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CURSO DE

ESPECIALIZAÇÃO EM
ESTRUTURAS DE
CONCRETO E FUNDAÇÕES
CAPÍTULO 4 VERIFICAÇÃO
DE DEFORMAÇÃO
CAPÍTULO 4 4.8 VERIFICAÇÃO DO ESTADO LIMITE
DE DEFORMAÇÃO EXCESSIVA

Deslocamentos limites
Aceitabilidade sensorial
Pag 185
o limite é caracterizado por vibrações indesejáveis ou efeito visual desagradável.
A limitação da flecha para prevenir essas vibrações, em situações especiais de
utilização, deve ser realizada como estabelecido na Seção 23 da norma; limites
para esses casos são apresentados no Quadro 4.7 (Tabela 13.3,
ABNT NBR 6118:2014).
Efeitos específicos:
os deslocamentos podem impedir a utilização adequada da construção; limites
para esses casos são apresentados no Quadro 4.8 (Tabela 13.3,
ABNT NBR 6118:2014).
Efeitos em elementos não estruturais:
deslocamentos estruturais podem ocasionar o mau funcionamento de elementos
que, apesar que não fazerem parte da estrutura, estão ligados a ela; limites para
esses casos são apresentados no Quadro 4.9 (Quadro13.3, ABNT NBR 6118:2014).
Efeitos em elementos estruturais:
os deslocamentos podem afetar o comportamento do elemento estrutural,
provocando afastamento em relação às hipóteses de cálculo adotadas. Se os
deslocamentos forem relevantes para o elemento considerado, seus efeitos sobre as
tensões ou sobre a estabilidade da estrutura devem ser considerados, incorporando-
os ao modelo estrutural adotado.
Pag 186
CAPÍTULO 4
4.8 VERIFICAÇÃO DO ESTADO LIMITE DE DEFORMAÇÃO EXCESSIVA

Deslocamentos limites
Aceitabilidade sensorial
Efeitos específicos:
Efeitos em elementos não estruturais: .
Efeitos em elementos estruturais:
Aceitabilidade sensorial:
o limite é caracterizado por vibrações indesejáveis ou efeito visual
desagradável. A limitação da flecha para prevenir essas vibrações, em
situações especiais de utilização, deve ser realizada como estabelecido na
Seção 23 da norma; limites para esses casos são apresentados na Tabela
4.7 (Tabela 13.2, NBR 6118:2003).
Razão da Exemplo Deslocamento a Deslocamento
limitação considerar limite
Visual Deslocamentos visíveis em Total /250
elementos estruturais
Outros Vibrações sentidas no piso Devidos a cargas /350
acidentais
Pag 187
Limites para deslocamentos – efeitos estruturais em serviço.
Razão DRENAGEM
da limitação Deslocamento
Exemplo PISTA DE BOLICHE
DE ÁGUA; E a LABORATÓRIOS
Deslocamento limite
considerar
Superfícies que devem Coberturas e Total /2501
drenar água varandas
Total /350 + contra-flecha2
Pavimentos que devem Ginásios e Ocorrido após a /600
permanecer Planos pistas de construção do piso
boliche
Elementos que suportam Laboratórios Ocorrido após Conforme definido
equipamentos sensíveis nivelamento do pelo fabricante
aparelho
Efeitos em elementos não estruturais:
Pag 187
Razão da Exemplo Deslocamento a considerar Deslocamento limite
Notas sobre a limitação
tabela 4.9:1.O
vão deve ser
tomado na Alvenaria, caixilhos e Ocorrido após a construção da /5001 ou 10 mm ou
direção na revestimentos parede  = 0,0017 rad2
qual a parede Divisórias leves e caixilhos Ocorrido após a instalação da /2501 ou 25 mm
ou a divisória telescópicos divisória

se Paredes Movimento lateral de Provocado pela ação do vento para H/1700 ou Hi/8503 entre
edifícios combinação freqüente (1 = 0,30) pavimentos4
desenvolve.2.
Rotação nos
Movimentos térmicos Provocado por diferença de /4005 ou 15 mm
elementos que verticais temperatura
suportam Movimentos térmicos Provocado por diferença de Hi/500
paredes.3.H é horizontais temperatura
a altura total Revestimentos colados Ocorrido após construção do forro /350
do edifício e Forros
Hi, o desnível Revestimentos pendurados Ocorrido após construção do forro /175
ou com juntas
entre dois
pavimentos
Pontes Desalinhamento de trilhos Provocado pelas ações decorrentes H/400
vizinhos. rolantes da frenação
Relembrando Pag 114
CONCRETO ARMADO

Estadios

c c
Rc Rc c
Rc

d M
M>M r Mu
As zI z II z III
Rc,t
Rs Rs Rs

b ESTÁDIO I
ESTÁDIO II ESTÁDIO III

Estádio I: Estádio II Estádio III


Pode-se dizer, simplificadamente, que:
Estádios I e II  correspondem às situações de serviço (quando atuam
as ações reais);
Estádio III  corresponde ao estado limite último (ações majoradas,
resistências minoradas), que só ocorre em situações extremas.

O cálculo de dimensionamento das estruturas de concreto


armado será feito no estado limite último (estádio III)
Pag 189
Previsão de flechas instantâneas
Viga simplesmente apoiada
p

x  K
M 0  M1
a 
a
dx
x 0
EI Diagrama de Momento M 0
p

Diagrama de Momento M1 P=1


K

Figura 4- Esquema para o cálculo do deslocamento


a em um ponto K de uma viga simplesmente
apoiada sob carregamento uniforme.
Pag 190
Para vigas de seção constante, o produto EI, chamado de rigidez, pode ser colocado
em evidencia, e a flecha passa a ser função da integral x 

V ig a de C oncreto arm ado


 M 0  M1 dx
p x 0

D iagram a d e M om ento

V ig a so b carga d e serviço

x
R egião funcionado R egião funcion ado R egião funcion ado
no está dio I no está dio II (M > M ) no estádio I

sem fissuras com fissuras de flexão sem fissuras


de flexão
de flexão
tensã o no te nsão no concre to
con creto tensã o no
con creto
* *
c,2 > c,1
*
c
xI x II xI

** < f ct ** < f ct
c c

Figura 5 Viga de concreto armado simplesmente apoiada sob ações de serviço.


Relembrando Pag 96 cap. 25

Ensaio feita na
UFSCar para
mostrar o efeito
da fissuração na Estádio I
flecha

Real ensaio
1600

1400
P- Carga aplicada + peso

1200
Efeito da fissuração
próprio (daN)

1000
A B C
800

600

400

200 Estádio II Puro


0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

a - flecha (mm)

Figura 2.17 Esquema do ensaio de flexão e diagrama carga  flecha de uma nervura de laje pré-
moldada [FLÓRIO et all (2003)].
Pag 191
35
Além da fissuração há o efeito y = -0,0004x 2 + 0,1386x + 14,479
da fluência 30 R2 = 0,9776

25

Flecha (mm)
20

BRANSON
15
(1968)
10
y = -0,0145x 2 + 0,9034x + 0,2669
Efeito da fluência 5
R2 = 0,9386

0
0 30 60 90 120 150 180 210
Tempo (dias)

4.8.2.1 Características geométricas de seções no estádio I


R s  A s  s  A s  s  E s  A s   c  E s R s  A c,eq   c  E c

Igualando as duas expressões de Rs

A s   c  E s  A c,eq   c  E c A c,eq  A s   e
 e  E s / Ec
Pag 192
Pag 193
Para considerar seção
homogeneizada Faz-se a seção de
concreto + a seção de aço

Faz-se o equilíbrio de forças


considerando todos os materiais
resistente e flexão simples, também
lei de Hooke
Encontrando-se os valores →
Pag 194

Estádio I Bruto
Sem As

Expressão
Área (seção A g  b f  b w   h f  b w  h (4.10)
geométrica)
 h f2  h 2
Centro de (b f  b w )     bw  (4.11)
 2  2
gravidade  
y cg 
Ag
Momento de (bf  bw )  h3f bw  h3
2 2
 h   h
inércia à Ig    (bf  bw )  hf   ycg  f   bw  h   ycg   (4.12)
flexão 12 12  2  2
Pag 195

Estádio I
Homogeneizado
Com As

Quadro 4.11 Características geométricas de seções transversais em "T", no estádio I,


com armadura longitudinal As.
Expressão
Área (seção A h  b f  b w   h f  b w  h  A s    1 (4.13)
homogeneizada)
Centro de  h2  h2
gravidade (b f  b w )   f   b w   A s (  1)  d (4.14)
 2  2
yh   
Ah
Momento de 2
(b  b w )  h 3f b w  h 3  h 
inércia à flexão Ih  f   (b f  b w )  h f   y h  f 
12 12  2  (4.15)
2
 h
 b w  h   y h    A s    1  y h  d 2
 2
Pag 196 e 197
Estádio II
bf
PURO c c
d' Cc
Concreto tracionado hf
xII xII
não entra A 's
Faz-se o equilíbrio de forças As
d h z M>Mr
considerando todos os s Tt
materiais resistente e flexão
simples, também lei de bw
Hooke chega-se a equação a) seção transversal b) deformações b) tensões e resultantes

2 Figura 4.10 Seção transversal em forma de "T" no estádio II puro.

a 1  x II  a 2  x II  a 3  0
a1  b w / 2 a 2  h f  b f  b w    e  1  A '
s  e  As
2
h
a 3  d '   e  1  A s'  d   e  A s  f  b f  b w 
2
2
 a2  a2  4  a1  a 3
x II 
2  a1
Pag 196 e 197
Estádio II
bf
PURO c c
d' Cc
Concreto tracionado hf
xII xII
não entra A 's
d h z M>Mr
As
s Tt
 a 2  a 22  4  a 1  a 3
x II 
2  a1 bw
a) seção transversal b) deformações b) tensões e resultantes
Figura 4.10 Seção transversal em forma de "T" no estádio II puro.
Inércia com a linha neutra passando na mesa
b f  x 3II
 x,0    e  A s  (x II - d) 2  ( e  1)  A s'  (x II - d ' ) 2
3
Inércia com a linha neutra passando na alma

 x,0 
bf bw   h
bw  x 3

3
 h 
 (bf  b w )  h f   x II  f  
f II
2

12 3  2
2 ' ' 2
  e  A s  (x II - d)  ( e -1)  A s  (x II - d )
Pag 197 e 198
4.8.2.3 Efeito da fissuração - modelo simplificado de Branson
para flecha imediata
BRANSON (1968)

Esse procedimento pode ser utilizado para obter o valor da inércia,


intermediário ao valor no estádio I e no final do estádio II (estádio II puro).
De forma geral, a expressão obtida por Branson é dada por

 Mr 
n
 M 
n

I m     I I  1   r    I II
 M at    M at  

SEGUNDO A NBR6118:2014
 M 
3  M 
3 
   I II   E cs  I c
(E  I) eq  E cs   r   I c  1   r 
 M a    Ma   
 

Só usar se Ma>Mr
Pag 199 já dado na aula de
sexta
  f ct,m  Ic  = 1,2 para seções em forma de "T" ou duplo "T"
 = 1,3 para seções I ou T invertido
Mr   = 1,5 para seções retangulares;
yt
f ct , m  0,3  f 2/3
ck (para o caso de estado de deformação excessiva) e resistência à tração inferior do
concreto dado por f ctk , inf  0,21  f ck2 / 3 (para verificação do estado de formação de fissura);
expressões validas até C50.

Im  momento de inércia efetivo para uma seção ou para toda a peça, no caso de vigas
simplesmente apoiadas; momento de inércia médio entre a seção do apoio e a
seção do meio do vão, para o caso de vigas contínuas;

II  momento de inércia da peça no estádio I (da seção bruta ou homogeneizada);

III  momento de inércia da peça no estádio II pura;

Mr  momento de fissuração do concreto;


Mat  momento atuante na seção mais solicitada;

n  índice de valor igual a 4, para situações em que a análise é feita em apenas uma
seção da peça, ou igual a 3, quando se faz a análise da peça ao longo de todo o
seu comprimento, que é a situação em questão.
Pag 199

Efeito da fissuração
c  p  4
a (4.26)
E  I eq

onde:

p carga definida por uma certa combinação (por exemplo, quase permanente) ;
 vão da viga;
(E.I)eq  rigidez equivalente dada pela expressão 4.24;
c  coeficiente que depende da condição estática do sistema considerado
(simplesmente apoiado, contínuo) e do tipo de ações atuantes; é encontrado
em livros de resistência dos materiais e de teoria das estruturas; no caso de
vigas simplesmente apoiadas e carga uniformemente distribuída, c = (5/384).
Pag 200 e 201
4.8.2.4 Efeito da fluência do concreto  avaliação da flecha diferida no
tempo 
a t , a t ,0 1   f  f 
1  50  '

A s'
'  (o valor de ' será ponderado no vão de maneira análoga ao cálculo de Ieq);
bd
As'  área da armadura de compressão no trecho considerado;
  coeficiente função do tempo, sendo   ( t )  ( t 0 ) ;
 0,68  0,996 t  t 0,32 para t  70 meses
 (t )   ;
2 para t  70 meses

t  tempo, em meses, quando se deseja o valor da flecha diferida;
t0  idade, em meses, relativa à data de aplicação da carga de longa duração; se as
parcelas de cargas de longa duração forem adotadas em idades variadas, então
 Pi  t 0i
t0  ;
 Pi
Pi  parcelas de carga;
t0i  idade (em meses) em que se aplicou cada parcela Pi.
Forma simplificada
Resumo cap 4 e cap1
Para C20 e 𝐸 =1
c  p  4 Para bi apoiado   f ctm  I c
a Mr 
E cs  4760  f ck E  I eq 5  p  4
yt
a f ct ,m  0,3  f ck2 / 3
384  E  I eq
E ci   E  5600  f ck para fck de 20 MPa a 50 MPa (1.9)

1/ 3
3 f 
E ci  21,5  10   E   ck  1,25  para fck de 55 MPa a 90 MPa (1.10)
 10 
em que:
αE = 1,2 para basalto e diabásio
αE = 1,0 para granito e gnaisse
αE = 0,9 para calcário
αE = 0,7 para arenito

O módulo de deformação secante também pode ser obtido segundo método de ensaio
estabelecido na ABNT NBR 8522, ou estimado pela Expressão 1.11:

 f 
E cs   0,8  0,2  ck   E ci  E ci (1.11)
 80 
Peograma UNI CD
Resumo final
Combinação quase permanente

VISUAL 


Considerando a fluência 1   f  (a g1  g 2   2  q )  alim ite 
250

VIBRAÇÕES SENTIDAS NO PISO


aq  alim ite


aq  a g1  g 2  q  a g1  g 2  alim te 
350
 flecha de carga acidental = flecha da combinação – flecha da combinação
permanente.
CONCRETO ARMADO Pag 215
Exemplo 2
Verificar o estado de deformação excessiva das lajes do exemplo anterior (admitir que a
edificação se destine a fins residenciais), que tem as seguintes características: 16 (h = 16 cm);
simplesmente apoiada; intereixo de 50 cm; vão de 5,00 m; classe 27; As = 3,615 cm2; peso
próprio g1 = 1,60 kN/m2; sobrecarga permanente g2 = 1,5 kN/m2; carga acidental q = 4 kN/m2;
fck = 20 MPa; retirada do escoramento após duas semanas da concretagem; d = 16,0 –
2,1= 13,9 cm (cobrimento de 1,5 cm e barra de 12,5 mm).

Outros dados: fck = 20 MPa; aço da treliça do tipo CA-60. A seção transversal real e a adotada
para o cálculo estão na Figura 4.18.

V100

eixo da viga 
50 cm
400 cm
eixo do pilar
4
detalhe 1
16 cm
V101 (25 X )
As
50
V103

V104
40 760 cm 40 760 cm 40
4
500 cm 

16

V102 10 cm As
Detalhe 1 20 cm
Pag 216
As
50
d = 16,0 – 2,1= 13,9 cm 4

16

10 cm As
a) Características geométricas da seção transversal no estádio I
Para calcular as características geométricas no estádio I, inicialmente sem considerar a presença
da armadura, conforme previsto na ABNT NBR 6118:2014 no item 17.3.2.1.1, basta fazê-lo para
a seção bruta usando as fórmulas 4.11 e 4.12 da seção 4.8.2.1.

 h f2  2  42  2
(b f  b w )     bw  h (50  10)     10 
16
 2  2  2  2
y cg        5,0 cm
Ag 40  4  10  16

2 2
(bf  bw )  h3f bw  h3  h   h
IIg    (bf  bw )  hf   ycg  f   bw  h   ycg  
12 12  2  2

2 2
40  4 3 10 163  4  16 
I Ig    40  4   5,0    10 16   5,0    6507 cm 4  6,5110 5 m 4
12 12  2  2
No cálculo das características geométricas no estádio I, poderia ter sido considerada a
existência de armadura, tornando a seção homogênea com e = 9,865 (calculado a seguir). Nesse
caso a inércia seria I h  8,8  10 5 m 4 .
Pag 216
b) Características geométricas da seção transversal no estádio II puro
Para calcular as características da seção no estádio II puro é preciso conhecer, inicialmente, o
valor do módulo de deformação longitudinal do concreto, para encontrar o valor de e (relação
entre os módulos de deformação do aço e do concreto).

Es 210 000 210 000 210 000


e      9,865
E cs 4 760  f ck 4 760  20 21 287

Para o estádio II puro o valor da posição da linha neutra e o momento de inércia são
dados pelas expressões 4.16 a 4.21, destacando que neste caso A s'  0 e admitindo-se,
inicialmente, a linha neutra passando na mesa (xII < hf, seção retangular), de modo que bw = bf.
 Posição (profundidade) da linha neutra:

a 1  b w / 2  b f / 2  50 / 2  25 cm

a 2   e  A s  9,865  3,615  35,66 cm2

3
a 3   d   e  A s   13,9  9,865  3,615   495,7 cm

 a 2  a 22  4  a1  a 3  35,66  35,66 2  4  25  495,7


x II    3,8 cm  h f  4 cm
2  a1 2  25

 Momento de inércia no estádio II puro:

bf  x 3 2 50 3,8
3
 x,0    e  As  (x - d)   9,865 3,615 3,8 13,92  4552 cm4 (4,5 105 m4 )
3 3
Pag 217
c) Cálculo das flechas para as diversas combinações
As flechas para as diversas combinações de ações podem ser calculadas pela expressão:

5  p  4
a
384  E cs  I m

sendo Ec = 21287 MPa e Im a inércia média de Branson (expressão 4.23):

M 
3  M 
3
Im   r   I Ig  1   r    I x, II
 M at    M at   0
 
  f ct ,m  I Ig 1, 2  2210  6 ,51  10  5
Mr    1,57 kN m
yt ( 0 ,16  0 ,05)

2/3
com f ct ,m  0 ,3  f ck  0 ,3  20 2 / 3  2 , 21 MPa  2210 kN m .
Os momentos atuantes são dados por:

p  2
M at 
8
Pag 218
As cargas p atuantes por nervura (largura da mesa de 50 cm) serão calculadas para as
combinações permanente, quase permanente e rara:

 permanente: p1  (g 1  g 2 )  0,5  (1,6  1,5)  0,5  1,55 kN/m (por nervura);

 quase permanente: p 2  (g 1  g 2  0,3  q )  0,5  (1,6  1,5  0,3  4)  0,5  2,15 kN/m (por
nervura);

 rara: p 3  (g 1  g 2  q )  0,5  (1,6  1,5  4)  0,5  3,55 kN/m (por nervura).

As flechas, calculadas para as três combinações, deverão atender aos limites dados na tabela 4.7
para a condição de aceitabilidade sensorial

Planilha em Excel no CD
Pag 218

As flechas, calculadas para as três combinações, deverão atender aos limites dados na
Quadro4.7 para a condição de aceitabilidade sensorial:

 para a totalidade de cargas: /250

 para a carga acidental: /350

Quadro4.12 Inércia média e flechas para as diversas combinações.


p Mat = Mmáx M r Im p/Im a
Ação (kN/m) (kN.m) M max (m4) (cm)
Permanente 1,55 4,84 0,324 4,5710-5 33917 1,30
Quase-permanente 2,15 6,72 0,234 4,5310-5 47461 1,81
Rara 3,55 11,09 0,142 4,5110-5 78714 3,01

p  2  M
3 3
M   5  p  4
M Im   r   I Ig  1   r    I x, II a
 M at    M at   0
384  E cs  I m
8  


a q  3,01  1,30  1,71 cm  a lim ite   1,43 cm Não passa
350
Pag 219 e 220
d) Determinação do efeito da fluência
O cálculo do efeito da fluência é realizado com a combinação quase permanente (2,15 kN/m),
cujo momento resultante é 6,72 kNm, e com as equações do item 4.8.2.4.
O tempo t0 (idade, em meses, relativa à data de aplicação da carga de longa duração, no
caso 14 dias) fica:
t0 = 14/30 = 0,47

Os coeficientes  para as idades t0 = 0,47 e para o tempo infinito são:

( t 0 )  0,68  0,996 t  t 0,32  0,68  0,996 0,47  0,47 0,32  0,53 ;

 (  )  2 (valor fixo para idade maior que 70 meses).

Como não há armadura comprimida, então  '  0 , resultando para o fator f:

 2  0,53
f    1,47
1  50  ' 1
Pag 219 e 220
Quadro4.12 Inércia média e flechas para as diversas combinações.
p Mat = Mmáx M r Im p/Im a
Ação (kN/m) (kN.m) M max (m4) (cm)
Permanente 1,55 4,84 0,324 4,5710-5 33917 1,30
Quase-permanente 2,15 6,72 0,234 4,5310-5 47461 1,81
Rara 3,55 11,09 0,142 4,5110-5 78714 3,01

 Não passa
a cf   1,42cm
350

a total ,  4,47  1,42  3,05   2 cm
250
CONCRETO ARMADO Pag 219
Exemplo 3
Refazer o exemplo anterior considerando que a laje seja 20, (h = 20 cm, hf = 6 cm e
bw = 10 cm), simplesmente apoiada, com intereixo de 50 cm, vão igual a 5,00 m, classe 27
(As = 3,615 cm2); peso próprio g1 = 2,2 kN/m2, g2 = 0,9 kN/m2, q = 4 kN/m2, fck = 20 MPa,
retirada do escoramento com após duas semanas da concretagem. Admitir d = 18 cm. A
sobrecarga permanente g2 foi reduzida, neste exemplo, de 1,5 kN/m2 para 0,9 kN/m2 para manter
a carga permanente total empregada nos exemplos anteriores.

V100

eixo da viga 400 cm 


eixo do pilar
detalhe 1

V101 (25 X )

Pag 202
V103

V104
40 760 cm 40 760 cm 40

500 cm 

V102

Detalhe 1 20 cm
CONCRETO ARMADO Pag 219
a) Características geométricas no estádio I
Os valores são calculados como no exercício anterior, obtendo- se:
yi = 13,82 cm (distância do centro de gravidade à borda tracionada);
IIg = 1,27x10-4 m4 (momento de inércia da seção geométrica (bruta) de concreto, sem
armadura).
b) Características geométricas no estádio II puro

E c  2,1  107 kN / m 2  e  9,865


fct,m = 2,21 M Pa = 2210 kN/m2.
  f ct ,m  I c 1,2  2210 1,27 10 -4
Mr    2,44 kN . m
yt 0,1382
Pag 220
b) Características geométricas no estádio II puro
a 1  b f / 2  25 cm
•Linha neutra no
• estádio II com a 2   e  A s  9,865  3,615  35,66 cm 2
a 3   d  e  As  18 9,865 3,615  642 cm3
 a2  a22  4  a1  a3
xII  
2  a1

 35,66  35,66 2  4  25  642


xII   4,4 cm  h f  6 cm
2  25
3
bf  x
 x,0   e  As  (x - d)2 
3
50 4,43
 9,865 3,615 4,4 18  8016 cm4 (8,0 105 m4 )
2
x,0 
3
Pag 220

c) Cálculo das flechas para as diversas combinações

Usando diretamente a tabela 4.12 do exercício anterior:

Tabela 4.13 Inércia média e flechas para as diversas combinações.

p Mat = Mmáx Mr Im p/Im a


Ação (kN/m) (kN.m) M max (m4) (cm)
Permanente 1,55 4,84 0,504 8,6010-5 18023 0,69
Quase-permanente 2,15 6,72 0,363 8,2210-5 26156 1,00
Rara 3,55 11,09 0,220 8,0510-5 44099 1,69
Pag 220
p Mat = Mmáx Mr Im p/Im a
Ação (kN/m) (kN.m) Mmax (m4) (cm)
Permanente 1,55 4,84 0,504 8,6010-5 18023 0,69
Quase-permanente 2,15 6,72 0,363 8,2210-5 26156 1,00
Rara 3,55 11,09 0,220 8,0510-5 44099 1,69

O cálculo da flecha de carga acidental é dada por:


a q  1,69  0,69  1,00 cm  a lim ite   1,42 cm
350
Atende
Pag 220
p Mat = Mmáx Mr Im p/Im a
Ação (kN/m) (kN.m) Mmax (m4) (cm)
Permanente 1,55 4,84 0,504 8,6010-5 18023 0,69
Quase-permanente 2,15 6,72 0,363 8,2210-5 26156 1,00
Rara 3,55 11,09 0,220 8,0510-5 44099 1,69
c) Determinação do efeito da fluência
O cálculo do efeito da fluência é realizado da mesma forma que no exercício anterior,
resultando em:
 2  0,53
f    1,47
1  50  ' 1 Não Atende

a total ,  1,00  (1  1,47 )  2,47 cm   2 cm
250
contraflecha

a total ,  2,47 cm  1,42  1,05 cm   2 cm
250 Atende

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