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revista m&T - manutenção & tecnologia

Nº 196 - novemBRO - 2015 - www.revistamt.com.br - R$ 15,00


MINERAÇÃO - O desafio da competitividade

MINERAÇÃO
nº 196 - novembrO - 2015

O desafio da competitividade
Disponível
para download
Viva o Progresso.
Escavadeira hidráulica R 944 C.
 Confortável posto de comando
 Alta performance hidráulica
 Componentes principais produzidos pela Liebherr
 Potência efetiva, máxima eficiência e longa vida útil

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The Group
EDITORIAL

Abertura comercial é
prioritária para o Brasil
Maior acordo comercial da história, a recém-fechada atualmente a União Europeia possui 32 acordos de livre
“Parceria Transpacífico” (TPP) abrangerá 40% da comércio em vigor, seguida por Chile (21), China (15),
economia global e fortalecerá as 12 nações envolvidas EUA (14), México (13), Peru (12) e Colômbia (11), só para
em seu escopo, incluindo EUA, Canadá, México, Austrália, citar alguns.
Brunei, Chile, Japão, Cingapura, Malásia, Nova Zelândia, Em um mundo que se transforma com muita rapidez, ser
Peru e Vietnã. excluído das grandes cadeias produtivas de valor pode
Além de reforçar a posição dos EUA frente à China, fragilizar o país e significar um golpe em sua já combalida
o acordo prevê a derrubada de barreiras tarifárias, competitividade. Hoje, o país ocupa apenas a 31 a posição
regras uniformes de propriedade intelectual, combate nas exportações mundiais de manufaturados, apesar de
à corrupção, exportação de serviços e ações conjuntas ser a 11a nação mais industrializado do planeta.
de proteção ambiental. O fato de o Brasil ter ficado de A proliferação de acordos comerciais bilaterais é
fora deve ser analisado com atenção, pois sinaliza um explicada pelo fracasso do ambicioso acordo de Doha
descompasso na integração internacional e redefinição do (que iria redefinir os fluxos de exportações no mundo) e

“Ser excluído das grandes cadeias produtivas


de valor pode fragilizar o país e significar um
golpe em sua já combalida competitividade”

mapa mundial do comércio. pelo fato de que trazem vantagens inquestionáveis para
Segundo a Organização Internacional do Comércio as respectivas economias. Ao firmarem tais parcerias,
(OMC), atualmente 406 acordos bilaterais estão em os países buscam obter melhores condições de acesso
vigor no mundo. E, frente a essa proliferação de acordos a mercados externos, favorecendo seus produtos com
intrablocos, o Brasil tem ficado para trás, registrando um potencial de exportação. O resultado são preços mais
número reduzido de acordos de livre comércio selados competitivos, geração de receitas cambiais e aumento da
nos últimos 25 anos, desde que se tornou membro do capacidade industrial. Tudo isso, é preciso reconhecer,
Mercosul. viria em boa hora para o Brasil e também para sua
Neste rol, é possível citar o próprio Mercosul e alguns avançada indústria de máquinas e equipamentos.
acordos bilaterais no setor automotivo com países como
México, Peru e Colômbia. Como comparação, estudo da Permínio Alves Maia de Amorim Neto
Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que Presidente do Conselho Editorial

NOVEMBrO/2015 3
expediente
EXPEDIENTE índice
índice

Associação Brasileira de Tecnologia


para Construção e Mineração
Conselho de Administração
Presidente:
Afonso Mamede (Odebrecht)
Vice-Presidentes:
Carlos Fugazzola Pimenta (Intech)
Eurimilson João Daniel (Escad)
Jader Fraga dos Santos (Ytaquiti)
Juan Manuel Altstadt (Herrenknecht)
Mário Humberto Marques (Brookfield)
Mário Sussumu Hamaoka (Rolink)
Múcio Aurélio Pereira de Mattos (Entersa)
Octávio Carvalho Lacombe (Lequip)
Paulo Oscar Auler Neto (Odebrecht)
Silvimar Fernandes Reis (Galvão Engenharia)
Conselho Fiscal
Álvaro Marques Jr. (Atlas Copco) – Carlos Arasanz Loeches (Loeches) – Dionísio Covolo
Jr. (Metso) – Marcos Bardella (Brasif) – Permínio Alves Maia de Amorim Neto (Getefer) –
Rissaldo Laurenti Jr. (Camoplast Solideal)
Diretoria Regional
Ameríco Renê Giannetti Neto (MG) (Barbosa Mello) – Gervásio Edson Magno (RJ / ES)
(Queiroz Galvão) – José Demes Diógenes (CE / PI / RN) (EIT) – José Érico Eloi Dantas (PE / PB)

12
(Odebrecht) – José Luiz P. Vicentini (BA / SE) (Terrabrás) – Luiz Carlos de Andrade Furtado (PR)
(Consultor) – Rui Toniolo (RS / SC) (Toniolo, Busnello)
Diretoria Técnica
Aércio Colombo (Auxter) – Afrânio Chueire (Volvo) – Agnaldo Lopes (Komatsu) –
Alessandro Ramos (Ulma) – Ângelo Cerutti Navarro (U&M) – Arnoud F. Schardt
(Caterpillar) – Benito Francisco Bottino (Odebrecht) – Blás Bermudez Cabrera (Serveng
Civilsan) – Cláudio Afonso Schmidt (Odebrecht) – Edson Reis Del Moro (Yamana)
– Eduardo Martins de Oliveira (Santiago & Cintra) – Edvaldo Santos (Atlas Copco) –

MINERAÇÃO
Fabrício de Paula (Scania) – Giancarlo Rigon (BSM) – Guilherme Ribeiro de Oliveira
Guimarães (Andrade Gutierrez) – Ivan Montenegro de Menezes (New Steel) – Jorge
Glória (Comingersoll) – Laércio de Figueiredo Aguiar (Queiroz Galvão) – Luis Afonso D.
Pasquotto (Cummins) – Luiz A. Luvisario (Terex) – Luiz Gustavo R. de Magalhães Pereira
(Tracbel) – Marluz Renato Cariani (Iveco) – Maurício Briard (Loctrator) – Nicola D’Arpino
(New Holland) – Paulo Carvalho (Locabens) – Paulo Esteves (Solaris) – Paulo Lancerotti
Cultura da competitividade
(BMC Hyundai) – Pedro Luiz Giavina Bianchi (Camargo Corrêa) – Ricardo Fonseca
(Sotreq) – Ricardo Lessa (Schwing) – Ricardo Pagliarini Zurita (Liebherr) – Roberto
Marques (John Deere) – Rodrigo Konda (Volvo) – Roque Reis (CNH) – Sérgio Barrêto da
Silva (Renco) – Sergio Kariya (Mills) – Valdemar Suguri (Komatsu) – Wilson de Andrade
Meister (Ivaí) – Yoshio Kawakami (Raiz)
Diretoria de Comunicação e Marketing

20
Arlene L. M. Vieira
Assessoria Jurídica
Marcio Recco
Revista M&T – Conselho Editorial
MINERAÇÃO
Comitê Executivo: Permínio Alves Maia de Amorim Neto (presidente) –
Claudio Afonso Schmidt – Eurimilson Daniel – Norwil Veloso –
O novo sempre vem
Paulo Oscar Auler Neto – Silvimar Fernandes Reis
Membros: Adriana Paesman, Agnaldo Lopes, Benito F. Bottino, Cesar A. C. Schmidt,
Eduardo M. Oliveira, Gino R. Cucchiari, Lédio Vidotti, Leonilson Rossi, Luiz Carlos de A.
Furtado, Mário Humberto Marques e Pedro Luiz Giavina Bianchi
Produção
Editor: Marcelo Januário
Jornalista: Melina Fogaça
Reportagem Especial: Evanildo da Silveira, Joás Ferreira e Luciana Duarte
Revisão Técnica: Norwil Veloso
Gerente Comercial: Flávio Campos Ferrão

28
Publicidade: Diego Santos Batista, Edna Donaires,
Evandro Risério Muniz, Paulo Sabatine e Suzana Scotini Callegas
Assistente Comercial: Renata Oliveira CAÇAMBAS
Circulação: Karina de Oliveira Pereira
Produção Gráfica: Diagrama Marketing Editorial Múltiplas aplicações
A Revista M&T - Manutenção & Tecnologia é uma publicação dedicada à tecnologia,
gerenciamento, manutenção e custos de equipamentos. As opiniões e comentários
de seus colaboradores não refletem, necessariamente, as posições da diretoria da
SOBRATEMA.
Tiragem: 13.000 exemplares
Circulação: Brasil
Periodicidade: Mensal
Impressão: Vox Gráfica

Endereço para correspondência:


Av. Francisco Matarazzo, 404, cj. 401 – Água Branca
São Paulo (SP) – CEP 05001-000

33
Tel.: (55 11) 3662-4159 – Fax: (55 11) 3662-2192

COMÉRCIO EXTERIOR
Auditado por: Filiado à: Oportunidades para todos
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nº 196
- nove
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- 2015

Capa: Caminhão OTR realiza


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carregamento em jazida de minério

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(Foto: Caterpillar)

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Tecnologia
sem limites
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nº 196
O dEsAfIO

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- 2015
pEtIt IvIdAdE
Dispo
para Down nível
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40
INVESTIMENTOS
Infraestrutura logística

52
CONCRETO
Alternativas para o
negócio

42
EMPRESA

54
De olho no MOMENTO CONSTRUCTION
mercado Ambiente ativo de negócios

44
RETROESCAVADEIRAS

56
O abre-alas dos canteiros A ERA DAS MÁQUINAS
Uma revolução
subterrânea

48
MERCADO

59
MANUTENÇÃO
O ano dos
A base da segurança
grandes desafios
em içamentos

51 64
ENTREVISTA - ROBERTO LEOnCINI
EMPRESA
“Redução de custo
Aumentando a aposta
é o nome do jogo”

SEÇÕES
06 painel
68 Tabela
de Custos 69 Compactos
& Ferramentas 74 COLUNA
DO YOSHIO
PAINEL
Metso apresenta transportador
de correia modular
A empresa traz ao mercado um novo transportador de correia
com estruturas padronizadas em módulos de 5 m de comprimen-
to. Indicado para instalações de britagem e transportes de mate-
riais, o modelo TCM oferece opções de três comprimentos – 15 m,
20 m e 25 m – e aplicação de potências entre 7,5 hp e 25 hp.

Atlas Copco lança gerador


com dois motores
Apostando no segmento de locação, a fabri-
cante lança no Brasil o modelo QAC 1100 Twin Titan apresenta pneu
Power (de 1.100 kVA), que possui dois motores para o setor portuário
e tem autonomia de oito horas. Desenvolvido A fabricante introduz o modelo Super Smoo-
por engenheiros brasileiros, o produto conta th 40 PRTL para elevação de cargas, dotado de
com chassi vedado e permite acesso ao motor banda de rodagem lisa que – segundo a empre-
pelos dois lados, facilitando a manutenção. sa – proporciona melhor distribuição de carga
e aderência. Desenvolvido no Brasil, o modelo
possui construção de carcaça reforçada que
aumenta a durabilidade, garante a empresa.

PHD expande portfólio


com modelo florestal
A empresa ingressa no segmento com o lançamen-
to no mercado nacional do modelo PHD 13F80, um
guindaste com 13 mil Kgfm de capacidade (momento
de carga) e alcance máximo vertical do solo de 9.680
mm. A expectativa da fabricante é de comercializar
de 5 a 10 unidades mensais da nova linha.

WEBNEWS
Direção Casa Financiamento Rede Mercado Investimento
A Terex Corporation Com investimento A SDLG Financial Services Com a abertura de A Superior ingressa Com investimento
nomeou o executivo de R$ 25 milhões, já opera com o Finame- oito novos pontos no segmento de 300 mil dólares, a
John L. Garrison Jr. a AutoSueco PSI para as escavadeiras de serviços em britagem com LiuGong Machinery
como novo presidente inaugurou sua nova da marca produzidas 2015, a rede de a introdução inaugurou um Centro
e CEO da companhia, concessionária de na fábrica brasileira de concessionárias da da linha Patriot de Treinamento para
em substituição a caminhões e ônibus Pederneiras (SP). Scania chega a 122 de modelos de revendedores com 250
Ronald M. DeFeo. em Cuiabá (MT). A casas no país, em cone, que oferece m2 em sua fábrica de
estrutura conta com uma estrutura de produtividade de Mogi Guaçu (SP).
9,5 mil m2 e 12 boxes. 4.700 profissionais. até 730 ton/h na
faixa de 150-370 kW.

6 REVISTA M&t
Compactador Volvo.
Conforto com alto desempenho.

Produzidos no Brasil, os compactadores SD105 apresentam excelente desempenho ao


compactar diferentes espessuras e materiais em menos passadas. Suas cabines permitem
visibilidade ao redor do equipamento, oferecendo mais segurança e conforto para o operador.
É a tecnologia Volvo no caminho da produtividade. Conheça mais sobre os compactadores
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PAINEL
Mann-Filter introduz ESPAÇO SOBRATEMA
novos itens para
linha pesada GUIA DE EQUIPAMENTOS
Um dos lançamentos da empresa é Lançada durante o evento “Tendências no
o kit com elemento filtrante de ureia U Mercado da Construção”, a 9ª edição do Guia
630, indicado para os caminhões Iveco Sobratema de Equipamentos (2016-2017) reúne
Stralis, Tector e Vertis e Volvo FH, FM, especificações técnicas de 1.046 máquinas
FMX e VM, todos com motor Euro utilizadas para o manuseio de cargas, transporte
vertical e trabalho em altura. Ao todo, são abor-
V. Na linha de filtros, a multinacional
dadas 15 famílias de 67 fabricantes. Saiba mais
alemã anunciou o filtro blindado do em: www.guiasobratema.org.br
combustível WK 954/2x, indicado para
o range de caminhões Ford Cargo.
CONSTRUCTION EXPO
A Construction Expo 2016 (Feira e Congresso
Caçambas ganham Internacionais de Edificações & Obras de Infra-
novo sistema estrutura) será realizada entre os dias 15 e 17 de

de dentes junho do próximo ano. Um dos destaques será o


Salão da Sustentabilidade, uma iniciativa da par-
Os modelos de miniescavadeiras ceria entre Inovatech e Casa Aqua. Informações:
Case CX27B, CX36B e CX55B passam www.constructionexpo.com.br
a ser equipados de fábrica com a so-
lução SmartFit. Com dureza de 555
a 477 Brinell, o sistema conta com ESTUDO DE MERCADO
pino reutilizável com trava e pontas Apresentada no evento estratégico “Tendên-
reforçadas para – segundo a fabri- cias no Mercado da Construção”, a 9ª edição do
“Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de
cante – garantir melhor penetração
Equipamentos para Construção” será publicada
e taxa de utilização ao componente. na próxima edição de M&T (n°197, de dezembro/
janeiro).

FOCO
NÚCLEO JOVEM
Sabemos que apenas as máquinas O GT de NR’s continua os trabalhos para con-
tribuir com a revisão da NR-18, atualmente em
que comprovam, repetidamente, a
debate na CPR (Comissão Permanente Regional)
sua eficácia em condições cotidianas e na CPN (Comissão Permanente Nacional), for-
madas por representantes do governo, trabalha-
desafiadoras podem dar aos nossos dores e empregadores.

clientes uma vantagem decisiva”,


afirma Rodrigo R. Pereira, da área sales and
INSTITUTO OPUS
application engineering da Bomag Cursos em Novembro
09-13 Rigger Sede da Sobratema
16-19 Supervisor de Rigging Sede da Sobratema
23-25 Gestão de Frotas Sede da Sobratema

Curso em Dezembro
30/11-04 Rigger Sede da Sobratema
07-10 Supervisor de Rigging Sede da Sobratema

8 REVISTA M&t
Manitowoc construirá novo
centro na Alemanha
A fabricante anunciou que construirá um novo Cen-
tro de Verificação de Produtos (PVC) em uma área de
9 hectares próxima à planta de Wilhelmshaven, no
norte da Alemanha. No local, que terá aumento de
40% na capacidade de produção após a reforma, são
fabricadas as gruas todo-terreno da marca Groove.

Terex lança site de seminovos


A empresa acaba de lançar um serviço inédito
para comercialização de PTAs seminovas. No site, é
possível anunciar e comprar equipamentos, incluin-
do produtos da marca reformados e com garantia
de fábrica, que passam por análise estrutural, jate-
amento, pintura e recuperação de componentes,
diz a companhia.

Gênia
PAINEL
FEIRAS & EVENTOS

NOVEMBRO
AEM ANNUAL CONFERENCE
Changing Tides
Data: 2 a 4/11
RCO amplia fábrica em SP Local: The Ritz-Carlton Key Biscayne – Miami – EUA
BATIMAT 2015
Com projeção de crescimento em torno de 20% no ano, a RCO aumentou a capaci- International Building Exhibition
Data: 2 a 6/11
dade de produção por meio da ampliação de sua fábrica em Tambaú (SP). A obra, que Local: Paris Nord Villepinte – Paris – França
começou em meados de dezembro de 2014 e durou cerca de três meses, proporcionou NT EXPO
aumento de 35% no espaço físico da companhia. 18ª Negócios nos Trilhos
Data: 3 a 5/11
Local: Expo Center Norte – São Paulo/SP
BATILAUSANNE 2015
QBE Brasil lança Trade Fair for Construction Site Equipment
Data: 5 a 7/11
seguro para frotas Local: Expo Beaulieu Lausanne - Lausanne – Suíça
FENATRAN
A empresa traz ao mercado o QBE Max, um 20º Salão Internacional do Transporte
seguro específico para máquinas e equipamentos Rodoviário de Carga
Data: 9 a 13/11
de construção e mineração. Segundo a empresa, o Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi –
São Paulo/SP
produto inclui cobertura “all risks”, possibilitando a
EXPO ARQUITETURA SUSTENTÁVEL
contratação, em uma única apólice, de coberturas Feira Internacional de Construção,
Reforma, Paisagismo e Decoração
adicionais para quebra de máquinas, lucros cessan- Data: 10 a 12/11
Local: Expo Center Norte – São Paulo/SP
tes e responsabilidade civil.
TENDÊNCIAS DO MERCADO
DA CONSTRUÇÃO
Evento Estratégico da Sobratema
Cat apresenta celular Data: 11/11
Local: Espaço Hakka – São Paulo/SP
específico para canteiros COMPLAN 2015
Seminário Internacional sobre
Quarto smartphone lançado pela marca, o modelo S40 pos- Comunidades Planejadas do Brasil
Data: 12 a 14/11
sui processador quad-core com 1 Gb de memória RAM e roda Local: Novotel Barra da Tijuca – Rio de Janeiro/RJ
a mais recente versão do Android (5.1 Lollipop). À prova de DEZEMBRO/JANEIRO

água, poeira e queda, o aparelho traz ainda câmera fotográfi-


ca de 2 megapixels e câmera de vídeo de 8 megapixels, capaz DEZ/JAN
de gravar imagens com resolução de 1080p. SIMES 2015
II Simpósio Internacional de Impermeabilização
de Estruturas Subterrâneas
Data: 1o e 2/12
Local: Instituto de Engenharia – São Paulo/SP
STUVA EXPO 2015
CONTRAPONTO Trade Fair for Tunnelling and Tunnel Operation
Data: 1o e 2/12
A China não irá mais carregar o Local: Westfalenhallen – Dortmund – Alemanha
IBS 2016
mundo nas costas, o que vai tornar o The International Builders’ Show
Data: 19 a 21/01
mundo muito mais competitivo. Assim, Local: Las Vegas Convention Center –
Las Vegas – EUA
a grande questão é como obter o grau SHOWTEC 2016
Tecnologias e Soluções para o Agronegócio
de competitividade que o mercado Data: 20 a 22/01
Local: Fundação MS – Maracaju/MS
mundial está exigindo, especialmente
na área de mineração”,
crava Murilo Ferreira, presidente e CEO da Vale

10 REVISTA M&t
Construtora implanta
frota de drones nos EUA
Há dois anos, a Rogers-O’Brien Construction (ROB)
utilizou um quadcopter para realizar fotografias e
localizar um vazamento em um prédio em constru-
ção. Desde então, a empresa já estruturou uma frota
de dez drones, que produzem imagens de todas as
etapas do processo construtivo, da pré-edificação à
entrega dos projetos.

Hotel-grua é
destaque na Holanda
Localizado próximo ao porto de Harlingen, em
Amsterdã, o Faralda NDSM Crane Hotel possui suíte
instalada na cabine de controle de uma grua e se
estende por um segundo andar, de onde é possível
observar a capital holandesa através de janelas pano-
râmicas. Um elevador leva à cobertura do local, que
conta ainda com uma jacuzzi.

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TUDO MUDANDO, EXCETO O NOME!

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MUNDO
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tel: +54 3327 445991 E-mail : haulottebrasil@haulotte.com tel: +562 2 3727630 tel: +52 7 773 217 923
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MINERAÇÃO

Cultura da
competitividade
A
Em época de desafios, as
principais mineradoras
brasileiras apostam em
melhorias de processos e
tecnologias avançadas para
ssim como ocorre nas
demais esferas pro-
dutivas da economia
nacional, as palavras
mais pronunciadas no segmento de
mineração na atualidade são caute-
la, planejamento e, principalmente,
neração (Ibram) revelam uma queda
significativa no valor da produção
mineral brasileira. Em 2011, no ápice
do avanço da produção, o montante
chegava a 53 bilhões de dólares, já
este ano a estimativa é de 38 bilhões
de dólares, dois bilhões abaixo do re-
criação de alternativas para supe- gistrado em 2014.
aumentar a produtividade de rar o conturbado momento do país. Isso sem falar no setor de agrega-
E não poderia mesmo ser diferente dos, como areia e brita, que atendem
suas operações com o fim do ciclo das commodities. a demandas significativas da socie-
Dados do Instituto Brasileiro de Mi- dade, especialmente na construção
Por Melina Fogaça
RICK MEREDITH

12 REVISTA M&t
de casas e edifícios, mas também agregação de 232 bilhões de dólares mero aumento da capacidade extra-
nas indústrias de saneamento, ao conjunto das reservas cambiais tiva para concentrar-se em ganhos
construção de rodovias e modais brasileiras. globais de produtividade, aliados à
de transporte. E, com a projeção Os investimentos no setor mineral redução de custos operacionais.
de retração da construção civil de também são significativos, inclusive Segundo Galvão Maia, diretor co-
5,5%, os resultados do segmento atraindo os maiores aportes privados mercial da Astec do Brasil, o foco
de agregados serão igualmente afe- realizados no país. De acordo com a atual das empresas de mineração
tados em 2015. mais recente apuração realizada pelo realmente é tornar os ativos mais
Evidentemente, os problemas instituto, os investimentos no perío- rentáveis. “Daqui pra frente, acredito
no setor são preocupantes para o do de 2014 a 2018 serão de 53,6 bi- que haverá um trabalho forte das mi-
país, um importante player global lhões de dólares, com os estados de neradoras não tanto em aumentar a
de commodities minerais e que Minas Gerais e Pará concentrando os produção, mas em produzir mais com
tem nessa atividade um dos pila- maiores percentuais, com 41,8% e menos custos”, comenta o executivo.
res de sua sustentação econômica. 21,93%, respectivamente. A previsão “E isso irá provocar uma demanda
De acordo com o Ibram, nos últi- contempla o período de cinco anos e, por equipamentos mais eficientes.”
mos dez anos o setor de minérios e frente ao cenário atual, parece bas- O diretor-presidente do Ibram,
concentrados foi responsável pela tante promissora. José Fernando Coura, corrobora que
a busca pela inovação deve tornar-se
“uma das principais alternativas para
DIFERENCIAL uma retomada mais forte das ativi-
Ou seja, é preciso superar o mo- dades de extração mineral no país”.
mento de instabilidade do mercado Compartilhando da mesma opinião, o
e queda no preço das commodities presidente e CEO da Vale, Murilo Fer-
para chegar com força a um cenário reira, enfatiza que as empresas pre-
mais positivo. Para tanto, o enfoque
cisam investir em automação e tec-
das mineradoras deixou de ser o
nologia, pois sem esse investimento

ANDREAS F./FOTOLIA

Mais com menos: aumento da produtividade requer enfoque em inovação tecnológica

NOVEMBRO/2015 13
MINERAÇÃO
a competição futura com outras
potências na exploração minerária, Novo código segue gerando polêmicas
como a China e a Austrália, tende a
Um dos impasses que travam a produ- proteção das comunidades afetadas pelas
ser bem complicada. “É necessário
ção do setor minerário brasileiro diz res- atividades, impedindo seu desenvolvimen-
criar uma cultura de competitivi-
peito ao Novo Código de Mineração, que to em casos que entrem em conflito com
dade no país”, vaticina o executivo.
visa a atualizar o marco regulatório vigente os interesses das mineradoras. “Já o artigo
“Entre 2005 a 2011, o comércio ex-
desde 1967 e ainda não foi finalizado. Na 136 causa polêmica por permitir que as ati-
terior cresceu 7% e, agora, ficará
versão mais recente do relatório da Comis- vidades de mineração se desenvolvam em
abaixo dos 2%, ou seja, tem menos
são Especial que trata do assunto, elabora- unidades de conservação, bastando que o
gente querendo comprar, tornando
da em setembro, foram incluídos mais dois Ibama conceda o licenciamento ambiental
a disputa muito mais acirrada. Por
artigos, o 119 e o 136, que vêm gerando do empreendimento”, comenta Quintão.
isso, as empresas precisam abrir
os olhos em relação à tecnologia, conflitos entre os grupos divergentes. Para Olavo Machado Junior, presiden-
como um diferencial categórico.” Segundo o deputado Leonardo Quin- te da Federação das Indústrias do Estado
Como se vê, o desafio em relação ao tão, responsável pelo texto, o artigo 119 de Minas Gerais (Fiemg), é imprescindível
desenvolvimento da competitividade causou polêmica entre os ambientalistas, agilizar os processos que envolvam causas
brasileira torna-se cada vez maior. E pois determina que toda ação com poten- ambientais, pois a morosidade neste quesito
alguns dados ilustram isso. Segundo cial de criar impedimentos à atividade de obsta o desenvolvimento do setor. “Devido à
o ranking anual de competitividade mineração dependerá de prévia aceitação burocracia, tudo é muito lento e o resultado
do Fórum Econômico Mundial, o país da Agência Nacional de Mineração, a ser é que muitas licenças estão paradas”, critica.
perdeu 18 posições desde o ano pas- criada pelo novo código e que funcionará “O empresário quer empreender, mas não
sado, caindo para a 75ª colocação. De como agência reguladora do setor. Segun- pode devido a esses impasses. É preciso
acordo como o Relatório Global de do ele, os críticos avaliam que o dispositivo agilizar a causa ambiental, sem prejudicar
Competitividade, divulgado em se- abre brechas para bloquear políticas de o meio ambiente nem o setor.”
tembro, fatores políticos relaciona-
dos à corrupção e a própria situação
macroeconômica contribuíram para
o resultado desabonador. Questões relacionadas a causas ambientais
seguem causando divergências no setor
Na atual posição, o Brasil apare-
ce com a menor competitividade
entre os Brics, o outrora festejado
grupo de países emergentes forma-
do ainda por China (28ª posição no
ranking), Rússia (45ª), África do
Sul (49ª) e Índia (55ª).
Para Ferreira, enquanto o Brasil
segue discutindo à exaustão o novo
marco regulatório da mineração, que
já se arrasta por anos, os principais
competidores do país, como China e
Austrália, realizam reestruturações.
“Após o colapso dos preços das com-
modities, esses países fizeram meca-
nismos de ajustes, enquanto nós ain-
da estamos um plano atrás, achando
que tudo vai ser resolvido com o au-
SAMARCO

mento de alíquotas”, dispara. “É pre-

14 REVISTA M&t
MINERAÇÃO
ciso entender que trabalhamos em

RANDON
um universo de competição, que exi-
ge maior agilidade em diversas áreas,
como em licenciamentos ambientais,
por exemplo.”

INOVAÇÃO
Para tornar-se mais competitiva,
a Vale, por exemplo, aposta suas
fichas no maior projeto de minera-
ção no mundo para a produção de
minério de ferro, o S11D, localiza-
do na Serra Sul de Carajás, no Pará.
O projeto contará com automação
completa, com a expectativa de uma
produção anual da ordem de 90
milhões de toneladas do mineral.
A nova mina está programada para
iniciar suas operações no segundo
semestre de 2016.
Segundo o executivo da empresa,
o Projeto Ferro Carajás apresenta
uma inovação tecnológica impor-
tante, pois substitui o método de
lavra convencional pelo sistema
Truckless, que – como diz o nome
– consiste na lavra do minério sem
o uso de caminhões fora de estrada,
que são substituídos por correias
transportadoras em um trecho de 9
km acima da floresta. “Desse modo,
os veículos são substituídos por
equipamentos e máquinas modula-
res, visando ao ganho de produtivi-
dade”, diz Ferreira.
Já a Samarco também vem inves- Fim do ciclo das commodities impõe desafios às mineradoras brasileiras
tindo em ganhos de produtividade,
dando destaque especial à susten-
tabilidade. De acordo com o Rela-
Samarco recebe certificação em gestão de ativos
tório Anual de Sustentabilidade da A Samarco tornou-se a primeira mineradora do Brasil a implantar e certificar seu sistema de
empresa, em 2014 a mineradora gestão de ativos físicos. O reconhecimento foi obtido após auditoria realizada pela empresa As-
investiu 120 milhões de reais em setsman, que tem como base a norma internacional BSI PAS-55: 2008, que define os requisitos
programas e projetos ambientais, mínimos para uma gestão de ativos otimizada. “Gerenciamos continuamente os ativos físicos a
incluindo 31,5 milhões de reais em fim de garantir um equilíbrio entre custo, risco e desempenho”, explica Sergio Mileipe, gerente de
investimentos na 4ª planta de pelo- manutenção da Samarco. “O resultado é obtido por meio da coordenação entre os processos de
tização (P4P), localizada em Germa- aquisição, projeto, operação, manutenção, reforma e descarte, que buscam compreender o efeito
no (MG). de suas ações ao longo do ciclo de vida dos ativos.”

16 REVISTA M&t
MINERAÇÃO
Aliás, segundo Ricardo Vescovi,

ENY MIRANDA/VALE
diretor-presidente da Samarco, o
projeto P4P “contribuiu para o au-
mento da capacidade de produção
da empresa, assim como para o de-
senvolvimento econômico e social
das regiões próximas às operações
da mineradora”. Após a inauguração
do projeto, em 2014, a empresa de
fato aumentou o volume de produ-
ção em 37%, obtendo 30,5 milhões
de toneladas por ano. “Apesar do
cenário adverso no país, a empre-
sa está trabalhando com sua capa-
cidade máxima e segue crescendo”,
pontua André Fahel, engenheiro es-
pecializado da Samarco, acrescen-
tando que – entre 2011 e 2014 – o
percentual de contratações de tra-
balhadores locais no projeto foi de
55%, em um total de 17.633 profis-
sionais mobilizados.

CUSTOS
Outra mineradora que aumentou a
produtividade a partir de melhorias
nas praticas de extração foi a cana-
dense Jaguar Mining, que opera no
Brasil por meio de três empresas: a Desenvolvido pela Vale, o Projeto Ferro Carajás aumentou a produtividade ao inserir correias no transporte da lavra
Mineração Serras do Oeste (MSOL),
a Mineração Turmalina (MTL) e a ças. A mineradora possui ainda a da empresa em Minas Gerais. Para
MCT Mineração. mina de ouro Paciência, também produzir 25.235 onças no terceiro
Segundo informações do Ibram, em Minas Gerais, o projeto Gurupi, trimestre, a mineradora processou
a empresa registrou no terceiro no Maranhão, e o projeto green- 223 mil toneladas de minério, com
trimestre deste ano um aumento field Pedra Branca, no Ceará. “Con- teor médio de 3,9 gramas por tone-
de 12,8% na produção de ouro, tinuamos a progredir na reestrutu- lada e recuperação de 90%. No ter-
obtendo 25.235 onças (cada onça ração da companhia, melhorando ceiro trimestre, a empresa realizou
equivale a 28,3 g) do metal nobre o teor e focando em uma produção trabalhos de exploração e pesquisa
na mina Turmalina e no comple- mais lucrativa com melhorias nas e campanhas de sondagem em uma
xo Caeté, ambos em Minas Gerais, praticas de mineração e comer- área de 9.094 metros nas duas mi-
ante 22.374 no mesmo período de ciais”, diz George Bee, presidente nas, contra 6.239 metros no terceiro
2014. Do total de ouro produzido e CEO da Jaguar. “Esperamos que o trimestre de 2014.
no trimestre, a mina Turmalina aperfeiçoamento operacional nos
respondeu por 13.994 onças, uma leve a reduções contínuas no custo
Saiba mais:
alta de 23% em relação ao mesmo de produção por onça.” Astec do Brasil: www.astecdobrasil.com
Ibram: www.ibram.org.br
período do ano passado, quando a A redução de custos contribuiu Samarco: www.samarco.com.br

mineradora produziu 11.336 on- significativamente para o resultado Vale: www.vale.com.br

18 REVISTA M&t
MINERAÇÃO

O novo sempre vem Fabricantes apresentam soluções tecnológicas que prometem


otimizar as atividades do setor, garantindo ganhos de competitividade

S
tanto nos processos como na gestão de ativos
ob o crescente protago- de custos por meio de automação e con- trol, que fornece válvulas, bombas de
nismo das tecnologias que teúdo tecnológico. Nessa linha, a empre- polpa e posicionadores para a indús-
podem tornar as opera- sa apresentou no evento suas soluções tria de mineração. “As válvulas utilizam
ções de mineração no país para otimização de processos, desde tecnologias que visam a melhorar o de-
mais competitivas, diversos fabricantes desmonte de rocha, britagem, moagem sempenho do controle de processos”,
exibiram seus portfólios durante a 16ª e classificação, até separação mineral, posicionou Carlos Petravicius, gerente
Exposibram (Exposição Internacional recuperação da água e expedição. nacional de serviços da marca. “Com
de Mineração), promovida em setem- Dentre os destaques, o visitante podê isso, são realizados diagnósticos on-
bro pelo Instituto Brasileiro de Minera- conferir tecnologias para controle de -line que garantem o controle do fun-
ção em Belo Horizonte (MG). malhas de processo, reunidas sob o cionamento das válvulas.”
A Metso, por exemplo, apostou em conceito de Expertune, para controle Durante a feira, a empresa também
soluções completas de equipamentos de frotas, com o Fleet Management, e reforçou as características avançadas
para atender às demandas de redução ainda produtos da divisão Flow Con- de seu moinho vertical Vertimill, pro-

Solução de gerenciamento aumenta a disponibilidade de equipamentos em plantas de mineração, garante a fabricante ABB

ABB

20 REVISTA M&t
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MINERAÇÃO

Solução aprimora gestão de ativos


Para melhorar desempenho de plan- rente global de produto da ABB, o
tas de mineração, a ABB desenvolveu AssetVista é integrado à gestão de
uma solução de gerenciamento deno- manutenção do cliente para reduzir
minada AssetVista, que fornece aos a extensão de danos e as paradas
usuário uma visão completa da condi- inesperadas, maximizando a vida útil
ção de seus ativos, ajudando a maxi- dos componentes. “A solução provê
mizar o tempo de produção e reduzir dados para a tomada de decisão e
custos de operação. O produto (visto planejamento com antecipação ade-
na imagem de abertura) é constituído quada, potencializando os processos
METSO

por um sistema que capta os dados dos de inspeção, eliminando intervenções


equipamentos e determina a necessi- desnecessárias e aumentando a dis-
dade de serviços de manutenção. ponibilidade dos equipamentos”, ga-
De acordo com Eduardo Lima, ge- rante Lima.

ções para pequenos projetos, apos- em Vespasiano (MG), investindo cerca


tando em uma melhora do cenário na de 60 milhões de reais.
Moinho vertical Vertimill mineração a partir de 2017. De acordo com o diretor comercial
foi o destaque da Metso na Exposibram Com presença recente no país, a As- Galvão Maia, a empresa produz uma
tec do Brasil – uma joint venture en- ampla linha de produtos para os seto-
tre a empresa brasileira Manufatura res de mineração e agregados, infraes-
jetado para moagem fina úmida, além e Desenvolvimento de Equipamentos trutura e energia. Dentre os destaques
dos britadores cônicos GP7 e HP5. (MDE) e a norte-americana Astec In- da marca estão produtos como bri-
Presente no Brasil há mais de dustries – é outra fabricante antenada tadores de mandíbulas e de impacto,
30 anos, a Weir Minerals adquiriu na tendência atual das mineradoras de peneiras vibratórias e usinas de asfal-
no final de 2014 a empresa norte- aumentar a produção investindo em to, incluindo o modelo Voyager 120.
-americana Trio, incorporando uma equipamentos. Em março, a empresa “Trata-se de um modelo portátil, com
linha de equipamentos de britagem inaugurou uma fábrica de 59 mil m² sistema de contrafluxo, para processa-
e classificação ao seu portfólio de
produtos para processamento mi- Novo conceito lançado pela Wirtgen no exterior aprimora o método de enleiramento

neral. E, na Exposibram, a empresa


mostrou uma parte dessas tecnolo-
gias recém-incorporadas. “Sempre
atuamos com soluções para bombe-
amento de polpa e bombas de água
para captação, além de revestimen-
tos de moinho, válvulas e tubula-
ções”, afirma Marcelo Sigalla, geren-
te geral de vendas da Weir Minerals
Brasil. “Portanto, faltava uma linha
que completasse as soluções ofere-
cidas, que era a parte de britagem.”
Agora não falta mais. Mas além des-
sa aquisição, a Weir também divulgou
WIRTGEN

seus esforços em aftermarket e solu-

22 REVISTA M&t
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MINERAÇÃO
mento de até 30% de produto asfáltico
reciclado”, afirma. Água é a commodity do futuro
A brasileira Rossetti também está
de olho na demanda por soluções que Com o planeta vislumbrando uma cri- pecta um rio subterrâneo localizado a
ofereçam redução de custos e aumento se hídrica sem precedentes, investir na 122 m abaixo da areia escaldante a
da produtividade na mineração. Para indústria da água pode se transformar 35ºC. “Nossa expectativa é que vamos
acompanhar a tendência, a empresa em uma das grandes oportunidades virar o jogo no próximo ano”, diz Scott
– que possui três fábricas no Brasil – para as próximas décadas na minera- Slater, executivo da empresa. “Nunca
desenvolveu uma caçamba meia-cana ção. Após consumir investimentos de dissemos isso antes, mas agora temos
com balança embarcada, que permite milhões de dólares e enfrentar a oposi- plena convicção.”
monitorar a carga com uma precisão ção ferrenha de instituições ambientais, No campo financeiro, ativos de em-
em torno de 97%. “A função da balan- a prospecção privada de água começa presas com foco na água como a Impax
ça é controlar o nível de carregamento, a dar seus primeiros resultados nos Asset Management mais que dobraram
evitando que o veículo carregue mais EUA. “Trata-se de um recurso escasso nos últimos dois anos, chegando a 8,1
do que o peso permitido para o cami- que definirá o século 21, mais do que o bilhões de dólares. “É preciso muito
nhão”, aponta Daniel Rossetti, superin- petróleo definiu o século 20”, diz Mat- dinheiro para processar, tratar e trans-
tendente industrial da empresa. “Sua thew J. Diserio, representante da Water portar a água, mas agora ela está se
precisão reduz o desgaste dos pneus, Asset Management, controladora da tornando cada vez mais valiosa no Oci-
o consumo de combustível e a troca de Cadiz, que atua na extração do líquido. dente”, afirma Steve Maxwell, consul-
suspensão, resultando em uma dimi- No deserto de Mojave, onde mantém tor desta indústria locado em Boulder,
nuição considerável do custo por tone- uma base de operação, a Cadiz pros- no Colorado.
lada transportada.”
Pomares irrigados por gotejamento em projeto de extração de água no deserto de Mojave, EUA

LÁ FORA
Lançado há pouco no mercado in-
ternacional, o novo tambor de corte
desenvolvido pela Wirtgen para a mi-
neradora de superfície 4200 SM foi es-
pecialmente projetado para o método
de enleiramento. A principal alteração
técnica no projeto foi o aumento de 75
mm no espaçamento horizontal entre
as faixas de corte da ferramenta. Isto
aumentou o desempenho de corte,
possibilitando que um maior volume
de minerais seja depositado atrás da
mineradora. Capaz de resultados acima
dos obtidos por tambores de corte tra-
dicionais, o novo modelo também apre-
senta redução de 15% no seu desgaste
físico, garante a fabricante.

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CAÇAMBAS

Múltiplas
aplicações
MB
Com baixo custo de aquisição e manutenção, implemento transforma máquinas-portadoras
da Linha Amarela em equipamentos móveis de britagem e peneiramento

C
Por Joás Ferreira

omo um implemento dos casos, já está disponível em um MODELOS


cada vez mais valori- canteiro de operação. “O conceito é
De acordo com Binembaum, as ca-
zado nos canteiros, o utilizar a mesma máquina, otimizar o
çambas britadoras de mandíbulas são
uso de caçambas visa a seu emprego e transformá-la em ou-
indicadas para utilização em materiais
transformar escavadeiras, pás carre- tro equipamento”, diz ele.
de dureza média e alta, mas não para
gadeiras, retroescavadeiras, minies- Nesse sentido, segundo o especia-
solos ou materiais de dureza baixa.
cavadeiras e manipuladores telescó- lista, a Caimex vem investindo na
“Desse modo, elas podem ser utiliza-
picos em equipamentos móveis de divulgação e promoção dessa tec-
britagem, de britagem e peneiramen- nologia no país em três frentes de das, por exemplo, em reciclagem de
to ou somente de peneiramento. equipamentos: caçambas britado- concreto, resíduos de demolição, mine-
Entre as vantagens do conjunto ras de mandíbulas, caçambas pro- rações de pequeno porte e construção
montado, conforme salienta Ricardo cessadoras de eixos rotativos para civil”, cita o diretor, acrescentando que
Binembaum, diretor comercial da materiais de baixa dureza (com a Caimex distribui as caçambas brita-
Caimex Equipamentos para Mine- capacidade de britagem e peneira- doras da marca Hartl, fabricadas na
ração e Construção, figuram o baixo mento) e caçambas peneiradoras Áustria.
custo de investimento e a utilização rotativas (para classificação e sepa- Nessa categoria, que é utilizada so-
de um equipamento que, na maioria ração de materiais). mente em escavadeiras, os implemen-

28 REVISTA M&t
tos são disponibilizados em quatro Diferentemente das caçambas de caçambas que se transformam em
tamanhos, variando as dimensões da mandíbulas, essas caçambas podem grandes britadores móveis, podendo
boca de entrada (650 mm x 500 mm, ser instaladas em escavadeiras de 10 trabalhar diretamente na frente de
750 mm x 500 mm, 950 mm x 525 mm t a 45 t e pás carregadeiras e retroes- escavação, com grande economia no
e 1.250 mm x 570 mm) e indicados cavadeiras de 4 t a 30 t. “Por serem transporte e baixo consumo de com-
para máquinas-portadoras a partir de aplicadas em materiais mais friáveis e bustível. São compatíveis com escava-
10 t até 35 t. As soluções podem produ- de baixa dureza, oferecem alta produ- deiras de 50 t a 160 t e oferecem uma
zir materiais na faixa de 10 mm a 120 tividade”, garante. Uma escavadeira de produção variável entre 350 e 600 t/h.
mm, com produção de 20 a 80 t/hora, 20 t produz de 120 a 150 t/h, podendo Já em pá carregadeiras de 30 a 90 t,
dependendo do material e da dimensão chegar a até 250 t/h com equipamen- apresenta uma faixa de produtividade
do produto e da caçamba. tos maiores. Geralmente, são empre- entre 250 e 450 t/h.
Com opção, o diretor da Caimex in- gadas na mistura de materiais, en-
forma que existem ainda as caçambas chimento de valas, aeração, materiais
de eixos rotativos da fabricante finlan- arenosos e argilosos, cerâmicas e mi- COMPARATIVO
desa Allu, para materiais de dureza até nérios de dureza baixa, como carvão, Para peneiramento, exclusivamente,
5 mohs. “Além de britar, essas caçam- calcários de baixa dureza, xisto etc. Binembaum informa que as caçam-
bas também podem exercer a função Quando a função é apenas de separa- bas rotativas da fabricante australia-
de peneiramento, visto que existe uma ção, podem trabalhar com materiais na Flip Screen são as mais indicadas,
abertura entre os eixos rotativos”, ex- de qualquer dureza. podendo ser aplicadas em escavadei-
plica. “E elas têm capacidade de produ- Segundo Binembaum, há dois anos ras, pá carregadeiras e retroescava-
zir materiais abaixo de 40 mm, 60 mm, a Allu lançou uma linha específica deiras, com peneiramento desde 6
75 mm e 100 mm.” para mineração de alta produção, com mm até 300 mm e capacidade para

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mente em escavadeiras acima de 8 t.

HARTL
A caçamba processa qualquer tipo de
material, diretamente no campo, com
exceção do ferro. Permite a coleta do
produto, triturando-o e carregando-o
diretamente em caminhões ou mesmo
reutilizando o material no local da es-
cavação, acelerando as operações. Com
isso, suas áreas potenciais de aplicação
são diversas, indo desde demolições
à construção civil, reestruturação de
áreas industriais e urbanas, reciclagem
Produzidas na Áustria, as caçambas britadoras de mandíbulas da Hartl atuam em construção e minerações de pequeno porte
de materiais, movimentação de terra,
construção rodoviária, pedreiras, mi-
processar qualquer tipo de material. poucas peças de desgaste, têm menor nas e aplicações em rocha.
“Uma das principais vantagens é po- consumo de combustível, são fáceis de Segundo Giulia Maria Riboni, dire-
der trocar as peneiras em cerca de 10 transportar e permitem que as máqui- tora de marketing da empresa, o im-
minutos, simplesmente mudando a nas retomem suas funções originais em plemento foi projetado para eliminar
malha de separação desejada”, frisa. poucos minutos.” qualquer atrito em fase de carga de
Nesse modelo, é possível a instalação No entanto, o diretor da Caimex avalia material e resistir por longos perí-
em escavadeiras de 2,5 a 50 t, em pás que o uso desses tipos de caçambas ain- odos às condições mais severas dos
carregadeiras de 5 a 200 t e minicarrega- da é muito reduzido no Brasil, principal- canteiros, incluindo as características
deiras de 0,5 a 5 t. “Além disso, podem ser mente em mineração, devido ao pouco de abrasividade de alguns materiais.
usadas no peneiramento de qualquer tipo conhecimento dos equipamentos e à cul- Dentre os modelos disponíveis estão
de material e constituem um investimen- tura do mercado nacional. “Atualmente, a os que utilizam sistema hidráulico do
to muito reduzido quando comparado a utilização de grandes equipamentos com tipo AAA+A, apresentando baixas de-
unidades de peneiramento móveis”, diz o altos custos e tradição ainda é mais divul- mandas hidráulicas, tanto em termos
representante da Caimex. gada, resultando muitas vezes em altos de necessidade de pressão quanto de
Segundo ele, ainda como compa- investimentos sem necessidade, equipa- capacidade hidráulica. Mas a empresa
rativo, é importante lembrar que em mentos superdimensionados e, em geral, também emprega o sistema hidráuli-
qualquer tipo de britagem móvel e/ implicando emprego de mão de obra es- co AAA+, que permite um significati-
ou fixa faz-se necessário o emprego de pecializada e alta demanda de peças de vo resfriamento hidráulico durante
uma carregadeira ou escavadeira para reposição”, compara. as fases de trabalho, prolongando a
alimentação dos equipamentos. Entre- vida útil da escavadeira. “Compac-
tanto, no caso das caçambas, pode-se ta e com baixo centro de gravidade,
eliminar isso, pois a própria escavadei- DIVERSIDADE
Soluções de eixos rotativos da Allu
ra ou carregadeira é o equipamento de Outra marca que atua neste nicho em
exercem funções de britagem e peneiramento
britagem ou peneiramento. âmbito global, a italiana MB apresenta
Outro aspecto salientado por Binem- diversas soluções ao mercado brasilei-
baum é que as caçambas possuem um ro para trituração de material inerte no
baixo custo de manutenção quando próprio canteiro de trabalho. A caçamba
comparadas aos demais sistemas de trituradora da marca também se vale
peneiramento ou britagem móvel. “São do sistema hidráulico de escavadeiras,
flexíveis, com custo operacional baixo, carregadeiras, minicarregadeiras ou re-
ALLU

podem ser operadas pelo próprio ope- troescavadeiras, de todos os tamanhos.


rador da escavadeira ou pá carregadei- Inclusive, foi uma das primeiras a surgir
ra”, afirma. “Além disso, dependem de neste mercado, funcionando original-

30 REVISTA M&t
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elas permitem um melhor equilíbrio,

FLIP SCREEN
redução drástica da pressão sobre o
braço da escavadeira e eliminação de
vibrações incômodas”, afirma Riboni.
O portfólio inclui desde opções
menores, como a MB-C50 S2 (para
retro ou miniescavadeira) e a li-
nha MB-L (para minicarregadeira
ou pá carregadeira), até aquela
que é considerada a maior caçam-
ba do mundo, a BF150.10, com Caçambas da marca Flip Screen atuam exclusivamente em peneiramento

capacidade de britar até 180 t/h,


sendo indicada para escavadeiras ni, proporcionam elevada produtivi- VANTAGENS
superiores a 70 t. Dependendo do dade e homogeneidade ao produto Assim com a Caimex, a MB também
modelo, a linha pode ser comple- triturado, graças a um mecanismo pa- lista uma série de vantagens das
mentada com acessórios específi- tenteado pela MB, o EP 1 532 321. “A caçambas. Segundo a diretora de
cos que melhoram o desempenho produtividade depende do modelo da marketing da empresa, a instalação e
e a produção. Dentre eles, é pos- caçamba, mas uma BF de médio porte manutenção da caçamba trituradora
sível citar engate rápido, separa- pode britar até 60 t/h”, explica. “A re- são procedimentos simples e preci-
dor de metais e nebulizador para gulação de saída do material também sos, demandando pouco tempo para
a redução da poeira resultante da pode ser feita por meio de barras de sua execução. “Com isso, pode-se oti-
britagem. aço, permitindo a saída de material na mizar tempo e custos também na fase
Esses componentes, segundo Ribo- espessura desejada.” de manutenção”, enfatiza Riboni.
Além disso, em comparação ao bri-
MB

tador tradicional, a caçamba da MB


é de fácil transporte, não implican-
do em gastos em combustível, já que
utiliza a máquina hidráulica e seu
operador. Também proporciona van-
tagens na reciclagem e no reaprovei-
tamento do material, o que se reverte
em benefício para o cliente e para o
meio ambiente.
Para Riboni, apesar das dificulda-
des da conjuntura econômica atual,
o mercado brasileiro representa um
campo importantíssimo de atuação.
“A MB acredita que poderá contri-
buir de maneira significativa para o
crescimento desse mercado, conso-
lidando a sua política e identidade
comercial também nesse promissor
país emergente”, conclui.

Saiba mais:
Caimex: www.caimex.com.br
Uso de caçambas ainda esbarra em questões culturais no Brasil MB Crusher: www.mbcrusher.com

32 REVISTA M&t
COMÉRCIO EXTERIOR

Oportunidades
para todos
Para muitos empresários brasileiros, o comércio exterior
parece ser um objetivo muito distante, mas a internacionalização
pode virar realidade até com certa facilidade

M
Por Renan Rossi Diez

uitas empresas brasi-


leiras possuem o sonho
de internacionalização. Desmistificar o comércio exterior
é fundamental para a evolução de
O que muitas delas não
nossas empresas
sabem é que esse sonho pode virar rea-
lidade, até mesmo com certa facilidade.
Aliás, há pelo menos uma década a glo-
balização dos mercados já é um fato para
diversas empresas locais.
Com a evolução acelerada da tecnolo-
gia, os novos modelos de negócios e o rá-
pido avanço da internet, a concorrência

REPRODUÇÃO
tem se tornado brutal. É neste contex-
to que o comércio exterior surge como
aliado das empresas na busca por novos
mercados e produtos, posicionando-as
num patamar mais elevado do que ocu- DIFERENCIAL devem experimentar as vantagens de es-
tar inseridas no mercado global, indepen-
pam atualmente. A importação garante uma vantagem
Em tempos de crise, é necessário dentemente de seu tamanho. No comércio
competitiva como diferencial de mercado.
quebrar rapidamente alguns tabus exterior, as oportunidades são para todos.
Por vezes, importar equipamentos, peças,
persistentes no empresariado brasi- O primeiro passo para internacionalizar
matérias primas e, principalmente, máqui-
leiro. Nesse sentido, desmistificar o uma empresa é habilitá-la no Radar, da Re-
nas e equipamentos, pode garantir um cres-
comércio exterior é fundamental para ceita Federal. Com a nova Legislação sobre
cimento significativo para a empresa, sendo o tema, a burocracia foi consideravelmen-
a evolução de nossas empresas. O co-
capaz de gerar economia, lucro e inovação te reduzida, bem como o prazo para análi-
mércio exterior parece um objetivo
para se destacar perante a concorrência. se do pleito. Uma consultoria especializa-
distante para muitos empresários, tal-
Já a exportação significa a conquista de da na área de comércio exterior é capaz de
vez por desconhecimento, pela sensa-
novos mercados. Por meio do reconheci- ajudar a empresa a dar esse primeiro pas-
ção de dificuldade de sucesso ou mes-
mo pela tão enraizada burocracia. No mento da marca no exterior, a empresa ga- so. Fique de olhos abertos, pois o mercado
entanto, todas essas condições podem rante um ponto de equilíbrio mais sólido interno pode estar ficando pequeno para o
ser superadas ao passo que o empre- que as demais, garantindo a venda de seus potencial de sua empresa.
sário se familiarize com o comércio produtos para mercados em que a crise
exterior e, principalmente, conte com não constitui uma preocupação vigente. *Renan Rossi Diez é consultor aduaneiro, graduado
uma boa consultoria para condução De fato, o comércio internacional é um em Direito pela PUC/Campinas e sócio-diretor na Inter-
de seus negócios. mundo de oportunidades. As empresas vip Comércio Exterior.

NOVEMBRO/2015 33
Tecnologia
FABRICANTE

sem limites
E
Por Marcelo Januário, de Ulsan

Complexo da Hyundai Heavy m um dos maiores comple-


xos industriais do mundo, as
Desde sua construção, em 1972, o
Complexo de Ulsan dedica-se a tarefas
Industries na Coreia do instalações da Hyundai Hea- fabris superlativas dignas do Guinness
vy Industries (HHI) na cida- World Records, do qual, aliás, poderiam
Sul reúne algumas das de sul-coreana de Ulsan abrigam o que constar em diversas categorias, como
linhas de produção mais pode ser considerado como o apogeu da veremos à frente. Atualmente com atu-
tecnologia. Afinal, este verdadeiro en- ação independente, a HHI teve origem
modernas do mundo, onde clave da indústria pesada reúne linhas na Hyundai Engineering & Construction
fabrica navios, motores e para a produção de navios, plataformas Co., fundada em 1947 por Chung Ju-yung
offshore, motores, sistemas elétrico-ele- (1915-2001). Com o tempo, o grupo di-
máquinas pesadas trônicos, módulos de energia renovável vidiu-se em três, gerando ainda as subsi-
e equipamentos para construção. diárias Hyundai Motor Company (1967)
IMAGENS: HHI

34 REVISTA M&t
e Hyundai Electronics (1983). Juntas,
constituem o maior conglomerado in-
dustrial do mundo. Sozinha, a HHI obte-
ve receitas de 47,3 bilhões de dólares em
2014, o que mostra bem a envergadura
desta organização. “A HHI é o coração da
Coreia do Sul, com resultados comerciais
que a fazem uma das maiores empresas
do mundo”, afirma Seung Cherl Lee, dire-
tor financeiro que foi um dos fundadores
da HHI Brasil.
Em se tratando do maior fabricante de
navios do mundo, a lista de recordes evi-
dentemente se inicia com o estaleiro, o
carro-chefe da marca com 31,4% de sha-
re nas receitas do grupo em 2013 e uma
produção média de 100 unidades/ano. E
que o leitor não se engane, pois Ulsan é O pórtico Kockums, estrela do estaleiro da HHI em Ulsan e o maior do mundo em sua categoria
realmente o maior estaleiro do mundo,
estendendo-se por 4 km ao longo da cos-
BERÇÁRIO dez pórticos Goliath (Gantry Crane), que
ta de Mipo Bay, no sudeste da penínsu- permitem produzir navios de qualquer
Para tanto, a estrutura do estaleiro
la Han, em uma posição estratégica que dimensão. Nestes berçários, incrivel-
não fica atrás, pois comporta 18 diques
pode ser acessada de mar aberto. mente silenciosos, nascem equipamen-
secos (dez na HHI, seis na Hyundai
As instalações recobrem uma área de tos de grande porte como navios grane-
Mipo Dockyard e dois na Hyundai Sa-
7,2 km2 e já produziram quase três mil leiros, porta-contêineres, navios-tanque,
mho, subsidiárias que integram o com-
navios sob demanda para mais de 50 pa- petroleiros, cargueiros e transportado-
plexo). Na HHI, o maior dique mede
íses, com cargas agregadas acima de 10 res de GLP e GNL, dentre outros.
672 m x 92 m, sendo dedicado para
milhões de DWT (DeadWeight Tonnage). O maior destaque da frota tem a alcu-
produção de embarcações com 1 mi-
Tal volume representa 16% do mercado nha de “Kockums”, que sozinho dobrou
lhão de DWT.
global do setor. Um dos feitos recentes, a capacidade produtiva do estaleiro.
Em relação à frota, o estaleiro conta
foi a fabricação do porta-contêineres Trata-se do maior Goliath já construído,
com aproximadamente 2.500 equipa-
CSCL Globe, que custou 136,6 milhões com altura de 138 m, capacidade de ele-
mentos para içamento, incluindo 56 jib,
de dólares em 2013 e é o maior do mun-
86 guindastes de torre (Tower Crane) e vação de 1.600 ton e extensão de trilhos
do em sua categoria, com 400 m de com-
primento, 58,6 m de largura e 183.800
Linha produz 155 modelos de máquinas pesadas, com destaque para escavadeiras
ton, sendo talhado para transportar 19
mil TEU (Twenty-Foot Equivalent Unit),
unidade equivalente a 20 pés. “O navio
é feito em seções dentro dos galpões e
depois levado ao dique seco para mon-
tagem final”, descreve Felipe Cavalieri,
CEO da BMC-Hyundai, joint-venture que
representa a marca no Brasil. “E quando
imaginamos 90 navios sendo produzi-
dos simultaneamente, com toda a logís-
tica de peças, cortes e tubulações, vemos
que é algo impressionante.”

NOVEMBRO/2015 35
FABRICANTE
híbridas dos equipamentos. “Mesmo as
escavadeiras sobre pneus, por exem-
plo, que ainda não emplacaram no Bra-
sil, são bastante comuns aqui”, ressalta
Felipe Zilio, supervisor de produção da
HHI Brasil. Outro segredo ainda guar-
dado a sete chaves são os equipamen-
tos autônomos, sem motorista, cuja
produção se iniciará em um futuro pró-
Fábrica de equipamentos para construção tem 22.500 m2 de área fabril ximo com a família de empilhadeiras,
revela a empresa.
de 710 m, configuração necessária para horsepower) entregues até 2013. São Na linha em si, a usinagem é feita
mover e içar navios completos. Fabri- engrenagens imensas, motores de em local separado da montagem, que
cado em 1973, este gigante foi original- partida do tamanho de um caminhão por sua vez também trabalha separa-
mente instalado em Malmö, na Suécia, que acionam outros ainda maiores e damente os chassis superior e inferior
sendo desmontado em 2002 e trazido juntos equipam os navios da própria das máquinas. No local, existem ainda
para Ulsan, onde foi pintado de laranja e marca e também de terceiros, além áreas específicas para não-conformida-
teve as dimensões e capacidade aumen- de variações dedicadas à geração de des, pintura, injeção de graxa e solda-
tadas. Inclusive, a máquina foi apelidada energia. Mas não para por aí. gem robotizadas, sistemas automáticos
pelos sul-coreanos de “Lágrimas de Mal- de rolamentos de balanço e laborató-
mö”, pois consta que os habitantes da ci- rios de pesquisa & desenvolvimento.
dade sueca teriam chorado quando a TV
CONSTRUÇÃO Na área de P&D, inclusive, uma ferra-
Outro ponto forte do Complexo – que
estatal sueca transmitiu sua partida para menta produzida pela Siemens, deno-
possui 52 mil funcionários – é a inte-
a longa viagem de 8 mil km. A simbolo- minada Product Lifecycle Management
gração das linhas, incluindo uma fábri-
gia é forte, pois a mudança do pórtico (PLM), foi utilizada no desenvolvimen-
ca de 22.500 m2 exclusiva para a Linha
gigante também representou a transfe- to da Série 9 de escavadeiras, realizan-
Amarela. A unidade de equipamentos
rência da hegemonia da indústria naval do modelagem em 3D e simulações de
para construção iniciou atividades em
europeia para a Coreia. desempenho (tanto estrutural quanto
1985 e atualmente produz 155 mode-
Mas os pórticos são apenas a parte de movimento e ergonomia).
los de máquinas pesadas. Em 2013, a
mais visível da estrutura, pois o esta- divisão gerou receitas de 3,2 bilhões de
leiro de Ulsan também é equipado com dólares, o que garantiu uma participa- FACILITIES
instalações de ponta e equipamentos ção de 6,1% no total do grupo. A capa- Por falar em desempenho, além das
de última geração, que vão desde linhas cidade produtiva atual é de aproxima- linhas de produção em Ulsan a HHI
de corte de aço totalmente orientadas a damente 10 mil unidades/ano, mas já mantém uma estrutura de apoio em
máquinas de pintura eco-friendly. Ou- foi quase o dobro há alguns anos. Com Eumseong-gun, a aproximadamente
tras instalações incluem unidade meta- a débâcle global pós-2008, o núme- 250 km de distância da fábrica. Lá, a
lúrgica, forja, oficinas mecânicas e ro- ro de funcionários da fábrica também empresa instalou unidades de treina-
bôs de soldagem off-line. Em setembro diminuiu, estabilizando-se em 600 na mentos, testes e distribuição de peças,
de 2014, a HHI também desenvolveu e atualidade. além de um campo de provas.
incorporou um dispositivo automático Dentre outros produtos, a unidade No centro de confiabilidade, por
para pintura do fundo dos navios. produz um range de escavadeiras de exemplo, são levados a cabo diversos
Se a céu aberto o cenário já im- 1,5 a 120 ton (que representam cerca procedimentos de durabilidade e re-
pressiona o observador, dentro dos de 80% da produção), pás carregadei- sistência das máquinas-modelos, seja
galpões se desenvolve outra epopeia ras de 125 a 348 cv, retroescavadeiras em motores – por meio do sistema de
industrial. A fabricação dos motores de 90 e 100 hp e empilhadeiras de 1 a diagnóstico InSight –, componentes de
marítimos representa 35% da pro- 25 ton. Também há projetos inovado- powertrain ou dispositivos, incluindo
dução mundial, com 133 bhp (brake res, como versões anfíbias, elétricas e testes de resistência de choque térmico

36 REVISTA M&t
FABRICANTE
tor”, explica Jay Jang, engenheiro sênior
do departamento de suporte ao cliente

MARCELO JANUÁRIO
da divisão de equipamentos para cons-
trução da HHI.
Para capacitação, os diversos labora-
tórios e salas de treinamento incluem
propulsores Tier IV, motores de trans-
lação e rotação, bombas, transmissões,
válvulas e outros componentes com
corte lateral, nos quais engenheiros
do mundo todo realizam simulações
de erro e análises técnicas dos circui-
tos. “Com esses recursos, é possível
explicar todos os aspectos estruturais,
hidráulicos e eletrônicos da máquina”,
comenta Felipe A. Caetano, supervisor
de engenharia e serviços da HHI Brasil,
Cavalieri:
modelo único de parceria no mundo da construção que já passou pelo treinamento. “É uma
forma de garantir conhecimento total

Brasil mantém-se como principal do produto.”

mercado internacional da marca Na área de capacitação, todos os anos


são realizados treinamentos com mais
Caso único no mundo da construção em têm um mercado reduzido no país”, afirma de dois mil operadores, que recebem
que concessionária e fabricante são sócios Felipe Cavalieri, CEO da BMC-Hyundai. fundamentos técnicos, exercitam a
no negócio, a joint-venture BMC-Hyundai Mesmo com a retração da economia, operação em uma gama de avançados
inaugurou uma fábrica em Itatiaia (RJ) em o país continua como o principal merca- simuladores e realizam uma verdadei-
abril de 2013. Naquele momento, porém, a do internacional para a marca, tanto que ra imersão nos projetos das máquinas,
parceria já contava com quase uma déca- a parceria afirma que fechará o ano com incluindo demonstrações permanentes
da de estrada. Entre 2011 e 2013, a BMC resultados positivos de dois dígitos. Até no campo de provas. Já o centro de dis-
vendeu cerca de 400 milhões de dólares por isso os executivos da Hyundai Heavy tribuição de peças reúne mais de 120
por ano em equipamentos da marca, es- Industries (HHI) – ainda que se mostrem mil itens de reposição de diferentes sé-
ries. “Até mesmo de máquinas já fora de
tabelecendo uma frota de mais de 15 mil apreensivos com os desdobramentos da
linha”, ressalta Cavalieri.
máquinas no Brasil. crise – mantêm a confiança no potencial
O fluxo é gerenciado por um softwa-
A fábrica foi planejada para produzir 5 brasileiro. “Compreendemos a posição es-
re de Warehouse Management System
mil máquinas, mas neste ano o volume co- tratégica do país na América Latina e é por
(WMS), que atribui códigos de barra às
mercializado deve ficar em torno de 2 mil isso que a empresa fez um de seus maiores
peças por meio dos quais um coletor de
máquinas, com 60% delas produzidas lo- investimentos lá”, diz Young Jae Moon, lí-
radiofrequência faz a busca e encami-
calmente. “O restante é importado, mas são der da equipe de operações da HHI para
nha para os CDs localizados nos EUA,
máquinas que não justificam a produção Brasil e Índia. “E, sem a BMC, certamente
Bélgica, Índia, China e Brasil, fechando
local, como as escavadeiras de pneus, que não teríamos todo esse sucesso.”
um ciclo produtivo de vanguarda tec-
nológica que literalmente se espalha
a temperaturas que variam de -45ºC a tre outros. “Todas as máquinas também
pelo planeta.
mais de 200ºC, microscopagem ótica, possuem um sistema eletrônico que
testes de não-destruição, ruídos e vi- permite conectá-las no computador via
brações de milhões de ciclos, procedi- wireless e realizar testes de diagnósti-
mentos de Ramped-Modal Cycle (RMC) co, identificando possíveis falhas nos
Saiba mais:
BMC-Hyundai: bmchyundai.com.br
e Raw Material Inspection (RMI), den- sistemas hidráulico e elétrico e no mo- Hyundai Heavy Industries: www.hyundaiheavy.com

38 REVISTA M&t
3a Feira e Congresso Internacional de
Edificações & Obras de Infraestrutura.
Serviços, Materiais e Equipamentos

CIDADES EM MOVIMENTO: SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS


PARA OS MUNICÍPIOS BRASILEIROS.
A CONSTRUCTION EXPO 2016 nasce do apoio direto de 135 entidades do Construbusiness e das principais construtoras do País. A
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e apoiar os municípios na realização dos projetos de infraestrutura que irão potencializar os negócios e alimentar o mercado com
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As empresas e municípios poderão participar da Construction Expo 2016 de 4 modos distintos:
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CONGRESSO: foco no desenvolvimento urbano, abordando temas de grande importância para os gestores e técnicos dos setores
público e privado;
ESTANDES EMPRESARIAIS: áreas disponíveis para que as empresas do setor da construção possam apresentar materiais, equipamentos,
serviços e sistemas construtivos.
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INVESTIMENTOS
IMAGENS: JOHN DEERE

Infraestrutura
logística
Com foco em pós-venda e capacitação, John Deere investe 30 milhões de dólares na

E
expansão de seu CDP e na construção de um Centro de Treinamento em Campinas
m mais um passo arrojado Centro de Treinamento (CT) destinado a capacidade de estocagem, que atende
para alavancar sua com- à capacitação de concessionários, dis- às três divisões da empresa: constru-
petitividade na indústria tribuidores, funcionários e clientes. ção, agrícola e florestal.
nacional de equipamentos De fato, a obra faz do CDP o maior Pelas previsões da empresa, o aporte
para o agribusiness e o setor da cons- dessa indústria na América Latina, com aumentará em até 40% a capacidade de
trução, a John Deere inaugurou em ou- 74.500 m², sendo 67.5 mil m2 de área reposição de peças da marca, que sentia
tubro a expansão de seu Centro de Dis- coberta para estoque e 4 mil m2 de es- a necessidade de centralizar seus esto-
tribuição de Peças (CDP) em Campinas trutura administrativa, além de 3 mil ques. Até 2008, a John Deere Brasil ar-
(SP). De quebra, a empresa – que inves- m2 ocupados pelo CT. Com isso, o au- mazenava as peças em armazéns anexos
tiu 13 milhões de dólares no projeto – mento no espaço foi de 85% em relação às fábricas de Horizontina (RS) – onde
também abriu as portas de um inédito à área original, praticamente dobrando produz plantadeiras e colheitadeiras de

40 REVISTA M&t
grãos – e de Catalão (GO) – na época,
dedicada apenas a colhedoras de cana
de açúcar. Naquele ano, a empresa cons-
truiu seu CDP, centralizando o armaze-
namento de itens de seus produtos. Mas
desde então muita coisa mudou.
O número de concessionárias, por
exemplo, passou de 130 para as atu-
ais 260, além de a empresa ter cons-
truído duas fábricas em Indaiatuba
(SP) para equipamentos de constru- Allen, CEO da Deere & Company: aposta crescente no potencial brasileiro
ção, o que fez a crescente demanda
tornar-se um problema logístico que mas já foram 200, conforma revela versos cantiléveres, estruturas que se
exigia resolução definitiva. “Com o Eckert. Segundo ele, as metodologias projetam para fora, sustentadas apenas
crescimento, chegamos a alugar um de estocagem preveem maior pro- em uma das extremidades. O espaço
armazém em Campinas (SP) para es- ximidade das peças com maior giro, inclui ainda uma área para peças que
toque de reserva, mas havia poucos em uma configuração que busca dar eventualmente são recompradas das
códigos e logo ficou claro que não conta do fluxo. “Nossos caminhos e concessionárias,
era o modo ideal de sobrevivência no formas de armazenagem tornaram- Ao todo, são 110 mil códigos diferen-
longo prazo,” diz Ilson Eckert, diretor -se mais fáceis”, afirma o diretor. “E tes, que deverão ser utilizados em sua
de operações de peças da John Deere a questão-chave é o ciclo, pois somos plenitude apenas em 2021. “O CDP é
para a América do Sul. “Para resol- medidos por tempo, seja no recebi- tão mais importante quanto a fábrica,
ver a situação, considerando ainda o mento, no despacho ou na entrega da pois possibilita que as máquinas tra-
crescimento futuro, tínhamos de ex- peça no destino final.” balhem dia e noite no campo”, comenta
pandir, não havia alternativa.” Estruturalmente, o CDP conta com 72 Paulo Hermmann, presidente da John
docas de recebimento e despacho, mo- Deere Brasil.
vimentando 72 mil toneladas/ano de Além da capacidade em si, o CDP
CONFIGURAÇÃO peças que seguem para 320 destinos, está localizado em uma região es-
Com a capacidade expandida, o ín- desde pequenas partes até motores tratégica, com acesso a importantes
dice de atendimento da empresa ul- e cabines completos. Uma frota de 60 modais, incluindo algumas das ro-
trapassou 97%, majoritariamente no empilhadeiras atua no manuseio dos dovias mais modernas do país, além
segmento agrícola, que ocupa quase volumes. Aliás, para armazenar as pe- dos aeroportos de Viracopos e Gua-
90% do espaço. Atualmente, são 90 ças maiores e mais longas, como eixos rulhos e o porto de Santos. E sua am-
pessoas trabalhando com as peças, e outras, a estrutura também possui di- pliação representa mais uma mostra
da importância do mercado brasi-
leiro para a John Deere, que enviou
Empresa aposta em capacitação técnica seu CEO e chairman Samuel R. Allen
para a inauguração. “Sabemos dos
Dos 13 milhões de dólares que o de aula, sala de reunião, salas para problemas econômicos que o Brasil
projeto recebeu em aportes, exatos 3 treinamentos à distância e sete ofici- atravessa, mas acreditamos no agri-
milhões de dólares foram utilizados nas. “Quando construímos um centro business e na construção brasileiros,
na implantação de um CT focado em de treinamento, fazemos uma escola de modo que continuamos a apostar
ensino e aprendizagem, ademais uma de saber”, frisa Ilson Eckert, diretor de no potencial de crescimento deste
demanda cada mais presente no setor operações de peças da John Deere para país”, disse o principal executivo da
de máquinas e equipamentos. Com ca- a América do Sul. “E um país só evolui Deere & Company.
pacidade para até 64 pessoas, o local se investir no conhecimento e no de-
possui área de escritórios, sete salas senvolvimento humano.” Saiba mais:
John Deere: www.deere.com.br

NOVEMBRO/2015 41
EMPRESA

de olho
no mercado
Com foco em equipamentos compactos, empresa de origem japonesa inaugura

J
filial em Osasco para aumentar sua participação no estado de São Paulo
á se tornou chavão dizer que Jaime Jun Tamaki, esse otimismo da este ano, o Estudo aponta uma tendên-
crises são oportunidades. Mas Yanmar com o Brasil pode ser mais cia de leve recuo, mas com a demanda
ao menos para algumas em- bem mensurado pelo significativo au- mantendo-se positiva (+5,2%).
presas, a máxima é mais que mento da participação de mercado da
verdadeira. Mesmo em um cenário marca justamente em relação aos mi-
adverso, a Yanmar, por exemplo, vem niequipamentos. Segundo ele, o market FILIAL
registrando resultados positivos no share no país aumentou 5%, especial- Animada pelo cenário, no final de
Brasil. Segundo Anderson de Oliveira, mente na linha de miniescavadeiras abril a Yanmar South America realizou
supervisor de vendas da marca, o mer- entre 1 e 8 t. “A quantidade de vendas a inauguração de sua mais nova filial,
cado de miniescavadeiras está cres- realmente caiu, mas em compensação na cidade de Osasco (SP). Segundo Ta-
cendo no país e a matriz da empresa nosso market share aumentou”, co- maki, a nova loja em São Paulo é dedi-
– localizada no Japão –acompanha com menta, acrescentando que, apenas em cada à comercialização de equipamen-
atenção esse panorama de oportunida- 2014, foram comercializados em torno tos da Linha Amarela, especialmente os
des. “O Brasil é um dos lugares em que de 300 equipamentos, o que garantiu compactos, além de prestar assistência
a empresa está mais investindo, com um market share de 27% no Brasil técnica e fornecer peças de reposição,
diversos planos de ações em andamen- naquele ano. Como termo de compa- atendendo mais rapidamente aos clien-
to”, afirma o executivo. “Inclusive, mes- ração, segundo o Estudo Sobratema do tes da Grande São Paulo. “A nova filial
mo com a crise, temos agora mais ações Mercado Brasileiro de Equipamentos veio se juntar às quatro revendas que
do que tínhamos no ano passado.” para Construção, em 2014 o mercado temos no estado de São Paulo, nas ci-
De acordo com o gerente comercial de miniescavadeiras avançou 6%. Para dades de Presidente Prudente, Tietê,
IMAGENS: YANMAR

42 REVISTA M&t
Empresa é especializada em minis
Conhecida pela produção de motores die- dores, placas compactadoras, perfuratrizes
sel e grupos geradores, a Yanmar iniciou sua e outros. Segundo Anderson de Oliveira,
história no Brasil em 1957, com a fundação supervisor de vendas da marca, trata-se da
da subsidiária Yanmar Diesel do Brasil, na máquina mais vendida pela empresa em
capital paulista. Em 1960, foi montada na 2015. “A Vio 30 é uma máquina desenvol-
cidade de Indaiatuba (SP) a primeira fábrica vida para o Brasil alavancar no mercado de
de motores diesel de pequena potência. Na 2 a 4 t”, diz ele.
Linha Amarela, a empresa começou a atuar
Miniescavadeira Vio 30
na década de 90, quando trouxe para o país é a mais vendida da marca no Brasil
as primeiras escavadeiras compactas.
Atualmente denominada Yanmar South
America, a empresa oferece uma extensa
variedade de produtos para os mercados de
construção, marítimo, industrial, agrícola e
de energia. Um dos destaques do portfólio
da empresa no Brasil é a miniescavadeira
Vio 30, que entrou no mercado em janeiro. O
equipamento apresenta peso operacional de
3 ton, giro zero traseiro, motor Yanmar de 27
cv e engate rápido hidráulico, o que facilita
na utilização de implementos como rompe-

Franca e Ribeirão Preto, reforçando cional, a Yanmar disponibiliza no mer-


assim nossa presença”, diz o executivo. cado brasileiro equipamentos como
Para o supervisor de vendas Oliveira, retroescavadeiras de pequeno porte,
no médio prazo a filial deve alavancar miniescavadeiras e minicarregadeiras
as vendas no estado, um dos mais im- (skid loaders). Mesmo com os núme-
portantes no país para equipamentos ros positivos que vem registrando, a
de construção. “Sentíamos dificuldades Yamnar sequer cogita iniciar a produ-
em relação às vendas em São Paulo, de ção nacional dos equipamentos. “Os
modo que essa nova filial veio ocupar produtos são importados do Japão e,
esse espaço em que ainda tínhamos al- para viabilizar uma produção própria
guma dificuldade”, diz ele. “A expectati- de maquinários no país, ainda é preci-
va é que as vendas comecem a evoluir so uma demanda maior”, diz Oliveira.
gradativamente.” “No momento, a maior preocupação
E a estratégia parece estar funcio- da empresa é com a qualidade, enfa-
nando. Logo de saída, a empresa já re- tizando nos serviços de pós-venda,
gistrou incremento de 30% em relação disponibilizando um estoque de peças
às vendas em São Paulo, mais ainda voltado para suportar a demanda dos
quer mais. “Até o final do ano, espera- clientes, assim como do mercado de
mos que esse número chegue a 50%”, reposição.”
comenta Oliveira.
Além dos equipamentos que cobrem
a faixa de 1 ton a 8 ton de peso opera- Saiba mais:
Yanmar South America: www.yanmar.com.br/

NOVEMBRO/2015 43
RETROESCAVADEIRAS

O abre-alas dos

CASE CE
canteiros
Modelo sofre menos com a crise do que o mercado em geral, mantendo as apostas dos
fabricantes na introdução de novas tecnologias e recursos para estes equipamentos

A
Por Evanildo da Silveira

té meados de 2014, para fabricantes – deverá se repetir no pró- queno até grande porte. Muitas vezes,
atender à demanda do Pro- ximo ano. De tal modo que os players só é operado pelo próprio proprietário,
grama de Aceleração do esperam alguma melhora para 2017. que usa a máquina para o sustento da
Crescimento (PAC) o gover- Porém, mesmo com todos esses fa- família. Por tudo isso, foi um dos equi-
no federal adquiriu 5.071 retroescava- tores adversos, a família pode fechar o pamentos da Linha Amarela que menos
deiras por meio de pregão eletrônico. ano com desempenho melhor do que o sentiram a crise.”
Com o final dessas compras, a família foi setor de máquinas de construção como
uma das que mais sentiram o impacto um todo. Se o mercado da Linha Ama-
negativo na comercialização no ano pas- rela caiu pela metade, as vendas de re- EVOLUÇÃO
sado, registrando um recuo de 42,6% troescavadeiras podem ter retraído algo A crise econômica e a consequente
(6.600 unidades contra 11.500 unida- em torno de 33% a 40%, dependendo queda das vendas não têm impedido a
des em 2013). da base de referência. E há motivos para evolução tecnológica das retroescava-
Em 2015, se a situação não melhorou isso. “A retroescavadeira é, com certeza, deiras produzidas no Brasil. Pelo menos
muito, ao menos deixou de piorar. É ver- o produto mais flexível da Linha Amare- é o que garantem os fabricantes. Segun-
dade que a crise político-econômica fez la”, opina Celso Santa Catarina, diretor do Chrystian Garcia, gerente de desen-
o nicho continuar com desempenho ne- da Randon Veículos. “É o primeiro pro- volvimento de mercados da Sotreq, os
gativo no primeiro semestre do ano, em duto que entra no canteiro e o último avanços tecnológicos dessas máquinas
um cenário que – pelas projeções dos a sair, sendo utilizado em obras de pe- seguem os mesmos padrões dos demais

44 REVISTA M&t
COLOCANDO SUA EMPRESA
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RETROESCAVADEIRAS
equipamentos de terraplanagem. A in-
dústria disponibiliza desde sistemas de
monitoramento de dados via satélite a
ferramentas de trabalho e de controle
de produtividade.
No caso da Caterpillar, ele diz que to-
dos esses acessórios podem vir instala-
dos de fábrica – como o monitoramento
via satélite VisionLink e as ferramentas
de trabalho (caçambas especiais, gar-

CATERPILLAR
fos pallet, polegar hidráulico etc.) – ou
instalados pelo revendedor autorizado,
a Sotreq. “Um exemplo é o sistema de Transmissão Powershift S-Type é um dos trunfos da retroescavadeira da Case CE
referência Accugrade que, por meio de
sensores de posição, inclinômetros e rador reduzir de segunda para primeira Além destas tecnologias, o modelo da
monitores, fazem com que o operador marcha apenas pressionando um botão.” John Deere também pode ser adaptado
tenha a referência do projeto dentro da Com o Pilot Control, ele assegura que com o recurso WorkSight, um pacote
cabine, aumentando a produtividade e a Case tornou-se o único fabricante a integrado de soluções tecnológicas que
precisão nos movimentos”, afirma. oferecer três opções de controle da re- abrange informações de utilização e
A Case, por sua vez, destaca o lança- troescavadeira, somando-se às opções códigos de falha, pré-diagnósticos e in-
mento da transmissão Powershift S- de comando duplo e três alavancas com teração remota com a retroescavadeira.
-Type e do controle de implemento tra- giro nos pedais. “Esse novo opcional “A máquina também pode ser equipada
seiro Pilot Control. Segundo o gerente torna possível operar a máquina com o com o JDLink, um sistema de monitora-
de marketing Carlos França, a primeira mesmo nível de conforto de uma escava- mento que fornece amplo espectro de
é mais indicada para trabalhos com des- deira hidráulica, por meio de joysticks”, dados, incluindo diagnóstico de proble-
locamento e uso do implemento frontal. afirma. “Possui ajuste infinito das torres, mas, uso da máquina e posicionamento
E o segundo é mais requisitado em apli- apoio para os pés e mais espaço para as geográfico, podendo ser acessado via
cações com maior utilização do imple- pernas. Além disso, possibilita alterar o site, e-mail, SMS e aplicativos para smar-
mento traseiro, de escavação. “No mer- padrão de controle entre os modos retro tphones e tablets”, diz.
cado brasileiro, a nossa retroescavadeira e escavadeira, apenas pressionando um Além disso, Marques reforça que o
modelo 580N é a única que traz essas botão. É indicada para aplicações nas JDLink interage com a ferramenta Ser-
duas tecnologias conjuntamente ou se- quais predomina o uso do implemento vice Advisor Remote, um recurso que
paradas, de acordo com a necessidade”, traseiro, como abertura de valas de irri- permite ao distribuidor conectar-se à
sublinha. “Como esse tipo de máquina gação e obras de saneamento.” retroescavadeira para realização remo-
é a mais versátil do segmento, utilizada No caso da John Deere, o líder da di- ta de diagnóstico e análise de dados de
tanto em construção e infraestrutura visão de construção e florestal Roberto desempenho, reduzindo o tempo e os
como na agricultura e em outros setores, Marques diz que os modelos 4x4 ofe- custos associados aos reparos dos equi-
é comum que ela tenha várias aplicações recem eixos com diferencial aberto e a pamentos. “Essas tecnologias, muitas
e que a parte traseira e a dianteira sejam opção com limitador de patinagem, que exclusivas, são fundamentais para que
igualmente importantes.” proporciona “tração superior para uma os nossos clientes tenham menores cus-
De acordo com França, a transmissão maior produtividade nas mais variadas tos na produção e consigam produzir
elimina a alavanca convencional de troca aplicações”. Outra característica impor- cada vez mais”, finaliza.
de marchas. “A seleção passa a ser feita tante na 310K, segundo ele, é a trans-
facilmente, ao girar um botão em uma missão PowerShift de série, que pos-
Saiba mais:
pequena alavanca na coluna de direção”, sibilita “a troca de marchas sem perda Case CE: www.casece.com.br
John Deere: www.deere.com.br
explica. “Esta nova transmissão traz ainda de potência e reduz muito a fadiga dos Randon: www.randon-veiculos.com.br
Sotreq: sotreq.com.br
a função kick-down, que permite ao ope- operadores ao longo do dia”.

46 REVISTA M&t
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INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES:

Inédito no Brasil, o objetivo deste primeiro material é auxiliar


profissionais e estudantes do setor da Construção a entenderem
os conceitos da Lean Construction e do Modelo de Excelência
Operacional do IOpEx, bem como os Princípios, Metodologias e
Ferramentas de um Sistema de Produção para a Construção, o
qual pode ser implementado em qualquer segmento e tamanho
de projeto/obra.

O
IÇÃ GERENCIAMENTO CONVERSANDO
ED
2ª E MANUTENÇÃO DE COM A MÁQUINA
EQUIPAMENTOS Silvimar F. Reis
MÓVEIS 200 páginas
Norwil Veloso Sobratema
284 páginas
Sobratema
MERCADO
REPRODUÇÃO

O ano dos
grandes desafios
Players da Linha
Amarela analisam o
final de um ano que
definitivamente não
deixará saudades,
A o se aproximar de seu
final, o ano de 2015
certamente não será
daqueles que deixam
saudades no setor de equipamen-
tos da Linha Amarela. De modo
geral (como será possível aferir
de fatores como restrição de crédi-
to, elevação de juros, queda nos in-
vestimentos, paralisação de obras
e mesmo aumento da concorrência.
Um dos efeitos deste contexto
foi que a indústria de bens de capi-
tal recuou ao mesmo nível de 2009,
em detalhes na próxima edição de com uma queda acumulada de 15%
esboçando um cenário M&T, que trará o Estudo de Merca- desde 2013. “O ano tem sido desa-
mais consistente de do da Sobratema com os números
consolidados para o ano e as proje-
fiador para todos os segmentos e no
de construção não foi diferente”, dá
retomada só a partir ções para 2016), os fabricantes são o tom Marcos Rocha, gerente de pro-

de 2017 praticamente unânimes em afirmar


que houve retração acentuada nos
duto da New Holland Construction.
“Mas já era de se esperar um ano
negócios, resultado da conjunção mais lento por várias questões, espe-

48 REVISTA M&t
cialmente pelo início de nova gestão PERSPECTIVAS Eliane Pessoa, da Hyundai, também
federal, mesmo sendo um mesmo go- Em relação às perspectivas para o não está muito otimista em relação
verno.” futuro– leiam-se o último bimestre aos próximos 15 meses. Segundo ela,
A analista de inteligência de mer- deste ano e os próximos dois anos –, o que se espera para o último bimes-
cado da Hyundai, Eliane Pessoa, lem- alguns fabricantes não estão muito tre do ano é que o mercado se mante-
bra outro fator que contribuiu para a otimistas, ao passo que outros reve- nha com o mesmo volume de vendas
queda nas vendas. “O governo deixou lam alguma esperança de melhora. registrado até agora. E, no seu enten-
de fazer investimentos e faltam re- No limite, todos concordam que a re- dimento, o mesmo vale para 2016.
cursos para novas obras, sendo que tomada deve ocorrer somente a par- “Uma possível melhora só deve ocor-
muitas foram paralisadas”, explica a tir de 2017. rer a partir de 2017, com a retomada
especialista. “Houve ainda a falência No primeiro caso está o diretor de da economia”, prevê.
de grandes construtoras e outras que vendas da JCB, Nei Hamilton, que – Mas há quem destoe do coro. O di-
passam por dificuldades na aprova- como Pessoa e Marques – também retor da Randon Veículos, Celso San-
ção de crédito.” destaca a desaceleração da economia e ta Catarina, por exemplo, reconhece
Na mesma linha, para Roberto Mar- os cortes substanciais realizados pelo que o país está atravessando um mo-
ques, líder da divisão de construção governo nos investimentos em infra- mento “um pouco mais difícil em sua
e florestal da John Deere, o principal estrutura, chegando a paralisar várias economia, em que todos precisam to-
fator relacionado ao fraco desempe- obras já em andamento. “O cenário po- mar cuidados”, mas denota esperan-
nho do mercado em 2015 é mesmo a lítico atual influenciou fortemente na ça na retomada. “O Brasil é um pais
queda do nível da atividade econômi- redução dos investimentos em obras gigante e, com a força de suas em-
ca. “Temos observado aspectos como de construção rodoviária e civil”, diz presas e das pessoas que nelas tra-
menos obras sendo iniciadas, atrasos ele. “E o cenário deve se repetir em balham, certamente voltará a crescer
e cancelamentos de projetos, dificul- 2016, de modo que não vemos nenhu- em breve”, acredita.
dades nas liberações de verbas, juros ma mudança na política econômica que Para Garcia, da Sotreq, o fato posi-
mais elevados para financiamentos sinalize reação no curto prazo.” tivo para a empresa foi ter mantido
e restrições de acesso ao crédito”,
Retração nos negócios levou o mercado de equipamentos ao mesmo patamar de 2009
enumera. “E todos estes fatores im-
pactam diretamente no mercado de
equipamentos de construção.”
Na avaliação de Chrystian Garcia, ge-
rente de desenvolvimento de mercados
da Sotreq, há ainda outro fator que ele
considera “muito importante” para a
redução da demanda: a concorrência.
“O perfil do consumidor mudou nos úl-
timos anos. Com maior acesso e uso da
internet, ele tem melhor possibilidade
de comparar as opções de fabricantes
existentes no mercado e seu custo-
-benefício”, explica. “Nosso trabalho é
ouvir esse cliente para entender sobre
o negócio, suas necessidades e, prin-
cipalmente, oferecer soluções viáveis
que tragam a otimização dos custos e
EUDES SANTANA

de sua produtividade, fazendo o papel


de consultoria.”

NOVEMBRO/2015 49
MERCADO
dutos para oferecer soluções mais
completas ao mercado, por meio do
tripé alta qualidade, serviços dife-
renciados e pós-venda de excelência
(leia reportagem na pág. 40). “Na úl-
tima M&T Expo, por exemplo, apre-
sentamos cinco lançamentos em três
categorias, que chegam para comple-
mentar nossa linha de produtos”, en-
fatiza. “São demonstrações de nosso
compromisso real com o desenvolvi-
mento socioeconômico e em infraes-
trutura do país, que tem imenso po-
tencial para se desenvolver.”
A New Holland Construction se-
gue por trilha semelhante. Segundo
REPRODUÇÃO

Rocha, a empresa acredita que as


medidas econômicas e fiscais para a
Fabricantes são unânimes na previsão de retomada mais forte só a partir de 2017
estabilização do mercado estão sen-
do adotadas pelo governo e logo a
sua participação de mercado, num ce- de crescimento do Brasil, bem como “turbulência” passará. E, assim como
nário econômico francamente desfavo- dos segmentos em que atua, pois a John Deere, a empresa trabalha
rável. Em relação a 2016, a companhia são essenciais para o desenvolvi- com uma perspectiva de prazo mais
ainda está trabalhando nas previsões mento do país”, confia França. “Mas longo. “Nossa estratégia de produto
de vendas. “Mas somos otimistas quan- isso deve ocorrer principalmente a não se atrela ao momento econômico
to ao nosso portfólio”, garante. partir de 2017.” atual, mas se projeta para uma expec-
Há ainda fabricantes que se mos- tativa de maior duração”, corrobora.
tram “relativamente otimistas”. É o O executivo assegura que a empresa
caso da Case CE. De acordo com o ESTRATÉGIAS segue em um processo de crescimento
gerente de marketing Carlos Fran- Há ainda o caso de empresas que de forma estruturada, com investimen-
ça, no próximo ano o mercado deve miram em cenários de prazo mais tos em tecnologia e inovação. “Segui-
permanecer muito parecido com o longo. A John Deere é um exemplo. mos evoluindo, para sempre apresen-
atual, mas com uma previsão de cres- “Apesar dos problemas atuais, nós tar aos nossos clientes novidades que
cimento em torno de 5% já a partir temos uma estratégia de médio e lon- representem ganhos em produtividade
do segundo semestre. Desde, é claro, go prazo para o Brasil e confiamos e eficiência, assim como redução de
que sejam tomadas algumas medi- na retomada dos investimentos na- custos e maior segurança para os ope-
das. “Acreditamos que, no médio e cionais, dado que o país tem grande radores”, diz ele, frisando que a marca
longo prazo, o pacote de concessões potencial”, diz Marques, lembrando colocou vários equipamentos novos
lançado pelo governo federal em ju- que recentemente a companhia fez no mercado neste ano tão conturbado
nho será positivo para o mercado de investimentos de vulto no país, como para o setor.
construção e para a economia como a implantação de duas fábricas em
um todo”, diz. Indaiatuba (SP), que receberam 180 Saiba mais:
De qualquer forma, a Case ainda milhões de dólares em 2014. Case CE: www.casece.com.br
Hyundai: www.hhib.com.br
considera cedo para fazer avaliações Além disso, Marques afirma que a JCB: www.jcbbrasil.com.br
John Deere: www.deere.com.br
mais detalhadas sobre o impacto empresa está continuamente conso- New Holland: construction.newholland.com/lar/pt

das medidas do ajuste fiscal. “A em- lidando sua rede de distribuidores e Randon: www.randon-veiculos.com.br
Sotreq: sotreq.com.br
presa crê na retomada da trajetória buscando ampliar sua linha de pro-

50 REVISTA M&t
EMPRESA

Aumentando a aposta
Grupo Sany retoma projeto

MELINA FOGAÇA
que resultará na segunda
fábrica da marca no Brasil;
Capacidade de produção
prevista é de 2 mil máquinas
da Linha Amarela por ano

N
Além de executivos da Sany, cerimônia contou com a participação de autoridades brasileiras e chinesas

o final de setembro, meira unidade fabril para montagem fábrica contribuirá decisivamen-
a Sany lançou a pe- de escavadeiras e guindastes em São te para o crescimento do mercado
dra fundamental de José dos Campos (SP), em uma área de equipamentos de construção no
sua segunda unidade de 30 mil m². Brasil”, aposta Zhaoxiong.
fabril em território nacional. Lo- Após estudos exaustivos, a fabri- A construção da nova fábrica da
calizado em Jacareí (SP), a 80 km cante chinesa decidiu iniciar uma Sany também pode ser enquadrada
da capital e às margens da rodovia nova fase industrial no mercado bra- em um contexto maior de cooperação
Presidente Dutra, o terreno adqui- sileiro. “Passamos pela fase de explo- Brasil-China. Durante a recente visi-
rido pela empresa em 2011 se es- ração, crescimento e amadurecimen- ta do primeiro-ministro Li Keqiang
tende por uma área de 560 mil m² to, mas agora já estamos na fase de neste ano ao país, foram fechados 35
e inicialmente abrigará uma linha enraizamento”, afirma Yuan. acordos que beneficiarão áreas como
de produção de equipamentos de infraestrutura, transporte, agricultu-
Linha Amarela, além de um centro ra, energia, mineração, ciência & tec-
de distribuição de peças. PERSPECTIVAS nologia e comércio.
Segundo fontes da empresa, a pri- Segundo Cheng Zhaoxiong, vice- E tais projetos expandem o ho-
meira fase da construção terá início -governador da província chinesa de rizonte de grandes obras chinesas
até o final deste ano e utilizará 32 Hunan – conhecida como a “Capital no país, que evidentemente irão
mil m² da área. A previsão é de que das Máquinas” naquele país –, as atu- requerer equipamentos de constru-
as obras terminem em 2016. “A nova ais dificuldades apresentadas pela ção para sua efetivação. “Em 2014,
planta contará com um estoque cen- economia brasileira não aplacam os o volume comercial bilateral entre
tral de peças de mais de 3.500 m² planos da fabricante, pois “pelo seu China e Brasil alcançou 90 bilhões
para melhorar o atendimento aos tamanho territorial e peso popula- de dólares, o que faz da China o
nossos clientes em todo o Brasil”, re- cional, o Brasil permanece com am- maior parceiro comercial do Bra-
vela Jinhua Yuan, sócio-fundador do pla perspectiva de desenvolvimento sil e do Brasil, o maior parceiro
Grupo Sany. deste mercado”. comercial da China na América do
Com operações no Brasil desde Com mais este passo estratégi- Sul”, comenta Baoxiang Cheng, vice-
2007, inicialmente como importador, co, a empresa busca nacionalizar -cônsul geral da China no estado de
o Grupo consolidou-se no país após grande parte de seus produtos com São Paulo.
o anúncio de investimentos na ordem consumo interno, algo que deve
de 200 milhões de dólares, inaugu- ocorrer em um prazo de cinco anos. Saiba mais:
Sany do Brasil: www.sanygroup.com/abroad/brazil/pt-br
rando em janeiro de 2011 sua pri- “Acredito que a construção da nova

NOVEMBRO/2015 51
CONCRETO

PUTZMEISTER
Alternativas
para o negócio
Como em outros nichos, fabricantes do setor de concreto
apostam em exportações, serviços, reformas e reestruturações
para driblar o momento instável da economia

E m períodos de retração
econômica, quando o con-
sumo de equipamentos
novos diminui, muitas em-
presas revisam suas estratégias, bus-
cando caminhos que possam manter a
vitalidade do negócio, principalmen-
mentos e mesmo upgrade tecnológico
na produção como uma forma de movi-
mentar suas atividades, até pela neces-
sidade de manter o parque de máqui-
nas produtivo, fidelizar o cliente com
um atendimento Premium, oferecer
condições mais atrativas para a aquisi-
A Schwing-Stetter Brasil, por exem-
plo, recentemente promoveu a separa-
ção física de seu almoxarifado de pe-
ças, criando uma estrutura à parte das
instalações da fábrica localizada em
Mairiporã (SP). Mas este é o apenas o
primeiro passo para uma reestrutura-
te por meio do aumento da produti- ção de produtos e ganhar competitivi- ção maior do setor. Como explica Rogé-
vidade, da redução de custos e, ainda, dade industrial. A tendência é percep- rio Sousa, gerente de peças, serviços e
da diversificação em suas operações. tível na Linha Amarela e de máquinas treinamentos para a América do Sul da
Nesse sentido, não são poucos os fa- para elevação de cargas e pessoas. Mas companhia, em breve o centro de dis-
bricantes que vêm investindo em ex- isso também acontece no segmento de tribuição será transferido para outro
portação, serviços, retrofit de equipa- tecnologias para concreto. local, na região da Grande São Paulo.

52 REVISTA M&t
Segundo ele, juntamente à distribui-

RCO
ção de peças, serão disponibilizados
serviços mais completos de pós-venda
e assistência técnica de equipamentos
como autobombas, autobetoneiras,
mastros, recicladoras, centrais e ou-
tros. “Nosso objetivo é ampliar o espa-
ço físico, aumentando a disponibilida-
de de peças com uma logística ainda
mais eficiente, que proporcione inclu-
sive suporte de treinamento tanto para
clientes finais quanto para distribuido-
res”, descreve.
Outra novidade recente que prome-
te dinamizar os negócios da Schwing,
como destaca seu presidente Ricardo
Lessa, foi a nomeação da fábrica brasi- Empresas como a RCO apostam na expansão das instalações para avançar nos negócios
leira como responsável pelas vendas de
equipamentos e atendimento aos clien- equipamentos”, aponta Rodrigo Sati- mados, “devido ao interesse dos clientes
tes de noves países sul-americanos, in- ro, diretor comercial da empresa. “E, por esses maquinários, principalmente
cluindo Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chi- neste momento de crise que estamos pelo custo mais atrativo”.
le, Venezuela, Argentina, Equador, Peru atravessando, as exportações estão nos A Liebherr é outra empresa que tam-
e Colômbia, mercados até então aten- ajudando significativamente a manter bém aposta em retrofit de equipamen-
didos pela filial dos Estados Unidos. “A os resultados.” tos, com um serviço disponibilizado
América Latina compra em média 400 Do mesmo modo, a expansão em pós- em sua fábrica de Guaratinguetá (SP)
equipamentos para concreto por ano, -venda e serviços é uma aposta forte da para a reforma de autobetoneiras, por
sendo 40% dessas vendas feitas pela Putzmeister para equilibrar as contas até exemplo. Segundo a assessoria de co-
Schwing”, dimensiona o executivo. que o mercado se recupere. “Atualmente, municação da empresa, “ao passar pela
Quem também tem apostado na ex- o mercado conta com muitas máquinas reforma, toda a parte elétrica, estrutu-
portação de seus produtos é a Putz- paradas e, para gerar novas demandas, ral e hidráulica do equipamento é revi-
meister Brasil, que produz seus equipa- estamos dando enfoque especial no aten- sada, o que confere garantia de fábrica
mentos em Atibaia (SP) e vive situação dimento ao cliente, garantindo o funcio- ao produto”.
semelhante à Schwing. “Há pouco mais namento das máquinas antigas”, diz Sa- Na contramão da crise, a RCO aposta
de dois anos, a empresa assumiu a tiro, reforçando que a empresa também em novos investimentos na fabricação
América do Sul como fornecedora de vem investindo em equipamentos refor- de produtos como centrais de concre-
to e silos de armazenagem. Para tanto,
Investimento em serviços e distribuição de peças é a estratégia de fabricantes como a Schwing-Stetter
a empresa aperfeiçoou a estrutura de
suas duas unidades de produção em
Tambaú (SP). Segundo Carlos Donizet-
ti de Oliveira, diretor executivo da fa-
bricante, a iniciativa deve resultar em
um crescimento de 20% nos negócios,
“percentual este suportado pelo au-
mento de 35% nas instalações da fábri-
ca principal”.

Saiba mais:
Liebherr: www.liebherr.com.br
Putzmeister: www.putzmeister.com.br
SCHWING

RCO: www.rco.ind.br
Schwing-Stetter: www.schwingstetter.com.br

NOVEMBRO/2015 53
Ambiente ativo
de negócios
ELTIS/REPRODUÇÃO

Parceria da Sobratema com a Câmara Espanhola de Comércio


no Brasil busca valorizar o networking e compartilhar

C
informações estratégicas na comunidade empresarial
om a recém-fechada par- novas tecnologias e soluções ao evento de informações estratégicas no seio
ceria, a Construction Expo brasileiro. “Além de debater questões e da comunidade empresarial hispano-
2016 (Feira e Congresso tendências em evidência, essa parceria -brasileira. Nesse rol, estão incluídas
Internacional de Edifica- propicia aos associados novas oportuni- ações como a participação em eventos e
ções e Obras de Infraestrutura) passa a dades para geração de negócios na área comitês abertos, prospecção de impor-
integrar a rede de negócios da Câmara de infraestrutura”, afirma a executiva. tadores e parceiros comerciais, apoio a
Espanhola de Comércio no Brasil, que missões empresariais e posicionamento
conta com associados de diversos seto-
OPORTUNIDADES da marca das empresas associadas.
res, portes e nacionalidades. A parceria A Sobratema, por sua vez, busca am-
Completando 60 anos de atuação em
foi firmada após a Sobratema associar- 2015, a Câmara Espanhola de Comér- pliar a visibilidade de soluções inova-
-se à Câmara, em setembro. cio no Brasil vem promovendo oportu- doras e sustentáveis de infraestrutura
Para Carolina Carvalho, diretora da nidades ao empresariado espanhol e urbana desenvolvidas por empresas
Câmara Espanhola, a parceria tem brasileiro, no sentido de fomentar um espanholas e brasileiras. Nessa linha,
como principal benefício promover a ambiente de negócios ativo que valo- segundo Hugo Ribas Branco, diretor
integração entre associados e potenciais rize o networking, promova relações de operações e feiras da Sobratema,
investidores na feira, buscando trazer econômicas e gere compartilhamento atualmente há na Espanha diversos

54
pios”, a feira Construction Expo será rea-
lizada entre os dias 15 e 17 de junho do
próximo ano, em São Paulo. Em um úni-
MARIANA GIL/EMBARQ-BRASIL

BRT de Curitiba co ambiente, o evento reunirá gestores


está entre as principais públicos e empresas privadas, apresen-
iniciativas de transporte
público no Brasil tando cases nacionais e internacionais
de projetos na área de infraestrutura
urbana. Para os profissionais de prefei-
Mobilidade é tema de debate no RJ turas e governos estaduais, será uma
oportunidade de entrar em contato com
Entre os dias 9 e 11 de setembro, a ci- de carros na cidade de San Fernando, nas soluções avançadas em materiais, servi-
dade do Rio de Janeiro tornou-se palco de Filipinas), Ken Livingstone (que teve desta- ços, equipamentos e tecnologias. Já para
debates sobre temas relacionados à mobi- que na introdução do pedágio urbano em as empresas do segmento, a feira repre-
lidade urbana associada à sustentabilida- Londres, na Inglaterra) e Sam Adams (que senta uma oportunidade de mostrar
de. Iniciativas da WRI Brasil / Embarq Bra- ajudou a disseminar o uso da bicicleta em soluções eficientes para redução de cus-
sil, a Cúpula dos Prefeitos e o Congresso Portland, nos EUA). tos, além de aumento da produtividade,
Internacional Cidades & Transportes con- São soluções que apontam para o futuro qualidade e agilidade em obras públicas.
taram com a participação de mais de 140 das cidades. Nesse sentido, o presidente da A feira prevê quatro áreas estratégi-
palestrantes de 128 cidades em 19 países. WRI, Andrew Steer, ressaltou que as cida- cas. Os “Salões Temáticos” apresentam
Promovida no dia 9, a Cúpula dos Prefeitos des têm sido o motor da inovação através de forma inovadora e integrada os ca-
reuniu gestores municipais que se desta- da História, mas que chegou o momento ses de sucesso, sistemas construtivos,
cam pela adoção de medidas eficientes de de inovar conceitualmente. “No último sé- projetos, materiais e serviços, enquan-
mobilidade em suas respectivas cidades. culo, os centros urbanos vêm sendo plane- to as “Feiras Setoriais Integradas” são
O seleto grupo incluiu Jaime Lerner (in- jados unicamente sob o ponto de vista dos realizadas em parceria com as enti-
trodutor dos BRTs em Curitiba/PR), Enrique automóveis, reduzindo a qualidade de vida dades específicas de cada segmento
Peñalosa (que introduziu sistemas viários ao fazer as pessoas perderem muito tempo da construção, integrando os eventos
inovadores em Bogotá, na Colômbia), no trânsito”, afirmou. “Precisamos mudar e feiras do setor da construção. Já o
Mary Jane Ortega (introdutor do rodízio isso por meio da inovação.” “Congresso Construction Expo 2016”
debate os principais temas que envol-
projetos bem-sucedidos de mobili- de seus cidadãos”, ressalta. A cidade
vem o planejamento urbano no Brasil,
dade urbana e de infraestrutura de de Barcelona, por exemplo, lidera o
ao passo que a “Área de Estandes” reú-
cidades, que são exemplos para todo ranking anual de cidades inteligentes
ne novidades de fabricantes nacionais
o mundo. “Por isso, essa aliança é da agência de bussiness intelligence
e internacionais, fornecedores e demais
estratégica, uma vez que o objetivo Juniper Research.
prestadores de serviço para as diversas
da Construction Expo 2016 é justa-
áreas da construção.
mente mostrar para gestores públi-
cos que existem soluções inovadoras SOLUÇÕES Saiba mais:
que ajudam a melhorar a qualidade Com o tema “Cidades em Movimento Câmara Espanhola: www.camaraespanhola.org.br
Construction Expo: www.constructionexpo.com.br
de vida, a acessibilidade e o trânsito – Soluções Construtivas para os Municí- WRI/Embarq Brasil: embarqbrasil.org
A ERA DAS MÁQUINAS
Modelo de esteiras Eimco 123B opera em pedreira

Uma
revolução
subterrânea
IMAGENS: REPRODUÇÃO
Por Norwil Veloso

Em seu desenvolvimento histórico, transportadas até a superfície. Árdua, PÁ MECANIZADA


a humanidade sempre dependeu dos essa remoção manual consumia muito Antes de 1931, os inventores Edwin
metais, que precisam ser extraídos da tempo e necessitava de muita mão de Burt Royle e John Spencer Finlay bus-
terra e processados para se tornarem obra, invariavelmente trabalhando em caram desenvolver uma pá mecanizada
passíveis de manufatura. Antigamente, condições perigosas e insalubres. E, que copiasse os movimentos de carga.
a maioria dos túneis de extração era sobretudo, muito caras. A máquina tinha uma caçamba fixada
escavada em rocha, com picaretas ou Após muitas tentativas de mecaniza- numa vagoneta sobre trilhos por meio
por detonação após perfuração. ção malsucedidas, dois trabalhadores da de duas alavancas móveis, além de um
As rochas eram carregadas manual- mina North Lily Mine, em Eureka, Utah, motor pneumático para mover a máqui-
mente com pás em vagonetas sobre conceberiam um projeto revolucionário na para dentro do material escavado.
trilhos, que eram empurradas pelos na década de 30. Chamada de “carrega- Um segundo motor pneumático
próprios mineiros ou tracionadas por deira com descarga por trás”, a máquina era usado para elevar a caçamba e
bestas de carga, sendo conduzidas conseguia trabalhar nos espaços confi- empurrá-la para trás, fazendo com
até um ponto a partir do qual eram nados dos túneis de mineração. que o material caísse numa vagoneta.

56 REVISTA M&t
O operador ficava ao lado da máqui- Mais tarde, Rosenblatt declarou que
na, acionando as duas alavancas de “o desenvolvimento da carregadeira
controle dos motores, para locomo- exigia muita engenharia, pois não era
ção e movimento da caçamba. uma máquina simples. Durante a fabri-
O empregador de Royle e Finlay, a cação, foi requerido um sem-número
Anaconda, investiu algum dinheiro na de patentes”. Além disso, Royle e Finlay
invenção, mas desistiu do negócio por haviam fabricado seu protótipo com
não considerá-lo lucrativo. O mesmo material de ferro-velho: peças de Ford
ocorreu com a Ingersoll Rand, que se modelo T, motores de um compressor
desinteressou em desenvolver um novo sucateado, correntes e rodas motrizes de
produto na época da Depressão. motocicleta e rodas de uma vagoneta
Em 1931, Joseph (Joe) Rosenblatt, pre- de mineração.
sidente da Eimco, de Salt Lake City, visitou
a mina de North Lily, conversou com os O pioneiro modelo Eimco 12B, lançado em 1938
CARREGADEIRA
autores e se interessou pelo projeto. Em Mas a máquina obteve grande
1934, a família Rosenblatt decidiu investir sucesso. O primeiro modelo foi a De fato, a carregadeira causou um
no desenvolvimento da máquina. A carregadeira 12B, introduzida em aumento significativo na produtivi-
carregadeira Eimco Finlay era, na verdade, 1938, seguida pelos modelos 21 (0,15 dade na mineração. Sua entrada no
um conceito criado por Burt Royle, m3), 40H (0,3 m3), 40W (0,35 m3 com mercado ocorreu pouco antes da
embora seu nome não ficasse ligado ao transportador de correia), 105 (1,0 m3) Segunda Grande Guerra Mundial, au-
equipamento (a não ser na patente). e 630 (0,35 m3, sobre esteiras). xiliando na extração de materiais para

O evento vai contemplar a evolução da impermeabilização e tratamento de


infiltrações nos últimos 10 anos, com casos práticos de obras executadas
dentro das melhores experiências nacionais e internacionais.

Data:
Confira as palestras e palestrantes confirmados:
01 e 02 de dezembro de 2015 01/12/15 - Tuesday 02/12/15 - Wednesday
Estado da Arte: Sobre Concreto Projetado Práticas de Impermeabilização e Drenagem nos Túneis da malha rodoviária Federal
Local: Einvind Grov, SINTEF Eloi Palma, DNIT
Instituto de Engenharia Aplicação do Concreto Projetado na Linha 5 do metrô
O papel do concreto projetado na Impermeabilização de Túneis
Av. Dr. Dante Pazzanese, 120 nos últimos 10 anos Marco Aurelio Peixoto, Andrade Gutierrez
São Paulo - SP Prof. Antonio Domingues Figueiredo, POLI USP
Tecnicas e materiais de pre injeção para controle de infiltrações
Consequência Estrutural das soluções de impermeabilizantes Lawrence Hall, Normet
para Túneis
Tarcísio Barreto Celestino, CBT e USP Estado da Arte: Especificações Mundiais sobre membranas e articulações
Stefan Lemke, Sika Services
Membranas Projetadas
Thomas Kothe, Normet International Estudo de Caso: Histórico da Impermeabilização do Metrô São Paulo
Hugo Cassio Rocha, Metrô São Paulo
Práticas Contratuais
Prof. Antony Boniface, Engenheiro de Túneis Tecnologia de Impermeabilização – Projetos especiais no Japão
Yuuichi Mikami, CGC Japão
Mesa Redonda: Ações Preventivas
Argimiro Alvarez Ferreira, Metrô de São Paulo Mesa Redonda: Ações Corretivas
Juliano Penteado, Odebrech Carlos Venis, VOS Nicolau Giovanetti, Pires Giovanetti Guardia
Francisco de Assis Serafim Junior, Queiroz Galvão Nelson Lucio, Metrô São Paulo Emilio Takagi, MC-Bauchemie
Gerson de Castro, Dersa

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a era das máquinas
aplicação militar. Muitas mineradoras (nessa altura, denominada Eimco Mining vação e carga para uso em mineração
adquiriam lotes de dez ou mais má- Machinery International) foi vendida subterrânea.
quinas por vez, e 80 máquinas foram para a Sandvik, que passou a fabricar as Na década de 1930, as vagonetas co-
exportadas para a Rússia. máquinas com a marca Tamrock. meçaram a ser puxadas por locomotivas
Além do trabalho em mineração, du- elétricas e diversos fabricantes desen-
rante o conflito a carregadeira foi usada LHD volveram máquinas multifuncionais,
em escavações para abrigos contra Com capacidade em torno de uma que simplificaram a tarefa de extração e
bombas e de túneis em Malta e Gibral- tonelada, os primeiros veículos de manuseio do material.
tar, que permitiram aos aliados implantar transporte seguiam conceitos bastante Em 1958, a Wagner Tractors lançou
instalações fortificadas para defesa do variados, incluindo basculamento tra- uma carregadeira sobre pneus para
Mediterrâneo. seiro, lateral e rotação para descarga. Os mineração subterrânea a pedido
Posteriormente, a Eimco licenciou a fa- primeiros protótipos – utilizados ainda da Philips Petroleum, o que marcou
bricação para empresas na Grã-Bretanha, no século XIX – eram tracionados por o início de uma nova era. Fundada
Índia, África do Sul e Japão. Até 1969, animais ou empurrados pelos mineiros, naquele mesmo ano, a Wagner Mining
foram vendidas 29 mil unidades, que possuíam rodas rígidas e, mais tarde, Scoop iniciou a fabricação de carre-
movimentavam aproximadamente 2/3 passaram a operar sobre trilhos. gadeiras para mineração subterrânea,
de toda a rocha detonada e transporta- Com a mecanização, a carga passou com o modelo MS-1. A visão levou
da em minas subterrâneas e túneis em a ser feita por carregadeiras, raspadores a diversas invenções, como o bas-
todo o mundo. foram usados para puxar o material culante traseiro (1960), o caminhão
Os modelos posteriores das carrega- por rampas e foram criados sistemas de descarga horizontal (1961) e o
deiras Eimco foram montados sobre de correias para carga das vagonetas e primeiro veículo LHD (1963), o ST-5,
esteiras e, mais à frente, sobre pneus, transporte para fora da mina. No início que abriu caminho para importantes
estabelecendo as bases para os equipa- do século XX, também houve uma aperfeiçoamentos nos LHDs lançados
mentos tipo LHD (load/haul/dump), que modernização das vagonetas quando posteriormente.
até hoje dominam o manuseio de rocha inventores como Joseph Francis Joy, Trata-se de um equipamento de
em minas subterrâneas. fundador da Joy Mining Machinery, perfil longo, baixo e estreito, usado
Em 1980, a divisão de carregadeiras desenvolveram dispositivos de esca- para carregar o material extraído com
uma caçamba, transportar essa carga
Uma Eimco LHD equipada com pneus Arnco SuperFlex atua em mina subterrânea de carvão em New South Wales, na Austrália
e descarregá-la no interior da mina,
antes de transportá-la para a superfí-
cie. As caçambas atuais variam entre
0,8 e 10 m3 (cargas de 1,5 a 17 ton). A
máquina avança na pilha de material
e, quando a caçamba está cheia, se
desloca em sentido contrário até o
ponto de descarga. Para facilitar a
operação, os operadores geralmente
são posicionados lateralmente.
Hoje, os LHDs são usados em mais de
75% das minas subterrâneas do mundo,
podendo operar em túneis de diversas
seções. Assim como as carregadeiras
Eimco, esses veículos foram responsáveis
por uma revolução na mineração.
Leia na próxima edição:
Do empirismo à ciência na compactação

58 REVISTA M&t
MANUTENÇÃO
MARCELO VIGNERON

A base da segurança
em içamentos
Inspeções de cabos
de aço, ganchos,
polias e roldanas
são fundamentais
para garantir uma
operação mais
D e modo geral, a manuten-
ção regular e bem-feita
assegura a longa dura-
ção de qualquer máquina
ou equipamento. Com
os elementos de içamento de carga em
guindastes sobre esteiras, em especial
cabos de aço, ganchos e dispositivos de
amarração, isso não é diferente. Afinal,
zos financeiros com a queda da produti-
vidade. Mas as inspeções e manutenções
adequadas reduzem significativamente
esses problemas.
Normalmente, os cabos de aço e as
amarrações estão sujeitos a danos por
contato com agentes externos ou ma-
nuseio inadequado. Os ganchos, por
sua vez, podem se desgastar por causa
são materiais de desgaste com uma vida do atrito, além de sofrerem danos nas
segura e produtiva útil limitada. Como se sabe, muitas de travas de segurança e roldanas devi-
suas características estruturais são alte- do à utilização inadequada. Como são
de equipamentos para radas durante o tempo de trabalho, o que componentes de alto valor agregado, é
pode levar à ruptura, colocando em risco de fundamental importância a sua ma-
içamento de cargas a vida dos operadores e gerando prejuí- nutenção preventiva periódica, garan-

NOVEMBRO/2015 59
MANUTENÇÃO
operadores e/ou encarregados também montado, como a folga da coroa de giro,

FONTE: CIMAF
devem conhecer as instruções contidas por exemplo. Já as inspeções de estrutu-
nos manuais, principalmente os pontos ras, em geral, podem ser realizadas com a
referentes à segurança, antes de iniciar máquina desmontada.
qualquer operação com o guindaste. Segundo os especialistas, cada com-
Isso inclui critérios de inspeção de es- ponente segue critérios e intervalos di-
truturas, cabos de aço, ganchos e todos ferentes de manutenção, de acordo com
os demais elementos característicos do sua aplicação. Muitas delas podem ser
equipamento. Na maioria dos casos, essa realizadas simultaneamente, visando fa-
análise pode ser visual, mas às vezes há cilidade, agilidade e redução de custos.
a necessidade de ensaios não destrutivos A maioria das manutenções preventivas,
como, por exemplo, procedimentos com no entanto, é realizada a cada 500 ou
partículas magnéticas, líquidos penetran- 1.000 horas de uso. Outras possuem
tes e até mesmo raios-X. Certos pontos intervalos específicos, como a mínima
devem ser aferidos com o equipamento anual, que é fundamental para garan-

As partes que integram o cabo de aço

tindo que funcionem adequadamente,


operando com máxima eficiência e a
custos operacionais apropriados.
No entanto, não é raro que esses ele-
mentos se danifiquem prematuramente
pela simples falta de manutenção. Além
do custo adicional para o reparo – sem-
pre é mais viável economicamente preve-
nir do que reparar –, isso reduz a disponi-
bilidade do item, que deverá ficar parado
até que o conserto seja realizado.

CRITÉRIOS
Como regra geral, é preciso consultar
e seguir à risca os manuais do fabrican-
te, que indicam os pontos essenciais a
observar. Nesse sentido, o primeiro pas-
so recomendável é que os serviços de
manutenção sejam executados somente
por pessoal especializado. Além disso, os

60 REVISTA M&t
tir a segurança operacional. A duração tes de colocar em risco a segurança da ope-
da inspeção também varia. Para um ração. Outra meta é verificar e identificar os
guindaste sobre esteiras completo, por danos anômalos, geralmente causados por
exemplo, são necessários, em média, fatores externos. Dessa forma, é possível re-
de dois a três dias para realização do alizar o diagnóstico de pontos sensíveis na
exame estrutural, dependendo muito da operação e providenciar sua correção, assim
organização e preparação do local, além como seu descarte no tempo certo.
dos recursos disponibilizados. O cabo também deve ser examinado na
Na verdade, o tempo para a realização saída da suspensão ou da fixação, pois se
de uma análise criteriosa depende princi- trata de uma área especialmente sujeita
palmente da capacidade do equipamen- às ocorrências iniciais de fadiga do mate-
to, pois quanto maior ela for o número rial (rompimento de arames) e corrosão.
de itens a serem verificados também As próprias suspensões ou fixações de-
será maior. Por exemplo, pode-se ter vem igualmente ser examinadas quanto
um tambor com 300 m de cabo de aço, a sinais de deformação ou desgaste. Da
mas em alguns guindastes essa extensão mesma forma, os elementos com luvas de
pode passar de 1.000 m. Para se definir pressão devem ser verificados e a própria
a periodicidade das inspeções deve-se, luva deve ser examinada para averiguar
portanto, considerar diversos fatores, tais se não há rachaduras no material, assim
como requisitos previstos por lei, tipo de como possíveis deslizamentos do cabo de
guindaste e condições ambientais em que aço de um lado a outro.
é operado, grupo de classificação, resul- Suspensões removíveis (como grampos
tados de verificações anteriores e tempo e presilhas) também devem ser examina-
de serviço, dentre outros. das para detectar possíveis rompimentos
do cabo dentro e abaixo delas ou da fixa-
RECOMENDAÇÕES ção. Assim como se deve observar ainda
De todo modo, a norma ISO 4309 (Guin- se os grampos e presilhas parafusadas Inspeção é norma básica em cabos para guindastes
dastes – Cabo de aço – Critérios de Ins- estão unidos firmemente ao cabo. Essa
peção e Descarte) recomenda que se faça verificação também deve assegurar que
uma análise visual diária dos cabos e dos os requisitos das normas e diretrizes de PROCEDIMENTOS
dispositivos de fixação em suas extremida- procedimento para suspensões e fixações As análises citadas podem ser realizadas
des, além de uma periódica realizada por sejam plenamente atendidos. em campo, desde que sejam providenciados
técnicos especializados. Além disso, são Em termos mais específicos, as inspe- os recursos necessários no local, como es-
recomendados exames especiais sempre ções do cabo em si devem procurar identi- paço, limpeza, movimentação e ensaios não
que houver uma sobrecarga extraordiná- ficar desgaste por atrito, corrosão, pontos destrutivos (se necessário). Eventualmente,
ria ou em caso de suspeita de danos não de esmagamento, danos no revestimento, pode surgir a necessidade de uma inspeção
visíveis após um período de parada mais dobras, distorção, desfilamento e outras mais criteriosa e, nesse caso, talvez seja
prolongado. Tais análises também devem deficiências. Também é importante verifi- necessário enviar a peça a outro local mais
ser realizadas antes de cada acionamento car o seu diâmetro com relação às polias, apropriado. Quaisquer dúvidas neste proce-
nos componentes de elevação desmonta- sobre tambores e roldanas. O elemento dimento devem ser submetidas ao fabrican-
dos (em caso de mudança do local de tra- deve estar protegido para que não saia te, pois somente assim é possível manter um
balho) e após qualquer incidente ou avaria das roldanas e blindado contra efeitos do alto nível de segurança.
relacionados ao seu funcionamento. calor em operações com fogo. Para uma Entre as ações de manutenção propria-
Um dos objetivos da inspeção regular boa avaliação, também deverá ser exami- mente ditas, quando não houver instruções
dos cabos de aço é justamente controlar a nado em toda a sua extensão, inclusive do fabricante em contrário, o cabo de aço
quantidade de arames danificados, para que nas partes de contato, como roldanas, deve, sempre que possível, ser limpo e en-
eventualmente possam ser substituídos an- braçadeiras e fixadores de ponta. graxado com graxa ou óleo, principalmente

NOVEMBRO/2015 61
MANUTENÇÃO
nas áreas nas quais esteja exposto a dobra- Outro critério é a redução do seu diâmetro cabo no guindaste. Se essas precauções
mentos na passagem por rolos. Seja como por desgaste. Quando o cabo tiver se redu- não forem observadas, o cabo pode em-
for, os lubrificantes devem ser adequados, zido em 15% ou mais do diâmetro nominal, penar, formar laços, dobras ou nós.
pois uma manutenção deficiente causará re- não poderá mais ser usado. O terceiro crité- Além disso, o seu enrolamento nos tam-
dução de sua vida útil, especialmente quan- rio é a corrosão, que pode reduzir a força de bores também deve ser uniforme. Para isso,
do o guindaste for utilizado em um ambien- ruptura estática do cabo devido à diminui- é preciso que as voltas enroladas na primei-
te exposto à corrosão e um engraxamento ção do seu diâmetro, afetando a segurança ra camada estejam bem apertadas entre si,
complementar não for possível. do serviço devido a pontos com ferrugem. para impedir a sobreposição e o cruzamen-
Já para o descarte, há pelo menos qua- O desgaste por atrito é o quarto critério. to das próximas camadas, que poderiam
tro critérios principais. Um deles é quando Nos veios dos cabos, o desgaste ocorre de- amassá-lo. Depois de o cabo ser instalado
há arames rompidos. Ao surgirem focos de vido à fricção interna, isto é, o movimento no guincho, é necessário verificar o seu po-
ruptura (ninhos) ou um dos veios se romper, dos arames entre si quando o componente é sicionamento na sapatilha. Deve se formar o
o cabo deve ser imediatamente descartado. dobrado. O atrito externo, por sua vez, ocor- laço antes, o mais perto possível da dimen-
re na passagem do cabo pelas roldanas e ao são definitiva, para não ter de puxar um pe-
Elementos removíveis também demandam diagnósticos ser arrastado pelo chão ou na carga a ser daço de cabo longo para apertá-lo.
içada. Este desgaste é ampliado pela insu-
ficiência ou ausência de lubrificação, assim OUTROS ELEMENTOS
como pelo efeito abrasivo da poeira. Além dos cabos de aço, os ganchos
Deformações (alterações visíveis na estru- para elevação da carga também precisam
tura do cabo) também podem levar à sua ser inspecionados. A verificação deve ser
ruptura, colocando em risco a operação. realizada anualmente por um técnico es-
Normalmente, elas causam afrouxamento pecializado, com o objetivo de evitar aci-
dos veios próximos ao local onde ocorrem. dentes relacionados a eventuais falhas,
Conforme suas características, elas podem que devem ser corrigidas ou eliminadas.
ser classificadas em tipo saca-rolhas, do- Um dos aspectos que devem ser verifi-
bras, entrelaçamento, laços, afrouxamento cados é a deformação. Se a abertura da
de arames ou veios individuais, nós, estreita- boca do gancho for superior em 10% (em
mento, achatamento, formação de cachos e comparação à medida inicial) é recomen-
alças fechadas. Se essas deformações forem dável que seja substituído.
acentuadas, o descarte é obrigatório. É preciso ficar atento também com a cor-
No caso de substituição, o novo cabo rosão dos passos da rosca e da haste tra-
escolhido para equipar a máquina deve balhada. Para fazer isso, deve-se desapertar
estar limpo e não pode apresentar sinais previamente a porca do gancho da haste.
de corrosão ou deterioração. É recomen- Caso seja necessário eliminar a corrosão,
dável que seja do mesmo tipo do original, não se deve reduzir o diâmetro do centro da
o que se encontra indicado nos vários rosca em mais de 5%. Se isso ocorrer, será
certificados anexados à documentação da necessário substituir o gancho da carga.
máquina. Antes de instalá-lo, no entan- As roldanas ou polias são outros itens
to, é imprescindível que se verifique se o que exigem inspeção e manutenção regu-
seu diâmetro corresponde aos sulcos dos lares. A recomendação é que se verifique
tambores e polias. se há fendas, entalhes e assentamento
Ao esticá-lo a partir de um enrolador devido aos apoios (mobilidade). Polias
ou desenrolá-lo de um rolo (em um ter- para cabos que apresentem defeitos des-
reno limpo para evitar a sujeira) é ne- te tipo devem ser imediatamente substi-
cessário tomar todas as precauções para tuídas. Do mesmo modo, caso a roldana
não torcê-lo ao aumentar a sua torção. esteja gasta até ao limite, também terá
O mesmo critério é válido para montar o de ser substituída.

62 REVISTA M&t
Entrevista
ROBERTO LEONCINI
Com um trajetória profissional de 26 anos pautada na área co-
mercial, o engenheiro Roberto Leoncini deixou há pouco mais
de um ano a Scania do Brasil, onde trabalhava desde 1988, para
assumir o posto de vice-presidente de marketing, vendas e pós-
-venda de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil.
Ele começou sua carreira no setor como representante distrital
em vendas de caminhões, chegou a ocupar as funções de ge-
rente de vendas & fleet operators, gerente executivo de vendas
e diretor de vendas de veículos, até alcançar o posto de diretor
geral de vendas e serviços de caminhões. Foi um longo caminho
percorrido, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país,
onde aprendeu como oferecer serviços de pós-venda mais efi-
cientes para os clientes que rodam em estradas precárias.
Paulistano, o executivo é formado em engenharia mecânica
pela Universidade Metodista de Piracicaba (SP), tem pós-gradu-
ação em negócios pela University of California e concluiu o cur-
so de MBA em administração de negócios na Fundação Getúlio
Vargas (FGV). Chef por hobby com pós-graduação em padrões
gastronômicos, ele revela com exclusividade à M&T os “ingre-
dientes” necessários para fortalecer a imagem da marca alemã
CLAUDIO GATTI

como geradora de soluções completas para todas as demandas


dos clientes. Uma missão que já exigiu reestruturação organiza-
cional e mudanças na rotina dos profissionais e no atendimento
ao cliente, dentre outras iniciativas.
Um dos mais experientes executivos brasileiros na área de
caminhões pesados, Leoncini vê na atual retração de 40%
nas vendas uma oportunidade de crescer. “Se o empre-
sário vai rodar mais com o mesmo caminhão, podemos
oferecer serviços para garantir a disponibilidade desse
veículo”, diz ele, complemetando que a implantação
de um programa para substituição da frota de veículos
pode ser uma oportunidade de ouro para a indústria.

“Redução de custo
Acompanhe.

é o nome do jogo”
64 REVISTA M&t
Qual o balanço de um ano como vice- Voz do Cliente, no qual todos os exe- dade operacional.
-presidente de vendas? cutivos passam ao menos um dia co- Como vê o atual momento do país?
Foi um ano bem intenso e bastante nhecendo a rotina da nossa Central de O que eu sempre pedi e venho falan-
produtivo. Tive a oportunidade de Relacionamento com o Cliente. Tanto do constantemente é que, não só o
iniciar diversas ações junto aos con- o nosso presidente, Philipp Schiemer, transportador, mas o próprio país pre-
cessionários e aos clientes. São novos quanto eu, pelo menos uma vez por cisa ter previsibilidade. Dessa forma, o
serviços, novos processos e melhorias semana, participamos de um atendi- empresário e as famílias conseguem
nos produtos em relação à economia mento real feito com o proprietário de se planejar melhor, o que traz conse-
de combustível, segurança e conforto um veículo comercial Mercedes-Benz. quências benéficas para toda a socie-
ao motorista. Acredito que os clien- E os resultados têm sido excelentes, dade. Neste momento de incertezas, a
tes da Mercedes-Benz já sentem uma pois este tipo de conduta tem elevado melhor estratégia é adequar os custos
nova postura da marca. ainda mais o nível de satisfação dos à realidade e prosseguir operando.
Com uma bagagem de 26 anos no clientes com a marca. Como atingir setores em dificulda-
setor, o que já foi possível agregar Quais novidades foram implementa- des, como construção e mineração?
à marca? das no período? Neste ano, houve uma significativa
Sempre tive uma forte vocação para As principais mudanças estão relacio- redução nas compras em todos os
entender as necessidades de cada nadas justamente a iniciativas para segmentos, reflexo da situação eco-
cliente. Assim, tenho buscado passar entendermos melhor o nosso cliente. nômica do país e das condições des-
esta energia a todo o time da Merce- Com isso, tronou-se possível elaborar favoráveis de financiamento. Por isso,
des-Benz. uma solução mais adequada à sua nesse momento é importante ofere-
Por que a ênfase no contato direto necessidade, tanto quanto a produ- cer aos clientes as melhores soluções
com os clientes? tos como a serviços. Posso citar, por em eficiência, permitindo que os veí-
O contato cada vez maior com os exemplo, o reposicionamento do filtro culos rodem por mais tempo sem pa-
clientes é uma obsessão da empresa. de ar dos caminhões Axor off-road, rar, gastando o mínimo possível. Por
No ano passado, iniciamos o programa que garantiu uma melhor disponibili- tanto, redução de custo operacional

Família de caminhões pesados é uma das apostas da Mercedes-Benz para o setor da construção
IMAGENS: MERCEDES-BENZ

NOVEMbro/2015 65
Entrevista I ROBERTO LEONCINI
ajudá-los a obter mais rentabilidade
de seus veículos, com eficiência e
produtividade.
Pode dar um exemplo de como fa-
zer isso?
Recentemente, começamos o projeto
Workshop Customer Services, que é a
oficina Mercedes-Benz atuando den-
tro da operação do cliente. Identifica-
mos uma grande oportunidade deste
tipo de serviço para o setor de mine-
ração. A ideia é que o concessionário
disponibilize mão de obra qualificada
para atuar em tempo integral na pró-
pria estrutura de oficina do cliente,
proporcionando maior disponibilida-
de da frota, comodidade e agilidade
do atendimento. Dentro deste con-
ceito, o concessionário assume a ad-
ministração da mão de obra para exe-
Aproximar-me da operação do cliente tem sido uma das estratégias da montadora no país
cutar as manutenções preventivas e
é o nome do jogo. E o transportador novos eixos sem redução nos cubos corretivas, permitindo que o cliente
que conversar com um concessioná- e freio a tambor. Para a mineração, se concentre em seu core business.
rio Mercedes-Benz certamente sairá conquistamos novos clientes ao ofe- Qual a previsão para este ano?
com ao menos uma oferta para aju- recer veículos como o Actros 4844, O mercado de caminhões depende
dá-lo no seu dia a dia. com um ótimo custo-benefício se de crescimento sustentável do PIB
O que precisa ser feito para avançar comparado aos caminhões puramen- brasileiro. É muito difícil fazer uma
nesses segmentos? te fora de estrada. previsão no ambiente econômico
A Mercedes-Benz possui uma lide- As ofertas atuais atendem à deman- que vivemos hoje. Este ano, projeta-
rança histórica no segmento dos da de produtos e serviços? mos um mercado entre 75 e 77 mil
veículos extrapesados considerados Sim. A Mercedes-Benz oferece o mais unidades de caminhões, o que signi-
off-road. Até julho, o emplacamento amplo portfólio de veículos, para to- fica queda de cerca de 40% frente ao
de veículos off-road representou 9% dos os tipos de aplicação. Por exem- ano passado, quando foram vendidos
do mercado total. E a Mercedes-Benz plo, oferecemos desde a linha leve, a 137 mil caminhões.
é líder neste mercado com 38% de Sprinter, para transporte de funcio- Como tirar proveito do momento
market share, incluindo modelos fora nários seja dentro ou fora do canteiro econômico?
de estrada como Atron (2729), Axor de obra ou mina, até os extrapesados Queremos participar de todas as
(3131, 3341, 3344, 4141 e 4144, to- Actros para cargas indivisíveis de até grandes negociações em andamen-
dos 6x4), Actros (4844, 8x4) e Atego 500 toneladas de CMT. Além disso, to. Cada negócio é importante e,
(1726, 4x4). sempre investimos na expansão dos cada vez mais, buscamos entender
Qual é a receita para atingir esses re- nossos serviços e pós-venda, ofere- o cliente e sua operação para ofere-
sultados? cendo soluções para cada demanda cer a melhor proposta. Sabemos que
Para o agronegócio, aumentamos o dos clientes, que encontram pratica- ele precisa muito mais do que o veí-
leque de configuração do Actros e mente tudo o que necessitam dentro culo rodando, pois quer o caminhão
do Axor aos nossos clientes, como os da própria marca. Nosso objetivo é trabalhando com rentabilidade. E

66 REVISTA M&t
para isso temos diversas soluções expansão das indústrias etc., que tamos cada vez mais próximos dos
que podem agregar valor, como o são setores que demandam direta- clientes, para transformar rapida-
Fleetboard, o MercedesServiceCard, mente o uso de caminhões. Nesse mente suas necessidades em um
o SelecTrucks e o Alliance Trucks sentido, a implantação de um pro- novo serviço ou produto.
Parts. Estamos estudando o que po- grama efetivo e nacional de subs- Quais são as prioridades nesse
demos fazer a mais em termos de tituição de veículos é mais uma sentido?
pacotes de serviços. Isso porque se alternativa no caminho do desen- Posso citar alguns resultados desta
o transportador vai rodar mais com volvimento do transporte, que trará postura. Recentemente, lançamos o
a mesma frota, ele precisa ter o ca- vantagens e benefícios para o setor MercedesServiceCard, um cartão de
minhão sempre disponível. E nós de transportes, a indústria, a econo- consumo inovador, em parceria com
queremos e podemos ajudá-lo. mia, a sociedade e o meio ambiente. a TicketCar, que oferece condições
O Brasil voltará ao patamar anual de Como a Mercedes-Benz pode recupe- especiais na aquisição de combustí-
150 mil veículos? rar a liderança do mercado? veis, peças e serviços para frotistas
Para que o mercado de veículos Liderança é consequência direta do de veículos comerciais. A Mercedes-
comerciais volte a crescer no país, reconhecimento de nossas ações. É -Benz também está expandindo as
é necessário que os motores da natural que a busquemos. A ideia peças da marca Alliance, com custos
economia sejam retomados, com é continuar a fazer a lição de casa competitivos, lançou a nova geração
investimentos em infraestrutura, para, em algum momento, voltar do FleetBoard, um exclusivo siste-
crescimento do consumo interno, à posição que tínhamos antes. Es- ma de telemática e rastreamento, e
anunciou a expansão da loja de cami-
Configuração especial garante penetração do cavalo mecânico Axor 3344 no agronegócio nhões seminovos SelecTrucks.
Como avalia o Programa de Investi-
mentos em Logística (PIL)?
Sabemos que investimentos em in-
fraestrutura estimulam a economia
e o PIB, tanto no curto prazo, com
a aquisição de insumos para as
obras e gerando empregos, quan-
to no longo prazo, melhorando a
competitividade logística do país
e, por consequência, a produtivi-
dade da economia nacional. O que
esperamos é que as obras aconte-
çam dentro do previsto. Apoiamos
e estamos prontos a atender pos-
síveis demandas dos nossos clien-
tes relacionadas às futuras obras.
Somos bastante reconhecidos pela
nossa competência em caminhões
fora de estrada, que são os mais
demandados neste setor.

Saiba mais:
Mercedes-Benz: www.mercedes-benz.com.br/
caminhoes

NOVEMbro/2015 67
TABELA DE CUSTO HORÁRIO DE EQUIPAMENTOS

m.o. operação
Equipamento

Mat. Rodante
Propriedade

Manutenção

Comb./Lubr.

Total
Caminhão basculante articulado 6x6 (23 a 25 t) R$ 163,20 R$ 108,87 R$ 13,76 R$ 71,61 R$ 36,00 R$ 393,44
Caminhão basculante articulado 6x6 (26 a 35 t) R$ 201,62 R$ 128,26 R$ 20,02 R$ 87,88 R$ 36,00 R$ 473,78
Caminhão basculante fora de estrada 30 t R$ 70,86 R$ 56,15 R$ 19,12 R$ 39,06 R$ 36,00 R$ 221,19
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (26 a 30 t) R$ 31,12 R$ 27,27 R$ 3,76 R$ 16,28 R$ 27,00 R$ 105,43
Caminhão basculante rodoviário 6x4 (36 a 45 t) R$ 48,72 R$ 34,09 R$ 9,91 R$ 32,55 R$ 27,00 R$ 152,27
Caminhão basculante rodoviário 8x4 (36 a 45 t) R$ 58,65 R$ 38,54 R$ 11,47 R$ 35,80 R$ 27,00 R$ 171,46
Caminhão comboio misto 4x2 (6 reservatórios) R$ 38,14 R$ 25,99 R$ 4,10 R$ 11,07 R$ 25,92 R$ 105,22
Caminhão guindauto 4x2 (12 tm) R$ 34,08 R$ 25,99 R$ 4,10 R$ 11,07 R$ 23,76 R$ 99,00
Caminhão irrigadeira 6x4 (18.000 l) R$ 38,18 R$ 26,54 R$ 3,76 R$ 8,46 R$ 28,80 R$ 105,74
Carregadeira de pneus (1,5 a 2,0 m³) R$ 39,57 R$ 30,25 R$ 6,78 R$ 35,80 R$ 31,50 R$ 143,90
Carregadeira de pneus (2 a 2,6 m³) R$ 51,92 R$ 35,87 R$ 9,02 R$ 45,57 R$ 31,50 R$ 173,88
Carregadeira de pneus (2,6 a 3,5 m³) R$ 76,42 R$ 47,02 R$ 9,94 R$ 52,08 R$ 31,50 R$ 216,96
Compactador de pneus para asfalto 10 a 12 t (sem lastro) R$ 62,68 R$ 27,37 R$ 5,84 R$ 32,55 R$ 42,84 R$ 171,28
Compactador vibratório - 1 cilindro liso / pé de carneiro (10 a 14 t) R$ 54,67 R$ 25,18 R$ 0,68 R$ 45,57 R$ 37,80 R$ 163,90
Compactador vibratório - 1 cilindro liso / pé de carneiro (7 a 9 t) R$ 44,58 R$ 22,42 R$ 0,48 R$ 39,06 R$ 37,80 R$ 144,34
Compressor de ar portátil (250 pcm) R$ 9,23 R$ 12,91 R$ 0,05 R$ 45,57 R$ 16,56 R$ 84,32
Compressor de ar portátil (360 pcm) R$ 11,82 R$ 14,24 R$ 0,05 R$ 55,34 R$ 16,56 R$ 98,01
Compressor de ar portátil (750 pcm) R$ 23,20 R$ 19,80 R$ 0,11 R$ 84,63 R$ 16,56 R$ 144,30
Escavadeira hidráulica (15 a 17 t) R$ 39,16 R$ 31,58 R$ 2,14 R$ 29,30 R$ 36,00 R$ 138,18
Escavadeira hidráulica (17 a 20 t) R$ 43,30 R$ 33,40 R$ 2,64 R$ 45,57 R$ 36,00 R$ 160,91
Escavadeira hidráulica (20 a 25 t) R$ 42,35 R$ 32,50 R$ 4,42 R$ 61,84 R$ 39,00 R$ 180,11
Escavadeira hidráulica (30 a 35 t) R$ 59,26 R$ 41,37 R$ 6,82 R$ 97,65 R$ 42,00 R$ 247,10
Escavadeira hidráulica (35 a 40 t) R$ 74,10 R$ 48,16 R$ 7,73 R$ 120,44 R$ 42,00 R$ 292,43
Escavadeira hidráulica (40 a 46 t) R$ 122,44 R$ 70,25 R$ 7,86 R$ 136,71 R$ 42,00 R$ 379,26
Motoniveladora (140 a 170 hp) R$ 64,95 R$ 40,01 R$ 4,45 R$ 52,08 R$ 45,00 R$ 206,49
Motoniveladora (180 a 250 hp) R$ 79,02 R$ 46,03 R$ 5,65 R$ 65,10 R$ 45,00 R$ 240,80
Retroescavadeira (70 a 100 hp) R$ 32,66 R$ 18,28 R$ 2,76 R$ 26,04 R$ 31,50 R$ 111,24
Trator agrícola (100 a 110 hp) R$ 23,23 R$ 14,68 R$ 1,44 R$ 32,55 R$ 33,60 R$ 105,50
Trator de esteiras (100 a 130 hp) R$ 81,62 R$ 41,30 R$ 5,12 R$ 48,82 R$ 30,00 R$ 206,86
Trator de esteiras (130 a 160 hp) R$ 86,19 R$ 40,34 R$ 6,78 R$ 52,08 R$ 30,00 R$ 215,39
Trator de esteiras (160 a 230 hp) R$ 82,52 R$ 48,42 R$ 8,46 R$ 65,10 R$ 34,50 R$ 239,00
Trator de esteiras (250 a 380 hp) R$ 193,33 R$ 114,90 R$ 20,89 R$ 123,69 R$ 39,00 R$ 491,81
• O Custo Horário Sobratema reflete unicamente o custo do equipamento trabalhando em condições normais de aplicação, utilizando-se valores médios, sem englobar horas
improdutivas ou paradas por qualquer motivo, custos indiretos, impostos e expectativas de lucro. Os valores acima, sugeridos pela Sobratema, correspondem à experiência prática de
vários profissionais associados, mas não devem ser tomados como única possibilidade de combinação, uma vez que todos os fatores podem ser influenciados pela marca escolhida,
o local de utilização, condições do terreno ou jazida, ano de fabricação, necessidade do mercado e oportunidade de execução do serviço. Valores referentes a preço FOB em São
Paulo (SP). Mais informações no site: www.sobratema.org.br
• A consulta ao site da Sobratema, gratuita para os associados, é interativa e permite a alteração dos valores que entram no cálculo. Descritivo: Equipamentos na configuração
padrão, com cabina fechada e ar condicionado (exceto compactador de pneus e trator agrícola), tração 4x4 (retroescavadeira e trator agrícola), escarificador traseiro (motoniveladora
e trator de esteiras > 120 hp), lâmina angulável (trator de esteiras < 160 hp) ou reta (trator de esteiras > 160 hp), tração no tambor (compactador), PTO e levantamento hidráulico
(trator agrícola). Caminhões com cabina fechada e ar condicionado, caçamba com revestimento (OTR), retardador (OTR), comporta traseira (articulado), caçamba 11 m³ solo
(basculante rodoviário 26 a 30 t) ou 12 m³ rocha (basculante rodoviário 36 a 45 t), tanque com bomba e barra espargidora (irrigadeira). Caminhão comboio com 3.500 l a diesel,
1.500 l água, 6 reservatórios e bomba de lavagem. Referência: Maio/2015

68 REVISTA M&t
SUPLEMENTO especial

ompactos &
Ferramentas

ATLAS COPCO
Muito além da
demolição
Utilizado principalmente no desmonte de estruturas de concreto,
martelo demolidor também tem aplicação em segmentos que
demandam alta energia de percussão

Martelo demolidor, martelo hidráulico, martelo dos da Sotreq, as aplicações urbanas em concreto, por
rompedor ou rompedor hidráulico. São muitas as deno- exemplo, requerem martelos menores. Já em escavações
minações para uma ferramenta com ampla utilização ou fundações em rochas, são os martelos de maior porte
tanto na construção leve quanto na pesada, passando que pedem passagem. “O tipo de material e a quantidade
pelos segmentos de demolição, reciclagem, metalurgia, de rompimento necessária são os fatores que definem o
agregados e mineração. modelo a ser utilizado”, afirma o especialista. “Evidente-
Devido à esta extensa variedade de aplicações, existem mente, materiais mais duros e trabalhos de maior vulto
diversos tipos de martelos demolidores. Conforme pontua exigem ferramentas maiores.”
João Rocha, consultor de desenvolvimento de merca- Já Marcos Schmidt, gerente de produto da Atlas Copco,

NOVEMBRO/2015 69
ompactos & Ferramentas

RADAR
ADEQUAÇÃO
É nesse ponto que surge a necessidade
de critérios para a seleção da ferramenta
mais adequada. Para os martelos demo-
lidores acoplados, por exemplo, é preciso
considerar o modelo do veículo-portador
disponível, pois – como vimos – o imple-
mento hidráulico depende diretamente
de suas características estruturais e da
Padiola facilita o energia oferecida.
transporte de agregados A partir deste ponto, os usuários devem
Com carga máxima de 70 kg
considerar as características da aplicação
ou 36 l (o equivalente a quatro
CATERPILLAR

da ferramenta e suas particularidades,


baldes), a padiola PD 36 da CSM
como agilidade de posicionamento e
facilita o carregamento de agre-
Tipo de material e quantidade de rompimento são os fatores energia do golpe. “Quanto maior a rapi-
gados até a betoneira/misturador. que definem o modelo a ser utilizado
dez de posicionamento, mais rapidamen-
Segundo a fabricante, a ferramen-
te o trabalho é realizado e, consequen-
ta também pode ser utilizada para
faz uma distinção conceitual. Segundo temente, o custo da operação se reduz”,
transporte de agregados, como
ele, os martelos hidráulicos podem ser comenta Schmidt.
pedra e areia, por exemplo.
manuais ou embarcados, que dependem A dureza do material a ser demolido
www.csm.ind.br de máquinas-portadoras como escavadei- também é determinante para a seleção
ras, por exemplo. De acordo com o geren- da energia do golpe. De acordo com o ge-
te, a classificação básica dos rompedores rente de produtos da Atlas Copco, no caso
embarcados pode ser dividida em leves de rochas que apresentem durezas muito
(de 50 a 700 kg), médios (de 750 a 1.700 elevadas, a energia do golpe assume
kg) e pesados (de 2.000 a 10.000 kg). papel predominante, exigindo a busca por
“Os rompedores hidráulicos embarcados uma combinação martelo x veículo-por-
são os que oferecem a maior quantidade tador que privilegie este aspecto, mesmo
de modelos em razão da grande gama que seja utilizada uma ferramenta de
de veículos portadores viáveis para este menor peso. “A boa escolha do rompedor
equipamento”, diz Schmidt. exige uma análise abrangente de tudo o
De modo geral, o rompedor hidráulico que se relaciona à sua utilização”, explica.
embarcado recebe energia hidráulica do Implementos embarcados recebem energia do veículo-portador

Solução traz ganhos veículo portador, dimensionada pelos


ergonômicos parâmetros vazão e pressão. Como o
A parafusadeira/furadeira a implemento transforma tais parâmetros
bateria PFV 180 possui bateria de em energia de percussão e frequência
íons de lítio, com tensão de 18 V, de golpes, quanto maior o rompedor,
mandril de aperto rápido com ca- maior será o desempenho oferecido. “No
pacidade de 3/8” (10 mm) e torque entanto, quanto menor o porte do mar-
de 1 Nm a 28 Nm. O lançamento telo, maior será a frequência de traba-
é voltado especialmente para pa- lho”, comenta Rocha, da Sotreq. “É essa
rafusos de até 8 mm de diâmetro, combinação de força e frequência que
podendo ser utilizado ainda para possibilita atender a diversas aplicações,
furos em metal e madeira, diz a desde pequenas obras de construção até
grandes desmontes de rochas.”
ATLAS COPCO

Vonder.

www.vonder.com.br

70 REVISTA M&t
SUPLEMENTO especial
RADAR
“Por isso, quanto menores forem os da- de 750 kg a 1.700 kg) e HB (linha pesa-
dos disponíveis, maior a necessidade de da, de 2.000 kg a 10.000 kg). Já a Linha
escolher um equipamento que atenda a Essential reúne os modelos ES e EC (linha
um amplo espectro de possibilidades.” leve, de 50 kg a 375 kg), EC (linha média,

SOLUÇÕES Rompedores da Linha HB têm até 10 t de peso operacional


Por fim, chega o momento da escolha.
A Atlas Copco, por exemplo, conta com
dois grupos de rompedores hidráulicos
da linha Premium e Essential, oferecidos Analisadores simplificam
para veículos portadores a partir de 350 testes de bateria
kg até 140 ton de peso operacional. A Fluke disponibiliza ao mercado
Conforme detalha Schmidt, os rompe- os analisadores da Série 500,
dores da marca estão subdivididos em projetados para simplificar o fluxo
cinco classes. A Linha Premium conta de trabalho em testes de baterias
ATLAS COPCO

com três tipos de ferramentas: SB (linha fixas e bancos de baterias. A no-


leve, de 50 kg a 702 kg), MB (linha média, vidade é indicada para aplicações
de backup crítico em aeroportos,
serviços públicos de infraestrutura,
Confira 8 dicas de óleo e gás e ferrovias, informa a

manutenção preventiva fabricante.

Confira no quadro os principais pontos para o uso correto www.fluke.com.br


e o aumento da vida útil de martelos hidráulicos:

1
Mantenha a ferramenta sempre em um ângulo de 90° sobre a face
de operação
Aplique pressão contínua para baixo, mantendo a força aplicada
2 durante o ciclo de rompimento

Reposicione corretamente a ferramenta, pois trabalhar muito

3 tempo em um só lugar cria uma nuvem de poeira, o que reduz a


eficácia da energia do impacto e produz calor, reduzindo a vida útil
da ferramenta e das buchas
Ao final da aplicação, deixe a ferramenta virar/trabalhar no
4 vazio, permitindo eliminar a poeira que se deposita na parte
interna do motor
Não golpeie um ponto por mais de 15 s. Se um objeto não se

5 romper em 15 s, reposicione o martelo

O engraxe deve ser realizado periodicamente, de acordo com o

6 manual do fabricante, além das substituições de peças de desgaste,


como buchas, pontas e pinos de retenção
Recomenda-se fazer uma verificação anual da regulagem do
7 conjunto, pois os parâmetros de vazão e pressão podem sofrer
alterações
Utilizar a ferramenta com valores diferentes dos indicados

8 pode afetar as vedações e partes internas, além de interferir na


performance

novemBRo/2015 71
ompactos & Ferramentas

RADAR

“Os rompedores
hidráulicos
embarcados são os
que oferecem a maior
Trena a laser oferece quantidade de modelos
versatilidade em em razão da grande
medições gama de veículos
A trena a laser Irwin EM50 rea-
portadores viáveis para
liza medições contínuas e de área
de até 50 m, além de comportar
este equipamento.”
medições de volume e as funções
de soma e subtração. A solução
pode ser utilizada juntamente às
medições lineares, permitindo que
engenheiros e arquitetos reali-
zem levantamentos completos
apenas apertando um botão, diz a de 800 kg a 1800 kg) e EC (linha pesada, mente são as ferramentas para máquinas
empresa. de 2200 kg a 2600 kg). compactas, como miniescavadeiras e mi-
A Sotreq, por sua vez, comercializa uma nicarregadeiras (modelo H55Es), retroes-
www.irwin.com.br linha de rompedores da marca Caterpillar cavadeiras (modelo H75Es), escavadeiras
que varia de 150 kg a 4.300 kg. Segundo o de 20 ton (modelo H130Es) e escavadeiras
consultor Rocha, as mais vendidas atual- de 35 ton (modelo H160Es).

Mercado oferece
opções manuais
Além dos modelos embarcados, existem diversas
opções de martelos demolidores manuais de
pequeno porte. Segundo Luciano Fabricio, instrutor
Bomba periférica atua da divisão de ferramentas elétricas da Bosch
em diferentes aplicações Brasil, os produtos da empresa são indicados
Produzida pela Vonder, a
para profissionais que utilizam o equipamento
bomba periférica BPV 375 atua no
exclusivamente para trabalhos de cinzelamento,
bombeamento de água limpa em
rompimento ou quebra de paredes e pedras, rompedor na classe de 11 kg e 1.500 W de potência e que
residências, poços, chácaras, pré-
além de retirada de revestimentos. “O portfólio da disponibiliza 16,8 J de energia de impacto, o GSH 11 VC, de
dios e aplicações de pequeno porte,
empresa inclui opções de 5, 11, 16 e 27 kg, com 11 kg, com 1.700 W e 23 J, e ainda o GSH 27 VC, de 27 kg,
respeitando a altura máxima para
recalque de 25 m. Com potências destaque para o modelo GSH 11 E, um martelo com 2.000 W e 62 J”, enumera.
de 540 W e 480 W, o equipamento
possui rotor com sistema antitrava-
mento em latão e protetor térmico.
*Compactos & Ferramentas é um suplemento especial Saiba mais:
da revista M&T – Manutenção & Tecnologia. Reporta- Atlas Copco: www.atlascopco.com.br
Bosch: www.boschferramentas.com.br
www.vonder.com.br gem, coordenação e edição: Redação M&T. Sotreq: www.sotreq.com.br

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COLUNA DO YOSHIO
O cliente no centro dos negócios

N
o mundo corporativo, uma das discussões mais frequentes nos dias de
hoje tem sido a necessidade de adaptar-se rapidamente às novas situa-
ções do mercado e prosseguir amoldando-se às mudanças. Nesse sen-
tido, percebe-se uma perplexidade nas empresas, protagonizada por
pessoas surpreendidas por um fenômeno no passado muito comum em
nosso país: a crise.
marcelo vigneron

Hoje, já é senso comum que esta crise – aparentemente – não será superada tão rapida-
mente. Por isso, as medidas de precaução devem contemplar uma atitude mais prática do
que simplesmente esperar a convulsão passar, como tem sido o comportamento de algumas
pessoas e suas respectivas empresas.
A adoção de medidas paliativas, no entanto, indica que muitos empresários estão simples-
mente torcendo para que a crise passe logo e tudo volte ao normal. Mas, de fato, estamos
flertando com a possibilidade de encontrar no futuro um mercado muito diferente do que foi
Estamos no passado. Pois, ao contrário do que se imagina, as mudanças não param durante as crises.

flertando com Ao contrário, as mudanças se aceleram nesses momentos conturbados, transformando mais
rapidamente o cenário dos negócios.
a possibilidade E talvez tenha chegado a hora de uma revisão séria do modo de fazer negócios. Nesse
sentido, é fundamental colocar o cliente no centro da revisão. Muitos modelos de negócios
de encontrar existentes foram instituídos e estabelecidos com a visão de competição e de domínio, como
premissas para obter o retorno desejado. Em muitos destes modelos, o cliente está no meio,
no futuro um como uma vítima de um sequestro prolongado.

mercado muito É o caso da compra de um produto que só pode ser atendido por revendedores e presta-
dores de serviços autorizados, pois o fluxo de peças e informações técnicas é restringido, bem
diferente do que como o acesso a softwares. O cliente não retorna ao estabelecimento espontaneamente, mas
só o faz porque é refém de um modelo viciado de negócio.
foi no passado, Se as empresas realmente acreditam que seu modelo agrega o melhor valor ao cliente-re-

pois as mudanças fém, por que então o medo de oferecer alternativas ou dar-lhe liberdade de escolha? Não seria
de se supor que o cliente voltaria espontaneamente, reconhecendo o valor agregado? É real-

não param mente possível acreditar que o serviço, o atendimento, as modernas instalações ou mesmo o
valor percebido pelo cliente seriam capaz de atraí-lo continuamente? Será que a experiência
durante as proporcionada o convence a voltar?
Numa revisão profunda, a conclusão possível é de que muitos recursos e ativos envolvi-
crises” dos nos negócios podem não ser mais necessários. Ou pior, não serem mais valorizados pelos
clientes. Assim, faz-se necessário um novo conceito que pode ser chamado de “Light Foot
Print”, algo como “Pegada Leve”, significando uma abordagem minimalista de estruturas físicas,
investimentos e custos para fazer negócios. Ou seja, colocar o cliente no centro, de verdade.
E, nesta necessária criação de agilidade, até mesmo quem tem menos pode levar vantagem.

*Yoshio Kawakami
é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

74 REVISTA M&t
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