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EMERGÊNCIAS

DIABÉTICAS

ENFERMEIRA: LUCIARA MENDES DA SILVA


DIABETES MELLITUS

É um conjunto de doenças metabólicas que provocam


hiperglicemia por deficiência de insulina.
 Essa deficiência pode ser absoluta, por baixa produção,
ou relativa devido a resistência periférica à insulina.
CLASSIFICAÇÃO
FATORES DE RISCO

 Sobrepeso ou obesidade com IMC > 25  Diagnóstico anterior de intolerância à


ou peso mais de 20% acima do total glicose ou glicemia de jejum de110 a 125
 Perímetro abdominal acima de 102 cm mg/dl
para homens e acima de 88 cm para  Níveis de HDL < 35 mg/dl ou
mulheres triglicerídeos > 250 mg/dl
 História familiar de DM tipo II em pais  Mães de filhos que nasceram com mais
ou irmãos de 4 Kg ou história de diabetes
 Hipertensão arterial gestacional.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 “Quatro P”: poliúria( micção excessiva), polidipsia( sede excessiva) polifagia( fome
excessiva ) e perda de peso.
 Fadiga e fraqueza
 Alterações súbitas da visão
 Formigamento ou dormência nas mãos ou pés
 Pele seca
 Lesões que cicatrizam de forma lenta
 Infecções recorrente
DIAGNÓSTICO

 Clínico: Avaliação dos sintomas apresentados pelo paciente.


 Laboratorial:
 Níveis plasmáticos de glicose iguais ou superiores a 126 mg/dl, em pelo
menos duas ocasiões;
 Sintomas do diabetes descontrolado e uma dosagem randômica de glicose
sanguínea com nível igual ou superior à 200 mg/dl;
 Nível sanguíneo de glicose igual ou superior a 200 mg/dl, 2 horas após a
ingestão de 75 g de dextrose oral.
 Outros exames: exame oftalmoscópico e EAS (exame simples de urina).
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Glicemia de jejum Glicemia pós-prandial


 Normal: ≤100 mg/dl ≤ 140 mg/dl
 Intolerância à glicose: 111-125  141 – 199 mg/dl
mg/dl
≥ 200 mg/dl
 Diabetes: ≥ 126 mg/dl
TRATAMENTO

 Mudança de hábitos
 Planejamento da alimentação
 Cuidados com a pele
 Cuidado com os pés
 Controle das comorbidades
 Hipoglicemiantes orais
 Insulinoterapia
INSULINOTERAPIA

 Insulina Humalog (insulina


lispro) : apresenta um início de
ação de 10 a 15 minutos, uma
ação máxima (pico) de 1 a 2 horas
depois da aplicação e uma
duração de 3 horas.
INSULINOTERAPIA

 Insulina simples (regular): sua ação


é regulada no tecido subcutâneo
para a corrente sanguínea, tem ação
curta (início em 30 minutos, pico
em 1 a 4 horas e duração de 6 até 8
horas).
INSULINOTERAPIA

 Insulina NPH (intermediária): início


de ação em 2 a 4 horas e duração de
16 a 24 horas, sendo indicada no
tratamento de manutenção do
diabetes.
INSULINOTERAPIA

 Insulina Glargina (Lantux): ação


lenta, tem aspecto claro. Sua ação
inicia-se em 1 a 2 horas e, a partir de
3 a 4 horas, mantém-se constante
(sem picos ou efeitos máximos) até
24 horas;
 Produz menos episódios de
hipoglicemia noturna.
ATENÇÃO
TABELA DE GLICEMIA CAPILAR
Glicemia Capilar (mg/dl) Dose de INSULINA REGULAR
(UI)
80 - 200 0
201 - 250 4
251 - 300 6
301 - 350 8
351 - 400 10
401 - 450 12
Acima de 451 Avaliação Médica para ajuste de dose e via
de administração
Rodízio dos locais de aplicação

 Pacientes que usam insulina três ou mais vezes por dia devem
adotar a prática de rodízio dos locais de aplicação.
 Usar a mesma área por muito tempo pode provocar caroços ou
depósitos de gordura extra, formando nódulos.
 Essas lesões não são apenas feridas, mas também podem alterar a
forma como a insulina é absorvida, tornando mais difícil manter
o controle glicêmico.
COMPLICAÇÕES DO USO DA INSULINA

 Reações alérgicas locais


 Lipodistrofia insulínica
 Resistência à insulina
 Hiperglicemia matinal
Hipoglicemia

É um distúrbio provocado pela


baixa concentração de glicose no
sangue e que pode afetar pessoas
portadoras ou não de diabetes.
ETIOLOGIA

A maior ocorrência dos casos de hipoglicemia são em


pessoas portadoras de diabetes, sendo causados
por desregulações nos níveis de insulina ou mesmo por
medicamentos utilizados para diabetes.
 Jejum Prolongado.
HIPOGLICEMIA

 Potencialmente fatal
 Complicação frequente em pacientes diabéticos
 Infrequente em não diabéticos
 Paciente que chega inconsciente ou com alteração neurológica no
PS, sempre suspeitar e verificar.
SINTOMAS
 Cefaléia
 Alteração de comportamento
 Sonolência
 Taquicardia
 Tontura
 Ansiedade
 Dificuldade de concentração
 Tremores
 Lentificação de pensamento
 Sudorese
 Confusão
 Fome
 Irritabilidade
 Convulsão e coma.
TRATAMENTO

 Glicemia capilar < 70 mg/dl


 Glicose 50%: 60 a 100 ml via endovenosa
ATENDIMENTO DE
EMERGÊNCIA NO PRÉ-
HOSPITALAR
 Obter informações da história clínica da vítima
 Vítimas conscientes – administrar açúcar (suco ou água com
açúcar).
 Vítimas com alteração da consciência ou inconscientes – não
fornecer nada via oral
 Administrar oxigênio
 Decúbito lateral no caso de vômito
 Transporte imediato para o hospital.
HIPERGLICEMIA

É um termo médico que significa


glicose alta no sangue.
Etiologia

A principal causa da hiperglicemia, geralmente, está


associada ao diabetes, condição em que o pâncreas não
produz, ou produz insuficientemente, o hormônio
insulina, que regula os açúcares do sangue.
Quais são os sintomas da
hiperglicemia?
 Poliúria (excesso de urina) e a polidipsia (sede).
 Dores
 Dormência
 formigamento das pernas
 visão turva e embaçada.
 Para portadores da diabetes tipo 1, a hiperglicemia pode levar ao coma e à cetoacidose
diabética;
 já para portadores da diabetes tipo 2, os sintomas são quase que imperceptíveis e a demora no
diagnóstico pode ocasionar complicações.
Quais são as formas de tratamento da
hiperglicemia?

O tratamento da hiperglicemia é feito com injeção de


insulina ou medicamentos de combate ao diabetes
prescritos pelo médico.
 Uma forma de auto tratamento é a realização de
atividades físicas frequentes para ajudar a diminuir o
açúcar do sangue.
PÉ DIABÉTICO

É uma série de alterações que podem ocorrer nos pés de


pessoas com diabetes não controlado.
 Infecções ou problemas na circulação dos membros
inferiores estão entre as complicações mais comuns,
provocando o surgimento de feridas que não cicatrizam e
infecções nos pés.
PÉ DIABÉTICO

 Pode surgir em até ⅓ dos pacientes diabéticos e, se não for


reconhecido e tratado a tempo, pode evoluir para complicações
ainda mais graves, como úlceras profundas e, até mesmo, a
necessidade de amputação do pé.
 O pé diabético faz com que a sensibilidade no pé diminua e o
paciente sinta dores; no entanto, em razão da falta de sensibilidade,
quem tem pé diabético não sente o aparecimento de feridas,
úlceras e outras lesões nos pés.
Quais são as causas do pé diabético?

 Em linhas gerais, a causa do pé diabético é a nefropatia diabética


e a própria diabetes mal controlada.
 Os níveis altamente elevados da glicose no organismo são os
responsáveis pelas alterações fisiopatológicas que propiciam o
surgimento dessa condição.
 No entanto, é importante frisar que nem todos os diabéticos terão o
pé diabético.
Quais são os sintomas do pé diabético?

 O principal sintoma é o aparecimento de feridas indolores que


demoram a cicatrizar.
 No entanto, portadores do pé diabético podem apresentar outros
sintomas, como dores, formigamentos constantes e inchaço nos
pés, perda de sensibilidade, cheiro fétido e engrossamento da pele
do pé, saída de pus pelas feridas e alterações da temperatura da
pele do pé.
Quais são as formas de tratamento do pé
diabético?
 O pé diabético tem cura, e o tratamento é feito de acordo com os sintomas
que o portador apresenta.
 Após o médico classificar as lesões do pé diabético, as formas de tratamento
ocorrem pelo uso de antibióticos, pelo uso de pomadas antimicrobianas no
local afetado, pelo uso de medicamentos controladores da
diabetes, por mudanças na alimentação e com a realização de curativo diário
nas feridas.
 Nos casos mais graves, há a possibilidade de recomendação de cirurgia
para remoção da região afetada.
CURATIVO

 Usar técnicas assépticas


 Limpeza da borda para o centro
MATERIAIS UTILIZADOS
SOLUÇÃO COM PHMB

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