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revista m&T - manutenção & tecnologia

N º 1 9 2 - j u l h O - 2 0 1 5 - w w w. r e v i s ta m t. c o m . b r - R $ 1 5 , 0 0

VITRINE DA INOVAÇÃO
M&T EXPO 20 ANOS - VITRINE DA INOVAÇÃo
nº 192 - julhO - 2015

Disponível
para download
EDITORIAL

Mercado em looping
Frente às dificuldades encontradas para recuperar exigências de aportes.
o ambiente econômico, as últimas semanas trouxeram Em relação a investimentos, recentemente foi noticiado
novidades que podem injetar otimismo no setor de que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
infraestrutura e, por consequência, nos fabricantes de prepara a emissão de títulos no mercado brasileiro como
equipamentos móveis para construção. forma de contribuir para o financiamento da infraestrutura
De fato, são possibilidades que se abrem para que o no país, aumentando a necessária participação de fontes
país possa sair do atoleiro. Primeiro, temos a adaptação alternativas no setor. Na mesma linha, o FGTS aprovou a
da indústria ao cenário de baixas vendas. Com a crise, liberação de 10 bilhões de reais para reforçar o caixa do
os fabricantes de máquinas pesadas vêm investindo BNDES no financiamento de infraestrutura, por meio de
para ampliar a participação de peças e serviços no um fundo em que os trabalhadores poderão aplicar parte
faturamento, aprimorando a atuação com portfólios de seus saldos. Provavelmente, a recém-anunciada linha de
específicos para o mercado de reposição. Segundo crédito ProBK (Programa de Bens de Capitais) do BNDES é
o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes fruto desta iniciativa.

“As últimas semanas trouxeram novidades


que podem animar as expectativas do setor de
infraestrutura e, por consequência, dos fabricantes
de equipamentos móveis para construção”

para Veículos Automotores (Sindipeças), em um ano o Além disso, em visita ao Brasil os chineses demonstraram
share do segmento de serviços saltou de 13,8% para interesse em investir 50 bilhões de dólares na infraestrutura
17%, principalmente com o crescimento do negócio de nacional, incluindo participação em obras a serem
manutenção da frota circulante. Mais que isso, o pós- construídas do zero – como os 1.000 km da Ferrovia de
venda representa sobrevivência de longo prazo para as Integração Centro-Oeste – e em projetos já em andamento –
empresas, permitindo rentabilidade além da venda e como os 1,5 mil km da Ferrovia Norte-Sul.
aumento da fidelização do cliente. Por fim, mas não menos importante, tivemos a realização
Depois, temos a tão ansiada retomada das obras. da M&T Expo 2015, que recebeu um público altamente
Nesse sentido, o ponto auspicioso é o novo pacote de qualificado de quase 46 mil visitantes e, uma vez mais,
infraestrutura – anunciado no início de junho e que alcança serviu como importante termômetro e estímulo de negócios,
uma cifra de 198,4 bilhões de reais para modernizar cuja cobertura o leitor pode acompanhar a partir desta
aeroportos, rodovias, ferrovias e portos –, no qual o governo edição. Boa leitura.
federal se esforça para tornar as concessões mais atrativas,
seja por meio da elevação da taxa de retorno dos projetos Permínio Alves Maia de Amorim Neto
e extensão do prazo de concessão até a flexibilização das Presidente do Conselho Editorial

JUlHO/2015 3
expediente
EXPEDIENTE índice
índice

Associação Brasileira de Tecnologia


para Construção e Mineração
Conselho de Administração
Presidente:
Afonso Mamede (Odebrecht)
Vice-Presidentes:
Carlos Fugazzola Pimenta (Intech)
Eurimilson João Daniel (Escad)
Jader Fraga dos Santos (Ytaquiti)
Juan Manuel Altstadt (Herrenknecht)
Mário Humberto Marques (Consultor)
Mário Sussumu Hamaoka (Rolink)
Múcio Aurélio Pereira de Mattos (Entersa)
Octávio Carvalho Lacombe (Lequip)

12
Paulo Oscar Auler Neto (Odebrecht)
Silvimar Fernandes Reis (Galvão Engenharia)
Conselho Fiscal
Álvaro Marques Jr. (Atlas Copco) – Carlos Arasanz Loeches (Loeches) – Dionísio Covolo
Jr. (Metso) – Marcos Bardella (Brasif) – Permínio Alves Maia de Amorim Neto (Getefer) –
Rissaldo Laurenti Jr. (Camoplast Solideal)
Diretoria Regional
Ameríco Renê Giannetti Neto (MG) (Barbosa Mello) – Gervásio Edson Magno (RJ / ES)
(Queiroz Galvão) – José Demes Diógenes (CE / PI / RN) (EIT) – José Érico Eloi Dantas (PE / PB)
(Odebrecht) – José Luiz P. Vicentini (BA / SE) (Terrabrás) – Luiz Carlos de Andrade Furtado (PR)
(Consultor) – Rui Toniolo (RS / SC) (Toniolo, Busnello)
M&T EXPO 2015
Diretoria Técnica
Aércio Colombo (Auxter) – Afrânio Chueire (Volvo) – Agnaldo Lopes (Komatsu) – Ângelo
Duas décadas de estímulo ao setor
Cerutti Navarro (U&M) – Benito Francisco Bottino (Odebrecht) – Blás Bermudez Cabrera
(Serveng Civilsan) – Cláudio Afonso Schmidt (Odebrecht) – Edson Reis Del Moro
(Yamana) – Eduardo Martins de Oliveira (Santiago & Cintra) – Fernando Rodrigues dos
Santos (Ulma) – Giancarlo Rigon (BSM) – Gino Raniero Cucchiari (CNH) – Guilherme R.
de Oliveira Guimarães (Andrade Gutierrez) – Ivan Montenegro de Menezes (Consultor)
– Jorge Glória (Comingersoll) – Laércio de Figueiredo Aguiar (Queiroz Galvão) – Luis
Afonso D. Pasquotto (Cummins) – Luiz A. Luvisário (Terex) – Luiz Gustavo R. de
Magalhães Pereira (Tracbel) – Marluz Renato Cariani (Iveco) – Maurício Briard (Loctrator)
– Paulo Carvalho (Locabens) – Paulo Esteves (Solaris) – Paulo Lancerotti (BMC Hyundai)

16
– Pedro Luiz Giavina Bianchi (Camargo Corrêa) – Raymond Bales (Caterpillar) – Ricardo
Lessa (Stetter) – Ricardo Luiz Fonseca (Sotreq) – Ricardo Pagliarini Zurita (Liebherr) –
Roberto Leoncini (Scania) – Rodrigo Konda (Volvo) – Roque Reis (CNH) – Sérgio Barrêto
da Silva (Renco) – Sérgio Kariya (Mills) – Valdemar Suguri (Komatsu) – Wilson de
M&T EXPO 2015
Andrade Meister (Ivaí) – Yoshio Kawakami (Raiz) Vitrine da inovação
Diretoria Executiva
Diretor Comercial: Hugo José Ribas Branco
Diretora de Comunicação e Marketing: Márcia Boscarato de Freitas
Assessoria Jurídica
Marcio Recco
Revista M&T – Conselho Editorial
Comitê Executivo: Permínio Alves Maia de Amorim Neto (presidente) –
Claudio Afonso Schmidt – Eurimilson Daniel – Norwil Veloso –
Paulo Oscar Auler Neto – Silvimar Fernandes Reis
Membros: Adriana Paesman, Agnaldo Lopes, Benito F. Bottino, Cesar A. C. Schmidt,
Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Lédio Vidotti, Leonilson Rossi, Luiz Carlos de A.
Furtado, Mário Humberto Marques e Pedro Luiz Giavina Bianchi
Produção

46
Editor: Marcelo Januário
Jornalista: Melina Fogaça
Reportagem Especial: Evanildo da Silveira, Joás Ferreira e Luciana Duarte M&T EXPO 2015
Revisão Técnica: Norwil Veloso
Gerente Comercial: Flávio Campos Ferrão Arena de debates
Publicidade: Diego Santos Batista, Edna Donaires,
Evandro Risério Muniz, Paulo Sabatine e Suzana Scotini Callegas
Assistente Comercial: Renata Oliveira
Circulação: Karina de Oliveira Pereira
Produção Gráfica: Diagrama Marketing Editorial

A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia,


gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários
de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da
SOBRATEMA.
Tiragem: 13.000 exemplares
Circulação: Brasil
Periodicidade: Mensal
Impressão: Grafilar

60
Endereço para correspondência:
Av. Francisco Matarazzo, 404, cj. 401 – Água Branca
São Paulo (SP) – CEP 05001-000
M&T EXPO 2015
Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192
O mapa da mina
Auditado por: Filiado à:
w w w. a n a t e c . o r g . b r

Latin America Media Partner:

www.revistamt.com.br 4 REVISTA M&t


revista
- manu m&t
tenção
Capa: Panorâmica da edição de 20

& tecn
olog
ia
nº 19

65
2 - ju
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2015
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anos M&T Expo, o maior encontro do


w. revis
ta m t.
com.
br -
r$ 15
,00

MERCADO setor de equipamentos móveis para


VITRINE D
construção e mineração da América A INOVAÇ
Estímulo à competitividade

m&t eXPo
ÃO

20 anos
Latina (Foto: Marcelo Vigneron).

- vitrin
e Da inova
ção
nº 192
- julho
- 2015
Dispo
para Down nível
loaD

67 SEGURANÇA
Sem improviso

81
A ERA DAS MÁQUINAS
Um marco no
setor de caminhões

72
COMÉRCIO EXTERIOR
As multas abusivas na
importação de bens

85
MANUTENÇÃO
Potência elevada
sem riscos

74 CONTROLE DE EMISSÕES
Tratamento acústico

78 89
ENTREVISTA - ODAIR RENOSTO
TECNOLOGIA “No futuro, também
Acesso em dia vamos vender ideias”

SEÇÕES
06 painel
84 Tabela de Custos 93 Compactos
& Ferramentas 98 COLUNA DO YOSHIO
PAINEL
Solução realiza perfurações
verticais em concreto
A perfuratriz pneumática E-Z Drill 3-Gang Parapet realiza
furos de até 6,3 cm de diâmetro e 106 cm de profundidade
em seções de barreiras New Jersey. Segundo a empresa, o
sistema multiponto de injeção de óleo reduz o desgaste dos
motores de perfuração, pois cada motor tem reservatório
próprio e recebe lubrificação individual.

Betoneira híbrida reduz emissões


A Cifa estreou na Suíça sua primeira autobetoneira plug-
-in híbrida. Atuando nas obras do Túnel Ceneri, que integra
o projeto New Transalpine Railway (NFTA), o modelo E9 de
9 m3 de capacidade utiliza eletricidade somente durante a
distribuição de concreto, gerada por uma bateria recarregá-
vel de lítio.
Aquisição fortalece
Divisão Industrial da ZF
Vipal apresenta banda de A ZF Friedrichshafen reforça seus negócios no segmento
rodagem com maior aderência de transmissões para turbinas de energia eólica com a aquisi-
A banda de rodagem DV-RT4 é uma solução com alto ção da linha da Bosch Rexroth. Além de mais de 1.200 colabo-
poder de tração, resistência à abrasão, desgaste uni- radores, o negócio envolve duas unidades fabris – em Witten
forme e rendimento (Alemanha) e Pequim (China) – e escritório de serviços em
quilométrico superior Lake Zurich (EUA).
devido à maior área de
contato com o piso, diz
a empresa. A solução
é indicada para eixos
de tração em rodovias
asfaltadas e serviços de
transporte que exigem
alto desempenho.

WEBNEWS
Financiamento Investimento Pesquisa Produção Expansão Novidade
A JCB anuncia a conquis- A Iveco anunciou plano Em junho, a LiuGong A Kobelco iniciou a A Terex Materials A Metso apresen-
ta do Finame para a pá de investir 650 milhões inaugurou seu novo construção de uma Processing anunciou tou na M&T Expo
carregadeira 422ZX, um de reais até 2016 em Centro de Pesquisa nova unidade para a aquisição dos ativos 2015 seu novo rotor
modelo de 11.900 kg que, sua produção, principal- e Desenvolvimento produção de escava- da linha de produtos Orange para brita-
segundo a empresa, já mente na localização de em Liuzhou, na China, deiras em Spartanburg, da empresa austríaca dores Barmac VSI,
alcançou 3% de market componentes, proces- aumentando a aposta nos EUA, que produzirá Neuson Ecotec, que com redução de 25%
share no segmento. sos industriais e fluxos da fabricante em ino- 1.800 unidades/ano já a produz equipamen- em componentes e
logísticos. vações tecnológicas. partir de janeiro. tos de triagem e de 30% em peças de
compostagem. desgaste.

6 REVISTA M&t
FPT e Landini
anunciam parceria
Com o acordo, os tratores
Landforce e Landpower pas-
sam a ser equipados com os
motores FPT Industrial NEF 4
e NEF 6, respectivamente. Os
equipamentos serão fabricados
na recém-inaugurada unidade
produtiva da Landini em Conta-
gem (MG).

Novo conceito reduz custos


com filtros hidráulicos
A Parker Hannifin desenvolveu um conceito para a gestão
de sistemas hidráulicos que classifica as atividades de moni-
toramento e condicionamento em três etapas: diagnóstico,
terapia e prevenção. Segundo a fabricante, a abordagem
possibilita ampliar o controle e a eficiência da manutenção de
equipamentos e sistemas.

John Deere lança nova linha Vipal lança kit para


de retroescavadeiras transporte de cargas
Disponível para o mercado norte-americano, Segundo a empresa, as tiras de
a nova Série L de retroescavadeiras da marca borracha ASTM F609/05 evitam o
abrange um range de 70 hp a 113 hp, incluindo deslizamento dentro da carroce-
dois modelos Heavy Lift (310SL HL e 410SL) que ria, o que garante a segurança do
– segundo a fabricante – aumentam a capa- produto transportado e do cami-
cidade de operação em 40%, graças ao braço nhão. O kit da Vipal é composto
reforçado e cilindros maiores incorporados. por três rolos de tiras de borracha,
com 15 m de comprimento cada
um, informa a fabricante.

PERSPECTIVA
Os sistemas mecânicos e hidráulicos sempre vão
existir, mas é fato que a eletrônica tem tido um papel
fundamental na indústria no sentido de melhorar cada
vez mais a eficiência operacional dos equipamentos”,
pontua João Pensa, sênior manager da Terex Port Solutions

JUlHo/2015 7
PAINEL
Mercado ganha ESPAÇO SOBRATEMA
opção em M&T EXPO 2015
rompedores Nada menos que 45.755 visitantes passaram
Parceria entre a Pró Ele- pelos 100 mil m2 de área de exposição da edição de
20 anos da M&T Expo, viabilizando a realização de
tro Soluções e a empresa
negócios expressivos. O evento contou com 478
sul-coreana Ubtech amplia
expositores, representando 25 países ao redor do
a oferta de rompedores mundo. Além da exposição, o M&T Expo Congres-
hidráulicos no país. A Ubtech produz soluções inteligentes que so também reuniu um público qualificado, de mais
alternam a frequência de impacto de acordo com a resistência de 1.000 congressistas. Mais informações:
imposta pela estrutura, afirma o comunicado. www.mtexpo.com.br

Porto Seguro cria produto para CONSTRUCTION EXPO 2016


Durante a M&T Expo 2015, a Sobratema pro-
equipamentos de construção moveu o lançamento oficial da Construction Expo
A empresa passa a oferecer cobertura para equipamentos de fabri- (Feira e Congresso Internacionais de Edificações &
cantes, locadoras e usuários finais. O novo produto inclui, por exemplo, Obras de Infraestrutura), cuja terceira edição será
realizada de 15 a 17 de junho do próximo ano, em
coberturas por subtração, despesas fixas e danos no deslocamento de
São Paulo. Como tema principal, o evento abordará
equipamentos como retroescavadeiras, pás carregadeiras, perfuratri-
as “Cidades em Movimento – Soluções Construti-
zes, betoneiras e outros. vas para os Municípios”. Saiba mais em:
www.constructionexpo.com.br

NÚCLEO JOVEM
Para promover a excelência em serviços no se-
tor, o Núcleo Jovem da Sobratema lançou durante
a M&T Expo o projeto “Melhor Pós-Venda 2015 –
Sobratema”, cujo objetivo é prestigiar os fabrican-
tes de equipamentos que investem no segmento
de pós-venda, agregando qualidade ao atendimen-
to de modo a garantir maior produtividade aos
usuários de equipamentos.
ACR apresenta controle CANAL CHN
remoto com câmera O Canal Construção Hoje Notícias (CHN)
Com alcance de até 150 m, o dispositivo Radiomatic pode ser instalado retomou as atividades na M&T Expo 2015 com
em qualquer local da máquina ou do canteiro e transmitir imagens para entrevistas exclusivas e reportagens. Ao todo,
um visor 3,5’’ instalado no transmissor do rádio-controle. O sistema foram produzidos seis programas especiais, que
abordaram desde detalhes da montagem da feira
permite visualizar em tempo real as imagens de várias câmeras, mesmo
até o balanço final realizado por expositores e pela
se houver ‘’pontos cegos’’ ou pouca luminosidade. Sobratema. Confira em: www.canalchn.com.br

INSTITUTO OPUS
Cursos em Julho
06-10 Rigger Sede da Sobratema
13-16 Supervisor de Rigging Sede da Sobratema
20-22 Gestão de Frotas Sede da Sobratema
23-24 Gerenciamento de Equipamentos Sede da Sobratema

Cursos em Agosto
10-14 Rigger Sede da Sobratema
17-20 Supervisor de Rigging Sede da Sobratema
24-26 Gestão de Frotas Sede da Sobratema

8 REVISTA M&t
a todos os clientes, parceiros e visitantes
que contribuíram mais uma vez para o sucesso da doosan na M&t expo.
esse marco é reflexo dos esforços que a doosan vem dedicando ao mercado
brasileiro para produzir equipamentos de alta performance e menores custos.

ROMAC RENCO
RS/SC/PR/SP/RJ/MS/ES Demais Estados
Tel.: (51) 3488-3488/ (19) 3518-3333 Tel.: (71) 3623-8300
romac@romac.com.br comercial@renco.com.br

/Doosan Infracore Brasil /Doosan Infracore Brasil www.doosaninfracore.com/ce


PAINEL
Novas medidas de pneus
para Tow Tractors FEIRAS & EVENTOS
A Continental Commercial Specialty Tires JULHO
(CST) lançou novas medidas para sua linha de BAC 2015
IV Congresso Ibero-Americano sobre Betão Autocompactável
pneus para Tow Tractors, equipamentos utili- Data: 6 e 7/07
zados em operações aeroportuárias. Resisten- Local: Universidade do Porto (FEUP) – Porto – Portugal
te a cortes, a linha CS20 passa a contar com as SIMPÓSIO SAE BRASIL
Máquinas para Infraestrutura da Mobilidade
variações 6.00-9, 7.00-12 e 7.00-15, Data: 8/07
informa a empresa. Local: FIERGS – Porto Alegre/RS
AIRPORT INFRA EXPO 2015
Luggage, Handling & Catering
Içamento utiliza os maiores Data: 15/07

guindastes da Suíça
Local: Marriott Hotel – Guarulhos/SP
CONSTRUIR MINAS 2015
Para realizar a maior obra privada do país, os mo- Feira Internacional da Construção
Data: 24 a 27/07
delos de lança treliçada Terex CC 2400-1 e CC 2500-1 Local: Expominas – Belo Horizonte/MG
foram transportados em 48 caminhões até a cidade MINASCON 2015
de Schafisheim, onde içaram um componente de 12º Encontro Unificado da Cadeia
Produtiva da Indústria da Construção
ponte com 162 m e 884 ton. A configuração para a Data: 24 a 27/07
missão incluiu lança principal de 48 m, contrapeso Local: Expominas – Belo Horizonte/MG
de 160 ton e lastro central de 40 ton.
AGOSTO
Moba e Volz Consulting criam joint venture 30ª EXPOMAN 2015
Exposição e Congresso Brasileiro de Manutenção e Gestão de Ativos
A parceria desenvolveu um sistema Data: 3 a 7/08
para otimização do processo de pavi- Local: Expo Dom Pedro – Campinas/SP
mentação asfáltica na Alemanha. Base- FENASAN 2015
ado em entrega just-in-time, o software 26ª Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente
Data: 4 a 6/08
BPO Asphalt permite o gerenciamento Local: Pavilhão Vermelho Expo Center Norte – São Paulo/SP
em tempo real de diferentes tarefas em
ENCONTRO TÉCNICO AESABESP
construção rodoviária, integrando pro- 26º Congresso de Saneamento e Meio Ambiente
Data: 4 a 6/08
cessos de mistura, transporte, controle Local: Pavilhão Vermelho Expo Center Norte – São Paulo/SP
de temperatura e outras.
GREENBUILDING BRASIL 2015
Conferência Internacional e Expo

FOCO Data: 11 a 13/08


Local: Transamerica Expo Center – São Paulo/SP

A expectativa com o anúncio de mais 10a EXPOSUCATA


Feira e Congresso Internacional de
investimentos em infraestrutura é que Negócios da Indústria da Reciclagem
Data: 18 a 20/08
possa iniciar uma retomada dos negócios. Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center – São Paulo/SP

Esperamos que os clientes voltem a AUTOMATION & POWER WORLD BRASIL


A Era da Colaboração
investir, pois certamente o crescimento Data: 19 e 20/08
Local: Sheraton WTC Hotel – São Paulo/SP
será retomado a partir de 2016. Nos FENASUCRO 2015
meses de baixa, aproveitamos para 22ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética
Data: 25 a 28/08
arrumar a casa e nos prepararmos Local: Centro de Eventos Zanini – Sertãozinho/SP

CONCRETE SHOW SOUTH AMERICA


para esse momento”, Cadeia Produtiva do Concreto
diz Roberto Marques, líder da divisão C&F Data: 26 a 28/08
Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center – São Paulo/SP
(Construção e Florestal) da John Deere

10 REVISTA M&t
M&T EXPO 2015

12 REVISTA M&t
Duas décadas de
estímulo ao setor
R
Edição de 20 anos reúne os principais players do setor, mostrando como a indústria
de equipamentos mantém a vitalidade para uma retomada mais forte nos negócios
ealizada entre os dias 9 e 13 de junho, a M&T Expo 2015 (9ª Feira e Congresso
Internacionais de Equipamentos para Construção e 7ª Feira e Congresso Inter-
nacionais de Equipamentos para Mineração) mais uma vez mostrou porque é
considerada a maior feira do segmento de tecnologias para construção e mine-
ração da América Latina.
Inaugurando o novo espaço do São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, em sua edição
de 20 anos o evento da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mine-
ração) superou todas as expectativas ao atrair um público altamente qualificado – exatos 45.755
visitantes passaram pelos 100 mil m2 de área de exposição – e viabilizar a concretização de negó-
cios em um momento de inflexão do mercado brasileiro.
Ao todo, a feira reuniu 478 expositores de 25 países (Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Ca-
nadá, Chile, China, Colômbia, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Índia, Itália, Lu-
xemburgo, Malásia, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Rússia, Cingapura,
Turquia e Uruguai), representando mais de mil marcas globais. E, como já ocorrera na edição

Nova rodada de concessões repercute na feira


A nova etapa do Programa de Investimentos em Galvão, o setor de construção civil “está sofrendo mui-
Logística (PIL) anunciado pelo governo no dia 9 to com a redução dos investimentos e o ajuste fiscal,
de junho – data que coincidiu com a abertura da por isso o pacote de concessões traz um alívio, mas
M&T Expo 2015 – serviu para sacudir o mercado, precisa acontecer de fato para refletir em negócios
mas ainda deixa muitos empresários do setor com para o setor”. Outro profissional que se mostrou res-
as “barbas de molho”. Pelos corredores da feira, a sabiado foi Luciano de Oliveira, diretor comercial da
nova etapa do programa – que pretende destravar Ticel Equipamentos. “Por enquanto, não temos nada,
IMAGENS: MARCELO VIGNERON

o nó logístico e minimizar as deficiências na infra- apenas um anúncio”, disse. “Talvez a partir do segun-
estrutura do país, especialmente relacionadas aos do semestre sentiremos os efeitos desta medida.”
modais de transporte – não devem sair tão cedo Por outro lado, houve quem destacasse aspectos
do papel. O pacote de concessões recicla projetos que podem recrudescer a confiança dos players. “O
anunciado no PIL em 2012 e traz como principal anúncio da nova etapa do PIL deu um impacto psico-
novidade que, desta vez, não serão feitas novas lógico no mercado, mas [o pacote] ainda é apenas um
concessões. Na opinião de vários empresários do protocolo de intenções até ser de fato operacionali-
setor a nova etapa é vista no mercado com uma zado”, afirmou Marcos Domingues, responsável pela
lista de intenções, já que muitas obras não têm es- venda de caminhões off-road na Scania Brasil. “Apesar
tudos prontos e autorizações necessárias para se- disso, é uma sinalização importante para os nossos
rem repassadas à iniciativa privada, mesmo sendo clientes, que estavam com receio de manter o seu ne-
em muitos casos uma reciclagem do plano anterior. gócio. Agora, certamente, eles estão mais confiantes e
Para o diretor comercial da Astec, Marco Antônio podem desengavetar alguns projetos.”

JULHO/2015 13
M&T EXPO 2015
de 2009, a feira trienal pode uma vez
mais representar um divisor de águas
para o setor ao alcançar um volume
expressivo de vendas, ajudando a re-
verter os reflexos da crise econômica

ROMERO CRUZ
que paralisou o país nos últimos me-
ses. “Foi muito gratificante constatar
que durante a M&T Expo 2009 fomos Autoridades na cerimônia de abertura: evento irradiador de boas notícias
irradiadores de boas notícias mundo
um ano difícil como tem sido o atual, conhecer as novidades dos fabrican-
afora”, disse o presidente da Sobrate-
a façanha não é pouca. “Com base nos tes. E, evidentemente, negociar a aqui-
ma, Afonso Mamede. “Desejamos que
depoimentos de diversos expositores, sição de equipamentos para atualizar
isso se repita este ano.”
chegamos à conclusão de que a movi- suas frotas.
De fato, as estimativas apontam
mentação de vendas antes, durante e Nesse sentido, segundo Mamede, a
para um volume de 20% a 30% do
depois da M&T Expo 2015 deve ser da edição de 20 anos “ratifica o papel da
total de equipamentos que deve ser
ordem de 10 bilhões de reais”, ressal- feira como importante fonte de geração
movimentado durante o ano. E, em
tou Mamede. de negócios para os fabricantes e reven-
Tendências: uma das marcas da M&T Expo Ademais, tal desempenho reafirma dedores de equipamentos, fomentando
a feira brasileira como um dos princi- a competitividade, o desenvolvimento
pais termômetros para o mercado de econômico-financeiro e tecnológico de
equipamentos para construção e mi- todo o setor da construção e mineração”.
neração. Como nas oito edições ante- Nas próximas páginas e edições, acom-
riores, também a consagra como uma panhe a cobertura do que melhor foi
verdadeira vitrine de inovações, tanto apresentado nesta edição.
que – como mostram os números –
grande parte dos compradores prefere Saiba mais:
aguardar a realização do evento para M&T Expo: www.mtexpo.com.br

Sobratema mostra confiança na retomada


Na abertura da M&T Expo 2015, o presidente da Sobratema, Afon- na recente visita do primeiro ministro chinês, que anunciou a in-
so Mamede, destacou a feliz coincidência do início da feira com o tenção de investir 50 bilhões de dólares em obras de infraestrutu-
anúncio do novo pacote de concessões anunciado pelo governo e que ra no Brasil”, destacou. Por todos esses fatores, os dirigentes da
deverá movimentar 198,4 bilhões de reais, contemplando 4.382 km Sobratema entendem que o segundo semestre já será bem melhor
de rodovias, 4 aeroportos e 7 aeroportos regionais, além de portos, que o primeiro. “Estamos confiantes de que já no início de 2016
ferrovias e rodovias já existentes. “É chegada a hora – mesmo com estaremos saindo da crise”, comentou Marques.
imenso atraso – de ações efetivas”, disse em seu discurso de boas- Presidente da Sobratema, Afonso Mamede destacou importância da feira para o setor
-vindas. “Considerando os aspectos de logística que impactam a nos-
sa sociedade, é inconcebível que a malha rodoviária, ferroviária, hidro-
viária e portuária do país ainda não seja considerada como prioridade
‘número 1’ nos planos de investimentos governamentais.”
Já para Mário Humberto Marques, vice-presidente da Sobra-
tema, o desempenho da feira acompanha uma perspectiva mais
favorável do setor. “Com as medidas do ajuste fiscal anunciadas
pelo governo nas últimas semanas, as obras já em construção pelo
país afora e a reestruturação do funding do BNDES, os investidores
estão ávidos por bons negócios, recolocando o país como uma
importante opção no mercado internacional, como demonstrado

14 REVISTA M&t
Confiabilidade em Ação

Escavadeiras SDLG.
COMPRE VIA FINAME E DEIXE O TRABALHO PESADO COM A GENTE.
Agora, as Escavadeiras SDLG produzidas no Brasil podem ser financiadas via FINAME. Isso significa que,
além de contar com robustez e confiabilidade SDLG para enfrentar o trabalho pesado, você também tem
muito mais tranquilidade na hora de pagar, financiando em até 60 vezes, sem entrada, e com carência de
até seis meses. Esteja você em uma metrópole como Rio de Janeiro ou no interior do país, as Escavadeiras SDLG
são ideais para o seu negócio. E sob medida para um país cada vez maior.
Visite um distribuidor e conheça mais sobre a tecnologia na medida certa SDLG.

www.sdlgla.com
M&T EXPO 2015

Vitrine da
inovação
Expositores exibem tecnologias avançadas para reduzir o
consumo e os custos com manutenção, oferecendo maior
rentabilidade aos setores de construção e mineração

16 REVISTA M&t
A o lado dos negócios e contatos gerados, o
mais importante papel da M&T Expo talvez
seja a atualização tecnológica que desde
1995 a feira promove no setor. E na edição
de 20 anos isso não foi diferente. Como sempre, o seleto
público do evento – formado por especialistas, técnicos,
engenheiros, operadores, gestores e executivos – pôde
LINHA AMARELA
A Caterpillar, por exemplo, montou uma apresentação
concentrada em infraestrutura. Para tanto, a empresa mos-
trou 20 modelos de diferentes segmentos e vários portes
dentro da construção. Nesse rol, foram exibidos equipa-
mentos como escavadeiras, motoniveladoras, pás carrega-
deiras e pavimentadoras.
ampliar seus conhecimentos sobre uma ampla varieda- Dentre os destaques, dois produtos recentemente nacio-
de de equipamentos e máquinas de última geração para nalizados: a escavadeira 318D2 L e o trator de esteiras D6K,
terraplanagem, pavimentação, concreto, içamento, ele- que passaram a ser produzidos em Piracicaba (SP). Também
vação, perfuração, mineração, motores, utilities, peças fizeram sua estreia na América do Sul a pavimentadora de
e componentes. asfalto AP1055F com a mesa SE60 VT XW, a miniescavadei-
E não poderia mesmo ser de outro modo. Afinal, ofertar ra hidráulica 302.7D e a retroescavadeira 420F2, que será
soluções que garantam menor custo de manutenção, redu- lançada no país somente em agosto.
ção de consumo de combustível e maior rentabilidade na Com a renovação do portfólio, a empresa pretende pros-
operação é a equação mais que desejável para os players pectar novos nichos, expandindo sua base de atuação. “O
que fornecem equipamentos aos setores de construção e que esperamos mais – e que é um pouco diferente do que
mineração no Brasil. Ou seja, tudo o que o visitante pôde foi no passado – é atrair clientes não tradicionais”, informou
conferir na M&T Expo 2015. Odair Renosto, presidente da Caterpillar Brasil (leia entre-
De fato, mais que o volume (são incontáveis as soluções vista a partir da pág. 89). “Estamos prospectando clientes
exibidas no início de junho no São Paulo Expo Exhibition & novos, que não tínhamos antes. São clientes que no passado
Convention Center), pode-se dizer que o principal indutor utilizavam mais mão de obra e tinham equipamentos não
do evento é mesmo a inovação como fonte de competitivi- tão eficientes.”
dade. “O desenvolvimento tecnológico das máquinas, a dis- Tal oportunidade, segundo ele, deve-se às margens mais
ponibilidade de equipamentos mais econômicos e de maior apertadas, que levam a uma busca intensa por produtivida-
produtividade e, ao mesmo tempo, com reduzido impacto de. Com isso, esses potenciais clientes estão tendo de inves-
ambiental, são bons exemplos da importância do que foi tir em equipamentos com tecnologia mais avançada, para
mostrado na feira, pois modernizam as empresas do setor”, ganhar tempo, precisão e eficiência. “No passado, eles não
frisou Afonso Mamede, presidente da Sobratema.

MARCELO VIGNERON

JULHO/2015 17
M&T EXPO 2015
se importavam tanto com isso, pois a ao operador adequar o comportamen- A fabricante também reforçou o con-
margem era suficiente”, avaliou. “Mas to da máquina ao trabalho, visando a ceito de dual brand adotado em âmbi-
a concorrência foi aumentando, assim balancear a produção com a eficiência to global, uma estratégia encabeçada
como o nível de exigência e tempo de de combustível. “A joint venture com pelos produtos Premium da Volvo CE,
execução. A combinação de tudo isso a Hitachi abre espaço para conquistar com as soluções da SDLG destinadas a
faz com que o cliente busque pelo novos clientes também no setor de mi- demandas específicas.
avanço tecnológico.” neração ao ofertar escavadeiras com Em relação ao mercado, o presidente
No estande da John Deere, ganha- capacidades que podem chegar a 90 t Afrânio Chueire destacou que o mo-
ram destaque as pás carregadeiras e carregadeiras de 24 a 34 t”, ressaltou mento é bastante interessante para
744K-II, 824K-II e 844KII, com peso Roberto Marques, líder da divisão de avaliação dos negócios. “O momento
operacional de 24, 26 e 34 toneladas construção e florestal da John Deere realmente é de muita preocupação,
métricas, respectivamente, além da no Brasil. mas é preciso considerar que no ano
motoniveladora 672G e da escavadeira Em uma apresentação de cunho passado o mercado brasileiro encer-
hidráulica 470G. Já a Hitachi Construc- institucional, a Volvo CE mostrou um rou com 25 mil unidades, cinco vezes
tion Machinery fez três lançamentos portfólio com 12 diferentes modelos, a mais do que tínhamos há 10 anos”,
de escavadeiras acima de 45 t, com que incluiu desde a linha de rolos com- disse o executivo.
os modelos ZX470LC-5, ZX670LC-5 e pactadores de 1.500 kg a 16.199 kg até Na linha de escavadeiras, a BMC-
ZX870LC-5. máquinas como escavadeiras, pás car- -Hyundai destacou os modelos R140-
As escavadeiras da marca possibi- regadeiras sobre rodas e caminhões -9S e R220LC-9S. Com porte de 14 t e
litam a escolha entre três modos de articulados, além de propulsores para motor de 126 hp, a R140-9S apresen-
operação (H/P, P e ECO), permitindo grupos geradores. ta potência de um equipamento de

Feira reuniu 478 expositores de 25 países, representando mais de mil marcas globais
MARCELO VIGNERON

18 REVISTA M&t
Viva o Progresso.
Escavadeira hidráulica R 944 C.
 Confortável posto de comando
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 Componentes principais produzidos pela Liebherr
 Potência efetiva, máxima eficiência e longa vida útil

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The Group
M&T EXPO 2015
16 t, com a vantagem de representar

MARCELO VIGNERON
um investimento 20% menor para os
compradores. A marca também apre-
sentou a retroescavadeira H940C, um
modelo que traz motor de 100 hp e
possui peso operacional de 7.900 kg,
proporcionando – segundo a empresa
– maior agilidade no carregamento e
na produção, além de aumentar a for-
ça da escavação e reduzir o consumo
de combustível. A máquina consome,
em média, de 10 l a 12 l de combustí-
vel por hora, dependendo do modo de
operação.
A empresa lançou durante a feira
um plano de Manutenção Preventiva
Programada (MPP), com o objetivo de Evento marcou a estreia do novo São Paulo Expo Exhibition & Convention Center
garantir disponibilidade dos equipa- zem o consumo de combustível em até na versão PAT, e 2050M (22.446 kg),
mentos comercializados no Brasil. O 10%. “Em um ano, a linha proporcio- também na versão PAT e BD (Bulldo-
plano inclui inspeções técnica e aná- na uma economia de 12 mil reais em zer). Segundo Reis, a linha é produzida
lises de óleo para acompanhamento combustível”, enfatizou Roque Reis, em Contagem (MG) e todos os mode-
do desgaste interno dos componentes. vice-presidente da empresa para a los podem ser financiados via Finame.
“Esse é um momento desafiador, onde América Latina. “Se a máquina traba- Além dos lançamentos, a empresa
buscamos toda oportunidade de fazer lhar oito horas por dia, o cliente pode apresentou o aplicativo SiteControl.
negócio”, disse Alcides Guimarães, ge- ter 13% a mais de produtividade e um Acoplado a motoniveladoras, escava-
rente de pós-venda da marca. ganho de 20% em eficiência.” deiras hidráulicas e tratores de esteira,
O principal destaque da Case CE foi A nova linha conta com os mode- o opcional determina a profundidade
a nova linha de tratores de esteiras, los 1150L (com peso operacional de ideal para corte do terreno e o melhor
que – segundo a fabricante – redu- 14.038 kg), 1650L (17.243 kg), ambos ângulo de ataque da caçamba para a
remoção de material. “Esta tecnolo-
Público de quase 46 mil pessoas passou pela feira
gia garante economia na mão de obra,
pois reduz a demandas topográficas e
as horas de trabalho”, disse Reis.
A Doosan apresentou a sua linha de
equipamentos para escavação e carre-
gamento que variam de 14 t a 50 t de
peso operacional. Um dos destaques
foi a escavadeira hidráulica DX225L-
CA, de 22 t, produzida na unidade in-
dustrial de Americana (SP). A empresa
também levou a linha de pás carrega-
deiras com caçambas que variam de 2
m³ a 5 m³.
Outro equipamento em destaque foi
MARCELO VIGNERON

a máquina manipuladora hidráulica


DX300LL, muito popular nos EUA e
agora apresentada na América Latina.

20 REVISTA M&t
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© 2015 Caterpillar. Todos os direitos reservados. CAT, CATERPILLAR, seus respectivos
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logotipos, “Amarelo Caterpillar” e o conjunto-imagem POWER EDGE ™, assim como a www.pesa.com.br www.sotreq.com.br
identidade corporativa e de produto aqui usada, são marcas registradas da Caterpillar e não
podem ser utilizadas sem permissão.
M&T EXPO 2015
“Este modelo foi projetado exclusiva- nível de entrada. A pá carregadeira tarina, os modelos expostos no evento
mente para manuseio de toras e opera LG933 (disponível também no Brasil) foram projetados para aplicação em
com grande precisão e controle, pro- encaixa-se na faixa de 10 t de peso obras de infraestrutura e construção
porcionando maior segurança ao ope- operacional, com 1,8 m³ de capacida- civil. “A Randon Veículos sempre busca
rador na execução de tarefas”, disse de na caçamba e 3 t de peso, enquan- oferecer a solução mais ajustada às ne-
Mauro José Costenaro, gerente sênior to a escavadeira LG 6300 (só para a cessidades dos nossos clientes”, desta-
de vendas e aftermaket da marca. América hispânica) é da classe de 29 cou. “Nessa linha, as retroescavadeiras
Há seis anos no mercado latino- t, com caçamba de 1,9 m³, sapatas de da série RD 406 possuem alto grau
-americano, a SDLG lançou o com- 600 mm e potência de 200 hp. Contan- de tecnologia embarcada, baixo custo
pactador de solos RS7120. Específico do com Finame, as escavadeiras são operacional e de manutenção, além de
para o mercado hispano-americano, o fabricadas em Pederneiras (SP), na menor consumo de combustível”.
equipamento é uma solução com 12 t primeira fábrica da marca fora da Chi- Atenta à nova rodada de concessões
de peso operacional. “Lançar antes na na. “Em 2012, introduzimos a máqui- de rodovias, a Sany aproveitou a M&T
América Latina é uma questão de es- na importada e, em agosto de 2013, já Expo para atrair os holofotes para a
tratégia financeira”, ressaltou Enrique começamos a produzir aqui”, apontou motoniveladora SAG 200, a segunda
Ramirez, diretor da SDLG Latin Ameri- o diretor. geração da marca. A empresa também
ca. “Hoje, a barreira de entrada no Bra- Presente desde a primeira edição da lançou a retroescavadeira BL70C, um
sil é grande, pois a taxa do dólar não feira, a Randon mostrou dois modelos produto multitarefa, com dispositivo
permite boa competitividade.” de retroescavadeiras, a RD 406 Stan- de carregamento em oito conexões,
Além dessa novidade, a empresa dard e a RD 406 Advanced. Segundo podendo ser equipado com rompedor
expôs outros dois novos produtos de o diretor da empresa, Celso Santa Ca- hidráulico, caçambas de escavação e

Números mostram que a M&T Expo é um dos principais termômetros para o mercado de equipamentos na América Latina

MARCELO VIGNERON

22 REVISTA M&t
carregamento, garfo pallet, placa vibratória, vassoura hi-

MARCELO VIGNERON
dráulica, perfuratriz e caçamba trituradora, entre outros
acessórios.
Com sete anos de atuação no Brasil, a empresa recente-
mente reforçou a rede de distribuidores e agora intensifica
o treinamento das equipes de vendas e pós-venda. “Que-
remos afirmar nosso compromisso de crescer no mercado
brasileiro”, afirmou o chairman Xu Ming. “Temos um projeto
de longo prazo aqui e acreditamos que a crise é pontual.”
Lançamento exclusivo para a M&T Expo, a escavadeira de
rodas WE190B PRO é uma das novidades da New Holland
Construction o mercado da América Latina. O equipamen-
to tem como destaque o sistema de tração de eixos ZF, com
capacidade de deslocamento de até 20 km/h, facilitando a
circulação dentro de centros urbanos.
A máquina – que chega para completar a classe de equi-
pamentos de 19 t da marca – também traz lâmina frontal
(que auxilia na remoção de materiais e garante maior esta-
bilidade ao equipamento), cabine com proteção ROPS/FOPS
e braço de 2.600 mm, facilitando a movimentação de mate-
Em cinco dias, público conferiu um verdadeiro show de inovação riais e permitindo escavação mais profunda, além de pon-

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M&T EXPO 2015
tos de manutenção mais acessíveis ao nível do solo. “Este

MARCELO VIGNERON
equipamento é fabricado na Itália, mas assim como todas as
nossas tecnologias e inovações, estamos realizando estudos
para futuramente nacionalizarmos o produto”, antecipou
Marcos Rocha, gerente de marketing de produto da New
Holland Construction.
Em uma apresentação de reforço da marca, a XCMG mos-
trou o amplo portfólio de equipamentos já disponibilizados
no país apenas um ano após a inauguração de sua fábrica
em Pouso Alegre (MG). Entre outros produtos, a empresa já
fornece pás carregadeiras, escavadeiras, retroescavadeiras,
rolos compactadores e motoniveladoras, além de equipa-
mentos compactos, guindastes e plataformas.
O presidente da empresa, Sam Shang, reiterou que a em-
presa olha para o futuro, não apenas porque a fábrica já
está esta pronta e funcionando, mas principalmente porque
o Brasil, pelo seu gigantismo territorial, continua sendo o
mercado mais promissor da empresa na América Latina. “O
Brasil é um grande mercado de infraestrutura que está pas-
sando por momentos difíceis agora, mas uma grande com-
panhia como a nossa faz um planejamento no longo prazo”, Vitalidade industrial é uma mensagem de otimismo para o país
disse. “Logo sairão empreendimentos que têm o governo
chinês como parceiro. Alguns já estão andando e, quando de três milhões de m2.
saírem, nós certamente estaremos juntos a eles.” Na M&T Expo, a fabricante recebeu pela primeira vez no
A LiuGong, por sua vez, anunciou durante a M&T Expo país a gerente Crystal Hu, que destacou como o grupo vem
2015 que reforçará sua presença no mercado nacional com estudando o mercado brasileiro, por meio de sua represen-
uma melhor estrutura de pós-venda, contemplando estoque tação, no sentido de desenvolver equipamentos voltados
de peças e serviços que ficarão disponíveis a partir de sua para as características do país. “O mercado de equipamentos
primeira fábrica no Brasil, inaugurada em março deste ano é cíclico e entendo que, no momento, as perspectivas brasi-
em Mogi Guaçu (SP). leiras não estão favoráveis, mas acredito que em breve isso
A empresa espera produzir 1.500 unidades por ano na se reverterá”, afirmou a executiva, reafirmando a disposição
nova instalação. O investimento se dará ao longo de três em estimular melhorias nas máquinas de modo a torná-las
anos, refletindo as expectativas de evolução dos negócios no mais confortáveis, produtivas e facilitadoras do serviço para
país. O foco da empresa inclui os equipamentos mais vendi- os operadores. “Acostumamo-nos a ver as máquinas como
dos na América Latina, como retroescavadeiras, pás carre- um ambiente duro, rígido e de trabalho severo”, disse ela.
gadeiras e escavadeiras. Segundo a empresa, uma das suas “Mas, nesse ambiente, também é importante oferecer mais
principais vantagens está na aplicação de peças produzidas conforto ao operador, pois isso melhora seu desempenho e
por marcas mundiais, como Cummins, ZF e outras. “Este qualidade de vida.”
investimento é uma consequência natural da evolução dos A Komatsu aproveitou a feira para destacar a ampliação
negócios e da crença de que os mercados de infraestrutura da família de tratores de esteiras Dantotsu, com o lança-
e construção civil têm um bom potencial para crescer nos mento do modelo D61EX-23M0, que possui 170 hp de po-
próximos anos”, destacou Bruno Barsanti, vice-presidente tência e peso operacional de 20 t. A lâmina PAT (articulada
da LiuGong América Latina. hidraulicamente) alcança volume de arrasto de 3,8 m³ e, por
A Lonking apresentou o Grupo Ramires como represen- meio do sistema de controle por comando na palma da mão
tação exclusiva em São Paulo. A empresa chinesa é uma das (PCCS), permite que o operador obtenha maior precisão du-
maiores fabricantes de pás carregadeiras da China, produ- rante as operações.
zindo mais de 70 mil unidades por ano numa área de fabril A fabricante também comemorou na feira os 40 anos de

24 REVISTA M&t
presença no Brasil, desde a produção

MARCELO VIGNERON
do primeiro trator de esteiras D50, em
1975. E a empresa aproveitou a M&T
Expo para compartilhar com os clien-
tes esse momento histórico. “A fábri-
ca de Suzano foi a primeira fora do
Japão, sendo que já naquela época a
empresa tinha convicção da impor-
tância do mercado brasileiro”, disse
Agnaldo Lopes, vice-presidente da
empresa. “Desde então, temos con-
tribuído ativamente para o desenvol-
vimento do país com equipamentos
de alta tecnologia, qualidade e dura-
bilidade, com baixo custo operacio-
nal e suporte ao produto em todos os Edição reafirma evento como gerador de negócios para o setor de bens de capital
estados brasileiros.”
a nova série de pavimentadoras da A fresadora Wirtgen W100 é outro
marca Vögele e a linha de compacta- equipamento produzido em Porto
PAVIMENTAÇÃO dores Hamm, destacando os modelos Alegre (RS) e que marcou presença no
Na área de construção de estradas, GRW280 de pneus e o rolo compacta- estande.
a Ciber expôs lançamentos como dor 3411, agora produzido no Brasil. Da própria marca, a empresa des-

Gênia
M&T EXPO 2015
tacou a usina de asfalto de contraflu-
xo contínua da série UACF Advanced.
Com capacidade de até 200 t/h, a
solução é disponibilizada em cinco
modelos e chega para atender a uma
tendência em nichos específicos do
mercado nacional. “As usinas móveis
podem fazer a diferença nas conces-
sões de longa extensão”, afirmou Luiz
Marcelo Tegon, presidente da Ciber.
Nesse segmento, o executivo pro-
jeta uma demanda potencial de 10
a 15 unidades/ano no país, o que re-
presenta um market share de 65% no
segmento. Nos últimos anos, a empre-
sa dobrou de tamanho, sendo que o
planejamento era dobrar de novo até
2020, chegando a 1 bilhão de reais em
faturamento até 2020. “Mas estamos
revendo esses números”, disse Tegon.
“A empresa tem capacidade instalada
para isso, mas tivemos uma redução Fabricantes aguardam a realização do evento para mostrar suas novidades
acentuada na linha de produção e te- permite reduzir em até 30% o consu- falto para fins de vedação, o modelo
mos de esperar pela retomada.” mo de diesel. “O EcoMode é um siste- oferece 3.000 kg por roda com lastro
Também player de renome no seg- ma exclusivo de controle inteligente máximo de carga. As quatro rodas tra-
mento de roadbuilding, a Atlas Copco da rotação do motor de acordo com seiras são tracionadas e a pressão dos
apresentou a pavimentadora Dynapac a carga aplicada, mantendo a rotação pneus é de 250 kPa (mínima) e 850
CP2700 com EcoMode. Segundo Fer- ideal para máxima eficiência energéti- kPa (máxima). O equipamento utiliza
nando Groba, gerente geral da divisão ca”, explicou o executivo. motor Cummins a diesel de 110 cv de
Construction Technique, a tecnologia Utilizado na compactação do as- potência.
Máquinas de última geração são as vedetes de uma das maiores mostras tecnológicas do mundo
Quanto ao mercado, Groba garan-
tiu que a companhia está preparada e
pode esperar, sem problemas, a reto-
mada da demanda em 2016. “Aprovei-
tamos o período de baixa para organi-
zar a companhia, melhorar a eficiência
e nos prepararmos para atender à
demanda dos nossos clientes. A expec-
tativa é que o cenário melhore ainda
este ano”, disse.
O Grupo Ammann lançou na M&T
Expo a Prime 140, da série de usinas
de asfalto contínuas para atender às
necessidades de construções de gran-
MARCELO VIGNERON

de porte. De acordo com as especifica-


ções do fabricante, o novo equipamen-
to dispõe de um misturador contínuo

26 REVISTA M&t
de duplo eixo, tipo Pugmill. A incorpo- de mistura que assegura um produto
ração de uma comporta de descarga de altíssima qualidade.”
regulável permite ajustar o volume de Em primeira mão, Pereira revelou
carga no misturador e o tempo de mis- que até agosto a empresa lançará a
tura em função da fórmula usada e do versão Prime 100 para atender às
rendimento. necessidades de pequenas e médias
Além disso, a comporta de descar- construtoras. “É um equipamento que
ga permite reduzir significativamente segue a mesma linha do Prime 140,
as perdas durante o início e o final da mas com capacidade de mistura de
produção. “A Prime 140 bipartida é 100 t/h”, antecipou.
um equipamento com componentes Empresa do Grupo Fayat, a Bomag
suíços, muito flexíveis para operar em Marini apresentou lançamentos fa-
áreas difíceis e montanhosas, como na bricados no país e algumas máquinas
Cordilheira dos Andes, por exemplo”, importadas. Dentre as principais novi-
detalhou Gilvan Medeiros Pereira, dades, o destaque ficou para a usina de
diretor presidente da Ammann La- asfalto Titanium 140 Multi Paddle Pug-
tin America. “Além de oferecer maior mill. Segundo Eduardo Nunes, diretor
eficiência, garante baixo consumo de comercial da marca para a América Lati-
combustível, sistema de filtragem que na, a nova tecnologia conta com multipa-
ROMERO CRUZ

emite menos material particulado, du- lhetas de mistura de alta resistência ao


rabilidade de componentes e sistema desgaste dos principais componentes,
M&T EXPO 2015

MARCELO VIGNERON
Pela nona vez, o Brasil sediou
o maior encontro da indústria de
máquinas da América Latina

com regulagem de altura sobre os bra- tagens competitivas em misturas as- gas, a Manitowoc destacou a grua-tor-
ços para permitir diferentes aplicações, fálticas usinadas a quente, sub-bases re Potain MCT85, agora produzida em
aumentando a qualidade de mistura. “A de solo e bases de agregados, além de Passo Fundo (RS). Com capacidade de
Titanium tem capacidade de produção outras aplicações”, garantiu o diretor 5 t e alcance de 52 m, o equipamento
de 140 t/h e já está nacionalizada com Ilson Romanelli. não possui a parte superior, o que faci-
Finame”, comentou. A Ticel mostrou a nova usina de lita a montagem e as manobras. “Este
Conforme explica o executivo, o asfalto CF 120.4 MS1. Com um úni- produto tem 75% de nacionalização
equipamento também conta com uma co chassi, o modelo é ofertado com e é o único dessa linha produzido na
nova tecnologia de controle de opera- opção para três ou quatro dosadores fábrica brasileira, que também mon-
ção, denominada Infinity Control Te- de agregados e sistema diferenciado ta cinco modelos de guindastes RT”,
chnology, que permite acesso remoto de mistura externa, com dimensões afirmou Mauro Nunes, gerente geral
para avaliação e diagnóstico, assim apropriadas para a produção real es- de operações da Manitowoc no Brasil.
como recursos de telemetria. “Com pecificada. Outra vedete do estande da empresa
isso, os clientes podem ter acesso a Nas configurações, a cabine de co- foi o cabo sintético KZ-100 Samson,
dados de produção do equipamento, mando recebeu chapa metálica (fixada mostrado pela primeira vez no Brasil
assim como consumo por meio do ce- por coxins de borracha) e visualização em um equipamento real. No caso, o
lular ou tablet”, disse Nunes. ampla das operações de descarga da guindaste RT890E.
Marca nacional, a Romanelli lançou usina. Segundo o diretor comercial Lu- Com a baixa demanda do mercado
duas vibroacabadoras para o mercado ciano de Oliveira, a empresa já oferecia interno, a empresa vem adotando es-
de pavimentação asfáltica, a VAR P 300 um equipamento similar, mas equipa- tratégias relativas a estoque, serviços
e VAR E 300, uma sobre pneus e outra do com dois chassis. “O mercado soli- e exportação. “Quando o cliente toma
sobre esteiras. De acordo com a em- citou e atendemos ao pedido, porém, a decisão de fazer o investimento em
presa, as máquinas são indicadas para agora com diferenciais importantes um guindaste com alto valor agregado,
obras de pequeno e médio porte e con- como maior capacidade e tempo de tem de ser tudo para ontem”, afirmou
tam com nova tecnologia eletrônica, mistura em comparação à concorrên- Luciano Dias, vice-presidente de ven-
incluindo joystick de alta resistência cia, chegando a 120 t/hora”, sublinhou. das da Manitowoc. “A ideia é que, ape-
e transmissão hidrostática. “Projetada sar de a demanda estar baixa, nunca
para oferecer conforto e segurança, es- IÇAMENTO vai faltar serviço.”
sas vibroacabadoras apresentam van- Para o segmento de içamento de car- O grupo Terex mostrou o primeiro

28 REVISTA M&t
Presente em todo o BRASIL.

A GENTE NÃO SABE COMO


SERÁ O FUTURO,
MAS JÁ SABEMOS QUAIS SERÃO
AS MÁQUINAS QUE
AJUDARÃO A CONSTRUÍ-LO.

COM VOCÊ, CONSTRUINDO O FUTURO.


M&T EXPO 2015
simulador de guindaste da América A Tadano, por seu turno, exibiu o lança, resultando em maior segurança
Latina para guindastes RT (Rough Ter- guindaste ATF 220G-5 e seu novo carro para a operação. Além disso, o mode-
rain). “Além do simulador Simulift e do de serviços, um investimento que visa lo também apresenta outro acessório
guindaste todo terreno Explorer 5800 a uma maior aproximação do cliente e exclusivo da marca: o HTLJ. “Esse re-
(de 220 t), também incluímos um trei- ampliação do escopo de atendimento. curso opcional é um jib basculável e
namento de sinalização com sistema Com capacidade máxima de elevação extensível hidraulicamente, que facili-
de realidade virtual, que auxilia a bali- de 220 t e raio de 84 m, o equipamen- ta a execução de operações nas quais o
zamento dos movimentos e traz a sen- to pesa 12 t por eixo e possui 71 t de piso e o teto são obstáculos”, explicou
sação real de operação, incluindo ven- contrapeso. “As extensões podem ser Kishimoto.
tos e quebra de correntes de ar para dobradas hidráulica ou mecanicamen- A Palfinger exibiu sua nova linha
avaliar a reação do operador”, disse te”, disse Yasuaki Kishimoto, diretor de guindastes articulados sobre ca-
Ricardo Beilke, gerente da área de ser- de vendas e suporte ao cliente da filial minhão. Os modelos MD 30007 e MD
viços da Terex Latin America. brasileira. 60007 têm momentos de carga de 30
Em âmbito estratégico, outro des- O guindaste possui o exclusivo sis- tm e 60 tm, respectivamente. Com al-
taque da Terex foi o anúncio da aqui- tema de controle de direção Lift Ad- tura de trabalho de 20,5 m e alcance
sição da empresa CBI (Continental juster, que permite melhor domínio máximo horizontal de 17,5 m, o pri-
Biomass Industries), que produz tri- sobre trabalhos mais complexos com meiro modelo é equipado com o Sis-
turadores e picadores móveis para o equipamento. Ativado pelo operador tema Regenerativo, que proporciona
madeiras que devem chegar em breve da máquina, o sistema evita o balan- aumento de 30% na velocidade de
ao país. Adquirida em abril, a empresa ço da carga causado pela deflexão da abertura das lanças, se comparado
norte-americana tem foco em recicla- aos guindastes comuns, graças à re-
gem para a indústria de biomassa. “Em cuperação do óleo dentro do circui-
florestas, não é possível utilizar equi- to. A capacidade máxima de elevação
pamentos fixos”, explicou João Pensa, é de 7.500 kg, enquanto o alcance hi-
gerente de vendas da Terex Material dráulico horizontal (versão máxima) é
Handling & Port Solutions. de 11,5 m, o ângulo de giro é de 360° e

ROMERO CRUZ

Especialistas buscam na
feira as soluções que garantem
rentabilidade a seus clientes
ROMERO CRUZ

30 REVISTA M&t
18 filiais no Brasil | Variedade de equipamentos
Frota renovada | Qualidade garantida | Treinamento completo
Serviço de manutenção | Serviço técnico especializado
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M&T EXPO 2015
o torque de giro, de 3,5 tm. um nicho que a fabricante quer fazer exibiu soluções como os modelos ar-
O MD 60007, por sua vez, tem vo- avançar na região, como a crawler ticulados a diesel HA20 RTJ e HA20
cação para atuar em atividades que boom Spider, passando por equipa- RTJ PRO, as soluções para grandes al-
exigem maior força de movimentação. mentos híbridos diesel-elétricos, turas HA32, HA41 e HT43 RTJ PRO e
Para tanto, o equipamento exibe capa- até chegar ao modelo Ultra Boom os produtos conhecidos como “Best in
cidade máxima de carga de 15 t (a 4 1850SJ, com alcance de 56,5 m e que Class”, incluindo os modelos Optimum
m da coluna). Seu peso bruto mínimo – segundo a empresa – é a maior pla- 8, Compact 14, e HA15 IP. “Trouxemos
(PBT) é de 29 t, ao passo que o alcan- taforma de trabalho aéreo do mundo. muitas opções de equipamentos, mas
ce horizontal é de 17,5 m, o alcance Produzida nos EUA, é a primeira uni- as vedetes de nosso estande são mes-
hidráulico vertical é de 14,5 m e o al- dade a chegar ao país. “É a que mais mo as novas HA20 e a STAR 10, que fo-
cance manual vertical, de 20,5 m. “O impressiona pelo tamanho. Os clientes ram desenvolvidas com foco no clien-
modelo possui ângulo de giro de 360°, vêm demandando alcances maiores, te”, afirmou Alexandre Saubot, diretor
torque de giro de 5,7 tm e espaço para tanto que há 10 anos chegou a má- presidente da Haulotte. “Esta proximi-
montagem de 1,4 m”, completou Mar- quina de 1.200 pés, depois veio a de dade ao cliente é uma característica da
cos Oliveira, coordenador de comuni- 1.350, 1.500 e já estamos na de 1.850”, nossa marca, pois os produtos são ba-
cação e marketing da empresa. reportou Marcio Cardoso, vice-presi- seados nas ideias do próprio usuário.
dente de vendas e pós-venda da JLG. Queremos que o cliente perceba que
ELEVAÇÃO “Não lançamos produtos tentando de- fazemos exatamente os produtos que
Comemorando 15 anos no país, senvolver necessidades, mas a gente ele está procurando.”
a JLG exibiu dez equipamentos, o escuta o cliente e lança o que ele pede.” Outro chamariz da marca foi a apre-
maior número de lançamentos da Também buscando ir ao encontro do
empresa em feiras na América do cliente, a nova geração de mastros ver-
Sul. De todas as máquinas exibidas, ticais com lança Star 8 e Star 10 ganhou
apenas uma já era conhecida, sendo destaque no estande da Haulotte, que
que todas as demais são novidades. comemorou seu 30º aniversário du-
Começando pelas de menor porte, rante o evento. A empresa também

Público é formado por especialistas, técnicos, engenheiros, operadores, gestores e executivos

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32 REVISTA M&t
M&T EXPO 2015

MARCELO VIGNERON
Corredores e estandes são transformados em espaços de networking e negócios

sentação do dispositivo de segurança pico MT-X 1740 SLT, com capacidade racional, respectivamente. Fabricados
secundário Activ’Shield Bar, apresen- para elevar 4.000 kg a uma altura de no Japão, os equipamentos possuem
tado em sua versão padrão europeia. 17 m, que pode ser utilizado para mo- motor Isuzu e, segundo a empresa,
“Este recurso reafirma o compromisso vimentação de carga ou pessoas em um caminho promissor no mercado
em garantir condições seguras do tra- altura, em qualquer tipo de terreno. nacional. “Esse tipo de produto vai
balho em altura”, ressaltou o gerente Segundo Warin, o design compac- ser utilizado cada vez mais nas obras
de marketing, Luca Riga. Quanto ao ce- to da máquina possibilita agilidade urbanas”, sublinhou Kurt Engelhart,
nário adverso do mercado nacional, a operacional elevada, favorecendo até country manager da Link-Belt Excava-
Haulotte demonstra ter confiança em mesmo o uso em tarefas similares às tors. “Vemos isso como uma tendên-
uma retomada, tanto que já projeta a executadas por uma pá carregadeira. cia, pois existe um grande crescimento
introdução de novos equipamentos Outro diferencial é o sistema de qua- nessa linha compacta. Lá fora, o cliente
no país. “Temos comprometimento de tro rodas direcionais, além de tração busca a ferramenta certa para o traba-
longo prazo com o mercado brasilei- 4x4, que proporciona um raio de giro lho. Quando as empresas vêm para o
ro, mesmo com a queda na demanda”, reduzido, com vão livre aprimorado. país, elas buscam trazer máquinas já
pontuou Saubot. “Também foram apresentados equi- configuradas.”
Pela primeira vez, a Manitou apre- pamentos como a nova Série R de mi- Mesmo não sendo exatamente um
sentou todas as suas linhas de produ- nicarregadeiras da Mustang e da Gehl, entrante, a empresa é relativamente
tos na M&T Expo. Uma das novidades que substitui o projeto das máquinas nova no mercado brasileiro de esca-
foi a plataforma 280 TJ, com altura mais antigas das marcas, com melhor vadeiras hidráulicas, voltando seus es-
de trabalho de 28 m e capacidade de acabamento e tecnologia embarcada”, forços para abocanhar fatias maiores
elevação de 350 kg, que passou a ser pontuou o executivo. de um mercado que gira em torno de
comercializada no Brasil. “Essa plata- 7 mil unidades ao ano. “Ainda temos
forma que acabamos de trazer para o um percentual muito baixo de parti-
Brasil apresenta o sistema 4x4x4, que COMPACTOS cipação, por isso não há como perder
significa: quatro rodas, quatro direcio- Na linha de minis, a Link-Belt Exca- espaço”, afirmou. “Para nós, o impac-
nais e quatro motrizes”, afirmou Pierre vators mostrou equipamentos de giro to da retração foi muito menor. Nos-
Warin, gerente de vendas do grupo. reduzido, incluindo dois equipamen- so público-alvo é um subempreiteiro
Outro destaque foi a apresentação tos da série Spin Ace (80SA e 135SA), que não é fidelizado, que está aberto a
ao mercado do manipulador telescó- com 8.430 kg e 13.500 kg de peso ope- marcas novas.”

34 REVISTA M&t
Productivity Partnership
for a Lifetime

Usina contrafluxo móvel Prime 140 com misturador externo.

A Prime é o modelo de sucesso, com alta mobilidade, da série de usinas


de asfalto contínuas da Ammann. Ela foi especialmente desenvolvida
para mercados que exigem mobilidade máxima. Como todas as usinas de
asfalto contínuas da Ammann, a Prime dispõe de um misturador contínuo
de duplo eixo, tipo pug-mil. A incorporação de uma comporta de descarga
regulável permite ajustar o volume de carga no misturador e o tempo de
mistura em função da formula utilizada e produção. Além disso, a compor-
Ammann do Brasil
ta de descarga permite reduzir notavelmente as perdas durante o início
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M&T EXPO 2015

ROMERO CRUZ
garantindo bom aproveitamento da
capacidade produtiva. “Esta máquina
equivale a uma miniescavadeira e uma
minicarregadeira ao mesmo tempo,
tudo em um só produto”, destacou Nei
Hamilton Martins, diretor comercial
Inovação como fonte de competitividade é o principal indutor da M&T Expo da JCB. “O equipamento conta com di-
A Kubota também chamou a aten- pondem a cerca de 80% do segmento versos acessórios, garantindo assim a
ção com seus equipamentos super- de miniescavadeiras. Como máster de- versatilidade e usabilidade.”
compactos, como a miniescavadeira aler da Kubota no Brasil, a Argos GPS Já o sistema de telemetria LiveLink
U30-5. Indicado para várias aplica- enxerga a participação da marca na é uma das opções da JCB para otimi-
ções, o modelo apresenta estrutura M&T Expo como extremamente rele- zar a gestão operacional das máqui-
com giro zero, o que facilita operações vante. “A feira é uma oportunidade de nas. “O sistema permite rastreamento
em locais estreitos e em linha reta, ao dar maior exposição à marca e aproxi- do equipamento de forma remota, em
lado de paredes e de muros. A máqui- má-la dos clientes e do mercado”, des- tempo real, possibilitando monitora-
na possui lança articulada, o que per- tacou Fabio Ciuchini, diretor geral da mento e análise do desempenho, além
mite realizar operações de escavação empresa. de facilitar o planejamento das manu-
nas proximidades da borda do chassi, A JCB levou à M&T Expo alguns tenções preventivas, reduzindo o perí-
sem necessidade de movimentar a lançamentos como a retroescavadei- odo de tempo de máquinas paradas”,
máquina. ra compacta de esteira de borracha comentou o novo presidente da JCB no
Com apenas dois anos no Brasil, as 1CXT e o sistema de telemetria Li- Brasil, José Luis Gonçalves.
miniescavadeiras da marca já conquis- veLink. A retroescavadeira pode ser A Comingersoll, por sua vez, des-
taram 18% de participação de merca- utilizada em terrenos inclinados, com tacou equipamentos como minies-
do, com distribuição mais concentrada pouca aderência ou sustentação, além cavadeiras e minicarregadeiras. Há
ROMERO CRUZ

no Sul e Sudeste, regiões que corres- de gerar menor pressão sobre o solo, quatro meses, a empresa fechou um

36 REVISTA M&t
ALTA PRODUTIVIDADE
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Terex Port Solutions — Soluções A Terex Port Solutions oferece um portfólio abrangente
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© 2015 – A Terex, o design da Terex Crown, Terex Gottwald e Works for You são marcas registradas da Terex Corporation ou de suas subsidiárias.
Todas as demais marcas registradas são de propriedade de seus respetivos proprietários.
M&T EXPO 2015
acordo de distribuição com a Kobel- própria Manitou. “Isso nos compatibi- operacional e esteiras de borracha.
co, um dos maiores players globais de lizou com aquilo que mais queríamos “O custo da mão de obra na constru-
miniescavadeiras e que produz seus no mercado”, disse Glória. ção está muito alto e o modelo SV08
equipamentos no Japão. “Decidimos Atuando neste mesmo nicho, a se tornou uma excelente alternativa
que era melhor começar do zero, ao Yanmar levou à feira sua linha de por aperfeiçoar processos”, destacou
invés de pegar um equipamento que já miniescavadeiras de 1 ton a 8 ton, de- o gerente comercial da Yanmar, Jai-
estava aí”, explicou Jorge Glória, dire- senvolvida para atender a um leque me Jun Tamaki.
tor da Comingersoll, apontando como diversificado de aplicações. Entre os
destaque os modelos SK55SRX – que modelos apresentados estão a SV08 e CONCRETO
tem alcance máximo de escavação de a nova Vi030, que possui lâmina dian- Em sua nona participação, a Lie-
5,3 m e profundidades de até 4,8 m – teira e – como garante a fabricante – bherr levou a autobomba de concre-
e SK55SRX – com alcance máximo de oferece maior estabilidade. A SV08 to THP 70 D-C, agora produzida em
escavação de 6,2 m e profundidades tem potência de 10 cv, largura entre Guaratinguetá (SP). Menor bomba do
de até 3,9 m. 680 mm e 840 mm, esteira de borra- portfólio, a máquina sobre caminhão
A empresa cobre os estados do Rio cha e motor diesel Yanmar 2TE67L- é equipada com motor a diesel e com-
de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso, -BV3 de dois cilindros. porta agitador duplo com motoriza-
mas a Kobelco já manifestou interes- Segundo a empresa, a junção des- ção, oferecendo capacidade nominal
se de entrar em outras regiões, como sas características permite que a de produção de 71 m³/h e coxo de 600
revelou o diretor. “Mas é preciso que máquina tenha acesso a locais con- l. “No futuro, introduziremos bombas
o mercado incentive”, disse Glória, que finados, já que consegue passar pelo de concreto de lança”, adiantou Ri-
também resolveu apostar em mini- batente de portas sem danificar pisos chard Klemens Stroebele, diretor da
carregadeiras de outras marcas. Para e paredes, por conta do baixo peso Liebherr Brasil.
tanto, a empresa fechou acordo de Além das novidades, a empresa re-
distribuição de produtos das marcas velou na feira que está construindo
Mustang e Gehl, além de telehandlers um prédio novo em suas instalações,
e plataformas de trabalho aéreo da onde abrirá uma nova linha de pro-
Evento movimenta um volume de 20% a 30% do total de
equipamentos comercializados durante o ano

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38 REVISTA M&t
dução, que no entanto não foi reve- plataforma de exportação para todo nadas bem acima da demanda atual
lada. “Vamos entrar em uma nova o mercado da América Latina, mais do mercado brasileiro”, ponderou o
atividade, na qual investiremos em Cuba e África, o braço brasileiro da executivo.
torno de 40 milhões de reais”, disse fabricante passa a atender mercados Em seu estande, a fabricante mos-
Stroebele. “Não posso falar ainda, até então trabalhados diretamente trou ainda um robô para projeção de
pois os estudos serão concluídos nas pela matriz na Alemanha e pela filial concreto via úmida. Fabricado da Ale-
próximas semanas”. nos Estados Unidos. manha, o modelo TSR 30.14 é movi-
A expectativa da empresa é de que Quem detalhou a mudança estra- do por motor Cummins B4 5/80 (de
no início de 2017 comecem a surgir tégica do grupo foi o diretor-presi- 80 hp) e equipado com bomba de 33
os primeiros sinais de um crescimen- dente da companhia no país, Ricardo m³/h, além de lança telescópica com
to moderado. “Vivemos uma fase de Lessa. Segundo ele, após a mudança alcance de 14 m e rotação de até 270º.
desaceleração”, lamentou Stroebele, a perspectiva é de que as exporta- Outra marca de origem germâ-
mas sem demonstrar abatimento. “Re- ções tripliquem em volume, passan- nica, a Putzmeister abriu espaço
almente é uma situação bem delicada do a corresponder a nada menos que para a apresentação da sua linha
para toda a indústria brasileira, mas já 30% do total da produção no Brasil. de bombas de concreto rebocáveis,
vivemos situações como essa. O câm- Lessa também comentou que a em- indicadas para as mais diversas
bio hoje é igual há 11 anos, com oscila- presa terá capacidade para atender à aplicações. Dentre os destaques,
ções extremas.” demanda tão logo o mercado brasi- sobressaíram equipamentos como
A Schwing-Stetter Brasil apro- leiro consiga reagir, sem prejuízo das a TK 40 (com capacidade de produ-
veitou a feira para divulgar seu novo exportações. “Nossas fábricas têm ção de 30 m³/h e 2.800 kg de peso),
status na estrutura do grupo. Nova capacidades instaladas dimensio- a TK 50 (para produção de 45 m³/h
M&T EXPO 2015
e peso de cerca de aproximado de “Para isso, investimos pesado no ano lizações necessárias para introduzi-lo
2.815 kg) e a TK 70 (com capacida- passado, tanto no reforço da nossa e desenvolver essa linha aqui.”
de para 60 m³/h e peso de 2.950 kg). estrutura de atendimento ao cliente A Scania do Brasil levou dois cami-
“Dimensionados para os rigores de como na assistência técnica.” nhões “off-road” da marca – o P 310
canteiros de obras de vários tama- 8x4 (betoneira) e o G 440 6x4 – e o
nhos, as soluções possuem funil em modelo Streamline Highline R 620 V8,
ângulo, mais fácil de encher e lim- CAMINHÕES além de um motor industrial estacio-
par”, destacou o diretor de vendas A Volvo Caminhões mostrou dois nário DC13 74 indicado para diversos
da empresa, Rodrigo Satiro. modelos da nova série F muito ligados tipos de aplicações severas, especial-
Como tantos outros players na feira, à área de construção e mineração: VM mente para aplicações OEM e de repo-
a fabricante também anunciou a deci- e FMX, nas versões 8x4. “Estamos vi- tenciamento.
são de intensificar a exportação para vendo um mercado bastante menor do Segundo a empresa, um dos diferen-
fazer frente à retração momentânea que no ano passado”, afirmou Bernar- ciais dos modelos é oferecer a caixa de
do mercado interno. De acordo com do Fedalto, diretor comercial da com- câmbio automatizada Scania Opticrui-
Satiro, a empresa pretende direcionar panhia. “Mas quando olhamos para se, na faixa de veículo de 310 cv de po-
90% da sua produção para o mercado todo o potencial de crescimento que tência. “A Scania ganhou participação
latino-americano. Em 2014, o percen- temos no Brasil, ficamos felizes de ter no segmento off-road de históricos
tual exportado foi de 45%. tomado a decisão de trazer para o país 4% para 6% neste ano, o que confir-
Além disso, a empresa investiu 1 o que há de mais moderno no mundo.” ma nossas expectativas”, afirmou Mar-
milhão de reais nas atividades de Na linha de OTR, a Volvo CE divulgou cos Domingues, da área de venda da
pós-venda e prestação de serviços. os caminhões rígidos e articulados até marca no Brasil. “Quando começamos
Em 2014, esse nicho de atuação re- 100 t recentemente adquiridos da Te- a desenvolver produtos para atender
presentou algo em torno de 20% de rex. “O Brasil é um mercado promissor à demanda desses setores, pensamos
todo o faturamento da empresa no para esse produto”, enfatizou Afrânio em diversificar a nossa oferta para
Brasil. “Nossa intenção é fazer esse Chueire, presidente da Volvo CE Latin ‘surfar’ nas melhores ondas.”
número crescer”, anunciou o diretor. America. “Estamos estudando as atua- Já a Randon apresentou o caminhão

M&T Expo representa um estímulo para a modernização das empresas

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40 REVISTA M&t
M&T EXPO 2015
fora de estrada RD 430Me, um mo- como escavadeiras, retroescavadeiras, direcionadas para o ponto central de
delo com potência bruta de 350 hp, pás carregadeiras e guindastes. Assim distribuição. “O painel de controle hi-
capacidade de carga de 30.000 Kgf como todos os motores desenvolvidos dráulico permite ao operador ajustar o
e tara de 18.000 kg. “Este modelo é nos últimos anos, o QSB também aten- britador em instantes”, destacou Maia.
utilizado, em especial, para o trans- de às normas de emissões do Procon- A Metso deu destaque em seu estan-
porte de materiais com maior gra- ve/Mar I, realçou a empresa. de para a nova linha Lokotrack série
nulometria, pois consegue atingir Porém, segundo o diretor de marketing 1000, com adaptações direcionadas
um alto desempenho mesmo quando e vendas da Cummins South America, ao mercado brasileiro. A linha está
opera na capacidade máxima”, apon- Luis Chain Faraj, essa característica disponível em três modelos: o brita-
tou o diretor Celso Santa Catarina. não é o principal diferencial da solu- dor de mandíbulas C1000, o britador
Segundo a fabricante brasileira, ção. “Para oferecer redução dos custos cônico G1000 – com ou sem peneira
para transporte de materiais em si- de operação, aprimoramos os motores – e a peneira S1000. De acordo com
tuações de aclives, o RD 430Me pos- por meio de dispositivos eletrônicos, Rafael Adolfo Rodrigues, especialista
sibilita a utilização de tampa traseira que diminuem o consumo de combus- em suporte de produtos e assistência
e possui um fundo “sanduíche”, que tível”, enfatizou. “Além disso, usamos técnica da empresa, os equipamentos
confere maior resistência à máquina, tecnologia que aumenta os intervalos formam uma combinação de soluções
absorvendo os impactos com maior de manutenção e, consequentemente, que podem ser usadas de forma autô-
eficiência durante o carregamento. “O eleva a produtividade e reduz o consu- noma ou em conjunto, oferecendo bri-
modelo Advanced já vem com cabine mo de óleo.” tagem multiestágios em atividades de
fechada e ar condicionado de fábrica”, mineração, construção e reciclagem.
disse Santa Catarina. Além do sistema Fleet Manage-
MINERAÇÃO ment para gerenciamento remoto,
O principal destaque da Astec no as adaptações incorporadas à linha
MOTORES evento foi a linha Hydra-Jaw da Telsmi- incluem diferenças construtivas,
A Volvo Penta aguardou a M&T Expo
th, uma aposta para acelerar seu posi- técnicas e de aplicação. Um exemplo
para anunciar que passará a fabricar
cionamento no país. A linha incorporou está na economia de combustível e
no Brasil o motor industrial D13 de 13
tecnologias como uma abanadeira hi- nos níveis mais consistentes de pro-
l, indicado para equipar geradores de
dução, responsáveis por maximizar
energia, por exemplo. Com investimen- dráulica patenteada pela marca. “Com
a rentabilidade do cliente. “As má-
to de 10 milhões de reais, a produção essa inovação, é possível prover funcio-
quinas foram equipadas com sistema
deve iniciar no primeiro semestre de nalidades hidráulicas não disponíveis
de controle de emissão de pó, que
2016, no complexo fabril do grupo em em britadores de mandíbulas conven- não altera a sua capacidade de pro-
Curitiba (PR). “A demanda de energia cionais, como ajustes de regulagem que dução”, detalhou Rodrigues. “Além
no país é muito superior à capacidade
praticamente eliminam o tempo de ina- disso, a solução gera baixos níveis de
instalada”, alegou Gabriel Barsalini, vice-
tividade com regulagem, alívio de sobre- ruído, oferecendo uma das melhores
-presidente da Volvo Penta. “A demanda
carga e esvaziamento da câmara, dentre relações de eficiência energética no
represada em energia chegou ao limi-
uso de combustíveis da categoria.”
te, com 99,5% de consumo e 100% de outros benefícios”, garantiu Galvão Maia,
capacidade instalada tomada. E vemos diretor comercial da empresa.
isso como uma grande oportunidade.” O modelo Telsmith H3244 tem peso PERFURAÇÃO
Para equipamentos pesados de de 19.097 kg – incluindo a unidade de Em sua participação neste ano, a Her-
construção, a Cummins apresentou potência hidráulica – e possui abertu- renknecht divulgou suas principais
seu novo motor QSB, oferecido nas ra da mandíbula de 813 mm x 1118 áreas de atuação, detalhando projetos
versões 3.9 e 4.5 l e 5.9 e 6.7 l, a pri- mm, sendo equipado com motor de em que a empresa atua com tunelado-
meira com quatro cilindros em linha 112 KwD com todos os parafusos no ras de grande diâmetro, como as obras
e a segunda, com seis. O propulsor padrão métrico e sistema automáti- do metrô de São Paulo e Rio de Janeiro,
pode ser utilizado em equipamentos co de graxa com linhas direcionais além de trabalhos na área de saneamen-

42 REVISTA M&t
to e perfuração de poços, proporcionando apoio a operações mineração, incluindo bombas para operações leves e
realizadas em diversos países da América Latina. “Em geral, a pesadas, hidrociclones, revestimentos, peneiras e te-
região contribui em 10% para o faturamento global da empre- las, dentre outros produtos.
sa”, ressaltou Juan Manuel Altstadt, diretor da Herrenknecht no
Brasil. COMPONENTES
Contando com uma variada gama de equipamentos Presente na M&T Expo desde a primeira edição, a Minu-
voltados para a área de perfuração de túneis, além de sa levou a linha completa de produtos ofertada pela marca,
forte presença na área de petróleo e gás, a empresa tem como material rodante, conchas, garras, pneus, filtros, em-
no mercado brasileiro uma importante fonte de atuação, breagem, bombas, entre outros. “Nesta edição, decidimos
até pela falta de infraestrutura local. “Com isso, podemos oferecer um pacote de serviços aos clientes dando destaque
utilizar uma diversidade dos nossos equipamentos, pois aos novos parceiros”, disse Erivon Cascaes, gerente da mar-
muita coisa precisa ser construída no país nos próximos ca. “Foi a primeira vez que convidamos as diversas marcas
anos”, disse o executivo. para participar do nosso estande.”
A Weir Minerals destacou na M&T Expo 2015 os equi- Segundo Cascaes, a política da Minusa é focar em novas
pamentos da linha Trio, recentemente adquirida pelo aplicações para prospectar clientes no mercado. “Com a intro-
grupo e que produz britadores cônicos e de mandíbu- dução de novos produtos no portfólio e a definição dos novos
las e plantas compactas de areia. “A aquisição da Trio parceiros, é possível atingir esse resultado”, garante o diretor
vai aumentar ainda mais nosso reconhecimento nos da empresa, que atende ao mercado de reposição de peças e
mercados adjacentes ao circuito de moagem”, afirmou fabricantes de equipamentos OEM.
o supervisor de vendas da empresa, Leopoldo Munhoz.
Com unidade industrial instalada em Jundiaí (SP), a Saiba mais:
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M&T EXPO 2015
ROMERO CRUZ

Arena de debates
R
Realizado paralelamente à exposição de tecnologias, M&T Expo Congresso atrai mais de
mil profissionais em um debate dos temas mais relevantes para o setor na atualidade
ealizado entre os dias 10 e mentos para construção e mineração, Para Eurimilson Daniel, vice-pre-
12 de junho, o M&T Expo reunindo um público qualificado sidente da Sobratema, a expressiva
Congresso apresentou de mais de 1.000 congressistas (em participação evidencia o importante
uma extensa progra- torno de 30% acima do previsto), for- papel que a M&T Expo desempenha
mação que incluiu 16 seminários e mado majoritariamente por empre- há duas décadas no mercado brasi-
eventos especiais organizados por sários, engenheiros, técnicos e profis- leiro, tanto para a difusão de conhe-
entidades setoriais e expositores. O sionais de construtoras, mineradoras, cimento como para troca de experi-
evento mais uma vez serviu de arena fabricantes, locadores e fornecedores ências entre profissionais do setor.
de debates dos principais assuntos de peças, motores, material rodante, “Foi uma oportunidade única de
que norteiam o mercado de equipa- componentes e serviços. obter informações relevantes sobre

46 REVISTA M&t
M&T EXPO 2015

SIMONE EZAKI
Estudo de mercado: recuperação da confiança é fundamental para a retomada, enfatizou a Sobratema

uma variedade de assuntos relacio- tre os dados apontados, a sondagem Linha Amarela, o recuo deve chegar
nados ao setor, incluindo tendências lista fatores como atraso nas obras e próximo a 36%, com projeção de 18,7
e perspectivas que doravante servi- falta de crédito, além de desemprego, mil unidades. A pesquisa não incluiu
rão de base para a tomada de deci- uma vez que 79% das empresas afir- fabricantes de caminhões, mas a esti-
sões nas empresas”, disse. mam ter feito corte por conta da que- mativa é que o segmento acompanhe a
da nas vendas. O lado positivo é que Linha Amarela.
os empresários tendem a demonstrar Mesmo que haja maior deman-
MERCADO menos pessimismo do que o cenário da nos próximos meses, os players
Organizado pela Sobratema, o semi- real, segundo Nicholson constatou na não sentirão impacto imediato. Isso
nário sobre tendências do setor indi- pesquisa. “Isso é importante, pois se a porque metade das frotas está para-
cou os primeiros sinais de retomada pessoa não for otimista, é melhor mu- da. “No começo de ano, os negócios
do mercado nacional de equipamen- dar de barco”, enfatizou. demoraram porque não havia movi-
tos após a forte queda registrada nas Neste ano, as vendas de alguns mentação do governo em relação a
vendas nos primeiros meses do ano. equipamentos podem ser reduzidas investimentos ou novas concessões.
Como se sabe, o mercado de cons- à metade do total comercializado em Por isso, as empresas acabaram
trução é um dos que mais sofrem com 2014, indica a sondagem. Os associa- adiando seus investimentos”, disse o
a crise econômica. No caso do seg- dos ouvidos – a sondagem consultou vice-presidente da Sobratema, Mario
mento de equipamentos, o volume de 32 empresas, sendo 27 construtoras e Humberto Marques. “Agora, a expec-
vendas nos primeiros cinco meses de sete locadoras – estimam que em 2015 tativa é que, com as concessões, o mer-
2015 foi 44,3% inferior ao resultado serão comercializados 3.549 equipa- cado comece a se mover.”
do mesmo período do ano passado, mentos, um volume 46,5% inferior ao
de acordo com os dados apresentados registrado no ano anterior. Das famí-
pelo consultor Brian Nicholson. lias de máquinas, a linha de guindas- OPORTUNIDADE
De fato, o quadro é impactante. Den- tes e gruas deve ser a mais afetada. Na De fato, para os dirigentes da Sobra-

48 REVISTA M&t
M&T EXPO 2015
tema, a recuperação do setor pode se

SIMONE EZAKI
iniciar com as recentes concessões
anunciadas pelo governo. “Oportu-
nidade é o que não falta”, destacou
Marques, analisando os investimen-
tos necessários ou previstos em
diferentes modais. Porém, o espe-
cialista frisou que, apesar das opor-
tunidades, persistem entraves como
a queda do PIB, inflação alta e, prin-
cipalmente, falta de confiança. “Este
sentimento é motivado pela falta de
transparência das concessões anun-
ciadas em 2012”, analisou.
Para a Sobratema, o pacote deve aju-
dar justamente a melhorar o ânimo
dos agentes privados. “O fato de o go-
verno ter feito o anúncio ajuda a me-
lhorar o cenário econômico e também Linhas de financiamento do BNDES podem beneficiar empresas interessadas em exportar, disse gerente
a recuperar parte da confiança dos
empresários”, frisou Marques, acres-
FINANCIAMENTO banco, Wu Yong Lei detalhou linhas
Neste cenário, as empresas preci- de financiamento que podem benefi-
centando que isso talvez seja até mais ciar essas empresas interessadas em
importante que os próprios projetos sam encontrar alternativas para recu-
perar o fôlego financeiro. Para muitas exportar. Divididas nas categorias pré-
anunciados. “O governo tem o papel
delas, a saída para contornar a queda -embarque e pós-embarque, as linhas
importante de ser o agente que passa
no consumo interno pode estar nas podem beneficiar a empresa expor-
confiança, que destrava os processos e
exportações de bens com alto valor tadora, sua cadeia de fornecedores e
mostra o caminho”, comentou.
agregado para regiões com demandas também as tradings, com prazos para
Na avaliação do vice-presidente,
crescentes, como a África. O continen- pagamento de até 36 meses. Na cate-
para que o pacote de concessões sur-
te tem apresentado um expressivo goria pós-embarque, o financiamento
ta o efeito que se espera é necessário
crescimento, com evolução do PIB em funciona como suporte para a empre-
corrigir uma série de fatores, sendo
5% ao ano e necessidade de investi- sa que está no exterior e deseja com-
o principal um melhor planejamento
mentos em infraestrutura acima dos prar bens do Brasil. Os valores de fi-
por parte do governo, além de se con-
seguir desenvolver projetos básicos e 50 bilhões de dólares nos próximos nanciamento variam entre 100 mil e 1
executivos das obras. Para o executivo, dez anos. milhão de dólares, enquanto os prazos
outro ponto que deve pesar na hora de Além disso, mais de 70% da popula- para pagamento chegam a 15 anos.
viabilizar as obras do novo pacote é a ção africana ainda não têm acesso à Já as taxas de juros variam conforme
questão do financiamento. “O governo energia elétrica e, por isso, a região o risco de cada país. “O BNDES é um
está anunciando que uma parte dos tem o maior potencial energético do banco que utiliza recursos do Fundo
recursos deve vir por meio de debên- planeta, segundo dados do BNDES de Amparo ao Trabalhador (FAT) e
tures incentivadas”, analisou Marques. (Banco Nacional de Desenvolvimen- quer estimular a geração de emprego
“Mas as últimas remunerações das to Econômico e Social), que mantém e renda no país”, disse o palestrante.
debêntures públicas resultaram num escritório em Johanesburgo, na Áfri- Outra frente de atuação do BNDES
custo de captação muito elevado para ca do Sul, justamente para apoiar foi destacada por Bruno Plattek de
financiamento de obras de infraestru- empresas brasileiras que queiram Araújo, do Departamento de Bens de
tura. É um problema que ainda terá de exportar para lá. Capital do banco. O especialista apre-
ser muito debatido.” Gerente de comércio exterior do sentou o programa ProBK, que permi-

50 REVISTA M&t
A BELEZA DE STRENX:

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fabricados em aço, um menor peso sai na frente. Para obter produtos
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M&T EXPO 2015

SIMONE EZAKI
Otimização de processos produtivos foi tema do ciclo de palestras do 2º Summit Internacional de Excelência Operacional & Lean Construction

te investimentos entre 1 milhão e 10 tores importantes para uma retoma- prazos, segundo Giuliano Tinoco, ge-
milhões de reais, conforme o objetivo: da mais consistente. rente de projetos da Carioca.
inovação, capital de giro, consolida- A Carioca Christiani Nielsen En- Ele explicou que boa parte das solu-
ção e internacionalização. “Em alguns genharia, por exemplo, mostrou as ções para execução da obra veio com
casos, o BNDES pode flexibilizar as diferentes etapas da construção da uma parceria estabelecida entre a Ca-
garantias exigidas da empresa benefi- via de acesso para o transporte de rioca e o IOpEx Brasil, que desenvol-
ciada”, informou (leia mais na pág. 65). equipamentos especiais do Comple- veu o sistema Duetto para gestão de
xo Petroquímico do Rio de Janeiro processos e interfaces. A solução per-
PLANEJAMENTO (Comperj), na região de Itaboraí. O mite a análise de cada fase do projeto,
Outro aspecto que pode fazer a di- projeto, realizado entre novembro a identificação de possíveis atrasos e
ferença é o planejamento. Parceria de 2013 e outubro de 2014, começou os respectivos motivos, permitindo
da Sobratema com o IOpEx (Instituto enfrentando uma barreira enorme: a tomada imediata de decisão. Nesse
for Operational Excellence), o ciclo a desapropriação em uma região de contexto, o envolvimento das pessoas
de palestras do 2º Summit Interna- altíssimo índice de criminalidade. também foi decisivo. “Criamos 13 gru-
cional Excelência Operacional & Lean Mesmo após iniciadas as obras, os pos de discussões em diferentes áreas,
Construction destacou justamente as desentendimentos entre líderes lo- o que permitiu o levantamento de so-
estratégias para se obter ganhos de cais obrigavam a interrupção das luções rápidas para situações críticas
eficiência, reduzir custos e cumprir obras. Porém, o cronograma foi se no ramo, como o desperdício de mate-
prazos, que também constituem ve- ajustando, de forma a recuperar os riais”, informou Tinoco.

52 REVISTA M&t
M&T EXPO 2015

SIMONE EZAKI
Painel do Instituto Opus deu ênfase à busca de alternativas para capacitação dos profissionais da construção

EFICIÊNCIA em 22 projetos desenvolvidos en- mentos específicos para a elaboração


Ainda no quesito eficiência, dois tre 2005 e 2012 – todos seguindo de cada projeto. O especialista frisou
exemplos de aplicação prática de téc- preceitos do Lean Construction – que é preciso levar o planejamento
nenhum ultrapassou o orçamento para a prática, de forma a adaptá-lo
nicas construtivas avançadas também
inicialmente previsto. à realidade, com a participação dire-
foram apresentados durante o Con-
O especialista ministrou palestra ta de todas as partes envolvidas. “Em
gresso. Exposto pela engenheira Thais
sobre o processo Integrated Project apenas três anos de existência, o IO-
Alves, o primeiro inclui métodos utili-
Delivery (IPD), que integra pessoas, pEx contabiliza 21 grandes obras as-
zados nas obras de dois hospitais em sistemas, estruturas e práticas em- sistidas, nas quais 15 tiveram ganho
San Francisco e San Diego, na Califór- presariais em um processo colabora- de previsibilidade e as outras seis,
nia, uma região sujeita à ocorrências tivo, enfatizando a importância de se em produtividade”, disse.
de terremotos. desenvolver essa cultura dentro das
Segundo a palestrante, no caso empresas. “É preciso parar de contra-
do Hospital de San Diego, além de tar pessoas de forma transacional e SEGURANÇA
ser um edifício capaz de suportar adotar o método relacional de contra- Mas em qualquer análise do setor
terremotos, sua construção custou tação, ou seja, estimular relações nas de construção, não pode faltar a segu-
menos. “A obra ficou em 945 milhões quais os funcionários de diferentes rança. Afinal, falhas na contratação e
de dólares, uma economia de 36 mi- níveis estejam dispostos a lutar uns falta de treinamento dos profissionais
lhões de dólares em relação ao orça- pelos outros e se mantenham unidos”, contribuem para que o setor da cons-
mento inicial, sendo entregue quatro opinou Ballard. trução civil – que emprega 3,3 milhões
dias antes do prazo”, informou Thais Especialista na otimização de pro- de pessoas – seja o campeão em aci-
Alves. E este não é um caso isolado. cessos produtivos, o diretor-geral dentes de trabalho no Brasil. Segundo
De acordo com Glenn Ballard, da do IOpEx, Jevandro Barros, abordou Wilson de Mello Jr., diretor de Certifi-
University of California Berkeley, a importância de se adotar procedi- cação e Desenvolvimento Humano da

54 REVISTA M&t
M&T EXPO 2015
Sobratema, muitas empresas alegam ele deverá se exercitar nos próprios seio de cargas, o engenheiro Rubem
que treinamento exige elevados inves- guindastes, mesmo que não seja em Penteado de Melo destacou a im-
timentos. “Mas inúmeras companhias uma obra real.” portância do dimensionamento e da
no setor chegam a pagar mais de 1 É exatamente o procedimento amarração para evitar acidentes. “No
milhão de reais por mês, somente em adotado pela Odebrecht, que in- Brasil, ainda não existe lei que regu-
indenizações”, contrapôs. veste no treinamento constante de lamenta a forma que a carga deve ser
O assunto foi debatido pelo viés operadores, auxiliares e líderes. transportada e amarrada”, disse. “Aqui,
da movimentação de cargas, des- Depois de passar pelos simulado- somente é mencionado que, se houver
tacando alternativas para capaci- res, os profissionais da construtora queda da carga, a responsabilidade é
tação dos profissionais como o uso encaram as máquinas reais no cam- de quem a está transportando.”
de simuladores de guindastes. Os po de testes. De acordo com Carlos Melo Jr., por sua vez, ressaltou a di-
simuladores permitem avaliar com Garbos, coordenador de Treina- ficuldade que a polícia rodoviária en-
precisão os operadores com maior mento e de Apoio Técnico da Ode- frenta para fiscalizar as carretas que
habilidade para funções específi- brecht, mesmo que sejam bem trei- transportam cargas sem amarração
cas, contribuindo para o aumento nados, os operadores de guindaste correta. Segundo ele, como não existe
da produtividade, como destacou devem ser orientados a trabalhar uma lei que regulamente o transporte
Fábio Pankowiski, gerente de ven- com no máximo 95% da carga to- de cargas, não é possível aplicar mul-
das da Orix Simulations. “Adotar tal do equipamento. “Assim, podem tas. “Mas, em setembro, está prevista
o simulador não significa que o deixar 5% da capacidade como para entrar em vigor a lei que irá regu-
profissional terá de ser treinado margem de manobra para possíveis lamentar a amarração de cargas para
somente nesse equipamento”, de- situações críticas.” transporte em carretas”, concluiu o
clarou. “A partir de certo momento, Ainda analisando a área de manu- palestrante.

Locação deve aumentar participação


Durante o 3° Congresso Nacional para todo o país, criando mecanismos lacionamento com o governo e contra-
de Valorização do Rental, a Associa- que possam fomentar um desenvolvi- tos mais transparentes, uma vez que o
ção Brasileira dos Sindicatos e Associa- mento mais sustentável “por meio de setor é bastante heterogêneo quanto
ções Representantes dos Locadores de segurança jurídica, criação de canais ao tipo de serviços e equipamentos
Equipamentos, Máquinas e Ferramen- de comunicação com as empresas, re- oferecidos”.
tas (Analoc) apresentou  um panorama
Integração de entidades foi destacada no 3° Congresso Nacional de Valorização do Rental
do setor. As projeções da entidade in-
dicam que, apesar do desaquecimento
da construção, a participação das loca-
doras no total de máquinas comercia-
lizadas deve crescer. A previsão é de
que as cerca de 10 mil empresas que
atuam no segmento alcancem um fatu-
ramento anual de 8,5 bilhões de reais
neste ano.
Para Reynaldo Fraiha Nunes, presi-
dente da Analoc, mesmo diante da cri-
se existem grandes oportunidades para
o setor. Ele também reforçou a necessi-
ROMERO CRUZ

dade de integração entre as entidades


que compõem a Analoc e sua expansão

56 REVISTA M&t
3a Feira e Congresso Internacional de
Edificações & Obras de Infraestrutura.
Serviços, Materiais e Equipamentos

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M&T EXPO 2015
TREINAMENTO movimentação de cargas. “O segredo é es- mento da Volvo CE.
Além de acidentes, a baixa produ- timular as pessoas a mudarem a cultura e Já Carlos Pombo, coordenador de
tividade também causa prejuízos às o comportamento”, disse. certificações da Petrobras, acrescen-
empresas. Este gargalo, no entanto, No caso da Volvo, o cuidado com a tou que, além dos benefícios como
pode ser solucionado com investi- preparação da mão de obra pode ser aumento de produtividade e maior
mento em certificação de pessoal. traduzido no recém-inaugurado Cen- segurança no trabalho, investir na ca-
Tal opinião é compartilhada por tro de Treinamento da divisão Cons- pacitação dos profissionais também
representantes de empresas como truction Equipment. Com 2.600 m2, o contribui para a inclusão social dos
Makro, Petrobras e Volvo. espaço sedia aulas teóricas e em simu- profissionais, que se tornam mais bem
De acordo com José Cláudio de Morais, ladores para operação de diferentes preparados e, portanto, mais motiva-
gerente de equipamentos da Makro, a em- equipamentos móveis da construção dos. “Mas só a certificação, sem trei-
presa adotou um programa de melhoria civil. “O centro foi projetado para ofe- namento real, avaliação e reciclagem
da qualidade que engloba a capacitação recer o máximo conforto para técni- constante, não resolve”, frisou.
de profissionais e o desenvolvimento de cos, operadores e instrutores, o que é
fundamental para o aprendizado”, dis- Saiba mais:
líderes, além de uma ação específica vol- M&T Expo Congresso: www.mtexpocongresso.com.br

tada para o público interno que atua em se Luiz Vieira, coordenador de treina-

Evento lança Construction Expo 2016


Em um estande-auditório montado especialmente para a oca- sito caótico, lixo, violência e poluição do ar, dos rios e dos solos.”
sião, a Sobratema reuniu especialistas para debater assuntos re- O representante do Sinaenco (Sindicado Nacional das Empresas
lacionados ao desenvolvimento dos municípios, que será tema de Arquitetura e Engenharia Consultiva), Rodrigo Prada, destacou
da Construction Expo 2016 (Feira e Congresso Internacionais de um projeto colaborativo para impulsionar obras de infraestrutura
Edificações & Obras de Infraestrutura), que será realizada deque urbana. O especialista também fez um balanço do legado da Copa
será realizada de 15 a 17 de junho de 2016, no São Paulo Expo e dos planos para as Olimpíadas. “Foram construídos 130,9 km de
Exhibition & Convention Center. corredores de ônibus e BRTs e 47,9 km de vias”, informou. “Nos
Principal feira do construbusiness brasileiro, a Construction Expo aeroportos, houve aumento de capacidade em cerca de 67 milhões
2016 reunirá profissionais de engenharia e construção, além de de passageiros/ano, um aumento de 52%.”
gestores públicos, consultores e agentes públicos e privados. A ex- Já Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech, abordou a sus-
pectativa da Sobratema é reunir cerca de 300 expositores em uma tentabilidade na construção. Segundo ele, vários os fatores de-
área de 40 mil m2, recebendo um público de 20 mil visitantes. terminam a qualidade de uma obra. “Soluções sustentáveis têm
Palestras – Professor da Escola Politécnica da USP e ex-secre- de ser eficientes na gestão de resíduos, logística reversa, gestão
tário de Desenvolvimento Urbano de São Paulo, Miguel Bucalen hídrica, economia circular e just in time, entre outros”, disse. “Até
detalhou o Plano SP 2040, um projeto para ampliar as áreas verdes porque os sistemas construtivos consomem 45% de toda a energia
da capital paulista e recuperar áreas urbanas. “É preciso requalifi- produzida no planeta e 50% de todos os recursos naturais.”
car os rios vivos e integrá-los à paisagem urbana, assim como criar Lançamento incluiu palestras sobre problemas urbanos
parques na cidade, de modo que uma pessoa não tenha que andar
MARCELO VIGNERON

mais de 30 minutos entre sua casa e um parque”, disse Bucalen.


A necessidade de melhorar as condições de moradia nos grandes
centros urbanos foi citada por Mauro Lúcio da Cunha Zanin, co-
ordenador de políticas públicas da Interação Urbana e ex-prefeito
de São Sebastião do Paraíso. O palestrante destacou ainda os de-
safios impostos pela crescente urbanização. “Hoje, mais de 50%
das pessoas vivem nas cidades, com previsão de atingirmos 75%
em 2020”, sublinhou. “As cidades não se prepararam para isso. Há
déficit habitacional, desemprego, concentração de pobreza, trân-

58 REVISTA M&t
M&T EXPO 2015

IMAGENS: SIMONE EZAKI


O mapa da mina
7º Congresso Internacional de Equipamentos para Mineração abordou alguns dos

C
temas mais candentes da atualidade em um segmento estratégico para o país
omo vetor estratégico Mineral (ABPM) com o Committee for mentar a credibilidade das pequenas
de desenvolvimento, a Mineral Reserves Internacional Re- e médias mineradoras.
mineração também me- porting Standards (CRIRSCO). De acordo com Felipe Holzhacker
receu a devida atenção Dentre os principais benefícios da Alves, conselheiro da ABPM, o memo-
durante o M&T Expo Congresso. Em ação está o ingresso do Brasil como rando permitirá ainda uma redução
palestra promovida durante o 6º En- membro do CRIRSCO, que deve ocor- nas pendências estrangeiras relativas
contro Nacional da Pequena e Média rer até o final do ano. Outra iniciativa ao capital de risco na mineração. Ele
Mineração (Enammin), foi detalhado decorrente do memorando é a cria- adiantou que não há intenção de se
o memorando de intenções recen- ção de um selo para o setor de mi- pleitear qualquer mudança na Legisla-
temente assinado pela Associação neração, cujo objetivo é certificar o ção mineral, no Código de Mineração
Brasileira de Empresas de Pesquisa trabalho do profissional e, assim, au- ou na maneira que são feitos os relató-

60 REVISTA M&t
rios enviados ao DNPM (Departamen- principal fornecedor global para os que dificultam o avanço do setor”,
to Nacional de Produção Mineral). “Em EUA, respondendo por aproxima- destacou.
novembro, será realizada a reunião damente 13% das compras daque- Para Fernando Valverde, presiden-
anual da CRIRSCO no Brasil, ocasião le país. Essa dinâmica não pode ser te-executivo da Anepac (Associação
em que serão elaboradas três cartilhas interrompida por conta de normas Nacional das Entidades de Produto-
sobre o setor”, disse Alves.
6º Encontro Nacional da Pequena e Média Mineração atualiza avanços do setor

MARCO REGULATÓRIO
Mas a questão mais debatida nos
painéis foi mesmo a do Marco Regu-
latório do setor, que há anos está em
análise pelas autoridades governa-
mentais. “O novo Marco da Minera-
ção deve ser tratado como oportu-
nidade para encontrarmos um meio
termo, uma vez que o Brasil é líder
em rochas ornamentais, formado
por micro e pequenas empresas”,
comentou Francisco Alves, diretor
da revista Brasil Mineral, que orga-
nizou o ciclo de palestras. “Somos o

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M&T EXPO 2015
res de Agregados para Construção), o momento
também é oportuno para se debater a questão do
setor dos agregados, principalmente areia e pedra.
“Se o setor de agregados vai bem, o país também
apresenta um bom PIB”, disse.
Valverde também analisou os pontos fortes e
fracos do atual Marco Regulatório, atualmente em
análise pelo Legislativo. Dentre as vantagens, o
executivo destacou a criação do Conselho Nacio-
nal de Política Mineral (CNPM), para definir as

Evento traz resultados


para fabricantes
A previsão é de que a M&T Expo 2015 tenha movi-
mentado de 20% a 30% do total de máquinas previstas
para o ano, gerando em torno de 10 bilhões de reais
em vendas.
IMAGENS: MARCELO VIGNERON

62 REVISTA M&t
Congresso destaca inovações para construção de túneis
Segundo empresas que integram o sultor de mineração da Anglogold. turas em solos moles, como o Jet Grouting,
Comitê Brasileiro de Túneis (CBT), a ten- De fato, não faltam novidades tecnológi- que consiste no jateamento de concreto lí-
dência do segmento de obras geotéc- cas para fortalecer as obras de geotecnia, quido em subsolo frágil para criar estruturas
nicas (que engloba mineração, túneis e a exemplo de soluções apresentadas por altamente resistentes. “O conceito é utilizado
exploração de petróleo) é investir cada fabricantes como Herrenknecht e Normet. no Brasil desde a década de 90, mas ainda é
vez mais em automação de processos e Além disso, o Brasil dispõe de uma das mais novidade para muita gente”, disse o enge-
treinamento de mão de obra. modernas técnicas para construção de estru- nheiro Akira Koshima, da Nova Técnica.
Apesar do cenário atual ser pouco fa-
Comitê Brasileiro de Túneis (CBT) debateu a automação de processos em obras geotécnicas
vorável – dados da AngloGold Ashanti
indicam que o investimento até 2018
terá uma redução de 10 milhões de dó-
lares em relação à previsão anterior, que
era de 54 milhões de dólares –, há cer-
to otimismo no setor, principalmente em
função da necessidade de grandes obras
em diferentes segmentos no Brasil. Exa-
tamente por isso, a empresa investe em
tecnologia de ponta, como sistemas de
realidade virtual para treinamento e co-
municação, informou Ruy Lacourt, con-
M&T EXPO 2015
prioridades da política nacional da atividade de mine-
ração, e a eliminação do Regime de Licenciamento. “Por Núcleo Jovem lança projeto
outro lado, há pontos a considerar atentamente, como a de excelência no pós-venda
redução de 40 para 30 anos da autorização para explora-
Com o objetivo de estimular Segundo Antonio Miranda, co-
ção, a criação de taxas e contribuições específicas para a
a busca pela excelência dos ordenador do projeto, o intuito
mineração, a competência para expedição de autorização
serviços prestados aos clientes é prestigiar os fabricantes de
e outros”, frisou.
pelos fabricantes de equipa- equipamentos que investem
mentos para construção e mi- fortemente no segmento de
PRODUÇÃO neração, durante a M&T Expo pós-venda, ofertando quali-
Outro ponto importante sobre as pequenas mineradoras 2015 o Núcleo Jovem da So- dade no atendimento e ser-
brasileiras é o fato de enfrentarem dificuldades para obter bratema lançou o projeto “Me- viços que garantam a pro-
níveis elevados de excelência, de eficiência produtiva e mes- lhor Pós-Venda 2015 – Sobra- dutividade dos usuários. “A
mo de acesso ao crédito. Isso ocorre em função de maior tema”, que contará com cinco iniciativa tem também a fun-
índice de informalidade, dificuldade na implantação de nor- categorias: escavação, movi- ção de levar o fornecedor a se
mas, menor controle do ambiente e insuficiência de infor- mentação de carga, transporte, comprometer com o sucesso
mação geológica, destacou Paulo Guilherme Tanus Galvão, concretagem e pavimentação. do seu cliente”, disse.
diretor de Planejamento e Desenvolvimento Mineral do De-
partamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
de água mineral. “Dados de 2013 revelam que a produção
Galvão traçou ainda um panorama sobre a atividade
total das pequenas e médias correspondeu a 16 bilhões
das pequenas e médias e sua importância na economia
de reais”, pontuou. “No entanto, o segmento passa por
do país. Hoje, disse ele, o país conta com mais de 7.200
grandes desafios.”
minas em operação, 13.250 licenciamentos, 1.810 Per-
Apesar disso, alguns avanços têm sido obtidos. O es-
missões de Lavras Garimpeiras (PLG) e 830 complexos
tado de São Paulo, por exemplo, que é o 4º produtor na-
cional de bens minerais do país com 90% da produção
voltada para insumos da construção civil, já obteve o Or-
denamento Territorial Geomineiros (OTGM), um instru-
mento que mapeia e aponta as possíveis áreas para o de-
senvolvimento da atividade de mineração. A informação
foi dada pelo subsecretário de Mineração da Secretaria
de Energia do Estado de São Paulo, José Fernando Bru-
no, destacando que a atividade de mineração deve en-
trar no plano diretor dos municípios, ainda que isso não
seja uma obrigação legal. Para os investidores, o bene-
fício é saber onde é possível explorar uma determinada
área. “A expansão da atividade de mineração permitirá
reduzir as distâncias entre a cadeia produtiva mineral e
a obra”, afirmou.

não perca a continuação da


cobertura da M&T Expo 2015
nas próximas edições de M&T.

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64 REVISTA M&t
MERCADO

REPRODUÇÃO
Estímulo à
competitividade
Anunciado na M&T
Expo, programa ProBK
do BNDES financiará
projetos de inovação
na cadeia produtiva de
C om objetivo de estimu-
lar a competitividade
das empresas do setor
de bens de capital e sua
cadeia de fornecedores, o BNDES
apresentou durante a M&T Expo
2015 a linha de crédito ProBK (Pro-
cluindo categorias como inovação,
capital de giro, consolidação da em-
presa ou internacionalização. “Para
operações que envolvam renda fixa
e renda variável, o valor mínimo
deve ser entendido como a soma de
todos os instrumentos financeiros”,
fornecedores do setor grama de Bens de Capitais). A no- diz Bruno Plattek de Araújo, espe-
de bens de capital vidade tem como foco principal ga- cialista do Departamento de Bens
rantir recursos entre 1 milhão e 10 de Capital do banco, informando
Por Luciana Duarte milhões de reais, de acordo com os que 15 projetos já foram aprovados.
projetos apresentados. Empresas de “Em alguns casos, inclusive, pode-
qualquer faturamento podem solici- mos flexibilizar garantias exigidas à
tar aprovação da linha de crédito, empresa beneficiada.”
sendo que o valor liberado depen- Segundo Plattek, o programa foi
de dos objetivos dos projetos, in- criado no final de 2013, mas apenas

JULHO/2015 65
MERCADO

Exportação de serviços de engenharia


pode amortecer impactos do ajuste
Em um período de crise, o país precisa buscar canais que possam amortecer os
impactos decorrentes do processo de ajustes, que no primeiro momento resulta em
uma contração nas atividades econômicas, especialmente no cenário doméstico. Nes-
se sentido, a exportação de serviços de engenharia é uma alternativa interessante
para o setor, conforme destacou o ministro do Desenvolvimento da Indústria e do
Comércio Exterior, Armando Monteiro, em painel realizado em junho pelo jornal Va-
lor Econômico. “Quando se perde demanda doméstica, devem-se buscar alternativas
externas, tanto de produtos quanto de serviços”, disse, revelando que o governo vem
trabalhando em um Plano Nacional de Exportação, que deve ser lançado ainda em
2015. “Precisamos fortalecer e apoiar a presença brasileira no cenário exterior, em
diversos segmentos”, frisou.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil,
a exportação de serviços realmente pode adicionar valor e qualificar a pauta de exporta-
ção brasileira, estimulando a exportação direta de bens para a execução da obra e, indire-
tamente, de bens decorrentes da abertura de novos mercados, além de manter empregos.
“O Brasil é o único país que exporta serviços de engenharia na América Latina”, afirmou
Castro. “Mas, para isso, são necessárias empresas com competência técnica e capacidade
de gestão, estrutura pública de apoio financeiro em longo prazo, seguro e crédito para
exportação e também um parque industrial.” (MF)

no segundo semestre de 2014 deu tos podem ter a participação do


início à liberação de recursos. As BNDES ampliada para até 90% do
principais operações em andamen- valor dos itens financiáveis”, desta-
to são projetos destinados aos seto- ca Plattek, ao lembrar que o BNDES
res de equipamentos de construção, também dará apoio as operações
máquinas agrícolas e rodoviárias, diretas e indiretas. “Mas, neste
energia solar e eólica, óleo e gás, re- caso, a parcela do crédito referen-
síduos sólidos, mobilidade urbana e te ao aumento da participação terá
biocombustíveis, entre outros. custo equivalente à Cesta, IPCA, TS,
TJ3 ou TJ6, ao passo que a remune-
ração básica do BNDES será de, no
APOIO mínimo, 1,2% a.a.”
No caso de aquisição de máqui-
Segundo o especialista, há total
nas e equipamentos importados, a
interesse em divulgar e promover o
participação máxima do BNDES na
programa em instituições financei-
operação será de até 90% dos itens
ras credenciadas. “Vamos dar apoio
financiáveis (aplicada sobre valor
às negociações seja entre a institui-
Free On Board). No caso de micro,
ção financeira credenciada e o clien-
pequenas e médias empresas (MP-
te ou diretamente conosco”, finaliza.
MEs), até 70% dos itens financiá-
veis. E, para as demais empresas,
Saiba mais:
até 50%. “Os tomadores de crédi- BNDES: www.bndes.gov.br

66 REVISTA M&t
SEGURANÇA

Sem improviso
REPRODUÇÃO
Para especialista, fabricantes de equipamentos de guindar precisam se adequar à nova
diretriz da NR-12 e só a força de fiscalização e a certificação técnica podem fazer isso

A
Por Marcelo Januário

o menos na lei, as ab- equipamentos como cestos suspensos, não há segurança para utilizar o equi-
surdas improvisações, cestos acoplados e cestas aéreas, uti- pamento, o operador tem o direito de
adaptações bizarras e lizados para elevação de pessoas para recusar a tarefa, como é garantido pe-
equipamentos de guindar realização de trabalho em altura. las normas regulamentadoras.
inseguros não têm mais vez no Brasil. De fato, o avanço na normalização Mas isso não basta. Após sua entrada
Inserido em 2011 na Norma Regula- técnica era mais que necessário, ten- em vigor, ocorrida em 2013, a lei ainda
mentadora no 12 (NR-12), o Anexo do em vista as condições inseguras de não vem sendo cumprida como seria
XII – Equipamentos de Guindar para trabalho e acidentes em segmentos desejável e necessário. “Dados esta-
Elevação de Pessoas e Realização de como o de manutenção de redes elétri- tísticos até que temos razoavelmente,
Trabalho em Altura – veio regularizar cas, que frequentemente podem levar o que falta mesmo é fiscalização, pois
o processo de projeto e fabricação de à morte. Claro que, se reconhecer que se você sair à rua, certamente verá

JULHO/2015 67
SEGURANÇA
um cesto acoplado de forma indevida Carvalho. “E isso pode inclusive esti-

REPRODUÇÃO
a um guindaste e o trabalhador atu- mular o mercado para eles.”
ando”, corrobora o engenheiro Hélio
Domingos Ribeiro Carvalho, coorde- DISSEMINAÇÃO
nador de ferramentas e equipamentos O problema é que ainda não existe
da Companhia Energética de Minas uma entidade certificadora oficial no
Gerais (Cemig) e coordenador da Co- país, nos moldes do Inmetro. Desse
missão de Estudos de Cestas Aéreas da modo, quando uma empresa busca se
ABNT (Associação Brasileira de Nor- adequar à norma, acaba comprando
mas Técnicas). “gato por lebre”, pois a solução não
Segundo o especialista, o ponto cen- cumpre os requisitos. “A certificação
tral para garantir a aplicação da lei é seria excelente”, conjectura Carvalho.
aumentar a fiscalização do uso dos “O fabricante idôneo entraria em con-
equipamentos, o que na prática não tato com a entidade, que certificaria
é nada fácil. O Ministério do Traba- seu produto.”
lho deu um prazo de dez anos para a Ocorre ainda que isso tem um im-
adequação dos equipamentos, mas o pacto direto no custo dos equipa-
acompanhamento do mercado tem mentos, sendo que muita gente vai
Situações bizarras de operação podem levar à morte
sido insuficiente, uma vez que o qua- atrás de preço e se dá mal sem saber.
dro de auditores é reduzido diante do do produto da linha de produção, di- “Entre um sistema automatizado com
tamanho do país. “Sem falar que são minuindo a possibilidade de se adqui- sensores e um manual, a diferença de
várias NR’s que demandam fiscaliza- rir soluções inadequadas. “Se as em- preço é enorme”, sublinha o especia-
ção do órgão público”, diz. presas forem pressionadas a atualizar lista. “Há uma eletrônica embarcada
Com isso, outra possibilidade é a os equipamentos, essa substituição que faz a diferença, mas o fabricante
certificação dos fabricantes na saída vai ocorrer normalmente”, enfatiza de fundo de quintal coloca no folheto

LOADCONTROL

Dispositivos de segurança garantem nivelamento ativo e automático dos equipamentos

68 REVISTA M&t
que atende à lei e a pessoa compra na grupo não tem poder de auditoria ou dentro da fundação para que depois
confiança, achando que está fazendo o oficialização para fazer homologa- possam divulgar nas respectivas em-
correto.” ção, mas trabalha para divulgar o co- presas. Desse modo, pelo menos den-
Outro aspecto, decorrente do pri- nhecimento dentro do setor elétrico”, tro do setor elétrico, conseguiremos
meiro, diz respeito à manutenção. explica Carvalho, acrescentando que blindar as empresas do setor para não
Junto ao equipamento adequado, para tornar o assunto mais conheci- comprarem equipamentos errados.”
também é preciso haver um progra- do o grupo desenvolve ações como
ma correto de manutenção. “O uso publicação de cartilhas, seminários,
ACOPLAMENTO
seguro requer um bom manual de workshops e treinamentos.
No rol de soluções adotadas no seg-
operação e manutenção. Mas se a O próximo passo é colocar uma lista mento elétrico, o engenheiro afirma
pessoa não sabe sequer identificar de fabricantes que atendem à norma que a situação é menos grave na par-
um produto falso de um verdadei- na homepage da Fundação. “Outro te de cestas aéreas, cujo parque de
ro, como vai fazer a manutenção do procedimento em projeto será criar equipamentos é mais moderno e pode
equipamento, que é mais comple- uma comissão dentro da empresa, es- chegar a 4.500 unidades no país. Os
xo?”, indaga-se o especialista. timulando auditorias voluntárias, mas cestos suspensos, por sua vez, reque-
Para superar o desconhecimento, tudo isso ainda são conjecturas”, pon- rem permissão de trabalho com Ano-
entidades como a Fundação COGE tua o engenheiro, que também é mem- tação de Responsabilidade Técnica
– que reúne as concessionarias de bro do grupo técnico do Anexo XII da (ART), comprovando a inviabilidade
energia elétrica do Brasil – vêm traba- NR-12 e do grupo tripartite da NR-35. do uso de outra solução. Já os cestos
lhando para estabelecer modelos de “Queremos criar multiplicadores, ofe- acoplados precisam de um patamar
certificação para as empresas. “Esse recendo treinamento de qualidade tecnológico mínimo para construção e

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SEGURANÇA
fabricantes de guindautos no Brasil,
Requisitos para cestos acoplados com projeção de algumas centenas de
milhares de unidades em operação.
O Anexo XII da NR-12 lista 45 itens técnicos e 40 de gestão para a produção e
Mas apenas uma pequena parte do to-
operação de cestos acoplados. Confira no quadro os principais. tal utiliza cestos acoplados. “As empre-
1 Controle acessível para movimentação da caçamba sas sérias vão atrás do conhecimento
2 Dispositivo de travamento e procuram pessoas que sabem do
assunto, mas tudo extraoficialmente,
3 Sistema para alternação de prioridade de comando
pois não existe uma entidade para dar
4 Sistema de parada de emergência
um selo de homologação”, enfatiza.
5 Sistema de nivelamento Nessa linha, ele cita empresas como
6 Válvulas de retenção nos cilindros hidráulicos das sapatas estabilizadoras Technord e LoadControl dentre as fa-
7 Válvulas holding nos cilindros do braço móvel bricantes de sistemas que já seguem as
8 Válvula seletora no comando dos estabilizadores especificações da lei. “São fabricantes
9 Sistema que impeça a operação das sapatas estabilizadoras sem prévio reco- que possuem sistema de nivelamento
lhimento do braço móvel para posição segura de transporte (“berço”) ativo e automático, com sensores, tudo
certinho, atendendo integralmente ao
10 Sistema de operação de emergência que permita movimentação dos braços
e rotação da torre em caso de pane do motor ou das mangueiras hidráulicas texto da lei”, pontua.

11 Sistema estabilizador com indicador de inclinação (inclinação lateral máxi-


ma de 5 graus) SOLUÇÕES
12 Sistema limitador de momento de carga com alerta visual e sonoro A brasileira LoadControl afirma ser
13 Isolamento do posto de trabalho do equipamento em relação ao solo pioneira no desenvolvimento desses
sistemas para equipamentos de movi-
Sistema automatizado mentação de cargas e pessoas no país.
garante adequação de cestos aéreos à norma
Sediada em Porto Alegre (RS) e com
fábrica em Cachoeirinha (RS), a em-
presa foi a primeira a receber homolo-
gação para seus dispositivos de segu-
rança em Minas Gerais, região que se
antecipa às demais no país no sentido
de cobrar a adequação à NR-12.
E, mesmo antes da lei, a empresa já
participava do grupo de discussão da
NR-12. “Com o advento do Anexo XII,
LOADCONTROL

nos especializamos nesse segmento,


tanto para fabricantes como para re-
trofit de máquinas”, comenta o enge-
nheiro mecatrônico Carlos Eduardo
utilização, o que inclusive configurou Box acima) e representava um risco Pereira Gonçalves, diretor comercial
o principal motivo para o desenvolvi- elevado de queda do eletricista. da LoadControl. “Vimos um condição
mento do Anexo XII. O cesto acoplado é um equipamento de mercado importante para nossa
O ponto mais crítico, como destaca que possibilita a elevação de pessoas atuação. Com o amento das tarifas, o
Carvalho, está na ausência de um sis- em um veículo de transporte e ele- setor elétrico começou a colher os fru-
tema de nivelamento da caçamba (ces- vação de cargas e pode ser acoplado tos e hoje mantém o nosso negócio.”
to), que antes nivelava por gravidade na última lança do guindauto. Atual- Com o aumento das autuações,
(leia mais sobre os requisitos da lei no mente, existem aproximadamente 20 clientes como Hyva, Palfinger, PHD

70 REVISTA M&t
e Argos Guindastes passaram a pro- por exemplo, é somente frequência. do cesto, não deixando ultrapassar 5
curar a empresa, que há dois anos O mais importante são as certifica- graus de inclinação.
já oferece a tecnologia. “Devido ao ções que o rádio precisa ter, inclusive Homologado pela Cemig, o produto
nosso conhecimento de engenharia europeias, que demandam protocolos é composto por comando hidráulico,
de segurança, participamos inclusive confiáveis de comunicação entre o equipamento eletrônico MMI e rádio-
de discussões e revisões das normas emissor e o receptor, que sejam pro- -controle. No Brasil, a empresa italiana
internas das empresas”, diz o diretor, cessados e permitam ao receptor fazer fabrica os três itens em uma unidade
que também é engenheiro de segu- o movimento.” fabril em Piracicaba (SP). “Esta solu-
rança no trabalho. ção tem um custo considerável, de cer-
O portfólio da empresa inclui li- ca de 40% do equipamento (guincho)”,
mitadores de carga, rádio-controle, RETROFIT posiciona Alexandre Malva, diretor da
inclinômetro e outras soluções. No Para atender às demandas de com- Tecnord Sulamérica.
que tange ao cesto acoplado, o rádio- panhias do setor elétrico, a Tecnord O kit é disponibilizado em dois tipos.
-controle é considerado crucial pela oferece um produto chamado “kit Um deles é comercializado para fabri-
LoadControl. “Existem produtos para NR-12”. A solução possui um sistema cantes e fornece o comando hidráuli-
içar pessoas que não têm certificação hidráulico independente que monito- co, que já ‘nasce’ com o caminhão. O
alguma”, afirma Gonçalves. “A Anatel, ra e corrige automaticamente o nível outro é um acessório de retrofit para
quem já possui o caminhão, sendo que
Equipamentos atuam na não é possível trocar o comando que

implantação de linhas elétricas já veio com o equipamento, pois altera


sua originalidade. “Neste caso, a movi-
Produzido pela Terex Utilities, o equi- cionais, capazes de realizar atividades mentação manual é simulada por meio
pamento Digger Derrick vem sendo utili- como perfuração do solo, manuseio e de alavancas”, explica o diretor.
zado pela Companhia Paulista de Força implantação de postes. Utilizado há mais Por meio de uma chave seletora, o
e Luz (CPFL Energia) para mecanizar a de 70 anos nos EUA, o Digger Derrick usuário consegue selecionar as op-
implantação de linhas elétricas de suas também pode ser utilizado com cesto aé- ções para carregar pessoas ou cargas.
redes. Para aumentar a eficiência da reo acoplado e possibilitou um ganho de Com isso, o equipamento se configura
operação, a companhia utiliza 16 equi- 45% de eficiência na execução das tare- automaticamente, assumindo as ca-
pamentos com características multifun- fas rotineiras da CPFL, diz a fabricante. racterísticas necessárias à operação.
“Este limitador de momento monitora
Equipamento multifuncional mecaniza a implantação de linhas elétricas
a capacidade de içamento e posiciona-
mento do caminhão, para que não haja
sobrecarga”, descreve Malva.
Como antes, o papel central do
rádio-controle também é citado pelo
especialista. “Às vezes, a presença de
um aeromodelo faz o equipamento
se movimentar”, ressalta Malva. “É
um mercado muito sujo, até mesmo
com produtos falsificados, trazendo
ao usuário ainda menos segurança
do que havia antes.”

Saiba mais:
Cemig: www.cemig.com.br
LoadControl: loadcontrol.com.br
TEREX

Tecnord: www.tecnord-sulamerica.com.br
Terex: www.terex.com.br

JULHO/2015 71
COMÉRCIO EXTERIOR

As multas
abusivas na
importação de bens
Por falta de licenciamento, burocracia aduaneira pode aplicar
multas de até 30% sobre o valor da mercadoria, o que
constitui um procedimento questionável e arbitrário

D
Por Walter Thomaz Junior

izem que uma mentira fiscal, por exemplo. Assim, a mercado- ARBITRARIEDADE
repetida com veemência ria passa a ser considerada como de- A Licença de Importação surgiu do
acaba virando verdade. Tal samparada de Licença de Importação, compromisso do Brasil com o Acordo
máxima aplica-se a alguns uma vez que o licenciamento trata de Geral de Tarifas e Comércio da Orga-
procedimentos da burocracia brasilei- mercadoria que não corresponde à que nização Mundial do Comércio (OMC)
ra, pois determinados erros são tantas foi efetivamente importada. Ato contí- de usar o sistema de licenciamento
vezes repetidos que acabam virando nuo, a Aduana aplica multa por falta da aprovado em janeiro de 1995. O licen-
fatos aceitos por todos. – por incrível que pareça – extinta Guia ciamento atende a levantamentos esta-
É o caso da aplicação forçada de de Importação. tísticos e o sistema gera licenciamento
multa baseada no artigo 706 do Re- A situação é ainda pior quando a automático para 80% das mercadorias
gulamento Aduaneiro, que trata da multa é aplicada nos casos em que o importadas no Brasil.
importação de mercadorias ao desam- Siscomex gera licenciamento automáti- Para fins estatísticos, a multa apli-
paro de Licença de Importação. Vale co. Nesse caso, ao menos, a mercadoria cada por falta de licenciamento é de
lembrar que, com o advento do Sisco- não consta sem Licença de Importação 30% sobre o valor da mercadoria. Ou
mex, as Licenças de Importação subs- e a simples alteração de classificação seja, o mesmo valor aplicado à época
tituíram as Guias de Importação, que não anula o licenciamento existente. O das Guias de Importação, que consti-
se tornaram tão anacrônicas quanto a erro poderia ser sanado por meio da tuía uma barreira não-tarifária. Note-
aplicação da penalidade. Na verdade, licença substitutiva. -se que esse procedimento não conta
trata-se de um entulho burocrático Mas, infelizmente, há auditores que com o apoio do Judiciário. O Supremo
convenientemente esquecido na Le- interpretam a lei de outra forma e há Tribunal Federal, inclusive, considera
gislação aduaneira, mas que gera des- importadores que aceitam pagar a despropositadas as multas superiores
dobramentos absurdos. multa. Tais extravagâncias da burocra- a 20% do valor do bem. O Supremo
Vamos aos fatos. Na conferência físi- cia geram indignação quando percebe- também já deixou claro que a retenção
ca de mercadorias importadas, caímos mos o propósito desse licenciamento e de mercadorias importadas para pa-
numa dessas situações kafkianas quan- os (falsos) motivos para a aplicação de gamento de diferenças de impostos ou
do se verifica um erro de classificação multas tão elevadas. multas é uma medida coercitiva e des-

72 REVISTA M&t
IMAGENS: REPRODUÇÃO
Importadores brasileiros estão desinformados no que tange à Legislação aduaneira

cabida, pois a Aduana não tem o direito te na esfera judicial. Assim, dividem ção e a autorização para desembaraçar
de reter o processo de desembaraço. as tarefas delegando ao despachante a mercadoria na esfera administrativa.
Mas, para evitar a retenção da merca- aduaneiro as questões de natureza ad- Receoso, o importador evita con-
doria, o importador se rende às exigên- ministrativa e a advogados as questões frontos com a Aduana para não criar
cias. Se tais procedimentos da Aduana de natureza judicial. Na verdade, o ca- suscetibilidades. No atual regime de-
não têm o apoio da mais alta corte do minho mais eficaz está na união dessas mocrático, a liberdade de recorrer ao
país, o que leva os importadores a cede- duas figuras, para um trabalho integra- Judiciário é condição básica de exer-
rem às arbitrárias exigências? do e direcionado. cício da cidadania, não sendo inter-
A resposta é simples. Os importado- Por um lado, o despachante pode pretada como ofensa ao auditor da
res brasileiros estão desinformados no não ter uma visão jurídica mais am- Aduana. Em muitos casos, o auditor
que tange à Legislação aduaneira e, por pla e aceitar sem contestar as teses se vê obrigado a aplicar penalidades
isso, aceitam passivamente a interpre- da Aduana, ao passo que o advogado por dever de ofício e respeito às re-
tação da Aduana. Enganam-se ao acre- pode desconhecer os ritos e procedi- gras de isonomia.
ditar que há questões que se resolvem mentos aduaneiros, o que o leva a er- A Aduana brasileira é bastante madu-
somente na esfera administrativa, en- ros na formulação da defesa e a des- ra e entende que se trata de um recurso
quanto outras incidem exclusivamen- perdício de tempo. legítimo do importador buscar seus di-
reitos no Judiciário. Na verdade, trata-
Burocracia gera multas indevidas
SUSCETIBILIDADES -se de um jogo no qual quem conhece
A fama de um Judiciário moroso as regras tem mais chances de êxito do
também cria resistências por parte do que aqueles que, por mero desconheci-
importador em associar o trabalho do mento, acabam por aceitar a interpre-
advogado ao do despachante. Porém, tação do oponente.
muitas medidas judiciais têm um prazo *Walter Thomaz Junior é sócio da Porto-
curto (abaixo de 24 horas) para sua ob- rium Consultoria e consultor das Comis-
tenção, muito menos do que o importa- sões de Direito Aduaneiro, Portuário e Ma-
dor levaria para obter o Auto de Infra- rítimo da OAB/SP.

JULHO/2015 73
CONTROLE DE EMISSÕES

Tratamento
NEW HOLLAND
acústico
Entenda como os fabricantes de equipamentos da Linha Amarela estão preparados para

D
atender à Legislação do Conama quanto aos novos limites de emissão de ruídos
esde janeiro, entrou em emissão de gases poluentes e também os sistemas para controle de ruído
vigor a resolução núme- estabelece limites para a emissão de implantados nas máquinas tendem
ro 433 do Conselho Na- ruídos, privilegiando o conforto sono- evidentemente a beneficiá-lo, mes-
cional de Meio Ambiente ro da população no entorno da obra e, mo que indiretamente. “Ao contrário
(Conama), que estabelece os parâme- consequentemente, do operador. das regras para emissão de ruídos do
tros da primeira fase do Programa É preciso destacar que a resolução Proconve, que estabelecem limites
de Controle da Poluição do Ar por não trata diretamente do operador, máximos de ruído externo para cada
Veículos Automotores (Proconve/ que é protegido pelo Ministério do classe de máquinas, a NR-15 estabe-
Mar-I) para máquinas agrícolas e ro- Trabalho, por meio da Norma Re- lece o tempo máximo de exposição
doviárias. A regulamentação abarca a gulamentadora no15. No entanto, diária do operador a cada nível de

74 REVISTA M&t
emissão de ruídos”, esclarece Boris tada pela área de pesquisa, enge-

VOLVO CE
Sanchez, gerente de suporte a ven- nharia e desenvolvimento da CNH
das e aplicações da Volvo Construc- Industrial e da FPT, fornecedor que
tion Equipment para a América Lati- integra o grupo e auxiliou com solu-
na. “Por exemplo, se o nível de ruído ções customizadas já aplicadas nos
dentro da cabine é de 100 dB, ele não equipamentos da marca.
poderá exceder o limite máximo de Especialista sênior de engenha-
uma hora diária de trabalho. Já se o ria da Caterpillar no Brasil, Odirlei
ruído for igual ou inferior a 85 dB, Ducatti diz que os equipamentos
ele pode cumprir a jornada de oito da marca receberam tratamento
horas diárias.” acústico que – de acordo com cada
No Proconve, os tratores sobre modelo – pode incluir abafado-
esteiras, pás carregadeiras, escava- res, ventiladores mais silenciosos
deiras, retroescavadeiras, motonive- e dotados de controle eletrônico,
ladoras e rolos compactadores são fechamento do compartimento do
classificados com o mesmo nível de motor e motores com tratamento
emissão máxima de ruídos: 106 dB. acústico que melhora a combus-
Essa classificação varia para outros tão. “Cada máquina possui pontos
tipos de equipamentos, de acordo mais proeminentes para a geração
com a potência do motor. de ruído. O trator de esteiras, por
exemplo, tem a questão do ruí-
ADEQUAÇÕES do das esteiras, enquanto o rolo
Para os fabricantes da Linha compactador gera mais ruído no
Amarela, são limites que podem tambor”, explica. “Mas, no geral, NR-15 estabelece tempo máximo de exposição
ser obtidos facilmente, uma vez os abafadores ajudam muito e no-
que a maioria dos equipamentos vas tecnologias como os controles RECURSOS
comercializados no país foi conce- eletrônicos para os ventiladores de Sanchez afirma que, também pelo
bida para o mercado mundial, com arrefecimento são importantes no motivo de serem projetados para
base nas regulamentações mais sentido de ajudar a controlar a ro- comercialização em todo o mundo,
avançadas (e rígidas) dos Estados tação das hélices – outro gerador os equipamentos nacionais da Vol-
Unidos e Europa. “Os equipamen- de ruído importante – sem preju- vo CE estão muito avançados nessa
tos produzidos no Brasil já aten- dicar a eficiência dos radiadores.” área, atendendo às regulamentações
diam à diretiva europeia, que está Ducatti esclarece ainda que, embo- brasileiras. “Os níveis de ruído que
num estágio mais avançado”, diz ra muitas tecnologias para controle nossos produtos emitem atendem às
Marcos Rocha, gerente de marke- de ruídos sejam inéditas no Brasil, regulamentações estadunidenses e
ting de produto da New Holland a Caterpillar já as incorporou desde europeias, que são mais avançadas”,
Construction para a América La- 1997 em outros países, ou seja, des- enfatiza. “Por isso, não precisamos
tina. “Por isso, fizemos só alguns de que a regulamentação de ruídos fazer qualquer adaptação para aten-
incrementos de painéis insono- entrou em vigor na Europa. “Por ex- der aos limites recém-estabelecidos
rizadores acústicos e de algumas portar, adotamos naturalmente em pelo Proconve/Mar-I.”
tecnologias antirruído especiais, nossas máquinas os pacotes de tra- Todavia, ele explica que vários com-
como o viscous fan.” tamento acústico”, diz ele. “Portanto, ponentes são geradores de ruídos em
Segundo ele, as adequações foram os equipamentos da marca são cer- equipamentos, principalmente moto-
feitas de acordo com cada linha de tificados para supressão de ruído e res, bombas hidráulicas, componen-
produto, o que demandou uma es- utilizam o que há de mais moderno tes do trem de força, pneus, ventila-
tratégia específica e sempre supor- nesse campo tecnológico.” dores e conjuntos de resfriamento,

JUlHO/2015 75
CONTROLE DE EMISSÕES

CATERPILLAR
Adequações incluem tratamento acústico com abafadores, ventiladores mais silenciosos e fechamento do compartimento do motor

além de sistemas de exaustão e até tem aos equipamentos trabalhar em mais suave, o que também reduz
mesmo pinos, buchas e mangueiras níveis de rotação mais baixos, dimi- o ruído gerado. Para completar, o
hidráulicas. “Por isso, o nível de ruído nuindo igualmente o nível de ruído. especialista destaca que soluções
externo deve ser considerado desde Outras soluções interessantes, de simples, como a utilização de tubu-
a fase inicial de desenvolvimento do acordo com o gerente, ocorrem no lações ou mangueiras hidráulicas
produto, incluindo a seleção de com- conjunto de resfriamento. “Um exem- com diâmetro maior e conexões
ponentes, a definição da sua disposi- plo são os ventiladores com motores com curvatura mais suave, também
ção física etc.”, explica o especialista hidráulicos, cujo acionamento ocorre contribuem para a redução do nível
da Volvo CE. conforme a demanda de resfriamen- de ruído do sistema hidráulico, uma
Além dos itens comumente utiliza- to, ao contrário dos tradicionais, com vez que permitem que o óleo flua
dos, como silenciosos, revestimen- acionamento direto”, diz ele. “Assim, mais livremente dentro do sistema.
tos, antirruído e defletores, Sanchez o ventilador emite menos ruído, pois Rocha, da New Holland Construc-
explica que outras soluções também gira em velocidades mais baixas na tion, acresce que a eficiência do
contribuem de forma significativa maior parte do tempo.” controle de ruídos geralmente está
para reduzir a emissão de ruídos. É Ainda nos ventiladores de arrefe- relacionada à motorização (potên-
o caso dos motores com torque ele- cimento, a alteração da geometria cia e rotação) e à vibração do equi-
vado em baixa rotação, que permi- das pás possibilita um fluxo de ar pamento. “É nesse segundo caso

76 REVISTA M&t
Empresa desenvolve novos materiais para catalisadores
A Clean Diesel Technologies (CDTi) divulgou os resultados prelimi-

CDTi
nares de motores equipados com seu catalisador de oxidação para
motores diesel (DOC) utilizando metais platinóides especiais SPGM
(Synergized-Platinum Group Metal). Esses materiais especiais de
revestimento à base de platina e paládio são aplicados para redu-
zir as emissões dos motores diesel e melhorar o desempenho dos
equipamentos de controle de emissões. Realizados com um motor
Cummins ISL 2007 de 8,9 l, os testes mostram que o novo material
tem desempenho equivalente ao dos catalisadores atuais, reduzindo
em mais de 80% a utilização de materiais oxidantes de alto custo. O
desempenho foi equivalente ao de um catalisador de oxidação origi-
nal certificado pela Agência de Proteção Ambiental americana (EPA), Ilustração mostra um catalisador de oxidação para
motor diesel DOC (em amarelo) à frente de um filtro
usando somente 1,5 g (4,5 g/pé3) de platinóides, contra 11,0 g (35 g/ particulado (DPF), instalados em um conversor catalítico
pé3) do catalisador original. para caminhões
A CDTi informa que o objetivo de seu programa de pesquisa de ma-
teriais de tecnologia avançada é reduzir significativamente ou elimi- tinóides para catalisadores de veículos diesel trabalhando em serviço
nar a necessidade de materiais platinóides (PGM) caros na fabricação pesado. “Nossos materiais desenvolvidos recentemente permitirão
de catalisadores para controle de emissões. De acordo com o relatório que os fabricantes de equipamentos reduzam dramaticamente a uti-
“Platinum 2013” da Johnson Matthey, em 2012 os fabricantes de lização de platinóides, mesmo atendendo a exigências cada vez mais
equipamentos originais (OEMs) gastaram quase US$ 1 bilhão em pla- restritivas de emissões”, afirma Chris Harris, presidente da CDTi.

que se utilizam antivibrantes e si- a adoção de normas regulamenta- “Ambos ajudam a cortar o ruído de
lenciadores (painéis insonorizado- doras cada vez mais rígidas têm fei- fora, deixando a cabine mais silen-
res)”, diz. Segundo ele, uma grande to com que as tecnologias entre os ciosa para o operador.”
porcentagem dos equipamentos já mercados do Brasil e do restante do Outro exemplo citado pelo es-
sai de fábrica com essas tecnologias, mundo se equalizem”. pecialista da Cat são as portas nos
como a Linha C de escavadeiras, re- Ducatti, da Caterpillar, também motores, que atualmente equipam
cém-lançada pela marca. enxerga um cenário de consolidação praticamente todas as máquinas do
para os sistemas de supressão de mercado. Além de reduzirem natu-
ruídos em todo o mundo. Porém, o ralmente o som, essas soluções con-
TENDÊNCIAS especialista ressalta que nem sem- têm abafadores presos à parte in-
Como tendências, o executivo ava- pre é preciso utilizar tecnologia terna, isolando ainda mais o ruído.
lia que futuramente haverá melho- sofisticada, apesar de reconhecer a “São soluções simples que agregam
rias no nível de ruído das motoriza- importância de sistemas avançados valor ao operador e aos que estão
ções, reduzindo potência e rotação como os ventiladores de arrefeci- em volta”, afirma. “Juntos, os siste-
sem prejudicar o desempenho do mento controlados eletronicamen- mas de abafamento citados redu-
equipamento. “No mais, não há tec- te, para serem acionados somente zem o ruído em 50%.”
nologia mais avançada dos que as quando necessário. “Muitas vezes,
que já são aplicadas no Brasil”, diz. o controle de ruídos passa por solu- Saiba mais:
A avaliação é compartilhada por ções bem mais simples, como a dos Caterpillar: brasil.cat.com
CDTi: www.cdti.com
Sanchez, da Volvo CE, para quem a painéis abafadores ou dos tapetes New Holland: www.newholland.com.br
Volvo CE: www.volvoce.com
“exigência crescente dos clientes e de piso de uma polegada”, diz ele.

JUlHO/2015 77
TECNOLOGIA

IMAGENS: CARSIF
Acesso em dia
B Introduzido
recentemente no país,
sistema de controle
de acesso pode ter
papel importante na
uscando atender às exi-
gências da NR-12, espe-
cialmente o item 12.32,
que determina que má-
quinas e equipamentos possuam
sistemas de bloqueio de seus dis-
positivos de acionamento, a empre-
zados na construção e na indústria.
“O Protec 12 é um dispositivo
eletrônico que bloqueia o funcio-
namento dos equipamentos de
operação”, explica Arnaldo Wada,
gerente comercial da empresa,
“permitindo seu desbloqueio ape-
redução de acidentes sa Carsif traz ao mercado nacional nas mediante a utilização do cra-
a solução Protec 12, que tem como chá funcional original do operador
em canteiros de obras e função controlar a utilização de di- designado, desde que esteja com
linhas industriais versos tipos de equipamentos utili- as devidas habilitações em dia, in-

78 REVISTA M&t
cluindo ASO, treinamentos, CNH etc.” Inicialmente, o operador valida seu cartão funcional no
Segundo Wada, mesmo sem haver estatísticas atuali- leitor ótico do módulo. Caso já esteja cadastrado na memó-
zadas, é possível afirmar que a solução contribui para ria do módulo, serão verificadas todas as habilitações exigi-
reduzir acidentes em canteiros de obras e linhas de pro- das para a operação da máquina em monitoramento.
duções industriais, “pois restringe o acesso de pessoas Uma vez verificada a validade, o botão de partida do
não autorizadas a equipamentos como plataformas de equipamento é liberado, enquanto a operação é regis-
trabalho aéreo, caminhões, tratores, ônibus, empilhadei- trada sob a responsabilidade do operador que apre-
ras, veículos de apoio e outros”. sentou o crachá. A partir desse momento, inicia-se uma
contagem de tempo para que o operador inicie a ope-
ração, acionando o botão de partida ou dando partida
MONITORAMENTO no veículo, por exemplo. “Toda a operação fica regis-
No caso da construção, para utilizar um equipamen-
trada no banco de dados do dispositivo, com registros
to ou uma máquina monitorada pelo sistema, o opera-
de data, horário e operador”, ressalta Wada. “E essas
dor deve atender a algumas condições básicas, que são
informações são facilmente extraídas e acessadas, per-
processadas pelo software de programação do sistema e
mitindo sua utilização na gestão de produtividade e de
instaladas no terminal do gestor da operação.
manutenções preventivas de cada equipamento.”
O detalhe é que o equipamento pode exigir até cinco
habilitações para liberar acesso ao usuário, possibili-
tando inclusive a inclusão de datas de validade de aces-
so aos operadores. Caso alguma habilitação esteja ven-
cida, ou o operador não esteja cadastrado na memória

Monitoramento: validação de cartão funcional no leitor ótico do módulo

juLho/2015 79
TECNOLOGIA
do módulo, o botão de partida não rações são registradas para con- BLOQUEIO
é liberado e torna-se simplesmente sultas futuras.” O sistema possui várias ca-
impossível ligar a máquina. De acordo com o gerente da Carsif, madas, que juntas aumentam a
“O mesmo ocorre se a máquina Carlos Abel de Moraes, a ferramenta segurança e confiabilidade em
estiver com a manutenção pre- registra as últimas duas mil opera- relação ao uso e preservação do
ventiva vencida”, completa Decio ções, garantindo maior segurança equipamento. Além dos operado-
Branco de Mello Filho, engenheiro ao operador da máquina. “O Protec res, podem ser cadastrados até
de segurança do trabalho da Ode- 12 também permite programar a oito níveis de usuários, incluindo
brecht, uma das primeiras cons- preventiva da máquina por horas profissionais das áreas de Segu-
trutoras a utilizar o sistema no trabalhadas, além de cadastrar até rança e Saúde do Trabalho (SST)
Brasil. “Inclusive, todas essas ope- quatro mil operadores”, detalha. e da Comissão Interna de Meio
Ambiente (CIMA) da organiza-

Sistema permite controle da


ção. Se necessário, o profissional
da área de segurança do trabalho
produtividade das frotas pode bloquear o funcionamento
de um equipamento que esteja
Desenvolvido no Brasil, o Protec 12 já vem sendo utilizado em obras como a de oferecendo risco de acidente, de-
Belo Monte, além de integrar projetos de grandes construtoras e empresas de lo-
terminando sua interdição.
cação do país. A Odebrecht, por exemplo, vem implantando o sistema da Carsif em
diversos contratos, não somente em equipamentos estacionários, mas também para Nesse caso, uma vez validado o
equipamentos móveis como guindastes e plataformas de trabalho aéreo. “Em termos crachá com perfil de segurança, o
de gestão, a vantagem é que o sistema permite o registro de todos os eventos, aper- equipamento tem seu uso inter-
feiçoando o controle da produtividade por meio do monitoramento da utilização do ditado até que seja reparado pela
equipamento” completa Decio Branco de Mello Filho, engenheiro de segurança do manutenção, quando o crachá de
trabalho da Odebrecht.
um profissional da área de segu-
Sistema permite o registro de todos os eventos em equipamentos móveis rança (e somente ele) pode libe-
rar o equipamento para operação.
Isso também ocorre com o gestor
de meio ambiente, que pode inter-
ditar a máquina em caso de, por
exemplo, vazamento de óleo.
Segundo Mello Filho, quando
isso ocorre, somente o profissio-
nal de meio ambiente pode liberar
o equipamento após o reparo. “A
manutenção também bloqueia o
equipamento para realizar repa-
ros e, como nos casos anteriores, a
liberação posterior só é realizada
pelo próprio perfil de manuten-
ção”, descreve, mostrando como o
sistema pode contribuir para au-
mentar a segurança do operador e
a disponibilidade do ativo.

Saiba mais:
Carsif: www.carsif.com.br

80 REVISTA M&t
A ERA DAS MÁQUINAS

O caminhão Scania-Vabis
de 2,5 ton, fabricado em 1924 na Suécia

IMAGENS: REPRODUÇÃO
Um marco no setor de
caminhões Por Norwil Veloso

Em 1896, a fabricante de vagões e possível produzir um caminhão com entrar em colapso definitivo em 1908.
bondes Vagnfabriken contratou o en- desempenho satisfatório. Em 1907, a diretoria decidiu construir
genheiro Gustaf Eriksson para projetar Mas, com a queda da demanda por uma nova fábrica de veículos e moto-
e desenvolver motores e caminhões. Na produtos ferroviários após 1900, a em- res. Embora a capacidade de produção
primavera de 1897, o primeiro veículo presa perdeu lucratividade a partir de fosse de 50 veículos por ano, em 1909
Vabis totalmente produzido na Suécia 1903. Essa situação do mercado levou à foram vendidos cinco caminhões e sete
estava pronto, mas tinha problemas criação de um cartel de fabricantes, que automóveis. Após várias tentativas de
técnicos graves. Após anos de aper- permitiu à Vagnfabriken manter sua lu- venda dessa unidade, pensou-se na dis-
feiçoamentos, somente em 1902 foi cratividade por mais algum tempo, até solução da empresa, mas uma proposta

JUlHO/2015 81
a era das máquinas
feita pela Maskinfabriks-Aktiebolaget
Scania alterou toda a situação.
A Scania havia iniciado uma pro-
dução bem-sucedida de veículos na
virada do século, usando motores
importados da Alemanha e da França.
Em 1908, quando foram vendidos 70
veículos, passou a produzir seus pró-
prios motores.
Em 1910 foi feito um acordo para
criação de uma nova empresa, AB
Scania-Vabis, cujo primeiro diretor
foi Per Alfred Nordeman. Em 1915,
essa empresa vendeu 151 veículos,
com as exportações respondendo
por 30% do faturamento. A queda
das exportações durante a Primei-
ra Guerra Mundial foi compensada Produzido em 1912, o caminhão de bombeiros da Scania-Vabis tinha motor de 60 hp e velocidade máxima de 40 km/h
por encomendas do exército sueco
e, já no final da guerra, Nordeman ser montadas nas rodas traseiras para 1932, lançou o primeiro ônibus tipo
transformou a Scania-Vabis em um tráfego no inverno. “cara chata”, justamente no início de
dos maiores produtores europeus de Nilsson era a chave do sucesso. Em uma forte recessão que fez as vendas
caminhões leves. 1922, patenteou um novo carburador, de caminhões caírem para a metade,
Entre 1915 e 1917, August Nilsson no ano seguinte projetou um motor mas a demanda de ônibus permane-
desenvolveu quatro tipos de motores compacto de quatro cilindros com 60 ceu estável.
de quatro cilindros, que foram bas- hp e, em 1927, uma variante de seis No final da década de 30, a empresa
tante competitivos na década de 20. cilindros desse motor, que chegava a procurou um diretor de produção que
Em 1919, a empresa decidiu encerrar 100 hp. conseguisse transformar o sistema de
a produção de automóveis, ônibus e trabalho individual vigente, com cada
veículos especiais, concentrando-se trabalhador produzindo de forma
MODERNIZAÇÃO
nos caminhões. A demanda continu- independente, em uma empresa
Com o tempo, o projeto dos cami-
ava baixa devido a uma forte reces- eficiente e competitiva. O escolhido
nhões também foi modernizado. Em
são e ao aumento da inflação, que para a tarefa foi Carl-Bertel Nathorst,
1925, foi lançado um caminhão com
acabaram por fazer a empresa mudar que reorganizou e expandiu a em-
motor de quatro cilindros, transmis-
seu nome e entrar em liquidação em presa visando a produção em larga
são com quatro marchas, embreagem escala para o mercado civil.
1921.
Para reduzir os prejuízos, foi criada de disco úmido, suspensão progressi- O início da Segunda Guerra Mun-
uma nova empresa com o nome va e cabina fechada, mais eficiente e dial, contudo, mudou a característica
original, AB Scania-Vabis, cuja es- confortável e com uma relação peso- da Scania-Vabis, que passou a traba-
trutura havia desaparecido e cujos -potência muito melhor. lhar focada na defesa, fornecendo
produtos, projetados antes da guerra, Em 1929, o serviço de alfândega para as forças armadas da Suécia
eram obsoletos. Em 1922, os Correios encomendou nove motores de seis equipamentos como tanques, carros
fizeram seu primeiro pedido de ônibus, cilindros para seus barcos de patrulha, blindados e caminhões todo terreno,
o que contribuiu significativamente dando início a uma linha de motores que absorveram praticamente toda
para a sobrevivência da empresa. Eram marítimos. Os ônibus dos correios fo- sua capacidade de produção. No final
ônibus de 12 lugares com um sistema ram o início desse mercado. Em 1929, de 1943, a empresa começou a se
de esteiras de borracha, que podiam Nilsson visitou a Twin-Coach e, em preparar para os tempos de paz, pro-

82 REVISTA M&t
jetando novos ônibus e novos chassis Em 1981, a Scania iniciou a produ- componentes e reduziu a quantidade
para caminhão, que começaram a sair ção de um conjunto de caminhões de unidades de produção. O milionési-
da fábrica em 1944. na faixa de 16 a 36 toneladas, com mo veículo foi produzido no ano 2000,
grande modulação dos motores e de por um conjunto de 11 fábricas situa-
EXPANSÃO componentes como eixos, estruturas das em cinco países, com montagem
Em 1954 foi lançado o caminhão e cabinas, que permitiu produzir uma final na Holanda.
Regent, que logo se tornou a bandei- enorme variedade de configurações. Nesse mesmo ano foi lançado o
ra da Scania-Vabis e seria produzido Em 1987-88, lançou a Série 3 e, durante motor V8 de 16 litros com 580 hp e im-
por muitos anos. Nesse mesmo ano, a década de 90, aumentou a participa- plantada uma unidade de montagem
a empresa vendeu 1.800 caminhões ção no mercado da Europa Ocidental, de ônibus em São Petersburgo. Em
na Suécia. No final da década de 50, a iniciando as vendas nos mercados da 2006, a linha T deixou de ser produ-
Scania detinha 40 a 50% do mercado Europa Central e do Leste Europeu, zida e foi lançada uma nova geração
sueco. As exportações, que corres- além de fortalecer sua posição na Amé- de ônibus. Naquele ano, a empresa
pondiam a menos de 10% da produ- rica Latina. celebrou 50 anos de atuação no Brasil,
ção em 1949, passaram para mais de lançou um novo motor Euro V (o pri-
50% dez anos depois. meiro a atender essa especificação sem
MODULAÇÃO
Com o advento da Comunidade tratamento dos gases de escapamento)
Com a modulação, era possível enviar
Europeia em 1958, a Scania começou a e apresentou um ônibus híbrido. Em
os componentes de uma unidade para
se expandir pelo continente, instalando 2008, a empresa anunciou um acordo
uso em outra. Para viabilizar esse fluxo,
sua primeira fábrica na Holanda devido com a Volkswagen, que se tornou a
a partir de 1990 as áreas de produção
à grande penetração da marca nesse maior acionista da empresa.
de todas as fábricas passaram a se
país. Na década seguinte, a empresa reportar à diretoria técnica, que cen- Leia na próxima edição:
inaugurou diversas fábricas, na Suécia tralizou a fabricação de determinados O nascimento dos guindastes
e em outros países, sendo a primeira
delas no Brasil, em 1962.
Durante a década de 60, a Scania-Va-
bis decidiu produzir diretamente todos
os componentes estratégicos de seus
veículos, o que levou a um complexo
processo de reorganização da produ-
ção, inclusive com a abertura de novas
unidades. Em 1966, a empresa adquiriu
a Be-Ge Karosserifabrik, passando a pro-
jetar e fabricar suas cabinas. Em 1967,
adquiriu a fabricante de ônibus Svenska
Karosseri Verkstäderna e, no ano se-
guinte, deslocou toda sua estrutura de
produção e venda de ônibus para essa
fábrica.
Nos anos 70, a Scania-Vabis passou
a ter grande participação no mercado
de quase todos os países da Europa
Ocidental, em grande parte devido ao
motor V8 turbocomprimido de 14 litros
e 350 hp, a maior potência disponível
nesse mercado na época. Este veículo de 1914 podia transportar até 400 litros de petróleo

JUlHO/2015 83
TABELA DE CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTOS

m.o. operação
Equipamento

Mat. Rodante
Propriedade

Manutenção

Comb./Lubr.

Total
Caminhão basculante articulado 6x6 (23 a 25 t) R$ 163,20 R$ 108,87 R$ 13,76 R$ 71,61 R$ 36,00 R$ 393,44
Caminhão basculante articulado 6x6 (26 a 35 t) R$ 201,62 R$ 128,26 R$ 20,02 R$ 87,88 R$ 36,00 R$ 473,78
Caminhão basculante fora de estrada 30 t R$ 70,86 R$ 56,15 R$ 19,12 R$ 39,06 R$ 36,00 R$ 221,19
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t) R$ 31,12 R$ 27,27 R$ 3,76 R$ 16,28 R$ 27,00 R$ 105,43
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 45 t) R$ 48,72 R$ 34,09 R$ 9,91 R$ 32,55 R$ 27,00 R$ 152,27
Caminhão basculante rodoviário 8x4 (36 a 45 t) R$ 58,65 R$ 38,54 R$ 11,47 R$ 35,80 R$ 27,00 R$ 171,46
Caminhão comboio misto 4x2 (6 reservatórios) R$ 38,14 R$ 25,99 R$ 4,10 R$ 11,07 R$ 25,92 R$ 105,22
Caminhão guindauto 4x2 (12 tm) R$ 34,08 R$ 25,99 R$ 4,10 R$ 11,07 R$ 23,76 R$ 99,00
Caminhão irrigadeira 6x4 (18.000 l) R$ 38,18 R$ 26,54 R$ 3,76 R$ 8,46 R$ 28,80 R$ 105,74
Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³) R$ 39,57 R$ 30,25 R$ 6,78 R$ 35,80 R$ 31,50 R$ 143,90
Carregadeira de pneus (2 a 2,6 m³) R$ 51,92 R$ 35,87 R$ 9,02 R$ 45,57 R$ 31,50 R$ 173,88
Carregadeira de pneus (2,6 a 3,5 m³) R$ 76,42 R$ 47,02 R$ 9,94 R$ 52,08 R$ 31,50 R$ 216,96
Compactador de pneus para asfalto 10 a 12 t (sem lastro) R$ 62,68 R$ 27,37 R$ 5,84 R$ 32,55 R$ 42,84 R$ 171,28
Compactador vibratório - 1 cilindro liso / pé de carneiro (10 a 14 t) R$ 54,67 R$ 25,18 R$ 0,68 R$ 45,57 R$ 37,80 R$ 163,90
Compactador vibratório - 1 cilindro liso / pé de carneiro (7 a 9 t) R$ 44,58 R$ 22,42 R$ 0,48 R$ 39,06 R$ 37,80 R$ 144,34
Compressor de ar portátil (250 pcm) R$ 9,23 R$ 12,91 R$ 0,05 R$ 45,57 R$ 16,56 R$ 84,32
Compressor de ar portátil (360 pcm) R$ 11,82 R$ 14,24 R$ 0,05 R$ 55,34 R$ 16,56 R$ 98,01
Compressor de ar portátil (750 pcm) R$ 23,20 R$ 19,80 R$ 0,11 R$ 84,63 R$ 16,56 R$ 144,30
Escavadeira hidráulica (15 a 17 t) R$ 39,16 R$ 31,58 R$ 2,14 R$ 29,30 R$ 36,00 R$ 138,18
Escavadeira hidráulica (17 a 20 t) R$ 43,30 R$ 33,40 R$ 2,64 R$ 45,57 R$ 36,00 R$ 160,91
Escavadeira hidráulica (20 a 25 t) R$ 42,35 R$ 32,50 R$ 4,42 R$ 61,84 R$ 39,00 R$ 180,11
Escavadeira hidráulica (30 a 35 t) R$ 59,26 R$ 41,37 R$ 6,82 R$ 97,65 R$ 42,00 R$ 247,10
Escavadeira hidráulica (35 a 40 t) R$ 74,10 R$ 48,16 R$ 7,73 R$ 120,44 R$ 42,00 R$ 292,43
Escavadeira hidráulica (40 a 46 t) R$ 122,44 R$ 70,25 R$ 7,86 R$ 136,71 R$ 42,00 R$ 379,26
Motoniveladora (140 a 170 hp) R$ 64,95 R$ 40,01 R$ 4,45 R$ 52,08 R$ 45,00 R$ 206,49
Motoniveladora (180 a 250 hp) R$ 79,02 R$ 46,03 R$ 5,65 R$ 65,10 R$ 45,00 R$ 240,80
Retroescavadeira (70 a 100 hp) R$ 32,66 R$ 18,28 R$ 2,76 R$ 26,04 R$ 31,50 R$ 111,24
Trator agrícola (100 a 110 hp) R$ 23,23 R$ 14,68 R$ 1,44 R$ 32,55 R$ 33,60 R$ 105,50
Trator de esteiras (100 a 130 hp) R$ 81,62 R$ 41,30 R$ 5,12 R$ 48,82 R$ 30,00 R$ 206,86
Trator de esteiras (130 a 160 hp) R$ 86,19 R$ 40,34 R$ 6,78 R$ 52,08 R$ 30,00 R$ 215,39
Trator de esteiras (160 a 230 hp) R$ 82,52 R$ 48,42 R$ 8,46 R$ 65,10 R$ 34,50 R$ 239,00
Trator de esteiras (250 a 380 hp) R$ 193,33 R$ 114,90 R$ 20,89 R$ 123,69 R$ 39,00 R$ 491,81
• O Custo Horário Sobratema reflete unicamente o custo do equipamento trabalhando em condições normais de aplicação, utilizando-se valores médios, sem englobar horas
improdutivas ou paradas por qualquer motivo, custos indiretos, impostos e expectativas de lucro. Os valores acima, sugeridos pela Sobratema, correspondem à experiência prática de
vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que todos os fatores podem ser influenciados pela marca escolhida,
o local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidade de execução do serviço. Valores referentes a preço FOB em São
Paulo (SP). Mais informações no site: www.sobratema.org.br
• A consulta ao site da Sobratema, gratuita para os associados, é interativa e permite a alteração dos valores que entram no cálculo. Descritivo: Equipamentos na configuração
padrão, com cabina fechada e ar condicionado (exceto compactador de pneus e trator agrícola), tração 4x4 (retroescavadeira e trator agrícola), escarificador traseiro (motoniveladora
e trator de esteiras > 120 hp), lâmina angulável (trator de esteiras < 160 hp) ou reta (trator de esteiras > 160 hp), tração no tambor (compactador), PTO e levantamento hidráulico
(trator agrícola). Caminhões com cabina fechada e ar condicionado, caçamba com revestimento (OTR), retardador (OTR), comporta traseira (articulado), caçamba 11 m³ solo
(basculante rodoviário 26 a 30 t) ou 12 m³ rocha (basculante rodoviário 36 a 45 t), tanque com bomba e barra espargidora (irrigadeira). Caminhão comboio com 3.500 l a diesel,
1.500 l água, 6 reservatórios e bomba de lavagem. Referência: Maio/2015

84 REVISTA M&t
MANUTENÇÃO

IMAGENS: REPRODUÇÃO
Potência elevada
sem riscos
Lubrificação é um
cuidado essencial para
o bom funcionamento
de turbocompressores,
que trabalham em alta
temperatura e rotação
O s turbocompressores são
utilizados tanto em mo-
tores de ciclo Otto quanto
de ciclo Diesel. Em moto-
res Diesel, esses sistemas
têm a importante função de assegurar o
fornecimento de uma maior quantidade
de ar na admissão, de modo a aumentar a
eficiência e a potência do processo, além
rotativos, ambos situados nas extremidades
opostas de um mesmo eixo. O gás de es-
capamento é utilizado para girar o rotor da
turbina, seguindo depois para a atmosfera,
enquanto o ar de admissão é comprimido
pelo compressor e admitido no cilindro, já
com uma pressão positiva sobre o pistão,
aumentando a compressão e melhorando a
mistura ar-combustível.
de reduzir o consumo de combustível. Os turbocompressores são projetados
para aumentar a Um motor de aspiração natural com cilin- para suportar temperaturas da ordem de
drada de 6 l, por exemplo, tem uma potên- 840oC e rotações da ordem de 180 mil rpm.
potência do motor cia aproximada de 220 hp e pesa quase 300 Seus principais componentes são o elemen-
kg. Um motor turbinado de mesma potência to compressor (formado por turbina, com-
terá uma cilindrada de 2,5 l e pesará 115 kg. pressor, eixo e carcaça central), carcaças da
Ou seja, com o turbocompressor a propul- turbina e compressor. A carcaça central sus-
são será mais econômica e terá uma melhor tenta o eixo por meio de dois mancais flutu-
relação peso-potência. antes, cuja lubrificação é feita com o óleo do
Estruturalmente, o turbo compressor é motor através de galerias situadas na peça.
composto por turbina e compressor de ar O óleo passa pelos mancais e lubrifica o eixo

JULHO/2015 85
MANUTENÇÃO
aos vazamentos. Note-se que o excesso de
viscosidade também pode causar deficiência
de lubrificação.
No entanto, a falta de óleo nos mancais
do turbo pode decorrer não apenas de va-
zamentos, mas também devido a diversos
fatores externos, como pressão elevada dos
gases de escapamento no cárter do motor,
dreno entupido, nível baixo de óleo no cár-
ter, excesso de temperatura na saída dos
gases e outros.
Quando a lubrificação é insuficiente ou
se utiliza óleo inadequado (por estar fora
da especificação ou pela troca não ser efe-
tuada no período especificado), o aumen-
Avaliação de compenentes do sistema é essencial to de temperatura poderá danificar o eixo
e os mancais flutuantes. Nessa situação, o
– fazendo também sua refrigeração – e en- se deve acelerar o motor antes de desligá-
eixo terá uma coloração azulada e os man-
tão retorna ao cárter do motor. -lo, pois o turbo continuará girando por
cais apresentam com riscos. Também pode
Nessas condições de trabalho, a lubrifi- inércia, sem lubrificação.
ocorrer perda das condições de vedação dos
cação é fundamental. De fato, a principal
anéis da carcaça central.
causa de avarias é a negligência na manu-
tenção do óleo do motor, como mostrado
LUBRIFICAÇÃO Como o óleo lubrificante do turbo é o do
Quando se diz que a lubrificação é um cárter do motor, o risco de contaminação é
adiante. Porém, antes de iniciar a avaliação
procedimento fundamental da manuten- alto. As principais causas de contaminação
do turbo, também é importante verificar se o
ção em turbocompressores, evidencia-se podem incluir a saturação do filtro de óleo,
eventual problema não está em outros com-
a necessidade de bom funcionamento do motor recondicionado com impurezas nas
ponentes do sistema, tais como mangueiras,
sistema de lubrificação do motor, particu- galerias, óleo carbonizado devido às altas
braçadeiras, filtros de ar, sistema de injeção,
larmente no que diz respeito à filtragem e temperaturas geradas, partículas provenien-
juntas, conexões e outros.
Na partida do motor, é importante mantê-lo
sem carga e em baixa rotação durante 1 (um)
minuto, para que o óleo do cárter chegue até
o turbocompressor e a pressão nos mancais
atinja o valor de operação, estabilizando-se.
Se isso não for feito, poderá faltar óleo para
lubrificação do turbo no início da operação,
ocorrendo danos por falta de lubrificação.
Da mesma forma, na parada do motor, é
necessário aguardar alguns segundos para
que a rotação do turbo se reduza. Caso
contrário, o óleo acumulado na carcaça
central, em contato com as partes aqueci-
das, também irá se aquecer, podendo quei-
mar os componentes. Evidentemente, não

Esquema do
turbocompressor

86 REVISTA M&t
de modo a verificar se não há algum com-
ponente ou partes soltas nas tubulações. Os
principais sintomas de problemas desse tipo
são perda de potência, ruídos anormais, va-
Azulamento do eixo devido ao aumento de
temperatura causado pela falta de lubrificação zamentos e excesso de fumaça.
Quando ocorre uma obstrução na tubu-
lação de admissão ou de escapamento, é
gerado um esforço axial nos mancais, inclu-
sive nos mancais de encosto, o que acelera o
desgaste desses componentes, aumentando
o consumo de óleo e criando a possibilidade
de contaminação do ar de admissão.
Além disso, devido ao trabalho em alta
rotação, o turbocompressor precisa ter um
perfeito equilíbrio de pressões entre os sis-
temas de admissão de ar e de escapamento.
Quando ocorre o desequilíbrio dessas pres-
tes do desgaste de outros componentes do Essas impurezas podem bloquear as ca-
sões, o conjunto rotativo é forçado axial-
motor e resíduos de combustão incompleta. naletas de lubrificação da carcaça central e
mente, causando desgaste dos componen-
O aumento de temperatura na carcaça de lubrificação dos mancais, acelerando seu
tes internos, vazamento, ruídos anormais e,
central também pode provocar a formação desgaste. Nessa situação, podem ser obser-
em alguns casos, emissão de fumaça branca.
de borra, neste caso bloqueando a passagem vados riscos distribuídos uniformemente no
As principais consequências dessa situação
de óleo pelos mancais e danificando-os, com perímetro das superfícies dos casquilhos,
incluem o desgaste tanto do rotor da turbi-
consequentes danos também no eixo. Assim, eixo da turbina e cartucho central.
na e da proteção térmica (devido ao atrito),
além de verificar o nível de óleo no cárter, é O desgaste acelerado pode causar des-
como dos canais de alojamento dos anéis
preciso verificar se há vazamentos ou obstru- balanceamento dos conjuntos, com conse-
de segmento (colar e eixo) e do mancal de
ções nas linhas de lubrificação do turbo. quências graves, tendo em vista as rotações
encosto e colar, além de provocar desbalan-
A manutenção deficiente do óleo fará envolvidas. Também causará um aumento
ceamento e atrito dos rotores nas carcaças.
com que o óleo perca parte de suas pro- das folgas radiais, que produz o roçamento
priedades lubrificantes devido à diluição e à dos rotores nas respectivas carcaças.
deterioração química, aumentando a quan-
tidade de impurezas sólidas que circularão RISCOS
pelo sistema se o filtro estiver obstruído. A entrada de objetos pode ocorrer tan- Avarias nas pás do rotor da turbina
to no lado de admissão como no lado de
Mancal danificado escape. Os objetos podem ser desde partes
de filtros, juntas ou peças danificadas, como
anéis ou válvulas do motor, porcas, parafu-
sos etc. O risco é que esses componentes
danifiquem o rotor ao passar por ele, cau-
sando dobragem ou ruptura das aletas.
Uma única pá de rotor danificada cau-
sará desbalanceamento do eixo, com uma
progressão de agravamento dos danos que
poder chegar à destruição completa do tur-
bocompressor. Por essa razão, recomenda-se
uma inspeção cuidadosa do sistema nas ma-
nutenções do turbocompressor e do motor,

JULHO/2015 87
MANUTENÇÃO
Confira alguns itens de inspeção
Os principais indícios de problemas decorrentes de deficiências ou falhas excesso de pressão no cárter ou posicionamento incorreto da
no turbocompressor são perda de potência, emissão de fumaça (branca ou carcaça central.
preta), ruídos anormais e consumo excessivo de combustível. Basicamen- • Inspeção da carcaça e rotor do compressor: proceder de forma similar
te, a detecção compreende: à detalhada para a carcaça e rotor da turbina. A presença de óleo
• Inspeção externa do turbocompressor: parafusos, porcas, arruelas, também pode ser devida à restrição no sistema de admissão, antes
conexões soltas, tubulações de óleo danificadas, carcaças trincadas, do turbo (a pressão de óleo poderá exceder a pressão do compressor
corroídas ou danificadas, vazamentos, problemas de instalação. e o óleo será aspirado).
• Inspeção da carcaça e rotor da turbina: remover as conexões do • Verificação de ruídos ou folgas excessivas: aperto de conexões,
escapamento e verificar a carcaça e rotor (danos, vazamento de óleo roçamento dos rotores, folgas axiais.
e roçamento). Caso positivo, desmontar e analisar. Com respeito a • Fumaça preta: se houver assobio, haverá perda de pressão ou vaza-
vazamentos: mento de ar. Verificar a restrição do filtro de ar, acúmulo de sujeira
- Se o vazamento vem do motor, inspecioná-lo conforme instru- no rotor do compressor, juntas soltas nas tubulações e passagem
ções do fabricante; se os depósitos forem excessivos, desmontar e interna de gás.
analisar o turbo. • Fumaça branca ou azulada: indica queima de óleo lubrificante.
- Se o vazamento vem da carcaça central, verificar se há depósitos Verificar balanceamento do conjunto, obstrução no retorno de óleo e
na carcaça. Se houver, pode ocorrer obstrução no retorno do óleo, avarias nos rotores.
Causas e ações corretivas de avarias

88 REVISTA M&t
Entrevista
ODAIR RENOSTO
Há exatamente um ano, Odair Renosto assumiu a pre-
sidência da Caterpillar Brasil com a missão de expandir
os negócios no país em um período de desafios político-
-econômicos. Experiência para isso não falta. Na empresa
desde 1981, o executivo já passou pelos setores de finan-
ças, planejamento, produção e estratégia de produtos da
fabricante norte-americana.
Nascido em Laranjal Paulista (SP), o executivo paulista
é formado em Administração de Empresas, com MBA em
Gerenciamento de Negócios pela FEA/USP e MBA para
executivos pela Universidade Stanford (EUA). Nos últimos
11 anos, sua atuação de liderança levou-o a diferentes
ambientes da organização, passando por vários países e
posições. Anteriormente, o executivo foi gerente de ope-
rações na unidade de Piracicaba (SP) e gerente comercial
IMAGENS: CATERPILLAR

em Peoria (Illinois) e Miami (Flórida), além de atuar por


dois anos no escritório de Genebra (Suíça), de onde voltou
para assumir a operação brasileira.
Como presidente no Brasil, Renosto tem a incumbência de
liderar as duas operações da Caterpillar no país – em Piraci-
caba (SP) e Campo Largo (PR) –, incluindo todos os processos
da cadeia de valor de manufatura para equipamentos como
tratores de esteira, escavadeiras, motoniveladoras, pás car-
regadeiras, retroescavadeiras, compactadores de solo e com-
ponentes. Com uma visão global do setor, o administrador
também acumula a função de country manager, incluindo
responsabilidades de relacionamento com a mídia e inter-
face com as autoridades. Nesta entrevista exclusiva, conce-
dida durante a M&T Expo 2015, Renosto comenta assuntos
relacionados a conjuntura, mercado, estratégias, tecnologia,
tendências e outros tópicos. Acompanhe.

“No futuro, também


vamos vender ideias”
JULHO/2015 89
Entrevista I Odair Renosto

Expectativa é pela retomada das obras que estavam paradas e de outras já desenhadas, diz executivo
M&T – Como a empresa ajustou a no ano que vem, mas estamos tentan- -sal tiveram uma queda em função do
produção à demanda mais baixa? do poupar ao máximo o desligamento. preço baixo do petróleo, tendo uma
Odair Renosto – Tivemos uma re- M&T – Qual foi o tamanho da que- esfriada. Mas outros não, até com vo-
dução na capacidade, o que levou a da nos negócios para a empresa? lume maior que o previsto.
férias coletivas escalonadas. Também Odair Renosto – A Caterpillar Inc. M&T – O pacote de concessões traz
tivemos de ajustar o número de fun- divulgou uma queda de 44% no pri- otimismo para o setor?
cionários de acordo com o volume de meiro trimestre na América Latina. É Odair Renosto – É uma notícia boa.
produção e de vendas. No entanto, es- uma informação pública, sendo que Nossa expectativa é pela retomada
tamos fazendo de tudo para manter, todo o continente latino-americano das obras que estavam paradas, e de
tendo o desligamento como último re- teve uma queda. Por isso, buscamos outras que já estavam desenhadas.
curso. Já lançamos mão de férias cole- novos mercados e – com a introdução Com modelo de concessão já desen-
tivas, redução de jornada, realocação de novos modelos – abrimos um pou- volvido, isso deve acontecer mais rá-
de áreas, mudança de turnos etc. Isso co mais o leque para exportar. Mas a pido. Outras, que ainda dependem de
permitiu diminuir os desligamentos. É queda foi significativa, incluindo mine- um desenho da concessão, incluindo
uma mão de obra especializada, que ração, construção e os demais setores. licença ambiental, devem mesmo fi-
leva tempo para ser treinada. Às ve- M&T – Qual família de produtos foi car para 2017 ou 2018. Mas para o
zes, desligar é mais caro do que con- mais atingida? final este ano e início do próximo,
tratar e treinar. Nossa política é tentar Odair Renosto – Afetou todas as fa- teremos uma continuidade das obras
manter o nível de emprego, dentro do mílias de equipamentos. Apenas teve que estavam paradas. Ou seja, serão
possível. Temos conseguido adminis- momentos diferentes de impacto. concluídas. Dois projetos, que já esta-
trar. Ainda acreditamos numa retoma- Os equipamentos maiores sofreram vam com o desenho preparado e com
da, mas está difícil. Veremos se será primeiro e os menores depois. Em licença ambiental obtida, sairão antes.
no último trimestre do ano, se vai ser geradores, alguns atrelados ao pré- M&T – Quais são as projeções para

90 REVISTA M&t
o segundo semestre? davam este tipo de tecnologia. Na desperdício de tempo. Também não
Odair Renosto – Não devemos ter concorrência, alguns ainda terão de ocorrem danos ao equipamento devi-
um melhoria ainda neste ano, pois investir. Então, é uma vantagem com- do a operações incorretas, ou mesmo
temos muitos equipamentos parados. petitiva. Estamos preparados, sem a estresse e fadiga do operador. Ou seja,
Há um excedente. Mas é uma oportu- necessidade de investimentos adicio- há uma maximização da utilização e
nidade para as construtoras médias nais. Já em relação aos importados, a redução de custos, seja com operador,
se juntarem, formando consórcios nova legislação vai tirar aqueles que treinamento ou serviço. E tudo o que
para pegar essas obras. Muitas gran- competem em desigualdade. o cliente quer é justamente aumentar
des estão com problemas de crédito. M&T – Qual foi o grande avanço re- a lucratividade. Até então, o que exis-
Por isso, a expectativa é de começar cente nesta indústria? tia era uma máquina que aprendia a
a ter certo aquecimento, mas ele vai Odair Renosto – Talvez um grande repetir a operação, mas agora é pos-
ser pequeno, mais na venda de peças, avanço seja o que a gente chama de sível fazer toda a operação do equi-
para manter a frota rodando. Mas no “frota autônoma”, ou seja, a operação pamento remotamente. Os sensores
ano que vem, com essas obras adian- da frota à distância, incluindo carrega- fazem a comunicação via satélite ou
tadas, já teremos algum impacto. No mento, transporte, manobras e todos telefonia celular, dependendo da re-
Rio Grande do Sul, por exemplo, duas os movimentos. No exterior, o geren- gião e da distância do módulo de con-
concessões já estão bem adiantadas e ciamento autônomo já esta disponível trole. No Brasil, ainda não temos isso.
devem sair mais rápido que as outras. para toda a nossa linha. Uma pessoa M&T – O que a empresa desenvol-
O prazo para dimensionar, negociar em Atlanta pode operar uma frota em ve na área de híbridos?
modelo, tirar licença etc. é muito lon- Tucson, por exemplo. Em uma mina Odair Renosto – Começamos com a
go. É necessário bastante tempo. com riscos de acidentes, não há expo- escavadeira 336 híbrida, que oferece
M&T – Como a flutuação do câm- sição do operador. Além da economia uma economia de 43% no consumo
bio afeta os negócios? com a propriedade do equipamento, de combustível, além de não poluir.
Odair Renosto – O real mais fraco pois se dimensiona a frota adequada- Sem falar na produtividade, que é até
ajuda de duas maneiras. De um lado, mente, com ciclos corretos que evitam maior. Posteriormente, o projeto foi
você nacionaliza peças e componen-
Para Renosto, nova legislação sobre emissões tende a refratar players que competem em desigualdade
tes, que até então eram importados,
com mais facilidade e viabilidade eco-
nômica. Além de [representar] um
aumento de competitividade para
exportação. Mas também há um im-
pacto desfavorável no mercado do-
méstico. Quando o preço de vendas
é convertido para dólar, ocorre uma
queda na receita das vendas domés-
ticas. Então, há um lado que ajuda e
outro em que é desfavorável. É preci-
so ter um equilíbrio.
M&T – Como uma nova legislação
de emissões mais rígida favorece a
empresa?
Odair Renosto – A vantagem que te-
mos é de já ter feito os investimentos
na atualização da linha de produtos. Já
fornecíamos para países que deman-

JULHO/2015 91
Entrevista I Odair Renosto
expandido para outros modelos, de o percentual de substituição das híbri- não ter atingido o nível necessário.
modo que já temos vários protótipos das já é bem alto. Mas isso está sendo trabalhado para
rodando. O investimento inicial é um M&T – Quais são as principais ten- melhorar. E, considerando o volume
pouco maior, mas o que se ganha com dências de inovação no setor? de investimento que está sendo fei-
a economia de combustível compensa Odair Renosto – A Caterpillar está to, entre cinco e dez anos já veremos
o custo. sempre investindo pesado em inova- isso funcionar. No futuro, vamos ven-
M&T – Porque a dificuldade para ção. Inclusive, foi criada uma divisão der intellectual property. Acreditamos
emplacar híbridos no Brasil? na empresa especialmente para dedi- muito nisso.
Odair Renosto – É uma tecnologia car-se a projetos de inovação. Como M&T – A diversificação é estratégi-
fantástica, uma história de sucesso. a impressora 3D, por exemplo, uma ca para a empresa?
Mas ainda apresenta algumas desvan- tecnologia que vai revolucionar não Odair Renosto – Além de cons-
tagens. Primeiro, não se fabrica aqui. só a indústria, como a maneira com trução e mineração, a Caterpillar
Isso torna o custo de aquisição ainda que vemos as coisas. A ideia inicial é ingressou em transportes, ferro-
maior, com imposto de importação. produzir as peças. A pessoa baixa o vias, geração de energia e outros
Depois, na cabeça das pessoas, talvez software e uma impressora 3D fabrica segmentos. A empresa está sempre
por causa da experiência automobi- a peça. A tecnologia já existe para fa- procurando investir em tecnologias
lística, a tecnologia de equipamentos zer peças grandes e os materiais já es- que vão nos manter vivos no futuro.
diesel-elétricos ainda não é muito tão disponíveis, seja alumínio, cobre, Inclusive, essa nova divisão de ino-
avançada. “Hum, será que tem a mes- ferro, plástico, borracha ou quaisquer vação é um esforço para não correr
ma durabilidade?”, a pessoa pensa. outros. Diversos materiais juntos. Atu- o risco de obsolescência tecnológica
Ou seja, existe uma dúvida, um pro- almente, o problema a solucionar é o por acomodação.
blema de percepção. E isso ainda vai tempo ainda um pouco longo demais
levar um tempo para se consolidar. do processo. Além do tratamento tér- Saiba mais:
Caterpillar: brasil.cat.com
Talvez uns dois ou três anos. Lá fora, mico – que dá solidez às peças – ainda

Indústria investe na maximização da aplicação, seja com operador, treinamento ou serviço

92 REVISTA M&t
SUPLEMENTO especial

ompactos &
FEIMAFE

Ferramentas

Diferencial
nos detalhes
Empresas investem em inovações tecnológicas para aprimorar os processos produtivos
e obter ganhos de eficiência energética na indústria de transformação

Por Melina Fogaça

A tecnologia é “o” diferencial dos nossos tempos. evento é prioritariamente destinado a máquinas e ferramen-
Atualmente, é impensável um equipamento se destacar tas para processos de manufatura, sejam de grande porte ou
dos demais sem ser por meio da inovação tecnológica. Tal manuais. “A Feimafe é um evento técnico, sendo que 25%
percepção já é ponto pacífico na indústria. O que muitas dos profissionais que visitam o evento atuam na área técnica
vezes passa despercebido ao observador é o fato de que a e 49% na parte de decisão de compra”, explicou. “Assim,
inovação em equipamentos para construção – ou mesmo o público alvo inclui indústrias e prestadores de serviço,
outros maquinários móveis pesados – também é embasada enquanto os visitantes são principalmente engenheiros e
nas ferramentas que auxiliam em sua montagem e produção proprietários de empresas.”
industrial, garantindo maior precisão, eficiência e qualidade O setor de máquinas-ferramenta inclui soluções para mol-
aos processos e produtos. des, fundição e sistemas de solda, compondo 45% do total
No Brasil, o investimento nessas tecnologias é um dos de expositores da Feimafe. Já o de ferramentas, que inclui
principais enfoques de eventos como 15ª Feimafe (Feira equipamentos de corte e abrasivos, elétricos e pneumáticos,
Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integra- representa 14% dos participantes.
dos de Manufatura), realizada na capital paulista. Realizada
bienalmente, neste ano a feira contou com a participação de EFICIÊNCIA
1.400 marcas, sendo 936 nacionais e 442 internacionais, que As soluções para a crise de geração de energia constituem
receberam a visitação de 64 mil pessoas. um bom exemplo. Com as incertezas em relação ao raciona-
De fato, segundo Alexandre Telles, diretor da Feimafe, o mento de luz em alguns estados, as empresas vêm buscando

JULHo/2015 93
ompactos & Ferramentas

RADAR
desenvolver equipamentos que reduzam o nagem e sistemas de

ATLAS COPCO
consumo de energia e, ao mesmo tem- filtração, refrigeração
po, aumentem a eficiência em relação à e lavagem de peças,
produtividade. além de outras apli-
Segundo Marcelo Zoega de Lima, geren- cações. “As bombas
te de produto da Atlas Copco, desenvolver MTS são equipadas
equipamentos que viabilizem ganhos de com motor espe-
eficiência energética tem sido há tempos cialmente projetado
uma das principais para dar um número
Nova empilhadeira GRUNDFOS estratégias adotadas maior de partidas
ganha maior capacidade pela empresa para se sem comprometer
de carga tornar mais atrativa ao a parte elétrica”, in-
A Paletrans anuncia o início da mercado. formou Silva. “E esta Em alta,
produção de sua nova Linha LM compressores de ar
Com foco nesse viés, característica reflete viabilizam ganhos de
de empilhadeiras manuais. Em a fabricante apresen- diretamente no con- eficiência energética
relação aos modelos já existentes, tou na Feimafe uma sumo de energia, que
o diferencial do novo modelo linha de equipamentos sofre uma redução de
LM1516 é a capacidade de carga como os compressores 10% a 15%.”
de 1.500 kg (50% maior que a de ar VSD+. O modelo
geração anterior), além de o equi- GA 7-37, por exemplo, SOLDAGEM
pamento contar com capacidade tem a capacidade de O setor de soldagem foi um dos mais
de elevação de 1,6 m. reduzir o consumo de representativos durante a Feimafe, que
www.paletrans.com.br energia em 50%, em registrou a participação de mais de 30
Bomba para aplicações média. “Para isso, a empresas do segmento. De acordo com
de alta pressão tecnologia GA Variable Daniel Almeida, diretor executivo da
Speed Drive+ apresenta Associação Brasileira de Soldagem (ABS),
ajuste automático da atualmente as empresas brasileiras têm
velocidade do motor para corresponder o acesso ao que há de mais avançado em
suprimento de ar comprimido à demanda”, tecnologia de soldagem.
enfatizou Zoega. “No preço final dos produtos, a soldagem
O compressor conta ainda com motor corresponde a um custo bem pequeno”,
Íman Permanente Interior (IPM), paten- afirmou Almeida. “No entanto, os produtos
teado pela Atlas Copco e que dispensa a para soldagem são especialmente indicados
necessidade de fluxo de ar de arrefeci- para uma série de aplicações, como monta-
Prensas manuais mento, além de não precisar reaplicar o gem, reparos e manutenções de estruturas
aumentam controle em lubrificante, garantindo aumento da vida metálicas, serralherias, oficinas, caldeirarias
ensaios de materiais útil operacional. e indústrias metalúrgicas em geral.”
Composto por anel e dinamo-
A Grundfos também apresenta ao
métrico com capacidade de 5.000
mercado equipamentos que garantem
kgf, o modelo Marshall mede a
a produtividade e eficiência energética,
fluência e estabilidade de misturas
porém voltados para a área de sistemas de
betuminosas. Já o modelo CBR
bombeamento, como a nova geração das Robô reduz
conta com duas manivelas, uma de custos de projeto
bombas imersíveis de parafuso MTS.
avanço lento para ensaio e outra e manutenção em
Segundo Claudinei Silva, responsável
com avanço rápido para retorno e soldagem a arco
pelo relacionamento com fabricantes
aproximação do pistão, informa a
de máquinas OEM, a bomba imersível é
fabricante Petrodidática.
indicada para aplicações que exigem alta
ABB

www.petrodidatica.com.br pressão e precisão, como centros de usi-

94 REVISTA M&t
SUPLEMENTO especial
RADAR
afirmou, complementando que a ferramen-
VONDER

ta tem capacidade de soldar eletrodos de


até 2,5 mm.

FERRAMENTARIA
A fabricante de ferramentas elétricas e
manuais Stanley Black & Decker apro-
veitou a Feimafe para comemorar os 20
Retificador/inversor para solda tem
anos da marca de ferramentas industriais
Soluções para
aplicação em serralherias e oficinas
DeWalt na América Latina. Dentre os
aparafusamento
Voltada para o desenvolvimento de produtos da empresa, ganharam desta-
atendem a diversas
tecnologias de automação, a ABB apre- que a trena laser TLM 99s (equipada com
áreas
sentou o robô IRB 1520 ID, projetado para A Enerpac apresenta suas
conexão via Bluetooth e capaz de calcular
reduzir custo de projeto e manutenção em novas chaves de torque pneumá-
área, volume e distância), a chave múl-
soldagem a arco. Conforme frisou Daniel ticas de baixa vibração da Série
tipla Twintec (que se adapta a diversos
Diniz, gerente de vendas da ABB, o robô PTW, que – segundo a empresa
tipos de encaixe, como hexagonal, 12
tem alcance de 1,5 m, com capacidade de – garantem saída constante de
pontos, estrela, quadrado, arredondado
carga de 4 kg. “Esse equipamento é um torque e reduzem o período de
e gancho) e dois carrinhos para ferra-
dos diferenciais da empresa na construção inatividade em aplicações de
mentas (modelos de 3 e 7 gavetas, com
e fornecimento de células padronizadas aparafusamento nas áreas de
capacidade de 100 ferramentas cada).
de solda a arco visando à otimização de mineração, geração de energia e
“Pautamos nosso negócio em levar
custos”, destacou. óleo & gás.
aos usuários soluções diferenciadas em
A Vonder é outra empresa que aposta ferramentas”, comentou Gaston Lorenzo, www.enerpac.com
nesse segmento. Nesse rol, a marca apre- diretor de marketing da empresa. “Para
senta diversos produtos em seu portfólio isso, precisamos estar constantemente
que – segundo o consultor técnico Fabio em contato com o mercado, para ouvir as
Oliveira – facilitam a operação em relação demandas e apresentar as novidades.”
a transporte, manuseio e alcance em Já a Tramontina apresentou novos
lugares de difícil acesso. “Os produtos produtos no segmento de instrumentos de
visam a ampliar as opções de solda e, medição, como os paquímetros universais
além disso, causam menos fadiga a quem da Linha PRO de ferramentas industriais.
os utiliza”, ressalta. De acordo com a empresa, as ferramentas
Dentre os principais produtos apresenta- permitem quatro tipos de medições: in-
dos pela Vonder está a máquina para solda terna, externa, ressaltos e profundidades,
MM 150. Com alimentação monofásica sendo disponibilizadas nos tamanhos 150 Produto repara correias
(220 V) para solda com arame sem gás (0,8 mm, 200 mm e 250 mm. transportadoras
mm) e com gás (0,6 mm e 0,8 mm), a solu-
Produzida pela Quimatic Tap-
ção é indicada para soldas leves em chapas
matic, a borracha reparadora a frio
finas e pequenas estruturas metálicas.
Plasteel Flex 80 é um composto bi-
STANLEY

Outro destaque da empresa no evento foi


componente à base de poliuretano
a apresentação do retificador/inversor para
para reparo de esteiras. Utilizado
solda RIV 166, indicado para serralherias e
na forma líquida, o produto atua
oficinas. Segundo ele, aos poucos os inver-
sobre as áreas danificadas das su-
sores estão substituindo os transformadores
perfícies de borracha e obtém um
maiores, resultando em maior economia Trena a laser é acabamento liso e resistente em
de energia. “Além disso, pelo fato de serem capaz de calcular área,
volume e distância até 12 horas, garante a fabricante.
menores, também facilitam o transporte,
além de reduzirem a fadiga do operador”, www.quimatic.com.br

JULHo/2015 95
ompactos & Ferramentas

RADAR

“As empresas vêm buscando


desenvolver equipamentos
que reduzam o consumo de
energia e, ao mesmo tempo,
aumentem a eficiência em
relação à produtividade.”
Serra policorte oferece
maior durabilidade
Indicada para efetuar cortes em
material ferroso, a serra policor-
te F-12 da Ferrari possui morsa
ajustável e rolamentos blinda-
dos, o que garante lubrificação
MANUTENÇÃO oxidação. “Além da proteção, o produto di-
permanente e maior durabilidade.
Tecnologias que permitam reduzir o minui o tempo de preparação de máquina,
Segundo a fabricante, as ferramen-
custo – sem comprometer a qualidade – são já que não é necessário remover o proteti-
tas são indicadas para trabalhos
as mais procuradas por diversas indústrias. vo do metal”, destacou o especialista.
em serralherias, construção civil e
Segundo Walter Strebinger, diretor da Qui- Segundo Strebinger, além de moldes e
indústria.
matic Tapmatic, a empresa busca investir matrizes, o produto pode ser aplicado na
www.ferrarinet.com.br justamente em soluções para manutenção e proteção de peças acabadas de aço, ferro
proteção de maquinário que consigam isso. fundido, chapas de aço,
Em períodos de reces- tubos, perfis, peças es-
são, disse o especialista,

QUIMATIC
tampadas, assim como
a indústria deixa de in- em máquinas e equipa-
vestir em novos equipa- mentos armazenados
mentos e passa a fazer a
em locais cobertos.
manutenção dos atuais.
A empresa também
“Ao invés de comprar
mostrou a borracha re-
de forma prematura,
paradora a frio Plasteel
investir na manutenção
Flex 80, indicada para a
de máquinas e equipa-
recuperação de correias
mentos pode resultar em
Lavadora é indicada para uma economia de até
transportadoras e reves-
diversas aplicações 80% para a indústria,
Borracha reparadora é indicada para timentos vulcanizados
recuperação de correias transportadoras
Produzida pela JactoClean, a la- de peças em geral. O
dependendo do valor do
vadora de alta pressão J4800 conta produto, como explicou
equipamento”, acentuou.
com motor elétrico de indução, Strebinger consiste em um composto
Seguindo essa tendência, a Quimatic
com potência de 3 cv (monofásico bicomponente à base de poliuretano, flexí-
levou à Feimafe duas soluções para manu-
220 V) ou 4 cv (trifásico 220 V ou
tenção e produção industrial, incluindo o vel e resistente a tensões de alongamento
380 V). A solução pode ser apli-
ModelPro, um modelo desenvolvido para e à abrasão, com adesão sobre metais,
cada na limpeza de pátios, pisos,
conservar moldes e matrizes de injeção, borracha, concreto e madeira, dentre
estruturas metálicas, instalações
protegendo o metal contra ferrugem e outros materiais.
industriais e equipamentos agríco-
las em geral. *Compactos & Ferramentas é um suplemento especial
Saiba mais:
da revista M&T – Manutenção & Tecnologia. Reporta- Feimafe: www.feimafe.com.br
www.jactoclean.com.br
gem, coordenação e edição: Redação M&T.

96 REVISTA M&t
ANUNCIANTES - M&T 192 - JUlHo - 2015
ANUNCIANTE SITE PÁGINA
ACTIOIL www.actioil.com.br 64
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ASTEC www.astecdobrasil.com 61
BMC www.brasilmaquinas.com 33
BRASIF www.brasifmaquinas.com.br/melhorpreco 3ª CAPA
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CATERPILLAR www.caterpillar.com.br 21, 44 E 45
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CONEXPO LATIN AMERICA www.conexpolatinamerica.com/2015 59
CONSTRUCTION EXPO www.constructionexpo.com.br 57
DOOSAN INFRACORE www.doosaninfracore.com 9
GOLDHOFER www.goldhofer.de 39
INSTITUTO OPUS www.sobratema.org.br/opus 97
ITUBOMBAS www.itubombas.com.br 79
KOMATSU www.komatsu.com.br 11
LIEBHERR www.liebherr.com 19
LONKING www.lonkinggroup.com 2ª CAPA
MAXXIGRUA www.maxxigrua.com.br 66
MINUSA www.minusa.com.br 41
MONTABERT www.montabert.com 47
NEW HOLLAND www.newholland.com.br 29
NOVAS TÉCNICAS DE ASFALTO www.nta-asfaltos.com.br 63
PW HIDRO www.pwhidro.com.br 27
RETÍFICA ATATIBA www.retificaitatiba.com.br 23
SANDVIK www.construction.sandvik.com 49
SDLG www.sdlgla.com 15
SITECH www.sitechcb.com 43
SOLARIS BRASIL www.solarisbrasil.com.br 31
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TEREX www.terex.com.br 37
VOLVO CE www.volvoce.com 4ª CAPA
WEIR MINERALS www.weirminerals.com 53
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ter as melhores
Pessoas trabalhando
Para você é difícil,

e segurança mas ter o melhor das


Pessoas trabalhando
Para você é Possível.

O Instituto Opus já formou, preparou


e certificou mais de 5 mil profissionais
envolvidos na operação de equi-
pamentos para construção e minera-
ção. São mais de 400 empresas no
Brasil e no Exterior, que reconhecem
o Instituto Opus como referência em
excelência nos cursos ministrados
em suas unidades e “In Company”.
Para aumentar a capacitação de seus
profissionais, conte com a experiência
do Instituto Opus.

mais informações:
55 11 3662-4159
www.sobratema.org.br
COLUNA DO YOSHIO

Se não há vento, é preciso remar

N
o filme “O Mestre dos Mares” (“Master and Commander”, de Peter Weir,
lançado em 2003) há uma cena em que a viagem oceânica é interrom-
pida por uma calmaria desoladora. Sem ventos ou quaisquer perspec-
tivas, os marujos sentem-se impotentes diante da situação intolerável.
A tal ponto que o desespero começa a tomar conta da tripulação, que
marcelo vigneron

passa a buscar por um culpado. Nessa busca pela causa do infortúnio, o aspirante Hollom é
apontado pelos marujos como amaldiçoado.
Tal situação cinematográfica nos remete a outras circunstâncias da vida e do mundo dos
negócios. Afinal, não é exatamente assim que muitos empreendedores se sentem diante da
crise? E também não é apontando um desafortunado que, muitas vezes, buscamos expiar a
culpa pela situação difícil?
Em muitas áreas de negócios, os tempos favoráveis de crescimento e resultados satisfatórios
Nem sempre equivalem a surfar ondas altas e vibrantes. Mas nem sempre o sucesso nos negócios depende
exclusivamente da competência. Além de competência, um bom executivo também precisa
o que mais ter sorte e paciência. Atualmente, enfrentamos uma situação agonizante de paralisia em mui-
interessa é tos negócios, embora haja quem diga que ainda veremos o fundo do poço. O que o líder deve
fazer em situações como esta, com a empresa à mercê da falta de iniciativas e sem solução
o avanço da diante da crise?

remada, mas A resposta vem da Antiguidade. Como diziam os latinos, “si ventus non est, remiga!” (se não
há vento, reme!). Este provérbio aponta claramente a ação a ser tomada quando já não há
sim sair da vento que ajude na jornada dos negócios. Remar é muito mais trabalhoso e menos eficiente

situação crítica que velejar, deixando a impressão de que não vale a pena. Mas nem sempre o que mais inte-
ressa é o avanço da remada, mas sim sair da situação crítica para melhorar as chances de se
para melhorar encontrar uma saída.

as chances de se Diante de cenários de crise, qualquer empresa precisa “encurtar o horizonte”. Afinal, de nada
adianta projetar muito adiante quando a visibilidade é mínima. Sob a neblina, é preciso adotar
encontrar uma o farol baixo, estabelecendo prioritariamente objetivos de curto prazo visíveis à luz baixa. Com

saída” isso, o alcance dos resultados imediatos traz de volta a confiança de fazer algo útil e válido.
Quanto aos objetivos mais distantes, para chegar ao futuro desejado é necessário projetar
ações sem muito detalhamento, pois serão realizadas mais tarde. É como indicar que haverá
pontes no caminho, sem dizer muito sobre as condições das mesmas. Esses caminhos podem
ser de pedra ou apenas “pinguelas”, a serem trilhados quando chegar o momento certo. Desse
modo, não se tornarão motivo de distração para as equipes antes da hora.

*Yoshio Kawakami
é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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