Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A NOV / 99
ESTRUTURAS OCEÂNICAS -
TRANSPORTE POR BARCAÇA
Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.
Apresentação
1 OBJETIVO
2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.
3 DEFINIÇÕES
Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.5.
3.1 Peiação
Conjunto de peças que fixam e sustentam uma carga sobre a barcaça de modo a resguardar a
sua integridade e a da barcaça quando sujeitas aos movimentos impostos pelo mar e às ações
do tempo, durante o transporte.
3.2 Trim
3.3 Banda
2
N-2178 REV. A NOV / 99
3.4 Cabresteira
Acessório instalado na proa de uma embarcação a ser rebocada com a finalidade de interligar
o cabo de reboque à barcaça e garantir a estabilidade direcional do comboio durante o
reboque. É instalada entre a embarcação e o cabo de reboque, geralmente sendo composta de
três pernas de cabos de aço e/ou amarras em forma de “y” invertido, ligados por uma placa de
aço triangular.
4 CONDIÇÕES GERAIS
4.1 Documentação
4.1.2 Análise da estabilidade estática e dinâmica da barcaça carregada, nas condições intacta
e avariada, incluindo:
a) do comboio:
- declaração de reboque;
b) da barcaça:
- Certificado de Registro (Provisão de Registro de Propriedade Marítima);
- Certificado de Classificação;
- Certificado Anual de Casco para Manutenção de Classificação;
- Certificado Internacional de Borda Livre;
- Certificados de Equipamentos de Segurança;
3
N-2178 REV. A NOV / 99
4.2.1 A distribuição das cargas sobre o convés da barcaça deve ter a aprovação do
responsável pela instalação da estrutura no mar.
4.2.2 O arranjo físico das estruturas na barcaça deve ser apresentado em vista superior, vista
de frente e perfil longitudinal, indicando as anteparas e cavernas da barcaça, portas de visita,
os nomes das estruturas e da barcaça, além dos centros de gravidade das cargas.
4
N-2178 REV. A NOV / 99
4.2.3 O peso das cargas e as coordenadas do centro de gravidade (CG) devem ser obtidos dos
relatórios de pesagem mais recentes, elaborados de acordo com a norma
PETROBRAS N-2125, ou de memória descritiva, levando em conta os acessórios e pesos
estranhos, que devem ser obrigatoriamente relacionados um a um, sempre que
individualmente excederem 5 % do peso da estrutura.
4.2.4 Os acessórios de instalação tais como lingadas e plataformas de trabalho devem ser
sempre incluídos nos desenhos, independente do seu peso.
4.2.5 No arranjo físico a posição das peças da peiação e dos pontos de apoio devem ser tais
que não interfiram com os acessórios do convés da barcaça tais como portas de visita,
cabeços, guinchos, volantes de válvulas e com elementos da estrutura propriamente dita e não
retenham a água embarcada eventualmente, no convés.
4.2.6 Devem ser indicadas as cargas normais máximas previstas para atuar em cada ponto de
apoio do convés.
4.2.7 Nos desenhos de arranjo devem ser indicados os valores do trim, calado avante, calado
a ré e calado médio para transporte. Devem ainda ser indicadas a quantidade de lastro e a
sondagem, em cada tanque.
4.2.8 Devem ser previstas escadas de corda para abordagem da balsa de serviço, fixadas às
estruturas. Caso não haja partes da estrutura em balanço, devem ser usadas redes estendidas
no costado da barcaça.
4.3.1 O lastreamento da barcaça deve ser tal que o trim durante o transporte seja em torno de
1 % do comprimento da barcaça na linha d’água e a banda deve ser, obrigatoriamente, nula.
4.3.2 No enchimento dos tanques de lastro devem ser observados os níveis máximos de água,
visando preservar a estrutura do tanque.
4.4 Peiação
4.4.1 Desenhos
5
N-2178 REV. A NOV / 99
Quando forem necessários reforços na estrutura da barcaça deve ser fornecido desenho
específico para sua execução. Os reforços após a execução, devem ser incorporados
(“as-built”) às revisões. Os desenhos alterados devem ser submetidos à Sociedade
Classificadora da barcaça para aprovação.
4.6.1 A memória de cálculo de peiação deve ser encadernada em tamanho A4, com clareza
de apresentação.
4.6.3 As listagens de computador que forem anexadas à memória de cálculo, também devem
ser encadernadas em tamanho A4.
O arranjo do sistema de reboque com uso de um rebocador e uma única barcaça deve ter duas
cabresteiras, uma denominada principal e outra de emergência, conforme a
FIGURA A-1, do ANEXO A.
6
N-2178 REV. A NOV / 99
4.7.1.1 As pernadas da cabresteira devem ter comprimentos idênticos e o ângulo entre elas
deve estar, preferivelmente, entre 45o e 60o, admitindo-se um valor máximo de 90o.
4.7.1.2 Cada pernada da cabresteira deve ser constituída de amarras ou uma combinação de
amarras e cabo de aço. Nesse caso as amarras devem ficar no trecho em contato com o convés
da barcaça para evitar a abrasão do cabo de aço (ver FIGURA A-2, do ANEXO A).
4.7.1.3 As extremidades de qualquer trecho de amarras devem ser do tipo elo alongado e elo
final, sendo proibido o uso de elo normal ou elo com malhete removido.
4.7.1.4 As extremidades dos cabos de aço devem ser com alças com sapatilhas ou soquetes
cônicos.
4.7.1.5 As manilhas usadas nas cabresteiras devem possuir porcas e contrapinos. As manilhas
com pinos roscados não são aceitáveis.
4.7.1.6 A ligação entre as pernadas e o cabo intermediário deve ser feita por uma placa
triangular. O cabo de recuperação da cabresteira deve ser ligado à placa triangular e deve ter o
comprimento mínimo de 2,5 vezes a boca da barcaça.
4.7.1.7 O cabo intermediário deve ter comprimento entre 20 m e 30 m e sua torção deve ser
igual à do cabo de reboque.
4.7.1.8 Seja a barcaça tripulada ou não, na sua proa deve existir um gancho ou guia para
recolhimento das cabresteiras.
4.7.1.10 Quando for usado cabo amortecedor (“shock line”), este deve ter comprimento
inferior ao do convés de serviço do rebocador.
7
N-2178 REV. A NOV / 99
4.7.2.3 Na extremidade do cabo intermediário deve ser fixado um cabo de extensão com as
mesmas características do cabo intermediário quanto ao material, resistência, torção e
diâmetro.
4.7.3.2 O cabo intermediário e o cabo de extensão devem ter uma carga de ruptura igual a 5
vezes a força requerida no reboque, no mínimo.
4.7.3.3 A carga de ruptura do cabo de reboque deve ser 10 % maior do que a carga de ruptura
dos cabos intermediários e de extensão, no mínimo.
4.7.3.4 As pernadas das cabresteiras incluindo olhais, manilhas e placa triangular devem ter
uma carga de ruptura 25 % superior à mínima exigida para o cabo de reboque.
4.7.3.5 A capacidade do cabo de recuperação da cabresteira deve ser igual a 9 vezes o peso
do conjunto formado pela cabresteira, placa triangular e cabo intermediário, no mínimo. Esse
cabo de aço deve ter o diâmetro de 1”, no mínimo.
8
N-2178 REV. A NOV / 99
4.7.3.7 Para cada reboque deve ser verificada a capacidade do olhal de reboque acima de
25 % da carga de ruptura da pernada contígua, no mínimo.
4.7.4.1 O sistema de reboque deve ser completamente inspecionado antes do início das
operações, devendo ser preenchido o fomulário do ANEXO B e eventuais não-conformidades
verificadas devem ser corrigidas.
4.7.4.2 Os cabos de aço devem ser inspecionados de acordo com a norma PETROBRAS
N-2161, considerando-os como novos.
A derrota deve ser selecionada pelo comandante do rebocador principal com a assistência do
vistoriador e apresentada à PETROBRAS para análise prévia, fixando os portos de abrigo
selecionados.
4.9.1 A operação de reboque só deve ser iniciada caso a previsão para as primeiras 48 horas
não acusem ventos superiores a força 5 da escala “Beaufort”, afastada a possibilidade das
condições climáticas se agravarem ao final desse período.
_____________
/ANEXO A
9
LISTA VERIFICAÇÃO DE REBOQUE
PETROBRAS
BARCAÇA: ESTRUTURA:
REBOCADOR TITULAR: REBOCADOR ESCOLTA:
DATA PREVISTA PARA O REBOQUE: CARTAS NÁUTICAS Nº:
ORIGEM: DESTINO:
PORTOS DE ABRIGO:
BOLETINS METEOROLÓGICOS PARA OS DIAS:
ASSINALAR COM UM “X” NA COLUNA CORRESPONDENTE À SITUAÇÃO VERIFICADA
BARCAÇA REBOCADA
ITEM DESCRIÇÃO SIM NÃO
1 ESTANQUEIDADE DO CASCO, CONVÉS E ANTEPARAS
2 ESTANQUEIDADE DAS PORTAS DE VISITA
3 INTEGRIDADE DA ESTRUTURA DA BARCAÇA
4 CABRESTEIRA PRINCIPAL
5 CABRESTEIRA DE EMERGÊNCIA
6 CABO FLUTUANTE E BÓIA REBOCADOS
7 COMPASSO (“TRIM”) E CALADOS AVANTE E ARÉ (ANOTAR NO CAMPO DE OBSERVAÇÕES)
8 BANDA NULA (0º)
9 LUZES DE NAVEGAÇÃO
10 VISTORIA DOS CERTIFICADOS DA BARCAÇA
11 VISTO DA SOCIEDADE CLASSIFICADORA
12 VISTO DA SEGURANÇA OU DO SEU REPRESENTANTE
13 VISTO DA CAPITANIA DOS PORTOS
ESTRUTURA TRANSPORTADA
ITEM DESCRIÇÃO SIM NÃO
14 PEIAÇÃO SOLDADA E ENSAIADA CONFORME O PROJETO
15 MARCAS PARA CORTE DAS PEÇAS DE PEIAÇÃO CONFORME O PROJETO
16 LINGADAS NOS OLHAIS E COM MANILHAS
REBOCADOR TITULAR
FORMULÁRIO PADRONIZADO PELA NORMA PETROBRAS N-2178 – REV A - ANEXO B – FOLHA 1/1
REBOCADOR DE ESCOLTA
ITEM DESCRIÇÃO SIM NÃO
21 CABO DE REBOQUE INSPECIONADO
22 GUINCHO DE REBOQUE INSPECIONADO
23 VISTORIA DOS CERTIFICADOS DO REBOCADOR
24 APROVAÇÃO DA SOCIEDADE CLASSIFICADORA
OBSERVAÇÕES
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA PETROBRAS, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE