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INTRODUÇÃO

O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a


complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos,
cérebro, coração e vasos sangüíneos. Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina
envolvendo processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta do
pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da
insulina, entre outros.

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O QUE É A DIABETES?

A diabetes é uma doença que afecta os vasos sanguíneos, tanto os grandes quanto os pequenos.
nossos nervos, que podem ser entendidos como pequenos fios eléctricos que vão transmitir
informações de calor, dor, frio ou pressão para o nosso cérebro, precisam receber sangue com
oxigênio para funcionarem bem. no caso do diabetes, existe uma diminuição do oxigénio que
chega aos nervos através de pequenos vasos sanguíneos, e também ocorre a formação de um
processo inflamatório, ambos levando ao mau funcionamento dos nervos.

QUEM ESTÁ EM RISCO DE SER DIABÉTICO?

A diabetes é uma doença silenciosa que se pode desenvolver sem sintomas durante muitos anos.
é uma doença em crescimento, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo e em idades
mais jovens. no entanto, há grupos de risco com fortes probabilidades de se tornarem diabéticos:

 Pessoas com familiares directos com diabetes;


 Homens e mulheres obesos;
 Homens e mulheres com tensão arterial alta ou níveis elevados de colesterol no sangue;
 Mulheres que contraíram a diabetes gestacional na gravidez;
 Crianças com peso igual ou superior a quatro quilogramas à nascença;
 Doentes com problemas no pâncreas ou com doenças endócrinas.
 Quais são os sintomas típicos da diabetes?

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TODAS AS PESSOAS EM RISCO DEVEM FAZER ANÁLISES. QUANDO JÁ TEM
VALORES MUITO ELEVADOS, MANIFESTA-SE:
nos adultos – a diabetes é, geralmente, do tipo 2 e manifesta-se através dos seguintes sintomas:

 Urinar em grande quantidade e muitas mais vezes, especialmente durante a noite (poliúria);
 Sede constante e intensa (polidipsia) e secura na boca;
 Fome constante e difícil de saciar (polifagia);
 Fadiga;
 Comichão (prurido) no corpo, designadamente nos órgãos genitais;
 Visão turva.

NAS CRIANÇAS E JOVENS – A DIABETES É QUASE SEMPRE DO TIPO 1 E


APARECE DE MANEIRA SÚBITA, SENDO OS SINTOMAS MUITO NÍTIDOS. ENTRE
ELES ENCONTRAM-SE:

 Urinar muito, podendo voltar a urinar na cama;


 Ter muita sede;
 Emagrecer rapidamente;
 Grande fadiga, associada a dores musculares intensas;
 Comer muito sem nada aproveitar;
 Dores de cabeça, náuseas e vómitos.
 Feridas de cura lenta;
 Infecções recorrentes;
 É importante ter presente que os sintomas da diabetes nas crianças e nos jovens são muito
nítidos. nos adultos, a diabetes não se manifesta tão claramente, sobretudo no início, motivo
pelo qual pode passar despercebida durante alguns anos.

Se sintomas surgem com maior intensidade quando a glicemia está muito elevada. e, nestes
casos, podem já existir complicações (na visão, por exemplo) quando se deteta a doença.

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COMO SE DIAGNOSTICA A DIABETES?
Se sentir alguns ou vários dos sintomas deve consultar o médico do centro de saúde da sua área
de residência, o qual lhe pedirá para realizar análises ao sangue e à urina.

PODE SER DIABÉTICO…


– Se tiver uma glicemia ocasional de 200 miligramas por decilitro ou superior com sintomas;

– Se tiver uma glicemia em jejum (oito horas) de 126 miligramas por decilitro ou superior em
duas ocasiões separadas de curto espaço de tempo.

QUE TIPOS DE DIABETES EXISTEM?

 Diabetes tipo 2 (diabetes não insulinodependente) – é a mais frequente (90 por cento
dos casos).

O pâncreas produz insulina, mas as células do organismo oferecem resistência à ação da insulina.
o pâncreas vê-se, assim, obrigado a trabalhar cada vez mais, até que a insulina produzida se torna
insuficiente e o organismo tem cada vez mais dificuldade em absorver o açúcar proveniente dos
alimentos.

este tipo de diabetes aparece normalmente na idade adulta e o seu tratamento, na maioria dos
casos, consiste na adoção de uma dieta alimentar, por forma a normalizar os níveis de açúcar no
sangue. Recomenda-se também a atividade física regular.

caso não consiga controlar a diabetes através de dieta e atividade física regular, o doente deve
recorrer a medicação específica e, em certos casos, ao uso da insulina. neste caso deve consultar
sempre o seu médico.

 Diabetes tipo 1 (diabetes insulinodependente) – é mais rara.

O pâncreas produz insulina em quantidade insuficiente ou em qualidade deficiente ou ambas as


situações. Como resultado, as células do organismo não conseguem absorver, do sangue, o
açúcar necessário, ainda que o seu nível se mantenha elevado e seja expelido para a urina.

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Contrariamente à diabetes tipo 2, a diabetes tipo 1 aparece com maior frequência nas crianças e
nos jovens, podendo também aparecer em adultos e até em idosos.

não está diretamente relacionada, como no caso da diabetes tipo 2, com hábitos de vida ou de
alimentação errados, mas sim com a manifesta falta de insulina. os doentes necessitam de uma
terapêutica com insulina para toda a vida, porque o pâncreas deixa de a produzir, devendo ser
acompanhados em permanência pelo médico e outros profissionais de saúde.

Diabetes gestacional – surge durante a gravidez e desaparece, habitualmente, quando concluído


o período de gestação. no entanto, é fundamental que as grávidas diabéticas tomem medidas de
precaução para evitar que a diabetes do tipo 2 se instale mais tarde no seu organismo. Diabetes
gestacional requer muita atenção, sendo fundamental que, depois de detetada a hiperglicemia,
seja corrigida com a adoção duma dieta apropriada. quando esta não é suficiente, há que recorrer,
com a ajuda do médico, ao uso da insulina, para que a gravidez decorra sem problemas para a
mãe e para o bebé. uma em cada 20 grávidas pode sofrer desta forma de diabetes.

O QUE É A INSULINA?

A insulina é uma hormonal hipoglicemiante segregada pelas células beta dos ilhéus de
langerhans do pâncreas, que é usada no tratamento dos doentes diabéticos. pode ser obtida a
partir do pâncreas do porco ou feita quimicamente e de forma idêntica à insulina humana através
do uso de tecnologia do dna recombinante ou da modificação química da insulina do porco.

Em portugal só é comercializada insulina igual à insulina humana, produzida com recurso a


técnicas de engenharia genética, sendo as reacções alérgicas muito raras em virtude da sua
grande pureza. no mercado estão disponíveis diversas concentrações de insulina. no nosso país,
só se encontra disponível a concentração u-100 (1ml=100 unidades).

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POR QUE É QUE A INSULINA É NECESSÁRIA PARA O TRATAMENTO DA
DIABETES TIPO 1?

Porque, nos doentes com a diabetes tipo 1, as células do pâncreas que produzem insulina foram
destruídas, motivo pelo qual este produz muito pouca ou nenhuma insulina. como sem insulina
não se pode viver, a administração de insulina produzida laboratorialmente é um tratamento
imprescindível de substituição.

COMO SE USA A INSULINA?

O tratamento com insulina é feito através de injeção na gordura por baixo da pele ou através da
utilização da bomba de perfusão subcutânea de insulina.

Até à data o desenvolvimento científico ainda não conseguiu produzir nenhuma forma de
insulina que possa ser tomada por via oral, uma vez que o estômago a destrói automaticamente

ONDE SE INJETA A INSULINA?

A insulina pode ser injectada na região abdominal, nas coxas, nos braços e nas nádegas. a parede
abdominal é o local de eleição para uma mais breve absorção da insulina de acção rápida. Deve
ser usada para as injecções realizadas durante o dia. a coxa utiliza-se preferencialmente para as
injecções de insulina de acção intermédia, sendo a região das nádegas uma boa alternativa.

Deve proceder-se à rotação dos locais onde se administra a injeção, de forma a evitar a formação
de nódulos, porque estes podem interferir na absorção da insulina.

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O QUE SIGNIFICA TER A DIABETES CONTROLADA?

Significa que os níveis de açúcar no sangue se encontram dentro dos parâmetros definidos pelos
especialistas. é o médico que, de acordo com factores como a idade, tipo de vida, actividade e
existência de outras doenças, define quais os valores de glicemia que o doente deve ter em jejum
e depois das refeições.

Convém lembrar-se de que os valores do açúcar no sangue variam ao longo do dia, motivo pelo
qual se fala em limites mínimos e limites máximos.

COMO SE SABE SE A DIABETES ESTÁ CONTROLADA?

Diariamente, é o doente que se analisa e vigia a si próprio, quer através do seguimento da


alimentação correcta e da prática de exercício, quer da realização de testes ao sangue e à urina
em sua casa.

Consequentemente, a melhor forma de saber se a diabetes se encontra ou não controlada é


realizando testes de glicemia capilar (picada no dedo) diariamente e várias vezes ao dia.

Se os valores estiverem dentro dos limites indicados pelo médico, a diabetes está controlada. se
não, o doente deve consultar o médico assistente.

COMO PREVENIR A DIABETES?

 Controlo rigoroso da glicemia, da tensão arterial e dos lípidos;


 Vigilância dos órgãos mais sensíveis, como a retina, rim, coração, nervos periféricos, entre
outros;
 Bons hábitos alimentares;
 Prática de exercício físico;
 Não fumar;
 Cuidar da higiene e vigilância dos pé

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O QUE É PÉ DIABÉTICO

O pé diabético é uma das complicações mais comuns nos pacientes diabéticos e é o resultado
final de um conjunto de alterações que a diabetes provoca nos membros inferiores: lesões nos
nervos, alterações na circulação arterial, diminuição da imunidade e alterações anatômicas dos
ossos do pé.

Todos estes factores em conjunto levam à diminuição da sensibilidade nos pés, o que predispõe
ao surgimento de úlceras (feridas profundas), que podem infectar e levar a sérias complicações,
algumas vezes sendo necessária amputação.

 Sintomas do pé diabético:
 Pulso fraco nos pés;
 Pés frios, com pele fina, brilhosa e descamativa;
 Perda de pelos;
 Dor, queimação, dormência ou formigamento nos pés;
 Diminuição da sensibilidade ao calor e frio;
 Alteração na maneira como o paciente apoia o pé no chão;
 Manchas vermelhas, feridas, bolhas ou úlceras.

O reconhecimento precoce e o manejo dos fatores de risco são importantes para reduzir o
aparecimento de ulcerações e lesões graves do pé, que trarão sequelas potencialmente graves.

O principal fator de risco é a diabetes mal controlado, em que o paciente permanece por longos
períodos com hiperglicemia ("açúcar alto no sangue"). Outros fatores de risco são: neuropatia
(alterações nos nervos), deformidades do pé e sinais de doença vascular (pois diminui o fluxo de
sangue arterial para nutrir os tecidos). Os 3 podem ser identificados através de um exame físico
cuidadoso dos membros inferiores. Dentre eles, a neuropatia parece ser o principal fator no
desenvolvimento do pé diabético.

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O QUE É PODOLOGIA?

O termo podologia surgiu do grego arcaico com prefixo podos = pés e sufixo logos= estudo,
conhecimento, tratato, tornando-se então a podologia a ciência que estuda o trato dos pés num
geral. esse cuidado se dá na terapia aplicada aos pés com estudos científicos e técnicos, é a área
responsável por aliviar as tensões, dores, calos, unhas encravadas, e várias outras agressões que
os pés sofrem ao longo de sua jornada.

Através dos pés, temos contacto com vários lugares, sensações e temperatura, ele nos dá a
capacidade de ir e vir e quase nunca os tratamos com zelo e atenção a essa parte fundamental do
nosso corpo. o podólogo é o profissional da área da saúde e sua formação lhe fornece direitos ao
cuidado de variadas formas de patologias.

Problemas mais conhecidos dos pés:

 Unhas encravadas
 calosidades
 Calos
 Correcção de unhas (órtese)
 Fissuras
 Unha encravada:

Com uma desconfortante e dolorosa inflamação geralmente na última falange do primeiro dedo
ou ao redor dele no qual se desenvolve um tecido granulomatoso. seu tratamento ocorre na
retirada de um pedaço da unha em um procedimento que somente os podólogos têm
conhecimento e habilidades para fazê-lo.

CALOS:
E o endurecimento da pele (hiperqueratose) em formato cônico e tem origem ortopédica ou
devido ao uso de calçados inadequados. o podólogo irá sanar esse incômodo, porém não há cura
para eliminá-los de vez. ideal é fazer visitas regulares ao podólogo para que sua remoção seja
feita de3 forma indolor, simples e rápida.

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CALOSIDADES:

é um aumento da espessura da pele em um determinado ponto dos pés. o organismo responde


assim devido ao uso de calçados apertados, má postura ou andar incorrecto.

Correção de unhas:

Através da utilização de órteses, podem-se corrigir os tipos de deformidade das unhas. com a
aplicação da órtese, faz com que ela volte ao seu formato normal e consequentemente alivia a
dor.

QUAL A FUNÇÃO DA INSULINA NO ORGANISMO?

A insulina é responsável por manter o controlo no sangue do açúcar ingerido através dos
alimentos. Ela deixa de ser produzida quando há uma disfunção no pâncreas, o que pode causar o
diabete. Essa doença pode ser de carácter hereditário, mas também pode ser adquirida por maus
hábitos de alimentação e sedentarismo.

Com a base do meu conhecimento do diabete em crescimento, que atinge cada vez mais pessoas
em todo o mundo e em idades mais jovens. no entanto, há grupos de risco com fortes
probabilidades de se tornarem diabéticos

O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou
da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da
glicose (açúcar) no sangue.

A diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em


quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é
capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina). A insulina promove a redução da
glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células,
para ser utilizado como fonte de energia. Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se
ele não agir correctamente, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, a diabete.

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CONCLUSÃO

Vimos que as condições de saúde podem se apresentar como agudas e crônicas. E que, diante da
situação de saúde mocambicana , caracterizada por uma acelerada transição demográfica, as
condições crônicas têm se mostrado altamente prevalentes.
Nesse contexto, é válido você compreender a importância do controle dessas condições de saúde,
pois quando controladas de modo adequado podem evitar inúmeras complicações e,
consequentemente, diminuir de forma considerável o custo dos atendimentos nos hospital .

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BIBLIOGRAFIA

ALFRADIQUE, M. E. et al. Internações por condições sensíveis à atenção primária: a


construção da lista brasileira como ferramenta para medir o desempenho do sistema de saúde
(Projeto ICSAP -Brasil). Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n.6, 2009.

ALVES, C. et al. Atendimento Odontológico do Paciente com Diabetes Melito: Recomendações


para a Prática Clínica. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, Salvador, 2006, v. 5, n. 2, p.
97-110, maio/ago. 2006.

Consenso Brasileiro Sobre Diabetes – 2002 – Diagnóstico e Classificação do Diabetes Melito e


Tratamento do Diabetes Melito do Tipo 2. Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), 2002.

Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária
baseadas em evidências. 3a. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004:1600p.

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Índice
Introdução....................................................................................................................................1
O QUE É A DIABETES?............................................................................................................2
QUEM ESTÁ EM RISCO DE SER DIABÉTICO?....................................................................2
TODAS AS PESSOAS EM RISCO DEVEM FAZER ANÁLISES. QUANDO JÁ TEM
VALORES MUITO ELEVADOS, MANIFESTA-SE:...............................................................3
NAS CRIANÇAS E JOVENS – A DIABETES É QUASE SEMPRE DO TIPO 1 E
APARECE DE MANEIRA SÚBITA, SENDO OS SINTOMAS MUITO NÍTIDOS. ENTRE
ELES ENCONTRAM-SE:...........................................................................................................3
COMO SE DIAGNOSTICA A DIABETES?..............................................................................4
PODE SER DIABÉTICO…........................................................................................................4
POR QUE É QUE A INSULINA É NECESSÁRIA PARA O TRATAMENTO DA
DIABETES TIPO 1?....................................................................................................................6
O QUE SIGNIFICA TER A DIABETES CONTROLADA?......................................................7
COMO SE SABE SE A DIABETES ESTÁ CONTROLADA?..................................................7
O QUE É PÉ DIABÉTICO..........................................................................................................8
O QUE É PODOLOGIA?............................................................................................................9
CALOS:.......................................................................................................................................9
CALOSIDADES:.......................................................................................................................10
QUAL A FUNÇÃO DA INSULINA NO ORGANISMO?.......................................................10
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................12

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