Você está na página 1de 44

1

SUMÁRIO

1. SUMÁRIO EXECUTIVO....................................................................................................................4
2. ESTRATÉGIA DA EMPRESA.........................................................................................................5
2.1. Descrição Geral.........................................................................................................................5
2.2. Visão.............................................................................................................................................7
2.3. Missão..........................................................................................................................................7
2.4. Valores.........................................................................................................................................7
2.5. Objetivos.....................................................................................................................................8
3. ANÁLISE DO MERCADO................................................................................................................8
3.1. Análise Setorial..........................................................................................................................8
3.21.1 Principais Fornecedores....................................................................................................8
3.1.2 Principais Grupos de Clientes.............................................................................................9
3.1.3 Empresas Rivais.................................................................................................................10
3.1.4 Ameaças de Substitutos e Novos entrantes...................................................................10
3.1.5 Barreiras de entrada...........................................................................................................11
3.1.6 Barreiras de Saída..............................................................................................................11
3.1.7 Análise sobre competição e cooperação........................................................................11
3.1.8 Ameaças e Oportunidades do Setor................................................................................12
3.1.9 Macro-ambiente sociocultural...........................................................................................12
3.1.10 Macro-ambiente Demográfico........................................................................................13
3.1.11 Macro-ambiente Econômico...........................................................................................13
3.1.12 Macro-ambiente Tecnológico..........................................................................................14
3.1.13 Macro-ambiente Político-Legal.......................................................................................14
3.1.14 Macro-ambiente Natural..................................................................................................14
4 Demanda........................................................................................................................................14
4.1 Perfil do cliente.......................................................................................................................14
4.2. Análise da Concorrência.......................................................................................................21
4.2.1. Quanto ao mercado...........................................................................................................21
4.2.1. Quanto ao produto.............................................................................................................22
4.2.2. Quanto ao Preço................................................................................................................24
4.2.3. Quanto à estratégia dos concorrentes...........................................................................24
5. OFERTA DA EMPRESA.................................................................................................................25
5.1. Descrição..................................................................................................................................25
5.2 Vantagem Competitiva............................................................................................................25
5.3 Estratégia Mercadológica......................................................................................................26
5.5.1. Processos Operacionais....................................................................................................29
5.5.2. Estrutura Orgânica..............................................................................................................31
5.5.3 Ativo Permanente.................................................................................................................31
6. CAPITALIZAÇÃO E SUSTENTAÇÃO FINANCEIRA...............................................................33
6.1 Descrição Geral........................................................................................................................33
6.2. Ativo Permanente....................................................................................................................34
3

6.3 Custo do Produto.....................................................................................................................37


6.4. Projeção de Vendas................................................................................................................38
6.5 Fluxo de Caixa...........................................................................................................................38
6.6. Demonstração do Resultado do Exercício.......................................................................40
6.7 Ponto de Equilíbrio..................................................................................................................41
6.8 Payback Simples......................................................................................................................42
6.9 Valor Presente Líquido...........................................................................................................43
6.10 Taxa Interna de Retorno.......................................................................................................43
6.11 Análise da viabilidade econômica.....................................................................................44
4

1. SUMÁRIO EXECUTIVO

O negócio para ser considerado bom tem de ter retorno garantido.


Partindo desta premissa projetamos um negócio de baixo custo com um
retorno garantido e uma possibilidade de ampliação exponencial.

A cidade de Pelotas herdou dos portugueses uma cultura doceira e com


ela fez fama internacional. Não observamos, salvo algumas raras exceções,
uma alusão efetiva sobre esse grande diferencial competitivo que somente a
cidade de Pelotas possui.

Devido a capacidade de expansão da indústria, aliado aos incentivos


governamentais e o baixo custo de implementação verificamos que ela seria a
melhor oportunidade para explorar o mercado observado. Passada essa fase o
produto escolhido para a produção na indústria foi, em primeira instância, a
geleia de frutas devido as seguintes especificidades: aproveitamento quase
total dos insumos, validade de 2 anos quando pronta, não há necessidade de
acondicionamento resfriado, baixo custo de produção envolvido, pode ser
usada a cultura doceira de pelotas na sua divulgação, existe matéria prima
abundante na região, conforme nos aponta o IBGE no ano de 2006 foram mais
de 1.000.000 de toneladas de frutas produzidas em pelotas e região, e a
demanda também é extremamente elevada, somando mais de 2,2 toneladas
de doces e geleias de frutas, que foram consumidas, no mês de setembro,
somente no macro atacado Treichel.

A pretensão do empreendimento é iniciar produzindo geleias de frutas e


assim que efetivar a marca no mercado ampliar a produção e diversificar o mix
de produtos. Para tanto podemos aproveitar a mesma linha de produção das
geleias que pode ser utilizada para fabricação de extrato de tomate, catchup,
compota de frutas, concentrado de frutas entre outros.

Nossos clientes não se restringem única e exclusivamente no


consumidor final, podendo ser empresas do ramo varejista ou industrial. Para
que possamos atingir de forma efetiva nosso mercado vamos elaborar um
produto de qualidade superior ao apresentado pelos concorrentes na cidade de
Pelotas. Nosso produto, Geleias Malta, será vendida em potes de 400g, com
forte apelo visual para a cor da geleia que é observada através da
5

transparência do vidro, somado a isso um rótulo nobre de cores verde e


dourada, com o intuito de transparecer um produto mais saudável e saboroso,
estampa uma marca que lembra a herança doceira de Portugal. Do rótulo,
estender-se-á uma linha que cobrirá a tampa de metal fazendo as vezes do
lacre de segurança. Uma fita com um cartão em uma das extremidades
apresentará uma pequena passagem sobre a história de pelotas e sua cultura
doceira, na outra extremidade da fita uma miniatura da fruta do sabor da geleia.
O rótulo dará ênfase no sentido de o produto ser originalmente Pelotense.

Sendo um produto de baixo valor agregado, podemos acumular um lucro


alto sobre ele, isso nos proporcionará um retorno do investimento estimado em
aproximadamente 0,8 ano, conforme o cálculo do payback apresentado no
presente plano de negócio.

Nosso grande óbice será introduzir no mercado nossa nova marca,


porém a empresa Malta, utilizar-se-á de uma estratégia que ainda não foi
verificada no mercado, que sem sombra de dúvidas funcionará como uma forte
moeda de troca com os grandes varejistas, ela está presente no item 4.5.3,
deste plano de negócio.

O único óbice levantado do negócio apresenta uma solução inusitada e


eficiente. Os grandes pilares da indústria, que são a demanda dos produtos e a
oferta de insumos forma superadas em muito, logo nos resta, para efetivar a
confiança do leitor apresentar o resultado dos três índices calculados e
apresentados no plano que são: payback de 0,8 ano, VPL de R$ 205.588,57 e
TIR de 123%, respectivamente nos itens 4.7.8; 4.7.9 e 4.7.10.

2. ESTRATÉGIA DA EMPRESA
2.1. Descrição Geral

Existem diversos motivadores que revelam o interesse em produzir


doces e geleias na cidade de Pelotas. Primeiramente, por uma questão cultural
e por marketing de oportunidade, levaremos em consideração a fama
internacional que possui a cidade de Pelotas com relação a seus doces. Esse
diferencial não é explorado de forma efetiva dentre os concorrentes do
mercado.
6

Outros fatores mais importantes convergem para a racionalização do


empreendimento, pois a cidade de Pelotas e região possuem uma oferta de
matéria prima abundante e diversificada, somado a isso a geleia aproveita
quase que a totalidade da fruta para sua elaboração. Não bastando os pontos
positivos a geleia e os doces possuem uma validade de dois anos, não sendo
necessário refrigerar ou dispensar tratamentos mais onerosos para a produção.

A planta operacional construída para a produção de doces e geleias


pode ser aproveitada para a produção de outros produtos, como as frutas em
calda, o extrato de tomate o catchup, entre outros, ou seja, existe a
possibilidade de manter uma produção perene.

Outro fato extremamente importante na atual conjuntura é que a


indústria focada na produção deste tipo de alimentos, não necessita, para
permanência no mercado, uma constante e exponencial competição por
tecnologias. Essas inovações são necessárias, porém por mais inovadoras que
sejam estaremos vendendo apenas doces e geleias, que acompanha a cultura
Pelotense por mais de um século.

Pelotas está localizada em uma região favorecida geograficamente,


embora fique no extremo sul do país, Pelotas possui muitas cidades satélites a
seu redor, e principalmente um porto marítimo à aproximadamente 60 km de
distância, facilitando a inserção do produto no mercado exterior.

O negócio basicamente destina-se a produção de doces e geleias


utilizando como matéria prima, frutas típicas da região. Valendo-se, para a
inserção efetiva de uma nova marca no mercado Pelotense, o próprio nome e
fama da cidade referente à produção de doces e com isso oferecer um produto
com qualidade e aparência diferenciada, oferecendo uma opção moderna e
requintada para o mercado.

Para que possamos nascer com nossa microempresa e colocar uma


nova marca no mercado, adotaremos a estratégia da qualidade. Partindo deste
pilar, buscamos disponibilizar no mercado um produto com qualidade superior
aos concorrentes, tanto em aparência, sabor, embalagem, diferencias, quanto
na exploração positiva do nome da cidade de Pelotas e sua cultura doceira. Em
um primeiro momento fabricaremos somente a geleia para o consumidor ligar
7

nossa marca a qualidade. Logo estabelecido o mercado da empresa, a meta


será ampliação, diversificando o mix de produtos e ampliando os mercados
para efetivar nossa marca.

Razão Social: Indústria de Alimentos Malta Ltda.

Nome Fantasia: Malta Alimentos

Tipo de Sociedade: LTDA

Cotas: 1 sócio administrador

2 sócios cotistas

Cargos: Presidente, Gerente de Compras e Vendas, Gerente de


Produção, Colaborador 1 e colaborador 2.
QUADRO DE PESSOAL
Nome Cargo Formação profissional Empresas que trabalhou Observações
Deraldo Rodrigo Rodrigues Ugoski Presidente Administrador de Empresas Exército Brasileiro (Oficial) -
Mateus Espinoza Gularte Gerente de Produção Químico de Alimentos Veja e Icalda Mestrando em frutas
Tássio Pereira do Amaral Gerente de Compras e Vendas Administrador de Empresas Damby, Vonpar -
Colaborador 1 Colaborador 1 Superior incompleto - -
Colaborador 2 Colaborador 2 Fundamental - -

Quadro 5.1: Quadro de Pessoal

O presidente será o sócio administrado e os gerentes os sócios cotistas.

2.2. Visão

Ser reconhecida no mercado gaúcho como a empresa que fabrica os


melhores doces e geleias de fruta.

2.3. Missão

Fabricar doces e geleias de fruta com qualidade e responsabilidade,


para abastecer o mercado Pelotense.

2.4. Valores

- Comprometimento

Relação transparente, ética e responsável com fornecedores e clientes,


buscando o bom nome da empresa junto a sociedade.
8

- Sabedoria

Aliança da cultura e do conhecimento com a integridade de caráter.

- Ação

Comportamento proativo e perseverante.

- Inovação

Criatividade e atualização permanente.

- Responsabilidade

Contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental da


região Pelotense.

2.5. Objetivos

- Fabricar Doces e Geleias com qualidade

- Explorar positivamente a herança doceira que possui a cidade de


pelotas;

- Colocar no mercado embalagens diferenciadas para o consumidor;

- Estabelecer parcerias com os fornecedores de Matérias Primas;

- Utilizar propaganda para entrar no mercado;

3. ANÁLISE DO MERCADO
3.1. Análise Setorial
3.21.1 Principais Fornecedores

O produto mais importante para fabricação da geleia de frutas é com


certeza a própria fruta e a pouca quantidade de elementos que compõem o
produto proporciona um controle mais facilitado.

Em primeira instância levaremos em conta os fornecedores dos insumos


utilizados na produção do produto, desconsiderando os prestadores de serviço,
para tanto abordaremos os materiais que compõem o produto.

MATERIAL USADO NA PRODUÇÃO DO PRODUTO


Produçã Material Fornecedor
o
9

Fruta (Kg) CEASA Pelotas


Açúcar (Kg) Treichel/Krolow
Ácido Cítrico (Kg) G. Gotuzo
Pectina G. Gotuzo
Glicose (Kg) G. Gotuzo

Material Direto
Vidro (Uni) Acqua Mineira
Tampa (Uni) Acqua Mineira
Fita de Enfeite (m) Entre Linhas
Tecido (m2) Entre Linhas
Bijuteria (Uni) Entre Linhas
Rótulo/ Lacre (Uni) Stampa
Caixa de Papelão (Uni) Acqua Mineira
Fita Crep (Uni) Livraria Globo
Gás (Uni) Minas Gás
Material de Apoio

Água (Litros) SANEP


Energia Elétrica (KW) CEEE
Material de Faxina (Kg) Treichel/Krolow
Luvas (Uni) Treichel/Krolow
Mascara (Uni) G. Gotuzo
Toca (Uni) G. Gotuzo
Quadro 5.1: Fornecedores

Com base no observado entendemos a facilidade do acesso aos


insumos, motivo que é extremamente favorável ao sucesso do
empreendimento, porém o óbice do fornecimento é a sazonalidade das frutas.

O que foi constatado no mercado de frutas, referente à região de


Pelotas, não foi a falta da matéria prima, mas sim a variação do seu preço, pois
fora da época de determinada fruta a mesma, por ter sua oferta reduzida,
acaba elevando o seu preço no mercado. Em contrapartida esta situação torna-
se favorável ao empreendimento na época da fruta, pois ocorre um excesso de
matéria prima no mercado forçando o preço para baixo, fato que beneficia o
empreendimento, pois reduz o custo de produção.

Um fato extremamente favorável tangente aos fornecedores, que deve


ser salientado, é o grande número de empresas que fornecem os produtos
necessários à produção o que torna a empresa nascente menos vulnerável as
oscilações do mercado.

3.1.2 Principais Grupos de Clientes

Por ser indústria o empreendimento é beneficiado, pois seu grupo de


clientes abrange não somente os consumidores finais, mas sim as outras
10

indústrias que utilizam como insumo doces e geleias, distribuidoras de


alimentos, varejos em geral, mercado exterior e o governo.

3.1.3 Empresas Rivais

As empresas rivais são aquelas que produzem geleias e doces. Na


cidade de Pelotas e região apresentam-se das mais variadas formas sendo
empresas micro, pequenas, médias ou que apenas vendem seus produtos aqui
sendo os mesmos fabricados em outros locais do país.

Logo, em seguida apresentaremos a relação das principais empresas


que fornecem doces e geleias na cidade de Pelotas. Algumas são mais
expressivas que outras, porém sua análise detalhada dar-se-á mais a frente em
tópico destinado a análise da concorrência, por ora apresentaremos as
principais empresas.

EMPRESA
Ritter
Shelby
Beskow
Mu-Um
Aurea
Piá
Santa Rita
Schimier
Veja
Frelli
Fritz&Frida
Quadro 5.3: Empresas que atuam no mercado Pelotense
Fonte: Macro-Atacado Treichel e Supermercados Pois Pois.

Acima estão elencadas as empresas, ou concorrentes, atuantes no


mercado de Pelotas e região. Algumas derivam da própria região, outras de
maior porte, mantém sua produção em outro local, porém exploram o mercado
local através do varejo.

3.1.4 Ameaças de Substitutos e Novos entrantes

Um dos motivos tranquilizadores do empreendimento é justamente a


pouca tecnologia envolvida na produção de doces e geleias, prova clara desta
afirmação é a venda do produto em feiras, fruteiras e locais diversos onde é
fornecido um produto ao consumidor, por famílias geralmente da colônia,
demonstrando a facilidade de produção da mesma.
11

O que em primeira vista assusta é sem dúvida a quantidade de novos


entrantes neste mercado, porém a produção familiar e artesanal do produto é
consoante com a produção de outros tipos de produtos como conservas.
Geralmente esta produção é voltada para subsistência e não visa a economia
de escala, logo, a competição e a preocupação com novos entrantes, dá-se
quando essas micro empresas industrializam-se ou com o nascimento de uma
pequena indústria do ramo.

3.1.5 Barreiras de entrada

O grande óbice de entrada para uma nova marca é justamente a


negociação com os vendedores, mas a empresa Malta já possui uma estratégia
efetiva de inserção da nova marca no mercado. Um fator que demonstra a
facilidade de aceitação de uma nova marca de geleias e doces é a inexistência
de propagandas veiculadas nos meios de comunicação de Pelotas e região,
que dizem respeito a produtos deste tipo.

A maior barreira será, sem dúvida, a negociação do produto com o


varejo e os clientes em geral.

3.1.6 Barreiras de Saída

Não apresenta barreiras de saída, pois o investimento e a rede de


cooperação no início das operações não chegam a expressar volume
significante, a ponto de obstruir a saída da empresa do mercado.

3.1.7 Análise sobre competição e cooperação

A empresa irá buscar cooperação com fornecedores, distribuidores e


clientes, com o intuito de dinamizar as operações. Podemos observar que a
cooperação é focalizada nas ações de entrada e saída da empresa, não
tentando, em primeira instância aproximação com outros produtores.

O motivo principal para a não aproximação com outros produtores, em


primeira instância, é justamente o tempo dispensado para racionalizar um
projeto de viabilidade somado ao convencimento das micro e pequenas
empresas sobre os benefícios da cooperação. Não obstamos uma cooperação
para aquisição de matéria prima.
12

3.1.8 Ameaças e Oportunidades do Setor

Observamos muitas oportunidades no setor, isso se deve a diversos


fatores tais como abundante oferta de matéria prima na região, elevado tempo
de validade do doce e da geleia de fruta, possibilidade de ampliação e
diversificação do mix de produtos, recuperação de impostos, tal como o IPI,
mercado consumidor extremamente promissor, tecnologia envolvida baixa, a
cidade de Pelotas possuir uma cultura doceira conhecida internacionalmente e
que é pouco explorada pelos produtores de doces e geleias, dar início a um
processo de certificação, ligado a prefeitura municipal de Pelotas, com o intuito
de preservar o nome da cidade referente a produção de doces, agindo no
sentido de que para determinada empresa possa estampar em seu produto a
herança Pelotense tenha de se adequar a determinados padrões, sendo
aprovado pela Prefeitura.

Como ameaça podemos elencar o custo de implementação, e a inserção


de uma nova marca no mercado.

3.1.9 Macro-ambiente sociocultural

A cidade de Pelotas tem uma cultura doceira, conforme abordado


anteriormente, portanto a produção do doce e sua distribuição têm uma
positivação sociocultural, principalmente se esta interação for apelativa
socialmente, valorizando o nome da princesa do sul.

A interação da empresa nascente com a sociedade Pelotense é


favorecida aja vista os fatores abordados anteriormente.

Pelotas herda, de sua atividade econômica charqueira de outrora, forte


estrutura educacional de iniciativa pública, conta com cursos técnicos que
capacita mão de obra destinada a trabalhar em atividades industriais como as
propostas pela empresa.

Pelotas é uma cidade que possui uma população culta, se comparada


com o restante do país, logo a produção do doce aliada à história de pelotas
forma um vínculo sociocultural forte dado o prestígio a marca nascente.
13

3.1.10 Macro-ambiente Demográfico

Por ser um produto com valor agregado baixo, temos possibilidade de


potencializar o mercado consumidor que passa a ser quase que totalidade dos
habitantes da cidade, pois mesmo o produto apresentando um valor acima da
média do mercado, assim mesmo ele poderá ser consumido pelas classes
menos abastadas.

O potencial demográfico da região é extremamente grande conforme


relata o site do IBGE apontaremos a população das seguintes cidades abaixo
discriminadas, observemos:

Cidade Habitantes – 2006


Pelotas 339.934
Canguçu 53.547
São Lourenço 42.339
Piratini 20.225
Capão do Leão 23.655
Arroio Grande 18.358
Total 498.058
Quadro 5.4: Relação de números de habitantes por cidade
Fonte: Adaptado do site IBGE, 2008.

Observamos que em apenas seis dos 496 municípios gaúchos temos


um mercado potencial de 498 mil e cinquenta e oito pessoas, logo o potencial
demográfico gaúcho mostra-se extremamente promissor para a ampliação de
nossa indústria. Segundo o IBGE, o Rio Grande do Sul conta com 10.582.840
habitantes em 2007.

3.1.11 Macro-ambiente Econômico

A projeção econômica de Pelotas e região é extremamente promissora,


pois com a industrialização derivada da cidade de rio grande, a cidade de
Pelotas ingressa em um momento econômico muito favorável ao
desenvolvimento da cidade. Consoante a essa projeção o surgimento de uma
nova indústria encontra um mercado aquecido, favorecendo a entrada de sua
nova marca.

A cidade também conta com uma produção agrícola economicamente


expressiva, na área rural. Pelotas sempre se destacou nacionalmente por sua
produção de pêssego e laranja, agora existe um esforço e uma produção
efetiva, para tornar a região referência em produção de morango. Esses fatores
14

convergem aos interesses da empresa, pois favorece o abastecimento de


nossa indústria com matéria prima.

Um fato importante para nossa indústria é o evento conhecido nacional e


internacionalmente como Fenadoce, evento que efetiva a cultura doceira da
cidade de Pelotas frente ao mercado que se apresenta globalizado.

3.1.12 Macro-ambiente Tecnológico

Pelotas conta com uma produção tecnológica expressiva nesta área,


temos várias pessoas habilitadas para a manutenção e desenvolvimento de
equipamentos para esse tipo de indústria.

Isso se deve principalmente a herança de grandes empresas como a


Vega que deixaram de operar na cidade por questões logísticas, deixando
capital intelectual habilitado e com conhecimento na área.

3.1.13 Macro-ambiente Político-Legal

A cidade de Pelotas preserva, incentiva e cultua sua história, o governo


sempre incentiva atividades que venham a prestigiar a história de Pelotas.
Ação que comprova o comportamento da administração municipal é a
recuperação dos prédios históricos da cidade.

O incentivo não fica somente neste ramo, a prefeitura também apoia a


Fenadoce e os eventos que se destinam a promover o nome da cidade. Nossa
proposta é ir ao encontro do zelo pelo bom nome da Cidade de Pelotas

3.1.14 Macro-ambiente Natural

A geografia da cidade de Pelotas e Região é extremamente favorável


para a produção do insumo principal de nossa indústria, que é a fruta. Somado
a isso é importante ressaltar que a região é uma grande produtora de frutas e
isso vai ao encontro de nossos interesses.

4 Demanda
4.1 Perfil do cliente

Em primeira instância o nosso cliente será o do mercado de Pelotas e


região. Por ser um produto de baixo valor do ramo alimentício, derivado da
15

indústria, temos uma gama de clientes que não se extingue somente no


consumidor final.

Nossos clientes são: empresas varejistas, tais como macro atacados,


mini mercados, pequenos estabelecimentos, indústrias que utilizam como
insumo a geleia de frutas, tais como Padarias, indústrias de alimentos,
restaurantes e o consumidor final propriamente dito.

Segmentaremos nosso cliente em: industriais, varejistas e consumidor


final.

Os atravessadores são os grandes responsáveis pela distribuição dos


produtos tanto para as indústrias quanto para o consumidor final. Na indústria o
contato tem de ser por parte de nossa empresa, e o consumidor final o contato
será através dos varejistas e da indústria.

Perfil dos consumidores finais:

- Idade: Acima dos 16 anos

- Sexo: Independente

- Tamanho da Família: média de 3 pessoas

- Educação: Ensino Médio

- Renda: Classes A, B e C, mas por ser um produto substituto, não obsta


a aquisição do mesmo pelas classes D, C e E;

- Cliente foco: O cliente que preza por produtos de qualidade,


independentemente de o preço encontrar-se em um patamar superior à média
do mercado.

Não vamos extremar a segmentação, pois embora nosso produto


apresente qualidade superior ao dos concorrentes, nosso produto básico é
geleia, portanto a segmentação excessiva não é boa para esse tipo de produto,
pois restringe demais os consumidores beneficiando os concorrentes.

Perfil das Empresas:

- Setor: Varejo ou indústria


16

- Porte da Empresa: Micro, pequena, média ou grande

- Tempo de existência: Independe

- Faturamento: Independe

- Clientes: Os varejos menores provavelmente não irão vender nosso


produto acabado, aja vista o valor do Preço de Venda elevado. Enfatizaremos
as empresas que possuem um perfil de cliente semelhante ao nosso
consumidor final.

O mercado da geleia malta está segmentado em clientes empresariais


varejistas, industriais e consumidores finais.

O varejo reflete diretamente o comportamento do consumidor e a reação


deste perante o produto apresentado para ele. O consumo de geleias na
cidade de Pelotas que possui um mercado consumidor relativamente alto é
muito grande comportando sem sombra de dúvidas uma nova marca de
geleias.

Demonstraremos primeiramente um levantamento de demanda de doces


e geleias concedidos pelas seguintes instituições: Macro atacado Treichel e
Supermercado Pois Pois, observemos:

RELAÇÃO POR UNIDADES VENDIDAS SUPERMERCADO POIS POIS (Mês de Setembro)


EMPRESA UNIDADES VENDIDAS MASSA (Kg) SABOR MAIS VENDIDO
Ritter 624 123 Morango
Shelby 412 149 Morango
Piá 1.860 655 Pêssego - Uva – Morango
Fritz&Frida 600 226 Uva - Pêssego - Abob/coco
TOTAL 3.496 1.152,04 Morango
Quadro 5.5: Relação por unidades vendidas em setembro.
Fonte: Supermercado Pois Pois, (setembro 2008).
17

Demanda por unidade - Super


Mercado POIS POIS
17% 18% Ritter
Shelby
Piá
12% Fritz&Frida

53%

Gráfico 5.1: Demanda por unidade.


Fonte: Supermercado Pois Pois

Demanda por massa - Super


Mercado POIS POIS
11%
20% Ritter
13% Shelby
Piá
Fritz&Frida

57%

Gráfico 5.2: Demanda por Kg


Fonte: Supermercado Pois Pois

Observamos que o setor de doces e geleias é extremamente promissor,


e se comporta com uma demanda extremamente grande de doces e geleias de
frutas. Em suma o Supermercado Pois Pois, que atua em quatro lojas na
cidade de Pelotas, apresentou uma demanda de 1.152Kg e 400g de doces e
geleias de frutas, apenas no mês de setembro. O líder no estabelecimento
citado é a marca Piá.

Apresentaremos agora os dados atinentes ao Macro atacado Treichel,


que disponibilizou os dados referente a demanda de doces e geleias de frutas
no seu estabelecimento comercial, observemos:

RELAÇÃO POR UNIDADES VENDIDAS MACROATACADO TREICHEL (Mês de Setembro)


EMPRESA UNIDADES VENDIDAS MASSA (Kg) SABOR MAIS VENDIDO
Ritter 44 10,08 Goiaba
Shelby 114 47,88 Morango
Beskow 269 104,15 Melancia
18

Mu-Um 216 86,40 Abobora com coco


Aurea 1.643 1.007,27 Figo
Piá 356 142,40 Abobora com coco
Santa Rita 91 32,50 Origone
Schimier 299 130,85 Morango
Veja 70 25,44 Morango
Frelli 1.284 544,40 Doce de Leite
TOTAL 4.386 2.131,37 Figo
Quadro 5.6: Relação por unidades vendidas em setembro.
Fonte: Macroatacado Treichel.

Relação por Unidades Vendidas


1% 3% Ritter
6%
5% Shelby
29% Beskow
Mu-Mu
Aurea
Piá
Santa Rita
Schimier
2% Vega
Frelli
7% 37%
2%
8%

Gráfico 5.3: Demanda por unidade.


Fonte: Macroatacado Treichel.

Relação por massa (Kg)


0%2% 5% Ritter
4% Shelby
26%
Beskow
Mu-Mu
Aurea
Piá
Santa Rita
1% Schimier
Vega
6% Frelli
2%
47%
7%

Gráfico 5.4: Demanda por Kg.


Fonte: Macroatacado Treichel.

Observamos que a demanda de geleias não é isolada e caso atípico de


determinado estabelecimento comercial, compreendemos que a quantidade
19

demandada de geleias na cidade de Pelotas, comporta indubitavelmente uma


nova marca do mesmo produto. Analisando os dados acima compreendemos
que o Macro atacado Treichel é responsável pela demanda de 2.131 Kg e 370
g de doces e geleias de frutas.

Com os dados acima podemos projetar algumas deduções:

A cidade de Pelotas consumiu, sem contar outras empresas do ramo


varejista de porte menor, igual ou maior do que às apresentadas, 3.283Kg com
410g de doces e geleias de frutas, somente no mês de setembro.

Partindo dos dados apresentados e tomando certos parâmetros como


referências, podemos deduzir algumas informações, tais como:

Pelotas possui diversos estabelecimentos comerciais do ramo varejista,


e como abordado anteriormente, alguns são de porte menor, igual ou maior do
que o Supermercado Pois Pois e do que o Macro atacado Treichel. Baseado no
método de indexação multifuncional, imaginemos que os maiores varejistas de
Pelotas, que são: Big, Macro atacado Treichel, Macro atacado Krolow e
Supermercado Pois Pois, respondem por 70% do mercado de Pelotas e os
outros 30% correspondam aos varejistas de porte menor, como é o caso do
Raditke, Nacional, Paraíso e Rede forte.

Supondo que o Macro atacado Treichel e o Supermercado Pois Pois


somados correspondam a 30% do mercado de doces e geleias na cidade de
pelotas, isso nos projetaria uma demanda no mês de setembro, da ordem de
10.944Kg e 700g de doces e geleias de frutas no referido mês na cidade de
Pelotas.

Com essa breve análise podemos projetar o consumo de doces e


geleias anual na cidade de Pelotas, observemos:

Dados consolidados das empresas Treichel e Pois Pois (Mês de Setembro)


Empresa 30% do Mercado em Kg Projeção de 100% do Mercado em Kg
443,6
Ritter 133,08 0
656,2
Shelby 196,88 7
347,1
Beskow 104,15 7
288,0
Mu-Um 86,40 0
Aurea 1.007,27 3.357,5
20

7
2.658,0
Piá 797,40 0
108,3
Santa Rita 32,50 3
436,1
Schimier 130,85 7
84,8
Veja 25,44 0
1.814,6
Frelli 544,40 7
753,3
Fritz&Frida 226,00 3
10.947,9
Total 3.284,37 0
Quadro 5.7: Consolidado da empresa Treichel e da empresa Pois Pois, em setembro.
Fonte: Macroatacado Treichel e Supermercado Pois Pois.

Quando verificamos o termo mercado na tabele, refere-se este ao


mercado de doces e geleias de frutas na cidade de Pelotas, partindo deste
pressuposto podemos projetar o consumo mensal do ano de 2008 na cidade de
Pelotas, observemos:
Projeção de demanda referente ao ano de 2008, dados apresentado em Kg
Empresa Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2008
Ritter 443,6 443,6 443,6 443,6 443,6 443,6 443,6 443,6 443,6 443,6 443,6 443,6 5.323,20
Shelby 656,27 656,27 656,27 656,27 656,27 656,27 656,27 656,27 656,27 656,27 656,27 656,27 7.875,24
Beskow 347,17 347,17 347,17 347,17 347,17 347,17 347,17 347,17 347,17 347,17 347,17 347,17 4.166,04
Mu-Mu 288 288 288 288 288 288 288 288 288 288 288 288 3.456,00
Aurea 3.357,57 3.357,57 3.357,57 3.357,57 3.357,57 3.357,57 3.357,57 3.357,57 3.357,57 3.357,57 3.357,57 3.357,57 40.290,84
Piá 2.658,00 2.658,00 2.658,00 2.658,00 2.658,00 2.658,00 2.658,00 2.658,00 2.658,00 2.658,00 2.658,00 2.658,00 31.896,00
Santa Rita 108,33 108,33 108,33 108,33 108,33 108,33 108,33 108,33 108,33 108,33 108,33 108,33 1.299,96
Schimier 436,17 436,17 436,17 436,17 436,17 436,17 436,17 436,17 436,17 436,17 436,17 436,17 5.234,04
Vega 84,8 84,8 84,8 84,8 84,8 84,8 84,8 84,8 84,8 84,8 84,8 84,8 1.017,60
Frelli 1.814,67 1.814,67 1.814,67 1.814,67 1.814,67 1.814,67 1.814,67 1.814,67 1.814,67 1.814,67 1.814,67 1.814,67 21.776,04
Fritz&Frida 753,33 753,33 753,33 753,33 753,33 753,33 753,33 753,33 753,33 753,33 753,33 753,33 9.039,96
Total 10.947,90 10.947,90 10.947,90 10.947,90 10.947,90 10.947,90 10.947,90 10.947,90 10.947,90 10.947,90 10.947,90 10.947,90 131.374,80

Quadro 5.8: Projeção de geleias e doces de frutas no ano de 2008.

Os dados apresentados nesta tabela derivam da projeção total do


mercado Pelotense apresentada e explicada anteriormente, baseado no
método de indexação multifuncional. Observamos que a projeção de consumo
de doces geleias de frutas na cidade de Pelotas no ano de 2008, atingirá
aproximadamente 131 mil 374Kg com 800g.

Sabendo que a cidade de Pelotas, segundo o IBGE, no ano de 2006


possuía uma população da ordem de 339 mil 934 habitantes, podemos concluir
21

que cada habitante da cidade de Pelotas no ano de 2008 irá consumir em


média 386,50g de doces e geleias de frutas.

Podemos adotar como padrão para análise de outros mercados a média


de consumo anual de 386,50 g de doces e geleias que cada pessoa consome
anualmente, sendo esse dado aproximado, e não exato.

4.2. Análise da Concorrência


4.2.1. Quanto ao mercado

Ao observarmos o mercado percebemos que todas as marcas de doces


e geleias de frutas existentes no mercado não apresentarão concorrência direta
com as Geleias Malta.

Tal motivo se deve ao fato de nosso produto apresentar uma


embalagem de qualidade com diferenciais agregados, não competindo em
primeira instância por preço. Analisaremos de forma objetiva a concorrência
efetivando sobre as empresas com atuação mais semelhante ao pretendido
pela nossa empresa, para que possamos compreender a estratégia de
colocação no mercado da concorrência.

Com relação às marcas apresentadas em tópico anterior, algumas


apresentam comportamento semelhante ao pretendido pela empresa Malta,
que são: Ritter, Shelby, Mu-Mu, Vega e Fritz&Frida.

Primeiramente, com base nas informações anteriores analisaremos qual


a importância destas marcas no mercado de Pelotas, observemos:

Relação do mercado de Pelotas e das


empresas de doces e geléias de
frutas
Fritz&Frida Ritter Shelby
7% 4%
6%
Beskow
3%
Vega Frelli Mu-Mu
1% 17% 3%
Schimier
4% Aurea
Santa Rita 31%
1% Piá
24%
22

Gráfico 5.5: Relação do mercado de Pelotas das empresas de doces e geleias de frutas.

Interpretando o gráfico acima observamos que as marcas que trabalham


com o diferencial de qualidade correspondem a 21% do mercado de Pelotas,
sendo a marca Fritz&Frida líder no mercado, seguida por Shelby, Ritter, Mu-Mu
e Vega.

Sendo assim nosso mercado potencial efetivo na cidade de Pelotas


corresponde aproximadamente à 27mil 588Kg com 708g de doces e geleias.

4.2.1. Quanto ao produto


PRODUTO
EMPRESA QUALIDADE VALORES
MARCA EMBALAGEM COR BRILHO ODOR ESPALHABILIDADE SABOR ÁCIDO DOÇURA TEXTURA APARÊNCIA GERAL INDICE DA GELÉIA PREÇO DA GELÉIA MASSA PREÇO P/ KG
Mu-Mu Plástico 15 21 17 21 11 17 15 15 132 R$ 2,77 400 R$ 6,93
Fritz&Frida Vidro 11 13 17 17 21 21 21 17 138 R$ 3,45 400 R$ 8,63
Vega Vidro 13 21 9 9 15 19 11 13 110 R$ 3,54 420 R$ 8,43
Rtter Vidro 15 19 11 11 19 19 13 15 122 R$ 2,12 230 R$ 9,22
Shelby Vidro 13 21 11 19 15 9 11 13 112 R$ 2,99 270 R$ 11,07

Quadro 5.9: Análise da concorrência.

Para que possamos dar continuidade efetiva ao presente plano de


negócio temos de primeiramente explicar o quadro acima.

O quadro tem por finalidade analisar o produto do concorrente, sendo


está dividido em concorrente, qualidade e valores. Na divisão concorrente
observamos o tipo de embalagem utilizada.

Na divisão qualidade analisamos a geleia de morango dos concorrentes


seguindo os itens elencados acima, até chegarmos a um índice da geleia.
Neste item foram atribuídos três valore ímpares, respectivamente 3, 5, 7, que
atribuímos às características ruim, bom e ótimo. Analisamos cada um dos itens
acima da seguinte forma:

- Cor: Aproximação da cor da geleia com a fruta em natura.

- Brilho: Intensidade do brilho da geleia.

- Odor: Odor parecido com o da fruta em natura.

- Espalhabilidade: Referente a facilidade de espalhar a geleia no Pão.

- Sabor ácido: Referente à sensação de acidez.

- Doçura: Referente à sensação de doçura.

- Textura: Referente à cremosidade da geleia.


23

- Aparência geral: Referente a geleia como um todo.

Para tanto utilizamos três pessoas que provavam e atribuíam os valores


referidos a cada item, obtendo desta forma o índice de qualidade da geleia do
concorrente. Quanto maior a soma dos índices melhor a qualidade da geleia,
logo percebemos que a geleia de maior qualidade é a Fritz&Frida que
apresentou um índice igual à 138.

Observemos a comparação de qualidade entre as geleias.

Comparação de qualidade entre


as geléias (índice de qualidade)
112 132
Mu-Mu
Fritz&Frida
Vega
Rtter
Shelby
122
138

110

Gráfico 5.6: Índice de qualidade das geleias.

4.2.2. Quanto ao Preço

A mesma tabela apresenta uma divisão destinada ao preço de venda


que fora obtido na aquisição das geleias no Macro Atacado Krolow, com as
informações constantes referente ao preço das geleias, obtivemos as seguintes
informações:
24

Preço por Kg (PDV) - Macro


Atacado Krolow

R$ 11.07
R$ 8.63 R$ 9.22
R$ 6.92 R$ 8.43

Mu-Mu
Fritz&Frida
Vega
Rtter
Shelby

Gráfico 5.6: Preço por Kg, (PDV).


Fonte: Macroatacado Krolow.

Observamos que a empresa Shelby é a que apresenta o maior preço de


venda por Kg, logo deve ser o seu custo de produção o maior dentre as
apresentadas e analisadas.

4.2.3. Quanto à estratégia dos concorrentes

Ao analisaremos, os produtos dos concorrentes, não verificamos um


diferencial chamativo para atrair o consumidor. Não identificamos uma
estratégia de marketing para as geleias.

O que percebemos entre os concorrentes foi que as geleias produzidas


não são o produto principal destas empresas, que possuem um mix de
produtos diferentes. Logo não acompanhamos nenhum tipo de propaganda de
suas geleias, competindo entre si, ou por qualidade ou por preço.

Nossos concorrentes efetivos competem pela apresentação do produto


final na prateleira do varejo, sem um marketing, diferencial ou outro artifício.

Como nossa estratégia para adentrar no mercado não é preço e sim


qualidade, entendemos que a propaganda com nossa marca, aliada a
diferenciais na embalagem, efetivará nossa nova marca na cidade de Pelotas.

Outro ponto relevante para nossa análise foi que a única empresa que
utiliza, de forma discreta o nome e a cultura doceira da cidade de Pelotas em
seu produto, é a empresa fabricante da geleia Shelby.
25

5. OFERTA DA EMPRESA
5.1. Descrição

A empresa através da linha de geleias Malta, quer proporcionar ao


consumidor Pelotense qualidade e sofisticação em geleias de frutas,
explorando a herança Portuguesa e a cultura doceira da cidade de Pelotas.

Através de um produto atraente e de qualidade superior aos


apresentados no mercado, a linha de geleias Malta busca consolidar no
mercado Pelotense sua marca, fazendo efetivar uma cultura de referência em
geleias de frutas.

Para que isso possa tornar-se realidade, a empresa Malta irá oferecer
seu produto derivado de frutas típicas da região de Pelotas.

Com o foco no cliente final a empresa estabeleceu um produto que será


vendido em embalagens de 400g de geleias, com forte apelo visual e
diferencial na embalagem. Os diferenciais na embalagem estão basicamente
em insumos agregados a sua estrutura, tais como: fitas, tecidos, rótulos e
miniaturas.

A empresa também irá explorar no seu produto, através da linha de


geleias Malta, a descendência portuguesa da cultura doceira de pelotas.

5.2 Vantagem Competitiva

Nosso produto principal é a geleia. Analisando de forma objetiva a venda


da geleia, percebemos que todas as empresas que vendem este produto,
então vendendo geleias de frutas. O que pode diferenciar o produto são itens
tangíveis que são apresentados na sua embalagem, e itens intangíveis que são
apresentados na forma imaterial, podendo ser história ou marca.

Nossa linha de geleias Malta, irá apelar em sua marca para a


descendência portuguesa da cultura doceira, daí o nome malta referindo-se a
cruz de malta. Somado a isso abordaremos a história do doce em pelotas,
fazendo com que as pessoas liguem nossa marca à força histórica da cidade
de Pelotas.
26

Além desse diferencial intangível, apresentaremos alguns diferenciais


tangíveis, tais como: tecido enfeitando a tampa, miniatura da fruta da geleia,
fita enfeitando o rótulo e forte apelo visual do produto básico.

Web Site que irá funcionar como moeda de Troca.

5.3 Estratégia Mercadológica

A empresa Malta abordará de forma objetiva e clara os “4Ps” do


marketing da seguinte forma:

- Produto

A linha de Geleias Malta, será apresentada em uma embalagem de vidro


transparente de 400g com tampa de metal, um rótulo lembrando brasões de
nobreza com as cores de Portugal e a imagem sutil da cruz de malta,
cumprirão a finalidade da descendência portuguesa na produção de doces.
Esse rótulo projetará uma tira de mesma cor que findará sobre a tampa de
metal, cumprindo a finalidade do rótulo.

Logo abaixo do rótulo será dado destaque a expressão “Doce de


Pelotas” com o intuito de ligar a marca Malta, à cultura doceira da cidade,
observemos:

Figura 5.1: Rótulo

Entre o vidro e o rótulo uma fita delicada envolverá um tecido


envelhecido na tampa do vidro, sendo afixado em uma das extremidades da
fita uma miniatura da fruta da geleia e em outra extremidade um cartão com a
história do doce Pelotense.
27

- Distribuição

O produto será distribuído em varejos na cidade de Pelotas e contará


com pontos de destaque e degustação em seu primeiro mês de divulgação. Em
um primeiro momento a geleia será disposta gratuitamente em alguns
estabelecimentos chaves da cidade de Pelotas, com o intuito de demonstrar a
aprovação da geleia Malta pelo público Pelotense. Isso ajudará a compor a
moeda de troca para aceitação das entidades varejistas, com o intuito de
comercializar nosso produto.

- Promoção

Como estratégia de promoção a empresa Malta contará com 4 outdoors


localizados, estrategicamente na cidade de Pelotas, apresentando à sociedade
Pelotense seu novo produto, sempre perseguindo a estratégia da herança
doceira deixada pela colonização portuguesa.

Sabendo que a aceitação de um novo entrante no mercado, pelas


grandes empresas varejistas, torna-se prejudicado pela disparidade do poder
de negociação entre estas entidades, a empresa Malta desenvolverá um Web
Site denominado Zonasulcalssificados para servir como moeda de troca
durante as negociações.

O Web Site não tem por finalidade, em primeira instância, auferir lucros,
nem terá qualquer ligação com o CNPJ da empresa Malta.
Zonasulclassificados funcionará da seguinte forma: uma página inicial será
dividida em dois campos o primeiro em classificados e o segundo em ofertas
do comércio.

O primeiro irá funciona conforme o jornal, qualquer pessoa que possui


CPF pode se cadastrar no Site e anunciar seus produtos, tais como carro,
moto, casa, diversos, etc. A negociação é diretamente entre as partes o Site
não se envolve. Não existe taxa para postar os anúncios com fotos. O volume
de acesso certamente será elevado, devido a não cobrança de taxas.

No item ofertas do comércio teremos a marca das varejistas de Pelotas


e região onde estarão elencadas as ofertas destas instituições. Para elas
colocarem suas ofertas no Site terão de desembolsar uma quantia, desta forma
28

este site contribuirá como moeda de troca para a inserção de nossa linha de
geleias na cidade de Pelotas.

Para ilustrar apresentamos o layout do web site zona sul classificados.

Figura 5.2: Página www.zonasulclassificados.com.br.

- Preço
29

O preço será acima da média do mercado, não extrapolando o valor


apresentado pelos concorrentes.

Isso devido a consciência empírica das pessoas que nos remete a


seguinte interpretação: “qualidade e preço não andam e nunca andarão juntas”.

5.5. PLANO OPERACIONAL

5.5.1. Processos Operacionais


ENTRADA ATIVIDADES DA EMPRESA SAÍDA

ESTOQUE DE
ESTOQUE DE
FORNECEDORES INSUMOS COMPRAS PRODUÇÃO PRODUTOS VENDAS CLIENTES
INSUMOS
ACABADOS

1 2 3 4
(condições de pagamento) e melhor

Acondicionar os produtos acabados

Oferecer um produto de qualidade


para ser encaminhadosà produção

com responsabilidade e dedicação


mantendo os mesmos prontos
Comprar pelo melhor preço

Conato com compradores,


Acondicionar os insumos,

nacionais e extrangeiros
Rotulagem, Lacre, Tecido e
Fornecer os insumos

Compor o produto

Fabricação da Geléia

Envase e Tampagem

Encaixotamento
Preparação da
Matéria Prima
Qualidade

MÃO DE OBRA

Quadro 5.10: Fluxo de processos de entrada e saída da empresa.

Para que possamos compreender os processos operacionais temos de


primeiramente apresentar a estrutura da empresa e suas funções.

Observamos que a empresa Malta interage da seguinte forma com o


mercado, entrada, atividades da empresa e saída.

Para apresentação de nossa operacionalização utilizaremos


basicamente o entendimento das atividades da empresa que se subdividem
em: compras, estoque de insumos, produção, estoque de produtos acabados e
vendas.

Destas informações, conseguiremos estruturar a empresa para verificar


a necessidade de equipamentos, observemos;
30

ATIVIDADES DA EMPRESA
ESTOQUE ESTOQUE DE
COMPRAS Qtd DE Qtd PRODUÇÃO Qtd VENDAS Qtd
PRD ACAB
INSUMOS
Computador 1 Palet 5 1 Qd 2 Qd 3 Qd 4 Qd Palet 5 Computador 1
Telefone 1 Zorra 1 Bancada 1 Taxo 2 Funil 4 Zorra 1 Zorra 1 Telefone 1
Mesas 1 Tanque de Lav 1 Mangueira 2 Concha 10 Bancada 1 Mesas 1
Cadeiras 1 Facas 10 Fogão 2 Panela 10 Cadeiras 1
Impressora 1 Vasilhas 10 Espumadeira 4 Impressora 1
Arquivo 1 Zorra 1 Bujão 2 Arquivo 1

MÃO DE OBRA

Quadro 5.11: Atividades da empresa.

No setor de estoque será executada uma atividade temporária, uma vez


que a fruta em natura, já irá para a linha de produção, pois o produto depois de
elaborado possui uma vida útil da ordem de 2 anos. Isso nos remete um
estoque de produtos acabados, que necessita apenas de uma peça fresca para
o acondicionamento dos mesmos. Apresentaremos, com o intuito de deixar
clara a operacionalização da empresa Malta, a planta de produção da mesma,
observemos:

Figura 5.4: Layout da Empresa.


31

5.5.2. Estrutura Orgânica

Apresentaremos a estrutura orgânica da empresa Malta Alimentos:

Presidente/
administrador
Financeiro

Gerente de
Gerente de
Compras e
Produção
Vendas

Colaborador 1 Colaborador 1

Figura 5.5: Organograma da empresa.

Podemos agora mensurar alguns dos custos da empresa além daqueles


apresentados pela produção.

Além das atividades da empresa nós temos a administração da


empresa, composta pela Presidência, gerência de produção, Gerência de
compra e vendas, Gerente de recursos humanos e Gerente financeiro.

Com seus respectivos auxiliares somamos um total de 05 pessoas para


conduzir a atividade industrial de produção de geleias, aja vista a baixa
quantidade produtiva da empresa em seu primeiro ano de vida.

Posteriormente será apresentado um aumento de efetivo, previsto no


fluxo de caixa, relativo à projeção de aumento da demanda.

5.5.3 Ativo Permanente

Com a estruturação dos processos e das pessoas necessárias para


trabalhar podemos projetar com eficiência a quantidade de material necessário
que comporá o ativo permanente da empresa.
32

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DO ATIVO PERMANENTE


Equipamentos Quantidade
Bancada 6
Taxo 2
Panela 10
Concha 10
Espumadeira 10
Linha de
Mangueira 2
Produção
Fogão 2
Funil 4
Zorra 3
Vazilhas 10
Facas 20
Computador 3
Telefone 3
Mesa 3
Compras / Vendas
Cadeira 3
Impressora 1
Arquivo 2
Computador 1
Telefone 1
Mesa 1
Presidente
Cadeira 1
Impressora 1
Arquivo 1
Computador 1
Telefone 1
Mesa 1
Produção
Cadeira 1
Impressora 1
Arquivo 1

Quadro 5.12: Equipamentos e materiais do ativo permanente.


CONSOLIDADO DO ATIVO PERMANENTE
Equipamentos Quantidade Valor Unitário Valor Total
Bancada 6 R$ 200,00 R$ 1.200,00
Taxo 2 R$ 3.500,00 R$ 7.000,00
Panela 10 R$ 98,00 R$ 980,00
Concha 10 R$ 17,00 R$ 170,00
Espumadeira 10 R$ 21,00 R$ 210,00
Mangueira 2 R$ 12,50 R$ 25,00
Fogão 2 R$ 1.050,00 R$ 2.100,00
Funil 4 R$ 19,50 R$ 78,00
Zorra 3 R$ 135,60 R$ 406,80
Vazilhas 10 R$ 43,00 R$ 430,00
Facas 20 R$ 16,00 R$ 320,00
Computador 5 R$ 800,00 R$ 4.000,00
Telefone 5 R$ 21,00 R$ 105,00
Mesa 5 R$ 80,00 R$ 400,00
Cadeira 5 R$ 56,00 R$ 280,00
Impressora 3 R$ 130,00 R$ 390,00
Arquivo 3 R$ 350,00 R$ 1.050,00
Terreno 1 R$ 8.000,00 R$ 8.000,00
Construção 1 R$ 36.987,00 R$ 36.987,00
TOTAL R$ 64.131,80

Quadro 5.13: Consolidado do ativo permanente.


Fonte: Autor (pesquisa na internet-2008).
33

Além do custo do Ativo Permanente existem outras despesas que são


apresentadas por nossa empresa e proveem de serviços terceirizados, tais
como segurança, limpeza, assessoria jurídica e contabilidade.

Após consolidado o ativo permanente, que resulta da constatação das


estruturações anteriores, podemos projetar a estruturação financeira do
empreendimento, com o intuito de demonstrar a viabilidade de implementação
da indústria Malta.

6. CAPITALIZAÇÃO E SUSTENTAÇÃO FINANCEIRA


6.1 Descrição Geral

Para que possamos apresentar com êxito uma projeção financeira da


empresa Malta, primeiramente temos de comprovar a oferta de Matéria Prima e
logo em seguida a demanda do mercado pretendido.

Em tópico anterior já foi demonstrada a demanda do mercado de doces


e geleias, e também fora definido o mercado alvo e os concorrentes da linha de
geleias Malta. Com base nas informações anteriores projetamos um mercado
potencial direto de 27 mil 588Kg e 708g ao ano.

O que abordaremos agora é o abastecimento da empresa com a matéria


prima principal que é a frutas. Primeiramente falaremos do município de
Pelotas, em seguida elencaremos um resumo de alguns municípios da região
com o intuito de comprovar a abundância de matéria prima ofertada. Dados
referentes à 2006.
MUNICÍPIO LAVOURA PERMANENTE LAVOURA TEMPORÁRIA ESTATÍSTICA
NOME POPULAÇÃO ÁREA (Km2) FRUTA QUANTIDADE EM (Kg) FRUTA QUANTIDADE EM (Kg) TIPO DA FRUTA QTDE EM (Kg) POR HAB QTDE EM (Kg) POR Km2
Pelotas 339.934 1.609 Abacate 5.000 Melancia 2.025.000 Abacate 0,0147 3,1075
Caqui 100.000 Melão 102.000 Caqui 0,2942 62,1504
Figo 42.000 Tomate 6.000.000 Figo 0,1236 26,1032
Laranja 2.279.000 Laranja 6,7042 1416,4077
Maçã 21.000 Maçã 0,0618 13,0516
Marmelo 41.000 Marmelo 0,1206 25,4817
Pêra 66.000 Pêra 0,1942 41,0193
Pêssego 8.100.000 Pêssego 23,8282 5034,1827
Tangerina 462.000 Tangerina 1,3591 287,1349
Uva 163.000 Uva 0,4795 101,3052
Melancia 5,9570 1258,5457
Melão 0,3001 63,3934
Tomate 17,6505 3729,0242
TOTAL 339.934 1.609 Fruta 11.279.000 Fruta 8.127.000 Fruta 33,17997023 5050,963331

Quadro 5.14: Produção da cidade de Pelotas.


Fonte: Adaptado do site IBGE, 2008.
34

Apresentaremos agora um consolidado de algumas cidade da Região


que produzem frutas, sendo os dados referentes à 2006.
RESUMO DA OFERTA DE MATÉRIA PRIMA PARA O ABASTECIMENTO DA INDÚSTRIA DE GELÉIAS
Quantidade total produzida em Toneladas Quantidade total produzida em Toneladas
Cidade Fruta mais produzida Ordem
Lavoura Permanente Lavoura Temporária
Pelotas Pêssego 11.279 8.127 1
Canguçu Pêssego 9407 4428 2
São Lourenço Laranja 1.006 850 3
Piratini Pêssego 7.472 956 3
Capão do Leão Pêssego 920 1.106 4
Arroio Grande Pêssego 545 17388 5
TOTAL 30.629 32.855

TOTAL PRODUZIDO DE MATÉRIA PARA ABASTECER A INDÚSTRIA 63.484 Toneladas

Quadro 5.15: Oferta de Matéria Prima


Fonte: Adaptado do site IBGE, 2008.

Ficou comprovada de vez a capacidade efetiva de produção e demanda


do mercado Pelotense de doces e geleias de frutas, desta forma partiremos
para a demonstração da viabilidade econômico financeira da empresa.

6.2. Ativo Permanente

O Ativo Permanente já foi calculado e apresentado de forma consolidada


em item anterior, sendo assim utilizaremos apenas o valor para verificar as
amortizações. O valor de R$ 64.131,80 é o necessário para efetivar a estrutura
da empresa para início de suas atividades.

Para cálculo da amortização, na página do Banco do Brasil foi


apresentada a seguinte simulação, derivadas das seguintes condições: 48
meses, com 12 meses de carência.

Resultado da simulação
Valor do Financiamento Pretendido: R$ 64.131,80. TJLP: 6,25%.
Juros: 5,33% a.a. nominais, equivalentes a 5,46% efetivos ao ano.
 
Encargos Pgto de Pgto de
Parc Data do Amortização Prestação Saldo
Básicos Encargos Encargos
ela Pagamento de Principal Total Devedor
Projetados Básicos Adicionais

TOTAIS 64.131,80 10.945,86 10.945,86 9.648,06 84.725,83

1ª 03.12.2008 0,00 324,82 0,00 286,29 286,29 64.456,62

2ª 03.01.2009 0,00 337,37 0,00 297,39 297,39 64.793,99

3ª 03.02.2009 0,00 339,14 0,00 298,94 298,94 65.133,13

4ª 03.03.2009 0,00 307,84 0,00 271,29 271,29 65.440,98

5ª 03.04.2009 0,00 342,52 0,00 301,93 301,93 65.783,50


35

6ª 03.05.2009 0,00 333,18 0,00 293,67 293,67 66.116,68

7ª 03.06.2009 0,00 346,06 0,00 305,05 305,05 66.462,74

8ª 03.07.2009 0,00 336,62 0,00 296,70 296,70 66.799,36

9ª 03.08.2009 0,00 349,63 0,00 308,20 308,20 67.148,99

10ª 03.09.2009 0,00 351,46 0,00 309,81 309,81 67.500,45

11ª 03.10.2009 0,00 341,88 0,00 301,33 301,33 67.842,33

12ª 03.11.2009 0,00 355,09 0,00 313,01 313,01 68.197,43

13ª 03.12.2009 1.781,44 345,41 122,53 304,44 2.208,41 66.638,87

14ª 03.01.2010 1.781,44 348,79 132,49 307,45 2.221,39 65.073,73

15ª 03.02.2010 1.781,44 340,60 142,51 300,23 2.224,18 63.490,38

16ª 03.03.2010 1.781,44 300,08 151,61 264,45 2.197,49 61.857,41

17ª 03.04.2010 1.781,44 323,77 161,72 285,39 2.228,56 60.238,02

18ª 03.05.2010 1.781,44 305,10 171,57 268,91 2.221,92 58.590,11

19ª 03.06.2010 1.781,44 306,67 181,79 270,32 2.233,55 56.933,55

20ª 03.07.2010 1.781,44 288,36 191,73 254,16 2.227,33 55.248,74

21ª 03.08.2010 1.781,44 289,18 202,06 254,90 2.238,40 53.554,42

22ª 03.09.2010 1.781,44 280,31 212,44 247,09 2.240,97 51.840,85

23ª 03.10.2010 1.781,44 262,57 222,54 231,43 2.235,40 50.099,44

24ª 03.11.2010 1.781,44 262,23 233,03 231,15 2.245,61 48.347,20

25ª 03.12.2010 1.781,44 244,87 243,23 215,83 2.240,50 46.567,40

26ª 03.01.2011 1.781,44 243,74 253,83 214,85 2.250,12 44.775,87

27ª 03.02.2011 1.781,44 234,36 264,48 206,58 2.252,50 42.964,31

28ª 03.03.2011 1.781,44 203,07 274,15 178,95 2.234,54 41.111,79

29ª 03.04.2011 1.781,44 215,18 284,91 189,68 2.256,03 39.260,62

30ª 03.05.2011 1.781,44 198,85 295,38 175,27 2.252,08 37.382,66

31ª 03.06.2011 1.781,44 195,66 306,25 172,47 2.260,16 35.490,63


36

32ª 03.07.2011 1.781,44 179,75 316,82 158,44 2.256,69 33.572,13

33ª 03.08.2011 1.781,44 175,72 327,80 154,89 2.264,13 31.638,61

34ª 03.09.2011 1.781,44 165,60 338,84 145,97 2.266,25 29.683,93

35ª 03.10.2011 1.781,44 150,34 349,58 132,51 2.263,53 27.703,25

36ª 03.11.2011 1.781,44 145,00 360,74 127,82 2.269,99 25.706,08

37ª 03.12.2011 1.781,44 130,20 371,58 114,76 2.267,78 23.683,25

38ª 03.01.2012 1.781,44 123,96 382,85 109,27 2.273,56 21.642,92

39ª 03.02.2012 1.781,44 113,28 394,18 99,85 2.275,48 19.580,58

40ª 03.03.2012 1.781,44 95,86 404,83 84,48 2.270,76 17.490,17

41ª 03.04.2012 1.781,44 91,55 416,28 80,70 2.278,41 15.384,00

42ª 03.05.2012 1.781,44 77,92 427,41 68,68 2.277,52 13.253,07

43ª 03.06.2012 1.781,44 69,37 438,97 61,15 2.281,55 11.102,03

44ª 03.07.2012 1.781,44 56,23 450,21 49,56 2.281,21 8.926,60

45ª 03.08.2012 1.781,44 46,72 461,90 41,19 2.284,52 6.729,99

46ª 03.09.2012 1.781,44 35,23 473,64 31,05 2.286,13 4.510,14

47ª 03.10.2012 1.781,44 22,84 485,06 20,13 2.286,63 2.266,49

48ª 03.11.2012 1.781,44 11,86 496,92 10,46 2.288,82 0,01

Quadro 5.16: Simulador de empréstimos do Banco do Brasil.


Fonte: Site do Banco do Brasil.

6.3 Custo do Produto

Para que possamos projetar o fluxo de caixa de forma acertada,


precisamos ter calculado o custo do produto, após a sua elaboração. Tendo em
vista a projeção de um mercado direto em potencial da ordem de 27mil 588Kg
e 708g, projetaremos uma demanda mensal de 1.000Kg de geleia em
embalagens de 400g.

Sendo assim observemos:


PEDIDO DE GELÉIA
Empresa Qtd Caixa c/ 12 Qtd Unidades de 400 Massa (Kg)
Treichel 208 2.500 1000
37

CUSTO DA PRODUÇÃO
Qtdade adquirida Valor Total Custo unitário da MP p/ Kg Custo Unitário formador
Fruta (Kg) 300 R$ 900,00 R$ 3,00 R$ 0,36
Açúcar (Kg) 650 R$ 643,50 R$ 0,99 R$ 0,26
Ácido Cítrico (Kg) 30 R$ 300,00 R$ 10,00 R$ 0,12
Glicose (Kg) 80 R$ 80,00 R$ 1,00 R$ 0,03
TOTAL 1.060 R$ 1.923,50 R$ 14,99 R$ 0,77
Vidro (Uni) 2.500 R$ 1.000,00 R$ 0,40 R$ 0,40
Material Direto

Tampa (Uni) 2.500 R$ 500,00 R$ 0,20 R$ 0,20


TOTAL 5.000 R$ 1.500,00 R$ 0,60 R$ 0,60
Fita mimosa (m) 100 R$ 50,00 R$ 0,50 R$ 0,02
Tecido (m2) 200 R$ 240,00 R$ 1,20 R$ 0,10
Lacre (Uni) 2.500 R$ 125,00 R$ 0,05 R$ 0,05
Rótulo (Uni) 2.500 R$ 125,00 R$ 0,05 R$ 0,05
Caixa de Papelão (Uni) 208 R$ 312,50 R$ 1,50 R$ 0,13
Fita Crep (Uni) 4 R$ 18,00 R$ 4,50 R$ 0,01
TOTAL X R$ 870,50 R$ 7,80 R$ 0,35
CUSTO TOTAL DO MATERIAL DIRETO R$ 4.294,00 R$ 23,39 R$ 1,72

Qtdade adquirida Valor Total Custo unitário ou por Kg Custo Unitário formador
Gás (Uni) 10 R$ 330,00 R$ 33,00 R$ 0,13
Água (Litros) 100 R$ 10,00 R$ 0,10 R$ 0,00
Material de Apoio

Energia Elétrica (KW) 5 R$ 0,50 R$ 0,10 R$ 0,00


Detergente (Kg) 1 R$ 3,00 R$ 3,00 R$ 0,00
Luvas (Uni) 2 R$ 2,00 R$ 1,00 R$ 0,00
Mascara (Uni) 2 R$ 2,00 R$ 1,00 R$ 0,00
Toca (Uni) 2 R$ 2,00 R$ 1,00 R$ 0,00
TOTAL X R$ 349,50 R$ 39,20 R$ 0,14
CUSTO TOTAL DO MATERIAL DE APOIO R$ 349,50 R$ 39,20 R$ 0,14

Nr Colaboradores Valor Total Custo MOD S/Tributação Custo Unitário formador


Obra
Mão

Operações 2 R$ 900,00 R$ 450,00 R$ 0,36


de

CUSTO TOTAL DA MOD S/ TRIBUTAÇÃO R$ 900,00 R$ 450,00 R$ 0,36

CUSTO TOTAL DA PRODUÇÃO POR UNIDADE VENDIDA R$ 2,22

Custo de Produção
Qtd Unidades de 400 Custo Unitário Total
2.500 R$ 2,22 R$ 5.550,00

Quadro 5.17: Custo de produção por unidade.

6.4. Projeção de Vendas

A projeção da venda estimada para a empresa Malta, foi organizada da


seguinte maneira. Primeiramente subdividimos as projeções nos primeiros 3
meses mais o consolidado, depois nos próximos 3 trimestres mais o
consolidado, logo nos próximos 2 anos. Referente ao aumento das vendas
projetamos uma demanda de 15.990,8Kg de geleia de frutas ao final do
primeiro ano (2009), que responde por 39.977 unidades vendidas.

Foi organizado, conforme explicitado anteriormente os dados na tabela a


seguir.
38

PROJEÇÃO DE VENDAS
Mensal Trimestral Anual
Jan Fev (6%) Mar (6%) Consolidado Trimestre 2 (14%) Trimestre 3 (16%) Trimestre 4 (18%) Consolidado 2010 (40%) 2011 (44%)
Vendas a vista 2.000 2120 2247,2 6.367 7.259 8.420 9.936 31.981 44.774 64.474
Vendas a prazo 500 530 562 1.592 1.815 2.105 2.484 7.995 11.193 16.119
Total de Vendas 2.500 2.650 2.809 7.959 9.073 10.525 12.419 39.977 55.967 80.593

Quadro 5.18: Projeção de vendas.

Os aumentos percentuais, são extremamente palpáveis, aja vista que


nosso embasamento está unicamente na cidade de Pelotas, logo como
abordado anteriormente o estado do Rio Grande do Sul possui 496 municípios,
o que nos permite tranquilamente elevar essa projeção de demanda no futuro.

Com base nestas informações e com o auxílio das planilhas anteriores


podemos projetar o custo de produção e derivado deste, sabendo que a
estratégia da empresa Malta é a qualidade agregamos 20% de lucro sobre o
produto.

6.5 Fluxo de Caixa

Partindo da estrutura anterior podemos projetar o consolidado do


produto, que demonstra o Preço de venda com seu respectivo lucro, somando
a sua estrutura todos os gastos envolvidos.

Consolidado do Produto

Período e Lucro % sobre o PV Qtd Unidades de 400 Custo Total Custo Unitário Preço de Venda Receita Av Receita Prazo Total
Jan (20%) 2.500 R$ 11.923,79 R$ 4,77 R$ 5,72 R$ 11.446,84 R$ - R$ 11.180,44
Fev (20%) 2.650 R$ 12.294,44 R$ 4,64 R$ 5,57 R$ 11.802,66 R$ 2.783,65 R$ 14.586,31
Mar (20%) 2.809 R$ 12.705,90 R$ 4,52 R$ 5,43 R$ 12.197,67 R$ 2.876,81 R$ 15.074,48
Consolidado 7.959 R$ 36.924,13 R$ 4,64 R$ 5,57 R$ 35.447,17 R$ 3.127,63 R$ 38.574,79
Trim 2 (20%) 9.073 R$ 36.573,88 R$ 4,03 R$ 4,84 R$ 35.111,93 R$ 7.699,99 R$ 42.811,92
Trim 3 (20%) 10.525 R$ 45.130,34 R$ 4,29 R$ 5,15 R$ 43.325,05 R$ 9.337,30 R$ 52.662,35
Trim 4 (20%) 12.419 R$ 48.178,43 R$ 3,88 R$ 4,66 R$ 46.253,07 R$ 10.831,26 R$ 57.084,34
Consolidado 39.977 R$ 166.806,79 R$ 4,17 R$ 5,05 R$ 157.209,21 R$ 32.035,03 R$ 189.244,24
2010 (13%) 55.967 R$ 246.898,77 R$ 4,41 R$ 4,99 R$ 223.198,12 R$ 39.856,81 R$ 263.054,92
2011 (12%) 80.593 R$ 299.158,95 R$ 3,71 R$ 4,16 R$ 268.046,65 R$ 46.535,88 R$ 314.582,52

Quadro 5.19: Consolidado do Produto

Observamos no quadro acima que conforme o planejamento da empresa


esta manteve durante seu primeiro ano de atuação uma lucratividade
constante, da ordem de 20%, não competindo no mercado por preço, mas sim
por qualidade. Nos últimos 2 anos do consolidado observamos uma redução
percentual do lucro, pois a empresa já está com sua marca mais firme no
mercado, e provavelmente já estabeleceu alguma parceria com fornecedores.

Com esses dados possuímos condições plenas de apresentar o fluxo de


caixa projetado da empresa.
39

FLUXO DE CAIXA DA EMPRESA MALTA


Mensal Trimestral Anual
jan fev mar Consolidado 2 3 4 Consolidado 2010 1011 TOTAL
RECEBIMENTOS
Saldo Inicial R$ 20.000,00 R$ 19.523,05 R$ 21.821,26 R$ 61.344,31 R$ 65.547,26 R$ 71.827,09 R$ 79.411,60 R$ 83.631,21 R$ 105.918,12 R$ 122.289,94 R$ 311.839,27
Receitas à vista R$ 11.446,84 R$ 11.835,30 R$ 12.265,25 R$ 35.547,39 R$ 35.347,16 R$ 43.627,08 R$ 43.627,08 R$ 158.148,70 R$ 226.177,60 R$ 273.760,01 R$ 658.086,31
Receitas a prazo R$ - R$ 2.791,34 R$ 2.892,75 R$ 5.684,09 R$ 7.751,57 R$ 9.402,39 R$ 9.402,39 R$ 32.240,44 R$ 40.388,86 R$ 47.527,78 R$ 120.157,07
Faturamento (vendas) R$ 31.446,84 R$ 34.149,70 R$ 36.979,26 R$ 102.575,79 R$ 108.645,98 R$ 124.856,55 R$ 132.441,06 R$ 274.020,35 R$ 372.484,58 R$ 443.577,72 R$ 1.090.082,65

PAGAMENTOS
Custos/desp. Variáveis
Compras à Vista R$ 5.550,00 R$ 5.856,50 R$ 6.207,89 R$ 17.614,39 R$ 17.057,24 R$ 19.366,00 R$ 22.348,35 R$ 76.385,98 R$ 100.740,60 R$ 145.067,40 R$ 322.193,98
Frete R$ 100,00 R$ 106,00 R$ 112,36 R$ 318,36 R$ 362,93 R$ 369,30 R$ 428,26 R$ 1.478,85 R$ 2.070,38 R$ 2.981,35 R$ 6.530,58
Desp Vendas R$ 350,00 R$ 371,00 R$ 393,26 R$ 1.114,26 R$ 1.270,26 R$ 1.292,54 R$ 1.498,90 R$ 5.175,96 R$ 7.246,34 R$ 10.434,74 R$ 22.857,04
Impostos Variáveis R$ 555,00 R$ 585,65 R$ 620,79 R$ 1.761,44 R$ 1.705,72 R$ 1.936,60 R$ 1.705,72 R$ 7.109,49 R$ 10.074,06 R$ 10.074,06 R$ 27.257,61
Amortização R$ 286,29 R$ 297,39 R$ 298,94 R$ 882,62 R$ 866,89 R$ 909,95 R$ 924,15 R$ 3.583,61 R$ 26.723,21 R$ 27.066,52 R$ 57.373,34
Terceirização R$ 250,00 R$ 250,00 R$ 250,00 R$ 750,00 R$ 750,00 R$ 870,00 R$ 885,00 R$ 3.255,00 R$ 4.557,00 R$ 6.562,08 R$ 14.374,08

Custos Fixos
Salário R$ 2.300,00 R$ 2.300,00 R$ 2.300,00 R$ 6.900,00 R$ 6.900,00 R$ 10.950,00 R$ 10.950,00 R$ 35.700,00 R$ 49.980,00 R$ 49.980,00 R$ 135.660,00
Encargos Sociais R$ 920,00 R$ 920,00 R$ 920,00 R$ 2.760,00 R$ 2.760,00 R$ 4.380,00 R$ 4.380,00 R$ 14.280,00 R$ 19.992,00 R$ 19.992,00 R$ 54.264,00
Aluguél R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ -
Taxa da Água R$ 17,00 R$ 17,00 R$ 17,00 R$ 51,00 R$ 51,00 R$ 51,00 R$ 51,00 R$ 204,00 R$ 285,60 R$ 411,26 R$ 900,86
Taxa da Energia Elétrica R$ 25,50 R$ 25,50 R$ 25,50 R$ 76,50 R$ 76,50 R$ 76,50 R$ 76,50 R$ 306,00 R$ 306,00 R$ 440,64 R$ 1.052,64
Telefone R$ 150,00 R$ 159,00 R$ 168,54 R$ 477,54 R$ 544,40 R$ 553,95 R$ 642,39 R$ 2.218,27 R$ 3.105,58 R$ 4.472,03 R$ 9.795,88
Desp. Contador R$ 80,00 R$ 80,00 R$ 80,00 R$ 240,00 R$ 240,00 R$ 278,40 R$ 283,20 R$ 1.041,60 R$ 1.041,60 R$ 1.041,60 R$ 3.124,80
Desp. Bancária/Juros R$ 40,00 R$ 42,40 R$ 44,94 R$ 127,34 R$ 145,17 R$ 147,72 R$ 171,30 R$ 591,54 R$ 591,54 R$ 591,54 R$ 1.774,62
Pró-labore R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 R$ 12.000,00 R$ 16.800,00 R$ 16.800,00 R$ 45.600,00
Investimentos R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ -
Outras despesas R$ 300,00 R$ 318,00 R$ 337,08 R$ 955,08 R$ 1.088,79 R$ 1.263,00 R$ 1.465,08 R$ 4.771,95 R$ 6.680,73 R$ 9.620,24 R$ 21.072,92
Custo Total R$ 11.923,79 R$ 12.328,44 R$ 12.776,30 R$ 37.028,53 R$ 36.818,90 R$ 45.444,95 R$ 48.809,85 R$ 168.102,24 R$ 250.194,64 R$ 305.535,47 R$ 723.832,34
Saldo de Caixa Projetado R$ 19.523,05 R$ 21.821,26 R$ 24.202,95 R$ 65.547,26 R$ 71.827,09 R$ 79.411,60 R$ 83.631,21 R$ 105.918,12 R$ 122.289,94 R$ 138.042,26 R$ 366.250,31

Quadro 5.20: Fluxo de Caixa da empresa Malta

Ao observarmos o fluxo de caixa percebemos um saldo inicial de R$


20.000,00. Esse saldo refere-se ao capital inicial dos sócios.

O fluxo de caixa apresentado foi elaborado em 3 períodos, que


apresentam respectivamente a projeção dos 3 primeiros meses, seguido pelo
consolidado dos 3 meses anteriores, mais os 3 trimestres seguintes.
Finalizando pelo consolidado do primeiro ano de vida mais os 2 anos
subsequentes.

Os custos de produção estão dispostos da seguinte forma: 2º Trimestre


R$ 1,88, 3º Trimestre R$ 1,84, 4º Trimestre R$ 1,80 e em 2010 e 2011 o valor
adotado foi de R$ 1,85.

No terceiro trimestre computamos a contratação de 2 colaboradores


para a produção e 1 colaborador, para auxiliar o setor de compras e vendas.
Foi projetado também um aumento de 40% nos salários dos colaboradores e
no pró-labore no ano de 2010.

Ao final do terceiro mês o caixa fecha com um saldo positivo de R$


24.202,95, no final do quarto trimestre o caixa fecha com um saldo de R$
83.631,21. No final do primeiro ano o caixa fecha com um saldo positivo de R$
105.918,12, seguido em 2010 com um saldo de caixa igual à R$ 122.289,94 e
fechando o ano de 2011 com um saldo positivo igual à R$ 138.042,26.
40

Ao final de 3 anos de atividade da empresa esta apresentará um saldo


positivo da ordem de R$ 366.250,31, se esta acompanhar os índices de
desempenho projetados.

Índice de desempenho Projetado


Índice de desempenho 2009 2010 2011
Média de aumento de demanda - 40% 44%
Lucro por Produto vendido 20% 13% 12%
Quadro 5.21: Índice de desempenho projetado

6.6. Demonstração do Resultado do Exercício

A demonstração de resultado do exercício complementa as


demonstrações financeiras até aqui apresentadas. Através do DRE o investidor
terá contato efetivo com as projeções de lucro da empresa.

DRE DA EMPRESA MALTA


Mensal Trimestral Anual
jan fev mar Consolidado 2 3 4 Consolidado 2010 1011 TOTAL
Receita Bruta R$ 31.446,84 R$ 34.149,70 R$ 36.979,26 R$ 102.575,79 R$ 108.645,98 R$ 124.856,55 R$ 132.441,06 R$ 274.020,35 R$ 372.484,58 R$ 443.577,72 R$ 1.090.082,65
Dedução da Receita bruta R$ 555,00 R$ 585,65 R$ 620,79 R$ 1.761,44 R$ 1.705,72 R$ 1.936,60 R$ 1.705,72 R$ 7.109,49 R$ 10.074,06 R$ 10.074,06 R$ 27.257,61
Faturamento (vendas) R$ 10.556,44 R$ 34.735,35 R$ 37.600,05 R$ 104.337,23 R$ 110.351,71 R$ 126.793,15 R$ 134.146,79 R$ 281.129,84 R$ 382.558,64 R$ 453.651,78 R$ 1.117.340,26

Receita líquida R$ 30.891,84 R$ 33.564,05 R$ 36.358,47 R$ 100.814,35 R$ 106.940,26 R$ 122.919,95 R$ 130.735,34 R$ 266.910,87 R$ 362.410,52 R$ 433.503,66 R$ 1.062.825,04
Custo da receita R$ 350,00 R$ 371,00 R$ 393,26 R$ 1.114,26 R$ 1.270,26 R$ 1.292,54 R$ 1.498,90 R$ 5.175,96 R$ 7.246,34 R$ 10.434,74 R$ 22.857,04
Lucro Bruto R$ 30.541,84 R$ 33.193,05 R$ 35.965,21 R$ 99.700,09 R$ 105.670,00 R$ 121.627,41 R$ 129.236,44 R$ 261.734,91 R$ 355.164,17 R$ 423.068,93 R$ 1.039.968,00
Outras Receitas operacionais R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ -
Despesas operacionais R$ 11.018,79 R$ 11.371,79 R$ 11.762,25 R$ 34.152,83 R$ 33.842,92 R$ 42.215,81 R$ 45.605,23 R$ 155.816,79 R$ 232.874,23 R$ 285.026,67 R$ 673.717,69
Lucro Operacional R$ 19.523,05 R$ 21.821,26 R$ 24.202,95 R$ 65.547,26 R$ 71.827,09 R$ 79.411,60 R$ 83.631,21 R$ 105.918,12 R$ 122.289,94 R$ 138.042,26 R$ 366.250,31

Despesa extra operacional R$ 550,94 R$ 568,59 R$ 588,11 R$ 1.707,64 R$ 1.692,15 R$ 2.110,79 R$ 2.280,26 R$ 7.790,84 R$ 11.643,71 R$ 14.251,33 R$ 33.685,88
Receita extra operacional R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ -
Resultado correção monetária R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ -
Resultado antes do IR R$ 18.972,11 R$ 21.252,67 R$ 23.614,84 R$ 63.839,62 R$ 70.134,94 R$ 77.300,81 R$ 81.350,95 R$ 98.127,28 R$ 110.646,23 R$ 123.790,92 R$ 332.564,42
Provisão para o IR R$ - R$ 4.888,11 R$ 5.431,41 R$ 14.683,11 R$ 16.131,04 R$ 17.779,19 R$ 18.710,72 R$ 22.569,27 R$ 25.448,63 R$ 28.471,91 R$ 76.489,82
Participação diversa R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ - R$ -
Lucro/ prejuízo R$ 18.972,11 R$ 16.364,55 R$ 18.183,43 R$ 49.156,51 R$ 54.003,90 R$ 59.521,62 R$ 62.640,23 R$ 75.558,00 R$ 85.197,59 R$ 95.319,01 R$ 256.074,61

Quadro 5.22: Demonstração do Resultado do Exercício.

Os valores apresentado no item deduções da Receita Bruta são


referentes as despesas com vendas, no custo da receita o valor refere-se aos
impostos fixos da ordem de 10% apresentados no fluxo de caixa.

Os valores redutores apresentados nas despesas operacionais referem-


se a soma dos demais gastos apresentados no fluxo de caixa.

Analisando o DRE verificamos a seguinte evolução do lucro da empresa:


ao final dos 3 primeiros meses consolidamos um lucro de R$ 18.183,43, ao
final do primeiro ano o lucro consolidado foi da ordem de R$ 75.558,00.
41

Nos anos seguintes verificamos os lucros de R$ 85.197,59 em 2010 e


R$ 95.319,01 em 2011.

6.7 Ponto de Equilíbrio

O ponto de equilíbrio irá demonstrar quantas unidades deverão ser


vendidas para a empresa empatar, ou seja, para que seus gastos sejam iguais
a sua receita. Apresentaremos o Ponto de Equilíbrio R$ e o Ponto de Equilíbrio
por unidade, conforme o quadro abaixo.
PONTO DE EQUILÍBRIO
Jan Fev Mar
CF Total R$ 4.832,50 R$ 4.861,90 R$ 4.893,06
CV Total R$ 7.091,29 R$ 7.466,54 R$ 7.883,24
Receita Total R$ 31.446,84 R$ 34.149,70 R$ 36.979,26
Margem de Contribuição R$ 24.355,55 R$ 26.683,16 R$ 29.096,02
Preço de Venda R$ 5,72 R$ 5,58 R$ 5,46
PE Unid 1.090 1.115 1.139
PE R$ R$ 6.239,52 R$ 6.222,37 R$ 6.218,78

Quadro 5.23: Cálculo do Ponto de Equilíbrio

Observando a tabela acima verificamos que, utilizando a fórmula do PE

PE = Custo Fixo Total ÷ Margem de Contribuição × Receita, sendo:

Margem de Contribuição = Receita Total – Custo Variável Total

Chegamos a seguinte conclusão: em janeiro teríamos de vender no


mínimo 1.090 unidades para que nossos gastos fossem iguais as nossas
receitas. Como nossas vendas em janeiro foram de 2.000 unidades a vista,
atingimos o PE, logo ficamos no positivo conforme os demonstrativos
anteriores. No mês de fevereiro o PE é de 1.115 unidades, e no mês de março
o PE foi de 1.139 unidades.

6.8 Payback Simples


CÁLCULO DE AMORTIZAÇÃO DO INVESTIMENTO EM ANOS
Anual
2009 2010 1011 TOTAL
Empréstimo R$ (84.725,83) R$ (84.725,83) R$ 21.192,29 R$ 143.482,22 R$ 79.948,68
Saldo de Caixa Projetado R$ (84.725,83) R$ 105.918,12 R$ 122.289,94 R$ 138.042,26 R$ 647.488,89
Saldo do Caixa Acumulado R$ (84.725,83) R$ 21.192,29 R$ 143.482,22 R$ 281.524,48 R$ 281.524,48
42

Quadro 5.24: Payback Simples

Observando o quadro acima percebemos que a partir de 2009 a


empresa já superou o capital utilizado para iniciar sua estrutura, ou seja, já
temos o retorno do investimento.

O valor de R$ 84.725,83 em 2009, é superado, pois o fluxo de caixa


projetado para esse ano é de R$ 105.918,12, o que faz projetar um fluxo de
caixa acumulado de R$ 21.192,29 em 2010. O valor de R$ 84.725,83,
representa 79,99% do valor de R$ 105.918,12. Assim podemos afirmar que o
Payback simples é de 0,8 períodos, ou seja, 0,8 anos. Isso nos permite afirmar
que em 9,6 meses o investimento aplicado na empresa Malta será recuperado
integralmente.

6.9 Valor Presente Líquido


DETERMINAÇÃO DO VPL
Custo de Capital da Empresa 12%
Fluxo de caixa no final do ano
Ano
Empresa Malta
0 R$ (84.725,73)
2009 R$ 105.918,12
2010 R$ 122.289,94
2011 R$ 138.042,26
VPL R$ 205.588,57

Quadro 5.25: Valor Presente Líquido

O Valor Presente Líquido obtido, através da projeção do fluxo de caixa


anual, apresentou um valor positivo, ou seja, maior que zero demonstrando a
viabilidade do negócio. Como o valor foi superior a zero, significa dizer, que o
investidor obterá um retorno superior a seu custo de capital. O custo estipulado
foi de 1% ao mês, aproximadamente o rendimento da poupança. O VPL
significa dizer que após a amortização dos investimentos feitos ao longo do
período analisado, o montante líquido disponível é igual a R$ 205.588,57.

Se fossemos comparar dois investimentos, dentre os quais teríamos de


escolher um, escolheríamos aquele cujo VPL apresenta um número maior.

Para efetuar o cálculo do VPL, foi utilizada a planilha eletrônica do


Microsoft Excel. Na célula, ao lado do VPL na tabela, onde aparece o valor R$
43

205.588,57, foi utilizada a seguinte fórmula: =VPL($B$2;B6:B8)+B5 que levou


ao resultado do valor presente líquido.

6.10 Taxa Interna de Retorno


DETERMINAÇÃO DA TIR
Custo de Capital da Empresa 12%
Fluxo de caixa no final do ano
Ano
Empresa Malta
0 R$ (84.725,73)
2009 R$ 105.918,12
2010 R$ 122.289,94
2011 R$ 138.042,26
TIR 123%

Quadro 5.26: Taxa interna de retorno

O critério utilizado para decisão referente a TIR é de aceitar o projeto se


a taxa for maior do que o custo do capital, e rejeitar o projeto se a TIR for
menor do que o custo do capital.

O que percebemos analisando o quadro acima é que a taxa interna de


retorno é muito maior do que o custo do capital, tornando o projeto aceitável e
viável.

A TIR representa a taxa de retorno anual que a empresa Malta obteria


se concretizasse o projeto e recebesse as entradas de caixa previstas.

Para efetuar o cálculo da TIR, foi utilizada a planilha eletrônica do


Microsoft Excel. Na célula, ao lado da TIR na tabela, onde aparece o valor
123%, foi utilizada a seguinte fórmula: =TIR(B17:B20) que levou ao resultado
Da taxa interna de retorno.

6.11 Análise da viabilidade econômica

Com base no apresentado até o presente momento verificamos a


viabilidade econômica para a implementação de uma indústria de doces e
geleias de frutas na cidade de Pelotas.

Para consolidar a afirmação transcorreremos, com base nas


informações anteriores, um breve apanhado dos tópicos mais importantes.
44

Ficou comprovada a existência de demanda e de mercado consumidor


para nosso produto com qualidade superior ao dos concorrentes. A demanda
estimada no ano foi da ordem de 131.374,80Kg.

Existe oferta de matéria prima para a produção de geleias e doces na


cidade de Pelotas.

Verificamos ao projetar as vendas, com base nos dados fornecidos pelas


empresas Treichel e Pois Pois, que a demanda é muito grande na cidade de
Pelotas, logo consolidamos a margem de lucro e projetamos o fluxo de caixa.
Partimos de uma quantidade vendida em um mês pela empresa Malta da
ordem de 2.500 unidades, somando uma produção de 1.000Kg de geleia. O
fluxo de caixa apresentou saldo positivo em todas as projeções devido ao
capital inicial dos sócios de R$ 20.000,00, que formou o saldo inicial de janeiro.

O DRE refletiu o apresentado no fluxo de caixa, demonstrando o lucro


líquido positivo a partir do primeiro mês.

Ao utilizarmos os três principais indicadores de investimento, payback,


VPL e TIR, verificamos índices extremamente favoráveis. O payback
apresentou um retorno de 0,8 anos, que pode ser considerado extremamente
baixo se comparado com qualquer outro empreendimento. O VPL superou em
muito seu referencial de controle, que é zero. A TIR por sua vez apresentou um
valor 10,25 vezes maior do que o custo do capital referenciado pelo rendimento
da poupança, estimado à ordem de 1% ao mês, totalizando 12% ao ano.

Podemos, ao fim desta análise de viabilidade econômica, dizer que é


viável, economicamente, a implementação de uma indústria de doces e geleias
de frutas na cidade de Pelotas.

Você também pode gostar