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Instituto Médio Politécnico Armando Guebuza

˭Chigodole˭

=Relatório=

Tema:
Planificar a produção de culturas Arvenses

Modulo: Produzir culturas arvenses

Código: MOAGR02503181

Discente: Gércio Américo David


Código: 10130231

Docente: Lázaro Dzindua

Chigodole abril de2020


Índice
Resumo....................................................................................................................................3
1. Introdução............................................................................................................................4
2. Objectivos.............................................................................................................................5
2.1. Objectivo geral..................................................................................................................5
2.2. Objectivo específico..........................................................................................................5
3. Revisão bibliográfica.............................................................................................................6
4. Historial de produção de culturas arvenses.........................................................................7
5. Descrição da área e localização geográfica...........................................................................8
6. Objetivos da produção e os requisitos do produto final.......................................................8
7. Descrição das atividades da produtora................................................................................8
8. Necessidade de mão-de-obra, insumos, equipamentos e materiais para cada prática
cultural...................................................................................................................................10
9. Implicações ambientais das diferentes práticas de produção da cultura e os perigos de
HST, avaliação dos riscos. Estabelecendo os controlos adequado e estabelecendo os
controlos ambientais necessários..........................................................................................10
10. Recomendações...............................................................................................................11
11. Conclusão.........................................................................................................................12
12. Referência bibliográfica....................................................................................................13
Resumo
O presente estudo foi realizado no presente ano, na província de maníca distrito de
vanduzi localidade de chigodole no campo da produtora Luiza Máxima, na qual foi feito
a remoção de dados de algumas culturas arvense como milho, batata doce, feijão
nhemba e amendoim, os dados retirados são: quantidade que a produtora tem tido na
colheita, como que a produtora produz as culturas arvenses, finalidade do produto e
mais. O mesmo teve como objetivo avaliar como que a produtora produz as culturas do
inicio da produção ate ao final da produção.

Os maiores rendimentos foram verificados na cultura de milho com cerca de 3530


kg/ha seguindo com a cultura de amendoim com um rendimento estimado de 3348
kg/há. O menor rendimento foi registado na cultura de feijão nhemba com cerca de
1270 kg/ha e a cultura de batata doce com cerca de 1000 kg/canteiro.

Das culturas mencionadas a que teve mais mercado foi a cultura de milho que foi a
primeira a terminar no celeiro, seguindo a cultura de batata doce que foi a segunda a
terminar no celeiro e as culturas que tiveram menos mercados foi a cultura de feijão
nhemba e amendoim.
1. Introdução
As culturas arvenses compreendem os cereais, as oleaginosas e proteagenosas. Cereais
são plantas cultivadas por seus frutos do tipo cariopse, comestíveis normalmente
chamado grãos e são na maior parte gramíneas, compondo uma família com mais de 6
mil espécie. As oleaginosas são vegetais que possuem óleos e gorduras que podem ser
extraído através de processos adequados. E as proteagenosas são também conhecidas
como as leguminosas. Ou pode se dizer que as culturas arvenses são culturas que tem
um ciclo vegetativo curto.

A palavra arvense vem do latim: arvensis, adjetivo relativo aos campos e é a designação
utilizada em agronomia e botânica para as culturas herbáceas fornecedora de grãos e
forragem e por extensão, para classificar as plantas que crescem ou vivem em terras
semeadas.

Em Moçambique a produção de culturas arvenses tem sido uma atividade de rotina


servindo como uma base de desenvolvimento da economia do país tanto a base da
sobrevivência da população das zonas rurais. Ha maior parte das culturas arvenses são
para consumo humano na parte dos grãos para culturas cerealíferas e leguminosas,
raízes e em algumas culturas aproveita-se até as folhas para as culturas tuberculosas e
para o consumo animal na parte de biomassas.

Uma das culturas arvense mais produzida em Moçambique é o amendoim, a cultura de


amendoim ocupa cerca de 332.000 hectares que corresponde a 9% da área total
cultivada sendo a província de Nampula a maior produtora seguida de Inhambane, Gaza
e Cabo-delgado.
2. Objetivos

2.1. Objetivo geral


* Mostrar as práticas culturais usadas pelos produtores na produção das culturas
arvenses na comunidade de chigodole.

2.2. Objetivo específico


* Classificar os métodos de produção que o produtor têm usado no campo.

* Avaliar como o produtor tem produzido as culturas arvenses no campo.

* verificar ate que ponto o produtor usa as práticas culturais no seu campo.
3. Revisão bibliográfica

Culturas arvenses: As culturas arvenses compreendem os cereais, as oleaginosas e


proteagenosas, o arroz, as leguminosas para grãos, as culturas efetuadas em regime de
retirada de terras mesmo com fins não alimentares e as culturas destinadas a produção
de forragem secas. (Rodriques et al 1997).

Sementeira: sementeira é o ato ou efeito de semear, ou seja, de lançar a semente a terra


previamente preparada para esse proposito, para que esta germine e se desenvolvam em
plantas. Também pode se considerar o tempo em que se semeia. (Mattos, 1987).

Infestante (erva daninha): é o termo utilizado para descrever uma planta, muitas
vezes, mas não sempre, exótica que nasce espontaneamente em local e momento
indesejados, podendo interferir negativamente na agricultura. (Moreira, 2010).

Pragas: uma praga é qualquer animal ou microrganismo prejudicial às plantas que


causam danos consideráveis numa cultura. (Moreira, 2010).

Lavoura: a lavoura é a operação agrícola consistente em traçar sulcos mais ou menos


profundos na terra com uma ferramenta de mão ou com um arado. (Mazoyer 2013).

Mão de obra: o termo mão de obra tradicionalmente designa o emprego manual direto
na produção industrial. Para efeito de apuração de custo, distingue-se a mão de obra ( o
trabalho diretamente empregado na fabricação de um bem ou serviço), e a mão de obra
indireta ( o trabalho realizado em atividades frequente indivisíveis, de supervisão ou
apoio a produção, tais como a manutenção de maquinas e equipamentos, limpeza ou
vigilância). (Sandrone 1985).

Colheita: dá-se o nome de colheita ao ato de colher ou apanhas os frutos que oferece a
terra, geralmente obtidos através de cultivos. O termo também faz referencia a época em
que é realizada essa apanha, aos produtos apanhados e ao conjunto dos frutos.
(Sandrone 1985).
4. Historial de produção de culturas arvenses
A produtora entrevistado chama-se Luiza Máxima de 43 anos de idade residente na
localidade de Chigodole distrito de Vanduzi província de Maníca.

A produtora tem produzido a cultura de milho a mais de cinco anos na localidade de


chigodole. Sendo assim ela tem produzido muito mais a cultura de milho nos meses de
outubro a novembro, a produtora tem produzido a cultura de milho numa área de 1.5
hectares. Em 2017 a produtora produziu cerca de três toneladas por hectare e em 2018-
2019 a produtora produziu uma quantidade estimada de quatro toneladas por ha. Sendo
assim a produtora diz não estar satisfeita com os rendimentos obtidos nas campanhas
anteriores e que tenta reforçar nas produções para adquirir um rendimento satisfatório
para a cultura de milho.

A produtora tem produzido também a cultura de amendoim a mais de quatro anos a


produtora diz que gosta de produzir amendoim porque é uma cultura relativamente
tolerante a seca. A produtora tem produzido a cultura de amendoim numa área total de
um ha, onde no ano de 2017 obteve um rendimento de 1.5 toneladas por ha e em 2018
teve um rendimento estimado de uma tonelada por ha. A produtora diz não estar
satisfeito com o rendimento da cultura e que pretende parar de produzir por um período
determinado.

A produtora também produz a cultura de batata-doce a mais de seis anos, porque é uma
cultura que tem lhe ajudado muito no sustento familiar e para a economia da família.
Ela produz esta cultura numa área de 1 ha. Nos anos anteriores ela tem produzido 5 a 6
toneladas de batata-doce por ha e ela diz que a cultura lhe trais muitos beneficio
econômico assim como na sustentação familiar e que pretende continuar com a
produção da cultura para os próximos anos.

E por fim a produtora Luísa Máxima também tem produzido a cultura de feijão nhemba
numa área de 1.5 ha a mais de 2 anos, no ano de 2018-2019 ela produziu uma
quantidade de 2 toneladas de feijão nhemba, ela produz a cultura de feijão nhema
somente para comercio e tem tido bons rendimentos, sendo assim ela pretende continuar
também com a produção da cultura nos próximos anos para garantir a sustentabilidade
da sua família.
5. Descrição da área e localização geográfica
A produtora tem uma área total de cinco há, onde 1.5 ha foi implementada a cultura de
milho, um ha para a cultura de amendoim, 1 ha para cultura de batata doce e por fim 1.5
ha para a cultura de feijão nhemba. O solo predominante na área é a de textura argiloso.
Concretamente ela produz numa área que esta localizada no Distrito de Vanduzi
localidade de Chigodole onde o clima predominante é quente e temperado. No inverno
existe muito menos pluviosidade que no verão. O clima é classificado como Cwa de
acordo com a Koppen e Geiger. 21.2ºC é a temperatura média, 1036 mm é o valor da
pluviosidade média anual.

6. Objetivos da produção e os requisitos do produto final.


O objetivo final da produção, para a cultura de milho metade para venda e metade para
consumo familiar. Tendo em conta aos requisitos do produto final que é a farinha, o
milho deve estar bem seco sem humidade. E estar bem conservado e protegido das
pragas.

Para a cultura de feijão nhemba o objetivo final é para venda todo produto que sai do
campo.

Para a cultura de batata-doce metade para venda e metade para consumo familiar e para
cultura de amendoim o objetivo final é tudo para comercio.

7. Descrição das atividades da produtora


Limpeza do campo: Para todas as culturas primeiramente ela faz uma limpeza do
campo removendo todos os materiais que podem danificar as enxadas esses materiais
podem ser pedras, ferros e mais. Também é na limpeza do campo onde a produtora faz a
remoção de alguns arbustos que crescem ao longo do tempo.

Lavoura: esta atividade foi feita em todas as culturas antes da sementeira, apos a
limpeza do campo é nesta atividade que a produtora usou a enxada pra fazer um
reviramento do solo fazendo pequenos sulcos no solo que deixou o solo mais leve pra
facilitar a germinação das sementes no solo e uma boa circulação de agua e ar no solo.

Gradagem: esta atividade foi feita em todas as culturas depois da lavoura. Para se fazer
esta atividade usou-se a enxada para destruir os torrões de solo que permaneceram na
lavoura para evitar a compatibilidade da germinação das sementes.

Construções de canteiros: esta atividade foi feita somente para a cultura de bata-doce
onde fez-se canteiros pra se semear as ramas de batatas. Usando enxada a produtora
levantou uma camada de área com 0.5 metros de altura e 20m². Primeiramente a
produtora colocou capim seco na área medida para o canteiro e começou a amontoar
solo na área para ganhar o volume desejado para se semear as ramas de batatas.

Sementeira: esta atividade foi feita em todas as culturas, para acultura de milho a
produtora faz a sementeira no mês de outubro para realizar esta atividade usou-se
somente enxada, portanto fez-se uma sementeira manual, devido a falta de condições
para realizar uma sementeira mecânica. A produtora usou um compasso de 80 cm entre
linhas e 25 cm entre as plantas. A produtora abriu-o sulcos de três cm de profundidade
onde lançou as sementes e tapou com solo de um modo superficial para que o milho
germine sem dificuldades.

Para acultura de feijão nhemba a produtora usou-o um compasso de 60 cm entre linhas


e 30 cm entre plantas. A produtora tem realizado a sementeira de feijão nhemba nos
meses de fevereiro a marco.

E também para a cultura de batata doce a produtora tem produzido no mês de fevereiro.
Em cada canteiro colocam-se duas fileiras com uma distancia de 20 cm onde são
plantadas as ramas.

E por fim para a sementeira da cultura de amendoim é feita pela a produtora nos meses
de janeiro a fevereiro com um compasso de 70 cm entre linhas e 30 cm entre plantas.

Sacha: esta atividade foi feita somente nas culturas de amendoim, milho e feijão
nhemba, a produtora fez essa atividade usando a enxada onde cortavas as infestantes a
partir do sistema radicular fazendo movimentos vai e vem em toda área com infestantes.

Monda: foi uma atividade que se fez somente na cultura de batata-doce, foi nesta
atividade onde a produtora removia as infestantes dos canteiros de batata-doce de um
modo manual usando apenas as mãos onde pegava-se a planta e puxava para cima para
o remover.

Pulverização: esta atividade somente foi realizada na cultura de milho onde foi uma
cultura que teve maior incidência de ataque da praga lagarta do funil. Para se realizar
esta atividade a produtora usou um agroquímico que se chama Simba um inseticida em
pó. E usou um pulverizador dorsal manual. Onde aplicava a droga misturada com agua e
pulverizava sob as plantas atacadas.

Colheita: para a cultura de milho e feijao a colheita foi feita depois de 5 meses após a
sementeira. Usando sacos onde colocavam o milho e o mendoim colhido transportando
na cabeça ate ao atrelado do camião para se armazenar em celeiros. Fez-se a colheita no
periodo de manha, a colheita de milho levou um total de dois dias.

A cultura de amendoim foi feita depois de 5 meses após a sementeira usando enxadas
para cavar o amendoim e também sacos para colocar o amendoim e transportando para
o atrelado do camião para ser armazenado no celeiro.

A cultura de batata doce foi colhida também no periodo de manha usando enxadas para
cavar o canteiro e remover os tubérculos, usou-se caixas agrícolas e sacos para
transportar ate ao atrelado.
8. Necessidade de mão-de-obra, insumos, equipamentos e materiais para cada
prática cultural.
A produtora não tem condições de sustentar uma mão-de-obra externa no campo, sendo
assim ela necessita muito, mas da mão-de-obra dos filhos, irmãos, nora, e netos.

Ela necessita muito mais da mão-de-obra na realização da sementeira, pulverização,


sacha, adubação e colheita. Também a produtora usa adubos orgânicos como extérico de
bovino para garantir fertilidade do solo. Necessita também de agroquímicos como
pesticida ou inseticida quando a cultura estiver sendo atacada por pragas ou doenças. Na
parte do equipamento necessita de botas, luvas, fato-macaco para proteção do pessoal
cada familiar que estiver no campo.

9. Implicações ambientais das diferentes práticas de produção da cultura e os


perigos de HST, avaliação dos riscos. Estabelecendo os controlos adequado e
estabelecendo os controlos ambientais necessários.
Tendo em conta a implicações ambientais a produtora tem sofrido pequenas inundações
no campo causado pela precipitação dificultando certos amanhos culturais como sacha,
pulverização e ate mesmo na circulação no campo.

Se a produtora não usar devidamente as luvas, mascaras, pode ser afetado por uma
contaminação aguda ou crônica no campo. E quando for fazer a sacha sem botas e fato
de campo, pode correr um risco de ser picada por serpentes ou outros insetos e também
pode sofrer golpe na perna por enxada.

O risco de contaminação causado por agrotóxico tem pouca probabilidade de acontecer


porque o uso de luvas e mascaras na pulverização é frequente. E a picada de serpentes
tem muita probabilidade de acontecer porque alguns membros da família não calcam
botas e fato do campo.

No caso de um bom controlo dos riscos a produtora não deve deixar qualquer um
trabalhar se equipamento de proteção ou aconselhar o uso de equipamentos, de
proteção.

Dados que devem ser coletados e registados no processo de produção.

* Data da sementeira

* Variedade usada da cultura

* Período de cada amanho cultural

* Ciclo vegetativo da cultura

* Fase da florescência

* Época da colheita

* Necessidade da mão-de-obra
* Tipos de pragas e doenças que atacaram a cultura.

10. Recomendações
Se a produtora não usar devidamente as luvas, mascaras, pode ser afetado por uma
contaminação aguda ou crônica no campo. E quando for fazer a sacha sem botas e fato
de campo, pode correr um risco de ser picada por serpentes ou outros insetos e também
pode sofrer golpe na perna por enxada.

O risco de contaminação causado por agrotóxico tem pouca probabilidade de acontecer


porque o uso de luvas e mascaras na pulverização é frequente. E a picada de serpentes
tem muita probabilidade de acontecer porque alguns membros da família não calcam
botas e fato do campo.

No caso de um bom controlo dos riscos a produtora não deve deixar qualquer um
trabalhar se equipamento de proteção ou aconselhar o uso de equipamentos, de
proteção.
11. Conclusão
Tendo em conta a implicações ambientais a produtora tem sofrido pequenas inundações
no campo causado pela precipitação dificultando certos amanhos culturais como sacha,
pulverização e ate mesmo na circulação no campo.
12. Referência bibliográfica

MAZOYER,Marcel e ROUDART,Laurence. Historia das Agricultura do mundo: do


neolítico à crise contemporânea. São Paulo: editora UNESP; BRASILIA, DF: NEAD,
2010.

Salton, J. (1998). Brasília, DF; Embrapa produção de informação; Dourados; Embrapa


Agropecuária.

CASACA, J., MATOS, J. e BAIO, M. (2005) conceito de inoculação, agricultura geral,


LIDEL, Lisboa.

Wilson, Andrew (2008). John Peter Oleson , ed. «Hydraulic Engineering and Water Supply».
Handbook of Engineering and Technology in the Classical World. New York: Oxford University
Press. P.291f.

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