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ACIONAMENTOS

ELÉTRICOS

Aloisio Benigno
aloisio.silveira@pitagoras.com.br
CONTEÚDO
1 - Introdução
1.1 - Objetivo de um Acionamento Elétrico
1.2 - Coordenação de Acionamento e Controle
1.3 - Tipos de Carga
2 - Acionamento Convencional de Motores
2.1 - Acoplamentos e Transmissão
2.2 - Partida e Operação de Motores CC
2.3 - Partida e Operação de Motores CA (MI e MS)
2.4 - Frenagem e Parada Motores CC
2.5 - Frenagem e Parada de Motores CA
3 - Acionamento Eletrônico de Motores CC
3.1 - Conversores CA-CC
3.2 - Controle de Velocidade de Motores CC
4 - Acionamento Eletrônico de Motores CA
4.1 - Conversores CC-CA
4.2 - Controle de Velocidade de Motores CA
BIBLIOGRAFIA
Bibliografia Adotada:
- FRANCHI, C.M. Acionamentos Elétricos. 1.ed. Editora Érica, 2007. ISBN:
8536501499.
BIM, E. Máquinas Elétricas e Acionamento. Editora Campus, 2009 ISBN:
8535230297.
FITZGERALD, KINGSLEY e UMANS. Máquinas Elétricas. Porto Alegre:
Bookman 6.ed. 2006. ISBN: 9788560031047.

Bibliografia Complementar:
GUSSOW, M.. Eletricidade básica. 2. ed. Coleção Schaum. Bookman, 2009.
DEL TORO. Fundamentos de Máquinas Elétricas. Rio de Janeiro: LTC. 1ª
Edição, 1994. ISBN: 9788521611844.
NASCIMENTO, G. Comandos Elétricos. Editora Erica, 2011. ISBN:
8536503866.
ARAÚJO, J. M. Acionamento Elétrico de Alto Desempenho. Editora Edgard
Blucher. 2010 130p. ISBN 9788580390032.
FRANCHI, C.M. Inversores de Frequência - Teoria e Aplicações. 2ª Edição.
Editora Erica, ISBN: 9788536502106.
IMPORTÂNCIA

ILUMINAÇÃO
FORNOS 2%
32% ELETROQUÍMICA
7%

FORÇA
CALDEIRAS
MOTRIZ
10%
49%
INTRODUÇÃO
Acionar: Por em ação – Acionar um comutador elétrico, mecânico,
hidráulico, pneumático, etc ...

Em nossa disciplina estamos interessados nos acionamentos elétricos.


Neste caso o elemento a ser comutado será uma máquina elétrica
girante (Motores de Indução, Síncronos ou de Corrente Contínua) ou
linear (Motores Lineares Síncronos - SLM).

O objetivo de um acionamento elétrico está associado a controlar uma


variável de processo através de uma máquina elétrica:
Vazão
Pressão
Nível
Temperatura
Velocidade
Torque
Posição
ELEMENTOS DE ACIONAMENTOS
Dispositivo de Comando:
- Manual: Botoeiras ou potenciômetros
- Automático: Pressostatos, termostatos, saídas de controladores de
processo

Dispositivo de Controle/Manobra: Contatores, disjuntores, soft-startes,


inversores, conversores CC.

Dispositivo de Potência (Acionador e Acionado): Conjunto motor-carga.

Energia
Elétrica
Potência
Variável
Comando Controle Motor Carga
Controlada
COORDENAÇÃO DE ACIONAMENTO
Tipos principais de acionamentos:
- Geral: Um motor aciona várias máquinas
- Individual: Um motor aciona uma máquina
- Múltiplo: Vários motores acionam várias
partes de uma máquina

Etapas de Projeto de um Acionamento:


- Características e funcionamento da máquina
acionada
- Seleção do motor (ambiente, rede e carga)
- Controle
CARACTERÍSTICAS DA MÁQUINA
ACIONADA
- Partida:
Levantamento da característica de Torque x Velocidade da carga
Característica de Inércia e Aceleração
Sentido de rotação
Automatismo e requisitos especiais

- Operação (Regime Permanente):


Velocidade (constante ou variável)
Regime de serviço

- Parada:
Rapidez necessária
Precisão necessária
Freio
Condições de parada: à vazio ou com carga
SELEÇÃO DO MOTOR
-  Potência
-  Ambiente (altitude, temperatura) Exercício IP, norma IEC-60034-5
-  Tensão de alimentação
-  Frequência
-  Método de partida (nível de curto circuito, queda de tensão)
-  Rotação (acoplamento direto ou não)
-  Controle de rotação
-  Escolha da característica T x ω do motor (conforme requisitos de
tempo de aceleração da carga). Ex.: Para um motor de indução
será ultrapassado o tempo de rotor bloqueado do mesmo?
-  Escolha do regime de serviço (Contínuo, Periódico, Intermitente). É
necessário fator de serviço? Exercício da lista, norma IEC-60034-1.
-  Condições de partida (1 à quente ou 2 à frio)
-  Condições de parada (eixo para suportar maiores esforços
torcionais)
CATEGORIA DE MOTORES
REGIME DE SERVIÇO

Regime S1
REGIME DE SERVIÇO

Regime S2
REGIME DE SERVIÇO

Regime S3
GRAU DE PROTEÇÃO
PRIMEIRO NUMERAL
CONTRA CONTATOS ACIDENTAIS E PENETRAÇÃO
PREJUDICIAL DE CORPOS SÓLIDOS
Numeral Indicação
0 Não protegido.
1 Protegido contra objetos sólidos maiores que 50 mm.
2 Protegido contra objetos sólidos maiores que 12 mm.
3 Protegido contra objetos sólidos maiores que 2.5 mm.
4 Protegido contra objetos sólidos maiores que 1.0 mm.
5 Protegido contra poeira prejudicial ao motor.
6 Totalmente protegido contra poeira.
GRAU DE PROTEÇÃO
SEGUNDO NUMERAL
GRAU DE PROTEÇÃO CONTRA A PENETRAÇÃO
PREJUDICIAL DE LÍQUIDOS
Numeral Indicação
0 Não protegido.
1 Protegido contra quedas verticais de gotas de água.
2 Protegido contra quedas de gotas de água para uma
inclinação máxima de 15 graus.
3 Protegido contra água aspergida de um ângulo de 60 o da
vertical (chuva).
4 Protegido contra projeções de água de qualquer direção.
5 Protegido contra jato de água de qualquer direção.
6 Protegido contra ondas do mar ou da água projetada em
jatos potentes.
7 Protegido contra imersão em água, sob condições
definidas de tempo e pressão.
8 Protegido para submersão contínua em água nas
condições especificadas pelo fabricante.
CLASSE DE TEMPERATURA
SELEÇÃO DO MOTOR
-  Instalação e proteção (dimensionamento de cabos, drives,
disjuntores, contatores, fusíveis, proteções 50, 50GS, 49, 48,
46, 51LR, 27, 59, 81, 66, 87, 38 – RTD mancais, 40 - perda
excitação)
-  Características especiais para áreas classificadas Ex

-  Em resumo, espera-se que a correta seleção do motor


consiga atender as características de partida, operação e
parada da carga de forma eficiente e segura. Espera-se que o
motor opere dentro de sua faixa de maior rendimento e fator
de potência, sem sobrecargas e vibrações excessivas.

LEMBRE-SE! UM BOM PROJETO DE ACIONAMENTO DEPENDE


DE UM EXCELENTE ENTENDIMENTO DO COMPORTAMENTO DA
CARGA-VARIÁVEL CONTROLADA.
SELEÇÃO DO MOTOR
¨  Tipos de Motores:
¤  Quanto a alimentação:
n  CA:
n  Motor de Assíncrono (Rotor Gaiola ou Anéis)
n  Motor Síncrono (com escovas, sem escovas ou imãs
permanentes)
n  Motores especiais (Relutância)

n  CC:
n  Motor Shunt
n  Motor Série
n  Motor Composto
n  Motor de Passo
n  Quanto a excitação pode ser independente ou compound

n  Motor Universal (Série Monofásico)


SELEÇÃO DO MOTOR
¨  Tipos de Motores:
¤  Quanto a velocidade:
n  Constante:
n  Motor de Assíncrono
n  Motor Síncrono

n  Velocidade variável:


n  Motor CC
n  Motor Universal

Com o avanço da tecnologia da eletrônica de potência e


microprocessadores, todos os motores podem ter sua velocidade
ajustável.
PARTIDA DE MOTORES
Esquemas típicos de instalação de motores:
GAVETAS DE CCM P<75cv – MOTORES EM BT

3~ - 60Hz 3~ - 60Hz 3~ - 60Hz 3~ - 60Hz

I>> DJ-
CH I>> DJ I>> DJ
I> MOTOR

FU

C C C C 46, 48, 49, 66


50GS, 27, 59,
38
RT RT RMF
50GS 50GS 50GS

MIT MIT MIT MIT


PE PE PE PE
PARTIDA DE MOTORES
Esquemas típicos de instalação de motores:
CUBÍCULOS DE CDC 75cv≤P<300cv – MOTORES EM BT

3~ - 60Hz

DJ-
POWER

C 46, 48, 49, 66


50GS, 27, 59,
50, 38

RMF

MIT
PE
PARTIDA DE MOTORES
Esquemas típicos de instalação de motores:
CUBÍCULOS DE CDC P≥300cv – MOTORES EM MT

3~ - 60Hz 3~ - 60Hz 3~ - 60Hz

DJ- DJ-
FU 52 52
POWER POWER

C 46, 48, 49, 66


50GS, 27, 59,
46, 48, 49, 66
50GS, 27, 59,
46, 48, 49, 66
50GS, 27, 59,
38 50, 38 50, 40, 38

RMF RMF RMF

MIT MIT AVR MS


PE PE PE
PARTIDA DE MOTORES
Esquemas típicos de instalação de motores:
Instalação de Inversores (VSD) e Soft-starters
3~ - 60Hz 3~ - 60Hz

CH
CH

FU
FU
C1

C1 - Soft-Starter:
Proteções de C2
- Inversor: partida
Proteções
inseridas no C3
mesmo
C2 RT
Shield 50GS

MIT MIT
PE PE
PARTIDA DE MOTORES
Esquemas típicos de instalação de motores:
Recomendação IEEE C37.96 para proteção de Drives
Esquemas típicos de instalação de motores:
Instalação de Motores CC
3~ - 60Hz

CH

FU

C1
- Conversor:
Proteções
inseridas no
mesmo
C2

MCC
PE
PARTIDA DE MOTORES
Equipamentos típicos de instalação de motores:

- Relé Térmico - Fusível NH e Diazed


- Contator BT - Disjuntor Motor

- Relé Multifunção - Conversor CA-CC - Soft-Starter - Inversor de Frequência


PARTIDA DE MOTORES
- Painel CCM
- Painel CDC
CONTROLE
O controlador deve ser capaz de:
•  Controle da partida: Ser capaz de fornecer a corrente
necessária para aceleração da carga, no sentido correto e
sem sobretorques ou sobrecargas.
•  Controle de rotação: Realizar e manter o controle de rotação

para ampla faixa operacional, quando necessário.


•  Controle de conjugado: Realizar e manter o controle de
conjugado para ampla faixa operacional, quando necessário.
•  Controle de frenagem: Realizar a frenagem e/ou parada do
motor sem sobrecarga (elevação de temperatura).
•  Proteção: Realizar todas as funções de proteção relacionadas
as grandezas elétricas, térmicas e mecânicas (da carga e da
própria máquina).
TIPOS DE CARGA
T
T T
P
P P
T T
T

ω ω ω

T=K T = Kω T = Kω2
P = Kω P = Kω2 P = Kω3
-  Compressores Alternativos -  Calandras -  Compressores Centrífugos
-  Correias Transportadoras -  Máquinas de Processamento -  Bombas Centrífugas
-  Máquinas de Elevação de de Material -  Ventiladores/Sopradores
Carga
T

T ω

P= K
T= K/ω
-  Bobinadeiras
-  Trefiladoras

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