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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

3o Ano Engenharia Agronómica

2o Semestre, 1o módulo

UC: Culturas Arvenses e Industriais

TEMA:

PLANO DE PRODUÇÃO PARA A CULTURA DO GIRASSOL

Discente:

- Humberto Filipe Duarte Soares – 3121

Docente:

Eng. Miguel Trigo

Beira, Novembro de 2020


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

3o Ano Engenharia Agronómica

2o Semestre, 1o módulo

UC: Culturas Arvenses e Industriais

TEMA:

PLANO DE PRODUÇÃO PARA A CULTURA DO GIRASSOL

Discente, correio eletrónico, contato:

- Humberto Filipe Duarte Soares, 3121, shumberto213@gmail.com, +258 848647053

Docente:

Eng. Miguel Trigo

Beira, Novembro de 2020


Índice
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
1.1 Objetivo Geral...................................................................................................................4
1.2 Objetivos Específicos........................................................................................................4
1.2 Metodologia......................................................................................................................4
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................................5
2.1 Girassol, Taxonomia e Morfologia...................................................................................5
2.2 Origem e distribuição........................................................................................................5
2.3 Dados económicos.............................................................................................................6
2.3.1 Principais países produtores.......................................................................................6
2.4 Condições edafoclimáticas apropriadas para o feijão bóer...............................................6
2.4.1 Solo.............................................................................................................................6
2.4.2 Precipitação................................................................................................................6
2.4.3 Temperatura................................................................................................................7
2.4.4 Luminosidade.............................................................................................................7
2.4.5 Desenvolvimento Reprodutivo...................................................................................7
2.4.6 Radiação Solar............................................................................................................8
2.5 Cultivo do girassol............................................................................................................8
2.5.1 Preparação do solo......................................................................................................8
2.5.2 Sementeira..................................................................................................................9
2.5.3 Variedades..................................................................................................................9
2.5.4 Fertilização.................................................................................................................9
2.5.5 Rotação de culturas...................................................................................................10
2.5.6 Pragas........................................................................................................................10
2.5.7 Irrigação e drenagem................................................................................................11
2.5.8 Controlo de ervas daninhas.......................................................................................11
2.5.9 Doenças....................................................................................................................11
2.5.10 Colheita...................................................................................................................12
2.6 Empacotamento...............................................................................................................12
2.7 Armazenamento..............................................................................................................12
2.7.1 Transporte.................................................................................................................13
2.8 Marketing........................................................................................................................13
A demanda é espectada a aumentar por causa da iniciativa da produção do
biocombustível que dará origem à maximização da produção. O país mais importante
done a semente é importada é a Ucrânia, enquanto as exportações são direccionadas
maioritariamente para o Paquistão e a Tailândia...............................................................13
2.9 Aplicações.......................................................................................................................13
2.10 Cronograma das atividades...........................................................................................13
3 CONCLUSÃO.......................................................................................................................15
4 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................16
1 INTRODUÇÃO

Dentre as culturas oleaginosas, o girassol (Helianthus annuus L.) se destaca dentre as


mais importantes, consistindo a fonte oléica preferida para consumo doméstico e de cozinha
do mundo. A cultura do girassol apresenta características agronômicas desejáveis e tem sido
uma boa opção aos produtores brasileiros. O cultivo desta planta permite a obtenção de grãos
para produção de óleo na entressafra, a diminuição da capacidade ociosa das indústrias e a
otimização da utilização da terra, máquinas e mão-de-obra. Suas sementes têm sido utilizadas
para fabricação de ração animal e extração de óleo de alta qualidade para consumo humano ou
como matéria-prima para produção de biodiesel. Além disso, o girassol é uma planta melífera
e ornamental. Devido a essas particularidades e a crescente demanda do setor industrial e
comercial, a cultura do girassol é uma importante alternativa econômica em sistemas de
rotação, consórcio e sucessão de cultivos em regiões produtoras de grãos.

1.1 Objetivo Geral

 Elaborar um plano de produção para a cultura de girassol.

1.2 Objetivos Específicos

 Descrever as principais características agronômicas da cultura do girassol.


 Identificar os principais países produtores do girassol.

1.2 Metodologia

A metodologia utilizada neste trabalho é a pesquisa bibliográfica pelo raciocínio


dedutivo.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Girassol, Taxonomia e Morfologia


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O girassol (Helianthus annuus), é uma planta anual, ereta, de folhas largas, com uma
forte raiz principal e raízes laterais abundantes. Caules são geralmente circulares no início da
época, angulares e lenhosos no final e normalmente não ramificada. As folhas do girassol são
fototrópicas e seguem os raios do sol com um atraso de 120 por de trás do azimute do sol.
Esta propriedade tem-se mostrado à aumentar a interceção da luz e, possivelmente, a
fotossíntese. Em regiões temperadas os girassóis requerem aproximadamente 11 dias desde a
plantação até à emergência, 33 dias desde a emergência até a visibilidade da cabeça, 27 dias
desde a visibilidade da cabeça até à primeira antera, 8 dias da primeira até à última antera e 30
dias da última antera até à maturação (DPP, 2010).

2.2 Origem e distribuição

O girassol (Helianthus annuus L.) teve inicialmente o Peru definido como seu centro
de origem, porém, pesquisas arqueológicas revelaram o uso do girassol por índios norte-
americanos, com pelo menos uma referência indicando o cultivo nos Estados de Arizona e
Novo México, por volta de 3000 anos a. C. (GAZZOLA, 2012).

Estudos indicam que a domesticação do girassol ocorreu principalmente, na região do


México e sudoeste dos EUA, mas podia ser encontrado por todo continente americano devido
à disseminação feito por ameríndios, os quais selecionavam plantas com apenas uma haste.
Eles usavam as plantas com propósitos de alimentação, além de medicinais e decorativos
(GAZZOLA, 2012).

O girassol é uma das poucas espécies originadas da América do Norte. Foi


provavelmente um “campo de flores” de várias tribos nativas Americanas (Índios Norte
Americanos) que domesticaram a cultura (possivelmente 1000 a. C.) e à carregaram para o
este é sudoeste na América do Norte. O girassol foi provavelmente introduzido pela primeira
vez na Europa através da Espanha e espalhou-se pela Europa até chegar a Rússia, onde
adaptou-se à letra. Seleção para variedades com alto teor de óleo na Rússia começou em 1860
e tinha como objectivo aumentar o teor de 28% até quase 50%. As linhagens de alto teor de
óleo da Rússia foram reintroduzidas nos EUA após a 2ª Guerra Mundial que reacendeu o
interesse pela cultura. Contudo, foi a descoberta do sistema do gene macho-estéril e
restaurador que fez os híbridos possíveis e aumentou o interesse comercial pela cultura (DPP,
2010).

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2.3 Dados económicos

2.3.1 Principais países produtores

A cultura do girassol destaca-se a nível mundial como a quinta oleaginosa em


produção de matéria prima, ficando atrás somente das culturas de soja, colza, algodão e o
amendoim. Quarta oleaginosa Em produção de farelo depois da soja, colza e algodão e
terceira em produção mundial de óleo, depois da soja e colza. (GAZZOLA, 2012).

Os conhecimentos sobre a origem e posterior difusão da espécie pelo mundo


possibilita a Compreensão sobre a atual regionalização da produção, destacando-se,
historicamente os países do Leste Da Europa, principalmente Rússia e Ucrânia onde o girassol
começou a ser geneticamente melhorado. Anos mais tarde difundiu-se para a Ásia, onde a
China se destaca como grande produtor. Na Argentina encontrou ambiente favorável à
produção, onde também foi e continua sendo melhorado geneticamente. (GAZZOLA, 2012).

Destacam-se os quatro maiores produtores Rússia, Ucrânia, Argentina e China que, juntos,
Correspondem a mais da metade (53,3%) da produção mundial da commodity. (GAZZOLA,
2012).

2.4 Condições edafoclimáticas apropriadas para o feijão bóer

2.4.1 Solo

O girassol cresce em vários tipos de solos férteis, do argiloarenoso ao argiloso com pH


entre 6,0 à 7,5. Tradicionalmente, o cultivo do girassol tem sido limitado pelos solos onde a
percentagem de argila varia entre 15 à 55% (em outras palavras, de argiloarenosos à solos
argilosos) (DPP, 2010).

Na maioria das áreas de plantações encontram-se percentagens abaixo de 20%. O


girassol tem baixa tolerância à salinidade, contudo, é mais resistente em relação ao feijão
vulgar e à soja a esse respeito. Boa drenagem do solo é recomendável para a produção de
girassol, mas esta cultura não difere significativamente das outras culturas de campo
(industriais) na tolerância à alagamentos. Solos com boa capacidade de conservação de água
(argilosos) são os mais preferidos em condições áridas (DPP, 2010).

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2.4.2 Precipitação

A necessidade da precipitação varia de 500 à 1000 mm. O girassol é um utilizador


ineficiente de água, conforme medido pelo volume de água transpirado por grama de matéria
seca aérea. É uma cultura que, comparada à outras culturas, executa bem sob condições de
seca. Contudo, a cultura não é considerada altamente tolerante a seca, mas frequentemente
produz resultados satisfatórios enquanto outras culturas são danificadas durante a seca. A sua
raiz bastante ramificada, penetrando até 2 m, permite a planta sobreviver tempos de estresse
hídrico. Um tempo crítico de estresse hídrico é o período de 20 dias antes e 20 dias depois da
floração. Se o estresse está previsto para esse período, a irrigação irá aumentar o rendimento,
a percentagem do óleo e peso. A percentagem proteica, contudo, irá decrescer (DPP, 2010).

2.4.3 Temperatura

É tolerante à ambas temperaturas altas e baixas, entretanto, mais tolerante às baixas. A


cultura é particularmente sensível à alta temperatura do solo durante a emergência. As
sementes de girassol irá germinar até 5º, contudo, temperaturas entre 14 à 21º C. As sementes
não são afetadas pela vernalização (frio) nas primeiras fazes de germinação. A ótima
temperatura para crescerem é entre 17 à 28º C, contudo, temperaturas até aos 34º C mostram
pouco efeito na produtividade. Temperaturas extremamente elevadas têm sido reportadas a
reduzirem a percentagem de óleo, de sementes e de germinação (DPP, 2010).

2.4.4 Luminosidade

Prefere luz completa do sol mas consegue tolerar certo sombreamento durante a fase
de crescimento vegetativo, o que pode resultar em cules estiolados. É muito sensível à fraca
radiação na fase de desenvolvimento de vagens e requer e requer luz plena do sol na fase de
desenvolvimento (TROPICAL FORAGES, S/D).

2.4.5 Radiação Solar

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A radiação solar é fonte de energia para processos bioquímicos e fisiológicos nas
plantas, convertida e podendo ser armazenada para usos posteriores. A eficiência do uso da
radiação pelas plantas está relacionada à absorção da radiação fotossinteticamente ativa
(PAR) pela área foliar das mesmas. Para o girassol, essa eficiência possui valores que podem
variar de 2,24 a 2,27 gramas de fitomassa aérea seca por megajoule de radiação PAR
absorvida. Obviamente que o aproveitamento dessa radiação depende de vários fatores, tais
como o índice de área foliar, estrutura do dossel, geometria e tamanho de folhas,arranjo das
plantas no campo, altura da planta, época do ano entre outras coisas.

O girassol atinge área foliar máxima na antese e tem influência direta na produção
final de aquênios, sendo esta reduzida se, por exemplo, houver sombreamento durante a
iniciação floral, já que cessa o desenvolvimento das folhas e diminui a área foliar, refletindo
em menor PRODUÇÃO (CAZZOLA, 2015).

A radiação solar direta pode trazer alguns prejuízos, como a redução da viabilidade do
grão de pólen que seca e perde sua capacidade de fecundação. A planta de girassol apresenta
metabolismo fotossintético do tipo C-3, apresentando taxas fotossintéticas inferiores as
alcançadas por plantas C-4, como a cana-de-açúcar. Ainda assim, supera valores obtidos por
outras plantas C-3, como o trigo, já que apresenta elevado ponto de saturação de luz e
movimentos fototrópicos, que colocam as folhas do terço superior da planta sempre em
melhor posição para captação de luz (CAZZOLA, 2012).

2.5 Cultivo do girassol

2.5.1 Preparação do solo

Muitos sistemas de lavoura podem ser usados eficazmente para a produção de de


girassol. A preparação do solo deve estar focada na decrescente runoff, especialmente no caso
de solos com infiltração baixa. Estes prejuízos podem ser limitados a uma garante extensão
aplicados tratos culturais corretos (DPP, 2010).

Sistema de canteiros consiste na lavoura e nivelamento. O objectivo destes tratos


separar os limites das camadas, destruir ervas daninhas, providenciar um canteiro a altura e

8
quebrar o solo na mesma altura para promover a máxima infiltração e evitar a erosão do solo.
O campo deve estar livre de ervas, pedras e água (DPP, 2010).

2.5.2 Sementeira

A densidade da plantação para o girassol varia de 25 000 à 35 000 plantas/ha,


dependendo do potencial produtivo da área. A largura daa linhas têm pouca influência na
produtividade do grão. Varia entre 90 à 100cm, contudo, linhas mais largas como de 1,5 à
2,1m pode ser usado, particularmente para acomodar outros implementos da farma (DPP,
2010).

O espaçamento requerido na linha é de 30 cm. Em solos com percentagem alta de


argila as sementes são plantadas a uma profundidade de 25 mm. Em solos arenosos, as
sementes são plantadas em profundidade até 50% (DPP, 2010).

2.5.3 Variedades

Escolha certa da variedade é um método de garantir altos rendimentos sem custos


extras. Porque o girassol não é suscetível à maioria das doenças e pestes, seleção de
variedades é geralmente baseada em produtividade. Performance das variedades testadas em
vários ambientes é a melhor base para a selecção de híbridos. A escolha deve considerar a
produtividade, percentagem do óleo, maturação, tamanho da semente (DPP, 2010).

2.5.4 Fertilização

Comparado à culturas de grão, o girassol utiliza os nutrientes do solo


excepcionalmente bem. A principal razão para tal é a raiz bem ramificada e extensiva. As
raízes entram em contacto com os nutrientes que não outras culturas não conseguem utilizar
(DPP, 2010).

O girassol normalmente reage bem à aplicação de nitrogénio e fósforo, onde há


deficiência destes elementos no solo. É daí essencial que para qualquer programa de
fertilização para o girassol seja baseada na análise do (DPP, 2010).

As análises do solo não só permitirão aplicações de fertilizantes em níveis


apropriados, mas também limita custos desnecessários na fertilização (DPP, 2010).

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Nitrogénio: quando há deficiência, a taxa de desenvolvimento decresce
dramaticamente, folhas ficam verde pálida e folhas inferiores caiem (DPP, 2010).

Fósforo: A falta de fósforo é caracterizada por desenvolvimento retardado. Em casos


sérios necrose pode ser detetada nas pontas das folhas inferiores. Factores que devem-se ter
em conta no programa de planeamento da aplicação de fósforo são (DPP, 2010):

- As tentativas devem complementar o conteúdo de fósforo no solo ao passar do


tempo;

- O nível ótimo de fósforo no solo é cerca de 10 mg/kg, isto significa que a fertilização
com fósforo é necessária quando o nível de fósforo está abaixo de 10 mg/kg. Contudo, à um
nível maior, a cultura não responderá a aplicação de fósforo.

Potássio: Apesar do girassol retirar grandes quantidades de potássio do solo, a


aplicação de potássio é comummente desnecessária, quando o solo tem quantidades
adequadas deste nutriente (DPP, 2010).

Molibdénio e Boro: Deficiências de boro e molibdénio frequentemente limita o


desenvolvimento e rendimento do girassol. Para evitar problemas em relação à estes dois
elementos, cuidados devem ser seguidos na aplicação de fertilizantes contendo boro e
assegurar que as sementes são tratadas com molibdénio antes da plantação (DPP, 2010).

2.5.5 Rotação de culturas

De acordo com DPP (2010), o girassol deve ser cultivado em rotação com outras
culturas porque:

- Os riscos de doenças e ervas aumentam com a monocultura;

- Um rendimento é qualidade é observado com rotação com molho ou sorgo;

Contudo, alguns herbicidas apresentam um longo período residual e podem danificar a


cultura instalada a seguir da outra no sistema de rotação. Portanto é importante seguir as
instruções nos rótulos (DPP, 2010).

2.5.6 Pragas

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Pragas com insetos tornaram-se maiores fatores de redução do rendimento nas áreas de
plantação de girassol.

As principais pragas que atacam o girassol, em diferentes épocas, são a vaquinha


(Diabrotica speciosa), a lagarta preta (Chlosyne lacinia saundersii) e os percevejos (Nezara
viridula, Piezodorus guildinii e Euschistus heros) (CASTRO, 1997).

Outros insetos, embora possuam potencial de dano à cultura, geralmente ocorrem em


populações baixas e apenas ocasionalmente chegam a causar danos maiores. Neste grupo,
podem ser citados o besouro do capítulo (Cyclocephala melanocephala), formigas,
principalmente as saúvas (Atta spp.) e a lagarta rosca (Agrostis ipsiloni) (CASTRO, 1997).

O ataque de vaquinhas pode ocorrer em várias fases de desenvolvimento do girassol.


Entretanto, quando ocorre um ataque severo nas primeiras semanas após a emergência, o
controle deve ser efetuado, sendo que, via de regra, apenas uma aplicação de inseticida é
suficiente. Nos estádios mais avançados, os danos são minimizados pelo grande volume de
folhagem produzida pela cultura do girassol, não sendo necessário seu controle (CASTRO,
1997).

A lagarta preta tem hábito gregário e ocorre inicialmente em reboleiras nas


bordaduras, podendo causar desfolha intensa das plantas, em alta intensidade populacional.
Sua abundância estacional é variável em função das diferentes épocas de semeadura,
características para cada região. Se o ataque ocorrer na fase vegetativa de desenvolvimento
das plantas, mesmo em nível elevado de desfolha, a produção será pouco afetada. Entretanto,
face à possibilidade de aumento da população e reinfestação da lavoura, principalmente em
semeaduras efetuadas em diferentes épocas, os danos poderão ser significativos, visto a
dificuldade de aplicação de inseticidas a partir dessa fase. Se a desfolha ocorrer a partir da
fase final de enchimento de grãos, com as folhas mais jovens iniciando a senescência, a perda
de área foliar provocada pela desfolha não afetará a produção. O rendimento de aquênios é
mais afetado quando a desfolha ocorre no florescimento, nas fases em que 50% e 75% das
flores do capítulo estãoabertas, sendo também significativamente afetado com a desfolha
ocorrendo na fase de formação do botão floral. Sendo assim, o primeiro passo para o controle
será o monitoramento da lavoura, observando os focos de ataque que realmente justifiquem o
seu controle e, nesses pontos, efetuar a aplicação de inseticidas (CASTRO, 1997).

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Os percevejos podem causar danos às plantas de girassol e afetar seriamente a
produção, quando ocorrem ataques severos, a partir da fasede floração inicial até a fase de
final de florescimento. Estes insetos afe-tam, preferencialmente, .a região de inserção do
capítulo, onde sugam a seiva, podendo ocasionar a murcha e a perda do capítulo em
formação. Nesta fase, o controle é bastante dificultado, pela impossibilidade de entrada de
máquinas convencionais, tendo em vista o porte elevado das plantas (CASTRO, 1997).

Vale apenas lembrar que, durante o florescimento, deve ser evitada a aplicação de
inseticidas, por causa das abelhas, importantes para a polinização. Se a aplicação for
necessária, fazer a operação nas primeiras horas da manhã, ou no final da tarde, utilizando
produtos menos tóxicos às abelhas e aos inimigos naturais (CASTRO, 1997).

2.5.7 Irrigação e drenagem

Sendo uma cultura com raízes profundas, consegue tolerar a seca. Mas no caso de seca
prolongada, é necessária uma irrigação faseada, a 1ª irrigação na fase de formação de ramos
(30 DAS), a 2ª na fase de floração (70 DAS) e a 3ª na fase de formação das vagens (110
DAS). Uma boa drenagem é um pré requisito para o sucesso do feijão bóer. A plantação em
sulcos é eficaz quando a drenagem do solo é deficiente, isto permite maior areação das raízes
durante o tempo chuva excessiva (HUXLEY, 1939).

2.5.8 Controlo de ervas daninhas

O controlo de revas daninhas é um pré-requisito para altos rendimentos do girassol. É


alcançado por uma combinação de práticas mecânicas e químicas. As plântulas são altamente
sensíveis à forte competição com as ervas e não consegue desenvolver rápido o suficiente
para formar uma cobertura (sombra) que pode limitar o desenvolvimento das ervas. Portanto,
as primeiras 6 semanas após a sementeira são de período crítico para a cultura. Rendimentos
podem ser aumentados significativamente mantendo os campos livres de ervas durante esse
tempo (DPP, 2010).

2.5.9 Doenças

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As doenças mais sérias do girassol são causadas pelos fungos. A maioria das doenças
incluem a ferrugem, downy mildew, Vertcillium wilt, Sclerotinia stalk e head rot, Phoma
black stem e leaf spot. Resistência à ferrugem, downy mildew e Vertcillium wilt tem sido
incorporada no germoplasma das variedades melhoradas. A severidade dos efeitos destas
doenças no rendimento total da cultura pode ser classificada (DPP, 2010):

1. Sclerotinia;

2. Verticillium;

3. rust (recentemente mais severas);

4. Phoma;

5. Downy mildew.

A expansão da cultura do girassol também pode ser prejudicadapela ocorrência de


doenças causadas por vírus, bactérias e fungos. O girassol é hospedeiro de mais de 35
microrganismos fitopatogênicos, sendo os fungos a maioria e os mais importantes, que podem
levar à redução significativa do rendimento e da qualidade do produto. A importância dessas
doenças depende, entre outros fatores, das condições climáticas, intimamente relacionadas
com a época de semeadura, que favorecem a ocorrência, a infecção e a disseminação dos
patógenos, além das carac-terísticas genéticas das cultivares utilizadas. No girassol, as
doenças ocor-rem com maior intensidade a partir do florescimento (CASTRO, 1997).

2.5.10 Colheita

A colheita é realizada quando 80% das cabeças do girassol estão castanhas para
minimizar perdas causadas por pássaros, lodging e shattering. As folhas viram amarelas
durante a maturação da colheita. A planta do girassol está fisiologicamente madura quando a
parte de trás da cabeça muda de verde para amarelo e as brácteas mudam pra castanho, entre
30 à 45 dias após a floração e a humidade da semente em cerca de 35%. O período de
crescimento total (da sementeira à colheita) para o girassol está entre 125 à 130 dias (DPP,
2010).

A colheita é feita manualmente ou mecanicamente. A colheita manual é praticada


cortando a cultura com uma tesoura ou faca. Colhedoras de girassol são vantajosos por
evitarem perdas de sementes e são disponibilizadas comercialmente. As combinadoras são
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usadas para várias operações como o corte da cultura, separação do grão da casca, limpeza do
grão e transporte do grão para o tanque de armazenamento. A colheita feita com uma
colhedora combinada vai salvar mais tempo do que a colheita manual (DPP, 2010).

2.6 Empacotamento

Sementes de girassol de diferentes classes e graus devem ser empacotados em


diferentes contentores ou armazenadas separadamente (DPP, 2010).

2.7 Armazenamento

As sementes devem estar com abaixo de 12% para armazenamento temporário e


abaixo de 10% para armazenamento longo. Sementes com até 15% de humidade são
satisfatórias para armazenamento temporário em clima congelado, contudo, desperdício é
provável após poucos dias de clima quente. É melhor ter disponível um armazém na farma. A
aeração é essencial, especialmente em contentores maiores. O girassol deve ser trocado entre
contentores quando a aeração não está disponível. Um espaço de ar deve ser deixado no topo
do contentor para facilitar o controlo qda condição da semente armazenada. O girassol pode
ser armazenado em mais de uma época sob ótimas condições (seca, limpa, aerada e em
contentores apertados), contudo, processadores de sementes não destinadas à produção de
óleo mas sim ao consumo humano preferem não usar sementes que foram armazenadas por
mais de uma época (DPP, 2010).

2.7.1 Transporte

O método de transporte mais frequente para o grão de girassol é por camiões


rodoviários, carruagens e por navios.

2.8 Marketing

A demanda é espectada a aumentar por causa da iniciativa da produção do


biocombustível que dará origem à maximização da produção. O país mais importante done a

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semente é importada é a Ucrânia, enquanto as exportações são direccionadas maioritariamente
para o Paquistão e a Tailândia.

2.9 Aplicações

Consumo humano: pode ser usado como óleo comestível na forma de margarina,
óleo de tempero, óleo de cozinha e pode também ser usado como aperitivos.

Alimentação animal: a parte não destinada a produção de óleo pode ser usada para
os ruminantes, porcos e aves por causa da sua percentagem alta de proteína (idade de 28-42
dias). O girassol pode ser usado como silagem para alimentação animal. A silagem de girassol
é mais rica em nutrientes do que milho mas menor do que o feno de alfafa.

Uso industrial: pode ser usado em certas tintas, vernizes e plásticos pelas boas
propriedades semi-desidratantes sem a modificação da cor. Pode também ser usado em sabões
e detergentes manufaturados. Outro uso industrial inclui a produção de agroquímicos ou
pesticidas, sulfactantes, adesivos, lubrificantes. Um uso futuro1 de alto potencial será em
motores de diesel como o mundo está a virar um ambiente não poluído (DPP, 2010).

2.10 Cronograma das atividades

Atividades
Janeiro
o
Fevereir

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto
o
Setembr

Outubro
ro
Novemb
o
Dezembr

Amostragem X X
do solo
Preparação X X
do solo
Sementeira X X X
Fertilização X X X
Irrigação X X X
Controlo de X X X X
pragas
Controlo de X X X X X
doenças
15
Controlo de X X X X X
ervas
Colheita X X X X
Marketing X X X X X X X X X X X X

3 CONCLUSÃO

Há evidências suficientes para sugerir que a produção melhorada do girassol pode


impulsionar a segurança alimentar e melhorar a renda familiar.

As variedades melhoradas são bastantes resistentes à seca e infertilidade do solo mas


não tolera condições severas de chuva (alagamento) e excesso de salinidade do solo.

Concluímos também que o girassol pode ser uma cultura totalmente mecanizada para
reduzir os custos.

É ainda uma cultura que tende a merecer destaque no mercado de Biocombustíveis.

Assim como para qualquer outra cultura agrícola comercial, o solo para o girassol não
deve apresentar restrições ao desenvolvimento radicular, sejam elas físicas, químicas ou
biológicas.

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4 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTRO, C. et al; A cultura do girassol. EMBRAPA-CNPSo. Londrina. 1997. 36p.

Directorate Plant Production. Sunflower: production guideline. Department of


Agriculture, Forestry and Fisheries. Pretoria. 2010.

GAZZOLA, A. et. al. A Cultura Do Girassol. Universidade de São Paulo. Departamento


de Produção Vegetal. Piracicaba. 2012.

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