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Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.
A NBR 14810 está dividida em três partes, sob o título geral “Chapas de madeira aglomerada”:
- Parte 1: Terminologia;
- Parte 2: Requisitos;
Esta parte da NBR 14810 define os termos usualmente empregados na fabricação, comercialização, execução de ensaios
e utilização de chapas de madeira aglomerada e seus derivados.
2 Definições
2.6 carga concentrada: Força aplicada em um único ponto da superfície de uma chapa de madeira aglomerada.
2.7 carga uniforme: Força uniformemente distribuída através da superfície de uma chapa de madeira aglomerada.
2.8 chapa de madeira aglomerada; chapa de partículas de madeira: Produto em forma de painel, variando de 3 mm a
50 mm de espessura, constituído por partículas de madeira aglomeradas com resinas naturais ou sintéticas‚ termofixas,
sob a ação de pressão e calor. A geometria das partículas e sua homogeneidade, os tipos de adesivos, a densidade e os
processos de fabricação podem ser modificados para produzir produtos adequados aos usos finais específicos. Durante o
processo de fabricação, podem ainda ser incorporados aditivos para prover painéis de características especiais.
2.9 chapa de madeira aglomerada com prensagem perpendicular à face: Produto resultante da manufatura por
prensagem de uma massa de partículas de madeira impregnadas com um adesivo, entre pratos paralelos em prensa de
pratos ou prensa contínua a quente.
2.10 chapa de madeira aglomerada de média densidade: Chapas com densidade entre 551 kg/m3 e 750 kg/m 3.
2.11 chapa de madeira aglomerada de três camadas: Chapas de madeira aglomerada constituídas por duas camadas
superficiais (externas) de partículas com geometria fina e uma camada intermediária (interna) de partículas com geometria
mais grossa.
2.12 chapa de madeira aglomerada estrutural: Chapa de madeira aglomerada de alta resistência mecânica, adequada
para uso em estruturas que irão suportar cargas.
2.13 chapa de madeira aglomerada exterior: Chapa de madeira aglomerada para uso exterior, usualmente fabricada
com resinas fenólicas, que lhe conferem características para uso externo, principalmente maior resistência à água.
2.14 chapa de madeira aglomerada homogênea: Chapa de madeira aglomerada composta por uma única camada de
partículas de madeira.
2.15 chapa de madeira aglomerada de multicamadas: Chapa de madeira aglomerada composta por multicamadas de
partículas de madeira, com geometria mais fina nas camadas das faces e mais grossa no centro, variando gradativamente
ao longo da espessura da chapa.
2.16 chapa de madeira aglomerada resistente à umidade: Chapa de madeira aglomerada que recebe a incorporação de
aditivos para prover a chapa com características de resistência à umidade.
2.17 chapa de madeira aglomerada resistente ao fogo: Chapa de madeira aglomerada que recebe a incorporação de
aditivos para prover a chapa com características de resistência ao fogo.
2.18 chapa de madeira aglomerada revestida: Chapa de madeira aglomerada que recebe acabamento superficial, tal
como papéis, laminados plásticos de alta ou baixa pressão, filmes plásticos, lâminas de madeira, chapas duras de fibra de
madeira e pintura.
2.19 colchão de partículas: Conjunto de partículas de madeira com cola, depositadas em camadas, que após serem
submetidas a operação de prensagem se consolidam na forma de uma chapa de madeira aglomerada. Também conhecido
por "massa de partículas" ou "bolo de partículas".
2.20 compressão longitudinal: Medida da resistência à ruptura de um corpo-de-prova de uma chapa de madeira
aglomerada, quando submetido a uma carga paralela em seu sentido longitudinal.
2.21 contraface: Superfície secundária de uma chapa de madeira aglomerada em relação à sua utilização.
2.22 cura a quente: Processo de endurecimento de resinas ou adesivos que curam a temperaturas elevadas (termofixas),
formando ligações rígidas que não são rompidas pela exposição ao calor.
2.23 cura: Alteração físico-química apresentada pelo endurecimento das resinas ou adesivos.
2.24 deflexão: Flecha apresentada por uma chapa de madeira aglomerada apoiada entre suportes, quando submetida a
uma carga aplicada em um ou mais pontos de sua superfície.
2.25 densidade: Característica representada pelo quociente da relação entre a massa e o volume de um corpo, a
determinado teor de umidade.
2.26 dimensão: Medição nominal superficial das chapas de madeira aglomerada, compreendida pela largura e pelo
comprimento.
2.27 dureza Janka: Resistência que a chapa de madeira aglomerada oferece ao esforço exercido para a penetração da
metade de uma esfera de 11,3 mm de diâmetro.
2.28 emissão de formaldeído: Desprendimento do formol não reagido em uma chapa de madeira aglomerada, na forma
de gás.
2.29 empenamento: Deformação permanente em relação à planicidade, apresentada por uma chapa de madeira
aglomerada.
2.30 ensaios de avaliação: Ensaios realizados com o objetivo de avaliar as tendências dos resultados de qualidade
tecnológica das chapas de madeira aglomerada.
2.31 espessura: Distância entre os pontos extremos das superfícies de uma chapa de madeira aglomerada.
Cópia não autorizada
NBR 14810-1:2002 3
2.32 esquadro: Propriedade dimensional das chapas de madeira aglomerada, caracterizada pelo fato das bordas
longitudinais e transversais se cruzarem perpendicularmente (em ângulo de 90°), proporcionando às chapas um formato
de quadrado ou retângulo.
2.33 estabilidade dimensional: Grau de variação de dimensões que a chapa de madeira aglomerada apresenta quando
exposta à variação das condições de temperatura e umidade.
2.34 expansão linear: Variação dimensional longitudinal de um corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada,
expressa em porcentagem, quando este é submetido à uma variação de teor de umidade.
2.35 extração perforator: Extração do formaldeído livre de um corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada,
através da utilização de tolueno.
2.36 Face: Superfície principal de uma chapa de madeira aglomerada em relação ao seu uso. Quando ambas as
superfícies são de mesma qualidade, ambas são descritas como face.
2.37 fenol formaldeído: Resina termoendurecível resistente à água, comumente usada para colar compensados de
coníferas, chapas de partículas orientadas, chapas de partículas de madeira para uso exterior, entre outros.
2.38 formaldeído: Composto orgânico reativo (CH2O), utilizado na fabricação de resinas para a confecção de chapas de
madeira aglomerada.
2.39 geometria de partículas: Tamanho e forma das partículas de madeira em uma chapa de madeira aglomerada.
2.40 gradiente vertical de densidade: Variação da densidade de um corpo-de-prova de uma chapa de madeira
aglomerada, medida ao longo de sua espessura.
2.41 grana de lixa: Classificação do material abrasivo de uma lixa, identificada numericamente. Quanto mais alta a
classificação, menor a granulometria da lixa, sendo melhor o nível de acabamento proporcionado nas superfícies das
chapas de madeira aglomerada.
2.42 inchamento: Variação percentual de aumento em espessura que um corpo-de-prova de uma chapa de madeira
aglomerada apresenta, após ficar imerso pelo tempo de 2 h ± 3 min e/ou 24 h ± 3 min em água à temperatura de
(20 ± 3)°C.
2.43 inspeção por variáveis: Inspeção segundo a qual uma característica da qualidade em uma unidade do produto é
medida numa escala contínua, tal como quilogramas, metros e metros por segundo, e nesta condição anotada.
2.45 máquina universal de ensaios: Equipamento destinado à realização de ensaios mecânicos, visando especialmente
aplicação em controle de qualidade industrial sobre materiais.
2.46 módulo de elasticidade aparente: Constante elástica que expressa a rigidez de um corpo-de-prova de uma chapa
de madeira aglomerada, determinada durante o regime elástico, onde não há alteração das suas características originais.
2.47 órgão de certificação: Laboratório de ensaios independente, autorizado a monitorar ensaios e programas de
avaliação, de modo a assegurar conformidade com as normas aplicáveis ao produto.
2.48 partículas: Pequenos pedaços de madeira que constituem-se nos elementos básicos na formação e uma chapa de
madeira aglomerada.
2.49 perfil de densidade: Gradiente que determina o perfil de densidade de um corpo-de-prova de uma chapa de madeira
aglomerada, através da determinação parcial de densidade de suas camadas, classificando a chapa de madeira
aglomerada quanto ao seu grau de densidade final.
2.50 polimerização: Cura de uma resina durante a prensagem em um processo de fabricação de chapas de madeira
aglomerada. Também conhecida como "cura da resina".
2.51 pré-cura: Processo de cura de uma resina, ocorrida antes do processo de prensagem de uma chapa de madeira
aglomerada.
2.52 prensagem a quente: Processo de prensagem de um colchão de partículas de madeira, para compactar e solidificar
a estrutura através da aplicação simultânea de calor e pressão.
2.53 resistência à abrasão: Propriedade que implica a resistência da superfície de uma chapa de madeira aglomerada
revestida, em ser desgastada devido à ação de fricção ou atrito.
2.54 resistência à compressão longitudinal: Propriedade que mede a resistência à ruptura de um corpo-de-prova de
uma chapa de madeira aglomerada, quando submetido a uma carga paralela em seu sentido longitudinal.
2.55 resistência à flexão estática: Resistência que um corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada, apoiado
em seus extremos, oferece quando sujeito a uma força aplicada em seu centro até a sua ruptura.
2.56 resistência à tração paralela: Resistência de um corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada, quando
este é submetido a uma força de tração aplicada paralelamente à sua superfície, no sentido do comprimento do corpo-de-
prova, até a ruptura.
Cópia não autorizada
4 NBR 14810-1:2002
2.57 resistência à tração perpendicular: Resistência que um corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada
oferece, quando este é submetido a uma força de tração aplicada perpendicularmente à sua superfície, no sentido do
comprimento do corpo-de-prova, até a ruptura.
2.58 resistência ao arrancamento de parafuso na superfície: Resistência que um corpo-de-prova de madeira
aglomerada com espessura total mínima de 14 mm oferece, quando sujeito ao arrancamento por uma força de tração de
um parafuso.
2.59 resistência ao arrancamento de parafuso: Propriedade que avalia a resistência ao arrancamento de parafuso das
superfícies ou topos de uma chapa de madeira aglomerada.
2.60 resistência ao arrancamento de parafuso no topo: Resistência que um corpo-de-prova de madeira aglomerada
com espessura total mínima de 14 mm oferece, quando sujeito ao arrancamento por força de tração de um parafuso fixado
perpendicularmente à sua superfície.
2.61 resistência superficial: Resistência que um corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada oferece, quando
submetido a uma força de tração aplicada perpendicularmente ao plano de sua face, para promover o arranque de
determinada área da camada superficial.
2.62 retilinidade: Propriedade dimensional das chapas de madeira aglomerada, caracterizada pela retidão com que se
apresentam suas bordas longitudinais e transversais.
2.63 teor de formaldeído: Quantidade de gás formaldeído extraído de uma amostra de madeira aglomerada, dada em
miligramas de formaldeído por 100 g de amostra seca.
2.64 teor de umidade: Porcentagem de água desprendida do corpo-de-prova de uma chapa de madeira aglomerada,
quando este é submetido a uma temperatura de (103 ± 2)°C, até a massa tornar-se constante. A percentagem é tomada
em relação à base seca.
2.65 ensaios de avaliação: Ensaios realizados com objetivo de avaliar as tendências dos resultados de qualidade
tecnológica das chapas de madeira aglomerada.
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