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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DA FRELIMO-SOFALA

Tema: Cultura de Amendoim

Disciplina: Produção vegetal

5 ° GRUPO

Discentes:

António Joaquim Muanene


Domingos Jacinto César Pacate
Francisco Alexandre António Bene
Gabriel Humberto
Mbarica Rosaria
Luísa Duarte
Lucas Ramim Declasse

Beira, Agosto,2023
INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DA FRELIMO-SOFALA

Tema: Cultura de Amendoim

Disciplina: Produção vegetal

5 ° GRUPO

CURSO DE AGRO-PECUÁRIA 12+1 ANO DIURNO TURMA G

Discentes:

António Joaquim Muanene


Domingos Jacinto César Pacate
Francisco Alexandre António Bene
Gabriel Humberto
Mbarica Rosaria
Luísa Duarte
Lucas Ramim Declasse

Docente :

…………….

Beira, Agosto,2023

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Índice
1.INTRODUÇÃO........................................................................................................................3
1. 1. Objectivo..............................................................................................................................4
1.1.1.Geral....................................................................................................................................4
1.1.2. Especifico...........................................................................................................................4
2. ATIVIDADE RELATIVA À CULTURA DO AMENDOIM: DADOS BÁSICOS PARA A
ANÁLISE DA SITUAÇÃO EM MOÇAMBIQUE......................................................................5
2.1. MENDOIM: APRESENTAÇÃO GERAL............................................................................5
3.CARACTERÍSTICAS DO MERCADO DE PRODUTOS DERIVADOS DO AMENDOIM. .7
3.IMPORTÂNCIA DA CULTURA DO AMENDOIM...............................................................8
3..1. PLANTAÇÃO DE AMENDOIM: DIFERENTES TIPOS...................................................9
3.2.DOENÇAS DO AMENDOIM.............................................................................................12
3.2.1. Doenças Fúngicas.............................................................................................................13
3.2.1.1. Manchas foliares...........................................................................................................13
4.CONCLUSÃO........................................................................................................................16
5.BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................17

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1.INTRODUÇÃO

De acordo com Fagundes (2006), O amendoim cientificamente conhecido por (Arachis


hypogaea L.) é uma planta originária da América do Sul, na região compreendida entre
as latitudes 10º a 30º Sul, com provável centro de origem na região de Gran Chaco
(Paraguai), incluindo os vales dos rios Paraná e Paraguai. Assim sendo, a difusão do
amendoim iniciou-se pelos indígenas para as diversas regiões da América Latina,
América Central e México. No século XVIII, foi introduzido na Europa. No princípio
do século XIX, os portugueses levaram o amendoim do Brasil para as zonas costeiras da
África em particular Moçambique. (Fagundes, 2006).

De acordo com Nakagawa, Lasca, Neves, Sanchez, Barbosa, Roseto e Silva (1994), a
população de plantas é um dos factores que mais afecta o rendimento, por exercer
influência directa nas componentes da produção; assim, a configuração de plantio,
caracterizada pelo espaçamento entre e dentro de fileiras, também deve influenciar
significativamente o comportamento dessas variáveis, uma vez que é um factor
determinante da densidade populacional. Em geral, a produtividade cresce a medida que
aumenta a população de plantas, até chegar a um ponto em que a competição por luz,
nutrientes e água começa a limitar o desenvolvimento das plantas e, portanto, os
rendimentos comerciais (PEIXOTO, 1998).

Por esta razão, o rendimento do amendoim é uma variável complexa que pode ser
decomposta pelo número de plantas por unidade de área e pelas componentes de
produção da planta como o (número de vagens por planta, número de grãos por vagem e
a massa de grãos).

Em função da carência de trabalhos técnicos, surge a necessidade de se efetuarem


estudos de modo a definir quais os melhores espaçamentos, população de plantas, para
que se obtenham melhores rendimentos. Apesar de vários autores darem incrementos
em suas obras, sobre as técnicas de produção do amendoim, no que diz respeito ao
número de plantas por unidade de área, ainda se verifica um baixo desempenho no
rendimento, em várias regiões do mundo como é o caso de Moçambique.

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1. 1. Objectivo

1.1.1.Geral

 Analisar de uma forma geral a produção de à cultura do amendoim em


Moçambique.

1.1.2. Especifico

 Descrever a Plantação de amendoim;


 Explicar o Tipos de doenças de Amendoim;

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2. ATIVIDADE RELATIVA À CULTURA DO AMENDOIM: DADOS BÁSICOS
PARA A ANÁLISE DA SITUAÇÃO EM MOÇAMBIQUE

2.1. MENDOIM: APRESENTAÇÃO GERAL

O amendoim é uma leguminosa rica em proteínas, vitaminas e minerais, e é amplamente


utilizado na indústria alimentícia para a produção de diversos produtos, como óleos,
manteiga de amendoim, doces e salgadinhos.

Sua rusticidade, sua plasticidade, a multiplicidade de seus usos fazem do amendoim


uma planta oleoproteaginosa muito apreciada. No âmbito mundial, o amendoim se
encontra entre os principais oleaginosos, estando em igualdade com o girassol e o colza,
haja vista os teores de óleo de tais produtos. Pelo fato de ser rico em óleo alimentar (50
%) e em proteínas (25 %), amendoim é um alimento bastante apreciado. O seu consumo
se dá sob a forma de grãos, após a debulha, ou de óleo, após a moagem dos grão, ou
ainda sob formas mais ou menos elaboradas ("manteiga", massas, farinhas, doces
diversos) ; seus subprodutos proporcionam uma valorização significativa, cujo processo
está esquematizado na figura 1.

Fieura 1 : Seqüência das operações de transformação

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Relação média óleo refinado/vagens (por peso) : 1/3 (As percentagens indicadas
correspondem à média dos valores)

Todas essas operações podem ser realizadas manualmente, artesanalmente (com um


baixo grau de mecanização) ou com um alto grau mecanização. Todos os produtos
derivados são ou foram utilizados ou comercializados, em diferentes escalas, em
Moçambique.

Os tipos de amendoim cultivados são, em geral, classificados em três categorias


principais denominadas Virginia, Spanish e Valencia (as duas primeiras estão
representadas em Moçambique), cujas características botânicas e tecnológicas são
apresentadas no Quadro 1.

Quadro 1 - Classificação e principais características do amendoim cultivado

Gênero Arachis

Espécie Hypogaea

Subespécie Hypogaea Fastigiata


Variedades Hypogaea Vulgaris Fastigiata
Tipos Virginia Spanish Valencia
Porte Ereto/Rasteiro Ereto Ereto
Ramificação Alternada Seqüencial Seqüencial
Flores na haste principal Não Sim Sim
Cor da folhagem verde escuro verde claro verde claro
Ciclo 120-150 dias 90 dias 90 dias
Dormência Sim Não Não
Vagens (cavidades)

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3.CARACTERÍSTICAS DO MERCADO DE PRODUTOS DERIVADOS DO
AMENDOIM
Os aspectos econômicos do amendoim estão baseados em três grandes
categorias de produtos:

 Amendoim em grãos para consumo humano (ARB), vendido com ou sem casca
 Óleo de amendoim
 Tortas de amendoim.

Em comparação com outras oleaginosas, apenas uma pequena parte do


amendoim e de seus derivados é comercializada no mercado externo. Se excluirmos
o algodão, cujos grãos constituem apenas um produto derivado, percebemos (Quadro
2) que somente 6 % da produção de amendoim é colocada no mercado mundial,
contra 23%, 15% e 19 %, respectivamente, para a soja, o girassol e a colza. O
mercado internacional corresponde também a um escoamento secundário para os
produtos oriundos da moagem do amendoim: 14 % de tortas e somente 7 % de óleo
são comercializados em nível mundial, enquanto observamos cifras claramente mais
elevadas para os outros oleoproteaginosos. Em escala mundial, a economia do
amendoim continua baseada nos mercados internos.

Em relação aos outros oleoproteaginosos, o amendoim se destaca também


pelo consumo dos grãos não moídos. Enquanto 80 % ou mais dos volumes de grãos
de outros produtos são moídos, apenas a metade da produção de amendoim é
destinada à fabricação de óleo e de tortas. O consumo direto do amendoim sob
múltiplas formas (amendoim em grãos para consumo humano, massas, molhos,
manteiga, doces) corresponde à maior parte do escoamento para os produtores de
amendoim. Em Moçambique, atualmente, a moagem está reduzida a uma atividade
artesanal, tendo uma incidência econômica bastante baixa.

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3.IMPORTÂNCIA DA CULTURA DO AMENDOIM

O amendoim é considerado uma importante leguminosa, junto com o feijão e a soja, não
só como alimento protéico e energético, mas também como um dos principais
produtores de óleo, com amplas possibilidades de aproveitamento na indústria, inclusive
como substituto do óleo diesel (MARTIM et al., 2009).

A cultura do amendoim é plantada em larga escala na América do norte, América do


Sul, África e Ásia. O plantio é feito visando à obtenção de grão para a extração de óleo,
consumo in natura torrada, e para confecção de doces. Segue abaixo as principais
utilizações.

Como é feito o plantio de amendoim?

O nome científico do amendoim é Arachi hypogaea. Ele pertence à família dos legumes,
como feijões e ervilhas, e é originário da América do Sul. Seu planti geralmente envolve
alguns passos, como:

Preparação do solo: o solo deve ser arado, gradeado e nivelado para cri uma cama de
sementes uniforme. A profundidade de aragem deve ser de a 30 cm, e a terra deve ser
bem solta arejada.
Escolha das sementes: As sementes devem ser selecionadas cuidadosame para garantir
que sejam saudáveis e boa qualidade. Elas devem ser trata com fungicida antes do
plantio para protegê-las contra doenças.

Espaçamento: o espaçamento para plantio de amendoim entre as fileira deve ser de


aproximadamente 30 a 4 cm, e a distância entre as sementes ser de cerca de 5 a 10 cm.
Plantio: as sementes de amendoim sã plantadas a uma profundidade de 3 cm no solo,
com a ponta para baixo e germe para cima.

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Irrigação: após o plantio, as semente devem ser regadas adequadamente p garantir que a
terra esteja úmida, m não encharcada. A irrigação deve se feita regularmente durante
todo o ci de crescimento da planta.

Controle de ervas daninhas: as ervas daninhas devem ser controladas durante todo o
ciclo de crescimento d amendoim para evitar a competição p nutrientes e água.

Colheita: o amendoim pode ser colhid cerca de 120 a 150 dias após o planti quando as
plantas começam a murch secar. As vagens são retiradas das plantas e deixadas ao sol
para secar antes de serem colhidas.

3..1. PLANTAÇÃO DE AMENDOIM: DIFERENTES TIPOS

Existem diversos tipos de amendoim, que variam em tamanho, formato, cor e sabor.
Alguns dos principais tipos de amendoim são:

Amendoim comum ou espanhol: é o ti mais comum de amendoim, com uma casca fina
e vermelha. É utilizado pa produção de pasta de amendoim, óle amendoim e snacks.
Amendoim Tatuí: é um tipo de amen com sabor acentuado e com maior teo de óleo. É
muito utilizado na produçã de óleo e na culinária.

Amendoim Runner: é um tipo de amendoim mais alongado e com uma casca mais
grossa. É amplamente utilizado na produção de snacks, pas de amendoim e óleo de
amendoim.

Amendoim Valência: é um tipo de amendoim mais redondo e com sabor suave. É muito
utilizado na produção amendoim caramelizado e torrado.

Amendoim doce japonês: é um tipo d amendoim muito utilizado na culinári japonesa,


com um revestimento de açúcar e sabor adocicado.
Cada tipo de amendoim tem suas características específicas e pode ser utilizado de
diferentes formas na culinária e na indústria alimentícia.

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Quanto tempo leva a colheita do amendoim?

O tempo necessário para a colheita do amendoim pode variar dependendo de alguns


fatores, como o clima, o tipo de solo, a variedade de amendoim e as práticas de cultivo.
Geralmente, a plantação de amendoim ocorre de três a quatro meses após a semeadura,
mas pode levar até cinco meses em algumas variedades. O amendoim é uma cultura de
verão, e a semeadura geralmente é feita no início da estação chuvosa.
A planta cresce rapidamente nos primeiros meses e forma pequenas flores amarelas que
se transformam em vagens. À medida que o amendoim amadurece, as vagens começam
a secar e as folhas amarelam e caem.
A colheita do amendoim é feita quando as plantas estão maduras e as vagens, secas. As
vagens são retiradas das plantas e deixadas secando ao sol por alguns dias. Em seguida,
as vagens são abertas e os grãos de amendoim são retirados e armazenados.
O processo de colheita do amendoim é trabalhoso e requer mão de obra manual, já que
as plantas não podem ser colhidas mecanicamente devido à su fragilidade.

Qual é a época certa de plantar amendoim?

A época certa para a plantação de amendoim vai variar de acordo com a região e as
condições climáticas locais.

O amendoim é uma cultura de clima quente e cresce melhor em temperatura entre 25°C
e 30°C. Em geral, a semeadura do amendoim é feita no iníci da estação chuvosa, para
que a planta possa crescer e se desenvolver durante o meses mais quentes e úmidos.

É importante lembrar que o plantio do amendoim deve ser feito em solos bem drenados
e com boa fertilidade, e que é necessário fazer um bom manejo da cultura durante todo
o ciclo, para obter uma boa produtividade.

É recomendável consultar um engenheiro-agrônomo ou técnico agrícola para


orientações específicas sobre o cultivo de amendoim na sua região.

Quanto rende um pé de amendoim?

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O rendimento de um pé de amendoim pode variar bastante, dependendo de vários
fatores, como a variedade de amendoim, as condições de clima e solo, as práticas de
cultivo e os cuidados com a lavoura.

Em média, pode-se obter um rendiment de cerca de 1,5 a 2,5 kg de amendoim por


planta. No entanto, é importante ressaltar que o amendoim é uma cultura que é plantada
em grandes quantidades por hectare, o que pode resultar em altas produtividades por
área cultivada.

É importante lembrar que o rendimento do amendoim pode ser afetado por vários
fatores, como doenças, pragas, condições climáticas adversas e problemas no manejo da
lavoura.
Por isso, é fundamental fazer um bom planejamento e um manejo adequado d cultura, a
fim de garantir uma boa produtividade.

Qual adubo para plantação de amendoim?

O amendoim é uma leguminosa que pode ser cultivada em uma ampla variedade de
solos, desde que sejam bem drenados e ricos em nutrientes.

Para plantar amendoim, é importante preparar o solo com uma camada de adubo
orgânico bem decomposto, que ajudará a enriquecer o solo e melhorar a capacidade de
retenção de água.

Além disso, é recomendado utilizar um fertilizante mineral rico em fósforo, potássio e


nitrogênio durante o período de crescimento.

Uma boa opção de adubo para o amendoim é um fertilizante NPK com formulação 10-
10-10 ou 5-10-10, que deve ser aplicado antes do plantio e durante o desenvolvimento
da planta.

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No entanto, é importante lembrar que a quantidade e o tipo de adubo a ser utilizado
podem variar de acordo com as características do solo e das condições climáticas da
região.

É muito importante consultar um agrônomo ou técnico especializado a fim de obter


orientações mais específicas para a sua região.

Plantio de amendoim Embrapa


A Embrapa disponibiliza em seu portal uma trilha tecnológica para várias culturas,
incluindo o amendoim.

Nele, é possível acessar também o sistema de produção do amendoim com o principais


pontos a serem analisados e realizados em sua produção. Alguns dele são:

- Características;
- Clima e solo;
- Manejo de plantas daninhas;
- Recomendação de adubação;
- Plantio;
- Pragas;
- Doenças;
- Colheita;
- Pós-colheita.

3.2.DOENÇAS DO AMENDOIM

As anomalias, estados diferenciados de coloração, crescimento, odor entre outros são


muitas vezes causados por agentes externos encontrada em plantas cultivadas se não for
causados por insetos são providos por diversos outros agentes bióticos, a saber, deste
grupo podemos indicar os fungos, as bactérias, as straminipilas, os espiroplasmas, os
nematoides e os fatores abióticos, são o PH, clima, solo. Assim as pesquisas com
doenças de plantas através da Fitopatologia são de grande relevância para se possa
compreender a dinâmica de vida, nas doenças causadas por agentes bilólogicos causas

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destes patógenos, e nas doenças causadas pelo ambiente poder interferir nos meios de
produção da doença, para posteriormente indicar os possíveis caminhos para seu
controle (MICHEREFF, 2001). Segundo este autor, as doenças podem ser divididas em
classes de acordo com vários critérios, sendo o mais usualo sistema que leva em
consideração a área de atuação do patógeno na planta:

a) Grupo I - Doenças que destroem os órgãos de armazenamento;

b) Grupo II - Doenças que causam danos em plântulas;

c) Grupo III - Doenças que danificam as raízes;

d) Grupo IV - Doenças que atacam o sistema vascular;

e) Grupo V - Doenças que interferem com a fotossíntese;

f) Grupo VI - Doenças que alteram o aproveitamento das substâncias fotossintetizadas.

Na cultura do amendoim podemos encontrar várias doenças pertencentes à maioria dos


grupos citados, na qual podem ser destacadas as doenças do grupo I, causadas por
fungos que vivem principalmente no solo, como por exemplo o Aspergillus sp., do
grupo II, com o damping-desligado causado por Fitophthora sp., também as doenças
foliares, do grupo V, com grande importância para as cercosporioses (SUASSUNA et
al., 2008). Alias na cultura do amendoim são identificados vários seres que causam
patologias mos plantios, porém sua maior representação ocorre nas doenças veiculadas
por fungos. São estas divididas segundo PIO-RIBEIRO et al 2005, as doenças do
amendoim de maneira prática como:

3.2.1. Doenças Fúngicas

3.2.1.1. Manchas foliares

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As doenças foliares em amendoim representam um grupo de patologias causadas por
fungos que comprometem as plantas substancialmente, sendo estas de fácil identificação
em nível de campo. Sendo as principais doenças foliares de amendoim:

a) CERCOSPORIOSES
As cercosporioses são representadas em duas doenças de doença que atacam as
folhagens do amendoinzeiro, na qual são capazes de diminuir a produção da cultura em
quase todos os campos do país, reduzindo em até 50% a produtividade média,
favorecendo também a incidência do cultivo a murcha causada pelo fungo Sclerotium e
de perdas pelos apodrecimentos de vagens. A mancha castanha, causada pelo fungo
Cercospora arachidicola Hori, a forma que se reproduz de assexuada do fungo
Mycosphaerella arachis Deighton, inicialmente é representada por manchas cloroticas
que ao passar dos dias começa a produzir no meio das manchas lesões necróticas,
coalescendo então para manchas circundadas por um halo de coloração amarelada, com
tamanho médio de 12 mm, a doença manifesta-se nas folhas com lesões castanhas-
marrom clara na superfície abaxial dos folíolos e marron na parte superior dos folíolos,
onde demonstra bordos irregulares e halo amarelo. Também a pinta preta é causada pelo
fungo Cercosporidium personatum (Berk. & Curtis) Deigthton, agente reproduzido
assexuadamente do fungo M. berkeleyii, que apresenta como sintomatologia lesões mais
escurecidas que as descrita acima, com cerca de 7 mm de circunferência média, bem
definidas e com esporulação abundante na face abaxial dos folíolos de cor preta, e na
parte abaxial aparece com pontaçãoes marrons (KIMATI et.al, 2001).

b) FERRUGEM – Puccinia arachidis Spreg.

Esta doença causa peras significativas na produção pela sua ação sobre as folhas, é
causada pelo fungo Puccinia arachidis Speg., sendo representados por dois tipos de
esporos, os uredosporos que são circulares, e após a ruptura da epiderme libera
uredosporos elipsoides, e a liberação dosteliosporos ocorre na parte abaxial da folha, na
qual são multinucleados e liberados das folhas com a cor amarelo-dourado. Os sintomas
básicos são o aparecimento de pontos amarelos e elevados nas folhas, que evoluem para
pústulas circulares de 0,5 a 4mm de diâmetro, circundados por um halo verde-escuro a
amarelo-claro. Estas ocorrem na parte abaxial das folhas, mas pode ocorrer em toda a

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planta, em fase adiantada ocorre à necrose dos tecidos do entorno da mancha, evoluindo
para a queda das folhas, que por sua vez ficam presas aos ramos nove dias.

c) MANCHA BARRENTA – Phoma aradichicola Marasas, Pauer e Boerema

Esta doença assume maior importância econômica, em anos que ocorrem condições de
temperatura e umidade favoráveis. As lesões da mancha barrenta são observadas
inicialmente nasuperfície superior da folha, apresentando-se como se fossem realmente
manchas de barro.
Sendo a fase anamórfica dos fungos ascomicetas Ascochyta arachidis Woron e A.
adzamethica Schosh, também produz em mio de cultura nos tecidos infectados dos
folíolos, picnídios globulosos, de cor castanha, com extremidades arredondadas. Os
sintomas são manchas pardas irregulares, inicialmente pequenas, evoluindo para a
aparência de salpicos de barro, podendo também ser infectado o pecíolo, estípulas e
caule dos vegetais.

d) QUEIMA DAS FOLHAS – Leptosphaerulina crassiasca (Sechet) Jackson & Bell


A queima das folhas fora registrada pela primeira vez no Brasil em São Paulo na década
de 60, com sintomas acentuados no grupo Virgínia, este agente causal inicialmente
classificado como Pleospora crassiasca (Shechet) fora mais tarde reclassificada em
estudos comparativos por Leptosphaerulina crassiasca (Sechet) Jackson & Bell, em
meio de cultura fora relatada como nos tecidos infectados aparecem ascocarpos
esféricos, ostiolados, marrons, imersos nos tecidos hialinos, ovolóides e clavada,
bitunicadas e ascósporos.
A doença tem duas apresentações sintomatológicas, caracterizadas pela formação de
pequenas lesões distribuídas na superfície dos folíolos, dando um aspecto de salpicado e
também a queima a partir do ápice. Os sintomas do tipo salpico são formados de
pequenas lesões marrons a pretas, irregulares e circulares, e algumas vezes deprimidas.
Já as lesões do tipo queima apresentam primeiro clorose, e posteriormente, necrose no
ápice foliar para o interior, em forma de V, sendo que a variedade genética do
hospedeiro declara o tamanho da queima foliar.

e) VERRUGOSE – Sphaceloma arachidis Bit. & Jenk.

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A verrugose apresenta importância secundária nos cultivos de amendoim, sendo
causada pelo agente Sphaceloma arachidis sendo somente conhecida a fase anamorfica,
apresentando acérvulos achatados, anfígenos. Sua área de ataque está compreendida nas
folhas da parte superior das plantas, caracterizada por inúmeras manchas cloróticas,
pequenas, de formato variante, com cor parda. Podendo ser encontrada em todas as
faces da folha, sendo adquirido aspecto de queima nas folhas, em estágio avançado é
apresentada sintomas de cancro e verrugas corticosas, deixando a planta com aparência
queimada.

4.CONCLUSÃO

Os diferentes tratamentos (compassos) não apresentaram diferenças estatisticamente


significativas quando comparadas umas das outras em todas as variáveis analisadas,
podendo no entanto serem observadas diferenças em termos dos seus valores absolutos.

Portanto, Pode-se afirmar na base dos resultados obtidos que os diferentes compassos
aplicados não tiveram uma influência significativa no rendimento do grão desta cultura,
pelo que o teste de correlação mostrou haver uma relação fraca e negativa entre os
espaçamentos e o rendimento médio, sendo que esta variável foi influenciada por outros
aspectos, tais como a variedade em estudo e as condições agro-ecologicas da região
(Caso especifico dos solos).

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5.BIBLIOGRAFIA

 Kimati, H.; Amorim, L.; Bergamim Filho, A.; Camargo, L.E.A.; Resende,
J.A.M. Manual de Fitopatologia: Doenças das plantas cultivadas. Departamento
de Fitopatologia, ESALQ – USP. Quinta Ed. Ed. Agr. Ceres, São Paulo, SP,
1997.

 Michereff, S.J. Fundamentos de Fitopatologia: Apostila Lab. Epidemiologia de


Doenças de Plantas. UFRPE. Recife – PE, 2001.

 Moraes, A.R.A. Efeito da infestação de Enneothrips flavens Moulton no


desenvolvimento e produção de seis cultivar de amendoim, em condições de
campo/ Andrea Rocha Almeida de Moraes- Dissertação (Mestrado) apresentada
ao curso de Pós-graduação em Agricultura Tropical e Subtropical, Campinas-SP.
2008.
 21. Nóbrega, F.V.A.; Suassuna, N.D. Análise sanitária de sementes de
amendoim (Arachis hypogeae L.) . Revista de Biologia e Ciências da Terra, Vol.
4 – Número 2 – 2º semestre 2004.

 Oliveira, F.C.C.; Suarez, P.A.Z.; Santos, W.L.P. Biodiesel: Possibilidades e


Desafios. Química e Sociedade, nº 28, Maio 2008.

 Suassuna, T.M.F.; Suassuna, N.D.; Albuquerque, F.A. Clima In: Cultivo do


Amendoim. Sistemas de Produção, N.7. Embrapa Algodão, Versão Electrónica.

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