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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 14768
Segunda edição
19.02.2021
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Guindastes — Guindastes articulados


hidráulicos — Requisitos
Cranes — Loader cranes — Requirements

ICS 53.020.20 ISBN 978-65-5659-796-6

Número de referência
ABNT NBR 14768:2021
112 páginas

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Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................xi
Introdução...........................................................................................................................................xii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
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4 Lista de riscos importantes................................................................................................7


5 Requisitos de segurança ou medidas de segurança.....................................................10
5.1 Generalidades....................................................................................................................10
5.2 Cálculo estrutural.............................................................................................................. 11
5.2.1 Informações a serem fornecidas no cálculo.................................................................. 11
5.2.2 Cargas e forças.................................................................................................................13
5.2.3 Combinação de cargas.....................................................................................................15
5.3 Análise de tensões............................................................................................................16
5.3.1 Arranjos mecânicos..........................................................................................................16
5.3.2 Estabilizadores..................................................................................................................16
5.3.3 Segurança para o transporte...........................................................................................18
5.3.4 Ganchos equipados com trava de segurança que atendam a esses requisitos........18
5.4 Sistemas hidráulicos........................................................................................................18
5.4.1 Generalidades....................................................................................................................18
5.4.2 Bomba hidráulica..............................................................................................................19
5.4.3 Reservatório hidráulico....................................................................................................19
5.4.4 Válvulas de alívio da pressão..........................................................................................19
5.4.5 Mangueiras, tubos e conexões........................................................................................19
5.4.6 Precauções contra ruptura da linha hidráulica.............................................................20
5.4.7 Taxa de abaixamento do sistema de lanças...................................................................20
5.4.8 Mecanismo de giro............................................................................................................20
5.4.9 Cálculo dos cilindros hidráulicos....................................................................................21
5.5 Dispositivos limitadores e/ou indicadores ....................................................................21
5.5.1 Generalidades....................................................................................................................21
5.5.2 Limitador da capacidade nominal ..................................................................................22
5.5.3 Dispositivo de descida de emergência ..........................................................................23
5.5.4 Indicadores da capacidade nominal................................................................................23
5.5.5 Válvulas de alívio principal..............................................................................................23
5.5.6 Limitadores de desempenho............................................................................................23
5.5.7 Alarme acústico.................................................................................................................24
5.5.8 Dispositivo de parada de emergência.............................................................................24
5.6 Controles............................................................................................................................24
5.6.1 Generalidades....................................................................................................................24
5.6.2 Símbolos............................................................................................................................25
5.6.3 Leiaute de controles bidirecionais..................................................................................25
5.6.4 Estações de controle em assento elevado.....................................................................26

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5.7 Estações de controle........................................................................................................26


5.7.1 Generalidades....................................................................................................................26
5.7.2 Estações de controle elevadas........................................................................................27
5.8 Sistemas elétricos e fenômenos relacionados..............................................................28
5.8.1 Generalidades....................................................................................................................28
5.8.2 Compatibilidade eletromagnética ...................................................................................28
5.9 Instalação...........................................................................................................................28
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5.9.1 Generalidades....................................................................................................................28
5.9.2 Instalação...........................................................................................................................28
5.9.3 Estabilidade.......................................................................................................................30
5.9.4 Ruídos................................................................................................................................30
5.9.5 Vibrações...........................................................................................................................30
5.9.6 Sistemas elétricos e fenômenos relacionados a instalação.........................................30
5.9.7 Componentes hidráulicos................................................................................................31
5.9.8 Acesso às estações de controle elevadas......................................................................31
6 Verificação dos requisitos ou medidas de segurança...................................................31
6.1 Generalidades....................................................................................................................31
6.2 Ensaios e procedimentos de ensaio...............................................................................35
6.2.1 Generalidades....................................................................................................................35
6.2.2 Ensaio funcional................................................................................................................35
6.2.3 Ensaio estático..................................................................................................................35
6.2.4 Ensaio dinâmicos..............................................................................................................36
6.2.5 Ensaio de estabilidade......................................................................................................36
7 Informações de uso..........................................................................................................37
7.1 Generalidades....................................................................................................................37
7.2 Manuais..............................................................................................................................37
7.2.1 Fornecimento de manuais................................................................................................37
7.2.2 Instruções para o instalador............................................................................................37
7.2.3 Manual do operador..........................................................................................................38
7.2.4 Manual de manutenção.....................................................................................................39
7.3 Placas de identificação.....................................................................................................40
7.3.1 Generalidades....................................................................................................................40
7.3.2 Placa de identificação do fabricante...............................................................................40
7.3.3 Placa de identificação do instalador...............................................................................40
7.3.4 Indicações da carga..........................................................................................................40
7.3.5 Marcações especiais em guindastes florestais ou sucateiros.....................................43
7.3.6 Marcação do centro de giro.............................................................................................44
7.4 Treinamentos para operadores de guindastes...............................................................44
8 Responsabilidades dos proprietários e usuários..........................................................44
8.1 Responsabilidades gerais................................................................................................44
8.2 Classificação das inspeções e ensaios..........................................................................44
8.2.1 Inspeções e ensaios iniciais ...........................................................................................44
8.2.2 Inspeções e ensaios regulares........................................................................................44

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8.2.3 Inspeções e ensaios frequentes......................................................................................45


8.2.4 Inspeções e ensaios periódicos......................................................................................46
8.2.5 Inspeções e ensaios eventuais........................................................................................47
8.2.6 Considerações gerais.......................................................................................................48
8.3 Manutenção.......................................................................................................................48
8.3.1 Treinamento de manutenção............................................................................................48
8.3.2 Treinamento de operação.................................................................................................48
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8.3.3 Soldas.................................................................................................................................49
8.4 Modificações......................................................................................................................49
8.5 Distribuição de cargas......................................................................................................49
8.6 Transferência de propriedade..........................................................................................49
8.7 Adesivos e marcações......................................................................................................49
8.8 Peças de reposição...........................................................................................................50
8.9 Boletins de segurança......................................................................................................50
8.10 Manuais..............................................................................................................................50
Anexo A (informativo) Exemplos de configurações e montagens................................................51
A.1 Sistemas de lança.............................................................................................................51
A.1.1 Guindastes articulados hidráulicos com sistema de lança reta...................................51
A.1.2 Guindastes articulados hidráulicos com sistemas de lança articulada......................51
A.2 Exemplos de montagem de guindaste articulado hidráulico.......................................52
Anexo B (informativo) Cálculos estruturais.....................................................................................55
B.1 Generalidades....................................................................................................................55
B.2 Tensões admissíveis.........................................................................................................55
B.2.1 Simbologia.........................................................................................................................55
B.2.2 Aços estruturais não ligados...........................................................................................55
B.2.3 Tensões admissíveis para aços estruturais não ligados..............................................56
B.2.4 Parafusos...........................................................................................................................56
B.2.4.1 Parafusos e prisioneiros fosfatizados ou galvanizados...............................................56
B.2.4.2 Pré-tensão em parafusos.................................................................................................57
B.2.4.3 Tensões na superfície de apoio.......................................................................................57
B.2.5 Esforços combinados.......................................................................................................58
B.2.6 Estabilidade elástica.........................................................................................................58
B.2.6.1 Deformação, método ômega............................................................................................58
B.2.6.2 Flambagem........................................................................................................................59
B.3 Cálculos conforme a teoria da segunda ordem.............................................................61
B.4 Valores de ω para aços estruturais sem liga..................................................................61
B.5 Análises..............................................................................................................................63
B.5.1 Análise geral de tensões..................................................................................................63
B.5.2 Análise da estabilidade elástica......................................................................................64
B.5.3 Análise da tensão de fadiga.............................................................................................64
B.5.3.1 Generalidades....................................................................................................................64
B.5.3.2 Grupos de carga................................................................................................................64
B.5.3.3 Tensões admissíveis.........................................................................................................66

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B.5.3.4 Tensões combinadas........................................................................................................68


B.6 Exemplos de casos de entalhe........................................................................................68
Anexo C (informativo) Notas explicativas........................................................................................78
C.1 Limitadores da capacidade nominal (Ver 5.6)................................................................78
C.2 Guindastes florestais ou sucateiros – Ruptura de linhas hidráulicas (Ver 5.5.6.2)....78
C.3 Estações de controle (Ver 5.8).........................................................................................79
Anexo D (informativo) Exemplos de movimentos perigosos.........................................................80
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Anexo E (informativo) Símbolos para trabalho e configuração de funções.................................81


Anexo F (informativo) Sistema de controle.....................................................................................82
Anexo G (informativo) Sistema de controle – Leiaute horizontal..................................................84
Anexo H (informativo) Alavancas de controle para assentos elevados e controles remotos....86
H.1 Controles para assentos elevados..................................................................................86
H.1.1 Controles multidirecionais (tipo joysticks).....................................................................86
H.1.2 Controles bidirecionais....................................................................................................86
H.2 Controles remotos............................................................................................................86
Anexo I (normativo) Cabinas para guindastes instalados em veículos com momento nominal
de até 250 kN.m.................................................................................................................89
Anexo J (informativo) Exemplos de estações de controle elevadas............................................90
Anexo K (normativo) Estações de controle elevadas – Dimensões de corrimãos, pegadores,
escadas e degraus............................................................................................................91
Anexo L (informativo) Instalação de um guindaste articulado hidráulico sobre um veículo.......93
L.1 Generalidades....................................................................................................................93
L.2 Dados mínimos para instalação......................................................................................93
L.2.1 Dados das dimensões do guindaste na posição de transporte...................................93
L.3 Tomada de força (PTO) e capacidade volumétrica da bomba......................................95
L.4 Método de cálculo para dimensionar o sobrechassi.....................................................96
L.4.1 Considerações gerais.......................................................................................................96
L.4.2 Tensões..............................................................................................................................96
L.4.3 Material e tensões admissíveis........................................................................................97
L.4.4 Símbolos e equações........................................................................................................97
L.4.4.1 Geral...................................................................................................................................97
L.4.4.2 Montagem flexível (chassi e sobrechassi)......................................................................97
L.4.4.3 Montagem rígida................................................................................................................97
Anexo M (normativo) Cestos acoplados em guindastes – Especificações e ensaios.................99
M.1 Princípios básicos.............................................................................................................99
M.2 Fatores de segurança estrutural......................................................................................99
M.2.1 Fator de segurança para montagem de cesto acoplado em guindastes...................100
M.2.2 Cálculo de carga equivalente.........................................................................................100
M.3 Controles..........................................................................................................................100
M.3.1 Geral.................................................................................................................................100
M.3.2 Controle superior............................................................................................................100
M.3.3 Comando inferior............................................................................................................101
M.3.4 Parada de emergência....................................................................................................101

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M.3.5 Comando dos estabilizadores.......................................................................................101


M.3.6 Dispositivo seletor..........................................................................................................101
M.3.7 Dispositivo seletor..........................................................................................................101
M.4 Equipamentos de segurança para trânsito...................................................................101
M.4.1 Segurança do equipamento...........................................................................................101
M.4.2 Segurança da caçamba e/ou plataforma.......................................................................102
M.5 Estabilidade.....................................................................................................................102
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M.5.1 Estabilidade em superfície plana...................................................................................102


M.5.2 Efeitos do ensaio de estabilidade..................................................................................102
M.5.3 Indicador de inclinação..................................................................................................102
M.5.4 Dispositivo de segurança das sapatas estabilizadoras..............................................102
M.6 Nivelamentos da caçamba e/ou plataforma..................................................................102
M.7 Movimentações da caçamba ou plataforma.................................................................102
M.8 Caçamba e/ou plataforma...............................................................................................103
M.9 Sistemas de força auxiliar de emergência....................................................................103
M.10 Sistemas de operação de emergência..........................................................................103
M.10.1 Plataformas metálicas (condutivas)..............................................................................103
M.10.2 Tensões superiores a 1 000V.........................................................................................103
M.10.3 Tensões iguais ou inferiores a 1 000V..........................................................................103
M.10.4 Serviços em proximidade de linhas..............................................................................104
M.11 Dispositivo ou sistemas elétricos e procedimentos de ensaios................................104
M.11.1 Cesto acoplado................................................................................................................104
M.11.1.1 Geral.................................................................................................................................104
M.11.1.2 Capacidade......................................................................................................................104
M.11.1.3 Alcance vertical da caçamba.........................................................................................104
M.11.1.4 Alcance lateral da caçamba...........................................................................................104
M.11.1.5 Tensão de projeto............................................................................................................105
M.11.1.6 Tensão de qualificação...................................................................................................105
M.11.1.7 Aterramento.....................................................................................................................105
M.11.1.8 Ponto de ancoragem para cinto de segurança............................................................105
M.11.1.9 Controle de qualidade.....................................................................................................105
M.11.2 Manuais............................................................................................................................105
M.11.3 Marcações........................................................................................................................106
M.11.3.1 Marcações aplicáveis......................................................................................................106
M.11.3.2 Marcações de identificação............................................................................................106
M.11.3.3 Marcações operacionais.................................................................................................106
M.11.3.4 Marcações de instrução.................................................................................................107
M.12 Ensaios.............................................................................................................................107
M.12.1 Ensaios de tipo................................................................................................................107
M.12.1.1 Óleo hidráulico isolante..................................................................................................107
M.12.1.2 Dielétrico das mangueiras hidráulicas..........................................................................107
M.12.1.3 Resistência mecânica das mangueiras hidráulicas.....................................................107
M.12.1.4 Esforço estático da caçamba.........................................................................................108

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M.12.1.5 Absorção de umidade do isolamento do braço...........................................................108


M.13 Aceitação e rejeição........................................................................................................108
M.13.1 Aceitação.........................................................................................................................108
M.13.2 Rejeição............................................................................................................................108
M.14 Responsabilidades de distribuidores e instaladores..................................................108
M.14.1 Responsabilidades gerais..............................................................................................108
M.14.2 Manuais............................................................................................................................109
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M.14.3 Instalações.......................................................................................................................109
M.14.4 Controles de qualidade...................................................................................................109
M.14.5 Treinamento.....................................................................................................................109
M.14.6 Treinamentos de manutenção........................................................................................109
M.15 Anexos.............................................................................................................................109
Anexo N (informativo) Seleção de um conjunto adequado de normas de guindastes para uma
determinada aplicação.................................................................................................... 110
Bibliografia....................................................................................................................................... 112

Figuras
Figura 1 – Principais componentes dos guindastes articulados hidráulicos................................7
Figura 2 – Gráfico da capacidade nominal (w) em relação ao alcance (r)....................................23
Figura 3 – Símbolos para função de trabalho.................................................................................25
Figura 4 – Exemplo de placa de cargas da capacidade nominal com a capacidade indicada em
várias posições de fixação da carga ao longo de uma linha horizontal desenhada a
partir do primeiro apoio interno do sistema de lanças.................................................41
Figura 5 – Exemplo de gráfico de capacidade nominal de carga para todas as configurações
da lança..............................................................................................................................42
Figura 6 – Exemplo de gráfico de capacidade nominal de cargas para guindaste com guincho
de cabo...............................................................................................................................42
Figura 7 – Exemplo de gráfico de capacidade nominal de carga para guindaste com a terceira
lança...................................................................................................................................43
Figura 8 – Área não permitida de aproximação..............................................................................43
Figura 9 – Exemplo de símbolo para guindastes para proibição de uso de gancho..................43
Figura A.1 – Sistema de lança telescópica......................................................................................51
Figura A.2 – Sistema fixo de lança reta............................................................................................51
Figura A.3 – Sistema de lança articulada, dobrável transversalmente ao veículo......................51
Figura A.4 – Sistema de lança articulada com extensão, dobrável ao longo do veículo............52
Figura A.5 – Sistema de lança articulada, dobrável transversalmente ao veículo......................52
Figura A.6 – Guindaste articulado hidráulico montado atrás da cabina.......................................52
Figura A.7 – Guindaste articulado hidráulico montado na traseira...............................................53
Figura A.8 – Guindaste articulado hidráulico montado no meio...................................................53
Figura A.9 – Guindaste florestal montado na parte traseira..........................................................53
Figura A.10 – Guindaste articulado hidráulico montado sobre trator com cabina......................53
Figura A.11 – Guindaste articulado hidráulico sobre base fixa.....................................................54
Figura A.12 – Guindaste articulado hidráulico montado sobre picape.........................................54

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Figura B.1 – Tensões resultantes ideais..........................................................................................65


Figura B.2 – Relações entre σf(κ) e σf(– 1).......................................................................................67
Figura D.1 – Exemplos de movimentos perigosos (indicados pelas setas)
que devem ser evitados em caso de sobrecarga...........................................................80
Figura F.1 – Exemplo de leiaute vertical..........................................................................................83
Figura G.1 – Sistema de controle com símbolos de leiaute na horizontal afixados nas
empunhaduras das alavancas de controle.....................................................................84
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Figura G.3 – Sistema de controle com leiaute horizontal –


Símbolos indicativos separados em cima das alavancas.............................................85
Figura H.2 – Controles multidirecionais –
Disposição de um sistema de controle com duas alavancas e dois pedais...............88
Figura I.1 – Dimensão interna mínima..............................................................................................89
Figura J. 3 – Estações de controle elevada na coluna com degraus de acesso.........................90
Figura K.1 – Dimensão dos corrimãos e pegadores.......................................................................91
Figura K. 2 – Degraus, escadas e escadas internas.......................................................................92
Figura L.1 – Direção dos três eixos e seus símbolos.....................................................................98
Figura L.2 – Dados do guindaste......................................................................................................98

Tabelas
Tabela 1 – Lista de riscos significantes e suas exigências associadas.........................................8
Tabela 2 – Valores de β2 e ϕ2min........................................................................................................12
Tabela 3 – Valores de Vh....................................................................................................................12
Tabela 4 – Combinações de cargas a serem abrangidas...............................................................16
Tabela 5 – Métodos a serem utilizados para verificar conformidade com os requisitos ou
medidas de segurança......................................................................................................32
Tabela B.1 – Valores nominais das propriedades do material.......................................................55
Tabela B.2 – Tensões admissíveis para aços estruturais sem liga (N/mm2)................................56
Tabela B.3 – Tensões admissíveis para os parafusos (N/mm2).....................................................57
Tabela B.4 – Tensões admissíveis no apoio....................................................................................58
Tabela B.5 – Valores dos coeficientes de flambagem kσ e kτ para chapas apoiadas nas
extremidades.....................................................................................................................60
Tabela B.6 – Valores de ω para S 235...............................................................................................61
Tabela B.7 – Valores de ω para S 275...............................................................................................62
Tabela B.8 – Valores de ω para S 355...............................................................................................63
Tabela B.9 – Grupos de carga...........................................................................................................64
Tabela B.10 – Tensões referidas σo – σm das tensões resultantes ideais ^σo – σo.......................65
Tabela B.12 – Valores básicos para as tensões de fadiga admissíveis σf (– 1) (N/mm2) em
componentes estruturais para os casos de entalhe K0 a K4 em todos os graus de aço...67
Tabela B.13 – Tensões de fadiga admissíveis de acordo com a Figura B.2, como função de K
(– 1), conforme as Tabelas B.11 e B.12...........................................................................68
Tabela B.14 – Tensões de fadiga admissíveis τf(K) para elementos estruturais e soldas e τf(K)
e σfl(K) para parafusos e pinos........................................................................................68
Tabela B.15 – Caso de entalhe W0....................................................................................................69

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Tabela B.16 – Caso de entalhe W1....................................................................................................69


Tabela B.17 – Caso de entalhe W2....................................................................................................69
Tabela B.18 – Caso de entalhe K0.....................................................................................................70
Tabela B.20 – Caso de entalhe K2.....................................................................................................72
Tabela B.21 – Caso de entalhe K3.....................................................................................................74
Tabela B.22 – Caso de entalhe K4.....................................................................................................76
Tabela E.1 – Símbolos a serem utilizados........................................................................................81
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Tabela F.1 – Direção da operação de controle e respectivo movimento.......................................82


Tabela K.2 – Dimensões de degraus e escadas..............................................................................92
Tabela L.1 – Medidas do Guindaste..................................................................................................93
Tabela L.2 – Dados do Guindaste.....................................................................................................94
Tabela L.3 – Dados de montagem.....................................................................................................94
Tabela L.4 – Dados para instalação..................................................................................................94
Tabela L.5 – Dados dos cálculos de estabilidade...........................................................................95
Tabela N.1 – Normas para guindastes............................................................................................ 111

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ABNT NBR 14768:2021

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.
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Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 14768 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
(ABNT/CB-004), pela Comissão de Estudo Guindastes e Gruas (CE-004:010.017). O Projeto de Revisão
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 18.12.2020 a 18.01.2021.

A ABNT NBR 14768:2021 cancela e substitui a ABNT NBR 14768:2015, a qual foi tecnicamente
revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 14768 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies the minimum requirements for the design, calculation, inspections and tests
of hydraulic articulated cranes, as well as their installation on vehicles or fixed bases.

This Standard does not apply to hydraulic articulated boom cranes used on ships or floating
structures, nor to articulated boom boom cranes designed as integral parts of special equipment.

This Standard refers to hydraulic articulated cranes (including forestry or scrap cranes) manufactured
after the date of publication of this Standard.

NOTE Cable winches are treated to a specific standard. Cable winches may only be applied with the
permission of the crane manufacturer.

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Introdução

Esta Norma contém instruções e informações para o uso de guindastes, visando a saúde e a
segurança do operador, os impactos ao meio ambiente e a integridade do equipamento.

Os requisitos específicos para determinados tipos de guindastes são fornecidos nas Normas
Brasileiras e Internacionais apropriadas, para cada tipo de guindaste em particular.
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Os riscos abrangidos por esta Norma são identificados na Seção 4.

Esta Norma não pretende abranger todos os problemas de segurança associados ao seu uso.
É de res-ponsabilidade do usuário desta Norma estabelecer as práticas de saúde e segurança
apropriadas e determinar a aplicabilidade das limitações legais antes do uso.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 14768:2021

Guindastes — Guindastes articulados hidráulicos — Requisitos

1 Escopo
Esta Norma especifica os requisitos mínimos para o projeto, cálculo, inspeções e ensaios de
guindastes articulados hidráulicos, bem como a respectiva instalação sobre veículos ou bases fixas.
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Esta Norma não se aplica aos guindastes articulados hidráulicos utilizados em navios ou em estruturas
flutuantes, nem aos guindastes com sistema de lanças articuladas projetadas como partes integrantes
de equipamentos especiais.

Esta Norma se refere aos guindastes articulados hidráulicos (inclusive guindastes florestais
ou sucateiros) fabricados após a data de publicação desta Norma.

NOTA Os guinchos de cabo são tratados em uma norma específica. A aplicação de guincho de cabo
só pode ser realizada sob autorização do fabricante do guindaste

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 14153, Segurança de máquinas – Partes de sistemas de comando relacionados


à segurança – Princípios gerais para projeto

ABNT NBR 16092:2018, Cestas aéreas – Especificações e ensaios

ABNT NBR 16601, Ensaio não destrutivo – Emissão acústica – Procedimento para ensaios
em guindastes articulados hidráulicos com ou sem cesto acoplado

ABNT NBR ISO 12100, Segurança de máquinas – Princípios gerais de projeto – Apreciação e redução
de riscos

ABNT NBR NM ISO 5353, Máquinas rodoviárias, tratores e máquinas agrícolas e florestais – Ponto
de referência do assento

ABNT NBR NM ISO 13852, Segurança de máquinas – Distâncias de segurança para impedir o acesso
a zonas de perigo pelos membros superiores

ABNT NBR NM ISO 13853, Segurança de máquinas – Distâncias de segurança para impedir o acesso
a zonas de perigo pelos membros inferiores

ABNT NBR NM ISO 13854, Segurança de máquinas – Folgas mínimas para evitar esmagamento
de partes do corpo humano

ISO 4413, Hydraulic fluid power – General rules and safety requirements for systems and their
components

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EN 12077-2, Cranes safety – Requirements for health and safety – Part 2: Limiting and indicating
devices

EN 12644-1:2001, Cranes – Information for use and testing – Part 1: Instructions

EN 12644-2, Cranes – Information for use and testing – Part 2: Marking

EN 13001-2, Cranes – General design – Part 2: Load actions


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EN 13001-3-1, Cranes – General design – Part 3-1: Limit states and proof of competence of steel –
Structures

EN 13557, Cranes – Controls and control stations

EN 13586, Cranes – Access

EN 60204-32, Safety of machinery – Electrical equipment of machines – Part 32: Requirements for
hoisting machines

EN 61000-6-2, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 6-2: Generic standards – Immunity for
industrial environments

EN 61000-6-4, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 6-4: Generic standards – Emission standard
for industrial environments

DIN 15400, Lifting hooks – Materials, mechanical properties, lifting capacities and stresses

DIN 15401-2, Lifting hooks for lifting appliances – Single hooks – Finished parts with threaded shank

ASTM D877, Standard Test Method for Dielectric Breakdown Voltage of Insulating Liquids Using Disk
Electrodes

SAE J343, Test and Test Procedures for SAE 100R Series Hydraulic Hose and Hose Assemblies

3 Termos e definições
Para os efeitos deste Documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
acessório fixo para elevação de carga
dispositivo com o qual a carga útil pode ser suspensa, que é fixado diretamente à extremidade da
lança como parte integrante do guindaste

3.2
acessório para elevação de carga, não fixo
acessório intercambiável que pode ser acoplado pelo usuário, direta ou indiretamente, no gancho
ou em qualquer outro dispositivo de acoplamento do guindaste, sem afetar a sua integridade

3.3 3.3
alcance hidráulico
distância obtida com o acionamento do sistema de lanças

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3.4
alcance horizontal
distância horizontal entre o eixo de giro da coluna e o ponto de acoplamento da carga

3.5
alcance vertical
distância vertical entre o solo e o ponto de acoplamento da carga
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3.6
assento elevado
estação de controle fixada à coluna que, consequentemente, acompanha o giro do guindaste

3.7
base
estrutura metálica que contém os pontos para fixação, suporte da coluna giratória e seu sistema de giro

3.8
base fixa (fundação)
pontos fixos para a sustentação do guindaste estacionário

3.9
caçamba
plataforma
componente destinado à elevação e acomodação de pessoas à posição de trabalho

3.10
capacidade nominal
carga útil acrescida da carga morta para a qual o guindaste foi projetado, de acordo com as condições
de operação (conforme as configurações de lanças e posição da carga)

3.11
carga bruta
soma da carga útil e do acessório não fixo para elevação e, se for o caso, de parte do cabo de içamento

3.12
carga máxima de trabalho
carga útil máxima que pode ser elevada, sendo a carga mais alta indicada no gráfico de cargas

3.13
cargas mortas
soma das partes fixas e móveis do guindaste que agem permanentemente sobre a estrutura enquanto
o guindaste estiver em uso

3.14
carga útil
carga que é içada pelo guindaste e suspensa por um acessório fixo ou não fixo, ou diretamente no
ponto de içamento da carga

3.15
coluna
elemento estrutural giratório que suporta o sistema de lanças

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3.16
cilindro de estabilização
parte do estabilizador capaz de entrar em contato com o solo para fornecer a estabilidade necessária

3.17
estabilizador
estrutura de sustentação conectada à base do guindaste ou ao veículo, destinada a prover a estabilidade
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3.18
estação de controle
posição a partir da qual o guindaste pode ser operado

3.19
estação de controle elevada
estação de controle localizada acima do nível do solo, isto é, um banco do operador elevado,
fixado à coluna do guindaste articulado hidráulico ou uma plataforma posicionada sobre a base do
guindaste articulado hidráulico (ver Anexo k)

3.20
extensão do estabilizador
parte do estabilizador que pode estender lateralmente o cilindro de estabilização, desde a posição
de transporte até a posição de operação

3.21
extensão hidráulica da lança
parte da lança que possui movimento telescópico hidráulico, variando o seu comprimento

3.22
extensão manual da lança
parte da lança que pode ser estendida ou retraída manualmente

3.23
giro
movimento rotacional em torno do eixo da coluna

3.24
guincho de cabo
equipamento acoplado ao guindaste articulado hidráulico para elevar e abaixar cargas suspensas,
em distâncias predeterminadas, por meio de cabos

3.25
guindaste articulado hidráulico
mecanismo operacional, compreendendo uma coluna que gira sobre uma base e um sistema de
lanças acopladas na parte superior da coluna

NOTA 1 O guindaste normalmente é instalado em um veículo, inclusive em reboque, semirreboque ou


em base fixa, sendo projetado para carga e descarga do próprio veículo e para outras tarefas, conforme
especificado pelo fabricante no manual do operador

NOTA 2 O Anexo A contém exemplos de configurações e instalações.

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3.26
guindaste florestal
guindaste articulado hidráulico, especificamente projetado, fabricado e equipado com uma garra para
carregar e descarregar madeira

3.27
inclinação do guindaste
ângulo entre o eixo de rotação e uma linha vertical, devido ao trabalho em terreno inclinado ou irregular
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3.28
indicador da capacidade nominal
dispositivo que, dentro de limites de tolerância especificados em 5.6.2.1, fornece no mínimo uma
indicação contínua de que a capacidade nominal está sendo excedida e outra indicação contínua
(em determinados tipos de guindaste) de que o limite de capacidade nominal se aproxima

3.29
jib
acessório acoplado ao sistema de lanças, composto pelos componentes 16 a 22 do sistema de lanças
da Figura 1

3.30
lança
elemento estrutural do sistema de lanças do guindaste articulado hidráulico

3.31
limitador de capacidade nominal
sistema que previne automaticamente que o guindaste movimente cargas além de sua capacidade
nominal (ver Anexo C)

3.32
momento líquido de elevação
capacidade nominal multiplicada pelo raio de alcance

3.33
movimento articulado
movimento dos elementos da lança em torno de uma articulação, por meio de pinos

3.34
momento máximo de elevação
soma do momento de elevação líquido com o momento produzido pelas cargas mortas

3.35
pressão dinâmica
pressão nos componentes ou parte do sistema hidráulico, causada pelas forças dinâmicas nos
atuadores enquanto a carga estiver sendo movimentada

3.36
pressão máxima de trabalho
pressão máxima no circuito da bomba ou em uma função de trabalho individual

3.37
ruptura da linha hidráulica
falha de uma linha hidráulica que resulta em uma perda de pressão na própria linha

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3.38
sistema de controle
interface entre as alavancas de operação e os componentes de acionamento que fornecem os
movimentos do guindaste articulado hidráulico

3.39
sistema de lanças
sistema completo, composto por lanças, extensões de lanças e cilindros, composto pelos componentes
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6 a 13 da Figura 1

3.40
taxa de abaixamento
distância dentro de um determinado tempo, em que a carga abaixa, devido a vazamentos internos
dos componentes hidráulicos

3.41
válvula de alívio de pressão
válvula que libera automaticamente o óleo hidráulico em direção ao reservatório, quando a pressão
excede um valor especificado

3.42
válvula de alívio principal
válvula que limita a pressão fornecida ao sistema hidráulico do guindaste

3.43
válvula de alívio secundária
válvula que limita a pressão fornecida a um atuador hidráulico

3.44
válvula de pretensão
válvula unidirecional instalada em linha calibrada para atuar com uma pressão preestabelecida

3.45
válvula de retenção (holding)
válvula que está normalmente fechada, mas que pode ser aberta por uma força externa para permitir
a saída do fluxo de fluido de um atuador hidráulico

3.46
válvula de retenção sensível ao fluxo
válvula que bloqueia o fluxo quando se ultrapassa determinado nível preestabelecido de queda de
pressão

3.47
zona de perigo
qualquer zona na máquina ou em torno dela, dentro da qual a pessoa está exposta ao risco de sofrer
lesões ou prejuízo à sua saúde (ver ABNT NBR ISO 12100)

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Legenda
1 base 12 extensões de lanças manuais
2 extensão do estabilizador 13 gancho principal
3 cilindro de estabilização 14 estações de controles de operação (comandos)
4 mecanismo de giro 15 apoio do cilindro de estabilização
5 coluna 16 adaptador da terceira lança (Jib)
6 braço anterior (primeira lança) 17 terceira lança (Jib)
7 cilindro do braço anterior (elevação) 18 cilindro da terceira lança
8 braço posterior (segunda lança) 19 extensões das lanças hidráulicas
9 cilindro do braço posterior (inclinação) 20 cilindros de extensão das lanças do Jib
10 extensões das lanças hidráulicas 21 gancho do Jib
11 cilindro de extensão das lanças hidráulicas 22 extensões de lanças manuais do Jib

Figura 1 – Principais componentes dos guindastes articulados hidráulicos

4 Lista de riscos importantes


A Tabela 1 apresenta uma lista organizada de acordo com a ABNT NBR ISO 12100 e com a legislação
vigente, de eventos e situações perigosas importantes que podem resultar em riscos para as pessoas
durante o uso normal e o uso incorreto previsível do equipamento. Ela contém também referências
cruzadas correspondentes para as disposições pertinentes nesta Norma, as quais são necessárias
para reduzir ou eliminar os riscos associados a esses perigos. Antes de utilizar esta Norma, é importante
realizar uma avaliação de risco do guindaste. No mínimo, devem ser incluídos na avaliação de risco
os riscos cobertos pela Tabela 1.

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Tabela 1 – Lista de riscos significantes e suas exigências associadas (continua)


Nº Riscos Subseções nesta Norma
Riscos, situações de risco e eventos de risco
Riscos mecânicos devidos a: 5.1, 5.2, 5.3, 5.5.1, 5.5.4,
1 Inadequação de resistência mecânica do guindaste e suas 5.5.5, 5.5.8, 5.5.9,
partes 5.10.2.1, 5.10.2, 7.2.3.7
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1.1 Risco de esmagamento 5.8.1, 5.10.2.3


1.2 Risco de corte
1.3 Risco de ferimento ou amputação
1.4 Risco de emaranhamento
1.5 Risco de aprisionamento ou confinamento
1.6 Risco de impacto
1.7 Risco de penetração ou perfuração
1.8 Risco de fricção ou abrasão
5.5.1, 5.5.5, 5.10.7,
1.9 Risco de injeção ou ejeção de fluido a alta pressão
7.2.3.5, 7.2.4.2
5.4.1.1, 5.4.1.2, 5.4.1.3,
1.10 Ejeção de peças
5.4.2, 5.4.3
5.6.1, 5.6.2, 5.6.4, 5.6.5,
1.11 Perda de estabilidade
5.6.6.2, 5.10.3

1.12 Escorregão, tropeço, queda 5.10.8

2 Riscos elétricos devidos a:


5.6.1.3, 5.9, 5.10.6,
2.1 Contato de pessoas com partes vivas (contato direto)
7.2.3.1d
2.2 Escorregão, tropeço, queda
2.3 Riscos elétricos devidos a:
2.4 Contato de pessoas com partes vivas (contato direto)
Radiação térmica ou outros fenômenos, como emissão
2.5 de partículas fundidas e efeitos químicos de curto-circuito,
sobrecargas etc.
3 Riscos térmicos que resultem em:
Queimaduras ou outros ferimentos devido ao possível contato
de pessoas com objetos ou materiais com temperatura
3.1 5.5.5, 5.10.2.3, 7.2.4.1
extremamente alta ou baixa, devido às chamas ou explosões
e devido à radiação de fontes de calor
Prejuízo à saúde devido ao ambiente de trabalho quente ou
3.2 7.2.3.7
muito frio

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Tabela 1 (continuação)
Nº Riscos Subseções nesta Norma
Riscos, situações de risco e eventos de risco

Não significativo para os


guindastes que não incluam
4 Riscos gerados pelo ruído uma fonte de alimentação.
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Ver 7.2.3.8 para informações


relativas ao ruído

5 Riscos gerados por vibração 5.10.5


Riscos gerados por materiais e substâncias (e seus elementos
7 5.10.2.3
constituintes) processados ou utilizados pelas máquinas
Riscos pelo contato ou inalação de fluidos, gases, névoas,
7.1 7.2.4.1
vapores e pós que são prejudiciais
Riscos gerados pela negligência de princípios ergonômicos
8
no projeto das máquinas, por exemplo, risco de:
5.4.1.3, 5.4.2, 5.4.3, 5.7,
8.1 Posturas não saudáveis ou esforço excessivo
5.8, 5.10.8
8.2 Observação inadequada da anatomia de mão/braço e pé/perna 5.7, 5. 8
8.3 Negligência no uso de equipamento de proteção individual 7.2.4.1
8.4 Iluminação inadequada do local 5.8.1(7.2.4.1, 7.2.3.6 d)
5.6, 5.7.1, 5.7.2, 7.2.3,
8.6 Erro humano, comportamento humano
7.2.4
Projeto, localização ou identificação inadequada dos controles
8.7 5.4.1.3, 5.4.3, 5.7, 5.8
manuais
Projeto ou localização inadequada das unidades visuais de
8.8
display
9 Combinação de riscos 5.2.3, 5.2.4
Partida inesperada, aumento inesperado de velocidade
10
(ou similar a mau funcionamento) devido à:
5.5.6.1, 5.5.6.2, 5.5.7,
10.1 Falha/problema no sistema de controle
5.6.6, 5.6.8, 5.7.1
Riscos causados pela falta ou posicionamento incorreto
11
de medidas/meios relacionados à segurança
11.1 Proteções 5.5.5, 5.7.1, 5.10.2.3
5.4.1, 5.4.3, 5.6.3, 5.6.6,
11.2 Dispositivos relacionados à segurança (proteção)
5.6.7
5.4.1.3, 5.6.7, 5.7.2,
11.4 Sinalizações, sinais e símbolos de segurança
7.2.3.5, 7.3.4, 7.3.5

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Tabela 1 (conclusão)
Nº Riscos Subseções nesta Norma
5.6.1, 5.6.2, 5.6.4, 5.6.7,
11.5 Dispositivos de informação ou alerta
7.1, 7.2,7.3
11.6 Visibilidade 5.4.3, 5.8.1, 7.3.4.1
11.7 Equipamentos de emergência 5.6.3, 5.6.8
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15 Erros de montagem 7.2.2, 7.2.4


5.4.1, 5.6.1, 5.6.2, 5.6.4,
18 Perda de estabilidade/tombamento da máquina
5.6.5, 5.6.6, 5.10.3
27 Riscos mecânicos e eventos perigosos:
Devido às quedas de carga, colisões, inclinação da máquina,
27.1
causadas por:
27.1.1 Falta de estabilidade 5.10.3, 6.2.5
Carregamento não controlado – excesso de carga – 5.5.4, 5.6.1, 5.6.2, 5.6.3,
27.1.2
tombamento por momento excedido 5.6.4, 5.6.5
27.1.3 Amplitude de movimentos não controlados 5.6.6
27.1.4 Movimentos inesperados/não intencionados da carga 5.5.6, 5.5.7, 5.5.8
27.1.5 Dispositivos/acessórios inadequados de retenção 5.4.2, 7.2.3.6
27.2 Devido ao acesso de pessoas à área de sustentação da carga 7.2.3.1e)
5.1, 5.2, 5.3, 5.5.8, 5.5.9,
27.4 Devido à insuficiente resistência mecânica dos componentes
5.10.2
Devido às condições anormais de montagem, ensaio,
27.8 5.10, 7.1, 7.2.7.3
utilização e manutenção
29 Riscos gerados pela negligência de princípios ergonômicos
29.1 Visibilidade insuficiente na posição de controle 5.8.1

5 Requisitos de segurança ou medidas de segurança


5.1 Generalidades

As máquinas devem atender aos requisitos ou medidas de segurança desta Seção. Além disso,
as máquinas devem ser projetadas de acordo com os princípios da ABNT NBR ISO 12100, no que se
refere aos riscos relevantes, embora não significativos, que não são tratados nesta Norma.

A capacidade nominal deve ser calculada a partir dos seguintes dados:

 a) pressão de trabalho nos cilindros;

 b) área dos cilindros que sustentam a carga;

 c) geometria;

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 d) cargas mortas;

 e) combinação de cargas.

Para fins de cálculo, a capacidade nominal é igual à carga bruta.

5.2 Cálculo estrutural


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5.2.1 Informações a serem fornecidas no cálculo

Devem ser fornecidas nos procedimentos de cálculo (projeto) as seguintes informações:

 a) tipo de guindaste e método de operação;

 b) número estimado de ciclos de trabalho com carga total;

 c) detalhes do sistema de carregamento que refletem as condições reais de serviço, incluindo
desenhos e principais dimensões;

 d) condições presumidas de carga, incluindo a inclinação do terreno;

 e) classificação da unidade de içamento e histórico de fadiga;

 f) material para componentes individuais e articulações;

 g) formas, dimensões e valores estáticos de todos os componentes sujeitos a carregamento na


seção transversal;

 h) análise separada dos componentes estruturais individuais e das principais conexões;

 i) fatores dinâmicos

5.2.1.1 Efeitos do içamento, da gravidade e da massa do guindaste

Os efeitos dinâmicos devidos às vibrações da estrutura quando uma carga está sendo elevada ou
abaixada devem ser levados em consideração, aplicando-se o fator ϕ devido às forças gravitacionais
que atuam sobre as massas do guindaste. Isto deve ser utilizado para o projeto da estrutura do
guindaste em seus suportes. O valor de ϕ1 deve ser o menor dos dois valores, entre 1,1 e ϕ2,
ou expresso como uma equação:

ϕ1 = mín. (1,1;ϕ2)

Em geral, ϕ1 = 1,1. Entretanto, não pode exceder o valor de ϕ2, no caso de ϕ2 ser inferior a 1,1.

5.2.1.2 Efeitos do içamento e da gravidade sobre a carga bruta

No caso de elevar ou baixar uma carga, bem como iniciar ou parar um movimento vertical, os efeitos
vibracionais devem ser incluídos no carregamento, multiplicando-os pela força da gravidade devido
à massa içada pelo fator ϕ2.

O fator ϕ2 deve ser tomado como a seguir:


ϕ = ϕ2min + β2 x Vh
2

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ϕ2min e β2 são apresentados na Tabela 2 conforme a classe apropriada de elevação. Para um guindaste
articulado hidráulico, são atribuídas as classes de elevação HC1 e HC2 de acordo com as suas
características dinâmicas e elásticas:

 a) HC1 para guindaste montado sobre o veículo ou em base com flexibilidade equivalente;

 b) HC2 para guindaste montado em base fixa.


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Guindastes instalados em bases fixas, equipados com um dispositivo que limite os picos de pressão
(por exemplo, um acumulador de pressão) no cilindro do braço anterior, podem ser classificados
como HC1.

Vh é a velocidade vertical constante do gancho, em metros por segundo, relacionada com o acessório
de içamento. Os valores de Vh são apresentados na Tabela 3.

Tabela 2 – Valores de β2 e ϕ2min


Classe de içamento β2 ϕ
2min

HC1 0,17 1,05


HC2 0,34 1,10

Tabela 3 – Valores de Vh
Tipo de movimentação do guindaste e método de operação
Combinações de cargas
HD1 HD4 HD5
A1, B1 Vh máx. 0,5 x Vh máx. Vh = 0
C1 – Vh máx. 0,5 x Vh máx.

onde

HD1 é o guindaste operado com velocidade constante;

HD4 é o início do içamento, realizado com velocidade continuamente crescente;

HD5 é um caso de içamento com controle de velocidade automático, que assegura que
a influência da velocidade sobre as forças dinâmicas seja desprezada;

Vh máx. é a velocidade vertical máxima do gancho.

Nas combinações de carga A1 e B1, Vh máx. é a velocidade máxima vertical do gancho que é dada
por qualquer acionamento simples do sistema hidráulico.

Na combinação de carga C1, Vh máx. é a velocidade máxima vertical do gancho a partir de todos os
pontos de articulação hidráulica atuando simultaneamente.

Na combinação de carga A e B, assume-se que os picos dinâmicos dos movimentos simultâneos


não podem coincidir. Caso haja o evento improvável de que os picos dinâmicos coincidam ou se
sobreponham, este evento é coberto pela combinação de carga C1.

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5.2.1.3 Efeito de liberação repentina de uma parte da carga bruta

Para guindastes que liberem ou soltem uma parte da carga bruta como procedimento normal de
operação, por exemplo, quando são utilizadas garras ou ímãs, o efeito dinâmico máximo no
guindaste pode ser simulado multiplicando-se a carga bruta pelo fator ϕ3.

O valor dado por ϕ3 = 1 – Δm x (1+β) /m,


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onde

m é a massa da carga bruta;

Δm é a parte liberada (descarregada) da carga bruta;

β é igual a 0,5 para guindastes equipados com garras ou dispositivos semelhantes que soltem a carga
lentamente;

β é igual a 1,0 para guindastes equipados com ímãs ou dispositivos semelhantes que soltem a carga
rapidamente.

5.2.1.4 Efeitos causados pela aceleração e desaceleração do sistema de giro

O fator dinâmico ϕ5h deve ter um valor de 1,05 na posição de trabalho do gancho e 1,3 para a caçamba
ou clamshell.

5.2.2 Cargas e forças

5.2.2.1 Generalidades

As seguintes cargas e forças devem ser levadas em consideração:

 a) cargas regulares:

— cargas mortas;

— carga bruta;

— forças dinâmicas;

— forças centrífugas;

 b) cargas ocasionais:

— cargas em serviço devido ao vento;

— outros efeitos ambientais e climáticos, como temperatura, neve e gelo;

— cargas em escadas de acesso, plataformas e corrimãos;

 c) cargas excepcionais:

— cargas de ensaio;

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— cargas causadas por movimentos interrompidos repentinamente por um dispositivo


mecânico, por exemplo, fim de curso do cilindro de giro, ou por um dispositivo de segurança,
por exemplo, parada de emergência, válvula de interrupção da linha hidráulica;

— liberação repentina da carga, por exemplo, falha do cabo, falha da lingada;

— forças devidas a picos dinâmicos simultâneos causados pela elevação ou abaixamento


das cargas, somando-se todas as velocidades verticais de todos os pontos de articulação.
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5.2.2.2 Cargas regulares

5.2.2.2.1 Cargas mortas

Ver 3.13.

5.2.2.2.2 Carga bruta

Ver 3.11.

5.2.2.2.3 Forças devidas à aceleração ou desaceleração do sistema de giro

As cargas horizontais do guindaste e da carga útil devem ser calculadas como a seguir:

Fhi = mi. g. tan α

onde

α ≥ 3°

Fhi é a carga horizontal i atuando na carga útil ou o ponto de massa da lança;

mi é a carga útil ou o ponto de massa da lança;

g é a constante da gravidade;

α é a máxima inclinação para o guindaste de acordo com a especificação do fabricante.


No entanto, o valor mínimo a ser usado é α = 3°.

5.2.2.2.4 Forças centrífugas (ver Tabela 4)

As forças centrífugas que atuam no giro dos guindastes devem ser calculadas apenas a partir da
carga morta e dos componentes do sistema de lanças, do contrapeso (quando aplicável) e da carga
bruta, sem aplicação dos fatores mencionados em 5.2.2.2 ou 5.2.2.3.

5.2.2.2.5 Forças sobre o estabilizador

O cilindro estabilizador deve ser carregado pela ação simultânea da força vertical e horizontal.
A força horizontal deve atuar no pé do estabilizador, no comprimento máximo e na direção mais
desfavorável. A magnitude da força horizontal deve ser de pelo menos 5 % da força vertical.

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5.2.2.3 Cargas ocasionais

5.2.2.4 Carga dos ventos

As cargas dos ventos devem ser calculadas de acordo com a EN 13001-2. Deve ser considerada a
força dos ventos apenas para os guindastes em serviço.

5.2.2.4.1 Cargas em escadas de acesso, plataformas e corrimãos


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Ver 5.8.2.

5.2.2.4.2 Cargas excepcionais

Estas cargas podem atuar em situações excepcionais (por exemplo, em ensaios, ruptura de linhas
hidráulicas).

5.2.3 Combinação de cargas

5.2.3.1 Combinações básicas de carga

As cargas devem ser combinadas para determinar as tensões que o guindaste sofrer durante o
funcionamento normal. A Tabela 4 mostra as combinações básicas das cargas.

NOTA Em geral, as combinações de carga A abrangem as cargas regulares; as combinações de carga B


abrangem as cargas regulares combinadas com cargas dos ventos; as combinações de carga C abrangem
as cargas regulares combinadas com cargas ocasionais e excepcionais.

5.2.3.2 Combinações de carga a serem abrangidas

Para combinações de cargas a serem abrangidas, verificar Tabela 3, conforme especificação a seguir.

 d) A1 e B1: Condições normais de serviço de elevação e abaixamento de cargas com picos dinâmicos
em qualquer função hidráulica enquanto gira; A1 sem efeitos do vento, B1 com efeitos do vento.

 e) A2 e B2: Condições normais de serviço com garra, ímã ou acessório similar que permita
a liberação súbita de uma parte da carga bruta enquanto gira; A2 sem efeitos do vento,
B2 com efeitos do vento.

 f) C1: Picos dinâmicos simultâneos causados por elevar ou baixar cargas na soma das velocidades
verticais máximas de todos os pontos de articulação, tendo em vista a vazão de óleo hidráulico
disponível.

 g) C3: Guindaste sob condições de ensaio.

5.2.3.3 Combinação básica para aplicação de carga

Combinações básicas de cargas para o cálculo demonstram que os riscos mecânicos do escoamento
e da instabilidade elástica e os valores extremos são garantidos, conforme apresentados na Tabela 4.

Para verificar a resistência à fadiga, as combinações de carga A1 e A2 devem ser aplicadas a todos
os fatores parciais de segurança com yp = 1,00.

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Tabela 4 – Combinações de cargas a serem abrangidas


Combinação Combinação Combinação
Categorias Cargas Linha
de cargas A de cargas B de cargas C
de cargas yp
A1 A2 yp B1 B2 yp C1 C3
Massas do
Gravidade, guindaste 1,22 ɸ1 ɸ1 1,16 ɸ1 ɸ1 1,1 ɸ1 1 1
aceleração
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deslocadas
das unidades
de elevação Massa da
1,34 ɸ2 ɸ3 1,22 ɸ2 ɸ3 1,1 - - 2
carga bruta
Massas do
Aceleração guindaste 1,22 ɸ5h ɸ5h 1,16 ɸ5h ɸ5h - - - 3
Regular das unidades deslocadas
de giro Massa da
1,34 ɸ5h ɸ5h 1,22 ɸ5h ɸ5h - - - 4
carga bruta
Massas do
guindaste 1,22 1 1 1,16 1 1 - - - 5
Cargas deslocadas
centrífugas
Massa da
1,34 1 1 1,22 1 1 - - - 6
carga bruta
Efeitos Vento em
Ocasional - - - 1,22 1 1 - - - 7
climáticos serviço
Forças devidas a um efeito
Excepcional - - - - - - 1,1 8
excepcional
Devem ser incluídas somente forças centrífugas que aumentem os efeitos das cargas
Forças que atuem simultaneamente com as forças do vento devem ser aplicadas somente de forma que as
forças na unidade de giro nas linhas 3 e 4 não sejam excedidas

5.3 Análise de tensões

A robustez da estrutura de aço pode ser avaliada de acordo com a EN 13001-3-1 ou de acordo com as
informações constantes no Anexo B. Em último caso, os fatores de carga parcial yp na Tabela 4 devem
ser definidos para 1. Os cilindros hidráulicos devem ser avaliados de acordo com a EN 13001-3-1
ou pelo método de tensão admissível; neste caso, utilizar um fator de segurança de 1,5.

As condições-limite indicadas na EN 13001-3-1 devem ser usadas em conjunto com uma análise
estática realizada para todas as posições das “lanças” e para todas as configurações do guindaste.

5.3.1 Arranjos mecânicos

5.3.2 Estabilizadores

5.3.2.1 Geral

Os estabilizadores devem ser instalados, quando necessário, para atender aos requisitos de
estabilidade (ver 5.10.3), quando os guindastes articulados hidráulicos forem instalados sobre veículos.

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5.3.2.2 Cilindros de estabilização

Os cilindros de estabilização devem ter uma base de apoio no solo.

A base de apoio no solo deve ser construída para acomodar irregularidades de no mínimo 10° na
inclinação do solo.

Os guindastes florestais e sucateiros podem, no entanto, ter pés de apoio fixos, e, neste caso,
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o cilindro deve ser projetado para o momento de flexão adicional.

A área de cada pé deve ser tal que a pressão máxima no solo resultante seja inferior a 4 MPa. Para
os estabilizadores principais, a pressão máxima no solo deve ser calculada como:

P = Mdyn/(L . A)

onde

Mdyn é o momento máximo no centro do giro, incluindo os fatores dinâmicos;

L é a distância do centro de giro até o cilindro estabilizador;

A é a área do pé estabilizador.

No caso do estabilizador adicional, seus pés devem ter o mesmo tamanho que os dos estabilizadores
principais. Alternativamente, um dimensionamento detalhado da instalação completa deve ser
considerado ou as forças deste estabilizador devem ser medidas.

Quando o cilindro de estabilização dispõe de um dispositivo articulado, ele deve conter meios de
travamento que resistam às forças operacionais normais (por exemplo, pinos), para dar segurança ao
cilindro de estabilização tanto na posição de trabalho quanto na de transporte (ver 5.4.3). Se o cilindro
estabilizador for giratório para cima ou para baixo manualmente, a força máxima para movimentá-los
não pode exceder 250 N, medidos no pé do estabilizador.

5.3.2.3 Extensão do estabilizador

As extensões dos estabilizadores devem ter marcação para mostrar quando estão sendo utilizadas
corretamente.

Extensões de operação manual devem ser equipadas com:

 a) manípulos para operação manual;

 b) dispositivos de travamento nas posições de trabalho e transporte (ver 5.4.3);

 c) batentes para o fim de curso.

Extensões estabilizadoras de operação hidráulica devem ser equipadas com dispositivos de


ravamento para a posição de transporte. Devem ser instalados dispositivos de travamento na posição
de trabalho, se os cilindros hidráulicos não resistirem às forças durante a movimentação da carga.

5.3.2.4 Extensões da lança de operação manual

As extensões de lança operadas manualmente devem ser providas de batentes mecânicos para o fim
de curso e de dispositivos mecânicos de travamento para as posições estendida e recolhida.

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5.3.3 Segurança para o transporte

5.3.3.1 Geral

Dispositivos mecânicos devem ser instalados para prevenir movimentos descontrolados do guindaste
e dos estabilizadores, quando o veículo estiver em movimento.

Cada um dos dispositivos de travamento do braço estabilizador deve ser projetado para suportar,
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sem deformação permanente, as forças resultantes de uma aceleração de 2 g 1, aplicada na direção


do movimento.

5.3.3.2 Extensões operadas manualmente

Na posição de transporte, os estabilizadores devem estar travados por dois dispositivos separados
de travamento para cada estabilizador, sendo no mínimo um deles operado automaticamente, isto é,
por meio de tranca por mola e engate automático por mola. Estes equipamentos devem ser fixados
ao guindaste ou aos estabilizadores e protegidos contra remoção não intencional, por exemplo,
por meio de pinos de trava com clipes de mola.

Deve ser claramente visível para o operador se o dispositivo de travamento estiver em posição travada
ou destravada. Além disso, com o veículo em movimento, deve ser possível que o operador verifique
se os estabilizadores estão na posição de transporte, por exemplo, alarmes luminosos ou sonoros,
interligados à posição do estabilizador.

5.3.3.3 Extensões estabilizadoras operadas hidraulicamente

As extensões estabilizadoras operadas hidraulicamente devem estar equipadas com um dispositivo


hidráulico ou mecânico de travamento automático para a posição de transporte, além de uma válvula
de centro fechada. Um dispositivo de travamento hidráulico automático é composto por válvulas para
evitar fugas e deve ser conectado diretamente ao cilindro ou por meio de tubos de aço. O dispositivo
de travamento mecânico deve ser concebido para suportar, sem deformação permanente, a força
devida à tentativa de estender os estabilizadores sem retirar o dispositivo de travamento.

5.3.3.4 Ganchos

Os ganchos devem ser projetados de acordo com as DIN 15400 e DIN15401-2. Os ganchos devem
ser tais que o descolamento não intencional da carga seja impedido. Isso pode ser alcançado por:

 a) um dispositivo de segurança; ou

 b) a forma do gancho.

5.3.4 Ganchos equipados com trava de segurança que atendam a esses requisitos

5.4 Sistemas hidráulicos

5.4.1 Generalidades

O sistema hidráulico e seus componentes devem atender aos requisitos da ISO 4413.

1 Aceleração da gravidade, que corresponde a 9,81 m/s2.

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Os componentes e linhas hidráulicas devem ser dimensionados de forma que o sistema hidráulico
possa ser operado à pressão de serviço necessária (incluindo qualquer pressão exigida durante
os procedimentos de ensaio), sem falhas e sem geração de temperaturas excessivas.

Os sistemas hidráulicos devem ser projetados de forma que todos os componentes sejam
compatíveis, e com o fluido utilizado no sistema nas condições ambientais especificadas. O sistema
hidráulico deve conter filtros adequados para garantir que o fluido não seja contaminado.
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Cada circuito hidráulico deve conter os meios de verificação da pressão.

5.4.2 Bomba hidráulica

A bomba hidráulica deve ter capacidade para fornecer a vazão e a pressão corretas, conforme
especificado pelo fabricante do guindaste para o sistema hidráulico, quando operada a uma velocidade
específica. O tamanho da bomba e a velocidade de operação devem ser especificados de forma
a assegurar que a capacidade de fornecimento de energia seja utilizada eficientemente.

NOTA Ver Anexo L para orientações sobre o tamanho correto da bomba.

A bomba hidráulica deve ser compatível com a especificação do fluido utilizado no sistema hidráulico.

5.4.3 Reservatório hidráulico

O reservatório hidráulico deve ser especificado pelo fabricante do guindaste e deve ter capacidade
de fluido suficiente para que a bomba opere corretamente quando todos os cilindros hidráulicos
estiverem completamente estendidos, incluindo acessórios. A capacidade também deve ser suficiente
para armazenar o fluido do sistema quando todos os cilindros estiverem recolhidos. Também devem
ser incorporados dispositivos que possibilitem o monitoramento dos níveis máximo e mínimo do fluido.
Para fins de limpeza, deve haver uma abertura de acesso e uma válvula de dreno com tampão.

Os níveis mínimos e máximos devem levar em consideração a inclinação máxima transversal e


longitudinal permitida pelo fabricante, evitando assim a falta ou o excesso de óleo hidráulico.

5.4.4 Válvulas de alívio da pressão

Cada um dos circuitos de carga deve estar equipado com meios automáticos (por exemplo, válvulas
de alívio secundárias) que limitem a pressão a no máximo 25 % acima da pressão máxima de serviço,
ou deve ser projetado para resistir à pressão máxima que pode ocorrer em condições de operação
previstas.

O ajuste mínimo de válvulas de alívio de pressão deve evitar a ocorrência de movimentos


descontrolados com cargas até 1,3 vez a capacidade nominal, exceto para:

 a) guindaste de carga com capacidade nominal menor que 1 000 kg e um momento líquido de
elevação de menos que 40 000 N.m;

 b) guindastes florestais ou sucateiros (ver 5.6.2.1 e 5.6.2.2).

5.4.5 Mangueiras, tubos e conexões

A pressão de ruptura das mangueiras deve ser no mínimo 4 vezes a pressão máxima de serviço para
mangueiras sem conexões nas extremidades. A pressão de ruptura de tubos e conexões deve ser
no mínimo 2,5 vezes a pressão máxima de trabalho.

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Mangueiras, tubos e conexões devem ser localizados e instalados e, quando for o caso, protegidos
de forma a não serem danificados por atrito, esmagamento etc.

Mangueiras hidráulicas contendo fluido sob pressão acima de 5 MPa ou com temperaturas acima
de 50 °C, e localizadas a uma distância de até 1,0 m do operador, devem ser protegidas.

Qualquer peça ou componente que possa desviar um possível jato de fluido pode ser considerado
dispositivo de segurança.
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As mangueiras previstas para resistirem a pressões acima de 15 MPa não podem ser instaladas
com conexões terminais reutilizáveis.

5.4.6 Precauções contra ruptura da linha hidráulica

5.4.6.1 Guindastes de carga, exceto guindastes florestais ou sucateiros

Todos os circuitos de carga devem ser equipados com meios automáticos, por exemplo, válvulas
de retenção, para prevenir movimentos descontrolados do guindaste em caso de ruptura da linha
hidráulica. Válvulas de retenção do fluxo devem ser utilizadas apenas em linhas de equalização
e em linhas de controle da pressão. O fluxo máximo nestas linhas não pode exceder 3 L/min.

As válvulas aqui utilizadas devem ser acopladas ao cilindro, sendo:

 a) integradas ao cilindro;

 b) montadas com flange direta e rigidamente;

 c) instaladas próximas do cilindro, ou conectadas a ele por meio de pequenos tubos rígidos com
conexões soldadas, flangeadas ou roscadas.

A pressão de ruptura da matéria-prima dos tubos e conexões entre a válvula de retenção e o atuador
deve ter o fator mínimo de 3 vezes a pressão máxima de trabalho.

5.4.6.2 Guindastes florestais ou sucateiros

No caso de rompimento da linha hidráulica, a velocidade de descida da carga não pode exceder em
mais de 30 % a velocidade de descida máxima da capacidade nominal (ver nota explicativa em C.2).

Cilindros estabilizadores devem ser equipados conforme especificado em 5.5.6.1.

5.4.7 Taxa de abaixamento do sistema de lanças

A distância de abaixamento medida na extremidade do sistema de lanças, causada por vazamento


nos componentes hidráulicos, não pode ser maior que 0,5 % do alcance por minuto. Em guindastes
florestais ou sucateiros, esta taxa pode ser de até 2 % do alcance por minuto.

A taxa de abaixamento deve ser medida com a capacidade nominal e alcance hidráulico máximo
(ou seja, sem extensões manuais).

5.4.8 Mecanismo de giro

O mecanismo de giro deve resistir às forças de giro máximas (ver 5.2.3.3.1) para fazer o equipamento
parar e sustentar a carga nas condições de operação mais adversas.

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5.4.9 Cálculo dos cilindros hidráulicos

Os cilindros hidráulicos devem ser calculados para a pressão dinâmica de trabalho com um fator
de segurança em relação ao esforço de tensão de 1,5 vez.

5.5 Dispositivos limitadores e/ou indicadores

5.5.1 Generalidades
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Os limitadores e/ou indicadores da capacidade nominal devem ser instalados em todos os guindastes
com capacidade nominal igual ou superior a 1 000 kg, ou momento de elevação líquido acima
de 40 000 Nm, devido à carga. A capacidade nominal deve ser determinada para todos os alcances
correspondentes ao sistema de lanças na horizontal.

Os limitadores e/ou indicadores da capacidade nominal devem atender à EN 12077-2.


Os componentes de sistemas limitadores e/ou indicadores relacionados à segurança devem atender
à ABNT NBR 14153, categoria um, exceto componentes eletrônicos do sistema de dispositivos
limitadores, que devem estar de acordo com a ABNT NBR 14153, categoria 2.

O limitador da capacidade nominal de um guindaste articulado hidráulico normalmente tem três tarefas
a cumprir:

 a) prevenir que a estrutura seja sobrecarregada;

 b) prevenir o risco de tombamento do veículo;

 c) prevenir movimentos perigosos da carga.

Todos os movimentos que possibilitem a redução de momento de carga no guindaste devem estar
sempre disponíveis.

NOTA Com referência aos limitadores de capacidade nominal em guindastes articulados hidráulicos,
ver também a nota explicativa de C.1. Exemplos de movimentos perigosos para diferentes tipos de guindastes
encontram-se no Anexo D.

Guindastes articulados hidráulicos, com capacidade nominal abaixo de 1.000 kg ou momento de


elevação líquido abaixo de 40 000 N.m, devem dispor de válvulas de alívio, conforme 5.5.4 e 5.6.5,
para proteção contra excesso de carga, quando não houver limitador de capacidade nominal. Nestes
guindastes, um indicador de pressão com marcas claramente definidas, mostrando a aproximação
da capacidade nominal, visível a partir da posição do usuário, pode realizar a função de indicador
de capacidade nominal.

5.5.1.1 Se a capacidade nominal for mais baixa em setores da área do giro, o guindaste deve
ser fornecido com limitadores de giro. Estes limitadores de área de giro devem operar anulando os
controles do guindaste, quando tentarem girar neste setor com cargas mais altas que a capacidade
nominal ou levantar cargas acima das capacidades nominais definidas dentro do setor. O limitador e o
indicador de capacidade nominal devem operar em todos os setores da área do giro.

5.5.1.2 Quando o sistema de lanças de um guindaste articulado hidráulico instalado sobre um veículo
for colocado sobre a plataforma de carga ou na parte superior da carga durante o transporte, deve ser
instalado um indicador. Este indicador, descrito em 7.2.3.3, deve informar ao usuário quando a altura
do guindaste estiver excedendo o valor máximo predeterminado.

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Um aviso visual e sonoro deve indicar que o braço anterior não está corretamente guardado,
como descrito em 5.4.3.1 e 7.2.3.3.

NOTA O mesmo dispositivo de aviso pode ser usado para cumprir os requisitos de 5.6.1.3 e 5.6.1.5.

5.5.1.3 Os guindastes equipados com estabilizadores devem ser fornecidos com um indicador de
nível claramente visível pelo usuário, na estação de controle dos estabilizadores.
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5.5.1.4 Guindastes com extensões estabilizadoras operadas manualmente devem ter uma
advertência visível e audível a partir da posição de condução de transporte, que indique quando os
estabilizadores não estão travados na posição de transporte.

5.5.1.5 Guindastes com extensões estabilizadoras acionadas hidraulicamente devem ter uma
advertência visível e audível a partir da posição de condução de transporte, que indique quando os
estabilizadores não estão na posição de transporte.

NOTA O mesmo dispositivo de advertência pode ser usado para atender aos requisitos de 5.6.1.3 e
5.6.1.5.

5.5.1.6 O sistema limitador ou indicador de capacidade de carga nominal não se aplica à utilização
de lanças manuais.

Para guindastes com capacidade nominal igual ou superior a 1 000 kg, ou com um momento líquido
máximo de elevação igual ou superior a 40 000 N.m, o guincho de cabo deve ser incluído no sistema
limitador de capacidade nominal. Os guinchos de cabo que possam elevar cargas superiores a
1 000 kg devem ser sempre incluídos no sistema do limitador de capacidade nominal. O fim de curso
de içamento do cabo de aço pode ser ativado pela tração máxima do cabo, desde que o contato
entre o gancho e a lança seja projetado para suportar a força correspondente.

NOTA 1 Mais informações sobre o cálculo de cabos de aço podem ser encontradas na CEN/TS 13001-3-2.

NOTA 2 Os requisitos desta Seção não se aplicam aos guindastes florestais e sucateiros.

5.5.2 Limitador da capacidade nominal

5.5.2.1 O limitador da capacidade nominal, dentro das acelerações de operação do guindaste,


deve operar entre 100 % e (100 + Δ %) da capacidade nominal. O valor de Δ depende do alcance
hidráulico, de acordo com:

Δ ≤ 8 + 0,5 R ≤ 20

onde

R é o alcance hidráulico, expresso em metros (m).

Nos guindastes florestais ou sucateiros, a tolerância de 20 % pode ser utilizada, independentemente


do alcance hidráulico.

Para guinchos de cabo, a tolerância Δ = 25 % da capacidade nominal pode ser usada,


independentemente do alcance. No entanto, a tolerância descrita acima ainda se aplica ao guindaste.

5.5.2.2 Em guindastes florestais ou sucateiros, as válvulas de alívio secundárias, com tolerâncias


conforme 5.6.2.1 fornecem a proteção contra sobrecarga, quando não há limitador de capacidade
nominal instalado.

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5.5.2.3 Para determinação da exatidão do indicador e/ou limitador de capacidade nominal, é feito
o gráfico da capacidade nominal x alcance (ver Figura 2), além do citado na Tabela 5.
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Figura 2 – Gráfico da capacidade nominal (w) em relação ao alcance (r)

5.5.3 Dispositivo de descida de emergência

Para sair da posição de bloqueio do guindaste articulado hidráulico, pode-se instalar um dispositivo de
abaixamento. Este dispositivo não pode permitir a extensão de lança. O operador deve estar instruído
e habilitado para retirar o guindaste da situação de sobrecarga com segurança.

Se este dispositivo de emergência for instalado, deve ser claramente identificado. Deve funcionar
apenas enquanto o usuário estiver acionando o controle, por um período máximo de 5 s e em
intervalos não menores que 30 s.

5.5.4 Indicadores da capacidade nominal

O indicador da capacidade nominal deve alertar o usuário quando a carga exceder 90 % da


capacidade nominal. Quando a capacidade nominal estiver sendo excedida, deve haver um alerta
de excesso de carga separado para o usuário e para as pessoas que estiverem perto do guindaste.

Deve haver uma diferença clara entre o alerta de aproximação da capacidade nominal e o alerta
de excesso de carga. Ambos os alertas devem ser contínuos e distinguíveis como alarmes para as
pessoas envolvidas enquanto o guindaste estiver sendo operado.

O alerta às pessoas na zona de perigo não é necessário para guindastes com menos de 12 m de
alcance.

5.5.5 Válvulas de alívio principal

Todos os guindastes articulados hidráulicos devem ser equipados com uma ou mais válvulas de alívio
principais.

A válvula de alívio principal, dentro das acelerações de operação do guindaste, deve operar entre
100 % e 110 % da capacidade nominal.

5.5.6 Limitadores de desempenho

5.5.6.1 Limitadores de movimento

Os limites dos movimentos de giro, levantamento, abaixamento e telescopagem devem ser


determinados pelo curso do cilindro e batentes apropriados de fim de curso.

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5.5.6.2 Limitadores de velocidade

Os limitadores de velocidade devem ser incorporados aos movimentos de giro, levantamento,


abaixamento e telescopagem, para assegurar que quaisquer forças resultantes destes movimentos
fiquem restritas aos critérios do projeto do guindaste articulado hidráulico.

5.5.7 Alarme acústico


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Quando o guindaste possuir um sistema de controle remoto ou um sistema de lanças com alcance
maior que 12 m, deve haver um alarme sonoro, por exemplo, uma buzina elétrica. O usuário deve
poder acionar este alarme de qualquer estação de controle, a menos que a estação seja utilizada
apenas para operar as funções de estabilização.

5.5.8 Dispositivo de parada de emergência

Deve haver um dispositivo de controle que leve o guindaste articulado hidráulico à parada total por
meio da interrupção do fornecimento de energia ao guindaste. Esse dispositivo deve ser instalado
em cada estação de controle e deve iniciar a função de parada pela interrupção do fornecimento
de energia, devendo ser projetado, equipado e operado de acordo com o seguinte:

 a) deve ser facilmente visível por atuadores de cor vermelha, se possível sobre um fundo amarelo;

 b) sua atuação não pode exigir qualquer decisão por parte do operador com relação à função
e aos efeitos resultantes, por exemplo, botão de pressionar, com formato de cogumelo;

 c) o acesso ao atuador deve ser fácil e não pode envolver perigo para o operador;

 d) após a parada do guindaste, não podem ocorrer mais movimentos perigosos do sistema de lanças;

 e) o atuador deve travar na posição de operado.

5.6 Controles

5.6.1 Generalidades

Os requisitos a seguir especificam o arranjo e a direção dos movimentos dos controles designados
para as funções de trabalho, como a coluna giratória, elevação, abaixamento e extensão da lança.
As funções dos estabilizadores também estão incluídas.

Os requisitos abrangem alavancas de controle bidirecionais e multidirecionais (do tipo joysticks).

O leiaute dos controles bidirecionais deve seguir a sequência das funções de trabalho desde a base
do guindaste articulado hidráulico até o dispositivo de manuseio da carga. As alavancas de controle
para as funções de estabilização do guindaste devem estar separadas das outras alavancas por meio
de um espaço ou devem ser claramente distinguidas das outras alavancas (além da diferenciação
por símbolos).

Todos os controles devem retornar automaticamente à posição neutra, quando forem soltos.
Devem ser marcados de forma permanente com símbolos claramente identificáveis, conforme
estabelecido em 5.7.2.

Todos os controles devem estar em conformidade com os princípios de segurança e ergonomia,


conforme especificado na EN 13557. As alavancas de controle devem ser protegidas contra a operação
não intencional.

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5.6.2 Símbolos

Os símbolos para operação e ajuste das funções dos guindastes articulados hidráulicos com
sistemas de lanças com duas lanças articuladas devem estar em conformidade com o Anexo E.
Em guindastes articulados hidráulicos com outros sistemas de lanças, quaisquer símbolos adicionais
necessários devem ser derivados do Anexo E. Os símbolos devem ser utilizados como a seguir
para as alavancas bidirecionais de controle:
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 a) pomos das alavancas de controle: setas no pomo indicam o movimento da respectiva alavanca.
A combinação deve ser de apenas um símbolo para uma função e uma seta para o movimento
da alavanca (ver Figura 3);

 b) quando colocados em um painel separado adjacentemente às alavancas de controle,


os símbolos podem ser usados sem as setas de movimento das alavancas. Podem ser usados
dois símbolos para cada alavanca (ver Figura 3).

 c) o tamanho mínimo de um símbolo é aquele circunscrito por um círculo de 15 mm. No caso
de multissímbolos, o tamanho mínimo deve referir-se ao menor exemplo, conforme a Figura 3.

Pomo da alavanca de controle Significado da combinação símbolo/seta

Movimentar a alavanca de controle para a


esquerda, para elevar a segunda lança, e
movimentar a alavanca de controle para a
direita, para abaixar a segunda lança

Para uma combinação símbolo/seta

Figura 3 – Símbolos para função de trabalho

5.6.3 Leiaute de controles bidirecionais

5.6.3.1 Generalidades

Os princípios estabelecidos em 5.7.1 aplicam-se aos arranjos de alavancas de controle vertical e


horizontal.

5.6.3.2 Ordem de arranjo vertical de alavancas

As informações referentes ao arranjo vertical das alavancas de controle, operadas a partir do nível
do solo, encontram-se no Anexo F.

5.6.3.3 Ordem de arranjo horizontal de alavancas

As informações referentes ao arranjo horizontal das alavancas de controle, operadas a partir do nível
do solo, encontram-se no Anexo G.

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5.6.4 Estações de controle em assento elevado

As informações são fornecidas no Anexo H.

5.7 Estações de controle

5.7.1 Generalidades
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5.7.1.1 As estações de controle podem ser dos seguintes tipos:

 a) controle a partir do solo;

 b) controle elevado a partir de plataforma fixa, plataforma giratória, assento ou cabine elevada;

 c) controle remoto;

 d) cabina.

Quando houver mais de uma estação de controle, deve haver meios de prevenir a operação
simultânea de duas estações, a menos que haja ligação mecânica entre os controles (ver C.3).

A estação de controle para a função de extensão do estabilizador deve ser posicionada de forma
que o operador tenha uma vista desobstruída dos movimentos que estão sendo controlados.

As estações de controle devem ser instaladas de forma que o operador não sofra esmagamento
ou que as suas roupas fiquem presas pelos componentes móveis do guindaste. Com exceção
das situações listadas a seguir, as distâncias de segurança das ABNT NBR NM ISO 13852 e
ABNT NBR NM ISO 13853 devem ser observadas. Se houver proteções, não é necessário que
elas possam ser usadas para suportar o peso do operador ou que possam ser utilizadas como
pegadores de mão, a menos que tenham sido projetadas especificamente para este fim.

Onde não for possível instalar proteções, as lacunas entre as partes móveis devem atender às
dimensões indicadas nas respectivas normas para prevenir que dedos, mãos ou pés fiquem presos
(ver ABNT NBR NM ISO 13854).

5.7.1.2 Devem ser afixados alertas em áreas como:

 a) estabilizadores movimentando-se para a posição de transporte;

 b) pontos de batente para o sistema de lanças, movimentando-se para a posição de transporte;

 c) plataforma de controle e coluna em movimento;

 d) assento elevado e primeira lança em movimento, onde não é possível observar as distâncias
conforme a ABNT NBR NM ISO 13854, nem as proteções conforme a ABNT NBR NM ISO 13852
ou ABNT NBR NM ISO 13853. No entanto, as estações de controle devem ser dispostas de tal
maneira que o uso dos controles não exija que o operador avance para as zonas de perigo,
onde há risco de corte ou esmagamento.

Todas as estações, exceto as cabinas de controle, devem atender à EN 13557.

Guindastes articulados hidráulicos montados sobre veículos geralmente são operados por curtos
períodos de tempo e, portanto, normalmente não requerem cabina. Quando há necessidade de uma
cabina, por exemplo, devido às condições ambientais, sua especificação deve estar de acordo com
a EN 13557, com as exceções especificadas no Anexo J.

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5.7.2 Estações de controle elevadas

5.7.2.1 Resistência dos componentes

Os corrimãos das estações de controle elevadas devem suportar uma força horizontal de 300 N,
distribuída em 100 mm. As plataformas devem suportar uma força de 1 500 N, aplicada sobre uma
área circular de 125 mm de diâmetro, em qualquer local da superfície. Os degraus devem suportar
uma força de 1 500 N, aplicada sobre 100 mm. Os componentes devem resistir a estas forças sem
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sofrer deformações permanentes e sem deformações elásticas maiores que 2 % da distância entre
os apoios ou 10 mm (o que for menor).

5.7.2.2 Assento elevado (ver Anexo K)

A construção e a montagem de um assento elevado devem atender aos seguintes requisitos:

 a) o acesso ao assento não pode ser inibido pelos controles ou pela configuração do guindaste
articulado hidráulico em posições predeterminadas;

 b) o assento com os elementos de apoio para fixar o assento ao guindaste deve suportar uma força
de 1 500 N atuando no ponto central da área horizontal do assento, sem sofrer deformações
permanentes;

 c) as posições horizontais devem ser ajustáveis e traváveis sem o uso de ferramentas;

 d) o assento deve ser equipado com meios que reduzam o risco de queda quando o operador
estiver na posição de operação. Isto não pode obstruir o acesso ao assento. Se houver proteções
laterais, elas devem ficar a uma altura mínima de 100 mm do ponto de fixação do assento,
conforme estabelecido na ABNT NBR NM ISO 5353.

 e) deve haver proteções para impedir que as partes móveis do guindaste prendam o usuário
ou a sua roupa;

 f) deve haver uma plataforma para os pés do usuário, com dimensões mínimas de
60 mm x 300 mm para cada pé.

5.7.2.2.1 Plataforma (ver Anexo K)

A construção da plataforma deve atender aos seguintes requisitos:

 a) em operação, o operador deve ficar protegido das partes móveis do guindaste. Proteções ou
outras formas de limitação do ângulo de giro devem ser instaladas quando for necessário;

 b) o piso deve ser horizontal, com dimensões mínimas de 400 mm x 500 mm;

 c) o piso deve ser fabricado em material antiderrapante. O projeto deve incluir meios para eliminar
a retenção de líquidos e detritos;

 d) devem ser tomadas as precauções para evitar a queda do operador da plataforma, de acordo
com a EN 13586.

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5.7.2.2.2 Acesso e saída das estações de controle elevadas

O acesso e a saída às estações de controle elevadas devem atender aos seguintes requisitos:

 a) deve ser previsto o apoio de três pontos simultâneos (duas mãos e um pé, ou dois pés e uma mão);

 b) saída segura em qualquer configuração de serviço do guindaste;


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 c) os corrimãos e pegadores de mão não podem ter bordas cortantes e, preferencialmente,
devem ter seção circular;

 d)  d) os degraus e todas as superfícies devem ser antiderrapantes na área de contato dos pés.
Não podem ser utilizados degraus arredondados;

NOTA O Anexo L fornece exemplos dos perfis aceitáveis.

 e) os degraus das escadas devem ter no mínimo 300 mm de largura (ver Tabela L.2); degraus
com 150 mm de largura são aceitáveis apenas onde as restrições de espaço não permitirem
300 mm de largura;

 f) o ângulo das escadas deve ser de 75° a 90° acima da horizontal.

Para os dados das dimensões, ver Anexo L, EN 13586 e legislação vigente.

5.8 Sistemas elétricos e fenômenos relacionados

5.8.1 Generalidades

O equipamento elétrico dos guindastes articulados hidráulicos deve atender ao especificado na


EN 60204-32.

5.8.2 Compatibilidade eletromagnética

Para a imunidade, para fins de compatibilidade eletromagnética, o sistema elétrico deve atender
à EN 61000-6-2.

Para a emissão, para fins de compatibilidade eletromagnética, o sistema elétrico deve atender
à EN 61000-6-4.

Quando o fabricante do guindaste utilizar componentes certificados no sistema elétrico,


que atendam aos requisitos das EN 60204-32, EN 61000-6-2 e EN 61000-6-4, e quando instalar estes
componentes de acordo com as recomendações do fornecedor, não há necessidade de ensaiar a
compatibilidade eletromagnética de todo o sistema elétrico.

5.9 Instalação

5.9.1 Generalidades

Os guindastes articulados hidráulicos podem ser instalados com diversos tipos de montagem.

5.9.2 Instalação

5.9.2.1 Instalação sobre o veículo

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O instalador do guindaste articulado hidráulico deve observar todos os requisitos específicos


fornecidos pelo fabricante do guindaste e pelo fabricante do veículo, na legislação vigente aplicável e,
para instalações fixas, deve observar as condições locais.

O sobre chassi de montagem deve ser construído e fixado o chassi do veículo, de forma a suportar
as cargas impostas e a atender aos requisitos referentes à resistência do chassi, especificados pelo
fabricante do veículo.
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NOTA O Anexo L mostra o método de cálculo para determinar o tamanho do chassi para montagem.

O guindaste articulado hidráulico deve ser posicionado no chassi de forma a assegurar que toda a
instalação atenda à regulamentação rodoviária vigente, no que se refere às capacidades de eixo
máximas permissíveis, requisitos de largura, altura e estabilidade do veículo, conforme 5.10.3.

5.9.2.2 Instalação em base fixa

A fundação deve ser construída de forma a suportar as cargas impostas e oferecer resistência às
fixações do guindaste nos pontos de montagem. O tamanho da base não pode inibir os movimentos
normais do guindaste. As dimensões da base no solo devem levar em conta as cargas impostas totais
e as condições relevantes do solo. É recomendável a utilização de sistema de amortecimento dos
esforços para evitar a fadiga estrutural do guindaste.

5.9.2.3 Localização das estações de controle

A localização das estações de controle a partir do solo e de quaisquer estações de controle adicionais,
que eventualmente sejam necessárias, também deve ser considerada ao ser determinada a posição
do guindaste.

As estações de controle devem ser posicionadas:

 a) de forma que os operadores não fiquem expostos à inalação de gases de descarga;

 b) de forma que os operadores não toquem superfícies quentes durante as operações normais
do guindaste. Todas as superfícies com temperaturas acima de 55 °C devem ser protegidas;

 c) de forma a minimizar o risco de esmagar ou prender o operador por movimentos de quaisquer
funções do guindaste ou do estabilizador. Onde for necessário, deve haver proteções, a fim de
evitar que o operador seja esmagado ou fique preso em áreas confinadas entre o guindaste
e o veículo.

5.9.2.4 Zonas de perigo

Zonas de perigo formadas pelas partes móveis dos estabilizadores e seus respectivos atuadores
devem receber proteções e medidas de segurança.

Exemplos de zonas de perigo dos estabilizadores:

 a) zonas de enlaçamento nas polias ou roletes de apoio do braço do estabilizador;

 b) zonas de cisalhamento nas aberturas, na parte móvel da extensão do estabilizador;

 c) zonas de enlaçamento das mangueiras da extensão do estabilizador.

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As distâncias de segurança das ABNT NBR NM ISO 13852, ABNT NBR NM ISO 13853 e
ABNT NBR NM ISO 13854 devem ser observadas com as seguintes exceções:

Nas áreas do chassi, dos estabilizadores e do contrapeso em movimento, onde não é possível
observar a distância segura de acordo com a ABNT NBR NM ISO 13854, nem a proteção conforme
a ABNT NBR NM ISO 13852 ou ABNT NBR NM ISO 13853, devem ser afixados avisos de alerta.
No entanto, as estações de controle devem ser dispostas de tal maneira que o uso dos controles
não exija que o operador avance para zonas de perigo, onde há risco de corte ou esmagamento.
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As mangueiras hidráulicas contendo fluido a uma pressão acima de 5 MPa ou com temperaturas
acima de 50 °C, localizadas no espaço de 1,0 m do usuário, também devem ser protegidas.

5.9.3 Estabilidade

A estabilidade de um guindaste articulado hidráulico instalado sobre um veículo deve evitar o


tombamento do conjunto em condições previsíveis de operação. A estabilidade deve ser verificada
por meio de ensaios com cargas, conforme 6.2.5.

Ao determinar a posição de instalação do guindaste, de acordo com 5.10.2, a estabilidade


(como referência) pode ser calculada utilizando-se a equação de 6.2.5.3.

5.9.4 Ruídos

Com relação aos perigos causados pelos ruídos, no caso em que a fonte de energia é uma parte
integrante do guindaste, estes ruídos não são tratados nesta Norma.

5.9.5 Vibrações

Os guindastes articulados hidráulicos normalmente são utilizados por curto espaço de tempo,
e o efeito das vibrações sobre o operador é considerado insignificante.

5.9.6 Sistemas elétricos e fenômenos relacionados a instalação

5.9.6.1 Generalidades

O equipamento elétrico utilizado na instalação de um guindaste articulado hidráulico sobre um veículo


ou similar deve atender aos requisitos aplicáveis da EN 60204-32.

No caso dos guindastes articulados hidráulicos sobre caminhões, as conexões elétricas com o sistema
elétrico do veículo devem ser feitas apenas nos pontos de conexão projetados pelo fabricante.

5.9.6.2 Compatibilidade eletromagnética

Para a imunidade, para fins de compatibilidade eletromagnética, o sistema elétrico deve atender
à EN 61000-6-2.

Para a emissão, para fins de compatibilidade eletromagnética, o sistema elétrico deve atender
à EN 61000-6-4.

Quando o instalador do guindaste utilizar componentes certificados (para quaisquer itens adicionais
no sistema elétrico) que atendam aos requisitos das EN 60204-32, EN 61000-6-2 e EN 61000-6-4 e
instalar estes componentes de acordo com as recomendações do fornecedor, não há necessidade
de ensaiar a compatibilidade eletromagnética do sistema modificado.

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5.9.7 Componentes hidráulicos

Os componentes hidráulicos que podem ser acrescentados pelo instalador a um guindaste articulado
hidráulico, modificando o sistema hidráulico existente para obter aplicações adicionais e acessórias
extras, devem atender aos requisitos especificados em 5.5.

Os novos componentes hidráulicos devem ser compatíveis com os componentes existentes


e dimensionados de forma que o funcionamento do sistema hidráulico modificado atenda às
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especificações originais do projeto no que se refere à vazão, pressão e temperatura.

Componentes hidráulicos adicionais e modificações no sistema hidráulico não podem afetar o


funcionamento seguro e a integridade de quaisquer aspectos relativos à segurança do sistema
hidráulico original.

5.9.8 Acesso às estações de controle elevadas

O instalador do guindaste articulado hidráulico no veículo deve providenciar acesso adequado


do solo a qualquer estação de controle elevada no guindaste. O sistema de acesso deve atender
aos requisitos especificados em 5.8.2.4.

6 Verificação dos requisitos ou medidas de segurança


6.1 Generalidades

O projeto do guindaste articulado hidráulico deve estar em conformidade com todos os requisitos ou
medidas de segurança indicados na Seção 5. A verificação deve ser feita por cálculos ou ensaios.

Normalmente, o fabricante realiza um controle prévio no primeiro guindaste de uma série de guindastes
do mesmo tipo, para conferir a adequação da segurança em relação a todo e qualquer risco por falta
de resistência mecânica.

Antes de serem utilizados em serviço pela primeira vez, todos os guindastes devem ser verificados
pelos procedimentos e ensaios que assegurem a sua aptidão para os fins previstos, a fim de verificar
se atendem aos requisitos de segurança desta Norma.

A conformidade com todos os requisitos ou medidas de segurança indicados na Seção 5 deve ser
verificada pelos métodos detalhados na Tabela 5, por meio dos ensaios e procedimentos detalhados
em 6.2.

Para calibragem de dispositivos limitadores e indicadores, devem ser utilizadas as cargas e as


configurações apropriadas do guindaste, bem como os métodos especificados pelo fabricante.

Todas as informações referentes ao uso, detalhadas na Seção 7, devem estar disponíveis juntamente
com o guindaste, antes de este ser colocado em serviço.

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Tabela 5 – Métodos a serem utilizados para verificar conformidade com os requisitos ou


medidas de segurança (continua)
Subseção Método de verificação
5.1 e 5.2 Cálculos, ensaios de acordo com 6.2.1 a 6.2.4 e análise dos resultados
5.4.1.1, 5.4.1.2,
5.4.1.3, 5.4.2, Inspeção e ensaio para confirmar se os equipamentos estão funcionando corretamente
5.4.3
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Inspeção e ensaio para confirmar se os dispositivos de travamento estão funcionando


corretamente. Ensaio de eficácia dos dispositivos de travamento do estabilizador,
acionando-os no mínimo três vezes em inclinação de 5°. A tranca da mola e o engate
automático da mola devem funcionar corretamente em cada uma das ocasiões,
5.4.3.1, 5.4.3.2 independentemente da velocidade da operação. Ensaiar o dispositivo de travamento para
extensões do estabilizador com as forças resultantes do cilindro de extensão ou uma
força de aceleração de 2 g, a que for maior, aplicadas na direção do movimento. O ensaio
deve ser realizado como um ensaio-piloto pelo fabricante do guindaste. Testar se o sinal
luminoso de alarme funciona corretamente
Inspeção e ensaio para confirmar se os dispositivos de travamento estão funcionando
corretamente. Ensaiar a eficácia dos dispositivos de travamento do estabilizador,
acionando-os no mínimo três vezes em inclinação de 5°. A tranca da mola e o engate
automático da mola devem funcionar corretamente em cada uma das ocasiões,
5.4.3.1, 5.4.3.2 independentemente da velocidade da operação. Testar o dispositivo de travamento para
as extensões do estabilizador com as forças resultantes do cilindro de extensão ou uma
força de aceleração de 2 g, a que for maior, aplicadas na direção do movimento. O ensaio
deve ser realizado como um ensaio-piloto pelo fabricante do guindaste. Testar se o sinal
luminoso de alarme funciona corretamente
Verificar a especificação do circuito hidráulico e assegurar-se de que as válvulas de
retenção estejam instaladas corretamente. A pressão necessária para abrir a válvula de
retenção deve corresponder no mínimo à força de aceleração de 2 g atuando sobre a
5.4.3.1, 5.4.3.3 massa do estabilizador. Ensaiar o dispositivo de travamento mecânico para a extensão do
estabilizador com forças resultantes do cilindro de extensão ou uma aceleração de 2 g, a
que for maior, aplicadas na direção do movimento. O ensaio deve ser realizado como um
ensaio-piloto pelo fabricante do guindaste
Verificar a especificação dos componentes e ensaios para confirmar se os dispositivos
5.5.1 estão funcionando corretamente. Verificar se o diagrama hidráulico está de acordo com
a ISO 4413
Verificar a especificação dos componentes e ensaios para confirmar se os dispositivos
5.5.2
estão funcionando corretamente
Verificar a especificação dos componentes e ensaios para confirmar se os dispositivos
5.5.3
estão funcionando corretamente
Revisão do diagrama do circuito hidráulico para confirmar se os dispositivos estão
5.5.4 instalados de acordo com o padrão estabelecido em 5.5.4. Verificar a regulagem das
válvulas de alívio da pressão
Pressão de ruptura: confirmar as especificações do fornecedor. Inspecionar se há
5.5.5
desgaste, se há partes presas e as proteções
5.5.6.1 Ensaio com simulação do limite de ruptura e inspeção de montagem

Inspeção para confirmar se os dispositivos estão instalados nos guindastes conforme


5.5.6.2
necessário. Ensaio de velocidade de abaixamento

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Tabela 5 (continuação)
Subseção Método de verificação
Ensaio conforme 5.5.7. Ensaio realizado com a combinação mais desfavorável de
5.5.7
temperatura do fluido, de acordo com as instruções do fabricante
5.5.8, 5.5.9 Cálculos, ensaios e análise dos resultados
Revisão das especificações do guindaste para assegurar que os dispositivos adequados
5.6.1.1
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estejam instalados. Ver também a EN12077-2, para verificar a conformidade


Ensaio de estabilidade de acordo com 6.2.5, para determinar se há necessidade de limitadores
5.6.1.2
de giro. Quando instalados, realizar ensaio funcional para assegurar o funcionamento correto
Controle das especificações de instalação do guindaste com relação à exigência de alarme de
5.6.1.3
altura. Quando instalado, realizar o ensaio funcional para assegurar o funcionamento correto
Inspeção e ensaio para confirmar o correto funcionamento dos dispositivos. Ver também
5.6.1.4
a EN12077-2 para a conformidade
5.6.1.5 Se houver guincho, ensaiar o funcionamento
5.6.1.6 Controle funcional
Determinação da exatidão do indicador/limitador da capacidade nominal:
a) fazer um gráfico da capacidade nominal x alcance (ver Figura 2) para obter a
configuração horizontal da extensão de lanças;
b) adicionar uma carga aproximadamente igual à capacidade nominal do guindaste em 80 %
do alcance (w1), com o guindaste em alcance dentro do limite da capacidade nominal (r1);
c) levantar a carga de modo que o sistema de lanças esteja de acordo com a posição no
gráfico de carga descrita em 7.3.4.1. Guindastes com lanças telescópicas devem estar
com as lanças totalmente recolhidas;
d) estender lentamente as lanças do guindaste, mantendo a ponta da lança na posição
horizontal. Em guindastes com lanças telescópicas, este movimento equivale a estender
as seções telescópicas;
e) no ponto em que o indicador da capacidade nominal soar o primeiro alerta, medir o
alcance (r2). No gráfico, medir a capacidade nominal (w2) do guindaste em r2. Determinar
a porcentagem da capacidade nominal, isto é, w1/w2 multiplicado por 100;
5.6.2.1 f) subtrair 90 da porcentagem encontrada na alínea e). Este é o valor do aviso prévio;
g) continuar estendendo lentamente o alcance do guindaste da maneira descrita na
alínea d), até que o limitador da capacidade nominal interrompa o movimento;
h) medir a distância do alcance (r3). No gráfico, medir a capacidade nominal (w3) do
guindaste, em r3. Determinar a porcentagem, isto é, w1/w3 multiplicado por 100;
i) subtrair 100 da porcentagem encontrada. Este é o valor-limite da capacidade nominal.
Este valor não pode exceder as condições prévias;
j) o maior valor encontrado nas alíneas f) ou i) deve ser considerado a tolerância do
indicador ou limitador da capacidade nominal.
Repetir o ensaio com diferentes cargas expandindo a faixa de capacidades nominais do
guindaste (ver Figura 3) e utilizando diferentes movimentos do guindaste. Todas as tolerâncias
resultantes devem ser menores que a tolerância do limitador de capacidade nominal
Verificar se o limitador de capacidade nominal está funcionando para prevenir movimentos
perigosos, conforme especificado pelo fabricante do guindaste, e se permite que os
movimentos sejam realizados em condições seguras

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Tabela 5 (conclusão)
Subseção Método de verificação
Assegurar-se de que o guindaste se enquadre na definição de guindaste florestal. Verificar
5.6.2.2 as especificações do circuito hidráulico para as válvulas de alívio secundárias. Verificar se
as válvulas de alívio estão funcionando corretamente, prevenindo movimentos perigosos
5.6.3, 5.6.4 Controle funcional
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5.6.5 Verificar o esquema hidráulico e o controle funcional


Verificar se os dispositivos apropriados, se necessários, estão instalados e funcionando
5.6.6.1
corretamente
5.6.6.2 Verificar o esquema hidráulico e medir a velocidade
5.6.7 Inspeção visual e controle funcional
Verificar que todas as estações de controle tenham dispositivos.
5.6.8 Inspeção para assegurar o controle de parada de emergência. Assegurar o funcionamento
correto da parada de emergência
Inspeção do guindaste para verificar se as alavancas de acionamento estão instaladas e
5.7.1 identificadas de forma correta. Verificar se todas as alavancas de acionamento retornam
automaticamente à posição neutra. Ver também EN 13557 para verificar a conformidade
5.7.2 Verificar se a identificação da função está de acordo com os movimentos
5.7.3, 5.7.4 Inspeção visual e controle funcional
Inspeção visual e controle funcional. Se houver cabina instalada, verificar as
dimensões. Ver também as ABNT NBR NM ISO 13852, ABNT NBR NM ISO 13854,
5.8.1 ABNT NBR NM ISO 13853 e EN 13557 para verificar a conformidade
Cálculos. Ensaio visual, aferição. Ver também as EN 13586 e ABNT NBR NM ISO 5353
6.2
para verificar a conformidade
Inspeção da instalação para assegurar que os requisitos sejam atendidos. Ver também
5.9.1
a EN 60204-32 para verificar a conformidade
5.9.2 Ensaios de acordo com a EN 61000-6-2
Verificar as instruções do fabricante do veículo e do guindaste ou verificar com análise
estática de acordo com 5.1.
5.10.1, 5.10.2 Inspeção da instalação para assegurar que os requisitos sejam atendidos. Ver também as
ABNT NBR NM ISO 13852, ABNT NBR NM ISO 13854 e ABNT NBR NM ISO 13853 para
verificar a conformidade
5.10.3 Verificar a estabilidade conforme os procedimentos descritos em 6.2.5
5.10.4 Verificar se o manual do usuário fornece informações sobre o ruído, conforme 7.2.3.8
5.10.5 Não há necessidade de controle em circunstâncias normais
Inspeção da instalação para assegurar que os requisitos sejam atendidos.
5.10.6.1
Ver EN 60204-32 para verificar a conformidade
5.10.6.2 Ensaios de acordo com a EN 61000-6-2
Inspeção e ensaios para verificar se os dispositivos estão funcionando corretamente.
5.10.7
Ver 5.5.1 a 5.5.5
5.10.8 Verificar a adequação e os requisitos de acordo com 5.8.2.4

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6.2 Ensaios e procedimentos de ensaio

6.2.1 Generalidades

Os ensaios devem ser realizados para verificar se o guindaste e a instalação estão em conformidade
com os requisitos operacionais especificados pelo fabricante e para verificar a integridade da estrutura
e de todos os seus componentes.
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Todos os ensaios devem ser realizados nas piores condições previstas pelo fabricante para uso
do guindaste, conforme as suas especificações.

No momento dos ensaios, a velocidade do vento não pode exceder 8,3 m/s (30 km/h) e os pneus
do veículo devem estar com a pressão estipulada pelo fabricante do veículo.

Durante os ensaios, o guindaste deve ser ajustado e controlado de acordo com as instruções
do fabricante, detalhadas nos seus manuais.

Para a realização de alguns ensaios, pode ser necessário ignorar ou desligar os equipamentos de
segurança e os dispositivos limitadores instalados no guindaste. Após a realização dos ensaios, estes
equipamentos e dispositivos devem ser ricocheteados, calibrados novamente e verificados novamente.

Para calibrar os dispositivos limitadores e indicadores, devem ser utilizadas as cargas apropriadas,
as configurações do guindaste e os métodos especificados pelo fabricante.

6.2.2 Ensaio funcional

As funções do guindaste devem ser verificadas em toda a extensão dos movimentos permitidos,
até as velocidades máximas e até a capacidade nominal, para demonstrar a operação satisfatória
do sistema de controle e dos dispositivos limitadores de desempenho instalados.

6.2.3 Ensaio estático

6.2.3.1 Ensaio do protótipo

A carga de ensaio deve ser no mínimo 1,25 vezes maior que a capacidade nominal. O fabricante deve
realizar ensaios com o guindaste articulado hidráulico nas posições e configurações que imponham
as cargas máximas ou tensões máximas aos componentes e estruturas do guindaste. O fabricante
deve registrar e guardar estes resultados.

6.2.3.2 Ensaio com o guindaste instalado

De forma a garantir a estabilidade do conjunto, o instalador deve realizar o ensaio após o guindaste
ter sido instalado em sua posição final de utilização (operação).

A carga de ensaio deve ser no mínimo 1,25 vez maior que a capacidade nominal.

Os ensaios, conforme detalhados a seguir, devem ser realizados com a carga de ensaio nos seguintes
raios:

 a) raio máximo com quaisquer extensões manuais;

 b) raio máximo obtido com alcance hidráulico;

 c) raio correspondente à capacidade nominal máxima.

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Em cada raio, a carga deve ser posicionada a cerca de 100 mm do solo e girada lentamente ao
longo de todo o arco de giro de serviço do guindaste.

O ensaio com o guindaste instalado pode ser realizado como parte integrante do ensaio de estabilidade
detalhado em 6.2.5.

6.2.3.3 Critérios de aprovação do ensaio estático


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O resultado do ensaio é considerado positivo se não ocorrerem rachaduras, deformações


permanentes, pinturas descascadas ou danos visíveis que afetem a funcionalidade e a segurança
do guindaste e de sua instalação, e se as conexões não se soltarem nem sofrerem danos.

6.2.4 Ensaio dinâmicos

6.2.4.1 Carga de ensaio

A carga de ensaio deve ser no mínimo 1,1 vezes maior que a capacidade nominal. Os ensaios
dinâmicos devem ser realizados separadamente para cada movimento do guindaste ou, se constar nas
especificações do guindaste para seus movimentos simultâneos, utilizando posições e configurações
que imponham a carga máxima ou as tensões máximas aos componentes do guindaste. Os ensaios
devem ser realizados com a velocidade adequada para a operação normal do guindaste e devem
incluir ciclagens repetidas de cada movimento, em toda a extensão dos movimentos.

6.2.4.2 Critérios de aprovação do ensaio dinâmico

O resultado do ensaio é considerado positivo se os componentes em questão demonstrarem que


desempenham as suas funções corretamente, de acordo com a especificação do projeto, e se a
análise após os ensaios não revelar danos sofridos pelos mecanismos ou componentes estruturais.

A temperatura do óleo hidráulico deve estar dentro dos limites recomendados em sua especificação.

6.2.5 Ensaio de estabilidade

6.2.5.1 A estabilidade de um veículo que leva um guindaste articulado hidráulico, deduzida por
cálculos, deve ser utilizada apenas para fins de orientação. A estabilidade deve ser verificada por
meio das cargas de ensaio.

6.2.5.2 O objetivo do ensaio é verificar a estabilidade do guindaste articulado hidráulico montado


sobre o veículo descarregado. Durante os ensaios de carga, um ou mais cilindros de estabilização
ou uma das rodas podem elevar-se do solo. No entanto, no mínimo uma das rodas travadas com
freio de mão deve permanecer em contato com o solo. O ensaio de carga deve ser realizado com
o veículo descarregado e sem motorista.

6.2.5.3 As cargas para o ensaio de estabilidade devem ser determinadas de acordo com a seguinte
equação:

TL = Ks x P + (Ks – 1) x Get ≥ 1, 25 x P

onde

Ks é o fator de estabilidade, Ks = 1, 20;

TL é a carga de ensaio;

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P é a capacidade nominal;

Get é a massa do sistema de lanças relacionada ao ponto de fixação da carga.

NOTA A aplicação da carga de ensaio TL constitui a combinação de carga C3 (ver 5.2.4.2).

Como alternativa, a carga de ensaio pode ser dividida em duas partes, sendo uma na ponta da lança e
uma mais próxima à coluna, fora da área de estabilização. As duas partes da carga de ensaio devem
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produzir o mesmo momento de tombamento em relação à linha de tombamento que está sendo
considerada em relação à carga de ensaio TL. A parte da carga de ensaio na ponta da lança deve ser
no mínimo 1,25 x P. A carga de ensaio máxima permitida na ponta da lança deve ser especificada pelo
fabricante do guindaste.

6.2.5.4 O ensaio de estabilidade deve ser realizado de acordo com a configuração menos favorável
de extensão de lança dentro de toda a faixa de giro. Se a capacidade nominal for inferior em uma
parte do giro, a carga de ensaio, naquelas partes, deve ser determinada de acordo com a capacidade
nominal para aquele ponto. Os dispositivos limitadores e indicadores podem ser temporariamente
desconectados durante o ensaio.

O ensaio de estabilidade deve ser realizado com o guindaste posicionado em uma superfície firme,
nas condições mais desfavoráveis especificadas pelo fabricante. As inclinações devem estar dentro
do limite de inclinação máximo especificado em catálogo pelo fabricante.

6.2.5.5 Critérios de aprovação do ensaio de estabilidade

O resultado do ensaio deve ser considerado positivo se o equipamento e a carga de ensaio


permanecerem estáticos, sem evidência de tombamento.

7 Informações de uso
7.1 Generalidades

Todas as informações de uso devem estar de acordo com a ABNT NBR ISO 12100 e legislação
vigente.

7.2 Manuais

7.2.1 Fornecimento de manuais

Os manuais de instruções devem ser fornecidos pelo fabricante do guindaste, junto com o equipamento,
e em idioma nacional (português do Brasil). Os manuais devem estar de acordo com a EN 12644-1.

7.2.2 Instruções para o instalador

7.2.2.1 As instruções de instalação para o instalador devem incluir:

 a) descrição do chassi do veículo onde o equipamento será instalado;

 b) prisioneiros e fixações necessários para instalar o guindaste articulado hidráulico sobre um veículo
com ou sem chassi ou sobre uma base fixa;

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 c) massas, centros de gravidade e todas as informações necessárias para:

— cálculos e ensaios de estabilidade;

— cálculos das cargas sobre os eixos;

 d) especificações do sistema hidráulico, incluindo:


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— requisitos de pressão e vazão;

— capacidade de óleo do sistema;

— especificação do óleo do sistema;

— recomendações sobre a capacidade mínima do reservatório;

— filtros recomendados;

 e) requisitos do sistema elétrico;

 f) valores de TL, Gb e, se aplicável, Δ, para o ensaio de estabilidade conforme 6.2.5.3;

 g) requisitos para acesso e saída para estações de controle (ver Anexo L).

7.2.2.2 Os acessórios acrescentados ao guindaste articulado hidráulico durante a instalação devem


ser acompanhados das instruções apropriadas, anexadas aos manuais do guindaste.

7.2.3 Manual do operador

7.2.3.1 O manual deve fornecer os seguintes dados técnicos e informações:

 a) descrição do sistema de acionamento, incluindo diagramas e descrições dos símbolos utilizados
nas alavancas de controle;

 b) descrição dos dispositivos limitadores e indicadores;

 c) desenhos apresentando todos os sinais de alerta e as posições em que são afixados no guindaste;

 d) alerta de perigo sobre o trabalho próximo a redes elétricas aéreas, conforme legislação vigente;

 e) condições de trabalho para o uso previsto e condições de trabalho nas quais o guindaste não
pode ser utilizado.

7.2.3.2 Devem ser fornecidas informações sobre a capacidade nominal de todas as configurações
e posições da lança, de acordo com a EN 12644-2.

7.2.3.3 O manual deve incluir todas as inspeções pré-operacionais e pós-operacionais a serem


executadas antes do início do trabalho, durante a operação e na colocação do equipamento
na posição de descanso, após o uso.

7.2.3.4 As inspeções pós-operacionais devem incluir alturas e larguras do veículo na posição


de transporte. O manual deve enfatizar que é imprescindível para o operador certificar-se de que
todos os mecanismos de segurança para transporte devem estar na posição de travamento antes
do veículo iniciar o movimento.

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7.2.3.5 O manual deve incluir instruções sobre a necessidade de certificar-se de que as condições
do solo ou da base de apoio estão adequadas para as cargas máximas impostas pelo guindaste
articulado hidráulico. O manual deve fornecer a carga máxima que o estabilizador vai impor ao solo
e a necessidade de o operador assegurar-se de que o solo pode suportar a carga.

7.2.3.6 O manual deve incluir a seguinte advertência: “Ao desconectar a tubulação e as mangueiras
hidráulicas, certifique-se de que não tenha ficado pressão hidráulica retida na linha após desligar
a força do sistema e que as partes do guindaste estejam devidamente apoiadas”.
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7.2.3.7 O manual deve especificar os requisitos de segurança a serem considerados pelo usuário no
planejamento da operação de içamento de cargas. No mínimo os seguintes itens devem ser incluídos:

 a) avaliação da carga e suas características;

 b) seleção dos acessórios de içamento, uso correto de gancho e cintas, entre outros;

 c) instruções explicando a posição correta da chave seletora do modo sistema de lanças e estabilizadores;

 d) posição do guindaste, da carga e espaços livres antes, durante e após a operação de içamento;

 e) condições do local, incluindo o espaço e as áreas livres para a operação;

 f) condições ambientais existentes e considerações para o caso de a operação precisar ser
interrompida, se as condições se tornarem desfavoráveis.

7.2.3.8 O fabricante deve incluir informações sobre a faixa normal de temperatura para operação
do guindaste articulado hidráulico. Em caso de temperaturas fora da faixa normal, o fabricante do
guindaste deve ser consultado antes da operação.

7.2.3.9 O manual do operador e a documentação técnica descritiva do equipamento devem


fornecer informações sobre a emissão de ruídos de acordo com a ABNT NBR ISO 12100. Ver também
a EN 12644-1:2001, 5.2.3.

NOTA O ruído na posição de trabalho do operador de um guindaste vem essencialmente da fonte de


energia e pode dar origem a perigos significativos. Quando a fonte de alimentação não fizer parte da entrega
do guindaste, convém que sejam fornecidas informações pelo fabricante do veículo sobre a emissão de
ruídos da fonte.

7.2.4 Manual de manutenção

7.2.4.1 Esse manual deve conter as informações e instruções para executar a manutenção segura
do guindaste; também deve informar os riscos previsíveis desta operação.

Devem ser apresentadas informações e desenhos para identificação das partes que eventualmente
precisem ser substituídas durante a manutenção.

O manual deve incluir informações sobre as inspeções e ensaios exigidos com o equipamento em
serviço, a serem realizados por pessoa competente, a fim de assegurar que o guindaste apresente
condições seguras para utilização. As instruções devem detalhar as revisões e ensaios periódicos
necessários tanto para o guindaste quanto para os dispositivos limitadores e indicadores. Devem ser
listados os prazos específicos e os procedimentos de avaliação.

O manual deve conter instruções sobre os ensaios a serem realizados após alterações ou consertos
no guindaste, antes de recolocá-lo em operação.

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Deve constar a taxa máxima de abaixamento do sistema de lanças.

7.2.4.2 O fabricante deve fornecer instruções sobre como desconectar a tubulação e as mangueiras
quando houver pressão retida nas linhas hidráulicas, após a força do sistema hidráulico ter sido
desligada.

7.2.4.3 O manual deve incluir informações sobre materiais e peças que exijam técnicas especializadas
de reparo.
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7.3 Placas de identificação

7.3.1 Generalidades

Todas as placas de identificação afixadas de forma permanente no guindaste devem ser feitas em
material à prova d’água.

7.3.2 Placa de identificação do fabricante

A placa de identificação do fabricante deve ser afixada no guindaste pelo próprio fabricante, de forma
permanente. Essa placa deve conter no mínimo as seguintes informações, conforme a legislação
vigente:

 a) razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador;

 b) informação sobre tipo, modelo e capacidade;

 c) número de série ou identificação, e ano de fabricação;

 d) número de registro do fabricante ou importador no CREA;

 e) peso da máquina ou equipamento.

7.3.3 Placa de identificação do instalador

O instalador do guindaste deve afixar a sua placa de identificação no guindaste ou no suporte do


guindaste. Essa placa deve conter as seguintes informações:

 a) nome e endereço do instalador;

 b) ano de instalação;

 c) número de série do guindaste e número do chassi do veículo.

7.3.4 Indicações da carga

7.3.4.1 Generalidades

No mínimo, as seguintes informações devem ser fornecidas:

 a) uma placa de carga somente na horizontal, indicando a capacidade nominal (ver e Figura 4),
com a capacidade indicada em diversas posições de fixação da carga ao longo de uma linha
horizontal desenhada a partir da articulação do braço posterior do sistema de lanças, deve ser
afixada no guindaste, de forma a ser claramente visível de todas as estações de controle fixas.
Também deve constar no manual do usuário.

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 b) a carga indicada para a posição mais próxima deve representar a carga máxima permitida.
O sistema de lanças deve ser apresentado com o seu alcance máximo permitido ou próximo
de seu alcance máximo. Deve haver indicação para os casos de utilização de mais de uma
fixação de gancho;

 c) a carga indicada para a posição mais próxima deve representar a carga máxima permitida.
Todas as capacidades nominais devem ser indicadas nos respectivos alcances especificados.
Nos casos em que a capacidade nominal depende de um gancho específico ou de um ponto
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específico de fixação do gancho, esta deve ser indicada no gráfico de cargas para cada ponto de
fixação do gancho com a limitação de capacidade marcada com “Máx xxx kg”.A carg a máxima
de trabalho deve ser dada com todas as extensões retraídas. A Figura 4 do sistema de lanças
mostra a carga na extensão máxima ou na extensão mínima.

Todas as condições relacionadas à capacidade nominal não reduzida, indicadas no gráfico de cargas
(por exemplo, posição do estabilizador, ângulo do giro) devem estar indicadas no guindaste.

 d) o manual do operador deve conter uma tabela de capacidade nominal de carga para todas as
configurações de lança, incluindo Jib e guincho de cabo (ver Figuras 5 a 7). As tabelas de cargas
adicionais podem ser afixadas no guindaste em uma posição adequada, além da tabela de carga,
conforme a alínea a);

 e) se a capacidade nominal for reduzida em algumas partes da área de giro, estas capacidades
reduzidas devem ser indicadas na tabela de cargas. Exemplos de gráficos de carga são mostrados
nas Figuras 5 a 7;

 f) para um sistema de lanças mais complexo, pode ser necessária mais de uma tabela de cargas.
Estas devem constar no manual do usuário.

Figura 4 – Exemplo de placa de cargas da capacidade nominal com a capacidade indicada em


várias posições de fixação da carga ao longo de uma linha horizontal desenhada a partir do
primeiro apoio interno do sistema de lanças

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Figura 5 – Exemplo de gráfico de capacidade nominal de carga


para todas as configurações da lança

Figura 6 – Exemplo de gráfico de capacidade nominal de cargas


para guindaste com guincho de cabo

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Figura 7 – Exemplo de gráfico de capacidade nominal de carga


para guindaste com a terceira lança

7.3.4.2 Identificação das extensões manuais da lança

As extensões manuais da lança devem receber a identificação: “Máx XXX kg”.

NOTA Opcionalmente, caso o fabricante do guindaste assim prefira, as cargas para as lanças manuais
podem ser indicadas no próprio gráfico de cargas.

7.3.5 Marcações especiais em guindastes florestais ou sucateiros

Guindastes florestais ou sucateiros devem receber as seguintes identificações especiais:

 a) na estação de controle e no sistema de lanças, conforme a Figura 8;

 b) Um símbolo na segunda lança do guindaste, indicando a não permissão do uso de gancho
(ver exemplo da Figura 9).

Figura 8 – Área não permitida de aproximação

Figura 9 – Exemplo de símbolo para guindastes para proibição de uso de gancho

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7.3.6 Marcação do centro de giro

A posição longitudinal do centro de giro deve ser claramente indicada em ambos os lados da base.

7.4 Treinamentos para operadores de guindastes

Todos os operadores de guindastes articulados hidráulicos devem receber treinamento adequado


para atendimento à legislação vigente.
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8 Responsabilidades dos proprietários e usuários


8.1 Responsabilidades gerais

Os proprietários e usuários devem atender aos requisitos especificados em 8.2 a 8.10. Essas
responsabilidades referem-se à inspeção, ensaios, manutenção, modificação, treinamento e
transferência de propriedade por parte do proprietário. Estas atividades devem ser realizadas por
profissional capacitado.

8.2 Classificação das inspeções e ensaios

8.2.1 Inspeções e ensaios iniciais

Antes do uso inicial, todos os guindastes, novos ou modificados, devem ser inspecionados e ensaiados
para assegurar que estejam de acordo com os requisitos desta Norma, salvo eventuais modificações
autorizadas por escrito pelo fabricante.

Inspeções e verificações realizadas pelo fabricante, serviço autorizado do fabricante, instalador final
ou empresa credenciada pelo fabricante devem atender ao requisito da Seção 8.

8.2.2 Inspeções e ensaios regulares

O procedimento para inspeção de guindastes articulados hidráulicos é dividido em três classificações,


baseadas nos intervalos em que os ensaios e inspeções devem ser realizados. Os intervalos seguros
devem ser estabelecidos pelo proprietário, com base nas instruções do fabricante. Os intervalos
dependem da função de cada componente, seu uso, deterioração e outros agentes que afetem a sua
vida útil.

Três classificações são designadas para inspeção e ensaios regulares:

 a) inspeções e ensaios frequentes: intervalos diários e mensais;

 b) inspeções e ensaios periódicos: intervalos de um a 12 meses;

 c) inspeções e ensaios eventuais:

— máquinas com até 12 meses de fabricação, produzidas de acordo com esta Norma, ficam
dispensadas da realização desses ensaios;

— máquinas com até nove anos de fabricação: intervalos de 36 meses;

— máquinas com mais de nove anos de fabricação: intervalos de 24 meses.

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8.2.3 Inspeções e ensaios frequentes

Devem ser inspecionados os itens determinados pelo proprietário, em atendimento às instruções do


fabricante, para cada modelo de guindaste articulado hidráulico e seus acessórios, para verificação
da existência de defeitos.

Os seguintes ensaios e inspeções devem ser realizados pelo operador:


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 a) inspeção visual, procurando por componentes danificados, trincas, corrosão, desgastes
excessivos, parafusos deformados, pinos, porcas, dispositivos de bloqueio, calhas e coberturas
deformados, desgastados ou faltantes;

 b) verificação de todos os comandos e mecanismos associados para operação adequada, incluindo,
mas não se limitando a, verificar o seguinte:

— o bom funcionamento dos sistemas de bloqueio;

— se as alavancas dos comandos, tanto do lado do comando principal quanto do lado oposto,
se existente, retornam para a posição neutra quando soltas e se não existem retardos neste
movimento;

— se as funções de controle e operação estão claramente identificadas;

 c) inspeção visual e audível dos recursos de segurança para certificar o bom funcionamento;

 d) inspeção visual nos componentes isolantes e em fibra de vidro, para detectar danos visíveis e
contaminações;

 e) inspeção para verificação da perda ou ilegibilidade de marcações operacionais e de instrução;

 f) inspeção dos sistemas hidráulico quanto a deteriorações e desgastes observáveis,


estrangulamentos de tubos e mangueiras e vazamentos;

 g) verificação do nível e aspecto do óleo hidráulico;

 h) verificação da existência de algum mau funcionamento, sinais de deterioração ou desgaste no


sistema elétrico e seus componentes;

 i) realização de ensaio de desempenho funcional, incluindo, mas não se limitando a:

— preparar o guindaste articulado hidráulico para operação, incluindo sapatas estabilizadoras


e acessórios;

— realizar todas as funções do guindaste articulado hidráulico, incluindo os acessórios, fazendo


uma completa gama de movimentos a partir dos comandos inferior e superior, exceto quando
a realização da operação de toda a gama de movimentos puder criar algum risco;

— verificar a funcionalidade dos comandos de emergência.

Qualquer item suspeito deve ser cuidadosamente examinado ou ensaiado, e uma decisão deve ser
tomada por um profissional capacitado para decidir se o item suspeito constitui um perigo para a
segurança.

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Todos os itens inseguros devem ser substituídos ou reparados antes do uso, conforme orientação
do fabricante.

8.2.4 Inspeções e ensaios periódicos

Uma inspeção do guindaste articulado hidráulico deve ser realizada nos intervalos preestabelecidos,
conforme 8.2.2, dependendo da sua atividade, severidade dos serviços e ambiente de trabalho,
como indicado a seguir:
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 a) realizar inspeção visual, procurando por componentes danificados, trincas, corrosão, desgastes
excessivos, deformações ou perdas de qualquer natureza. Peças como parafusos, pinos, buchas,
engrenagens, travas, rolamentos, correntes, cabos de aço, dispositivos de bloqueio, calhas,
coberturas, cordas sintéticas, roldanas, ganchos, entre outras, devem ser inspecionadas para
certificação quanto à ausência de desgastes, trincas e deformações;

 b) verificar todos os comandos e mecanismos associados para operação adequada, incluindo,
mas não se limitando, a verificar o seguinte:

— inspeção visual e audível dos recursos de segurança para certificar o bom funcionamento;

— se as alavancas dos comandos, tanto do lado do comando principal quanto do lado oposto,
retornam para a posição neutra quando soltas e se não existem retardos neste movimento;

— se as funções de controle e operação estão claramente identificadas;

 c) realizar ensaio de desempenho funcional incluindo, mas não se limitando a:

— preparar o guindaste articulado hidráulico para operação, incluindo sapatas estabilizadoras


e acessórios;

— realizar todas as funções do guindaste articulado hidráulico, incluindo os acessórios,


realizando toda a gama de movimentos a partir do comando inferior e superior (se existente),
exceto quando a realização da operação de toda a gama de movimentos puder gerar algum risco;

— verificar a funcionalidade dos comandos de emergência;

— verificar o ajuste e regulagem das válvulas hidráulicas;

— verificar o reservatório hidráulico quanto ao nível de óleo adequado (guindaste em posição


de repouso e com braços estabilizadores e cilindros de estabilização recolhidos);

— verificar a pressão hidráulica principal do equipamento e o ajuste e regulagem das demais


válvulas hidráulicas;

— verificar conexões, mangueiras e tubos hidráulicos, procurando por vazamentos, deformações


anormais, estrangulamentos e desgastes excessivos;

— verificar tomadas de força, bombas e motores hidráulicos quanto à ausência de parafusos,


vazamentos, ruídos ou vibrações não usuais, redução da velocidade operacional ou
aquecimento excessivo;

— verificar válvulas hidráulicas e pneumáticas quanto ao mau funcionamento e trincas visíveis


no corpo externo das válvulas, vazamentos e movimento irregular dos carretéis;

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— verificar cilindros hidráulicos e válvulas de retenção de carga quanto ao não funcionamento


e danos visíveis, como riscos ou batidas nas hastes dos cilindros, ausência do lacre nas
válvulas de retenção de carga, vazamentos externos, entre outros;

— verificar filtros hidráulicos quanto à limpeza (substituir conforme indicado pelo fabricante) e
presença de materiais estranhos no sistema, indicando a deterioração de outros componentes;

— verificar a necessidade de substituição do óleo hidráulico conforme instruções do fabricante.


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Na ausência desta informação, o óleo deve ser substituído anualmente;

— verificar sistemas e componentes elétricos e eletrônicos quanto a sinais de deterioração


ou desgaste, incluindo aqueles que não são facilmente visíveis, nas inspeções frequentes;

— efetuar a verificação do indicador da capacidade nominal com uma carga conhecida;

— verificar as condições de torque de aperto nos parafusos e outros tipos de fixadores,


de acordo com as instruções do fabricante;

— inspecionar soldas críticas, conforme especificado pelo fabricante, procurando por trincas
ou falhas;

— verificar as marcações de instrução operacionais e de identificação para atestar a legibilidade


e adequação;

— os ensaios periódicos somente são validados com a emissão de laudo de manutenção


acompanhado de anotação de responsabilidade técnica, documento assinado pelo engenheiro
responsável.

Qualquer item suspeito deve ser cuidadosamente examinado ou ensaiado, e uma decisão deve ser
tomada por um profissional habilitado para decidir se este item suspeito constitui um perigo para a
segurança.
Todos os itens inseguros devem ser substituídos ou reparados antes do uso.
8.2.5 Inspeções e ensaios eventuais
Deve ser realizada uma inspeção do guindaste articulado hidráulico nos intervalos preestabelecidos,
dentro dos limites de periodicidade previstos em 8.2.2, dependendo da sua atividade, severidade
dos serviços e ambiente de trabalho, incluindo os itens solicitados nos ensaios periódicos, não se
limitando apenas a estes.
Devem ser realizadas as seguintes inspeções:
 a) ensaio de emissão acústica, conforme a ABNT NBR 16601;
 b) verificação dos itens hidráulicos, como mangueiras hidráulicas, vazamentos, estanqueidade
de válvulas e cilindros hidráulicos, pressão de trabalho e vedações;
 c) verificação dos itens elétricos e eletrônicos, como sistemas de segurança, chicotes e cabos elétricos;
 d) aferição de manômetros, transdutores de pressão e sensores de ângulo;
 e) verificação dos itens mecânicos, como placas de deslizamento, buchas de deslizamento, sistemas
de regulagem, itens de desgaste geral, bem como verificação de possíveis trincas na estrutura
do equipamento e itens estruturais que apresentem desgaste excessivo, conforme instruções
do fabricante.

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Os ensaios eventuais devem ser validados com a emissão de laudo de manutenção, acompanhado
de anotação de responsabilidade técnica, documento assinado pelo engenheiro responsável.

Por motivos de segurança operacional, as mangueiras hidráulicas devem ser substituídas, independentemente
do seu aspecto externo, no intervalo máximo de 72 meses (seis anos) a contar da data da sua
instalação ou substituição.

Qualquer item suspeito deve ser cuidadosamente examinado ou ensaiado, e uma decisão deve ser
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tomada por um profissional capacitado para decidir se este item suspeito constitui um perigo para a segurança.

Todos os itens inseguros devem ser substituídos ou reparados antes do uso.

8.2.6 Considerações gerais

Além das inspeções e ensaios periódicos e eventuais, os procedimentos não destrutivos de exame
complementar ou outros ensaios para auxiliar na detecção de possíveis danos estruturais podem
também ser necessários.

Todos os itens considerados inseguros devem ser substituídos ou reparados antes da liberação para
uso. A liberação para uso deve ser realizada por profissional capacitado.

Relatórios escritos ou devidamente arquivados eletronicamente, datados e assinados, devem ser


emitidos para inspeções e ensaios periódicos e inspeções e ensaios eventuais, e mantidos por um
período de cinco anos.

Após qualquer evento durante o qual elementos estruturais de um guindaste articulado hidráulico
estejam sob suspeita de terem sido sujeitos a uma carga acima do projetado, esse guindaste deve
ser retirado de serviço e submetido a inspeções e ensaios periódicos e eventuais previstos nesta
Seção e obrigatoriamente com a emissão de laudo de manutenção acompanhado de anotação
de responsabilidade técnica, documento assinado pelo engenheiro responsável.

8.3 Manutenção

A manutenção e a sua frequência devem ser determinadas pelo usuário, de acordo com as
recomendações do fabricante do guindaste articulado hidráulico.

8.3.1 Treinamento de manutenção

O usuário deve garantir que o pessoal de manutenção e de inspeção de guindastes articulados


hidráulicos, próprios ou terceirizados, seja devidamente treinado, de acordo com as instruções do
fabricante e com a Seção 8.

8.3.2 Treinamento de operação

O usuário deve garantir que o pessoal de operação de guindastes articulados, próprios ou terceirizados,
seja devidamente treinado para operar o modelo específico de guindaste articulado hidráulico,
de acordo com as instruções do fabricante e com o devido certificado. Tal certificado pode ser do
próprio fabricante ou de empresas de capacitação indicadas, por escrito, pelo fabricante do guindaste
articulado hidráulico.

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8.3.3 Soldas

Reparos de soldagem de componentes ou soldas, especificados como críticos (a serem realizados


na base, braços estabilizadores, coluna, braço anterior ou posterior e lanças hidráulicas ou mecânicas,
caixa ou braços do estabilizador adicional, e todo e qualquer cilindro hidráulico), somente podem
ser realizados com orientação do fabricante ou empresa qualificada, com observância das Normas
vigentes e aplicáveis, e obrigatoriamente com a emissão de laudo de manutenção acompanhado
de anotação de responsabilidade técnica, documento assinado pelo engenheiro responsável.
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8.4 Modificações

Modificações ou adições que afetem a estabilidade, a integridade mecânica ou estrutural, hidráulica


ou elétrica ou a segurança de operação do guindaste articulado hidráulico não podem ser realizadas
sem a aprovação por escrito do fabricante. Se modificações, alterações ou mudanças forem feitas,
as informações de capacidade de operação e manutenção devem ser devidamente alteradas.
Em nenhum caso, os fatores de segurança devem ser reduzidos abaixo daqueles especificados pelo
fabricante. Caso o fabricante original não exista mais, uma entidade equivalente pode aprovar a
modificação necessária.

É proibida a alteração ou desativação dos dispositivos de segurança, proteções ou bloqueios,


se assim equipado.

8.5 Distribuição de cargas

Mudanças na carga ou aditamentos feitos no conjunto do veículo e guindaste articulado hidráulico,


após a sua aceitação final, que afetem a distribuição de carga, devem atender aos regulamentos
aplicáveis pelos órgãos governamentais. Em nenhum caso, a carga por eixo do veículo totalmente
carregado pode exceder a capacidade máxima de peso por eixo especificada pelo fabricante do veículo.

Qualquer alteração na distribuição de peso pode afetar a estabilidade.

8.6 Transferência de propriedade

Quando ocorrer uma mudança de proprietário do guindaste articulado hidráulico, é responsabilidade


do vendedor providenciar:

 a) manual do guindaste articulado hidráulico para o comprador;

 b) inspeções e ensaios previstos em 8.2.4 e 8.2.5, bem como entrega dos respectivos laudos
e ART de manutenção ao comprador.

É de responsabilidade do comprador notificar o fabricante do guindaste articulado hidráulico, em prazo


de 30 dias, sobre o modelo, número de série e nome e endereço do novo proprietário.

Caso o vendedor utilize outras entidades, como agentes (por exemplo, corretores), para a venda ou
arranjo da venda de um guindaste articulado hidráulico, as suas responsabilidades especificadas
nesta Norma permanecem da mesma forma.

8.7 Adesivos e marcações

Os adesivos e marcações nos guindastes articulados hidráulicos não podem ser removidos,
desfigurados ou alterados. Todos os adesivos ou marcações faltantes ou ilegíveis devem ser
prontamente repostos ou substituídos pelo proprietário ou usuário.

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8.8 Peças de reposição

Quando peças ou componentes forem substituídos, eles devem ser idênticos em especificações e
funções às peças ou componentes originais do guindaste articulado hidráulico, ou devem fornecer
um fator de segurança igual ou superior.

8.9 Boletins de segurança


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Os proprietários e os usuários devem cumprir com os boletins e informações relacionados com o modelo
de guindaste articulado hidráulico, quando fornecidos pelo fabricante, distribuidor ou representante,
ou instalador.

8.10 Manuais

O proprietário e o usuário devem assegurar que o manual de operação ou do operador seja mantido
junto ao guindaste articulado hidráulico.

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Anexo A
(informativo)

Exemplos de configurações e montagens


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A.1 Sistemas de lança

A.1.1 Guindastes articulados hidráulicos com sistema de lança reta

As Figuras A.1 e A.2 mostram guindastes articulados hidráulicos com sistema de lança telescópica
e sistema fixo de lança reta com apenas uma articulação, respectivamente.

Figura A.1 – Sistema de lança telescópica

Figura A.2 – Sistema fixo de lança reta

A.1.2 Guindastes articulados hidráulicos com sistemas de lança articulada

As Figuras A.3 a A.5 mostram guindastes articulados hidráulicos com sistema de lança articulada.

Figura A.3 – Sistema de lança articulada, dobrável transversalmente ao veículo

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Figura A.4 – Sistema de lança articulada com extensão, dobrável ao longo do veículo

Figura A.5 – Sistema de lança articulada, dobrável transversalmente ao veículo

A.2 Exemplos de montagem de guindaste articulado hidráulico


As Figuras A.6 a A.12 mostram exemplos de montagem do guindaste articulado hidráulico.

Figura A.6 – Guindaste articulado hidráulico montado atrás da cabina

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Figura A.7 – Guindaste articulado hidráulico montado na traseira


NOTA Os guindastes articulados hidráulicos normalmente são fixos no chassi do veículo, mas podem ser
instalados sobre um suporte móvel. Os guindastes também podem ser móveis, instalados sobre trilhos na
plataforma do veículo.

Figura A.8 – Guindaste articulado hidráulico montado no meio

Figura A.9 – Guindaste florestal montado na parte traseira

Figura A.10 – Guindaste articulado hidráulico montado sobre trator com cabina

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Figura A.11 – Guindaste articulado hidráulico sobre base fixa

Figura A.12 – Guindaste articulado hidráulico montado sobre picape

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Anexo B
(informativo)

Cálculos estruturais
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B.1 Generalidades
Na ausência de Normas para cálculos de projeto, os símbolos e cálculos apresentados em B.2 a
B.5 podem ser aplicados para o projeto das estruturas de aço. Como base para cálculo podem ser
tomadas também como referência as EN 13001-1 e EN 13001-2, entre outras.

B.2 Tensões admissíveis

B.2.1 Simbologia

Utilizam-se os seguintes símbolos:

fy Tensão de escoamento (N/mm2)


fu Tensão de ruptura (N/mm2)
E = 210 000 Módulo de elasticidade (N/mm2)
G = E/ (2 x (1+v)) Módulo de cisalhamento (N/mm2)
v = 0,3 Coeficiente de Poisson
δ5 Tensão de ruptura, considerando cinco vezes a seção transversal original (%)
S Fator de segurança sobre a tensão de escoamento

B.2.2 Aços estruturais não ligados

Aços estruturais não ligados conforme a EN 10025. A Tabela B.1 apresenta os valores nominais das
propriedades do material para determinados tipos de aço.

Tabela B.1 – Valores nominais das propriedades do material


Tensão de a Tensão de b Módulo de Módulo de
Tipo escoamento fy ruptura fu cisalhamento G elasticidade E
N/mm2 N/mm2 N/mm2 N/mm2
S235 (Fe360) 235 360
S275 (Fe430) 275 430 81 000 210 000
S355 (Fe510) 355 510
a Valor-padrão para espessuras até 16 mm.
b Mínimo.

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B.2.3 Tensões admissíveis para aços estruturais não ligados

Conforme a EN 10025. As tensões admissíveis são calculadas de acordo com a seguinte equação:

σo = fy / S

Os valores calculados encontram-se na Tabela B.2.


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Tabela B.2 – Tensões admissíveis para aços estruturais sem liga (N/mm2)
Combinação de carga A B C
S 1,5 1,33 1,25
Grau do aço 235 275 355 235 275 355 235 275 355
Material básico e solda de topo
σa = σo 157 183 237 176 206 266 188 220 284
τa = σo / √3 90 106 137 102 119 154 109 127 164
Cordão de solda
σa = σo 157 183 237 176 206 266 188 220 284
τa = σo / √2 111 130 167 125 146 188 133 156 201
NOTA As tensões admissíveis indicadas são válidas para espessuras até 40 mm. Em caso de espessuras
maiores, recomenda-se que o valor correspondente de fy seja levado em consideração.

Os valores de “r” a serem usados não podem ser menores que 1,28 nem maiores que 1,44.

Com base no valor mais baixo da tensão fy ou fy’, as tensões admissíveis devem ser calculadas com
os fatores de segurança indicados para aços estruturais não ligados.

B.2.4 Parafusos

B.2.4.1 Parafusos e prisioneiros fosfatizados ou galvanizados

As tensões admissíveis σa e τa são derivadas de X, que é o valor mais baixo de fy e 0,7 x fu.
σ
σa = τa =
√2
As tensões calculadas encontram-se na Tabela B.3.

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Tabela B.3 – Tensões admissíveis para os parafusos (N/mm2)


Grau 4.6 5.6 6.6 6.8 8.8 10.9
Combinação
S fy 240 300 360 480 640 900
de cargas
X 240 300 360 420 560 700
σa 160 200 240 280 373 467
A 1,5
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τa 113 141 170 198 264 330


σa 180 225 270 315 420 525
B 1,33
τa 127 159 191 223 297 371
σa 192 240 288 336 448 560
C 1,25
τa 136 170 204 238 317 396

B.2.4.2 Pré-tensão em parafusos

Somente para as classes 8.8 e 10.9 dos parafusos, aplica-se essa pré-tensão. A classe 12.9 não
pode ser utilizada, a menos que, para aplicações específicas, os resultados comprovem a sua
aceitabilidade (ver EN 1993-1-1 e Eurocode 3).

Símbolos:

As Área de tensão de tração do parafuso (mm2)


Fv Pré-carga (N)
d Diâmetro nominal do parafuso (mm)
Mt Torque de fixação (Nm)
Parafusos utilizados uma única vez: Fv = 0,8 x fy As

Parafusos utilizados diversas vezes: Fv = 0,7 x 0,8 x fy x As

0,18 xdx Fv
Torque de fixação: M t =
1 000

A tensão aplicada F, em relação à tensão prévia Fv, deve ser:

 a) F / Fv ≤ 0,67 para combinações de carga A;

 b) F / Fv ≤ 0,75 para combinações de carga B;

 c) F / Fv ≤ 0,8 para combinações de carga C.

B.2.4.3 Tensões na superfície de apoio

A tensão admissível na superfície de apoio (σL) depende do material básico e é válida tanto para
as conexões aparafusadas como para os pinos, conforme a seguir.

Conexão solta: σL = 1,3 x σo

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Baixa precisão, conexão fixa: σL = 1,5 x σo


Alta precisão, conexão fixa: σL = 2,0 x σo

As tensões calculadas são apresentadas na Tabela B.4.

Tabela B.4 – Tensões admissíveis no apoio


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Combinação de cargas A B C
Grau do aço (N/mm2) 235 275 355 235 275 355 235 275 355
Conexão solta (N/mm2) 204 238 308 229 268 346 244 286 369
Baixa precisão, conexão fixa (N/mm2) 235 275 355 264 309 399 282 330 426
Alta precisão, conexão fixa (N/mm2) 313 367 473 352 412 532 376 440 568

B.2.5 Esforços combinados

Para partes que sustentam a carga e as soldas de topo, deve ser utilizada a seguinte equação:

Para os parafusos, pinos e soldas de filete, deve ser utilizada a seguinte equação:

B.2.6 Estabilidade elástica

B.2.6.1 Deformação, método ômega

Símbolos:

λ Esbeltez
λ’ Esbeltez específica
ω Fator de deformação
F Força de compressão (N)
A Área (cm2)
M Momento de flexão (N.cm)
Wc Módulo da seção; borda de compressão (cm3)
Wt Módulo da seção; borda de tensão (cm3)
σa Tensão admissível (N/cm2)

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O fator de deformação é determinado pela seguinte equação:

Para 0 < λ’ ≤ 1,195


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λ’ ≤ 1,195

Para λ’ > 1,195 ω = 1,465 λ’2

Para o fator ω já calculado para aços estruturais sem liga, ver B.1.4 e as Tabelas B.6 a B.8.

A esbeltez máxima admissível deve ser considerada como λ = 250.

Devem ser atendidas as seguintes condições:

NOTA Utilizar sigma “a” (σa) como tensão admissível.

B.2.6.2 Flambagem

Símbolos:

t Espessura da chapa (cm)


b Largura da chapa (cm)
k Fator dependente das condições de tensão
σe Tensão de flambagem de Euler (N/mm2)
σki Tensão de flambagem ideal (N/mm2)
σvki Tensão de flambagem combinada ideal (N/mm2)
σvk Tensão de flambagem combinada reduzida (N/mm2)
σ1 Tensão superior (N/mm2)
σ2 Tensão inferior (N/mm2)

σKi = Kσ × σe

τki = kτ × σe

Ψ = σ1/σ2

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A tensão de flambagem reduzida σvk deve ser determinada da seguinte maneira:

σvki < 0,7 x fy σvk = σvki

σvki > 0,7 x fy

O fator de segurança mínimo v depende da combinação de cargas.


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Combinação de cargas A = v = 1,71 + 0,180 x (ψ – 1)

Combinação de cargas B = v = 1,50 + 0,125 x (ψ – 1)

Combinação de cargas C = v = 1,33 + 0,075 x (ψ – 1)

Para outras informações, consultar PROJE


os métodos aceitos para
O DE REVISÃ ABNTo NBR
cálculo
14 da
8 flambagem. Os valores
OU 202
dos coeficientes de flambagem encontram-se na Tabela B.5.

Tabela B.5 – Valores dos coeficientes de flambagem kσ e kτ


e g k τ pa
para chapas apoiadas nas extremidades
e i
Nº Caso a kσ ou kτ
=
b
1 Compressão uniforme simples  1 kσ = 4
2
 1
 1 kσ = σ  
 

2 Compressão não uniforme  1 8,4



  1,1
 1 
2
1  2,1
kσ    .
     1,1

3 Dobramento puro Ψ = - 1 ou 2 kσ = 23,9


dobramento com tensão 
3 1,87
preponderante kσ = 15,87   8,6
2 2

3

4 Dobramento com compressão kσ = 1   k 'k "10 1   


predominante – 1 <Ψ< 0
onde
k’ = valor de kσ para Ψ = 0 (caso nº 2)
k’’= valor de kσ para dobramento puro (caso nº 3)

5 Tensão cisalhante pura  1 kτ = 5,34 


4
2
 1
5,34
kτ = 4  2

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B.3 Cálculos conforme a teoria da segunda ordem


A deflexão de uma estrutura deve ser levada em consideração quando se calculam as tensões. Isto é
muito importante para os cálculos de um projeto esbelto ou quando se utilizam materiais com módulo
de elasticidade reduzido. Pode-se utilizar a teoria da segunda ordem. Os fatores de segurança para
fy ou fy’ devem ser no mínimo:

 a) combinação de cargas A: S ≥ 1,50;


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 b) combinação de cargas B: S ≥ 1,33;

 c) combinação de cargas C: S ≥ 1,25.

B.4 Valores de ω para aços estruturais sem liga


Os valores de ω encontram-se nas Tabelas B.6 a B.8.

Tabela B.6 – Valores de ω para S 235


S 235 limite de elasticidade fy = 235 N/mm2
λ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
20 1,05 1,05 1,05 1,06 1,06 1,06 1,07 1,07 1,07 1,08
30 1,08 1,08 1,09 1,09 1,09 1,10 1,10 1,10 1,11 1,11
40 1,12 1,12 1,12 1,13 1,14 1,14 1,14 1,15 1,16 1,16
50 1,17 1,17 1,18 1,18 1,19 1,19 1,20 1,21 1,21 1,22
60 1,23 1,23 1,24 1,25 1,26 1,26 1,27 1,28 1,29 1,30
70 1,31 1,31 1,32 1,33 1,34 1,35 1,36 1,37 1,39 1,40
80 1,41 1,42 1,43 1,45 1,46 1,47 1,49 1,50 1,52 1,53
90 1,55 1,56 1,58 1,60 1,61 1,63 1,65 1,67 1,69 1,71
100 1,74 1,76 1,78 1,81 1,83 1,86 1,89 1,92 1,95 1,98
110 2,01 2,05 2,08 2,12 2,16 2,20 2,24 2,27 2,31 2,35
120 2,39 2,43 2,47 2,51 2,55 2,60 2,64 2,68 2,72 2,76
130 2,81 2,85 2,89 2,94 2,98 3,03 3,07 3,12 3,16 3,21
140 3,26 3,30 3,35 3,40 3,44 3,49 3,54 3,59 3,64 3,69
150 3,74 3,79 3,84 3,89 3,94 3,99 4,04 4,09 4,15 4,20
160 4,25 4,31 4,36 4,41 4,47 4,52 4,58 4,63 4,69 4,74
170 4,80 4,86 4,91 4,97 5,03 5,09 5,15 5,20 5,26 5,32
180 5,38 5,44 5,50 5,56 5,62 5,69 5,75 5,81 5,87 5,93
190 6,00 6,06 6,12 6,19 6,25 6,32 6,38 6,45 6,51 6,58
200 6,64 6,71 6,78 6,85 6,91 6,98 7,05 7,12 7,19 7,26
210 7,33 7,40 7,47 7,54 7,61 7,68 7,75 7,82 7,89 7,97
220 8,04 8,11 8,19 8,26 8,33 8,41 8,48 8,56 8,63 8,71
230 8,79 8,86 8,94 9,02 9,10 9,17 9,25 9,33 9,41 9,49
240 9,57 9,65 9,73 9,81 9,89 9,97 10,05 10,13 10,22 10,30

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Tabela B.7 – Valores de ω para S 275


S 275 limite de elasticidade fy= 275 N/mm2
λ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
20 1,05 1,06 1,06 1,06 1,07 1,07 1,07 1,08 1,08 1,08
30 1,09 1,09 1,10 1,10 1,10 1,11 1,11 1,12 1,12 1,13
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40 1,13 1,14 1,14 1,15 1,16 1,16 1,16 1,17 1,18 1,18
50 1,19 1,20 1,20 1,21 1,22 1,22 1,23 1,24 1,25 1,25
60 1,26 1,27 1,28 1,29 1,30 1,31 1,32 1,33 1,34 1,35
70 1,36 1,37 1,38 1,40 1,41 1,42 1,44 1,45 1,46 1,48
80 1,49 1,51 1,53 1,54 1,56 1,58 1,60 1,62 1,64 1,66
90 1,68 1,70 1,73 1,75 1,78 1,80 1,83 1,86 1,89 1,92
100 1,95 1,99 2,02 2,06 2,10 2,14 2,18 2,23 2,27 2,31
110 2,35 2,39 2,44 2,48 2,53 2,57 2,62 2,66 2,71 2,75
120 2,80 2,85 2,89 2,94 2,99 3,04 3,09 3,14 3,18 3,23
130 3,29 3,34 3,39 3,44 3,49 3,54 3,60 3,65 3,70 3,76
140 3,81 3,86 3,92 3,97 4,03 4,09 4,14 4,20 4,26 4,32
150 4,37 4,43 4,49 4,55 4,61 4,67 4,73 4,79 4,85 4,91
160 4,98 5,04 5,10 5,16 5,23 5,29 5,36 5,42 5,49 5,55
170 5,62 5,68 5,75 5,82 5,89 5,95 6,02 6,09 6,16 6,23
180 6,30 3,67 6,44 6,51 6,58 6,65 6,72 6,80 6,87 6,94
190 7,02 7,09 7,17 7,24 7,32 7,39 7,47 7,54 7,62 7,70
200 7,78 7,85 7,93 8,01 8,09 8,17 8,25 8,33 8,41 8,49
210 8,57 8,65 8,74 8,82 8,90 8,99 9,07 9,15 9,24 9,32
220 9,41 9,49 9,58 9,67 9,75 9,84 9,93 10,02 10,10 10,19
230 10,28 10,37 10,46 10,55 10,64 10,73 10,83 10,92 11,01 11,10
240 11,20 11,29 11,38 11,48 11,57 11,67 11,76 11,86 11,96 12,05

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Tabela B.8 – Valores de ω para S 355


S 355 limite de elasticidade fy = 355 N/mm2
λ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
20 1,06 1,06 1,07 1,07 1,08 1,08 1,09 1,09 1,09 1,10
30 1,10 1,11 1,11 1,12 1,13 1,13 1,14 1,14 1,15 1,15
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40 1,16 1,17 1,17 1,19 1,19 1,20 1,20 1,21 1,22 1,23
50 1,24 1,25 1,26 1,26 1,27 1,28 1,30 1,31 1,32 1,33
60 1,34 1,35 1,37 1,38 1,39 1,41 1,42 1,44 1,45 1,47
70 1,49 1,50 1,52 1,54 1,56 1,58 1,60 1,63 1,65 1,67
80 1,70 1,73 1,75 1,78 1,81 1,85 1,88 1,92 1,95 1,99
90 2,03 2,08 2,12 2,17 2,22 2,26 2,31 2,36 2,41 2,46
100 2,51 2,56 2,61 2,66 2,71 2,77 2,82 2,87 2,93 2,98
110 3,04 3,09 3,15 3,20 3,26 3,32 3,38 3,43 3,49 3,55
120 3,61 3,67 3,73 3,80 3,86 3,92 3,98 4,05 4,11 4,18
130 4,24 4,31 4,37 4,44 4,51 4,57 4,64 4,71 4,78 4,85
140 4,92 4,99 5,06 5,13 5,20 5,28 5,35 5,42 5,50 5,57
150 5,65 5,72 5,80 5,87 5,95 6,03 6,11 6,19 6,26 6,34
160 6,42 6,50 6,59 6,67 6,75 6,83 6,91 7,00 7,08 7,17
170 7,25 7,34 7,42 7,51 7,60 7,68 7,77 7,86 7,95 8,04
180 8,13 8,22 8,31 8,40 8,50 8,59 8,68 8,77 8,87 8,96
190 9,06 9,15 9,25 9,35 9,44 9,54 9,64 9,74 9,84 9,94
200 10,05 10,14 10,24 10,34 10,44 10,55 10,65 10,75 10,86 10,96
210 11,07 11,17 11,28 11,38 11,49 11,60 11,71 11,82 11,93 12,03
220 12,14 12,26 12,37 12,48 12,59 12,70 12,82 12,93 13,04 13,16
230 13,27 13,39 13,51 13,62 13,74 13,86 13,98 14,09 14,21 14,33
240 14,45 14,57 14,70 14,82 14,94 15,06 15,19 15,31 15,43 15,56

B.5 Análises

B.5.1 Análise geral de tensões

A análise geral de tensões é a prova contra falha por escoamento ou fratura. A análise deve ser feita
em todos os componentes e juntas que suportem a carga.

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B.5.2 Análise da estabilidade elástica

A análise da estabilidade elástica é a prova contra falha por instabilidade elástica (por exemplo,
flambagem, deformação por flambagem) e deve ser realizada em todos os componentes de
sustentação de cargas sujeitos a cargas de compressão.

B.5.3 Análise da tensão de fadiga


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B.5.3.1 Generalidades

Apenas a combinação de cargas A deve ser considerada.

A análise da tensão de fadiga é a prova contra falha por fadiga devido a oscilações da tensão.
A análise deve ser feita em todos os componentes e juntas que suportem a carga e representem os
pontos críticos de fadiga, levando em consideração os detalhes de construção, o grau de oscilação
da tensão e o número de ciclos de tensão. Este número pode ser um múltiplo do número de ciclos
de carga.

B.5.3.2 Grupos de carga

B.5.3.2.1 Generalidades

Os grupos de carga (B.1 a B.6) são classificados dependendo do número de ciclos de tensão e da
tensão resultante. Ver a Tabela B.9.

Tabela B.9 – Grupos de carga


Ciclos de tensão N1 N2 N3 N4
2,0.104< N <2,0.105 2,0.105< N < 6,3.105 2,0.106 < N
Número total de 26,3.105< N < 2,0.106
ciclos de tensão do Uso ocasional Uso regular Uso regular
Uso regular em
projeto irregular com longos em operação em operação
operação contínua
períodos sem uso intermitente contínua rigorosa
Tensão resultante Grupo de carga
S0 muito leve B1 B2 B3 B4
S1 leve B2 B3 B4 B5
S2 média B3 B4 B5 B6
S3 forte B4 B5 B6 B6

B.5.3.2.2 Exemplos de classificação

Os seguintes exemplos de classificação aplicam-se aos guindastes articulados hidráulicos montados


sobre veículos, em diversos serviços. A classificação refere-se à parte mais fortemente carregada,
normalmente a coluna do guindaste:

 a) B2: serviço de gancho, diversos;

 b) B3: garra de duas mandíbulas;

 c) B4: madeira florestal, sucata.

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Deve ser observado o seguinte:

 1) o grupo de carga B1 não pode ser usado para a parte mais fortemente carregada;

 2) as partes do guindaste claramente separadas podem ser classificadas em grupos diferentes
de carga, se as condições de serviço forem totalmente conhecidas.

B.5.3.2.3 Tensões resultantes ideais


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As tensões resultantes ideais apresentam-se de acordo com a Figura B.1 e a Tabela B.10.

Figura B.1 – Tensões resultantes ideais

Tabela B.10 – Tensões referidas σo – σm das tensões resultantes ideais ^σo – σo


lg N
^ 0 1/6 2/6 3/6 4/6 5/6 6/6
lg N

S3 1 1 1 1 1 1 1

Tensão S2 1 0,975 0,944 0,906 0,856 0,787 0,666


resultante S1 1 0,952 0,890 0,814 0,716 0,579 0,333
S0 1 0,927 0,836 0,723 0,576 0,372 0,000

onde

σm = ½ (σ máx.+ σ mín.) do valor da tensão constante média;

σo é o valor da tensão máxima alcançada ou excedida n-vez;

^σ o é o valor da maior tensão máxima da tensão resultante ideal;

`σo é o valor da menor tensão máxima da tensão resultante ideal;

^N = 106 da tensão resultante ideal;

N é o número de ciclos de tensões do projeto.

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B.5.3.3 Tensões admissíveis

As tensões admissíveis, dependendo do grupo de carga (B.1 a B.6) e do caso de entalhe (W0 e W2
e K0 a K4), com base em uma probabilidade de sobrevida de 90 %, são apresentadas a seguir:

As tensões extremas σ1 e σ2 (sinal positivo para tração e sinal negativo para compressão) fornecem
o valor de K:
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K = σ1/σ2 ou K = σ2/σ1, levando em consideração a condição – 1 ≤ K ≤ + 1

Os valores das tensões de fadiga admissíveis em componentes estruturais para diferentes casos
de entalhe são dados nas Tabelas B.11 e B.12.

Os valores máximos admissíveis das tensões normais e cisalhantes, nos componentes estruturais
e soldas, e das tensões cisalhantes e de apoio, em parafusos ou pinos e em elementos estruturais
perfurados, estão indicados nas Tabelas B.13 e B.14, em relação aos valores básicos das tensões
admissíveis σf (– 1) (ver Tabelas B.11 e B.12) e à razão entre as tensões mínima e máxima.

Tabela B.11 – Valores básicos das tensões admissíveis de fadiga σf (– 1) (N/mm2) em


componentes estruturais para os casos de entalhe W0, W1 e W2
Grau do aço S235 S275 S355
Caso de entalhe W0 W1 W2 W0 W1 W2 W0 W1 W2
Grupo de carga
B1 157 157 157 183 183 183 237 237 237
B2 157 157 157 183 183 183 237 237 199,2
B3 157 157 141,3 183 176,4 148,8 237 200,6 160,5
B4 157 135,8 118,8 182,7 145,8 123 203,2 161,7 129,3
B5 142,7 114,2 99,9 151 120,5 101,6 163,8 130,3 104,2
B6 120 96 84 124,8 99,6 84 132 105 84
NOTA Para outros graus de aço, convém que as tensões admissíveis de fadiga σf (- 1) dos casos de
entalhe W0, W1e W2 sejam estabelecidas da seguinte forma:
a) W2/B6: o valor de σf (-1) = 84 N/mm2 aplica-se a todos os graus de aço.
b) W0/B6: considerando as seguintes condições, o valor de σf (- 1) pode ser estabelecido como a seguir:
— fu < 510 σf (- 1) = 0,08 x fu + 91,2;
— 510 < fu σf (- 1) = 0,02 x fu + 121,8;
c) W1/B6: o valor de σf (- 1) é de 80 % do valor W0/B6;
d) convém que a relação entre os valores de dois grupos de carregamento subsequentes do mesmo caso
de entalhe W0, W1 ou W2 seja estabelecida pela seguinte equação: P = 0,00034 x fu + 1,066.

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Tabela B.12 – Valores básicos para as tensões de fadiga admissíveis σf (– 1) (N/mm2) em


componentes estruturais para os casos de entalhe K0 a K4 em todos os graus de aço
Caso de entalhe
Grupo de carregamento
K0 K1 K2 K3 K4
B1 475,2 424,3 356,4 254,6 152,7
B2 336 300 252 180 108
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B3 237,6 212,1 178,2 127,3 76,4


B4 168 150 126 90 54
B5 118,8 106,1 89,1 63,6 38,2
B6 81 75 63 45 27

As tensões admissíveis σf (–1) nas Tabelas B.11 e B.12 equivalem às tensões de apoio com base
em uma probabilidade de sobrevida de 90 %. As relações mostradas na Figura B.2 existem entre
as tensões admissíveis σf (–1) e σf (K).

Símbolos:

σ Tensão normal
τ Tensão cisalhante
σft (K) Tensão de fadiga admissível para k, em caso de tração
σfc (K) Tensão de fadiga admissível para k, em caso de compressão

Figura B.2 – Relações entre σf(κ) e σf(– 1)

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Tabela B.13 – Tensões de fadiga admissíveis de acordo com a Figura B.2,


como função de K (– 1), conforme as Tabelas B.11 e B.12

Tração 5
σft k  = .σf  1
Faixa de tensões 3  2k
alternadas
Compressão 2
σfck  = .σf  1
1 k
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- 1 <κ< 0
Tração σft 0
σft k  =
Faixa de tensões de 1  1  σft 0  / 0,75 fu k
pulso
Compressão σ fc 0
σfck  =
0 <κ< + 1 1  1  σfc0  / 0,90 fu k

Tabela B.14 – Tensões de fadiga admissíveis τf(K) para elementos estruturais


e soldas e τf(K) e σfl(K) para parafusos e pinos

Elementos estruturais τf k  = σft k  / 3 σft(κ), conforme W0

Juntas soldadas τf k  = σft k  / 2 σft(κ), conforme K0

Rebites e parafusos fixos τf k  = 0,8.σft k 


σft(κ), conforme W2
Tensão cisalhante múltipla σf / k  = 2,0.σft k 
Rebites e parafusos fixos τf k  = 0,6.σft k 
Tensão cisalhante simples σft(κ), conforme W2
σf / k  = 1,5.σft k 
(sem apoio)

B.5.3.4 Tensões combinadas

As tensões combinadas devem atender à seguinte condição:

σ x 
2
σ 
2  σ .σ   
2

   y   x y   τ 
   1,1
σ  σ   σ fx . σ fy  τf 
 fx   fy     

onde

σx, σy representam a tensão normal calculada nas direções x e y;

σfx, σfy representam a tensão admissível de fadiga correspondendo à tensão σx e σy;

τƒ é a tensão cisalhante;

τ é a tensão admissível de fadiga correspondendo à tensão T.

B.6 Exemplos de casos de entalhe


As Tabelas B.15 a B.22 apresentam exemplos de casos de entalhe.

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Tabela B.15 – Caso de entalhe W0


Nº Descrição Ilustração
Componentes não perfurados com condições normais de
superfície, se não houver efeitos de entalhe ou se os efeitos
de entalhe forem levados em consideração na análise das
W01 tensões. NA
Superfícies com corte a gás devem atender no mínimo
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à qualidade estipulada de acordo com o código 11,


da EN ISO 9013:1992, Seção 5,

Tabela B.16 – Caso de entalhe W1


Nº Descrição Ilustração
Componentes com superfícies termicamente cortadas,
W11 com qualidade estipulada para ser no mínimo de acordo NA
com o código 22, da EN ISO 9013:1992, Seção 5
Componentes perfurados, também com rebites e parafusos,
onde os rebites e parafusos são tensionados a no máximo
W12
20 % dos valores admissíveis, ou no caso de parafusos
pré-tensionados, a 100 % dos valores admissíveis

Tabela B.17 – Caso de entalhe W2


Nº Descrição Ilustração

Componentes perfurados em conexões rebitadas ou


W21
aparafusadas com tensão de cisalhamento dupla

Componentes perfurados em conexões rebitadas ou


W22 aparafusadas, com suporte na traseira, com tensão de
cisalhamento simples
Componentes perfurados em conexões rebitadas ou
aparafusadas, sem suporte na traseira, com tensão de
W23
cisalhamento simples, se a ação excêntrica da força for
considerada na análise das tensões

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Tabela B.18 – Caso de entalhe K0


Nº Descrição Ilustração Símbolo

Componentes de mesma espessura, unidos


011 perpendicularmente à direção da força (1) por
solda de topo com penetração

Componentes de espessuras diferentes,


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unidos perpendicularmente à direção da força


por solda de topo com penetração; solda
012
de topo assimétrica com suporte no verso e
chanfro = ≤ 1:4 ou solda de topo simétrica e
chanfro = ≤ 1:3

Placa de união unida por solda de topo com


013 penetração, perpendicularmente à direção da
força

Chapas de alma unidas perpendicularmente


014 à direção da barra por solda de topo com
penetração

Componentes unidos na direção da força por


021
solda de topo com penetração

Chapas de alma e seções de flange (barras


ou formas estruturais, exceto planas), unidas
022
na direção da força por solda de topo com
penetração

Componentes unidos na direção da força por


023
soldas de ângulo com penetração

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Tabela B.19 – Caso de entalhe K1 (continua)


Nº Descrição Ilustração Símbolo

Componentes de mesma espessura, unidos perpendicularmente


111
à direção da força por solda de topo com penetração
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Componentes de espessuras diferentes, unidos perpendicularmente


à direção da força por solda de topo com penetração;
112
solda de topo com parte posterior assimétrica e chanfro
≤1:4 ou solda de topo simétrica e chanfro ≤1:3

Placa de união conectada perpendicularmente à direção


113
da força por solda de topo com penetração

Chapas de alma unidas perpendicularmente à direção da


114
barra por solda de topo com penetração

Componentes unidos por soldas sem penetração (soldas


123
de ângulo)

131
Componente contínuo ao qual são soldados os componentes Kfa
perpendicularmente à direção da força, com soldas de
topo suaves e graduais com junta bilateral em V
132 Kfa

Flanges e alma de chapa na região de compressão, às


quais se conectam perpendicularmente os diafragmas,
133
ou reforços com cantos cortados, unidos de forma suave
Kfa
e gradual por soldas de topo com chanfro duplo

Solda de topo bilateral em V, conectando flange e alma


153 de chapa, colocados perpendicularmente no plano da
chapa por cargas concentradas

Solda de topo bilateral em V, conectando flange curvo e


154
alma de chapa
KfaKfa
a O símbolo kf expressa uma solda suave e gradual.

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Tabela B.20 – Caso de entalhe K2 (continua)


Nº Descrição Ilustração Símbolo

Componentes de perfis estruturais ou barras, exceto


211 planas, conectados perpendicularmente à direção da
força por solda de topo com penetração
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Componentes de espessuras diferentes, unidos


perpendicularmente à direção da força por solda de
212 topo com penetração; solda de topo com parte posterior
assimétrica e chanfro ≤1:3 ou solda de topo simétrica e
chanfro ≤1:2
Raiz de solda kf a

Componente contínuo cruzando um flange com chapas


de canto soldadas, unidas perpendicularmente à direção
213
da força por solda de topo com penetração com
terminação suave e gradual

Componentes unidos às placas de união perpendiculares


à direção da força por meio de soldas de topo de
214
penetração total e acabamento plano com terminação
suave e gradual

231
Componente contínuo ao qual são soldados os
componentes perpendicularmente à direção da força
com solda de ângulo dupla, suave e gradual
232
Kfa
Flanges e alma de chapas aos quais se conectam
diafragmas ou reforços perpendiculares com cantos
233
cortados, unidos por meio de solda de ângulo dupla,
suave e gradual. Grau de compressão: ver nº 133

Componente contínuo em cujo bordo se conectam


componentes com extremidades chanfradas ou
241
arredondadas, na direção da força, por solda de topo
com penetração com terminação suave e gradual

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Tabela B.20 (conclusão)


Nº Descrição Ilustração Símbolo
Em kfa, zona
de finalização
Componente contínuo no qual se conectam componentes
ou reforços com extremidades chanfradas ou
242 arredondadas, na direção da força, por solda de topo
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com penetração, junta bilateral em V. A terminação da


solda na zona ≥ 5.t é suave e gradual
Livre nas
outras faixas

Em kfa, zona
de finalização
Componente contínuo ao qual se solda uma chapa
244 de flange com chanfro ≥1:3. Na zona indicada ≥5.t,
há soldas de ângulo suaves e graduais com a = 0,5 t
Livre nas outras
faixas

Componente contínuo ao qual se conectam mancais


245
com soldas de ângulo suaves e graduais Kfa

Soldas de topo bilaterais em V, perpendiculares à


251
direção da força (junta em cruz)

Soldas de topo bilaterais em V em uniões sujeitas à


252
flexão e cisalhamento

Flanges curvos e alma de chapa, unidos por solda de


254
topo bilateral em V com a base larga na raiz
Kfa
a O símbolo kf expressa a terminação suave e gradual.

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Tabela B.21 – Caso de entalhe K3 (continua)


Nº Descrição Ilustração Símbolo

Componentes de mesma espessura, unidos


311 perpendicularmente à direção da força por
solda de topo com penetração com apoio de raiz
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Componentes de espessuras diferentes,


unidos perpendicularmente à direção da força
312 por solda de topo com penetração; solda de
topo com apoio assimétrico e chanfro ≤1:2 ou
solda de topo simétrica e chanfro ≤1:1

Componente contínuo cruzando um flange


com chapas de canto soldadas, unidas
313 perpendicularmente à direção da força por
solda de topo com penetração, com terminação
suave e gradual

Componente contínuo cruzando um flange


com chapas de canto soldadas, unidas
313 perpendicularmente à direção da força por
solda de topo com penetração, com terminação
suave e gradual

Tubos conectados por solda de topo com apoio


314
interno, sem solda interna

Componentes contínuos, aos quais os


331 componentes são soldados perpendicularmente
à direção da força por solda de filete duplo

Flanges e alma de chapas, aos quais se


333 conectam perpendicularmente os diafragmas
ou reforços, unidos por solda de filete duplo
Componente contínuo ao qual se conectam
lateralmente componentes com extremidades
341 chanfradas ou arredondadas, com solda na
direção da força em todo o contorno, com kfa
terminação suave e gradual

Em kfa, zona
Componente contínuo sobre o qual de finalização
componentes ou reforços são unidos na
342 direção da força. As terminações da solda na
zona ≥ 5.t são cordões de solda de filete duplo,
com terminação suave e gradual Livre nas
outras faixas

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Tabela B.21 (continuação)


Nº Descrição Ilustração Símbolo
Em kfa, zona
Componente contínuo vazado, para receber de finalização
uma chapa com extremidades chanfradas
ou arredondadas, soldada ao componente.
343
As terminações na zona soldada ≥ 5.t
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são cordões de solda de filete duplo,


com terminação suave e gradual Livre nas
outras faixas

Componente contínuo ao qual se solda uma


chapa apoiada com to ≤ 1,5 tu
344 Em kfa, zona de
Na zona indicada ≥ 5 to há soldas de filete com
terminação suave e gradual finalização

Componentes unidos pelas extremidades por


soldas de topo com to ≤ tu. As soldas de filete
devem ter terminação suave e gradual. No Livre nas outras
345
caso de juntas colocadas somente em um lado, faixas
a ação da força excêntrica deve ser levada em
consideração na análise das tensões

Componente contínuo ao qual se soldam reforços


na direção da força, com soldas intermitentes
346 de filete duplo. Esta classificação não é válida
para soldas de terminação (ver 242, 342 e 442)

Componente contínuo ao qual se soldam peças


347 perfiladas ou barras com solda suave e gradual
em todo o contorno. kfa

Peças tubulares unidas entre si com solda


348
suave e gradual em todo o contorno kfa

Componentes unidos em cruz, perpendicularmente


351 à direção da força, por solda de topo bilateral
em V, com raiz de base larga

Solda bilateral em V, com raiz de base larga,


352
para componentes sujeitos à flexão e cisalhamento

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Tabela B.21 (conclusão)


Nº Descrição Ilustração Símbolo

Solda bilateral em V, com raiz de base larga,


conectando flange e alma de chapa, carregada
353
perpendicularmente no plano da alma por
cargas concentradas
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Solda de duplo filete, com raiz de base larga,


354
conectando flange curvo e alma de chapa

a O símbolo kf expressa solda suave e gradual.

Tabela B.22 – Caso de entalhe K4 (continua)


Nº Descrição Ilustração Símbolo
Componentes de espessuras diferentes, unidos
perpendicularmente à direção da força por
412
solda de topo com penetração de raiz; solda de
topo com apoio de raiz assimétrico ou simétrico

Componentes conectados a uma chapa com


413 flange por solda de topo, com penetração de
raiz perpendicularmente à direção da força

Tubos e flanges conectados por duas soldas


414
de filete ou uma solda de filete simples

Alma de chapa e flange às quais se conectam


433 diafragmas perpendiculares por solda de filete
contínua em um dos lados

Componente contínuo à lateral do qual são


441 soldados componentes, perpendicularmente à
direção da força

Componente contínuo ao qual se conectam


442 componentes ou reforços por meio de solda de
filete, perpendicularmente à direção da força

Componente contínuo vazado ao qual uma


443 chapa é encaixada e unida perpendicularmente
por solda de filete duplo em ambos os lados

Componente contínuo ao qual se conecta uma


444
chapa por meio de solda de filete

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Tabela B.22 (conclusão)


Nº Descrição Ilustração Símbolo

Componentes sobrepostos com furos e fendas,


445 os quais são soldados uns aos outros por solda
de filete
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Componente contínuo com tiras de união


446
conectadas por solda de filete ou solda de topo

Componentes contínuos aos quais as peças


447
são conectadas por solda de filete

Peças tubulares unidas entre si por solda de


448
filete

Componentes unidos em cruz,


perpendicularmente à direção da força, por
451 solda de filete duplo ou por solda de topo com
chanfro unilateral em V com suporte no lado
oposto da raiz

Solda dupla de filete em conexões sujeitas à


452
flexão e cisalhamento

Conexão com solda de duplo filete entre


flange e alma de chapa, carregados
453
perpendicularmente no plano da alma devido à
concentração da carga

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Anexo C
(informativo)

Notas explicativas
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C.1 Limitadores da capacidade nominal (Ver 5.6)


Os guindastes articulados hidráulicos são projetados e fabricados para uma força específica em todos
os cilindros que suportam carga. Calcula-se a carga nominal para todas as posições do guindaste,
de acordo com as forças específicas.

Portanto, o limitador de capacidade nominal de um guindaste articulado hidráulico deve medir a força
no cilindro que suporta a carga, limitando a capacidade nominal, em vez de medir a própria carga,
conforme modelo construtivo de cada fabricante. Observa-se que, dependendo da geometria do
guindaste e da posição específica do sistema de lanças, a pressão no interior do cilindro limitador
que suporta a carga não é sempre a mesma. Por este motivo, o limitador de capacidade nominal é
projetado para considerar todos os cilindros que suportam carga e que podem limitar a carga nominal.

O limitador de capacidade nominal de um guindaste articulado hidráulico geralmente cumpre três tarefas:

 a) prevenir que a estrutura seja sobrecarregada;

 b) prevenir o risco de tombamento do veículo;

 c) prevenir movimentos perigosos da carga.

Com exceção dos guindastes florestais ou sucateiros, estas três tarefas são atendidas por todos
os guindastes articulados hidráulicos.

Para os guindastes florestais ou sucateiros, é aceitável o cumprimento somente das alíneas a) e b),
desde que as pessoas não estejam dentro da área de perigo.

A razão para aceitarem-se movimentos perigosos devidos à abertura de uma válvula de alívio
secundária em guindastes florestais ou sucateiros é que, supostamente, não há pessoas na área de
trabalho da máquina. A parada repentina, induzida por um limitador de capacidade nominal, combinada
com a velocidade elevada de operação de um guindaste florestal, causa riscos maiores do que o
movimento involuntário causado pela abertura da válvula de alívio.

C.2 Guindastes florestais ou sucateiros – Ruptura de linhas hidráulicas


(Ver 5.5.6.2)
Tratando-se de guindastes florestais ou sucateiros, a parada automática do movimento da lança
devido às falhas em uma mangueira e à alta velocidade pode representar riscos maiores que
o abaixamento involuntário da carga.

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C.3 Estações de controle (Ver 5.8)


Para garantir uma boa visão da carga em todas as posições dentro da área de giro, os guindastes
articulados hidráulicos normalmente podem ser controlados de ambos os lados do veículo.

Tendo em vista que o usuário tem uma boa visão dos controles do outro lado do guindaste e
considerando que os controles estão mecanicamente unidos entre si, não é necessário prevenir o uso
das alavancas do lado oposto por meios adicionais.
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Deve ser possível, entretanto, atuar o dispositivo de parada (ver 5.6.8) por ambos os lados do guindaste.

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Anexo D
(informativo)

Exemplos de movimentos perigosos


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Os limitadores ou indicadores da capacidade nominal, de acordo com 5.6.1.1, devem estar presentes
em guindastes com capacidade de carga nominal acima de 1 000 kg, ou com momento de elevação
líquido acima de 40 000 N.m. O objetivo destes dispositivos é alertar o usuário do guindaste e prevenir
movimentos perigosos da carga, no caso de a capacidade nominal ser excedida. A Figura D.1 mostra
exemplos de movimentos perigosos (indicados pelas setas), os quais devem ser evitados em caso
de sobrecarga.

Figura D.1 – Exemplos de movimentos perigosos (indicados pelas setas)


que devem ser evitados em caso de sobrecarga

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Anexo E
(informativo)

Símbolos para trabalho e configuração de funções


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As partes do guindaste que se movem quando executam uma função de trabalho devem ser indicadas
com círculos vazios, linhas grossas ou setas nos símbolos.

Os símbolos devem ser de acordo com a Tabela E.1.

Tabela E.1 – Símbolos a serem utilizados


Símbolo Explicação Símbolo Explicação

Coluna Dispositivo para giro da carga –


Girar em sentido horário Girar em sentido horário

Coluna Dispositivo para giro da carga –


Girar em sentido anti-horário Girar em sentido anti-horário

1º Braço – abrir Garra – fechar

1º Braço – fechar Garra – abrir

1º Braço – estender Guincho – elevar

1º Braço – recolher Guincho – baixar

Cilindro de estabilização –
2º Braço – abrir
estender verticalmente

Cilindro de estabilização –
2º Braço – fechar
recolher verticalmente

Lanças extensíveis – Extensão do estabilizador –


estender estender horizontalmente

Lanças extensíveis – Extensão do estabilizador –


recolher recolher horizontalmente

Todos os movimentos de giro devem ser considerados olhando-se de cima para baixo.

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Anexo F
(informativo)

Sistema de controle
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Leiaute vertical preferencial para controles operados a partir do solo, conforme Tabela F.1.
Exemplo de montagem na vertical pode ser analisado na Figura F.1.

Tabela F.1 – Direção da operação de controle e respectivo movimento


Operação Item a ser operado Sentido da operação
Unidade de controle
Para a esquerda Abrir Para a direita
Garra
Fechar

Girar em sentido horário


Girar em sentido
Dispositivo para giro da carga
Anti-horário

Estender
Lanças extensíveis Recolher

Fechar
2º Braço Abrir

Fechar
1º Braço Abrir

Girar em sentido horário


Girar em sentido
Coluna
Anti-horário

Se uma ou mais funções não estiverem disponíveis, os controles existentes são respectivamente deslocados
para baixo.
NOTA 1 O leiaute aplica-se a ambos os lados do guindaste.
NOTA 2 Todos os movimentos de giro recomenda-se que sejam considerados olhando-se de cima para
baixo.
As Figuras da coluna 1 representam símbolos afixados aos botões das alavancas de controle. Os símbolos
com setas também podem ser utilizados em sinais separados, colocados acima das alavancas, conforme
mostra o Anexo G, Figura G.3.

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Figura F.1 – Exemplo de leiaute vertical

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Anexo G
(informativo)

Sistema de controle – Leiaute horizontal


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As Figuras G.1 e G.3 apresentam duas alternativas para os controles operados a partir do solo,
descritas a seguir:

 a) Alternativa 1: o leiaute A deve ser usado para ambos os lados do guindaste e para o controle
remoto;

 b) Alternativa 2: o leiaute A deve ser usado para um dos lados e o leiaute B para o outro lado do
guindaste.

A alternativa 1 representa o leiaute preferível.

Na Figura G.1, a seta que aponta para cima também pode significar “avanço”, conforme esclarece
a Figura G.2. Dependendo do formato da alavanca de controle, a posição das empunhaduras pode
desviar-se da vertical (as duas alavancas mostradas encontram-se na posição neutra).

A Figura G.1 mostra símbolos afixados às empunhaduras das alavancas de controle. Os símbolos
com setas indicativas também podem ser utilizados separadamente, colocados acima das alavancas
ou, em casos específicos, em uma posição de melhor visualização, conforme mostra a Figura G.3.

a) Leiaute A

b) Leiaute B

Figura G.1 – Sistema de controle com símbolos de leiaute na horizontal afixados nas
empunhaduras das alavancas de controle

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a) Comando com alavanca na posição a 45°


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b) Comando com alavanca na posição horizontal


Figura G.2 – Exemplos de leiaute horizontal
NOTA Na figura “a” do topo, o movimento da alavanca desvia da vertical.

.
vertical

2
a) Leiaute A

4
b) Leiaute A

Legenda

Leiaute A: 1 – adesivo – 2 - empunhadura da alavanca de controle


Leiaute B: 3 - adesivo – 4 - empunhadura da alavanca de controle

Figura G.3 – Sistema de controle com leiaute horizontal –


Símbolos indicativos separados em cima das alavancas

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Anexo H
(informativo)

Alavancas de controle para assentos elevados e controles remotos


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H.1 Controles para assentos elevados

H.1.1 Controles multidirecionais (tipo joysticks)

A Figura H.1 mostra um sistema de controle com duas alavancas. A Figura H.2 mostra um sistema
de controle com duas alavancas e dois pedais.

H.1.2 Controles bidirecionais

As alavancas de controle devem ser dispostas de acordo com a Figura G.1, leiaute A, ou de acordo
com a Figura G.3, leiaute A.

H.2 Controles remotos


As alavancas de controle multidirecionais devem ser dispostas de acordo com a Figura H.1.
As alavancas bidirecionais de controle devem seguir a Figura G.1, leiaute A.

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Legenda

1 abrir a garra;
2 fechar o segundo braço;
3 girar a coluna em sentido anti-horário;
4 girar a coluna em sentido horário;
5 abrir o segundo braço;
6 fechar a garra;
7 dispositivo para giro da carga, sentido anti-horário;
8 fechar o primeiro braço;
9 estender as lanças;
10 dispositivo para giro da carga, sentido horário;
11 abrir o primeiro braço;
12 recolher as lanças;
13 banco do operador.
Figura H.1 – Controles multidirecionais –
Disposição de um sistema de controle com duas alavancas

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Legenda

1 fechar o segundo braço;


2 girar a coluna em sentido anti-horário;
3 abrir o segundo braço;
4 girar a coluna em sentido horário;
5 abrir a garra;
6 estender as lanças;
7 fechar o primeiro braço;
8 dispositivo para giro da carga, sentido horário;
9 abrir o primeiro braço;
10 dispositivo para giro da carga, sentido anti-horário;
11 recolher as lanças;
12 fechar a garra;
13 banco do operador.

Figura H.2 – Controles multidirecionais –


Disposição de um sistema de controle com duas alavancas e dois pedais

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Anexo I
(normativo)

Cabinas para guindastes instalados em veículos


com momento nominal de até 250 kN.m
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As seguintes dimensões configuram exceções da EN 13557:

 a) as dimensões internas mínimas para cabinas com um banco do operador devem ser:

— altura medida verticalmente do ponto de fixação do banco do operador (ver Figura I.1):
1 000 mm;

— largura medida horizontalmente, passando pelo ponto de fixação do banco do operador:


700 mm;

— comprimento medido horizontalmente do ponto de fixação do banco do operador para frente


(ver Figura I.1): 700 mm;

NOTA Para especificações para cabinas em guindastes acima de 250 kN.m, ou em guindastes fixos,
ver EN 13000.

 b) as dimensões mínimas para as aberturas eficazes das portas para uso, considerando-se uma
postura correta, devem ser:

— largura: 600 mm;

— altura: 1 500 mm;

 c) as dimensões mínimas para as aberturas de saída de emergência eficazes devem ser:

0,55 m x 0,55 m ou 0,5 m x 0,6 m ou 0,6 m de diâmetro;

 d) ponto de fixação do banco do operador (ABNT NBR NM ISO 5353).

Figura I.1 – Dimensão interna mínima

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Anexo J
(informativo)

Exemplos de estações de controle elevadas


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As Figuras J.1 a J.3 mostram diversos exemplos de estações de controle elevadas.

Legenda Posições
1 plataforma 1 proteção lateral
2 degraus 2 banco

3 escada

Figura J.1 – Plataforma de controle com Figura J.2 – Estação de controle elevada
degraus de acesso na coluna com escada de acesso

Figura J. 3 – Estações de controle elevada na coluna com degraus de acesso

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Anexo K
(normativo)

Estações de controle elevadas –


Dimensões de corrimãos, pegadores, escadas e degraus
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K.1 A Tabela K.1 fornece as dimensões de corrimãos e pegadores. As dimensões estão indicadas
na Figura K.1.

K.2 A Tabela K.2 fornece as dimensões de degraus e escadas. As dimensões estão ilustradas
na Figura K.2.

Tabela K.1 – Dimensão dos corrimãos e pegadores


Dimensões em milímetros
Símbolo Descrição Mín. Máx.
A Largura (diâmetro ou entre os planos) 16 40
B Comprimento entre os raios de curvatura dos suportes pegadores 150 –
C Vão até a superfície de montagem 75 –
D Distância até a superfície sobre a qual se fica de pé – 1 600
Distância vertical da continuação do corrimão acima do degrau,
E 850 –
plataforma, escada ou rampa
F Distância entre o corrimão ou pegador e a borda do degrau 75 200
G Largura entre corrimãos paralelos 450 –

NOTA A extensão do corrimão pode ser parte integrante ou separada da escada.

Figura K.1 – Dimensão dos corrimãos e pegadores

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Tabela K.2 – Dimensões de degraus e escadas


Dimensões em milímetros
Símbolo Descrição Mín. Máx.
A Altura do primeiro degrau acima do solo ou plataforma – 600
B Altura entre degraus 220 300
300
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C Largura do degrau – Escadas (para um pé) –


(150)
D Degrau – diâmetro ou largura 19 40
E Altura interna do degrau (vão interno) 150 –
F1 Profundidade do degrau (escadas com degraus, escadas interiores etc.) 240 a 400
F2 Vão livre atrás dos degraus 150 –
H Distância do degrau superior da escada até o nível da plataforma – 150
R Localização do degrau – 300
a Pode ser reduzido a 130 mm, quando houver espaço livre para a saída da ponta do pé no fundo.

Legenda

1 plataforma
2 altura interna do degrau (vão internos)
3 perfis típicos para os degraus da escada
4 nível da plataforma

Figura K. 2 – Degraus, escadas e escadas internas

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Anexo L
(informativo)

Instalação de um guindaste articulado hidráulico sobre um veículo


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L.1 Generalidades
Este Anexo fornece as informações mínimas necessárias para a instalação correta do guindaste
articulado hidráulico sobre o veículo. A instalação do guindaste articulado hidráulico sobre o chassi
de um veículo exige a colocação de um quadro de montagem adicional, chamado de sobrechassi.
A maioria dos fabricantes de caminhões fornece instruções para a instalação de guindaste articulado
hidráulico, as quais devem ser observadas. Não havendo instruções específicas para a montagem de
um guindaste articulado hidráulico sobre um veículo, as dimensões e características do sobrechassi
de montagem podem ser determinadas com base no descrito em L.4. Elas devem ser aprovadas
pelo fabricante do veículo. Os estabilizadores do guindaste e os estabilizadores adicionais, caso
existam, devem estar estendidos e em contato total com o solo, de acordo com as recomendações
de operação do fabricante do guindaste.

L.2 Dados mínimos para instalação

L.2.1 Dados das dimensões do guindaste na posição de transporte

Os dados são compostos por um sistema de coordenadas cartesianas (X, Y, Z) que coincidem no
ponto de interseção do eixo de rotação do guindaste (eixo Z) e no plano horizontal de rolamento da
base do guindaste (planos X, Y). A direção dos três eixos e os seus símbolos encontram-se indicada
na Tabela L.1. A posição do centro de gravidade do guindaste em sua posição de transporte deve ser
calculada. As coordenadas devem ser dadas com sinal, de acordo com o sistema de coordenadas
mostrado na Tabela L.1.

Tabela L.1 – Medidas do Guindaste


Dimensões do guindaste
Longitudinal (mm) A=
Transversal (mm) Bb =
Vertical (mm) H=
Coordenadas do centro longitudinal do veículo (offset) (mm) Ya =
Massa total do veículo (kg) G=
Xg =
Coordenadas do centro de gravidade (G) do guindaste na posição de transporte. (mm) Yg =
Zg =
a Dimensões tomadas a partir da Figura L.1
b Atender à largura máxima de 2 600 mm, conforme legislação vigente.

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Dados do guindaste, conforme Tabela L.2

Tabela L.2 – Dados do Guindaste


Dados do guindaste
Momento de elevação máximo total (PR + Gb Yb) (Nm) M =
st

Momento dinâmico máximo total (2 PR + 1Gb Yb) (Nm) M =


dym
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Dados de montagem, conforme Tabela L.3

Tabela L.3 – Dados de montagem


Dados de montagem do equipamento
Número de prisioneiros ou chapas laterais entre o chassi e o sobrechassi em cada lado
Diâmetro dos prisioneiros (mm)
Grau do material dos prisioneiros
Torque para os prisioneiros (N.m) TL =
Número de parafusos/chapas laterais
Diâmetro dos parafusos (mm)
Grau dos parafusos
Torque para os parafusos (N.m) T=

Dados da tomada de força (PTO) e capacidade volumétrica da bomba hidráulica, conforme


Tabela L.4

Tabela L.4 – Dados para instalação


Dados da tomada de força e capacidade volumétrica da bomba hidráulica
Vazão máxima admissível no comando hidráulico (L/min) Q=
Pressão máxima de trabalho da bomba hidráulica (bar) P=
Pressão máxima de trabalho regulada na válvula de alívio (bar) Pt =
Potência máxima requerida (kW) Na =
(V)
Fornecimento elétrico requerido
(A)

Dados dos cálculos de estabilidade

O fabricante do guindaste deve fornecer os seguintes dados para o alcance hidráulico máximo,
conforme Tabela L.5.

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Tabela L.5 – Dados dos cálculos de estabilidade


Dados para os cálculos de estabilidade
Massa da base do guindaste, da coluna e do cilindro de elevação do primeiro
(kg) Gf =
braço
Xf =
Coordenadas do centro de gravidade GF (mm)
Yf =
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Massa do sistema de lanças (kg) Gb =


Distância C em relação a G, Gb e eixo de rotação do guindaste (mm) Xb =

L.3 Tomada de força (PTO) e capacidade volumétrica da bomba


É prática comum que a empresa que instala o guindaste informe os seguintes dados ao fornecedor
da tomada de força e da bomba:

 a) fabricante do veículo;

 b) tipo de veículo;

 c) peso bruto do veículo;

 d) detalhes da caixa de câmbio;

 e) tipo de bomba hidráulica (flexível/variável);

 f) pressão máxima de trabalho do guindaste;

 g) vazão nominal requerida pelo guindaste.

A escolha da relação de engrenamento da tomada de força deve ser feita de forma que a saída
de potência ocorra dentro da faixa de torque especificada do motor do veículo.

A potência disponível na tomada de força (PTO) (que é um produto do torque máximo admissível
pela RPM especificada) deve ser superior à necessidade de potência do sistema hidráulico
×n
Potência disponível (KW): =
9.550
×
Potência exigida (KW): =
600× n
NOTA Para calcular a potência necessária, é importante considerar os equipamentos auxiliares
conectados à mesma tomada de força (PTO) ou bomba hidráulica.
×n
É necessário que: ≥ ≥
1 000
onde

M é o torque máximo permitido pela PTO, expresso em newtons metro (N.m);

n é a rotação da PTO/bomba hidráulica, expressa em rotações por minutos (r/min);

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C é o deslocamento da bomba hidráulica por revolução, expresso em centímetros cúbicos por


revolução (cm3/rev.);

Q é a vazão fornecida pela bomba hidráulica, expressa em litros por minuto (L/min);

P é a pressão de trabalho, expressa em bar (bar);


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L.4 Método de cálculo para dimensionar o sobrechassi

L.4.1 Considerações gerais

O tipo de sobrechassi a ser utilizado depende da sua contribuição em termos de resistência e rigidez,
conforme a seguir:

 a) a montagem flexível permite um movimento horizontal limitado entre o chassi e o sobrechassi,
que podem ser considerados duas vigas separadas, trabalhando juntas paralelamente.
Cada uma das seções do chassi e do sobrechassi estão sujeitas a uma parte do momento de
flexão total, segundo a proporção do seu respectivo momento de inércia;

 b) a montagem rígida não permite qualquer movimento entre o chassi e o sobrechassi, que podem
ser considerados uma viga única composta. É importante que o espaçamento e o tamanho das
placas laterais sejam suficientes para suportar o esforço de cisalhamento resultante;

 c) nos guindastes instalados atrás da cabina do caminhão, para conservar, na medida do possível,
as características originais de flexão e torção do chassi do veículo, a montagem do sobrechassi
normalmente é do tipo flexível. Alguns fabricantes de caminhões exigem uma montagem
flexível ao longo de todo o comprimento do sobrechassi. A maioria dos fabricantes de caminhão
recomenda que a porção do sobrechassi que prende o guindaste seja afixada de forma rígida
e que o restante do sobrechassi seja montado de forma flexível;

 d) na instalação traseira, em função da massa do guindaste concentrar-se no balanço traseiro do


chassi, é necessária, portanto, maior rigidez de torção para assegurar menor torção durante o
transporte e maior estabilidade durante a operação do guindaste. Para alcançar este objetivo,
o sobrechassi precisa ser afixado rigidamente sobre o chassi do veículo. Além disso, a maioria
dos fabricantes de veículos recomenda a montagem de um reforço diagonal no sobrechassi,
estendendo-se da posição do guindaste ao centro do eixo de tração do veículo. Muitos fabricantes
de veículos recomendam também que as placas laterais mais próximas à cabina do caminhão
sejam do tipo flexíveis. Com isto, cria-se uma redução mais gradual do valor do momento de
inércia combinado do chassi e do sobrechassi.

L.4.2 Tensões

Assume-se que o momento dinâmico máximo do guindaste atue ao longo do plano longitudinal do
eixo vertical de rotação do guindaste, que coincida ou que seja paralelo ao eixo longitudinal do chassi
do veículo.

Se o eixo de rotação do guindaste não coincidir com o eixo longitudinal do veículo, ou se a base do
guindaste não fornecer uma distribuição uniforme do momento de carga ao longo das duas longarinas
longitudinais do sobrechassi, o momento de carga deve ser distribuído introduzindo-se o fator β ≥ 0,5,
derivado da excentricidade do guindaste e das propriedades e restrições da base. O fator ß deve ser
informado pelo fabricante do guindaste.

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O dimensionamento do sobrechassi deve ser feito de acordo com o valor máximo do momento de
carga atuando em um dos lados. O momento de carga varia linearmente desde o valor máximo no
ponto de fixação do guindaste até um valor zero sobre o eixo dianteiro ou traseiro do veículo, ou sobre
os estabilizadores adicionais.

L.4.3 Material e tensões admissíveis

Ver Anexo B.
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L.4.4 Símbolos e equações

L.4.4.1 Geral

As seções do chassi e do sobrechassi são consideradas para resistir ao momento de carga total.
As dimensões referentes ao chassi são designadas por “t” e as dimensões referentes ao sobrechassi
são designadas por “c”.

Símbolos

Mdyn = Momento dinâmico máximo;


β = Fator de distribuição;
Me = Momento a ser adotado para o cálculo de Me = β x Mdyn;
M = Momento de carga atuando no chassi e no sobrechassi;
I = Momento de inércia das seções do chassi e do sobrechassi;
W = Módulo das seções do chassi e do sobrechassi;
σ = Tensão de flexão;
σa = Tensão admissível do material.
L.4.4.2 Montagem flexível (chassi e sobrechassi)

= + , =
( (( (
+
= ≤

= =
( ( +
= ≤σ

L.4.4.3 Montagem rígida

1 = ≤
1

2 = ≤
2

onde

W1 é o módulo da seção das fibras extremas do chassi;


W2 é o módulo da seção das fibras extremas do sobrechassi.

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Figura L.1 – Direção dos três eixos e seus símbolos

Figura L.2 – Dados do guindaste

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Anexo M
(normativo)

Cestos acoplados em guindastes – Especificações e ensaios


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M.1 Princípios básicos


O projeto e a fabricação dos cestos acoplados em guindastes devem estar de acordo com os princípios
apresentados neste Anexo sem prejuízo desta Norma. Os melhores princípios de engenharia
devem ser aplicados ao projeto de cestos acoplados, com a devida atenção ao fato de que se trata
de unidades destinadas à elevação de pessoas.

M.2 Fatores de segurança estrutural


Os elementos estruturais do cesto acoplado devem ser projetados e calculados com base na
capacidade de carga nominal, combinados com o peso da estrutura de suporte.

Para materiais dúcteis, a tensão admissível de projeto não pode ser superior a 50 % do limite
de escoamento mínimo do material.

Para materiais não dúcteis e plásticos reforçados por fibra de vidro, a tensão admissível de projeto
não pode ser superior a 20 % da resistência à ruptura do material.

Componentes que tenham sido qualificados por ensaios ou por critérios de projeto aceitáveis
devem ser considerados dotados de níveis de segurança equivalentes aos citados nesta Seção.
Exemplos incluem engrenagens, caixas redutoras, parafusos roscados e rolamentos. Para esses
componentes, a capacidade de carga nominal do fabricante original não pode ser excedida.

As análises devem considerar os efeitos dos seguintes fatores:

 a) concentrações de tensões;

 b) cargas dinâmicas;

 c) operação do cesto acoplado em uma inclinação de 5°;

 d) operação com o guindaste em uma inclinação de 5°;

 e) temperatura ambiente para a qual o cesto acoplado tenha sido projetada;

 f) cargas geradas durante o transporte;

 g) cargas produzidas pelo vento;

 h) cargas produzidas por forças manuais aplicadas na periferia da plataforma superior (o valor
mínimo deve ser de 23 daN, aplicados horizontalmente para cestos acoplados projetados para
uma pessoa, e de 46 daN, aplicados horizontalmente para cestos acoplados projetados para mais
de uma pessoa).

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M.2.1 Fator de segurança para montagem de cesto acoplado em guindastes


A lança do guindaste na qual o cesto acoplado é instalado deve suportar no mínimo uma carga
correspondente ao somatório dos momentos gerados pelo peso próprio do cesto acoplado e do seu
carregamento multiplicado por dois, de acordo com o gráfico de cargas do fabricante.

M.2.2 Cálculo de carga equivalente


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A carga equivalente, no ponto de carga do guindaste, é calculada de acordo com a seguinte equação:
Pd k
Pk = c c
dk

onde

Pk é a carga equivalente, no acessório fixo para elevação de carga;

Pc é o peso gerado pelo conjunto cesto (incluindo acoplamentos) e carga;

dk é a distância entre o centro da coluna do guindaste e o acessório fixo para elevação de carga;

dc é a distância entre o centro da coluna e o centro de gravidade do conjunto cesto e carga.

k é o fator de segurança, com valor de 2.

M.3 Controles

M.3.1 Geral
Cestos acoplados devem possuir comandos superior e inferior para posicionamento dos braços.
Todos os controles devem ser claramente identificados quanto às suas funções e devem ser
protegidos contra uso inadvertido e acidental. Os comandos de posicionamento dos braços
e de acessórios para carga devem voltar à posição neutra, quando soltos pelo operador.

M.3.2 Controle superior


Os controles superiores devem estar na caçamba, ou ao seu lado, e prontamente acessíveis ao
operador. Em um cesto acoplado de duas caçambas, a operação do controle deve ser facilitada
suficientemente, para não haver necessidade de o operador desengatar seu cinto de segurança.

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Para prevenir contra a atuação inadvertida do controle de posicionamento dos braços localizados
na caçamba e/ou plataforma, uma ação de liberação deve preceder o seu uso. Esse dispositivo
de liberação deve permitir que o controle retorne à posição de bloqueio, quando solto pelo operador.
O sistema de liberação deve ser incorporado em cada função do controle.

M.3.3 Comando inferior

Os controles da base devem ser prontamente acessíveis em todas as posições dos braços e devem
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retornar à posição neutra, quando soltos pelo operador. Devem possuir um dispositivo de transferência
para assumir o controle.

O posto de trabalho, junto aos comandos inferiores, não pode permitir que o operador tenha contato
com o solo durante a execução dos serviços em proximidade de energia elétrica.

Os controles da base devem possuir um anteparo mecânico de proteção contra acionamentos acidentais.

M.3.4 Parada de emergência

O equipamento deve possuir sistema de parada de emergência junto aos comandos inferior e superior.
Estes controles devem ser identificados e não podem requerer atuação contínua para a condição
de parada.

No comando inferior, um dispositivo de transferência pode ser usado como parada de emergência,
desde que claramente identificado para tal função.

M.3.5 Comando dos estabilizadores

Os controles dos estabilizadores, quando aplicável, devem ser protegidos minimamente por anteparo
mecânico contra acionamentos acidentais e devem retornar à posição neutra, quando soltos pelo
operador. Os controles devem ser instalados na base da unidade móvel, de modo que o operador
possa ver a movimentação dos estabilizadores.

M.3.6 Dispositivo seletor

O equipamento deve possuir um dispositivo seletor, localizado junto aos controles inferiores,
que em uma posição bloqueie a operação dos estabilizadores e na outra posição bloqueie
os comandos principais do guindaste.

M.3.7 Dispositivo seletor

O equipamento deve possuir um dispositivo seletor, localizado junto aos controles inferiores,
que em uma posição bloqueie a operação dos estabilizadores e na outra posição bloqueie
os comandos principais do guindaste.

M.4 Equipamentos de segurança para trânsito

M.4.1 Segurança do equipamento

O equipamento deve possuir um dispositivo que assegure que os braços sejam mantidos na posição
de repouso, indicada pelo fabricante, quando em transporte.

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M.4.2 Segurança da caçamba e/ou plataforma


As caçambas e/ou plataformas devem ser projetadas de modo que suportem cargas de choque
e de vibração durante o transporte.

M.5 Estabilidade
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M.5.1 Estabilidade em superfície plana


O cesto acoplado, carregado com 50 % de sobrecarga, deve atender aos requisitos contemplados
em 6.2.5.

M.5.2 Efeitos do ensaio de estabilidade


Nenhum dos ensaios descritos em 6.2.5 deve provocar instabilidade na unidade móvel ou causar
deformação permanente em qualquer componente.

Durante o ensaio de estabilidade, o levantamento de um pneu ou estabilizador do lado oposto não


indica necessariamente uma condição de instabilidade.

M.5.3 Indicador de inclinação


Um indicador de inclinação deve ser instalado de maneira visível ao operador durante a estabilização
da unidade móvel, para mostrar se o equipamento está posicionado dentro dos limites de inclinação
permitidos por esta Norma. Os limites admissíveis de 5° devem ser informados no equipamento
e no manual.

M.5.4 Dispositivo de segurança das sapatas estabilizadoras


Cestos acoplados devem possuir um sistema que impeça a operação de recolhimento das sapatas
estabilizadoras sem o prévio recolhimento do braço móvel para a posição de transporte.

M.6 Nivelamentos da caçamba e/ou plataforma


Os cestos acoplados devem possuir sistema mecânico ou hidráulico, ativo e automático, que promova
o nivelamento do cesto, evite o seu basculamento e assegure que o nível do cesto não oscile além
de 5° em relação ao plano horizontal durante os movimentos do braço móvel ao qual o cesto está
acoplado.

M.7 Movimentações da caçamba ou plataforma


M.7.1 Proteção do sistema

O sistema deve ser projetado para prevenir movimentações na hipótese de perda de força hidráulica.
Quando a operação do cesto acoplado for realizada por meios hidráulicos, o sistema deve receber
dispositivos de segurança para prevenir o movimento da caçamba, em caso de falha na linha hidráulica.

Este requisito não se aplica aos tubos metálicos localizados entre o cilindro e a válvula de retenção.

Quando a operação do cesto acoplado for realizada eletricamente, o sistema deve ser projetado para
evitar movimento em caso de perda de energia.

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M.8 Caçamba e/ou plataforma


A(s) caçamba(s) e/ou plataforma(s) utilizada(s) em cestos acoplados devem estar em conformidade
com a ABNT NBR 16092.

M.9 Sistemas de força auxiliar de emergência


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Deve haver um sistema de força auxiliar de emergência, capaz de fornecer rotação da torre, bem como
elevação ou descida da(s) caçamba(s) e recolhimento das sapatas estabilizadoras (se existentes),
em caso de pane. Este sistema de emergência deve ser acionado a partir da base do equipamento
ou a partir da caçamba.

M.10 Sistemas de operação de emergência


Cestos acoplados devem possuir sistema de emergência que permita a rotação da torre e a descida
da(s) caçamba(s), na hipótese de rompimento de mangueira(s) hidráulica(s).

M.10.1 Plataformas metálicas (condutivas)

As plataformas metálicas devem:

 a) possuir sistema de proteção contra quedas com no mínimo 990 mm de altura e os requisitos
da legislação vigente;

 b) quando o acesso à plataforma for por meio de portão, não permitir a abertura para fora e ter
sistema de travamento que impeça a abertura acidental;

 c) possuir piso com superfície antiderrapante e sistema de drenagem cujas aberturas não permitam
a passagem de uma esfera com diâmetro de 15 mm;

 d) possuir degrau com superfície antiderrapante, para facilitar a entrada do operador quando a altura
entre o nível de acesso à plataforma e o piso em que ele se encontra for superior a 0,55 m;

 e) possuir borda com cantos arredondados.

M.10.2 Tensões superiores a 1 000V

Para serviços em linhas, redes e instalações energizadas com tensões superiores a 1 000 V,
a caçamba e o equipamento de guindar devem possuir isolamento, garantindo o grau de isolamento,
categorias A, B ou C, conforme a ABNT NBR 16092, e devem ser adotadas outras medidas de
proteção coletivas para a prevenção do risco de choque elétrico, conforme legislação vigente.

M.10.3 Tensões iguais ou inferiores a 1 000V

Para serviços em linhas, redes e instalações energizadas com tensões iguais ou inferiores a 1 000 V,
a caçamba deve possuir isolação própria e ser equipada com cuba isolante (liner), garantindo assim
o grau de isolamento adequado. Devem ser adotadas outras medidas de proteção coletivas para
a prevenção do risco de choque elétrico, conforme legislação vigente.

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M.10.4 Serviços em proximidade de linhas

Para serviços em proximidade de linhas, redes e instalações energizadas ou com possibilidade de


energização acidental, em que o trabalhador possa entrar na zona controlada com uma parte do
seu corpo ou com extensões condutoras, o equipamento também deve possuir o grau de isolamento
adequado, observando-se que:

 a) caso o trabalho seja realizado próximo a tensões superiores a 1 000 V, a caçamba e o equipamento
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de guindar devem ser isolados, conforme previsto em M.10.2;

 b) caso o trabalho seja próximo a tensões iguais ou inferiores a 1 000 V, a caçamba deve garantir o
isolamento, conforme previsto em M.10.3.

Devem ser adotadas outras medidas de proteção coletivas para a prevenção do risco de choque
elétrico, conforme legislação vigente.

M.11 Dispositivo ou sistemas elétricos e procedimentos de ensaios


Para os dispositivos e sistemas elétricos e procedimentos de ensaios, ver ABNT NBR 16092:2018,
Seção 5.

M.11.1 Cesto acoplado

M.11.1.1 Geral

Os seguintes dados devem estar bem claros no manual e no cesto acoplado:

 a) marca e modelo;

 b) capacidade de carga qualificada;

 c) peso próprio.

M.11.1.2 Capacidade

A capacidade de carga é composta pelo peso dos ocupantes mais todos os itens carregados pela
caçamba até o limite especificado pelo fabricante.

O fabricante deve declarar todas as capacidades de carga no manual e em adesivos fixados no


equipamento.

M.11.1.3 Alcance vertical da caçamba

Deve ser determinada a elevação máxima do solo até o piso da caçamba, sendo que o alcance
de trabalho efetivo deve ser acrescido de 1,5 m.

M.11.1.4 Alcance lateral da caçamba

O alcance máximo deve ser medido no plano horizontal da linha de centro de rotação do equipamento
até a borda oposta da caçamba.

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M.11.1.5 Tensão de projeto

O fabricante deve atestar, no manual, a tensão para a qual o equipamento foi projetado (c.a. ou c.c.).

M.11.1.6 Tensão de qualificação

O fabricante deve atestar, no manual e em uma placa indicativa, a tensão para a qual o equipamento
foi qualificado.
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NOTA A ABNT NBR 16092:2018, Seção 5, detalha os requisitos elétricos.

M.11.1.7 Aterramento

O guindaste com cesto acoplado deve ser equipado com pontos para acoplamento de aterramento,
capazes de drenar uma corrente de acordo com a categoria de isolamento projetado.

M.11.1.8 Ponto de ancoragem para cinto de segurança

O ponto de ancoragem deve ser capaz de suporar uma força estática de 1 600 daN para cada pessoa
admissível pelo fabricante, sem chegar ao limite de ruptura. Esse requisito de resistência somente
é aplicavel ao ponto de ancoragem e ao seu acoplamento com o cesto acoplado.

NOTA Isto não significa que o cesto acoplado seja projetado para atender a esse requisito de capacidade
de carga.

M.11.1.9 Controle de qualidade

O fabricante deve ter documentado um programa de controle de qualidade que garanta o cumprimento
desta Norma.

M.11.2 Manuais

O fabricante deve fornecer manuais de operação e manutenção para cada cesto acoplado.
Os manuais devem conter:

 a) descrições, especificações e capacidades do cesto acoplado;

 b) instruções operacionais para o equipamento e sistemas auxiliares;

 c) instruções sobre rotina e frequência de manutenção recomendada;

 d) informação sobre substituição de peças;

 e) marcações de instrução (3.3.4);

 f) observações quanto aos requisitos para distribuidores, instaladores, proprietários e usuários,
para atendimento à seção apropriada desta Norma. A inclusão de um manual de responsabilidades
satisfaz este requisito;

 g) reprodução fiel de todos os adesivos de segurança e operação e suas localizações.

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M.11.3 Marcações

O cesto acoplado deve possuir placas e/ou adesivos de identificação, operação e instrução (ou
marcação equivalente), que sejam legíveis e visíveis. Em nenhum caso a marcação a ser aplicada
pode reduzir as propriedades de isolamento do cesto acoplado.

M.11.3.1 Marcações aplicáveis


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O fabricante deve instalar, em cada cesto acoplado, as marcações a ele aplicáveis ou fornecer
os cestos com as instruções de instalação apropriadas.

M.11.3.2 Marcações de identificação

O fabricante deve instalar ou fornecer uma placa de identificação com as seguintes informações
(ver ABNT NBR 16092:2018, Anexo D, para formato recomendado):

 a) marca;

 b) modelo;

 c) isolado ou não isolado;

 d) tensão de qualificação e data do ensaio (se aplicável);

 e) número de série;

 f) data de fabricação (mês e ano);

 g) capacidade nominal de carga;

 h) altura nominal de trabalho;

 i) pressão do sistema hidráulico ou tensão do sistema elétrico de controle ou ambos;

 j) número de caçambas;

 k) categoria de isolação do cesto acoplado (se aplicável);

 l) limites de temperatura ambiente para as quais o cesto acoplado foi projetado;

 m) razão social, endereço e CNPJ do fabricante;

 n) empresa instaladora;

 o) indicação de que o equipamento atende a esta Norma.

M.11.3.3 Marcações operacionais

O fabricante deve instalar ou fornecer marcações que descrevam a função de cada controle e/ou
comando.

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M.11.3.4 Marcações de instrução

As marcações de instrução devem ser determinadas pelo fabricante, ou por este em conjunto com
o usuário, para indicar os perigos inerentes ao uso e operação do cesto acoplado. As marcações
de instrução devem alertar para:

 a) avisos de que o isolamento do equipamento não protege o operador de contatos com componentes
energizados, quando ele se encontra próximo a outros componentes elétricos;
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 b) aviso de que um cesto acoplado, quando em trabalho em ou próximo a condutores energizados,
deve ser considerado energizado e que o contato com o cesto acoplado ou com o veículo (incluindo
reboques) sob essas condições pode causar ferimentos graves;

 c) avisos que alertem dos riscos resultantes da operação do equipamento sem obedecer às formas
prescritas;

 d) avisos ao operador;

 e) avisos sobre a necessidade de atender aos requisitos constantes na seção apropriada desta Norma;

 f) aviso de que as coberturas plásticas ou em fibra de vidro não são isoladas;

 g) aviso de que o cesto acoplado não pode ser operado faltando tampas ou protetores, exceto
quando necessário para a manutenção do cesto acoplado.

M.12 Ensaios

M.12.1 Ensaios de tipo

Deve ser realizado um conjunto de ensaios em corpos de prova, específicos para cada ensaio,
montados com componentes normais de fabricação, que tem por objetivo verificar as características
do projeto e a sua conformidade com esta Norma, quando aplicáveis.

Estes ensaios são realizados a critério do fabricante, para verificação do seu produto, ou por solicitação
expressa do comprador.

Estes ensaios não precisam ser repetidos enquanto não forem alterados o projeto, os materiais
ou os processos de fabricação. Constituem ensaios de tipo os relacionados em M.12.1.1 até M.12.1.3.
Estes ensaios referem-se exclusivamente aos itens que compõem o cesto acoplado, quando aplicáveis.

M.12.1.1 Óleo hidráulico isolante

Os ensaios no óleo hidráulico isolante devem ser realizados conforme a ASTM D877, quando aplicáveis.

M.12.1.2 Dielétrico das mangueiras hidráulicas

Os ensaios dielétricos nas mangueiras hidráulicas devem ser realizados conforme a SAE J343,
quando aplicáveis.

M.12.1.3 Resistência mecânica das mangueiras hidráulicas

Os ensaios de resistência mecânica nas mangueiras hidráulicas devem ser realizados conforme a SAE J343.

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M.12.1.4 Esforço estático da caçamba

A caçamba deve suportar a aplicação de um esforço estático produzido por uma massa de três
vezes e meia da capacidade da caçamba, aplicado durante um período de 5 min no seu interior,
sem apresentar qualquer deformação.

M.12.1.5 Absorção de umidade do isolamento do braço


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Para realização deste ensaio, deve ser utilizado um corpo de prova de 1 270 mm de comprimento,
do mesmo material que o braço isolado.

O corpo de prova deve ser colocado na câmara (sala de névoa) por 96 h, com 100 % de umidade
relativa, a uma temperatura de 23,8 °C.

O corpo de prova deve ser removido da câmara (sala de névoa) e deixado em livre repouso no ar por 5 h.

O corpo de prova deve ter o excesso de umidade removido com um pano seco e posteriormente
deve ser limpo com álcool isopropílico.

O corpo de prova deve ficar em livre repouso no ar por mais 5 h e em seguida deve ser submetido
a um ensaio de tensão aplicada, a fim de verificar se houve absorção de umidade.

O corpo de prova não pode apresentar absorção de água e, quando submetido a uma tensão de
160 kV, 60 Hz, durante 1 min, não pode apresentar acréscimo algum de corrente de fuga durante
o período do ensaio.

O valor da corrente de fuga não pode exceder 160 µA.

M.13 Aceitação e rejeição

M.13.1 Aceitação

O equipamento é aceito quando:

 a) os resultados da inspeção estiverem de acordo com os requisitos estabelecidos nesta Norma;

 b) os resultados dos ensaios de tipo (se aplicáveis) e de recebimento estiverem compatíveis com
as especificações do comprador, com os valores garantidos pelo fabricante na documentação
relativa ao fornecimento e requisitos estabelecidos nesta Norma.

M.13.2 Rejeição

Quando um equipamento for rejeitado no recebimento, o fornecedor tem o direito de ensaiar


individualmente todos os componentes, eliminando os defeituosos, e apresentá-lo para novos ensaios
de recebimento na presença do comprador ou seu representante.

M.14 Responsabilidades de distribuidores e instaladores

M.14.1 Responsabilidades gerais

Cada distribuidor ou instalador deve atender aos requisitos especificados em 6.1 a 6.7.

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M.14.2 Manuais

Na entrega do equipamento para o comprador, o distribuidor ou instalador deve fornecer manuais


para equipamentos auxiliares porventura adicionados pelo instalador.

M.14.3 Instalações

O instalador deve estar ciente e atender ao disposto em 5.10.2 e deve seguir as instruções do fabricante.
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Se o fabricante original não existir, uma entidade equivalente deve fornecer estas instruções.

O instalador deve manter acesso aos controles inferiores, como descritos em M.3.6.

O instalador de um cesto acoplado deve, antes de a unidade móvel ser colocada em operação, realizar
os ensaios de estabilidade de acordo com os requisitos da ABNT NBR 16092, os ensaios visuais e
operacionais devem ser realizados de acordo com os requisitos de 7.1.1 e 7.1.7, e os ensaios elétricos
de acordo com 5.4.

Para cestos acoplados isolados, o instalador deve garantir a conformidade com os requisitos do ensaio
de qualificação de 5.3.2, conforme a ABNT NBR 16092, fornecendo cópia do ensaio de qualificação
e fazendo um ensaio periódico depois da instalação ou pela realização de um ensaio de qualificação.

O instalador deve, quando instalar um cesto acoplado em um guindaste articulado hidráulico sobre
o veículo, cumprir todos os requisitos da legislação vigentes no ato da instalação.

M.14.4 Controles de qualidade

O instalador deve ter um programa de garantia da qualidade documentada que assegure o


atendimento a esta Norma.

M.14.5 Treinamento

O distribuidor ou instalador deve oferecer treinamento ou materiais de treinamento que auxiliem os


proprietários, usuários e operadores na operação, na inspeção, no ensaio e na manutenção de cestos
acoplados. O treinamento deve ser oferecido logo após a entrega.

M.14.6 Treinamentos de manutenção

O pessoal de manutenção do distribuidor deve ser treinado em inspeções, ensaios e manutenção


de cestos acoplados, de acordo com as instruções do fabricante.

M.15 Anexos
A ABNT NBR 16092:2018, Anexos A a H, relativos às cestas aéreas, deve ser considerada para os
cestos acoplados, quando aplicáveis.

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Anexo N
(informativo)

Seleção de um conjunto adequado de normas


de guindastes para uma determinada aplicação
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Conjunto de normas de guindastes para uma determinada aplicação, conforme Tabela N.1.

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Tabela N.1 – Normas para guindastes


Existe uma norma de produto na lista seguinte que seja adequada à aplicação?

EN 13000 Cranes – Mobile cranes


EN 14439 Cranes – Tower cranes
EN 14985 Cranes – Slewing jib cranes
EN 15011 Cranes – Bridge and gantry cranes
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EN 13852-1 Cranes – Offshore cranes – Part1:Generalpurposeoffshorecranes


EN 13852-2 Cranes – Offshore cranes – Part2:Floatingcranes
EN 14492-1 Cranes – Power driven winches and hoists – Part 1: Power driven winches
EN 14492-2 Cranes – Power driven winches and hoists – Part 2: Power driven hoists
EN 12999 Cranes – Loader cranes
EN 13157 Cranes – Hand powered cranes
EN 13155 Cranes – Non-fixed load lifting attachments
EN 14238 Cranes – Manually controlled load manipulating devices

SIM
NÃO
Usá-la diretamente, além das normas que
são referidas.

Usar a seguinte:
EN 13001-1 Cranes – General design – Part 1: General principles and requirements
EN 13001-2 Cranes – General design – Part 2: Load effects
EN 13001-3-1 Cranes – General design – Part 3-1: Limit states and proof of competence of steel structures
EN 13001-1-3-2 Cranes – General design – Part 3-2: Limit states and proof of competence of wire ropes
EN 13135-1 Cranes – Equipment – Part 1: Electro technical equipment
EN 13557 Cranes – Controls and controls stations
EN 13135-2 Cranes – Equipment – Part 2: Non-electro-technical equipment
EN 12077-2 Cranes safety – Requirements for health and safety – Part 2: Limiting and indicating devices
EN 13586 Cranes – Access
EN 14502-1 Cranes – Equipment for the lifting persons – Part 1: Suspended baskets

EN 14502-2 Cranes – Equipment for the lifting persons – Part 2: Elevating control stations

EN 4502-2 Cranes – Equipment for the lifting persons – Part 3: Spreader beams

EN 12644-1 Cranes – Information for use and testing – Part 1: Instructions

EN 12644-2 Cranes – Information for use and testing – Part 2: Marking.

EN 12644-3 Cranes – Information for use and testing – Part 3: Fitness for purpose.

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Documento impresso em 08/09/2021 13:46:25, de uso exclusivo de ENERGISA PARAÍBA - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A

ABNT NBR 14768:2021

Bibliografia

[1]  NR 10, Segurança em instalações de serviços em eletricidade.

[2]  NR 11, Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais.


Documento impresso em 08/09/2021 13:46:25, de uso exclusivo de ENERGISA PARAÍBA - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A

[3]  NR 12, Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos.

[4]  NR 18, Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção.

[5]  Resolução Contran nº 210:2006, estabelece os limites de peso e dimensões para veículos que
transitem por vias terrestres.

[6]  ISO 4308-2:1988, Cranes and lifting appliances – Selection of wire ropes – Part 2: Mobile
cranes – coefficient of utilization

NOTA BRASILEIRA A ISO 4308-2:1988 foi revisada e substituída pela ISO 16625:2013.

[7]  ISO 4310:2009, Cranes – Test code and procedures

[8]  ISO 8686-1:2012, Cranes – Design principles for loads and load combinations – Part 1: General

[9]  DIN 15061-1:1977, Lifting appliances – Groove profiles for wire rope sheaves

[10]  EN 13001-1, Cranes – General design – Part 1: General principles and requirements.

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