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Pavimentos Rígidos e Pisos

Industriais de Concreto
Prof. Eng. Robson Luiz Gaiofatto, D.Sc.
2018

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Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto

• Objetivo: Capacitação técnica na área de pavimentos rígidos e pisos


industriais de concreto. Os participantes ao final do curso estarão
aptos a interpretar projetos, especificar, executar, controlar e receber
os pavimentos rígidos destinados à construção de rodovias,
aeroportos e túneis, bem como, a construção de pisos industriais de
concreto. Também será abordada na capacitação os pisos industriais
de alta resistência.

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Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto
• Programa:
• Parte I:
• Definições de Pavimento rígido
• Tipos de uso
• Vantagens e desvantagens
• Durabilidade
• Manutenção
• Tipos de carregamento
• Concentradas, por eixos, distribuídas
• Móveis e estáticas
• Concreto simples, armado e protendido
• Concreto
• Armação
• Materiais de suporte:
• Base, sub base e subleito
• Tipos de solos: rochosos, arenosos e argilosos
• Dimensionamento dos pavimentos:
• Juntas

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Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto
• Parte II:
• Execução do piso
• Etapas de controle
• Equipamentos
• Concretagem
• Especificação
• Controle do recebimento
• Cuidados de execução/lançamento/adensamento
• Cuidados de acabamento
• Cuidados de cura
• Revestimentos finais
• Liberação para uso

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Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto
• Programa:
• Parte I:
• Definições de Pavimento rígido
• Tipos de uso
• Vantagens e desvantagens
• Durabilidade
• Manutenção
• Tipos de carregamento
• Concentradas, por eixos, distribuídas
• Móveis e estáticas
• Concreto simples, armado e protendido
• Concreto
• Armação
• Materiais de suporte:
• Base, sub base e subleito
• Tipos de solos: rochosos, arenosos e argilosos
• Dimensionamento dos pavimentos:
• Juntas

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Pavimentos de Concreto

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Pavimentos de Concreto

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Pavimentos de Concreto

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Pavimento de Concreto
• Vantagens:
• Não promove aquaplanagem;
• Melhor visibilidade por reflexão;
• Economia de energia elétrica;
• Grande durabilidade com pouca manutenção;
• Não sofre deformação plástica, buracos;
• Menor distância de frenagem;
• Economia de combustíveis;
• Menor absorção de calor;
• Conforto de rolamento;
• Custo de construção competitivo;
• Execução por modernas técnicas;
• Vantagens ambientais do concreto.
• Desvantagens:
• Custo imediato

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Pavimentos de Concreto

Fonte: Folheto Estradas de


Concreto

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Pavimentos de Concreto

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Pavimentos de Concreto

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Pavimentos de Concreto

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Pavimentos de Concreto

• Manutenção regular:
• Limpeza
• Drenagem
• Reparos localizados
• Inspeção

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Pavimentos de concreto

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Pavimento de concreto

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Pavimento de concreto

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Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto
• Programa:
• Parte I:
• Definições de Pavimento rígido
• Tipos de uso
• Vantagens e desvantagens
• Durabilidade
• Manutenção
• Tipos de carregamento
• Concentradas, por eixos, distribuídas
• Móveis e estáticas
• Concreto armado e protendido
• Concreto
• Armação
• Materiais de suporte:
• Base, sub base e subleito
• Tipos de solos: rochosos, arenosos e argilosos
• Dimensionamento dos pavimentos:
• Juntas

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Tipos de carregamentos
• Cargas distribuídas (Estáticas):
• Depósitos, estocagem de materiais a granel ou palets, grandes equipamentos
• Cargas concentradas (Estáticas):
• Prateleiras, bases de equipamentos estáticos, etc.
• Cargas concentradas (Dinâmicas):
• Bases de equipamentos com motores
• Cargas por eixos (Dinâmicas):
• Empilhadeiras (rodas duras e macias), veículos
• Cargas térmicas (Dinâmicas):
• Ambientais:
• Ciclos diários, periódicos, anuais...
• Equipamentos
• Cargas trem tipo:
• Caminhões, aviões, veículos pesados em geral.

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Carregamentos

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Carregamentos
• Carregamentos muito variados:
• Pisos industriais:
• Geralmente cargas elevadas, distribuídas entre 30 e 100 kN/m2;
• Cargas de eixos para empilhadeiras, em geral valores muito altos – conforme
equipamento;
• Cargas pontuais – prateleiras ou estantes
• Neste tipo de carregamento deve ser considerada uma sapata compatível a equilibrar as
tensões ocasionadas pela punção;
• Pisos rodoviários:
• Conforme tipo de via
• Considerar possibilidade de carregamento conforme disponibilidade de acesso
• Considerar cargas previstas na NBR 7188/13 – possibilidade de ação de veículos definidos
como trem-tipo.

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Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto
• Programa:
• Parte I:
• Definições de Pavimento rígido
• Tipos de uso
• Vantagens e desvantagens
• Durabilidade
• Manutenção
• Tipos de carregamento
• Concentradas, por eixos, distribuídas
• Móveis e estáticas
• Concreto simples, armado e protendido
• Concreto
• Armação
• Materiais de suporte:
• Base, sub base e subleito
• Tipos de solos: rochosos, arenosos e argilosos
• Dimensionamento dos pavimentos:
• Juntas

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Tipos de Concreto
• Concreto Simples:
• Armadura inferior à mínima exigida pela NBR 6118/14
• Armadura para combate de retração e esforços de origem térmica
• Esforços equilibrados pelo concreto
• Armadura de transferência
• Juntas
• Concreto Armado:
• Armadura passiva suficiente para equilibrar as trações, inclusive às de origem térmica
• Armaduras de transferência
• Juntas
• Concreto Protendido:
• Poucas juntas
• Equilíbrio das tensões de origem térmica
• Concreto comprimido para equilibras todas as tensões
• Características gerais:
• Concretos com resistência à compressão superior ao 30 MPa;
• Concretos com boa resistência à tração (geralmente acima de 4 MPa);
• Concretos com menor permeabilidade possível;
• Concretos de fácil adensamento (boa trabalhabilidade) para obtenção de bom acabamento superficial.

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Materiais para concreto
• Cimento portland (I, II, III, IV ou V)
• Agregado graúdo
• Agregado miúdo
• Água potável
• Aditivo redutor de água (plastificante ou superplastificante)
• Adições minerais ativas (Sílica ativa)
• Fibras sintéticas ou metálicas
• Dosagem racional adequada e cuidadosa
• Função dos materiais
• Clima de concretagem
• Redução da exsudação
• Redução da permeabilidade
• Resistência à abrasão
• Equipamento de concretagem
• Equipamento de acabamento
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Materiais para concreto: Agregado miúdo (natural ou artificial)
• Deve atender à ABNT NBR 7211:
• Torrões de argila <=1,5% (ABNT NBR 7218)
• Material pulverulento <= 3%, admitindo-se até 5 % quando se tratar
de areia artificial (ABNT NBR NM 46)
• Materiais carbonosos <= 1% (ASTM C 123)
• Impurezas orgânicas < 300 p.p.m. (ABNT NBR NM 49).
• Caso não se atenda a esse requisito, realizar o ensaio de qualidade de
agregado miúdo. (ABNT NBR 7221)
• Granulometria (ABNT NBR NM 248)

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Materiais para concreto: Agregado graúdo (pedra britada ou seixo)

• Deve atender à ABNT NBR 7211:


• Torrões de argila <= 2% (ABNT NBR 7218)
• Material pulverulento <= 1% (ABNT NBR NM 46)
• Materiais carbonosos <= 1% (ASTM C 123)
• Abrasão “Los Angeles” <= 50% (ABNT NBR NM 51)
• Índice de forma dos grãos <= 3 (ABNT NBR 7809)
• Granulometria - limites (ABNT NBR NM 248)
• Dimensão máxima entre 1/4 e 1/5 da espessura da placa e inferior a
50 mm

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Materiais para concreto: Água

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Materiais para concreto: Aditivos e Fibras
• Aditivos Químicos:
• Superplastificantes:
• Permitem a redução da água sem perda de trabalhabilidade;
• Pela redução da água geram ganho de resistências mecânicas, menor porosidade e maior
durabilidade;
• Cristalizantes:
• Formam cristais na grande maioria dos poros do concreto, evitando infiltrações, tanto de
água como de outros agentes agressivos.
• Aditivos Minerais:
• Sílica Ativa (associada à nano sílica) / Metacaulim / Escória de Alto Forno / Pozolanas:
• Reduzem vazios;
• Elevam resistências mecânicas;
• Elevam resistência a ataques químicos;
• Fibras (sintéticas ou metálicas):
• Função fundamental de costurar microfissuras, evitando a propagação das mesmas,
garantindo durabilidade;
• Na hipótese de ocorrência que ocasione fissuras, as fibras garantem a distribuição
destas tensões ocasionando o surgimento de várias fissuras de pequena abertura;
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Materiais para concreto armado: Aço

• Aço CA-50 ou CA-60: Atender à NBR 7480/07


• Tela soldada (Aço CA-60): Atender NBR 7481/90
• Fios e barras (Aço CP-175/190/210): Conforme NBR 7482/08
• Cordoalhas (Aço CP-190/210): Atender NBR 7483/08

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Detalhe das telas soldadas

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Detalhe das telas soldadas

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Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto
• Programa:
• Parte I:
• Definições de Pavimento rígido
• Tipos de uso
• Vantagens e desvantagens
• Durabilidade
• Manutenção
• Tipos de carregamento
• Concentradas, por eixos, distribuídas
• Móveis e estáticas
• Concreto simples, armado e protendido
• Concreto
• Armação
• Materiais de suporte:
• Base, sub base e subleito
• Tipos de solos: rochosos, arenosos e argilosos
• Dimensionamento dos pavimentos:
• Juntas

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Fundações – Bases - Conceituação
• O piso em concreto é composto por placas de concreto que se apoiam sobre o solo,
necessitando de uma capacidade de suporte como qualquer fundação;
• O objetivo do piso é a transmissão das cargas de forma distribuída ao solo, viabilizando a
sustentação das cargas pelo solo inferior;
• A diferença para as construções convencionais é que, sendo muito superficial a
transferência de esforços, o material de apoio é preparado para esta função;
• Enquanto no piso rodoviário só ocorrem cargas móveis, no pavimento industrial muitas
vezes as cargas estáticas são determinantes no dimensionamento;
• Portanto o estudo do solo para pavimentos industriais torna-se uma disciplina que deve
considerar conceitos da engenharia de fundações e da engenharia rodoviária. Por
exemplo, a existência de solos moles a determinada profundidade não é aceitável em
fundações convencionais, mas pode ser desprezível para pavimentos urbanos e pode ou
não, dependendo da magnitude dos carregamentos e propriedades dessa camada, ser
aceita para pavimentos industriais.
• Assim sendo, no dimensionamento dos pavimentos industriais, necessitamos da mesma
forma que nas rodovias, ter o conhecimento da camada superficial do solo, obtido
através de seus índices físicos (CBR) e do coeficiente de recalque (k) ou módulo resiliente
(Mr), bem como do conhecimento das camadas mais profundas, obtidas na sua forma
mais elementar pelas sondagens (SPT). 33
Fundações – Bases - Conceituação
• A primeira consideração que deve ser feita para desenvolver o projeto de
um pavimento industrial, refere-se ao nível de informações geotécnicas
disponíveis. Estas, por sua vez, devem ser de tal magnitude que propiciem
ao projetista o nível de segurança necessário para que o projeto atinja uma
relação ótima entre custo e durabilidade.
• Os solos são constituídos por um conjunto de partículas que retém ar e
água nos espaços intermediários; essas partículas são livres para
movimentarem-se entre si com algumas exceções;
• Essa característica faz com que o estudo do solo não possa ser feito com
base nos conceitos da teoria dos sólidos, base para o desenvolvimento da
teoria das estruturas, o que dificulta em muito a criação de modelos
teóricos que predigam o seu comportamento.
• Solos são materiais muito heterogêneos, que merecem cuidados
consistentes para que não venham a gerar surpresas.
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Análise dos solos de sub leito
• De forma geral, sob a placa de concreto temos duas camadas fundamentais:
• Sub base
• Sub leito (em muitos casos pode ser o próprio terreno existente);
• Obs.: Em alguns casos o sub leito e a sub base podem ser eliminados, dependendo do tipo
de solo existente.
• Ensaios fundamentais:
• Caracterização do solo (incluindo granulometria)
• CBR
• SPT;
• Classificação dos solos – conforme Milton Vargas, 1977:
• A – Solos grossos: mais do que 50% retido na peneira # 200 (0,074 mm);
• B – Solos Finos: menos que 50% retido na peneira # 200;
• C – Turfas: Solos fibrosos, em sua maioria matéria carbonosa. Combustíveis quando secos.
• Solos Grossos:
• Classe A: Pedregulhos, mais que 50% retido na Tyler #4;
• Classe B: Areias, mais que 50% passa na #4.

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Análise dos solos de sub-leito
• Para os materiais grossos outra classificação:
• Grupo 1: Bem graduados, com pouco ou sem finos, Solos grossos. No máximo 10% passante na peneira 200.
• Grupo 2: Misturas mal graduadas de pedregulhos ou areias sem finos. No máximo 10% passam na peneira 200. Incluem areia e
pedregulho uniforme.
• Grupo 3: Materiais bem graduados e com bom ligante. Mais de 10% passam na peneira 200. Considerado bom com IP <= 8;
• Grupo 4: Misturas mal graduadas de pedregulho ou areia com siltes e argilas. Com IP superior a 8.
• Para os materiais finos:
• Pouco compressíveis: LL <= 50
• Muito compressíveis: LL >= 50
• Ambas as classes:
• Grupo 1: Solos siltosos
• Grupo 2: Areias ou siltes orgânicos
• Grupo 3: Argilas orgânicas
• Classificação conforme a escala ABNT:
• - matacão: de 25 cm a 1 m
• - pedra: de 7,6 cm a 25 cm
• - pedregulho: de 4,8 mm a 7,6 cm
• - areia grossa: de 2,0 mm a 4,8 mm
• - areia média: de 0,42 mm a 2,0 mm
• - areia fina: de 0,05 mm a 0,42 mm
• - silte: de 0,005 mm a 0,05 mm
• - argila: inferior a 0,005 mm
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Classificação dos solos

37
Classificação dos solos

38
Classificação dos solos

39
CBR ou ISC

40
Sondagem SPT
Para N entre 5 e 20 é aceitável afirmar que a tem-
São resistente do solo seja dada por 20 N (kPa).
Adotar coeficientes de segurança entre 2 e 3.

K = coeficiente de recalque (MPa/m)


Para valores de N abaixo de 5 ou cargas acima de
Relação k x CBR

100 kN/m2 utilizar outros ensaios, como:


Ensaios de placa
Dilatômetro de Marchetti (DMT)
Cone – CPT
Piezocone

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Determinação da sub-base
• Definição:
• As sub bases são elementos estruturais intermediários entre as placas de concreto e
o subleito, sendo este formado pelo terreno natural ou por solo trocado,
devidamente compactado, e são de importância primordial ao desempenho do piso.
• A importância da sub-base é fácil de compreender quando se imagina o sistema
estrutural de uma placa de concreto (Ec = 28000 MPa), apoiada sobre um solo
mediano (ES = 80 MPa): a relação entre os módulos acaba sendo muito elevada, pois
o módulo de deformação da placa acaba sendo centenas de vezes mais alta do que o
do solo. Se entre os dois materiais é colocada uma camada de, por exemplo, brita
graduada (ESB = 300 MPa), a relação Ec/ESB passa a ser aproximadamente 100 e
entre ESB/ES próxima a 3.
• A rigidez das diversas camadas não é função apenas do módulo de elasticidade
delas, mas também da espessura, parecendo razoável que quando introduzimos uma
camada de rigidez intermediária entre a placa e o solo o sistema passa a ser mais
harmônico, controlando principalmente os deslocamentos verticais.
• Muitos problemas em pavimentos ocorrem pela ausência de sub-base, devido,
principalmente ao bombeamento, que é a perda de material fino da camada de
suporte, expelido junto com água pela junta.
• Excetuando-se os casos muito particulares em que ocorra a concomitância entre
baixas solicitações de cargas, subleito homogêneo, com boa capacidade de suporte,
com ausência de material fino plástico e clima seco, é fundamental a presença da
sub-base para se obter um produto final de qualidade. 42
Determinação da sub-base

• Funções da sub-base:
• Eliminar a possibilidade de bombeamento de solos finos plásticos:
• Evitar variações excessivas do material do sub leito;
• Uniformizar o comportamento mecânico da fundação ao longo do piso;
• Incremento na transferência de cargas nas juntas;
• Auxílio à drenagem sub-superficial.
• Tipos de sub bases:
• Granular (granulometria fechada ou aberta)
• Tratada com cimento
• Solo-cimento;
• Brita graduada com cimento;
• Concreto rolado. 43
Determinação da sub-base
• Granular:
• Granulometria aberta: Permite rápido
escoamento de água – Faixa A.
• Granulometria fechada: Faixa B,
menos permeável e bom
comportamento em áreas cobertas;
• Tratada com cimento:

44
Valores de k no topo da sub-base

45
Relação entre o tipo de solo natural e sua
Valores de k no topo da sub-base

capacidade de suporte.

Tipo de solo Res. CBR k


Sub (%) (MPa/
leito m)
Siltes e argilas de alta baixa <2 15
compressibilidade
Siltes e argilas compactados Média 3 25
Areias de graduação pobre
Siltes e argilas arenosas
Solos granulares, livres de Alta 10 55
plásticos finos, bem graduado e
misturas de areia-pedregulho

46
Dimensionamento de pavimentos rodoviários

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Exemplo de determinação de sub-base
• Considerando a implantação de um piso em concreto sobre um
terreno com CBR = 5%, determine uma sub-base que permita um
acréscimo de 100% no coeficiente de recalque k.
• Solução:
• Para os dados, k no sub leito = 38 MPa/m
• Objetivo = 38 x 2 = 76 MPa/m
• Sub base granular = espessura = 60 cm
• Sub base tratada com cimento = espessura = 12 cm
• Sub base com solo cimento = espessura = muito menor que 10 cm
• Considerar previsão de perdas no coeficiente conforme tabelas do slide 46

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Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto
• Programa:
• Parte I:
• Definições de Pavimento rígido
• Tipos de uso
• Vantagens e desvantagens
• Durabilidade
• Manutenção
• Tipos de carregamento
• Concentradas, por eixos, distribuídas
• Móveis e estáticas
• Concreto simples, armado e protendido
• Concreto
• Armação
• Materiais de suporte:
• Base, sub base e subleito
• Tipos de solos: rochosos, arenosos e argilosos
• Dimensionamento dos pavimentos:
• Juntas

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Dimensionamento dos pavimentos de concreto
• Concreto Simples: Esforços suportados pelo concreto
• Concreto Armado: Esforços suportados pelo concreto e aço passivo
• Concreto Protendido: Esforços suportados pelo concreto e aço ativo
• No dimensionamento dos pisos de concreto a resistência do concreto tem
uma grande importância, uma vez que o principal parâmetro é a resistência
à tração na flexão, geralmente medida pelo Módulo de Ruptura que guarda
forte relação com a resistência à compressão (exceto na protensão*).

Resistência à compressão Módulo de Ruptura


30 MPa 4,3 MPa
35 MPa 4,7 MPa
Equação de Bucher e Rodrigues
40 MPa 5,1 MPa
50 MPa 5,9 MPa Fct,M = 0,56 fcj**0,6
60 MPa 6,5 MPa
50
Dimensionamento dos pavimentos de concreto
• Influência dos agregados:
• A forma, textura e natureza mineralógica dos agregados afeta diretamente o módulo
de Ruptura. A forma deve se afastar da esférica para se obter maior resistência.
• O módulo de ruptura é obtido em corpos de prova prismáticos conforme a NBR
12142/10
• A correlação de Buscher e Rodrigues foi obtida com agregado graúdo britado
(granito) e areia de quartzo.
• Resistência ao desgaste (abrasão): função da resistência do concreto. O
PCA recomenda que os concretos de piso tenham no mínimo 30 MPa.
• A exsudação é fundamental na garantia da resistência ao desgaste. A sua ocorrência
compromete integralmente a resistência superficial do pavimento.
• A exsudação também é função do adensamento e dos processos de acabamento do
pavimento.
• Retração e expansão do concreto: Função direta do fator a/c
• Para 100 kg de cimento são necessários 24 kg de água quimicamente combinada
(variável), sendo cerca de 12 a 18 kg são adsorvidos pelos silicatos de cálcio.
• Retração é responsável por fissuras, uma vez que o concreto em ambiente com 50%
de umidade relativa retrai cerca de 0,6 a 0,8 %, ou seja, de 6 a 8 mm em cada 10 m. 51
Retração e expansão do concreto
• Fases da Retração:
• As retrações que ocorrem no concreto antes do seu endurecimento
podem ser divididas em quatro fases (Wanj et al, 2001):
• Primeira fase - assentamento plástico: ocorre antes da evaporação da água do concreto;
• quando do lançamento, o espaço entre as partículas sólidas estão preenchidas com água; assim que essas
partículas sólidas assentam, existe a tendência da água subir para a superfície formando um filme e
esse fenômeno é conhecido por exsudação. Neste estágio a mudança de volume do concreto é
muito pequena.
• Segunda fase - retração plástica primária ou retração por exsudação:
• é a fissura plástica clássica. A água superficial começa a evaporar-se por razões climáticas - calor,
vento, insolação - e quando a taxa de evaporação excede a da exsudação, o concreto começa a
contrair-se. Este tipo de retração ocorre antes e durante a pega e é atribuída às pressões que
desenvolvem nos poros capilares do concreto durante a evaporação.
• Terceira Fase - Retração Autógena:
• neste caso,quando a hidratação do cimento se desenvolve, os produtos formados envolvem os
agregados mantendo-os unidos; nessa fase, a importância da capilaridade decresce e o
assentamento plástico e a retração plástica primaria decrescem, tomando seu lugar a retração
autógena, que quando o concreto está ainda no estado plástico é pequena, ocorrendo quase que
totalmente após a pega do concreto. No passado essa parcela da retração era praticamente
desprezada, mas hoje, principalmente com o emprego de baixas relações água/cimento, a retração
autógena ganhou destaque importante.
• Quarta fase - retração plástica secundária: ocorre durante o início do endurecimento do
concreto.
• Assim que o concreto começa ganhar resistência, a retração plástica tende a desaparecer. As
combinações mais comuns de ocorrência da retração plástica são as três primeiras fases:
assentamento plástico, retração por exsudação e a retração química (autógena).

52
Recomendações para escolha do concreto
• Consumo de cimento: Tipo Uso Resist. Teor de Tipos de
Mínima cimento acabamen
• Dimensão máxima do agregado: (MPa) (kg/m3) to
1 Pedestres 20 280 Leve
• Abatimento (slump): 7 a 10 cm
2 Industrial geral 30 330 Placa
• Resistência: estrutural
• Não reduz espessura de forma 3 Idem com abrasão 25 300 Revestime
significativa. ou químico nto
• Garante durabilidade 4 Industrial pesado 40 400 Placa
resistente
Dim. Máxima agreg Teor de finos 5 Abrasão severa ou 30 300 Revestime
32 280 impacto. Química nto
15 300 especial

19 320
12,5 350
53
Dimensionamento de pisos industriais
Cargas móveis
• Placas dimensionadas com esforços suportados pelo concreto;
• Veículo mais comum = empilhadeira
• Frequência e carga por eixo geralmente supera a carga de caminhões
• Empilhadeira geralmente tem 2 eixos de rodagem simples ou dupla
• Eixo traseiro é direcional
• Eixo frontal tem a totalidade da carga
• Pequena distância entre as rodas do eixo carregado
• Para veículos de roda rígida adotar pressão de 1,75 MPa nos pneus.
• Dimensionamento com base nos seguintes parâmetros:
• Carga do eixo carregado;
• Frequência das cargas;
• Tipo de rodagem: Simples ou dupla;
• Distância entre rodas, s e sd (m);
• Pressão dos pneus, q, em MPa;
• Módulo de Ruptura do concreto (resistência à tração na flexão) – MPa;
• Coeficiente de Recalque da fundação, k, em MPa/m;
• Coeficiente de segurança, FS.

54
Dimensionamento concreto simples
Cargas móveis

Fórmulas de Meyerhof, 1962

55
Dimensionamento concreto simples
Cargas móveis

56
Dimensionamento de placas de concreto simples

57
Dimensionamento de placas de concreto simples

Obs.1:
Dimensionamento para concretos
com outros valores de resistência
utilizar procedimentos da teoria da
flexão para concreto armado.

Obs.2:
Para situações de não armação,
Atender aos critérios do capítulo
24 da NBR 6118/14 – Concreto simples

58
Tabelas de telas soldadas – aço CA-60

59
Dimensionamento de placas de concreto simples

60
Dimensionamento de pisos em concreto armado

61
Dimensionamento de pisos em concreto armado

62
Dimensionamento de pisos para
cargas distribuídas

63
Dimensionamento de piso para
carga de montante

64
Exemplo de verificação de um
piso industrial

Ver tabela do slide 56

65
Dimensionamento de pavimentos rodoviários

66
Dimensionamento de pavimentos rodoviários

Ver fig. 3 nos slides 65 e 66

67
Dimensionamento de pavimentos rodoviários

Carta de influência 2
68
Dimensionamento de pavimentos rodoviários

Carta de influência 2
69
Dimensionamento de pavimentos rodoviários
Carta de influência 6

70
Variações térmicas nas Placas

71
Dimensionamento de pavimentos rodoviários

Tabela de dimensionamento do concreto


pela teoria da flexão, conforme NBR 6118/14

72
Aplicação – pavimento rodoviário

73
74
75
76
Aplicação – Piso industrial

77
78
79
Dimensionamento de pisos - bibliografia

80
Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto
• Programa:
• Parte I:
• Definições de Pavimento rígido
• Tipos de uso
• Vantagens e desvantagens
• Durabilidade
• Manutenção
• Tipos de carregamento
• Concentradas, por eixos, distribuídas
• Móveis e estáticas
• Concreto simples, armado e protendido
• Concreto
• Armação
• Materiais de suporte:
• Base, sub base e subleito
• Tipos de solos: rochosos, arenosos e argilosos
• Dimensionamento dos pavimentos:
• Juntas

81
Juntas

82
Juntas

83
Detalhes das Juntas

Junta de encontro com pilares

84
Juntas

85
Juntas – Barras de transferência

86
Juntas - Materiais
• A vedação das juntas é fundamental e deve ser realizada por material
elástico, geralmente denominado selante ou mastique. Estes materiais
podem ser pré moldados ou moldados no local:
• Pisos Industriais (moldados no local – atenção para relação de
preenchimento):
• Silicone
• Poliuretano
• Mastiques de base asfáltica
• Alcatrão
• Pisos Rodoviários (moldados no local):
• Base asfáltica
• Alcatrão
• Materiais pré moldados:
• Juntas Jeene
• Juntas dentadas
• Diversos outros tipos
87
Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto
• Parte II:
• Execução do piso
• Etapas de controle
• Equipamentos
• Concretagem
• Especificação
• Controle do recebimento
• Cuidados de execução/lançamento/adensamento
• Cuidados de acabamento
• Cuidados de cura
• Revestimentos finais
• Liberação para uso

88
Execução das fundações

89
Execução das fundações/armaduras
Posicionamento das armaduras

90
Montagem das armaduras

91
Formas

92
Concretagem

93
Acabamento superficial

94
Cura do concreto

95
Corte das juntas
• As juntas serradas devem ser cortadas assim que o concreto tenha
resistência suficiente para tal cortado sem que haja quebras nas
bordas. O tempo em que isso ocorre é bastante variável, dependendo
do tipo do concreto, velocidade de hidratação do cimento e da
temperatura ambiente, mas normalmente se dá entre 12 a 18 horas.
• Atenção especial deve ser dada para que o corte tenha a adequada
profundidade prevista em projeto, não devendo cortar armaduras e
nem danificar a integridade do concreto.

96
Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto
• Parte II:
• Execução do piso
• Etapas de controle
• Equipamentos
• Concretagem
• Especificação
• Controle do recebimento
• Cuidados de execução/lançamento/adensamento
• Cuidados de acabamento
• Cuidados de cura
• Revestimentos finais
• Liberação para uso

97
Equipamentos

98
Equipamentos

99
Equipamentos
Pavimentadora

100
Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto
• Parte II:
• Execução do piso
• Etapas de controle
• Concretagem
• Especificação
• Controle do recebimento
• Cuidados de execução/lançamento/adensamento
• Cuidados de acabamento
• Cuidados de cura
• Revestimentos finais
• Liberação para uso

101
Controle tecnológico do piso

Fonte: Eng. Rubens Curti


Seminário ABCP

102
Controle tecnológico do piso

103
Controle tecnológico do piso

104
Controle tecnológico do piso

105
Controle tecnológico do piso

106
Controle tecnológico do piso

107
Controle tecnológico do piso

108
Controle tecnológico do piso

109
Controle tecnológico do piso
Resistência à compressão

110
/15
Controle tecnológico do piso

111
Controle tecnológico do piso

112
Controle tecnológico do piso

2018
XXXXX 113
Controle tecnológico do piso

114
Controle tecnológico do piso

115
Controle tecnológico do piso

116
Controle tecnológico do piso

117
Controle tecnológico do piso

118
Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto
• Parte II:
• Execução do piso
• Etapas de controle
• Concretagem
• Especificação
• Controle do recebimento
• Cuidados de execução/lançamento/adensamento
• Cuidados de acabamento
• Cuidados de cura
• Revestimentos finais
• Liberação para uso

119
Revestimentos para pisos industriais

• Materiais para revestimento dos pisos industriais:


• Cimento queimado;
• Granitina;
• Concreto bruto – acabamento manual;
• Concreto polido;
• Revestimento epóxi (autonivelante ou espatulado);
• Revestimento uretânico e poliuretânico.

120
Revestimentos
• Tipos de revestimentos para pisos industriais:
• Concreto polido

121
Revestimentos
• Tipos de revestimentos para pisos industriais:
• Concreto com revestimento epoxídico

122
Revestimentos
• Tipos de revestimentos para pisos industriais:
• Concreto com revestimento poliuretânico

123
Revestimentos

Pisos protendidos:
- Pouquíssimas juntas

124
Revestimentos para pisos industriais

Fonte: Site da Hardyfloor


125
Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto
• Parte II:
• Execução do piso
• Etapas de controle
• Concretagem
• Especificação
• Controle do recebimento
• Cuidados de execução/lançamento/adensamento
• Cuidados de acabamento
• Cuidados de cura
• Revestimentos finais
• Liberação para uso

126
Controle tecnológico do piso

127
Controle tecnológico do piso
Piso ruim

Piso bom
128
Pavimentos Rígidos e Pisos Industriais de Concreto
• Muito obrigado pela atenção:

• Contatos:
• (024)999116501
• rlgaiofatto@gmail.com
• www.encopetroengenharia.com.br

• Felicidades e até a próxima.

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