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B 09 / 2008
Movimentação de Carga
com Guindaste Terrestre
Procedimento
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 23 CONTEC - Subcomissão Autora.
Inspeção de Sistemas e As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Equipamentos em Operação Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.
Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias),
são comentadas pelas Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SCs (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando
as Unidades da Companhia e as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado
pelos representantes das Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para
informações completas sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.
Prefácio
Esta Norma PETROBRAS N-1965 REV. B 09/2008 é a Revisão da PETROBRAS N-1965 REV. A
05/1999.
1 Escopo
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a execução dos serviços de movimentação de carga
em terra (“onshore”), com utilização de guindastes.
1.2 Esta Norma se aplica a serviços de movimentação de carga com guindastes em terra
(“onshore”), a partir da data de sua edição.
2 Referências Normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação desta Norma. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as
edições mais recentes dos referidos documentos (incluindo emendas).
3 Termos e Definições
Para os propósitos desta Norma são adotados os termos e definições indicadas em 3.1 a 3.14.
3.1
acessórios de movimentação
qualquer dispositivo utilizado na movimentação de carga, situado entre a carga e o cabo de elevação,
tais como: moitões, estropos, manilhas, balanças, grampos, destorcedores, olhais de suspensão,
cintas e ganchos.
3.2
capacidade do guindaste
capacidade indicada na tabela de carga do fabricante para uma determinada configuração, isto é,
comprimento da lança e raio de carga definidos.
2
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3.3
capacidade nominal do guindaste
capacidade de carga indicada pelo fabricante de acordo com as normas de fabricação de cada
guindaste.
3.4
carga bruta
peso da carga líquida acrescida de seus acessórios de movimentação da carga.
3.5
carga líquida
peso de todo e qualquer corpo que seja objeto da movimentação.
3.6
estropo
dispositivo de cabo, corrente ou lona com que se envolve um peso para içá-lo.
3.7
guindastes
para efeito desta Norma são considerados guindastes, máquinas ou equipamentos de movimentação
de carga: guindastes estacionários e móveis, guindastes articulados hidráulicos (guindautos), gruas e
pontes rolantes.
3.8
içamento crítico
é toda e qualquer condição de operação, que se enquadre em qualquer uma das situações abaixo:
3.9
linga, eslinga ou lingada
dispositivo composto de cabos, correntes ou cintas e acessórios, destinado a promover a interligação
entre o guindaste e a carga.
3.10
obstáculo
qualquer acidente topográfico, instalação elétrica e subterrânea, construção ou unidade industrial que
interfira com a movimentação da carga.
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3.11
plano de movimentação de carga (plano de “rigging”)
um dos documentos integrantes do procedimento de movimentação de carga descrevendo o
planejamento da operação de movimentação de carga constituído de desenho(s), em escala, com
vistas de planta e elevação além dos tipos de equipamentos a serem utilizados como: (guindaste,
cabos, moitões, balanças, cintas, estropos, manilhas).
3.12
procedimento de movimentação de carga
documento que define os parâmetros de operação e as condições de segurança para execução dos
serviços de movimentação de carga.
3.13
profissional de movimentação de carga
profissional com formação em engenharia ou técnico, com registro em conselho de classe e treinado
em entidade reconhecida, responsável pelo planejamento e elaboração do procedimento e plano de
movimentação de carga.
3.14
raio de carga
distância entre o centro de giro da máquina e a vertical que passa pela ponta da lança e o centro de
massa da carga suspensa.
4 Documentação
4.1.2 Os requisitos descritos em 4.1.2.1 a 4.1.2.9 devem ser atendidos quando os içamentos forem
considerados críticos.
4.1.2.1 O plano de movimentação de carga deve conter desenhos em escala, planta e elevação,
com, no mínimo, as seguintes informações:
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4.1.2.4 Memória de cálculo da verificação estrutural da peça a ser içada em relação ao ponto de
amarração.
4.1.2.5 Memória de cálculo das pressões atuantes pelo equipamento de movimentação de carga
sobre o terreno.
4.1.2.7 Relatório de prova de carga direta sobre terreno de fundação (ABNT NBR 6489) nas áreas de
operação de movimentação de carga.
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A lista deve conter informações sobre os itens a serem verificados contendo o seguinte:
5 Movimentação de Carga
5.1 As operações de movimentação de carga devem ser executadas de acordo com o procedimento
de movimentação de carga (ver 4.1).
5.2 A operação de movimentação de carga com guindaste deve ser executada mantendo-se a carga
o mais próximo possível do solo, com o equipamento de movimentação posicionado em terreno firme,
uniforme e com os seus 2 eixos principais nivelados, de acordo com as recomendações do fabricante.
Quando aplicável o uso de patolas, essas devem estar estendidas e plenamente apoiadas.
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5.3 A configuração do guindaste para atendimento a uma determinada capacidade deve estar
compatível com as recomendações do fabricante.
5.4 Não é permitida a movimentação simultânea de carga através dos sistemas principal e auxiliar.
5.5 Nos casos de movimentação de carga utilizando guindaste montado sobre caminhão não devem
ser executadas movimentações no quadrante sobre-cabine, exceto quando permitido pelo fabricante.
6 Segurança Operacional
6.2 Toda a equipe envolvida nas operações de movimentação de carga deve estar devidamente
capacitada e, conforme a norma regulamentadora no 11 (NR-11), os operadores de guindaste devem
receber treinamento específico nos equipamentos que irão operar.
6.3 A área deve ser isolada e sinalizada, não permitindo a presença de pessoas estranhas aos
serviços de movimentação.
6.4 Especial atenção deve ser dada à movimentação de carga próxima a redes energizadas
observando-se a distância mínima entre lança, mastro, contrapeso, cabos ou qualquer componente
da máquina de movimentação de carga, conforme Tabela 1.
Voltagem Distância
(kV) (m)
até 50 3,5
de 51 a 200 4,6
de 201 a 350 6,1
de 351 a 500 7,6
6.5 Os trabalhos de movimentação de carga não devem ser executados em condições adversas
daquelas estabelecidas no procedimento específico, os quais devem contemplar, no mínimo,
informações sobre condições adequadas meteorológicas (chuvas, ventos e descargas atmosféricas),
iluminação e visibilidade.
6.7 Durante a execução dos serviços a lança não deve estar apoiada em nenhum ponto.
6.8 O içamento da carga deve ser feito com a mesa de giro destravada.
6.9 Não devem existir ferramentas ou peças soltas sobre e/ou dentro da carga a ser movimentada.
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6.10 A tabela de carga deve estar afixada no equipamento à disposição do operador em local visível.
6.11 Em toda movimentação de carga deve ser feito aterramento elétrico do guindaste.
6.12 Durante a execução dos serviços, em hipótese alguma a carga deve passar por cima de
pessoas.
6.13 É proibido o transporte de pessoas por guindaste não projetado para este fim, conforme norma
o
regulamentadora n 18 (NR-18).
6.14 O moitão e a bola peso devem ser pintados com tinta reflexiva de forma a possibilitar sua
visualização em condições de iluminação precária.
6.15 As folgas entre lança e carga, lança e obstáculos, cabo de carga e obstáculos, acessórios de
movimentação de lança, acessórios de movimentação e obstáculos devem, sempre que possível,
respeitar a folga mínima de 500 mm.
6.16 O moitão não deve forçar as polias da ponta da lança, em qualquer fase do levantamento da
carga.
6.17 Deve ser prevista proteção para pontos onde os cabos entram em contato com a carga, de
modo a evitar cantos vivos que venham a danificar a linga.
6.18 Em nenhum instante da movimentação, a capacidade da máquina deve ser superada pelo peso
de movimentação.
6.19 O equipamento de movimentação de carga deve operar dentro dos quadrantes permitidos pelo
fabricante.
6.21 As capacidades dos acessórios de movimentação a serem utilizados devem ser compatíveis
com as cargas aos quais estão sujeitos.
7 Sinalização
7.1 Durante a execução dos serviços devem ser utilizados sinais padronizados pela ASME B 30.5 e
conforme Figura A.1 do Anexo A, a menos que seja utilizado sistema de comunicação sonora (rádio
ou equivalente) em faixa de freqüência exclusiva.
7.2 Apenas uma pessoa, que deve estar devidamente identificada, deve sinalizar ao operador do
guindaste.
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8.1 Todos os cabos de aço e acessórios de movimentação de carga devem possuir certificado.
8.3 Os cabos de aço devem ser inspecionados conforme critérios estabelecidos na PETROBRAS
N-2161.
8.4 As cintas de içamento, utilizadas nos serviços de movimentação devem ser inspecionadas
conforme prescrições constantes nos catálogos dos fabricantes.
8.5 Os furos em olhais devem ser usinados para garantir o contato contínuo dos olhais com os pinos
das manilhas ou chapas de ligação (as bordas dos furos devem ser arredondadas).
8.7 Na soldagem dos acessórios de movimentação de carga devem ser utilizados procedimentos de
soldagem qualificados de acordo com a PETROBRAS N-133.
8.8 Na fabricação dos estropos, o torque das porcas e a quantidade de grampos (“clips”) a serem
utilizados devem estar de acordo com a PETROBRAS N-2170.
9 Inspeção
9.1.1 A inspeção para liberação deve ser realizada quando ocorrer pelo menos uma das seguintes
situações:
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9.1.3 Devem ser executados testes operacionais no equipamento para os seguintes itens:
a) freios;
b) embreagens;
c) controles;
d) mecanismos de abaixamento e levantamento de carga;
e) mecanismos de abaixamento e levantamento da lança;
f) mecanismos de giro;
g) mecanismos de deslocamento;
h) dispositivos de segurança;
i) teste de capacidade.
NOTA No teste de capacidade devem ser verificados 2 pontos da tabela de carga: um na região
limitada pela estabilidade e outro na região limitada pela resistência do material.
9.2.1 Antes de cada jornada de trabalho deve ser realizada a verificação diária conforme 4.3.
9.2.2 Quando for realizada uma movimentação de carga, considerando atendido o 4.3 deve ser
verificado:
9.2.3 Deve ser verificado se a lança, mastro, contrapeso, cabos ou qualquer componente do
equipamento de movimentação de carga está posicionado em relação aos cabos de alta tensão, de
acordo com o estabelecido em 6.4.
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/ANEXO A
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Anexo A - Figuras
(Continua)
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(Conclusão)
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ÍNDICE DE REVISÕES
REV. A
Não existe índice de revisões.
REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todo Texto
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IR 1/1
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Membros
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