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QUAL É A COMPLICAÇÃO

AGUDA MAIS COMUM?


E A CRÔNICA?
COMPLICAÇÕES
CRÔNICAS E
AGUDAS DO
DIABETES
MELLITUS
VINHETA DE ABERTURA
VINHETA DE ABERTURA
CASO CLÍNICO

੦ Arnaldo
੦ 54 anos
੦ motorista de aplicativo
੦ praticante irregular de
academia (1-2x/semana)
CASO CLÍNICO

Queixa:
੦ refere que, há mais de 15 anos, não faz
acompanhamento médico regular por “falta de
tempo e excesso de trabalho”
੦ sem poder comer, queixa-se de mal estar que
melhora comendo algo doce. Refere que já teve
essa sensação na academia, por isso tem
deixado de se exercitar
੦ refere discreta baixa de acuidade visual no olho
esquerdo há 4 anos
Antecedente pessoal
० diabetes mellitus – não sabe referir desde
quando

Antecedente Familiar
० diabetes mellitus
० HAS
० dislipidemia
CASO CLÍNICO

Exame Físico
੦ BEG, CHAAE
੦ peso: 82 kg; altura: 1,69 m; IMC: 28
੦ Cab/Pesc*
੦ AR
੦ ACV
੦ ABD
੦ MMSS/MMII
CASO CLÍNICO

Exame de fundo de olho


੦ apresenta disco óptico com contorno e
coloração sem alterações
੦ arteríolas e vênulas com calibres normais
੦ presença de micro-hemorragias e
microaneurismas retinianos em ambos os olhos
੦ perda de brilho macular no olho esquerdo
CASO CLÍNICO

੦ qual é a hipótese diagnóstica??


੦ qual é a conduta?
CASO CLÍNICO

Exames Laboratoriais
੦ glicemia de jejum: 146 mg/dL
੦ hemoglobina glicada: 8%
COMPLICAÇÕES

AGUDAS VERSUS CRÔNICAS DO DIABETES

Neuropatia

Pé diabético Nefropatia

Retinopatia
Infarto Aterosclerose
HIPOGLICEMIA

Muito mais comum em diabéticos


Complicação aguda mais comum
Uso de insulina e sulfoniureias

Maioria dos casos é leve e


facilmente tratável

Complicações graves e fatais


HIPOGLICEMIA

COMO MINIMIZAR?
० controle mais rígido da glicemia
ETIOLOGIA

Evolução do diabetes mellitus em resposta à


hipoglicemia
० deficit progressivo da secreção de Glucagon
० diminuição da liberação de catecolaminas

० risco de hipoglicemia > 20X: beta bloqueadores


e neuropatia autonômica
FATORES PRECIPITANTES

Reduzida ingestão de carboidratos


Aumento do consumo muscular de glicose -
exercício físico
Dose excessiva de insulina
Dose excessiva de secretagogos da insulina
(glibenclamida e clorpropamida)
Ingestão alcoólica
Insuficiência renal
Insuficiência adrenal
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Palpitações Confusão
Taquicardia Fraqueza
Tremores Dificuldade de
Sudorese concentração

Parestesia Alterações do
comportamento
Sensação de fome
Sonolência
Coma
Morte
#CAI NA PROVA

DIAGNÓSTICO

Manifestações clínicas:
० sintomas são pouco específicos
० portanto, para confirmar diagnóstico é
necessário fechar os 3 critérios de Whipple
TRÍADE DE WHIPPLE

Glicemia < 70 mg/dL


Sintomas (autonômicos e/ou neuroglicopênicos)
Melhora dos sintomas após uso de CHO
#CAI NA PROVA
#IMPORTANTE

PRONTO-SOCORRO

० sempre descartar hipoglicemia


० CD: glicemia capilar ou usar glicose hipertônica
० Tiamina: etilistas e desnutridos

Fonte: https://www.bidu.com.br/plano-de-saude/quando-ir-ao-pronto-socorro/
TRATAMENTO

Hipoglicemia leve
Sem perda de consciência = 15 g de CHO
CHO rápida absorção VO
15/15 min, se necessário
TRATAMENTO

Hipoglicemia grave
Alteração de consciência
Glicose hipertônica
० 20-30 g IV in bolus
Glucagon
० 1 mg SC ou IM
NADA via oral!!
HIPERGLICEMIA CRÔNICA

MICROVASCULARES
Retinopatia
RETINOPATIA DIABÉTICA
RETINOPATIA DIABÉTICA

Extremamente comum
Exame de fundo de olho
० DM 1 > 20 anos: 90% alterações sugestivas
० DM 2 > 20 anos: 60% alterações sugestivas
RETINOPATIA DIABÉTICA

Retinopatia Proliferativa (forma mais grave)


० DM 1 > 15 anos : 50%
० DM 2 > 15 anos: 10%

० risco de evolução para cegueira em 5 anos de


50% (sem tratamento)
RETINOPATIA DIABÉTICA

DM 2 de hiperglicemia assintomática
० 23-38% podem apresentar retinopatia com
menos de 2 anos de diagnóstico

० principal causa de perda de visual é o edema


macular
RETINOPATIA DIABÉTICA

LESÕES MAIS PRECOCES SÃO


REPRESENTADAS:

Microaneurismas retinianos
० causados pela perda dos pericitos capilares
Exudatos duros
० causados pelo extravasamento de lipídios pela
alteração da permeabilidade tecidual
RETINOPATIA DIABÉTICA

Lesões endoteliais progridem até formar áreas


isquêmicas, que podem manifestar:
० edema
० exsudatos algodonosos (manchas algodonosas)
RETINOPATIA DIABÉTICA

RETINOPATIA PROLIFERATIVA
presença de neovascularização
e/ou hemorragias vítrea
#CAI NA PROVA

O exame de fundo de olho é OBRIGATÓRIO no DM

Fonte: https://miguelpadilha.com.br/exame-de-fundo-de-olho/
TRATAMENTO

CONTROLE RIGOROSO DA:


० glicemia
० pressão arterial
० níveis lipídicos

० cessação do tabagismo
TRATAMENTO

FOTOCOAGULAÇÃO DA RETINA COM LASER


DE AGÔNIO

० prevenir neoformação vascular


० progressão para cegueira
#CAI NA PROVA
#IMPORTANTE

DOENÇA RENAL DO DIABETES

० anteriormente conhecida como nefropatia


diabética
० maior causa de insuficiência renal em estágio
terminal
० 40-44% dos casos que iniciam diálise nos EUA
० mortalidade de DM que ingressam em diálise é
maior
DOENÇA RENAL DO DIABETES

Perda de função renal


Presença de albuminúria: aumenta significativamente o
risco de eventos cardiovasculares
DOENÇA RENAL DO DIABETES

AUMENTO DA EXCREÇÃO URINÁRIA DE


ALBUMINA:

० é importante FATOR DE RISCO para eventos


coronarianos e para o desenvolvimento e
progressão da doença renal
PREDITORES INDEPENDENTES DE
DOENÇA CARDIOVASCULAR

Aumento da excreção urinária de albumina


Taxa de filtração glomerular

० ambas são rastreios para doença renal no DM


DOENÇA RENAL NO DIABETES MELLITUS

Entre os DM, cerca de 30-50% evoluem com doença


renal avançada
excreção urinária de albumina > 300 mg/24h
० doença renal surge após 5-7 do início da
hiperglicemia
ALBUMINÚRIA

LEVE A MODERADO DA EUA


30 e 300 mg/24horas
30 e 300 mg/g de creatinina

Nessa fase, a alteração renal é reversível


#VocêSabia
VOCÊ SABIA

TERMINOLOGIA

० microalbuminúria & macroalbuminúria


० EUA 30-300 mg/24h & > 300 mg/24h
० EUA moderadamente aumentada & severamente
aumentada
० EUA aumentada: englobando as duas formas
DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO

Rastreamento é realizado pela TFG e EUA


EUA é o exame mais sensível e, atualmente, o mais
utilizado para rastreio
EXCREÇÃO URINÁRIA DE ALBUMINA

Medida em amostra isolada de urina


Praticidade, coleta mais simples, menor custo e boa
acurácia (X urina de 24h)
Pode se dosar albumina isoladamente ou associada
à creatinina urinária
Corrigir EUA para concentração da urina —>
estimativa um pouco mais confiável
EXCREÇÃO URINÁRIA DE ALBUMINA

EUA deve ser confirmada em pelo menos 2 a 3


amostras - em um intervalo de 3 a 6 meses
A presença de 2 dosagens aumentadas nesse
intervalo define o diagnóstico
TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR

O paciente DM pode evoluir com piora progressiva


da doença renal sem proteinúria, por isso a
estimativa da TFG deve ser realizada como rotina
no acompanhamento
COMPLICAÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS

Agudas
० cetoacidose diabética
० estado Hiperosmolar Hipertônica

Crônicas - Microvasculares
० retinopatia
० neuropatia
० doença renal
QUAL É A COMPLICAÇÃO
AGUDA MAIS COMUM? E
A CRÔNICA?

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