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N-1965 REV.

B 09 / 2008

Movimentação de Carga
com Guindaste Terrestre

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnica Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 23 CONTEC - Subcomissão Autora.

Inspeção de Sistemas e As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Equipamentos em Operação Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa
autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação
pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades
cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de
Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias),
são comentadas pelas Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SCs (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando
as Unidades da Companhia e as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado
pelos representantes das Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para
informações completas sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 12 páginas Índice de Revisões e GT


N-1965 REV. B 09 / 2008

Prefácio

Esta Norma PETROBRAS N-1965 REV. B 09/2008 é a Revisão da PETROBRAS N-1965 REV. A
05/1999.

1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a execução dos serviços de movimentação de carga
em terra (“onshore”), com utilização de guindastes.

1.2 Esta Norma se aplica a serviços de movimentação de carga com guindastes em terra
(“onshore”), a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as
edições mais recentes dos referidos documentos (incluindo emendas).

Norma Regulamentadora no 18 (NR-18) - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na


Indústria da Construção;

Norma Regulamentadora no 11 (NR-11) - Transporte, Movimentação, Armazenagem e


Manuseio de Materiais;

PETROBRAS N-133 - Soldagem;

PETROBRAS N-2161 - Inspeção em Serviço de Cabos de Aço;

PETROBRAS N-2170 - Inspeção em Serviços de Acessórios de Carga;

ABNT NBR 6489 - Prova de Carga Direta sobre Terreno de Fundação;

ASME B 30.5 - Mobile and Locomotive Cranes.

3 Termos e Definições

Para os propósitos desta Norma são adotados os termos e definições indicadas em 3.1 a 3.14.

3.1
acessórios de movimentação
qualquer dispositivo utilizado na movimentação de carga, situado entre a carga e o cabo de elevação,
tais como: moitões, estropos, manilhas, balanças, grampos, destorcedores, olhais de suspensão,
cintas e ganchos.

3.2
capacidade do guindaste
capacidade indicada na tabela de carga do fabricante para uma determinada configuração, isto é,
comprimento da lança e raio de carga definidos.

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3.3
capacidade nominal do guindaste
capacidade de carga indicada pelo fabricante de acordo com as normas de fabricação de cada
guindaste.

3.4
carga bruta
peso da carga líquida acrescida de seus acessórios de movimentação da carga.

3.5
carga líquida
peso de todo e qualquer corpo que seja objeto da movimentação.

3.6
estropo
dispositivo de cabo, corrente ou lona com que se envolve um peso para içá-lo.

3.7
guindastes
para efeito desta Norma são considerados guindastes, máquinas ou equipamentos de movimentação
de carga: guindastes estacionários e móveis, guindastes articulados hidráulicos (guindautos), gruas e
pontes rolantes.

3.8
içamento crítico
é toda e qualquer condição de operação, que se enquadre em qualquer uma das situações abaixo:

a) quando o fator de segurança da movimentação estiver entre 1,30 e 1,05 (fator de


utilização entre 77 % e 95 %);
b) quando o fator de segurança da movimentação for menor que 1,5 (fator de utilização
maior que 66 %) e a carga a ser movimentada estiver em elevação superior a 30 m em
relação ao solo;
c) cargas ou objeto da movimentação em desmontagem envolvendo corte com
maçarico/grafite;
d) quando a carga (objeto) for inflamável, tóxica ou radioativa;
e) operação de movimentação de carga realizada por diferentes equipes, como por
exemplo, movimentações continuadas no turno seguinte ao iniciado;
f) operações com movimentação de uma carga por dois ou mais equipamentos (tandem);
g) transferência da carga de um equipamento para outro;
h) movimentação de carga cuja falha causaria grande impacto na capacidade produtiva da
Unidade.

3.9
linga, eslinga ou lingada
dispositivo composto de cabos, correntes ou cintas e acessórios, destinado a promover a interligação
entre o guindaste e a carga.

3.10
obstáculo
qualquer acidente topográfico, instalação elétrica e subterrânea, construção ou unidade industrial que
interfira com a movimentação da carga.

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3.11
plano de movimentação de carga (plano de “rigging”)
um dos documentos integrantes do procedimento de movimentação de carga descrevendo o
planejamento da operação de movimentação de carga constituído de desenho(s), em escala, com
vistas de planta e elevação além dos tipos de equipamentos a serem utilizados como: (guindaste,
cabos, moitões, balanças, cintas, estropos, manilhas).

3.12
procedimento de movimentação de carga
documento que define os parâmetros de operação e as condições de segurança para execução dos
serviços de movimentação de carga.

3.13
profissional de movimentação de carga
profissional com formação em engenharia ou técnico, com registro em conselho de classe e treinado
em entidade reconhecida, responsável pelo planejamento e elaboração do procedimento e plano de
movimentação de carga.

3.14
raio de carga
distância entre o centro de giro da máquina e a vertical que passa pela ponta da lança e o centro de
massa da carga suspensa.

4 Documentação

Todos os documentos devem ser emitidos por um profissional de movimentação de carga.

4.1 Procedimento de Movimentação de Carga

4.1.1 O procedimento de movimentação de carga deve ser elaborado em conformidade com os


documentos de projeto e com as recomendações do fabricante dos equipamentos, contemplando
requisitos de segurança operacional.

4.1.2 Os requisitos descritos em 4.1.2.1 a 4.1.2.9 devem ser atendidos quando os içamentos forem
considerados críticos.

4.1.2.1 O plano de movimentação de carga deve conter desenhos em escala, planta e elevação,
com, no mínimo, as seguintes informações:

a) coordenadas e elevação da base do equipamento, construções e eventuais obstáculos


(atenção especial a redes elétricas e instalações subterrâneas);
b) dimensões e elevações das extremidades do equipamento de movimentação de carga
(contrapeso, caminhão, lança, mastro e patolas/esteiras);
c) detalhes de fixação e/ou estaiamento do equipamento de movimentação de carga;
d) lista indicando quantidades, especificações e capacidades de todos os materiais e
acessórios de movimentação a serem utilizados na operação;
e) indicação dos pontos de amarração da carga;
f) indicação do tipo de preparação do terreno na área de operação, indicando inclusive a
necessidade ou não do uso dos pranchões (matis);
g) seqüência de liberação do(s) equipamento(s) de movimentação de carga em função da
seqüência de montagem;
h) posições iniciais e finais em coordenadas dos centros de giro e dos pés das lanças dos
equipamentos de movimentação de carga, envolvidos nas fases de movimentação;

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i) indicação em metros dos raios de carga dos equipamentos de movimentação de carga


envolvidos;
j) indicação do acesso e deslocamentos dos equipamentos de movimentação de carga na
área de operação;
k) vista(s) indicando a(s) seguinte(s) folga(s) mínima(s):
— lança x carga;
— lança(s) x obstáculo(s);
— cabo de carga x obstáculos;
— acessórios de movimentação x lança;
— acessórios de movimentação x obstáculos;
l) dimensões e posições da carga em cada fase de operação;
m) peso da carga;
n) peso de movimentação;
o) tabela indicando para cada fase de movimentação e para cada equipamento de
movimentação de carga envolvido, os seguintes dados:
— modelo e capacidade nominal do equipamento de movimentação de carga;
— tipo e composição da lança;
— tipo e composição do mastro;
— tipo e composição do “jib”;
— raios de trabalho e correspondentes capacidades;
— tipo de contrapeso;
— tabela de carga utilizada;
— fatores de segurança utilizados nos cálculos de dimensionamento dos acessórios de
movimentação.

4.1.2.2 Memória de cálculo de acessórios de içamento (balanças, olhais, lingas).

4.1.2.3 Memória de cálculo de peso de içamento e do centro de gravidade da carga.

4.1.2.4 Memória de cálculo da verificação estrutural da peça a ser içada em relação ao ponto de
amarração.

4.1.2.5 Memória de cálculo das pressões atuantes pelo equipamento de movimentação de carga
sobre o terreno.

4.1.2.6 Memória de cálculo de verificação de resistência mecânica de juntas soldadas no


acoplamento.

4.1.2.7 Relatório de prova de carga direta sobre terreno de fundação (ABNT NBR 6489) nas áreas de
operação de movimentação de carga.

4.1.2.8 Memorial descritivo abordando todas as fases de movimentação de carga.

4.1.2.9 Certificado de teste de todos os cabos de aço e acessórios de movimentação.

4.2 Manutenção e Inspeção

Todo equipamento de movimentação de carga deve possuir planos de manutenção e inspeção


específicos com tarefas e periodicidades definidas, considerando, no mínimo, as recomendações do
fabricante.

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Conforme norma regulamentadora no 11 (NR-11), os equipamentos utilizados na movimentação de


carga devem ser conservados em perfeitas condições de trabalho.

4.3 Lista de Verificação Diária para Liberação de Equipamentos de Movimentação de Carga

A lista deve conter informações sobre os itens a serem verificados contendo o seguinte:

a) cabine do equipamento de movimentação quanto a funcionamento e estado de


conservação;
b) conjunto moto-propulsor quanto a funcionamento e vazamentos;
c) sistema de locomoção sobre esteiras quanto a funcionamento, desgaste, empeno e
regulagens;
d) mesa de giro, quanto a funcionamento, desgastes e regulagens;
e) lança, mastro e jib quanto a desgaste, empeno, amassamentos e trincas;
f) cabos de aço quanto a desgaste, amassamento, fios rompidos, redução de diâmetro do
cabo, corrosão, gaiola de passarinho, soltura de pernas, exposição da alma e
dobramento conforme PETROBRAS N-2161;
g) sistema elétrico quanto a funcionamento de buzina, lanternas, faróis;
h) sistema pneumático quanto a funcionamento, vazamentos internos e externos e
amassamentos;
i) sistema hidráulico quanto a funcionamento, vazamentos internos e externos, desgastes
e regulagens;
j) transmissão do cavalo (caminhão) quanto a funcionamento, vazamentos, desgastes e
estado de conservação;
k) extintor de incêndio (data de validade do carregamento);
l) dispositivos de segurança quanto à existência e funcionamento;
m) braços extensíveis ou fixos (patolas) quanto a funcionamento, desgastes,
amassamentos, trincas e empenos.

4.4 Relatório de Verificação Diária e Inspeção de Liberação

Os relatórios de verificação diária e inspeção de liberação do equipamento e dos acessórios de


movimentação de carga devem ter o seguinte conteúdo mínimo:

a) itens verificados conforme 4.3 (tipo, extensão e resultado);


b) testes operacionais executados.

4.5 Certificado de Teste de Capacidade da Máquina

Deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) configuração do guindaste durante o teste;


b) cargas utilizadas;
c) resultados obtidos.

5 Movimentação de Carga

5.1 As operações de movimentação de carga devem ser executadas de acordo com o procedimento
de movimentação de carga (ver 4.1).

5.2 A operação de movimentação de carga com guindaste deve ser executada mantendo-se a carga
o mais próximo possível do solo, com o equipamento de movimentação posicionado em terreno firme,
uniforme e com os seus 2 eixos principais nivelados, de acordo com as recomendações do fabricante.
Quando aplicável o uso de patolas, essas devem estar estendidas e plenamente apoiadas.

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5.3 A configuração do guindaste para atendimento a uma determinada capacidade deve estar
compatível com as recomendações do fabricante.

5.4 Não é permitida a movimentação simultânea de carga através dos sistemas principal e auxiliar.

5.5 Nos casos de movimentação de carga utilizando guindaste montado sobre caminhão não devem
ser executadas movimentações no quadrante sobre-cabine, exceto quando permitido pelo fabricante.

6 Segurança Operacional

6.1 Toda movimentação de carga deve atender requisitos e procedimentos da atividade.

6.2 Toda a equipe envolvida nas operações de movimentação de carga deve estar devidamente
capacitada e, conforme a norma regulamentadora no 11 (NR-11), os operadores de guindaste devem
receber treinamento específico nos equipamentos que irão operar.

6.3 A área deve ser isolada e sinalizada, não permitindo a presença de pessoas estranhas aos
serviços de movimentação.

6.4 Especial atenção deve ser dada à movimentação de carga próxima a redes energizadas
observando-se a distância mínima entre lança, mastro, contrapeso, cabos ou qualquer componente
da máquina de movimentação de carga, conforme Tabela 1.

Tabela 1 - Distância Mínima em Relação a Redes e Cabos de Alta Tensão

Voltagem Distância
(kV) (m)
até 50 3,5
de 51 a 200 4,6
de 201 a 350 6,1
de 351 a 500 7,6

6.5 Os trabalhos de movimentação de carga não devem ser executados em condições adversas
daquelas estabelecidas no procedimento específico, os quais devem contemplar, no mínimo,
informações sobre condições adequadas meteorológicas (chuvas, ventos e descargas atmosféricas),
iluminação e visibilidade.

6.6 O operador do equipamento de movimentação de carga não deve se afastar do posto de


comando durante a operação de movimentação, devendo manter a carga em repouso seguro e os
cabos do guindaste não tensionados, quando precisar se afastar do equipamento.

6.7 Durante a execução dos serviços a lança não deve estar apoiada em nenhum ponto.

6.8 O içamento da carga deve ser feito com a mesa de giro destravada.

6.9 Não devem existir ferramentas ou peças soltas sobre e/ou dentro da carga a ser movimentada.

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6.10 A tabela de carga deve estar afixada no equipamento à disposição do operador em local visível.

6.11 Em toda movimentação de carga deve ser feito aterramento elétrico do guindaste.

6.12 Durante a execução dos serviços, em hipótese alguma a carga deve passar por cima de
pessoas.

6.13 É proibido o transporte de pessoas por guindaste não projetado para este fim, conforme norma
o
regulamentadora n 18 (NR-18).

6.14 O moitão e a bola peso devem ser pintados com tinta reflexiva de forma a possibilitar sua
visualização em condições de iluminação precária.

6.15 As folgas entre lança e carga, lança e obstáculos, cabo de carga e obstáculos, acessórios de
movimentação de lança, acessórios de movimentação e obstáculos devem, sempre que possível,
respeitar a folga mínima de 500 mm.

6.16 O moitão não deve forçar as polias da ponta da lança, em qualquer fase do levantamento da
carga.

6.17 Deve ser prevista proteção para pontos onde os cabos entram em contato com a carga, de
modo a evitar cantos vivos que venham a danificar a linga.

6.18 Em nenhum instante da movimentação, a capacidade da máquina deve ser superada pelo peso
de movimentação.

6.19 O equipamento de movimentação de carga deve operar dentro dos quadrantes permitidos pelo
fabricante.

6.20 As lingadas não devem introduzir componentes de força inadmissíveis na carga.

6.21 As capacidades dos acessórios de movimentação a serem utilizados devem ser compatíveis
com as cargas aos quais estão sujeitos.

7 Sinalização

7.1 Durante a execução dos serviços devem ser utilizados sinais padronizados pela ASME B 30.5 e
conforme Figura A.1 do Anexo A, a menos que seja utilizado sistema de comunicação sonora (rádio
ou equivalente) em faixa de freqüência exclusiva.

7.2 Apenas uma pessoa, que deve estar devidamente identificada, deve sinalizar ao operador do
guindaste.

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8 Cabos de Aço e Acessórios de Movimentação de Carga

8.1 Todos os cabos de aço e acessórios de movimentação de carga devem possuir certificado.

8.2 Os acessórios de movimentação de carga, no recebimento, devem ser inspecionados de acordo


com a PETROBRAS N-2170.

8.3 Os cabos de aço devem ser inspecionados conforme critérios estabelecidos na PETROBRAS
N-2161.

8.4 As cintas de içamento, utilizadas nos serviços de movimentação devem ser inspecionadas
conforme prescrições constantes nos catálogos dos fabricantes.

8.5 Os furos em olhais devem ser usinados para garantir o contato contínuo dos olhais com os pinos
das manilhas ou chapas de ligação (as bordas dos furos devem ser arredondadas).

8.6 No dimensionamento dos acessórios de movimentação de carga devem ser considerados os


valores de eficiência de ligação dos terminais fornecidos pelo fabricante do acessório.

8.7 Na soldagem dos acessórios de movimentação de carga devem ser utilizados procedimentos de
soldagem qualificados de acordo com a PETROBRAS N-133.

NOTA Os soldadores e operadores de soldagem devem estar qualificados de acordo com a


PETROBRAS N-133.

8.8 Na fabricação dos estropos, o torque das porcas e a quantidade de grampos (“clips”) a serem
utilizados devem estar de acordo com a PETROBRAS N-2170.

9 Inspeção

9.1 Inspeção para Liberação

9.1.1 A inspeção para liberação deve ser realizada quando ocorrer pelo menos uma das seguintes
situações:

a) após um grande reparo, revisão geral ou modificação de características originais que


possam influenciar, de algum modo, a segurança do equipamento;
b) após cada operação de montagem tais como: lança treliçada, contra-peso, “jib”;
c) quando houver transferência de responsabilidade pelo equipamento de um órgão para
outro;
d) por motivos relevantes, tais como: acidentes, erros de operação (carga excessiva) e
operações de risco excessivo;
e) a cada 5 000 h ou 4 anos.

9.1.2 A inspeção de liberação deve considerar as recomendações contidas nos manuais do


fabricante.

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9.1.3 Devem ser executados testes operacionais no equipamento para os seguintes itens:

a) freios;
b) embreagens;
c) controles;
d) mecanismos de abaixamento e levantamento de carga;
e) mecanismos de abaixamento e levantamento da lança;
f) mecanismos de giro;
g) mecanismos de deslocamento;
h) dispositivos de segurança;
i) teste de capacidade.

NOTA No teste de capacidade devem ser verificados 2 pontos da tabela de carga: um na região
limitada pela estabilidade e outro na região limitada pela resistência do material.

9.1.4 Os relatórios de inspeção e testes e o certificado de teste de capacidade devem estar de


acordo, respectivamente, com 4.4 e 4.5.

9.2 Serviços de Movimentação de Carga

9.2.1 Antes de cada jornada de trabalho deve ser realizada a verificação diária conforme 4.3.

9.2.2 Quando for realizada uma movimentação de carga, considerando atendido o 4.3 deve ser
verificado:

a) a correta amarração da carga;


b) nivelamento da máquina;
c) condições do solo;
d) local de patolamento;
e) condições meteorológicas.

9.2.3 Deve ser verificado se a lança, mastro, contrapeso, cabos ou qualquer componente do
equipamento de movimentação de carga está posicionado em relação aos cabos de alta tensão, de
acordo com o estabelecido em 6.4.

_____________

/ANEXO A

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Anexo A - Figuras

IÇAR - Com o antebraço na ARRIAR - Com o braço USE O CABO DE CARGA -


vertical, dedo indicador estendido para baixo, indicador Bata com o punho na cabeça e
apontado para cima, apontado para baixo, então use os sinais
movimente a mão em movimente a mão em convencionais.
pequenos círculos horizontais. pequenos círculos horizontais.

USAR CABO DE CARGA - SUSPENDER LANÇA - Braço ARRIAR LANÇA - Braço


AUXILIAR - Bata no cotovelo estendido, dedos fechados, estendido, dedos fechados,
com uma das mãos e então use polegar apontado para cima. polegar apontado para baixo.
os sinais convencionais.

MOVIMENTO LENTO - Use SUSPENDER LANÇA E ARRIAR LANÇA E


uma das mãos para indicar ARRIAR CARGA - Com o braço SUSPENDER CARGA - Com o
qualquer sinal de movimento e estendido e o polegar apontado braço estendido e o polegar
coloque a outra mão parada na para cima, flexione os dedos apontado para baixo, flexione
frente (exemplo: içar para dentro e para fora, os dedos para dentro e para
lentamente). enquanto for desejado o fora, enquanto for desejado o
movimento da carga. movimento da carga.

Figura A.1 - Sinais Manuais para Controle de Operações com Equipamento de


Movimentação de Carga

(Continua)

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(Conclusão)

GIRO - Braço estendido PARE - Braço estendido, palma PARADA DE EMERGÊNCIA -


apontado com o dedo na para baixo, mover o braço para Ambos braços estendidos,
direção do giro da lança. frente e para trás palmas para baixo, mover as
horizontalmente. mãos para frente e para trás
horizontalmente.

ESTENDER LANÇA (LANÇA TELESCÓPICA) - RETRAIR LANÇA (LANÇA TELESCÓPICA) -


Sinal com uma mão. Polegar estendido junto ao Sinal com uma mão. Mão apoiada sobre o peito
peito. com o polegar para cima.

Figura A.1 - Sinais Manuais para Controle de Operações com Equipamento de


Movimentação de Carga

______________

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Não existe índice de revisões.

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todo Texto

_____________

IR 1/1
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GRUPO DE TRABALHO - GT-23-49

Membros

Nome Lotação Telefone Chave


Juvêncio Vieira Santos ENGENHARIA/IEABAST/IERV/CMHD 855-7118 RPD0
Luis Claudio Sousa Costa CENPES/PDP/TMEC 865-5611 BW54
Palmerino Macedo da Silva UN-ES/ENGP/EMI 865-4258 CT7X
Paulo Sergio Cruz de Andrade UN-BC/ENGP/EMI 861-7605 KMBE
Peterson Eugenio de Lemos REGAP/MI/EE 815-4587 RGNT
Ronaldo Francisco da Silva UN-ES/ENGP/EMI 865-4561 RFD0
Rogério Santana Cardoso UN-BC/ATP-MRL/OP-P18/GEPLAT 862-9868 WMYL
Wagner Pinto Cardoso AB-RE/ES/TEE 814-7790 ED17
Secretário Técnico
Luciana Farias Hörlle ENGENHARIA/SL/NORTEC 819-3068 HXA6

_____________

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