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17/05/2018

Estruturas de concreto protendido – 04 Materiais Estruturas de concreto protendido – 04 Materiais

Materiais 1. Aços para concreto protendido


Armadura de protensão, armadura ativa, unidade de
protensão ou cabo
1. Aços para concreto protendido ✓ Elemento estirado por meio de equipamentos próprios e
devidamente ancorado para transmitir a força de protensão
ao concreto;
2. Propriedades do concreto ✓ Pode ser constituído por fios, barras e cordoalhas
agrupadas ou isoladas.
3. Comparativos CA x CP
Armadura comum ou armadura passiva
✓ Qualquer elemento metálico não estirado antes da
aplicação da protensão;
✓ São as barras ou fios de aço usuais para concreto armado:
CA-50 ou CA-60.
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Produção de aços Trefilação a frio

• Deformação plástica a frio;


• Encruamento e ajuste de bitola;
• Aumento de limite elástico do aço e redução de ductilidade;
• Produção de fios para Concreto Armado e Protendido.
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Tratamento termo-mecânico após a trefilação Designação de aços de protensão


E = Entalhado
RB
L = Liso
RN CP-175 RN 8 E
CP-190 RB 12.7
RN
Diâmetro nominal
Concreto (mm)
RB protendido
Resistência à RN = Relaxação normal
tração fptk RB = Baixa relaxação
(kN/cm2) EP = Engraxado e plastificado
Estabilização: aquecimento a 370 oC e estiramento a 46%
da resistência reduz a relaxação para até 80% menos Obs: 1 kN/cm2 = 1 kgf/mm2 = 10 MPa = 100 kgf/cm 2
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Aço CP-190 RB Aço CA-50


2000 800

1750 700

1500 600

1250
Tensão (MPa)

f = 6,3 mm
500

Tensão (MPa)
Aço CA 50
1000 Aço CP 190 RB f = 12,7 mm 400
Valores nominais:
Valores nominais: As= 0,312 cm2 f yk= 500 MPa f stk= 550 MPa
750 300
As= 0,987 cm2 f pyk= 1.710 MPa f ptk= 1.900 MPa
Valores medidos:
500
Valores medidos: 200 As= 0,312 cm2 f y= 640 MPa f st= 750 MPa
As= 1,001 cm2 f py= 1.720 MPa f pt= 1.918 MPa (feq= 6,3 mm)
250 100

0 0
0 10 20 30 40 0 10 20 30 40 50 60 70 80
Deformação (‰) Deformação (‰)

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fpyk ~ deformação de 10‰ 4.7 rubens.migliore@hotmail.com 4.8

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Comparativo entre aços nacionais Diagrama real

Força (kN) x
Deformação (%)

E
Cordoalha CP-190
RB – f 12,7 mm
1
fpyk ~ 155 kN/cm2
epyk ~ 7,8 ‰
Em geral,
E = 200 GPa
± 5% Ep = 206 GPa

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Diagrama tensão deformação idealizado Fios nacionais para protensão (NBR 7482)

fptk → tensão de resistência


à ruptura por tração;
Ep2 fpyk → tensão convencional
de escoamento;
epuk → deformação de
ruptura;
epyk → deformação de
escoamento;
epyk Ep → módulo de
epuk
elasticidade ou de
Diagrama bi-linear deformação.

fptk − fpyk fpyk aço RB: e =10‰ → 90% fptk Obs: fios são indicados com diâmetros nominais inteiros e
Ep2 = 0 epyk = (escoamento convencional)
epuk − epyk Ep cordoalhas com diâmetros nominais fracionados
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Cordoalhas nacionais para protensão (NBR 7483) Cordoalhas nacionais engraxadas e plastificadas

Graxa: peso mínimo de 37 g/m (cordoalha f 12,7 mm) ou 44 g/m (f 15,2 mm) para
proteção contra corrosão da cordoalha e lubrificação entre o revestimento de PEAD e
a cordoalha (coeficiente de atrito m: entre 0,06 a 0,07)
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Cordoalhas de 3 ou 7 fios Características mecânicas importantes

Diâmetro Área fptk fpyk/fptk fpyk/fptk epuk


3 fios de mesmo diâmetro
(mm) (cm2) (kN/cm2) RN RB (‰)
Fios 5 0,196
cunhas CP-150 175 0,85 0,90 50
CP-175 6 0,283

6 fios entrelaçados de 9.5 0,56


Cord.
mesmo diâmetro em torno CP-190 12.7 1,01 190 0,85 0,90 35
de 1 fio central com CP-210
diâmetro 2% maior 15.2 1,43

D é o diâmetro do círculo Ep = 200 GPa, para fios ou cordoalhas (NBR 6118:2014)


cordoalhas circunscrito
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Ver Exemplo 4 4.16

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2. Propriedades do concreto simples Efeito Rüsch (NBR 6118:2014 – 17.2)


Trecho OA – 8.2.10.1 para a tensão de pico (compressão máxima do concreto)
NBR 6118 – itens
( ec  ec 2 ) 8.2.10.1 e 17.2.2 c = k c fcd
OA – trecho elástico
f   e  
n
AB – trecho plástico
cd = k c ck 1 −  1 − c   k = 1,0 quando, na
c   ec2  
 
Diagrama tensão x borda mais comprimida, b  bLN
deformação idealizado
concreto  C50 C55  entre  C90
f ck
1,4 + 234  10 −9 ( 90 − fck )
4
n 2 k = 0,9 quando, na
  f − 50   k c f cd
A B
c 0,85 0,85 1 −  ck 
borda mais comprimida, b < bLN
  200  
ec2 (‰) 2 2 + 0,085 ( fck − 50 )
0,53 até C50 → c = 0,85
≥ C55 até C90 → c = 0,85 [1,0 - (fck - 50) / 200]
−8
(90 − fck )
4
ecu (‰) 3,5 2,6 + 35  10
O Obs: relações dimensionais com fck em MPa !
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Diagramas tensão x deformação de cálculo Resistência à tração direta


Na ausência de ensaios (NBR 6118 – item 8.2.5)
0,3 fck 2/3 →  C50
situação de projeto: fct = fctm = 
2,12 ln (1 + 0,11fck ) →  C55

fct  0,55 fck

Em razão da dificuldade
experimental, raramente
a resistência à tração do
concreto é obtida
diretamente.

Obs: fct,sup = 1,3 fct


fct,inf = 0,7 fct
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Resistência à tração direta Resistência à tração indireta


Como alternativa, a resistência à tração direta pode ser avaliada Ensaio de compressão
de modo único em toda faixa normatizada por: fctk = 0,55 fck diametral (spliting test ou
tração indireta) com mesmos
fctk 6,0 cilindros usados para
(MPa) 5,0 compressão simples (é o
2 F
fct, sp =  ensaio mais usual).
 dh
4,0
NBR-6118:2014
3,0
0,55raiz(fck)
2,0

1,0

0,0
20 30 40 50 60 70 80 90
Obs.: erro máximo de 4% para fck < 25 MPa fck (MPa)
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Resistências à tração Módulos de deformação longitudinal do concreto

fct,f fct,sp fct


Flexão fct,f

f(c )
Indireta fct,sp ec =
Ec
arc tg Ecs
Direta fct arc tg Eci

Eci = módulo de deformação inicial ou tangente


usado para avaliação global da estrutura (Eci ~ 1,1 Ecs)
Co-relação de resultados de ensaios segundo a NBR 6118: Ecs = módulo de deformação secante
0,9 fct,sp tração indireta usado para verificação de tensão e deformação da peça
tração direta fct =  estrutural
0,7 fct,f tração na flexão 4.23 4.24
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Módulos de deformação longitudinal do concreto Variação da resistência com a idade


5,6 fck →  C50 Grupo   fck → MPa
 
Eci = E   f Eci → GPa
21,5 3 ck
+ 1,25 →  C55 Grupo 
 10
1,2 → basalto e diabásio
1,0 → granito e gnaisse

f E = 
Ecs = i Eci onde i = 0,8 + 0,2 ck  1,0
80 0,9 → calcário
0,7 → arenito

Classe de
C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 C60 C70 C80 C90
resistência
Eci
25 28 31 33 35 38 40 42 43 45 47
(GPa)
Ecs
21 24 27 29 32 34 37 40 42 45 47 Evolução média da resistência à compressão de concretos
(GPa)

αi 0,85 0,86 0,88 0,89 0,90 0,91 0,93 0,95 0,98 1,00 1,00 de mesmo traço produzidos com diferentes tipos de cimento
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Maturidade do concreto Previsão da variação da resistência


Concretos de maturidade igual apresentam resistências mecâ-
nica equivalentes. Para idade j diferente de 28 dias, a resistência do concreto
pode ser estimada segundo a relação (NBR 6118 – 12.3.3):
Mat =  t (T + 10) (cura ao ambiente)
t → número de dias   28  
fckj = fck →  = exp s  1 − 
T → temperatura do ambiente (  25o C)  t  
 
t c + t Tmax ( Tmax + 10 ) t → idade efetiva, em dias
3

Mat =  (cura a vapor)


( T + 10 ) 0,38 → cimento CPIII e IV
2
2

t c → tempo do ciclo térmico após a pega (  16 h) s =  0,25 → cimento CPI e II
0,20 → cimento CPV (ARI)
t Tmax → tempo com temperatura máxima (  12 h) 
Tmax → temperatura máxima (  75 o C) Pré-fabricado com cura a vapor e cimento CP III pode ser
representado por t = 7 pois, em geral, para j = 1 dia:
Pré-fabricado com cura a vapor de 1 dia possui resistência
equivalente a peça com cura ambiente durante 1 semana. fckj = 0,6 fck
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Previsão da variação do módulo de deformação Classes de agressividade ambiental – CAA


Para idade j diferente de 28 dias, o módulo de deformação
do concreto pode ser estimado segundo a relação (NBR NBR 6118:2014 – Tabela 6.1
6118 – 8.2.8): Classe Agressividade Ambiente
Risco de
deterioração
Rural
I fraca insignificante
n = 0,5 →  C45 Submersa
Eci (t) = Ecij = n Eci 
n = 0,3 →  C50
II moderada Urbana (1) pequeno
Marinha
III forte grande
Industrial
Industrial
IV muito forte elevado
para avaliação de perdas de protensão, pode ser utilizado Respingo de maré
em projeto o módulo de deformação inicial Eci.
(1) Pode-se admitir classe mais branda (um nível acima) para ambientes
internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas
de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais
ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura)
Ver Exemplo 5
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Qualidade do concreto simples Cobrimento de armadura


NBR 6118:2014 – Tabela 7.1 Tabela 7.2 - Correspondência entre classe de agressividade
Classe de agressividade (Tabela 6.1) ambiental e cobrimento nominal para c = 10 mm
Concreto Tipo
I II III IV
Tipo Componente Classe de agressividade (Tabela 6.1)
Relação
CA  0,65  0,60  0,55  0,45 de ou I II III IV
água/cimento
em massa CP  0,60  0,55  0,50  0,45 estrutura elemento
Cobrimento nominal (mm)
Classe de
CA  C20  C25  C30  C40 Concreto Laje 20 25 35 45
concreto
armado Viga / Pilar 25 30 40 50
(NBR 8953) CP  C25  C30  C35  C40
Concreto
Consumo de Todos 30 35 45 55
(kgf/m )3
 260  280  320  360 protendido
cimento

CA = Componentes e elementos estruturais de concreto armado Obs: para edifícios de CA com revestimento de argamassa e rígido
CP = Componentes e elementos estruturais de concreto protendido controle de qualidade e tolerância, pode-se adotar Classe I e c=5mm
O concreto deve atender às especificações da NBR 12655 para o
consumo de cimento por volume de concreto produzido.
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3. Comparativos CA x CP Comparativos CA x CP
Relação
Fator CA CP Comparativo de insumos para lajes de edifícios residenciais
CP / CA
Concreto: fck 20 MPa 30 a 40 MPa 1,5 a 2
(inclui vigas e lajes)

Aço: fyk 500 MPa 1.710 MPa 3,4 Relação


índice CA CP
3
CP / CA
Preço/m de R$ 280 R$ 320 a R$ 410 1,3 a 1,4 Consumo de
concreto 0,22 0,20 0,9
concreto /m2
Preço/kgf de R$ 8 R$ 16 a 24 2a3 Consumo de
aço + acess. 20 kgf 12 kgf 0,6
aço /m2
Relações e preços médios referentes ao ano de 2011.
Aço de protensão inclui serviços e acessórios.
Sist. não aderente é cerca de 40% mais barato do que aderente. Sistema com cordoalhas engraxadas utilizando vigas faixa
protendidas e lajes nervuradas armadas pode ser até 15 % mais
barato do que outros sistemas estruturais.
Preços crescem menos do que as resistências !
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Estruturas de concreto protendido – 04 Materiais

Comparativos CA x CP
Custos relativos entre lajes de edifícios
CA e CP com cordoalha engraxada

~ 20 %

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