por uma única camada de
partículas de madeira.
2.15 chapa de madeira aglomerada de multicamadas: Chapa de madeira aglomerada composta por multicamadas de
partículas de madeira, com geometria mais fina nas camadas das faces e mais grossa no centro, variando gradativamente
ao longo da espessura da chapa.
2.16 chapa de madeira aglomerada resistente à umidade: Chapa de madeira aglomerada que recebe a incorporação de
aditivos para prover a chapa com características de resistência à umidade.
2.17 chapa de madeira aglomerada resistente ao fogo: Chapa de madeira aglomerada que recebe a incorporação de
aditivos para prover a chapa com características de resistência ao fogo.
2.18 chapa de madeira aglomerada revestida: Chapa de madeira aglomerada que recebe acabamento superficial, tal
como papéis, laminados plásticos de alta ou baixa pressão, filmes plásticos, lâminas de madeira, chapas duras de fibra de
madeira e pintura.
2.19 colchão de partículas: Conjunto de partículas de madeira com cola, depositadas em camadas, que após serem
submetidas a operação de prensagem se consolidam na forma de uma chapa de madeira aglomerada. Também conhecido
por "massa de partículas" ou "bolo de partículas".
2.20 compressão longitudinal: Medida da resistência à ruptura de um corpo-de-prova de uma chapa de madeira
aglomerada, quando submetido a uma carga paralela em seu sentido longitudinal.
2.21 contraface: Superfície secundária de uma chapa de madeira aglomerada em relação à sua utilização.
2.22 cura a quente: Processo de endurecimento de resinas ou adesivos que curam a temperaturas elevadas (termofixas),
formando ligações rígidas que não são rompidas pela exposição ao calor.
2.23 cura: Alteração físico-química apresentada pelo endurecimento das resinas ou adesivos.
2.24 deflexão: Flecha apresentada por uma chapa de madeira aglomerada apoiada entre suportes, quando submetida a
uma carga aplicada em um ou mais pontos de sua superfície.
2.25 densidade: Característica representada pelo quociente da relação entre a massa e o volume de um corpo, a
determinado teor de umidade.
2.26 dimensão: Medição nominal superficial das chapas de madeira aglomerada, compreendida pela largura e pelo
comprimento.
2.27 dureza Janka: Resistência que a chapa de madeira aglomerada oferece ao esforço exercido para a penetração da
metade de uma esfera de 11,3 mm de diâmetro.
2.28 emissão de formaldeído: Desprendimento do formol não reagido em uma chapa de madeira aglomerada, na forma
de gás.

2.29 empenamento: Deformação permanente em relação à planicidade, apresentada por uma chapa de madeira
aglomerada.

2.30 ensaios de avaliação: Ensaios realizados com o objetivo de avaliar as tendências dos resultados de qualidade
tecnológica das chapas de madeira aglomerada.

2.31 espessura: Distância entre os pontos extremos das superfícies de uma chapa de madeira aglomerada.
Cópia não autorizada
NBR 14810-1:2002 3

2.32 esquadro: Propriedade dimensional das chapas de madeira aglomerada, caracterizada pelo fato das bordas
longitudinais e transversais se cruzarem perpendicularmente (em ângulo de 90°), proporcionando às chapas um formato
de quadrado ou retângulo.
2.33 estabilidade dimensional: Grau de variação de dimensões que a chapa de madeira aglomerada apresenta quando
exposta à variação das condições de temperatura e umidade.

2.34 expansão linear: Variação dimensional longitudinal de um corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada,
expressa em porcentagem, quando este é submetido à uma variação de teor de umidade.

2.35 extração perforator: Extração do formaldeído livre de um corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada,
através da utilização de tolueno.

2.36 Face: Superfície principal de uma chapa de madeira aglomerada em relação ao seu uso. Quando ambas as
superfícies são de mesma qualidade, ambas são descritas como face.

2.37 fenol formaldeído: Resina termoendurecível resistente à água, comumente usada para colar compensados de
coníferas, chapas de partículas orientadas, chapas de partículas de madeira para uso exterior, entre outros.

2.38 formaldeído: Composto orgânico reativo (CH2O), utilizado na fabricação de resinas para a confecção de chapas de
madeira aglomerada.

2.39 geometria de partículas: Tamanho e forma das partículas de madeira em uma chapa de madeira aglomerada.

2.40 gradiente vertical de densidade: Variação da densidade de um corpo-de-prova de uma chapa de madeira
aglomerada, medida ao longo de sua espessura.

2.41 grana de lixa: Classificação do material abrasivo de uma lixa, identificada numericamente. Quanto mais alta a
classificação, menor a granulometria da lixa, sendo melhor o nível de acabamento proporcionado nas superfícies das
chapas de madeira aglomerada.

2.42 inchamento: Variação percentual de aumento em espessura que um corpo-de-prova de uma chapa de madeira
aglomerada apresenta, após ficar imerso pelo tempo de 2 h ± 3 min e/ou 24 h ± 3 min em água à temperatura de
(20 ± 3)°C.

2.43 inspeção por variáveis: Inspeção segundo a qual uma característica da qualidade em uma unidade do produto é
medida numa escala contínua, tal como quilogramas, metros e metros por segundo, e nesta condição anotada.

2.44 ligação interna: Ver 2.57.

2.45 máquina universal de ensaios: Equipamento destinado à realização de ensaios mecânicos, visando especialmente
aplicação em controle de qualidade industrial sobre materiais.

2.46 módulo de elasticidade aparente: Constante elástica que expressa a rigidez de um corpo-de-prova de uma chapa
de madeira aglomerada, determinada durante o regime elástico, onde não há alteração das suas características originais.

2.47 órgão de certificação: Laboratório de ensaios independente, autorizado a monitorar ensaios e programas de
avaliação, de modo a assegurar conformidade com as normas aplicáveis ao produto.

2.48 partículas: Pequenos pedaços de madeira que constituem-se nos elementos básicos na formação e uma chapa de
madeira aglomerada.

2.49 perfil de densidade: Gradiente que determina o perfil de densidade de um corpo-de-prova de uma chapa de madeira
aglomerada, através da determinação parcial de densidade de suas camadas, classificando a chapa de madeira
aglomerada quanto ao seu grau de densidade final.

2.50 polimerização: Cura de uma resina durante a prensagem em um processo de fabricação de chapas de madeira
aglomerada. Também conhecida como "cura da resina".

2.51 pré-cura: Processo de cura de uma resina, ocorrida antes do processo de prensagem de uma chapa de madeira
aglomerada.

2.52 prensagem a quente: Processo de prensagem de um colchão de partículas de madeira, para compactar e solidificar
a estrutura através da aplicação simultânea de calor e pressão.

2.53 resistência à abrasão: Propriedade que implica a resistência da superfície de uma chapa de madeira aglomerada
revestida, em ser desgastada devido à ação de fricção ou atrito.

2.54 resistência à compressão longitudinal: Propriedade que mede a resistência à ruptura de um corpo-de-prova de
uma chapa de madeira aglomerada, quando submetido a uma carga paralela em seu sentido longitudinal.

2.55 resistência à flexão estática: Resistência que um corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada, apoiado
em seus extremos, oferece quando sujeito a uma força aplicada em seu centro até a sua ruptura.

2.56 resistência à tração paralela: Resistência de um corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada, quando
este é submetido a uma força de tração aplicada paralelamente à sua superfície, no sentido do comprimento do corpo-de-
prova, até a ruptura.
Cópia não autorizada
4 NBR 14810-1:2002

2.57 resistência à tração perpendicular: Resistência que um corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada
oferece, quando este é submetido a uma força de tração aplicada perpendicularmente à sua superfície, no sentido do
comprimento do corpo-de-prova, até a ruptura.
2.58 resistência ao arrancamento de parafuso na superfície: Resistência que um corpo-de-prova de madeira
aglomerada com espessura total mínima de 14 mm oferece, quando sujeito ao arrancamento por uma força de tração de
um parafuso.

2.59 resistência ao arrancamento de parafuso: Propriedade que avalia a resistência ao arrancamento de parafuso das
superfícies ou topos de uma chapa de madeira aglomerada.

2.60 resistência ao arrancamento de parafuso no topo: Resistência que um corpo-de-prova de madeira aglomerada
com espessura total mínima de 14 mm oferece, quando sujeito ao arrancamento por força de tração de um parafuso fixado
perpendicularmente à sua superfície.

2.61 resistência superficial: Resistência que um corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada oferece, quando
submetido a uma força de tração aplicada perpendicularmente ao plano de sua face, para promover o arranque de
determinada área da camada superficial.

2.62 retilinidade: Propriedade dimensional das chapas de madeira aglomerada, caracterizada pela retidão com que se
apresentam suas bordas longitudinais e transversais.

2.63 teor de formaldeído: Quantidade de gás formaldeído extraído de uma amostra de madeira aglomerada, dada em
miligramas de formaldeído por 100 g de amostra seca.

2.64 teor de umidade: Porcentagem de água desprendida do corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada,
quando este é submetido a uma temperatura de (103 ± 2)°C, até a massa tornar-se constante. A percentagem é tomada
em relação à base seca.

2.65 ensaios de avaliação: Ensaios realizados com objetivo de avaliar as tendências dos resultados de qualidade
tecnológica das chapas de madeira aglomerada.

2.66 volume: Produto resultante da multiplicação do comprimento, largura e espessura de um corpo.

________________

Você também pode gostar