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Vamos falar

sobre
Diabetes?

Cartilha informativa - Semana da Responsabilidade Social


Curso de Farmácia - Centro Universitário FSG
O QUE É DIABETES?
A doença se caracteriza por uma elevação dos
níveis de glicose no sangue, causada pela falta de
produção do hormônio insulina no pâncreas ou pela
perda da eficiência da ação de insulina

A insulina transporta a glicose para dentro das


células e permite a sua transformação em energia
para o funcionamento equilibrado do organismo.

Quando não controlado, o aumento de glicose no


sangue pode levar a danos nos vasos sanguíneos e
nervos, acarretando em complicações como disfunção
e falência de órgãos como rins, olhos e coração.
TIPOS E CAUSAS
Diabetes Mellitus tipo 1
O Diabetes Mellitus tipo 1 é uma doença autoimune
onde o sistema imunológico atinge o pâncreas,
destruindo as células responsáveis pela produção do
hormônio insulina.
O tipo 1 aparece geralmente na infância, mas pode
ser diagnosticado em adultos também.

Diabetes Mellitus tipo 2


Responsável por 90% dos casos de diabetes, esse tipo
está associado ao ganho de peso, sedentarismo e
hábitos alimentares.
Está relacionada com a forma que o corpo metaboliza
a glicose. Portanto, o corpo produz insulina, mas pode
ter resistência a ela, não conseguindo atuar
corretamente ou a produção pode ser insuficiente.
Frequente em pessoas com mais de 40 anos, acontece
porque o acúmulo de gordura abdominal dificulta a
ação da insulina.

Diabetes Gestacional
Ocorre no período da gravidez por conta dos
hormônios produzidos pela placenta. Após o parto a
maioria dos casos se reverte.
Fatores de risco
Familiares com diabetes, alteração dos níveis de
glicose, acúmulo de gordura abdominal, obesidade e
sobrepeso, pressão arterial elevada, sedentarismo e
alimentação com baixa ingestão de frutas, verduras e
legumes.
SINAIS E SINTOMAS
A maioria dos pacientes não apresenta sintomas no início
do diabetes, por isto pessoas com fatores de risco devem
realizar exames de sangue periódicos para avaliar se
apresentam a doença.

Quando os níveis de glicose estão extremamente elevados,


pode ocorrer vontade frequente de urinar (poliúria), sede
(polidipsia) e fome em excesso (polifagia), fadiga,
alterações na visão, mudanças de humor, náuseas e
vômitos, fraqueza, perda de peso, dores nas pernas,
infecções repetidas na pele, machucados que demoram a
cicatrizar, formigamento ou sensação de dormência,
principalmente nos pés.

A estimativa é que 50% das pessoas não sabem que têm a


doença. Por isso, o acompanhamento regular com um
médico é essencial para o diagnóstico precoce.
DOSAGEM DE HGT
O que é e para que serve?
O HGT ou glicemia capilar é um exame que serve para
medir o nível de glicose (taxa de açúcares no sangue)
na corrente sanguínea. Este exame não substitui o
exame de sangue do laboratório.

Como medir a glicemia capilar?


O método é simples e rápido, com uma pequena
quantidade de sangue retirada da ponta do dedo,
analisa-se pelo glicosímetro o nível de glicose presente
na corrente sanguínea. Os passos são:
1. Lavar e secar as mãos de forma correta;
2. Inserir uma fita de teste no aparelho de glicemia
(glicosímetro);
3. Espetar o dedo com a agulha do aparelho;
4. Inserir a gota de sangue na fita até preencher o
depósito da fita de teste;
5. Esperar até que o valor apareça no monitor do
aparelho.

OBS: A limpeza do equipamento é importante para manter


os valores de leitura sempre confiáveis.
VALORES DE REFERÊNCIA

GLICEMIA GLICEMIA
ALTERADA DIABETES
NORMAL

EM JEJUM INFERIOR A ENTRE 100 E SUPERIOR A


99 MG/DL 125 MG/DL 126 MG/DL

2 HORAS INFERIOR A SUPERIOR A


APÓS AS 200 MG/DL 200 MG/DL
REFEIÇÕES

O que fazer se o exame der alterado?


Procure orientação médica e fique atento aos sinais:
Hipoglicemia: com níveis baixos de glicose no sangue
a pessoa pode apresentar confusão mental, tonturas,
tremores e desmaios.

Hiperglicemia: quando há altos níveis de glicose no


sangue, a pessoa pode ter excesso de sede e urina,
emagrecimento, cansaço, visão embaçada, pele seca,
dificuldade na cicatrização entre outras.
DESCARTE DE RESÍDUOS
Como descartar os resíduos gerados?
Resíduos como as seringas, agulhas e lancetas
gerados na dosagem de HGT, devem ser
descartadas da forma correta para que não
haja contaminação de outras pessoas com
agentes biológicos que possam estar presentes
no sangue utilizado e até mesmo contaminação
do meio ambiente.
Como o teste de HGT é geralmente utilizado à
domicilio, e nesse caso não se tenha um coletor
adequado para o descarte, deve-se utilizar um
recipiente com características parecidas (material
rígido e inquebrável e resistente à perfuração),
sendo posteriormente encaminhado à farmácias,
laboratórios, postos de saúde e etc.
TRATAMENTOS
TIPOS DE INSULINA
Existem hoje vários tipos de insulina
disponíveis para o tratamento de
diabetes e elas se diferenciam pelo
tempo em que ficam ativas no corpo,
pelo tempo que levam para começar a
agir e de acordo com a situação do
dia em que elas são mais eficientes.

A insulina humana (NPH e Regular) utilizada no tratamento


de diabetes atualmente é desenvolvida em laboratório, a
partir da tecnologia de DNA recombinante. A insulina
chamada de ‘regular’ é idêntica à humana na sua estrutura,
já a NPH é associada a duas substâncias (protamina e o
zinco) que promovem um efeito mais prolongado.
As insulinas mais modernas, chamadas de análogas (ou
análogos de insulina), são produzidas a partir da insulina
humana e modificadas de modo a terem ação mais curta
As insulinas também podem ser apresentadas na forma de
pré misturas.

As insulinas podem vir em frascos e canetas. Os frascos são


de 10 ml (para uso com seringas de insulina) e o refis, são
de 3 ml (usados em canetas de aplicação de insulina),
assim como podem vir em canetas de aplicação
descartáveis. Outra forma de administração de insulina é a
bomba de insulina.
SUS E FARMÁCIA POPULAR
CADASTRO
Você sabia que é possível adquirir medicamentos para diabetes
pelo Estado? Para realizar o cadastro, deve-se conversar com o
farmacêutico da Unidade Básica de Saúde (UBS) e levar consigo
seus documentos de identificação, além da receita prescrita pelo
médico, após, o farmacêutico entrega os laudos que devem ser
preenchidos pelo médico, e então, pode-se encaminhar os
documentos para o Estado para abrir o processo judicial. Além
disso, o SUS fornece o aparelho e as tiras para medir a glicose.
Para saber mais sobre o processo, converse com seu médico e
com o farmacêutico da UBS mais próxima.

SUS
1) Insulina Humana NPH
2) Insulina Humana Regular
3) Metformina
4)Glibenclamida
5)Glicazida.

FARMÁCIA POPULAR
1) Glibenclamida
2) Cloridrato de metformina
3) Insulina Humana NPH
4) Insulina Humana Regular
MEDICAMENTOS MAIS USADOS
PRÉ - DIABETES
Metformina - Glifage
Orlistat (forma indireta) -
Xenical

DIABETES TIPO 1
Insulinas
Lispro (Humalog®)
Aspart (NovoRapid®)
Glulisina (Apidra®)
Glargina (Lantus®)
Detemir (Levemir®)
Degludeca (Tresiba®)
Humalog® Mix 25 e 50
Novomix®30

DIABETES TIPO 2
Empagliflozina - Jardiance
Dapagliflozina - Forxiga
Liraglutida - Victoza
Glibenclamida - Glibeneck
Gliclazida - Diamicron, Azukon
Metformina e fosfato de sitagliptina - Janumet
Lixisenatide - Lyxumia
Saxagliptina - Onglyza
DICAS PARA MANTER A
DIABETES SOB CONTROLE!
Substituir a dieta, reduzindo os
farináceos e açúcares
1

2
Pare de fumar JÁ

3 Visite seu dentista e oftalmologista

Manter a diabetes compensada com uso


4
de medidor de glicose
Visitar o médico com frequência para refazer os exames
5
e adequar a medicação
Alerta para o perigo das receitas caseiras usadas
6 concomitante com a medicação prescrita pelo médico, o
que acaba potencializando seus efeitos.
Cuidado com a hipoglicemia (pouca quantidade de
açúcar no sangue), se sentir sintomars procure o médico.
7

Manter os seus níveis de colesterol e tensão arterial sob


8
controle
Não reutilizar seringas, podendo causar a lipo-
9 hipertrofia, que é o acúmulo anormal de gordura sob a
superfície da pele, observada em forma de ‘caroços’
Evitar ao máximo bebida alcoólicas, além de atrapalhar
10
o efeito dos medicamentos, aumenta a contagem e
qualidade calórica.
11 Positivismo, sua vida passará a ter mais sentido com o
autocuidado
Exercícios regulares, caminhadas moderadas (acompanhar
12
a glicemia durante o ato)

13 Equilíbrio é a palavra chave para os diabéticos!


REFERÊNCIAS:
TENORIO, Goretti; PINHEIRO, Chloé. O que é Diabetes tipo
2? 2019. Disponível em: https://saude.abril.com.br/medicina/o-
que-e-diabetes-tipo-2-causas-sintomas-tratamentos-e-
prevencao/. Acesso em: 18 set. 2020.

RIBEIRO, Dr. Rogério. Diabetes. 2012. Disponível em:


https://www.einstein.br/guia-doencas-sintomas/info/#14.
Acesso em: 18 set. 2020.

BEZERRA, Clarice. Glicemia capilar: o que é, como medir e


valores de referência. Tua saúde. Disponível em
https://www.tuasaude.com/como-medir-a-
glicemia/#:~:text=Como%20medir%20a%20glicemia%20capilar
&text=Inserir%20uma%20fita%20de%20teste,apare%C3%A7a%20n
o%20monitor%20do%20aparelho. Aceso em 21 de setembro de
2020.

NETTO, Augusto Pimazoni. O que você precisa saber sobre Hipo e


Hiperglicemia. Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em
https://www.diabetes.org.br/publico/colunistas/20-dr-augusto-
pimazoni-netto/1307-o-que-voce-precisa-saber-sobre-hipo-e-
hiperglicemia Acesso em 20 de setembro de 2020.

OLIVEIRA, Marcia Camargo de; PASCALI, Paula. Descarte Correto


do Lixo Gerado no Tratamento do Diabetes. Sociedade Brasileira
de Diabetes. Disponível em
https://www.diabetes.org.br/publico/temas-atuais-sbd/1202-
descarte-correto-do-lixo-gerado-no-tratamento-do-diabetes
Acesso em 20 de setembro de 2020.

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