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N-2170 REV.

D 05 / 2009

CONTEC
Comissão de Normalização
Técnica
Inspeção em Serviços de
Acessórios de Carga
SC-23
Inspeção em Sistemas e
Equipamentos em
Operação 1a Emenda

Esta é a 1a Emenda da PETROBRAS N-2170 REV. D, e se destina a modificar o seu texto nas partes
indicadas a seguir:

NOTA 1 A nova página com as alterações efetuadas está colocada na posição correspondente.
NOTA 2 A página emendada, com a indicação da data da emenda, está colocada no final da norma,
em ordem cronológica, e não deve ser utilizada.

- Seção 2: (1a Emenda)

Exclusão da norma ABNT NBR 13542.

Inclusão da norma ABNT NBR ISO 16798.

- Subseção 3.1: (1a Emenda)

Exclusão da norma ABNT NBR 13542.

Inclusão da norma ABNT NBR ISO 16798.

_____________

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 1 página


N-2170 REV. D AGO / 2004

INSPEÇÃO EM SERVIÇOS DE
ACESSÓRIOS DE CARGA

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve
Comissão de Normas ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnicas Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 23 CONTEC - Subcomissão Autora.

Inspeção em Sistemas e
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Equipamentos em Operação
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa
autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação
pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades
cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de
Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 18 páginas e Índice de Revisões


N-2170 REV. D AGO / 2004

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa os critérios para execução da inspeção em serviço de manilhas de
carga, ganchos, lingas e moitões com seus acessórios.

1.2 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir contêm prescrições válidas para a presente Norma.

PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquido Penetrante;


PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual;
ABNT NBR 7161 - Soquetes para Cabo de Aço;
ABNT NBR 10014 - Moitão e Cadernal de Aço para Movimentação de
Carga em Embarcações;
ABNT NBR 11099 - Grampo Pesado para Cabo de Aço;
ABNT NBR 11900 - Extremidades de Laços de Cabos de Aço;
ABNT NBR 13543 - Movimentação de Carga - Laços de Cabo de Aço -
Utilização e Inspeção;
ABNT NBR 13544 - Movimentação de Carga - Sapatilho para Cabo de
Aço;
ABNT NBR 13545 - Movimentação de Cargas - Manilhas;
ABNT NBR ISO 16798 - Anel de Carga Grau 8 para Uso em Lingas;
ISO 3056 - Non-Calibrated Round Steel Link Lifting Chain and
Chain Slings - Use and Maintenance;
API RP 9B - Care, and Use of Wire Rope for Oil Field Service.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.15.

3.1 Anel de Carga

Acessório usado para fixar os laços de cabo de aço ou lingas de correntes, para
movimentação de carga em geral (ver norma ABNT NBR ISO 16798).

3.2 Pino (Cavirão)

Barra reta de seção circular que passa através dos olhais, ficando firme quando em posição
e podendo ser facilmente desmontado (ver norma ABNT NBR 13545).

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3.3 Presilha

Acessório prensado sobre a base de um olhal confeccionado em uma extremidade de cabo


de aço.

3.4 Diâmetro Nominal de um Cabo de Aço

Diâmetro da circunferência que circunscreve o cabo.

3.5 Linga

Dispositivo composto de cabos, correntes ou cintas e acessórios, destinado a promover a


interligação entre o equipamento de movimentação de carga e a carga.

3.6 Gancho

Acessório para movimentação de carga composto de uma fixação superior e uma peça
recurva.

3.7 Garganta do Gancho

Distância “d” indicada na FIGURA B-1 do ANEXO B.

3.8 Grampo

Acessório de cabo de aço composto de uma base estriada, para assentamento do cabo, e
um estojo em forma de “u” com 2 porcas para formação de olhais (ver norma ABNT
NBR 11099).

3.9 Manilha de Carga

Acessório para movimentação ou fixação de carga, formado por 2 partes facilmente


desmontáveis, consistindo de corpo e pino (ver norma ABNT NBR 13545).

3.10 Moitão

Dispositivo constituído basicamente de uma caixa dentro da qual trabalha uma única polia
(ver norma ABNT NBR 10014).

3.11 Cadernal

Acessório para movimentação de carga constituído, basicamente, de uma caixa dentro da


qual trabalham 2 ou mais polias (ver norma ABNT NBR 10014).

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3.12 Olhal de Cabo de Aço

Extremidade de laço de cabo de aço formada com uma volta do próprio cabo em forma de
alça (ver norma ABNT NBR 11900).

3.12.1 Olhal Trançado Flamengo

Olhal cujo trançado é feito abrindo-se a ponta do cabo em 2 metades, separando-se as


pernas, 3 a 3, e curvando-se uma metade para formar um olhal, entrelaçando-se a outra
metade, em seguida, no espaço vazio da primeira, fixado com presilha (ver FIGURA B-4 e
norma ABNT NBR 11900).

3.12.2 Olhal Dobrado

Extremidade onde o cabo como um todo é dobrado para formar uma alça, sendo sua
extremidade fixada ao corpo do cabo mediante uma presilha de alumínio (ver norma ABNT
NBR 11900).

3.12.3 Olhal Trançado Manualmente (ou com Nós)

Olhal cujo trançado é feito formando-se um laço e fazendo-se com que as pernas da
extremidade morta entrem por dentro das pernas da extremidade viva, pelo menos, 5 vezes,
formando-se os nós.

3.13 Sapatilho

Acessório de cabo de aço, em forma de gota, com seção em meia cana, utilizado para
proteção do olhal do cabo de aço (ver norma ABNT NBR 13544).

3.14 Coroa do Sapatilho

Parte curva do sapatilho.

3.15 Soquete

Terminal de cabo de aço utilizado para fixação, sem necessidade da confecção de olhais
(ver norma ABNT NBR 7161).

3.15.1 Soquete Aberto

Soquete que consiste em copo, garfo e pino (ver FIGURA B-2 do ANEXO B e norma ABNT
NBR 7161).

3.15.2 Soquete Fechado

Soquete que consiste em copo e alça (ver ABNT NBR 7161).

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3.15.3 Soquete de Cunha

Soquete em que o cabo é fixado através de um dispositivo em forma de cunha (ver


FIGURA B-3 do ANEXO B).

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Em qualquer acessório verificar a existência de corrosão, trincas, deformações e


desgaste.

4.2 A periodicidade das inspeções deve ser determinada em função das condições de uso
de cada acessório pelo órgão de inspeção responsável.

Notas: 1) Recomenda-se que o período máximo para inspeção de todos os acessórios


seja igual ou inferior a 1 ano. [Prática Recomendada]
2) Sempre que um acessório sofrer uma utilização anormal ou indevida, o
acessório deve ser separado para inspeção.

4.3 Durante as inspeções devem ser consultados os registros de inspeção anteriores, bem
como a documentação relativa à rastreabilidade de fornecimento, quando do recebimento de
acessório novo ou transferido para unidade.

4.4 Acessórios como ganchos, manilhas, anel de carga e soquetes não devem ser
recuperados. Diante da identificação de reparos, os ganchos, manilhas, anel de carga e
soquetes devem ser rejeitados.

4.5 Por questão de segurança devem ser destruídos todos os acessórios citados nesta
Norma que tenham sido substituídos quando da inspeção em serviço.

4.6 Os olhais confeccionados com cabos de aço possuem a seguinte classificação,


conforme norma ABNT NBR 11900:

a) tipo 1: trançado flamengo com presilha de aço;


b) tipo 2: trançado flamengo com presilha de alumínio;
c) tipo 3: trançado manualmente (sem presilha);
d) tipo 4: dobrado com presilha de alumínio.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Inspeção de Manilhas

Deformações plásticas apresentadas pela manilha ou pelo pino são causas para suas
substituições. Manilhas apresentando trincas, mossas, desgaste no pino e/ou no corpo igual
ou superior a 10 % do diâmetro de projeto devem ser substituídas.

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5.2 Inspeção de Ganchos

Os ganchos devem ser substituídos quando forem detectados 1 ou mais dos seguintes
defeitos:

a) torção maior que 10° (ver FIGURA B-5 do ANEXO B);


b) abertura da garganta 15 % maior que a abertura original “d” (ver FIGURA B-1
do ANEXO B);
c) trincas;
d) desgaste acentuado maior que 10 % de “e” (ver FIGURA B-1 do ANEXO B).

Notas: 1) Para ganchos com haste deve ser verificada a liberdade de giro através de
esforço manual.
2) Não é permitida a soldagem dos olhais, para fixação da lingüeta-trava no
gancho, sem um procedimento de soldagem qualificado.

5.3 Inspeção de Lingas e Acessórios

5.3.1 Deve-se substituir o cabo em serviço quando:

a) o total de arames partidos visíveis em qualquer comprimento de 6 vezes o


diâmetro do cabo exceder 5 % do número de arames do cabo;
b) houver 5 arames partidos em uma mesma perna em qualquer comprimento de
6 vezes o diâmetro do cabo (não aplicável a cabos de classificação 6 x 7);
c) houver mais de 1 arame rompido no interior do cabo, em qualquer comprimento
de 6 vezes o diâmetro do cabo.

5.3.2 O cabo de aço da linga deve ser inspecionado conforme os critérios estabelecidos na
norma ABNT NBR 13543. A linga deve ser substituída quando a quantidade de arames
partidos na união do cabo de aço com o soquete, presilhas ou outros acessórios estiver
acima do estabelecido na TABELA 1.

TABELA 1 - CRITÉRIOS PARA SUBSTITUIÇÃO DA LINGA EM FUNÇÃO DA


QUANTIDADE DE ARAMES PARTIDOS

Classificação do Cabo de Aço (ver Nota 1) 6 x 19 6 x 37


Quantidade máxima de arames, partidos permitida. 1 2

Notas: 1) De acordo com a norma ABNT NBR 13543.


2) No caso de lingas com trançado manual ou trançado com nós, deve ser feita
inspeção visual no trançado, de forma a verificar se o número de nós não é
inferior a 5.

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5.3.3 Lingas com Olhais

5.3.3.1 Inspeção do Olhal

As lingas devem ser rejeitadas se ocorrer 1 ou mais dos seguintes defeitos:

a) deformação permanente da coroa do olhal;


b) quantidade de fios partidos acima dos limites estabelecidos na TABELA 1;
c) corrosão e desgaste na coroa do olhal com valor superior a 10 % do diâmetro
nominal.

Nota: Caso o olhal tenha sapatilho, devem ser rejeitados se forem detectados 1 ou mais
dos seguintes defeitos:

a) sapatilho mordendo o cabo;


b) abertura do sapatilho menor que o diâmetro do cabo;
c) desgaste em algum ponto da coroa do sapatilho, superior a 10 %;
d) sapatilho com trincas.

5.3.3.2 Devem ser verificadas se as condições de utilização das lingas estão de acordo com
as restrições indicadas para os tipos de olhais empregados, conforme norma
ABNT NBR 11900:

a) tipo 1: sem restrições;


b) tipo 2: alta temperatura, água salgada ou contato com superfícies abrasivas;
c) tipo 3: em situações em que o laço sofra cargas cíclicas ou rotações;
d) tipo 4: em operações com cargas suspensas que envolvam riscos humanos ou
ocorrências como as indicadas para o tipo 2.

5.3.3.3 Inspeção da Base do Olhal

a) em olhal com trançado flamengo ou dobrado com presilha, verificar a existência


de fios rompidos junto à presilha, rejeitando a linga caso esta quantidade esteja
fora dos limites estabelecidos na TABELA 1; inspecionar quanto à existência
de trincas, realizando, se necessário, o ensaio de líquido penetrante, segundo
o procedimento descrito na norma PETROBRAS N-1596, diante a identificação
de trincas a linga deve ser rejeitada;
b) em olhal com trançado manual, verificar a existência de fios rompidos junto ao
trançado, rejeitando a linga caso esta quantidade esteja fora dos limites
estabelecidos na TABELA 1 ou o número de nós no trançado seja menor do
que 5;
c) em olhal com grampos verificar a existência e a quantidade de fios partidos
junto aos grampos, dando especial atenção ao grampo mais afastado,
rejeitando a linga ou, quando possível, reposicionar os grampos a 2 m de sua
posição original, caso este número esteja fora dos limites estabelecidos na
TABELA 1; o laço deve ser refeito se forem encontradas 1 ou mais das
seguintes não-conformidades:
- quantidade de grampos, comprimento da perna morta e torque em desacordo
com o estabelecido na TABELA A-1 do ANEXO A;
- posicionamento dos grampos (consultar a FIGURA B-6 do ANEXO B);
- deslizamento relativo entre os grampos e o cabo de aço.

Nota: Deve ser verificado o aperto dos grampos, conforme TABELA A-1 do ANEXO A.

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5.3.4 Lingas com Soquetes

5.3.4.1 Soquete Aberto ou Fechado

A linga deve ser rejeitada, caso o número de fios partidos junto ao soquete ultrapassar os
valores fixados na TABELA 1. Rejeitar a linga, quando ocorrerem trincas ou desgastes no
corpo (soquete fechado) ou no pino (soquete aberto) que reduzam em 10 % a sua dimensão
original (ver FIGURA B-2 do ANEXO B).

Nota: Diante da condenação da linga pela identificação de trincas em soquetes ou


presilhas, a substituição destes itens no conjunto reprovado, deve ser considerada
como um processo de fabricação de um conjunto novo, seguindo os requisitos
normativos cabíveis.

5.3.4.2 Soquete de Cunha

A linga deve ser rejeitada ou, quando possível, o soquete deve ser reposicionado para uma
posição localizada a 2 m da original, caso o número de fios partidos junto ao soquete
ultrapassar os valores fixados na TABELA 1. Trocar o soquete ou rejeitar a linga, quando
ocorrerem trincas, desgaste no pino acima de 10 % de seu diâmetro original ou se a cunha
estiver soltando do soquete. Atentar para a montagem correta, ilustrada na FIGURA B-3 do
ANEXO B.

5.3.5 Lingas de Correntes

Recomenda-se que a inspeção de lingas de correntes seja efetuada de acordo com a


norma ISO 3056. [Prática Recomendada]

5.3.6 Anéis de Carga

Os anéis de carga devem ser substituídos quando forem detectados 1 ou mais dos
seguintes defeitos:

a) desgaste acima de 10 % de sua dimensão original;


b) trincas e deformações, em qualquer região, detectáveis por inspeção visual
(ver norma PETROBRAS N-1597) ou se necessário com líquido penetrante
(ver norma PETROBRAS N-1596).

5.4 Inspeção de Moitões e Cadernais

5.4.1 Verificar a integridade dos componentes do destorcedor (“swivel”), bem como sua
liberdade de movimento por giro manual.

5.4.2 Deve ser verificada a integridade e a fixação das placas laterais, bem como
deformações visíveis nas placas laterais.

5.4.3 Verificar, se necessário por meio de ensaios não-destrutivos, a integridade do ponto


de ancoragem do cabo de carga, se aplicável.

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5.4.4 As polias dos moitões e cadernais devem ser verificados quanto aos seguintes itens:

a) desgaste e/ou deformações do canal e do flange conforme valores constantes


da TABELA 2;
b) folga existente entre polia e eixo;
c) liberdade de giro da polia;
d) verificar a existência de trincas especialmente nos canais, utilizando ensaios
não-destrutivos, se necessário;
e) verificar se há marcas no canal provocadas pelo cabo de aço; a presença de
marcas deve ser avaliada quanto à natureza, gravidade e comprometimento
resultante ao cabo; danos em revestimentos ou marcas no metal base em
reduzidas profundidades podem demandar a necessidade de monitoração.

TABELA 2 - RAIO MÍNIMO DOS CANAIS PARA POLIAS USADAS

Diâmetro Nominal do Cabo de Aço Raio Mínimo dos Canais


mm in mm in
6,5 0,250 3,25 0,128
8,0 0,313 4,06 0,160
9,5 0,375 4,88 0,192
11,0 0,438 5,69 0,224
13,0 0,500 6,50 0,256
14,5 0,563 7,32 0,288
16,0 0,625 8,13 0,320
19,0 0,750 9,75 0,384
22,0 0,875 11,38 0,448
26,0 1,000 13,03 0,513
29,0 1,125 14,66 0,577
32,0 1,250 16,28 0,641
35,0 1,375 17,91 0,705
38,0 1,500 19,53 0,769
42,0 1,625 21,16 0,833
45,0 1,750 22,78 0,897
48,0 1,875 24,41 0,961
52,0 2,000 26,04 1,025
54,0 2,125 27,66 1,089
58,0 2,250 29,29 1,153
60,0 2,375 30,91 1,217
64,0 2,500 32,54 1,281
67,0 2,625 34,16 1,345
71,0 2,750 35,79 1,409
74,0 2,875 37,41 1,473
77,0 3,000 39,04 1,537
80,0 3,125 40,69 1,602
83,0 3,250 42,32 1,666
86,0 3,375 43,94 1,730
90,0 3,500 45,57 1,794
96,0 3,750 48,82 1,922
103,0 4,000 52,07 2,050
109,0 4,250 55,32 2,178
115,0 4,500 58,57 2,306
122,0 4,750 61,82 2,434
128,0 5,000 65,10 2,563
135,0 5,250 68,35 2,691
141,0 5,500 71,60 2,819
148,0 5,750 74,85 2,947
154,0 6,000 78,11 3,075

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5.5 Parafusos Olhais

Os parafusos olhais devem ser substituídos quando forem detectados 1 ou mais dos
seguintes defeitos:

a) rosca apresentar espanamento;


b) desgaste ou redução do diâmetro do corpo do olhal maior que 10 % do
diâmetro nominal;
c) trincas e deformações, em qualquer região, detectáveis por inspeção visual
(ver norma PETROBRAS N-1597) ou se necessário com líquido penetrante
(ver norma PETROBRAS N-1596).

_____________

/ANEXO A

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N-2170 REV. D AGO / 2004

ANEXO A - TABELA

TABELA A-1 - QUANTIDADE DE GRAMPOS, COMPRIMENTO DA PERNA


MORTA E TORQUE

Comprimento
Diâmetro do Cabo Número Mínimo Torque
da Perna Morta
de Grampos
mm in mm in N.m
3 1/8 2 83 3 1/4 6,1
5 3/16 2 95 3 3/4 10
6,5 1/4 2 121 4 3/4 20
8 5/16 2 133 5 1/4 41
9,5 3/8 2 165 6 1/2 61
11 7/16 2 178 7 88
13 1/2 3 292 11 1/2 88
14,5 9/16 3 305 12 129
16 5/8 3 305 12 129
19 3/4 4 457 18 176
22 7/8 4 483 19 305
26 1 5 660 26 305
29 1 1/8 6 864 34 305
32 1 1/4 7 1 117 44 488
35 1 3/8 7 1 120 44 488
38 1 1/2 8 1 372 54 488
42 1 5/8 8 1 473 58 583
45 1 3/4 8 1 549 61 800
51 2 8 1 800 71 1 020
57 2 1/4 8 1 850 73 1 020
64 2 1/2 9 2 130 84 1 020
70 2 3/4 10 2 540 100 1 020
77 3 10 2 690 106 1 630

Nota: Os valores constantes da TABELA 3 são aplicáveis a grampos pesados, conforme


norma API RP 9B.

_____________

/ANEXO B

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N-2170 REV. D AGO / 2004

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A, B e C
Não existe índice de revisões.

REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas

_____________

IR 1/1
N-2170 REV. D AGO / 2004

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa os critérios para execução da inspeção em serviço de manilhas de
carga, ganchos, lingas e moitões com seus acessórios.

1.2 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir contêm prescrições válidas para a presente Norma.

PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquido Penetrante;


PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual;
ABNT NBR 7161 - Soquetes para Cabo de Aço;
ABNT NBR 10014 - Moitão e Cadernal de Aço para Movimentação de
Carga em Embarcações;
ABNT NBR 11099 - Grampo Pesado para Cabo de Aço;
ABNT NBR 11900 - Extremidades de Laços de Cabos de Aço;
ABNT NBR 13542 - Movimentação de Carga - Anel de Carga;
ABNT NBR 13543 - Movimentação de Carga - Laços de Cabo de Aço -
Utilização e Inspeção;
ABNT NBR 13544 - Movimentação de Carga - Sapatilho para Cabo de
Aço;
ABNT NBR 13545 - Movimentação de Cargas - Manilhas;
ISO 3056 - Non-Calibrated Round Steel Link Lifting Chain and
Chain Slings - Use and Maintenance;
API RP 9B - Care, and Use of Wire Rope for Oil Field Service.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.15.

3.1 Anel de Carga

Acessório usado para fixar os laços de cabo de aço ou lingas de correntes, para
movimentação de carga em geral (ver norma ABNT NBR 13542).

3.2 Pino (Cavirão)

Barra reta de seção circular que passa através dos olhais, ficando firme quando em posição
e podendo ser facilmente desmontado (ver norma ABNT NBR 13545).

Você também pode gostar