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DIABETES MELLITUS

O QUE É?

Diabetes Mellitos (DM) é uma síndrome metabólica de origem


diversas, caracterizadas pela hiperglicemia, resultado da não
produção de insulina ou pelo da incapacidade do organismo de
utiliza-la. A insulina é produzida pelo pâncreas e é responsável pela
quebra da glicose, transformando-a em energia para nosso
organismo.
A hiperglicemia é o acumulo de açúcar no nosso sangue, ela se
manifesta por sintomas como: poliúria (eliminação excessiva de urina),
polidipsia (sede excessiva ou aumento da ingestão hídrica), perda de
peso, polifagia (fome ecessiva) e visão turva ou por complicações
agudas que levam ao risco de vida: cetoacidose diabética e a síndrome
hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica. A hiperglicemia crônica está
associada a danos, disfunção e falência de vários órgãos,
especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos.

HIPOGLICEMIA NORMAL HIPERGLICEMIA


A CAD (cetoacidose diabética), mas
comum em diabetes tipo 1, é
caracterizada pela associação de
hiperglicemia, acidose metabólica e
cetonemia, enquanto o EHH(estado
hiperglicemico hiperosmolar), mas
comum em diabetes tipo 2, pela
tríade de hiperglicemia severa,
aumento da osmolalidade plasmática
e desidratação.
TIPOS DE DIABETES
A diabetes mellitus pode se
apresentar de diversas formas e
possui diversos tipos como mostra
a tabela ao lado. As formas mais
frequentes são o tipo 1, tipo 2 e
gestacional. Os termos
“dependente de insulina” e “não
dependente de insulina” foram
eliminados.
DIABETES TIPO 1
Ocorre entre 5% e 10% dos casos de diabetes. No tipo 1 o sistema
imunológico ataca as células do pâncreas que produzem a insulina
(processo autoimune, tipo 1A) ou menos comum por causas
desconhecidas (tipo 1B), assim, não há produção suficiente para fazer
com que a glicose entre nas células, permanecendo na corrente
sanguínea. Comumente diagnosticada durante a infância e a
adolescência e se estende por toda a vida e é sempre tratada com
insulina ou insulina associada a outros medicamentos.
DIABETES TIPO 2
Mais comum que a tipo 1, perfazendo cerca de 90% dos casos de
diabetes. Costuma ser assintomática e sua manifestação acontece na
idade adulta (após os 40 anos com pico aos 60 anos), mas com hábitos
alimentares cada vez pior, essa manifestação está acontecendo cada
vez mais cedo com evolução lenta dos sintomas e possibilidade de
complicações tardias (renais, oftalmológicas e neuropatas). Ocorre
principalmente em pessoas com excesso de peso, comportamento
sedentário, hábitos alimentares não saudáveis e histórico familiar de
diabetes.
DIABETES GESTACIONAL
É uma condição metabólica exclusiva que ocorre durante a gestação
por conta do aumento da resistência insulínica causada pelos
hormônios gestacionais. Essa condição pode ou não perdurar após o
parto.
PRÉ DIABETES
É um sinal de alerta do corpo, que normalmente aparece em pessoas
com fatores de risco, como obesidade, hipertensão, alterações nos
lipídios. Nesta etapa, cerca de 50% das pessoas conseguem retardar a
evolução da doença com alimentação saudável e atividade física.
SINTOMAS DA DIABETES
Tipo 1
Fome frequente;
Sede constante;
Vontade de urinar diversas vezes por dia;
Perda de peso fraqueza;
Fadiga;
Mudança de humor;
Náuseas e vômitos;
SINTOMAS DA DIABETES
Tipo 2
Fome frequente;
Sede constante;
Formigamento nos pés e maus;
Vontade de urinar diversas vezes;
Infecções frequentes na bexigam rins e pele;
Feridas que demoram para cicatrizar;
Visão embaçada;
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é realizado através de exames laboratoriais tais como
glicemia em jejum, hemoglobina glicosilada, teste de tolerância oral a
glicose 75g. Atualmente, são 4 critérios aceitos para o diagnóstico do
diabetes:
Glicemia em jejum ≥ 126mg/dl
Glicemia de 2h pós-sobrecarga de 75g de glicose ≥ 200mg/dl
DIAGNÓSTICO
Sintomas de poliúria, polidipsia, perda ponderal (emagrecimento)
acrescido de glicemia casual ≥ 200mg/dl. Compreende-se por glicemia
casual aquela realizada a qualquer hora do dia, independentemente do
horário das refeições.
Recentemente foi validada como critério de diagnostico para o DM a
hemoglobina glicada (HbA1c). Onde HbAc1 ≥ 6,5% a ser confirmada em
outra coleta (disponível em caso de sintomas ou glicemia ≥ 200mg/dl)
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do diabetes deve sempre ser confirmado pela repetição
do teste em outro dia, a menos que haja hiperglicemia inequívoca com
sintomas óbvios de Diabetes.
FATORES DE RISCO
Diagnostico de pré-diabetes;
Pressão alta;
Colesterol alto ou alterações na taxa de
triglicerídeos no sangue;

Sobrepeso, principalmente se a gordura


estiver concentrada em volta da cintura
(mulheres < 80cm e homens < 102cm);

Pais, irmãos ou parentes próximos com


diabetes;
Doenças renais crônicas;
FATORES DE RISCO
Mulher que deu à luz criança com mais de 4kg;
Diabetes gestacional;
Síndrome do ovário policístico;

Diagnostico de distúrbios psiquiátricos:


esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;
Apneia do sono;

Uso de medicamentos da classe dos


glicocorticoides: prednisona, prednisolona,
hidrocortisona, dexametasona e etc.
TRATAMENTO
Tipo 1
Os pacientes que apresentam
diabetes tipo 1 fazem utilização de
insulinoterapia, ou seja, precisam de
injeções diária de insulina para
manter a glicose em valores
considerados normais.
TRATAMENTO
Tipo 2
Os pacientes que apresentam
diabetes tipo 2 fazem utilização de
medicamentos conforme cada caso:
Inibidores da alfaglicosidase:
impedem a digestão e absorção de
carboidratos no intestino.
Sulfonilureais: estimulam a produção
pancreática de insulina pelas
células
Glinidas: agem também estimulando
a produção de insulina pelo
pâncreas.
TRATAMENTO
Abaixo uma tabela de medicamentos padronizados e disponibilizados
pelo SUS:
TRATAMENTO

Mas qual a diferença das duas


insulinas?
Insulinas com ação intermediária: NPH
(disponível no SUS): início de ação em
2 a 4 horas, pico de ação após 4 a 10
horas, duração do efeito terapêutico
por 10 a 18 horas.
Insulinas de ação rápida: Regular
(disponível no SUS): início de ação em
meia a uma hora, pico de ação após 2
a 3 horas, duração do efeito
terapêutico por 5 a 8 horas.
TRATAMENTO

Em ambos os casos é
importante o acompanhamento
com profissionais de saúde e
aconselhável a utilização de
um aparelho chamado
glicosímetro para acompanhar
os níveis de glicose no sangue.
HIPOGLICEMIA
Muito comum em pessoas com diabetes, a hipoglicemia é literalmente
níveis muito baixos de glicose no sangue (< 70mg/dl). O ideal é que
pessoas com diabetes se mantenham dentro dos níveis estabelecidos de
acordo com a idade, condições gerais de saúde e outros fatores de risco.
Os sintomas da hipoglicemia podem ser:
Tremedeira; Sonolência;
Nervosismo e ansiedade; Visão embaçada;
Suores e calafrios; Sensação de formigamento ou dormência
Irritabilidade e impaciência; dos lábios e na língua;

Confusão mental e até delírio; Dor de cabeça;

Taquicardia; Fraqueza e fadiga;

Tontura e vertigem; Raiva ou tristeza;

Fome e sede; Falta de coordenação motora;


Inconsciência;
DOENÇAS
RELACIONADAS
AO DIABETES
PÉ DIABÉTICO
É uma série de alterações que podem
ocorrer nos pés de pessoas com diabetes
não controlada. Pode ser classificado,
segundo sua etiopatogenia em:
Neuropático com a perda progressiva da
sensibilidade. Os sintomas mais comuns
são os formigamentos e a sensação de
queimação.
Vascular (também chamado isquêmico)
com histórico de claudiação (dor intensa
similar a câimbras e fisgadas) intermitente
e ou dor na elevação do membro.
Misto (neurovascular ou neuroisquemico)
quando associados os sintomas de ambos
os casos.
RETINOPATIA DIABÉTICA
Esse é um termo genérico que designa
todas os problemas de retina causados
pelo diabetes. Ela pode acometer
pacientes em ambos os tipos de diabetes
(tipo 1 e tipo 2) e, normalmente, é causada
pela elevação permanente da taxa
glicêmica. Para evitar a complicação,
todos os pacientes com o tipo 2 da doença
ou que convivem há mais de cinco anos
com ela devem fazer o exame de fundo de
olho (fundoscopia) todos os anos. O
objetivo é identificar possíveis alterações
nos vasos da retina o quanto antes.
DOENÇA RENAL
A nefropatia diabética é uma alteração nos vasos sanguíneos dos rins que
levam a dificuldades na filtração do sangue, podendo causar insuficiência
renal e consequente necessidade de fazer hemodiálise, que consiste na
substituição da função do rim por uma máquina. Normalmente, os sintomas
são a redução da sensibilidade ou sensação de formigamento em mãos e pés.
PELE SENSÍVEL
Pacientes com diabetes têm mais chance de ter pele seca, coceira e
infecções por fungos e/ou bactérias, uma vez que a hiperglicemia favorece a
desidratação – a glicose em excesso rouba água do corpo. A pele seca fica
suscetível a rachaduras, que evoluem para feridas.
PROBLEMAS SEXUAIS

A saúde sexual também está


relacionada com as complicações do
diabetes. Alguns dos problemas
comuns são: disfunção erétil e
problemas de ejaculação. A disfunção
sexual também atinge as mulheres.
Altas taxas de glicose, lesões nos
nervos, depressão e propensão a
infecções genitais são alguns dos
fatores que podem afetar a vida sexual
da mulher com diabetes.
OUTRAS DOENÇAS
Além destas podem ocorres diversas outras doenças como a catarata,
glaucoma, IAM, hipertensão arterial, AVE, amputação de membros inferiores
devido à má vascularização, alteração de humor, ansiedade e depressão.
PREVENÇÃO E HÁBITOS SAUDÁVEIS
A melhor prevenção contra o diabetes é manter um estilo de vida
saudável, lembrando que o diabetes não tem cura, mas podemos
controla-lo e até retarda-lo. Mas o que seria esse estilo de vida
saudável?
Pratica de exercícios físicos regularmente;
Não fumar;
Controlar a glicose no sangue e a pressão arterial;
Comparecer ao médico e realizar exames periodicamente;
PREVENÇÃO E HÁBITOS SAUDÁVEIS

Por fim, uma alimentação


saudável:
1 – Prefira alimentos in natura e
minimamente processados;
2 – Consuma frutas, legumes e
verduras preferencialmente crus,
mas lembre-se de não abusar das
frutas, pois elas possuem um tipo
especial de açúcar;
PREVENÇÃO E HÁBITOS SAUDÁVEIS

3 – Cuidado com o excesso


de alimentos ricos em
carboidratos (açúcar). Ex:
arroz, batata, farinhas,
macarrão...
4 – Reduza e evite o
consumo de alimentos
ultraprocessados;
5 – Evite doces em geral;
Alunos:
Ana Paula e Silva
Angela
Gabriela
Karine
Marcelo Oliveira
Nayara Lima
Paula Silva
Viviane Duarte

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