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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE LICENCIATURA EM AGRO-PECUÁRIA

DANIEL MANUEL ANTÓNIO

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE COUVE

TRONCHUDA (Brassica oleracea) SOB DIFERENTES

NÍVEIS DE ADUBOS ORGÂNICOS

Quelimane, Outubro de 2023


DANIEL MANUEL ANTÓNIO

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE COUVE TRONCHUDA

(Brassica oleracea) SOB DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBOS

ORGÂNICOS

Monografia Cientifica apresentada a Faculdade de


Ciências Agrárias, como requisito para obtenção
do título de Licenciado em Agropecuária com
Habilitação em Extensão Agrária;

Supervisor: Eng.º Novais de Rodolfo

Novais Morais

Quelimane, Outubro de 2023


DANIEL MANUEL ANTÓNIO

Avaliação da produtividade de couve tronchuda (Brassica oleracea)


sob diferentes níveis de adubos orgânicos

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Agronómicas, como requisito


para obtenção do título de Licenciado em Agro-pecuária com Habilitação em
Extensão Agrária

Júri

Quelimane, Outubro de Dois mil e vinte e três


Declaração de Autoria
Eu, Daniel Manuel António, declaro por minha honra que este trabalho intitulado
"Avaliação da produtividade de couve tronchuda (brassica oleracea ) sob diferentes níveis de
adubos orgânicos", com excepção das informações, dados citados e referidos na bibliografia,
é da minha autoria e nunca foi submetido nesta ou qualquer outra instituição superior para
obtenção de grau de Licenciatura em Agro-pecuária.

Assinatura

(Daniel Manuel António)


Dedicatória
Com muito amor e carinho dedico este trabalho aos meus pais Manuel António
Nossalande (in memoriam) e Teresa Oniva Insaquela, que com muito sacrifício sempre
procuraram dar o melhor para que eu concluísse a minha formação com êxito, ao meu tio
Nunes Oniva, pois não mediu esforço no seu grande contributo para minha formação
académica. Aos meus irmãos: Chababe M. António, Edmundo M. António, Nelda M.
António, Anita M. António, Fazila M. António, Antónia M. António e Onessimo M.
António, que este trabalho sirva de inspiração, motivação e exemplo para que sigam em frente
na carreira estudantil.
Agradecimentos
Em primeiro lugar agradecer a Deus Todo-poderoso por me ter concedido a sabedoria,
a vida e a saúde. Aos meus pais Manuel António Nossalande (in memoriam) e Teresa Oniva
Insaquela pela oportunidade que me concederam para que a minha formação se tornasse
possível;
À Universidade Licungo, Faculdade de Ciências Agrárias de Quelimane, por
fundamentar a existência deste trabalho e especialmente ao meu supervisor Engenheiro
Novais Morais, pelo incalculável apoio, incentivo, confiança e na idealização e realização
desta pesquisa, pelos seus valiosos ensinamentos que tornaram possível o amadurecimento e
crescimento pessoal. Pelas sucessivas paciências por ter mostrado os caminhos e os meios de
construção deste conhecimento cientifico, apresentando orientações objectivas e segura
quanto à realização desse trabalho, pela confiança e pelo exemplo de profissionalismo;
Ao corpo docente do curso de Agro-pecuária, Departamento de Ciências
Agronómicas;
Agradeço imensamente a minha família pela compreensão e estímulo. Aos demais
amigos e colegas de curso que conheci nessa caminhada, vocês estão guardados na minha
memória e coração; Para finalizar, reconheço que este trabalho não é somente uma conquista
minha, mas de todos aqueles que seguiram comigo nessa caminhada, que Deus Todo-
Poderoso vos abençoe.

A TODOS, O MEU MUITO OBRIGADO!


Resumo
ANTÓNIO, Daniel Manuel. (2023). Avaliação da Produtividade da couve Tronchuda
(Brassica oleracea) sob diferentes níveis de adubos orgânicos. Universidade Licungo,
Faculdade de Ciências Agronómicas – FCA, Quelimane, Moçambique.

A horticultura, é uma das formas de agricultura mais expressiva no distrito de


Quelimane, onde se podem notar no cultivo de hortaliças, em particular no cultivo da couve, a
baixa produtividade e rendimento da cultura, fazendo com que, a produtividade obtida no
cultivo desta hortaliça seja relativamente baixa, comparado ao seu potencial produtivo. Isto é
resultado da degradação do solo pelas práticas não conservadoras do solo tornando-o assim
pobre em nutrientes. Como objectivo de avaliar o efeito do uso de adubos Orgânicos de
origem animal (esterco bovino e cama de frango) na cultura de couve,foi realizado um
experimento no bairro Murropué em Quelimane. Foi usado o Delineamento Experimental de
Blocos Completos Casualizados (DBCC), com arranjo factorial 3x2+1 (três níveis de
adubação e dois materiais orgânicos mais 1 aditivo que é sem adubação), com 7 tratamentos e
4 blocos, sendo duas fontes de adubos orgânicos (cama aviaria e esterco bovino com três
níveis de adubação), formados pelos seguintes tratamentos: T1 (controlo), T2 (cama aviaria
com 12 kg/m²), T3 (cama aviaria com 18 kg/m²), T4 (cama aviaria com 24 kg/m²) T5 (esterco
bovino com 12 kg), T6 (esterco bovino com 18 kg/m²) e T7 (esterco bovino com 24 kg/m²).
Portanto, foram avaliados os parâmetros: Altura da planta (cm), número de folhas,
comprimento de folhas (cm) e rendimento (ton/ha). Concluiu-se que as diferentes doses de
adubos orgânicos de origem animal trouxeram diferenças estatísticas na produtividade da
couve comparados com o tratamento control (sem adubação), sendo que o tratamento T4 com
a dose de 24 kg/m² foi a que obteve maior rendimento em relação aos demais tratamentos nos
dois tipos de adubo. Entre os dois adubos orgânicos testados, a couve apresentou melhor
resposta em todos os tratamentos adubados com cama aviaria comparado aos tratamentos
adubados com esterco bovino. Portanto, o melhor adubo orgânico de origem animal e a
melhor dose para a obtenção de maior produtividade e rendimento na produção da cultura de
couve é a cama aviaria na dose de 24 kg/m².
Palavras – chaves: Couve. Adubos orgânicos. Fertilidade. Produção
Abstract
ANTÓNIO, Daniel Manuel. (2023). Evaluation of Tronchuda cabbage productivity
(Brassica oleracea) under different levels of organic fertilizers.Licungo University, Faculty of
Agricultural Sciences – FCA, Quelimane, Mozambique.

Horticulture, is one of the forms of more expressive agriculture in the Quelimane


district, where it can be noted in the cultivaction of vegetables, in particularly in the
cultivation of cabbage, the low productivity and yield of culture, causing the ptoductivity
obtained in the cultivation of this vegetable is relatively low compared to their productive
potential. This is the result of soil degradation non-conservative soil practices, making it so
poor in nutrients. In order to evaluate the effect of the use of organic fertilizers of animal
origin in cabbage culture, an experiment was held in the Murropue neighborhood in
Quelimane. The Randomized Complete Block Experimental Design (DBCC) was used, with a
factorial arrangement, 3x2+1 (three levels of fertilization and two organic materials, but one
additive that is without fertilization), with 7 treatments and 4 blocks, with two sources of
organic fertilizers (poultry litter and cattle manure with three levels of fertilization), formed
by the following treatments: T1 (control), T2 (poultry litter weighing 12 kg/m²), T3 (poultry
litter weighing 18 kg/m²), T4 (poultry litter weighing 24 kg/m²) T5 (bovine manure weighing
12 kg/m²), T6 (bovine manure weighing 18 kg/m²) and T7 (24 kg/m² bovine manure).
Therefore, the following parameters were evaluated: Plant height (cm), number of leaves, leaf
length (cm) and yield (ton/ha). It was concluded that the different doses of organic fertilizers
of animal origin brought statistical differences in cabbage productivity, with the T4 treatment
with a dose of 24 kg/m² being the one that obtained the highest yield compared to the control
(without fertilization) in the two types of fertilizer. Between the two organic fertilizers tested,
cabbage showed a better response in all treatments fertilized with poultry litter compared to
treatments fertilized with cattle manure. Therefore, the best organic fertilizer of animal origin
and the best dose for obtaining greater productivity and yield in cabbage production is poultry
litter at a dose of 24 kg/m².
Keywords: Cabbage. Organic fertilizers. Fertility. Production.
Lista de Figuras
Figura 1: Mapa da Área de estudo ........................................................................................ 25

Figura 2: correlação entre níveis de adubocom altura da planta ............................................ 35

Figura 3: correlação entre níveis de adubo e o número de folha ............................................ 36

Figura 4: correlação entre níveis de adubo cama aviaria e o comprimento de folha ............... 37

Figure 5: correlação entre níveis de adubo e o rendimento.................................................... 38

Figura 6: correlação entre níveis de adubo esterco bovino e altura da planta ......................... 39

Figure 7: Correlação entre níveis de adubo esterco bovino com o número de folha ............... 40

Figura 8: correlação entre níveis de adubo esterco bovino com comprimento da folh ........... 41

Figura 9: regressão entre os níveis de adubo esterco bovino com o rendimento .................... 42

Figura 10: preparação da lavoura ......................................................................................... 61

Figura 11: Sementeira no alfobre ......................................................................................... 61

Figura 13: pesagem do adubo orgânico ................................................................................ 62

Figura 12: cama aviaria e esterco bovino .............................................................................. 62

Figura 14: Incorporação do material orgânico no solo .......................................................... 63

Figura 15: Transplante das mudas para o campo definitivo ................................................... 63

Figura 16: Controlo fitossanitário de pragas e doenças ......................................................... 64

Figura17:desemvolvimento das plantas ................................................................................ 64

Figura 18: colheita e pesagem das folhas .............................................................................. 65


Lista de tabelas
Tabela 1: Quantidade de Adubo orgânico aplicado. .............................................................. 26

Tabela 2:Comparação de médias pelo teste de Tukey da variável altura da planta ................ 31

Tabela 3:Comparação das medias pelo teste de Tukey da variável número de folhas ............ 32

Tabela 4: Comparação de médias pelo teste de Tukey da variável comprimento da folha ..... 33

Tabela 5:Representação dos dados do Rendimento de cada Tratamento ............................... 34

Tabela 6: Correlação entre o rendimento com Altura da planta............................................. 36

Tabela 7: Análise da regressão do nível de adubo cama aviaria com altura da planta ............ 36

Tabela 8: Correlação entre o nível de adubo cama aviaria e o número de folhas ................... 37

Tabela 9: Análise da regressão entre do nível com o número de folhas ................................. 37

Tabela 10: Correlação entre os níveis de adubo cama aviaria com comprimento da folha ..... 38

Tabela 11: Análise da regressão entre o nível de adubo com o comprimento da folha .......... 38

Tabela 12: Correlação entre o nível de adubo e o rendimento ............................................... 39

Tabela 13: Análise da regressão entre o nível de adubo com o rendimento ........................... 39

Tabela 14: correlação entre níveis de adubo esterco bovino e altura da planta ...................... 40

Tabela 15: Análise da regressão entre o nível de adubo esterco bovino com altura da planta 40

Tabela 16: Correlação entre níveis de adubo esterco bovino com o número de folha ............ 41

Tabela 17: Análise de regressão entre níveis de adubo esterco bovino com o número de folh 41

Tabela 18: Correlação entre níveis de adubo esterco bovino com o comprimento da folha.... 42

Tabela 19: Análise de regressão entre níveis de adubo esterco bovino com o comprimento da
folha42

Tabela 20: Análise da correlação entre o nível de adubo esterco bovino com o rendimento .. 43

Tabela 21: Análise da regressão entre o nível de adubo esterco bovino com o rendimento .... 43
Lista de Abreviaturas e símbolos
ANOVA - Análise de variância

AP – Altura da planta

CF – Comprimento da folha

Cm – Centímetro

CV – Coeficiente de variação

ºC - Graus Célsius

DAT – Dias após o transplante

DBCC - Delineamento de Blocos Completos Casualizados

FAO - Food and Agriculture Organizations of the United Nations

H0 – Hipótese nula

H1 – Hipótese alternativa

ha – hectare

K – Potássio

km – Quilometro

m² - Metro ao quadrado

N – Nitrogénio

NF – Numero de folha

NP - número de plantas por hectare


P – Fósforo

PMPP - Peso médio por planta

Rend - Rendimento

ton/ha – Toneladas por hectare

% - Porcentos
Sumário
Declaração de Autoria ............................................................................................................ 4

Dedicatória ............................................................................................................................ 5

Agradecimentos ..................................................................................................................... 6

Resumo .................................................................................................................................. 7

Abstract ................................................................................................................................. 8

Lista de Figuras...................................................................................................................... 9

Lista de tabelas .................................................................................................................... 10

Lista de Abreviaturas e símbolos .......................................................................................... 11

CAPITULO I: ...................................................................................................................... 16

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 16

1.1 Generalidades ............................................................................................................ 16

1.2 Problematização ........................................................................................................ 17

1.3 Justificativa ............................................................................................................... 17

1.4 Objectivos ................................................................................................................. 18

1.4.1 Geral ............................................................................................................... 18

1.4.2 Específicos ............................................................................................................... 18

1.5 Hipóteses.................................................................................................................. 18

CAPITULO II: ..................................................................................................................... 19

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 19

2.1 Couve (Descrição da cultura)...................................................................................... 19

2.1.1 Distribuição da cultura de couve ............................................................................... 19

2.2 Características da cultura .......................................................................................... 20

2.2.1 Exigências Edafoclimaticas ..................................................................................... 20

2.2.2 Informações nutricionais ......................................................................................... 20

2.3 Época de plantio e Espaçamento .............................................................................. 20

2.4 Colheita ................................................................................................................... 21


2.5 Cultivo orgânico ....................................................................................................... 21

2.5.1 Vantagens da adubação orgânica .............................................................................. 22

2.5.2 Desvantagens da adubação orgânica ........................................................................ 22

2.6 Esterco Bovino ......................................................................................................... 23

2.7 Esterco de aves ......................................................................................................... 23

CAPITULO III: ................................................................................................................... 25

3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 25

3.1 Localização da área de estudo .................................................................................... 25

3.2 Delineamento experimental ........................................................................................ 26

3.3 Campo experimental................................................................................................... 26

3.4 Tipo de pesquisa ......................................................................................................... 26

3.5 Condução do experimento ......................................................................................... 27

3.5.1 Preparação do solo.................................................................................................... 27

3.5.2 Sementeira............................................................................................................... 27

3.5.3 Aplicação dos adubos orgânicos .............................................................................. 27

3.5.4 Controlo de infestantes, pragas e doenças. ............................................................... 27

3.5.5 Amostragem ............................................................................................................ 28

3.5.6 Colheita ............................................................................................................... 28

3.6 Variáveis a Avaliar ................................................................................................. 28

3.7 Análise estatística de dados ..................................................................................... 29

CAPITULO IV: ................................................................................................................... 31

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................. 31

4.1 Desenvolvimento vegetativo em função dos níveis de adubação ................................. 31

4.1.1 Altura da planta (cm) ................................................................................................ 31

4.1.2 Número de folhas ..................................................................................................... 32

4.1.3 Comprimento da folha .............................................................................................. 33

4.2 Rendimento .............................................................................................................. 34


4.3 Correlação e regressão entre os níveis de adubo cama aviaria e as variáveis analisadas. 35

4.4 Correlação e regressão entre os níveis de adubo esterco bovino e as variáveis analisada 39

CAPITULO V: .................................................................................................................... 44

CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES .............................................................................. 44

5.1 Conclusão ................................................................................................................... 44

5.2 Recomendações ........................................................................................................... 45

6 Referencias Bibliográficas ........................................................................................... 46

7 APÊNDICES ............................................................................................................... 50

8 ANEXOS ...................................................................................................................... 52
16

CAPITULO I:

1 INTRODUÇÃO

1.1 Generalidades

A couve (Brassica oleracea), que pertence à família Brassicaceae, é dentre as espécies


cultivadas, a que mais se assemelha à couve silvestre, não forma cabeça e suas folhas
apresentam limbo bem desenvolvido, arredondado, com pecíolo longo e nervuras bem
destacadas (Filgueira, 2013).
Segundo o autor acima citado, a couve é uma cultura típica de inverno se
desenvolvendo melhor em temperaturas mais amenas, entre 16 e 22 ºC, apresentando certa
tolerância ao calor, podendo, em algumas regiões ser plantada ao longo de todo ano. Pode
permanecer produtiva por vários meses, mas é altamente exigente em água (Hussar et al.
2004).
A produção comercial é normalmente conduzida segundo as recomendações
convencionais, desde a preparação e correcção do solo, adubações orgânica e química, até o
controle de pragas e doenças (Tavares et al., 1998). A colheita é iniciada aos 60-90 dias do
transplante, perdurando por um período de oito meses. Na visão de Filgueira (2003) refere-se
ao padrão de 25-30 cm de comprimento para comercialização de folhas de couve.

A couve é uma olerácea arbustiva anual ou bienal, produzida por sementes. Apresenta
porte alto, variando de 60 a 90 cm na fase de colheita, apresentando folhas distribuídas
envolta do caule, estas possuem o limbo bem desenvolvido, arredondado com pecíolo longo e
nervuras bem definidas (Novo et al., 2010).

Segundo Lorenz & Maynard (1988), comparativamente a outras hortaliças folhosas, a


couve se destaca por seu maior conteúdo de proteínas, carboidratos, fibras, cálcio, ferro,
vitamina A, niacina e vitamina C. É ainda uma excelente fonte de carotenoides apresentando,
entre as hortaliças, maiores concentrações de luteína e beta caroteno, reduzindo riscos de
câncer no pulmão e de doenças oftalmológicas crónicas como cataratas.

A constante busca do consumidor por alimentos de qualidade e os elevados custos no


sistema de produção vem propiciando ao agricultor mudanças na sua forma de produzir,
favorecendo a procura pela produção orgânica (Oliveira, 2011).
17

Deste modo, o trabalho visa avaliar os efeitos do uso de adubos orgânicos de origem
animal (cama aviaria e esterco bovino) na cultura da couve.

1.2 Problematização

A cultura da couve é uma importante fonte de alimento em todo o mundo, e em


Moçambique, é amplamente cultivada, especialmente no distrito de Quelimane. No entanto, a
produtividade da cultura tem sido afectada negativamente pelo desgaste do solo decorrente do
uso constante das mesmas áreas sem adubação. Embora o uso de adubos químicos possa
melhorar a fertilidade do solo e aumentar a produtividade da cultura, os custos desses insumos
são proibitivos para muitos desses agricultores.
Uma alternativa viável aos adubos químicos é o uso de adubos orgânicos de origem
animal, que podem melhorar a qualidade do solo e, consequentemente, aumentar a
produtividade da cultura. No entanto, ainda não está claro até que ponto o uso de adubos
orgânicos podem influenciar a produtividade da couve em comparação com os adubos
químicos ou a ausência de adubação.
Assim, a questão que se coloca é:“Qual é a influencia dos níveis de diferentes adubos
orgânicos no cultivo da cultura de couve tronchuda em condições de campo no distrito de
Quelimane, Moçambique?”.

1.3 Justificativa

De acordo com Lopes & Albuquerque (2018), diversas publicações afirmam o


severo impacto dos agro-tóxicos no meio ambiente, evidenciam os prejuízos causados
onde as perturbações ambientais vão desde a alteração da composição do solo, passando
pela contaminação da água afectando os recursos hídricos de forma geral como
reservatórios de água, lagos, rios, bacias hidrográficas e fluviais. Consequentemente a
fauna será afecta pelo uso dessas substâncias por alterarem seu habitat natural.
O custo de adubos químicos cada vez mais elevados, tem forcado os agricultores a
buscar resíduos orgânicos que possam ser usados como fertilizantes para melhoria do
solo. Porem, o uso de adubos orgânicos de origem animal pode ser uma alternativa certa
para a fertilidade do solo, no propósito de melhorar as propriedades físicas, químicas e
biológicas do solo, e aumentado a produtividade da cultura, porque os adubos orgânicos
têm se revelado pelo seu potencial fertilizante devido ao seu elevado teor de matéria
orgânica e à presença de nutrientes essenciais às plantas.
18

A utilização de adubos orgânicos de origem animal é uma prática útil e económica


para os pequenos e médios produtores de hortaliças, uma vez que apresenta melhoria na
fertilidade e na conservação do solo (Galvão et al., 1999). Neste sentido Filgueira (2000),
afirma que as hortaliças reagem bem a essa forma de adubação, tanto em produtividade
como em qualidade dos produtos obtidos.
Daí a necessidade do presente estudo em testar diferentes adubos orgânicos com
objectivo de aumento da produtividade na cultura de couve.

1.4 Objectivos

1.4.1 Geral

 Avaliar o efeito do uso de adubos Orgânicos de origem animal (esterco bovino e cama
de aviaria) na cultura de couve.

1.4.2 Específicos

 Comparar a influência dos níveis de adubação dos adubos orgânicos no


desenvolvimento vegetativo da planta;
 Determinar a influência dos níveis de adubação orgânica no rendimento da planta;
 Correlacionar os resultados da adubação orgânica com os parâmetros de
desenvolvimento vegetativo;
 Correlacionar os resultados da adubação orgânica com os parâmetros de rendimento
da cultura.

1.5 Hipóteses

 H0 – Não haverá diferença significativa na produtividade da couve


entre os tratamentos com diferentes doses de adubos orgânicos e a ausência de
adubação.
 H1 – Haverá uma diferença significativa na produtividade da couve
entre os tratamentos com pelo menos uma dose de adubo orgânico e a ausência de
adubação.
19

CAPITULO II:

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Couve (Descrição da cultura)

A couve de tronchuda (Brassica oleracea) é originária do Leste do mediterrâneo e


utilizada para a alimentação humana há mais de 2000 anos (Balkaya; Yanmaz, 2005). É a
variedade da família Brassica mais semelhante à couve silvestre. A planta é bienal, arbustiva e
possui caule erecto, tem emissão contínua de novas folhas, as quais apresentam limbo bem
desenvolvido, arredondado, com pecíolo longo, nervuras bem destacadas e coloração verde
escura. A planta emite rebentos laterais (brotos) que são utilizados na propagação da espécie.
As cultivares de couve do tipo tronchuda apresentam diferentes padrões de altura,
sendo classificadas como média a alta, as plantas com tamanho entre 40 a 80 cm de altura e
altas as que possuem acima de 90 cm (Nieuwhof, 1969, citado por Novo et al., 2010).
A propagação da planta de couve pode ser por meio de sementes ou brotos. As
sementes são semeadas em bandejas de isopor e posteriormente transplantadas com torrão,
enquanto por brotos, são retirados das axilas das folhas em plantas adultas e transplantados
para canteiros e/ou bandejas, sendo este método mais utilizado por agricultores. A produção
de mudas das cultivares híbridas é somente por sementes, pois as plantas não produzem brotos
(Filgueira, 2008; Trani et al., 2015). A propagação utilizando brotos é mais simples, pois os
brotos são plantados em canteiros, os quais enraízam e crescem no mesmo local.

2.1.1 Distribuição da cultura de couve

A nível mundial, os três principais continentes produtores da couve são o Asiático,


Americano e Europeu, e com a melhor produtor sendo a China, Índia, Estados Unidos,
Espanha e Itália (Faostat, 2021). Em África, o cultivo de brássicas é muito importante para os
agricultores de pequena escala, por ser fonte de renda e nutrição e por fazer com que os
agricultores permaneçam financeiramente viáveis ao longo do ano (Grzywacz et al., 2010), a
Argélia, Egipto e Marrocos são os principais países com maior produção da couve. Em
Moçambique, entre as várias regiões de maior produção de brássicas, a província de Manica
destaca-se por ser a que possui maior número de produtores e onde os serviços de extensão
estão altamente organizados e operacionais (José Gaspar, comunicação pessoal).
20

Em Moçambique, a produção das hortaliças, além de contribuir como fonte de renda,


também constitui uma base alimentar para a suplementação de vitaminas e garantia de
segurança alimentar para a população (FAO, 2015).

2.2 Características da cultura

2.2.1 Exigências Edafoclimaticas

A cultura de couve é típica de inverno e tem melhor desenvolvimento em temperaturas


mais amenas (16 a 22 °C), porém apresenta tolerância ao calor, podendo ser plantada o ano
todo e permanecer produtiva por vários meses, e considerada uma planta bastante exigente em
água (Filgueira, 2008).

2.2.2 Informações nutricionais

As Brassicaceae são bastante reconhecidas, principalmente, pela sua actividade


antioxidante, compostos fenólicos, vitaminas, ferro, cálcio, fibras e dentre outros minerais
presentes (Baenas et al., 2012).

Os valores dos compostos nutricionais de couves têm sido obtidos por diversas
instituições (Tabela. 2011; Luengo et al., 2011; Tabnut, 2019) no entanto, desconsideram-se
diferentes factores que podem causar variações, como o ambiente de cultivo do produto, os
sistemas de produção e as variedades cultivadas, podendo haver genótipos com quantidades
de compostos nutricionais diferentes dentro da mesma espécie vegetal.

Sikora e Bodziarczyk (2012) ressaltaram que a couve é caracterizada pelo alto valor
nutritivo e actividade antioxidante, por suas folhas serem consumidas cruas ou após
processamento tipo branqueamento, pois o cozimento das folhas altera o valor nutritivo e
reduz a actividade antioxidante de seus compostos, em especial vitamina C, polifenó is e β-
caroteno. Os conhecimentos das propriedades nutricionais da planta de couve (Brassica
oleracea L.) são importantes para a obtenção da informação dietética.

2.3 Época de plantio e Espaçamento

De maneira geral, Pinto, et al. (1983), Demonstram que quando as mudas são
transplantadas no mês de Maio a Junho obtêm-se maiores rendimentos. Os rendimentos da
cultura variam em função do nível tecnológico empregado e das condições ambientais durante
o desenvolvimento da cultura.
21

O espaçamento de, 80-100 cm x 50 cm, com recomendação de 20.000 mudas/ha


(Pimentel, 1985; IAC, 1987).

2.4 Colheita

A colheita geralmente se inicia de dois a três meses após o transplante das mudas, e é
continuada por um período de até 180 dias, podendo ser realizada 17 colectas de folhas. O
número de folhas colhidas é variável, mas normalmente de cada planta colhem-se de 3 a 4
folhas localizadas na porção inferior (Correia, 1983; Pimentel, 1985).
A colheita das folhas deve ser realizada com periodicidade de 7 a 10 dias, escolhendo-
se as folhas bem desenvolvidas com tamanho em torno de 20 a 30 cm de comprimento, porém
há mercados mais exigentes que preferem folhas de 25 a 30 cm comprimento (Filgueira,
2008). Durante a colheita é recomendada a retirada das folhas velhas e brotos para estimular a
formação contínua de novas folhas na haste principal da planta (Trani et al., 2015).

2.5 Cultivo orgânico

No mundo existem aproximadamente 43,7 milhões de hectares de terras cultivadas em


sistema orgânico de produção. A Oceânia possui a maior área cultivada, com 17,3 milhões ha,
seguida pela Europa com 11,6 milhões ha, América Latina (6,8 milhões ha), Ásia (3,6 milhões
ha), América do Norte (3,1 milhões ha) e África (1,3 milhões ha). A Austrália é o país com a
maior área de cultivo orgânico, com aproximadamente 17,2 milhões ha. A Argentina é o
segundo com 3,1 milhões ha, seguido pelos Estados Unidos em terceiro lugar, com 2,2
milhões ha. Apenas os dez países com a maior quantidade de terras cultivadas em sistema
orgânico possuem um total de 31,8 milhões ha, o que corresponde a aproximadamente 73%
de toda a área em sistema orgânico do mundo (Willer; Lernourd, 2016).
Os adubos orgânicos são materiais de origem animal ou vegetal, alguns considerados
resíduos. São recomendados por sua capacidade de aumentar a fertilidade e promover a
elevação da actividade biológica do solo. Dentre os muitos produtos que podem ser utilizados
como adubo orgânico, destacam-se os estercos, camas de aviário, palha, restos vegetais e
compostos ( Kiehl, 1985).
A adubação orgânica é importante fonte de nutrientes, especialmente N,P,S e micro
nutrientes, sendo a única forma de armazenamento de N que não volatiliza e ainda,
responsável por 80% do fósforo total encontrado no solo (Junqueira, 2001).
22

A utilização de adubos orgânicos de origem animal é uma prática útil e económica


para os pequenos e médios produtores de hortaliças, uma vez que apresenta melhoria na
fertilidade e na conservação do solo (Galvão et al., 1999). Neste sentido Filgueira (2000),
afirma que as hortaliças reagem bem a essa forma de adubação, tanto em produtividade como
em qualidade dos produtos obtidos. O esterco bovino é a fonte mais utilizada pelos
olericultores, empregado especialmente em solos pobres em matéria orgânica.
Os objectivos da agricultura orgânica segundo Souza e Resende (2006) são:
desenvolver e adaptar tecnologias às condições sociais, económicas e ecológicas de cada
região; priorizar a agricultura familiar, promover a diversificação da flora e da fauna; reciclar
nutrientes; aumentar a actividade biológica do solo; conservar as propriedades físicas,
químicas e biológicas do solo, produzir alimentos sem resíduos químicos, entre outros.

2.5.1 Vantagens da adubação orgânica

Às vantagens e benefícios da adubação orgânica, segundo (Santiago, 2015)


a) Maior disponibilidade de nutrientes às plantas;
b) Maior retenção da água pelo solo;
c) Menor diferença de temperatura do solo durante o dia e a noite;
d) Estimulação da actividade biológica;
e) Aumento da taxa de infiltração;
f) Maior agregação de partículas do solo.

2.5.2 Desvantagens da adubação orgânica

a) Má composição ou de origem não controlada podem introduzir ou aumentar o


número de microrganismos de solo nocivos às plantas.
b) Introduz sementes de plantas daninhas, e introduz metais pesados no solo e
microrganismos patogénicos ao Homem (Rosseto, 2015).
O esterco bovino e a cama de galinha vêm se destacando como insumos naturais de
baixo custo e de utilização acessível às condições técnicas e económica dos pequenos
produtores, com menor impacto sobre o meio ambiente. Alem disso, esses adubos orgânicos
promovem benefícios na melhoria da fertilidade e conservação do solo e maior
aproveitamento dos recursos existentes na propriedade (Galvão et al., 1999).
23

2.6 Esterco Bovino

O esterco bovino pode fornecer teores adequados de macro e micro-nutrientes para o


crescimento das culturas e incrementa a quantidade de matéria orgânica do solo, sendo uma
alternativa de baixo custo para os fertilizantes minerais (Lazcano; Gómez-Brawdow, 2008).
O esterco bovino vem sendo largamente utilizado como fonte de matéria orgânica ao
solo e nutrientes às plantas, constituindo-se em excelente alternativa ao uso de adubos
minerais. Vários autores têm desenvolvido trabalhos utilizando o esterco bovino como
substrato para o desenvolvimento de diversas espécies, principalmente as hortícolas (Batista
et al., 2012)
Oliveira et al., (2001), verificaram efeito do esterco bovino sobre a formação de
cabeças de repolho, o qual proporcionou cabeças mais uniformes, compactas e de boa
aceitação comercial em Areia-PB.
Estudo realizado por Peliser et al., (2018), avaliando o crescimento inicial de couve
folha em diferentes substratos alternativos, verificaram que a utilização de materiais orgânicos
mostrou-se favorável e o substrato de solo e esterco bovino foi o que promoveu melhores
resultados, sendo assim recomendado para a produção de couve. Segundo Costa et al., (2011),
as mudas de couve se desenvolveram melhor quando utilizaram substratos orgânicos
alternativos, como húmus de minhoca e esterco bovino.
A composição do esterco de curral é variável com a fonte animal e alimentação, entre
outras, mas pode-se dizer como média que tem 0,4 a 0,5 % de N; 0,4 a 0,6 % de K2O e 0,2 a
0,3 % de P2O5. Dependendo das condições de manejo que o gado é submetido, pode-se
observar sensíveis variações no conteúdo de macro e micro-nutrientes do esterco bovino
(Holanda, 1990).
Apesar de ter uma relação C/N maior que os estercos caprino (21,6) e ovino (24,2), o
esterco bovino (27,1) é o que apresenta maior taxa de decomposição. Isso pode ser atribuído,
provavelmente, à sua estrutura que favorece o ataque dos microrganismos (Marques, 2006).

2.7 Esterco de aves

A cama aviária é definida como o produto da mistura de excrementos de aves, penas,


fragmentos de material sólido e orgânicos utilizados sobre pisos dos aviários, acrescidos da
ração desperdiçada dos comedouros (Silva et al., 2011). É considerada uma boa fonte de
nutrientes, especialmente de nitrogénio (N), e quando manejada adequadamente, pode suprir,
parcial ou totalmente, o fertilizante químico. Alem disso, seu uso adiciona matéria orgânica
24

ao solo melhorando os atributos físicos, aumenta a capacidade de retenção de água, reduz a


erosão, melhora a aeração e cria um ambiente mais adequado para o desenvolvimento da flora
microbiana do solo (Blum et al., 2003).

Menezes et al. (2003) reforçam que resíduos orgânicos, como cama de frango, são
considerados insumos de baixo custo e de alto retorno económico para a agropecuária, alem
do retorno directo da actividade.

A cama de frango é um dos insumo orgânicos mais ricos em nutrientes, quando


comparado aos estercos bovinos, caprinos e suínos, que são comummente utilizados na
agricultura, sendo bastante utilizado como fonte de nutrientes para as plantas (Azeez et al.,
2010). Esse insumo geralmente apresenta altos níveis de fósforo, potássio, cálcio e magnésio,
o que torna um fertilizante orgânico com potencial de uso em várias culturas (Faridullah et al.,
2008).

É uma alternativa de maior receptividade pelos agricultores, por estar disponível nas
propriedades a um baixo custo, podem viabilizar a adubação em culturas comerciais (Costa
etal., 2009), pois quando adequadamente manejados, aumentam o rendimento de grãos, a
fertilidade do solo, diminuem o potencial poluidor, tornando-se um importante factor
agregador de valor, já que é um recurso disponível nas propriedades (Choudhary et al., 1996).
25

CAPITULO III:

3 METODOLOGIA

3.1 Localização da área de estudo

O experimento foi realizado no distrito de Quelimane na Universidade Licungo-


campos, bairro Morrópué com as seguintes coordenadas geográficas sul -1750’09.7764 e este
3656’14.7948. mesmo a estrada que da acesso ao hospital central de Quelimane.

O distrito de Quelimane está localizado no centro da República de Moçambique, mas


precisamente na margem do rio dos bons sinais, acerca de 20 km da costa do oceano indico,
onde é limitado ao norte e oeste pelo distrito de Nicoadala, ao sul o distrito de Inhassunge e o
rio dos bons sinais e a leste o oceano indico. O distrito é a capital provincial e ocupa uma área
de cerca de 117 km2, sendo a maior cidade da província. Entretanto, o clima da região é
Tropical Chuvoso de Savana, apresenta duas estações do ano sendo, a estação seca, a outra
que é chuvosa ou fria, com precipitação média anual situada em torno dos 1428 mm. A
temperatura média anual que se tem observado na cidade é de 26°C, podendo alcançar 19°C
de mínima e máxima de 35°C. O solo é franco-arenoso, profundo e bem drenado. (Mae,
2005).

Figura 1: Mapa da Área de estudo


Fonte: Google Maps
26

3.2 Delineamento experimental

Usou-se o Delineamento de Bloco Completamente Casualizado (DBCC) num esquema


factorial 3x2+1 (três níveis de adubação e dois materiais orgânicos mais 1 aditivo que é sem
adubação), com 7 tratamentos e 4 blocos, sendo duas fontes de adubo orgânico com três
dosagens diferentes. As doses e os tratamentos foram distribuídos da seguinte maneira: T1
(sem adubação 0 kg), T2 (cama aviaria com 12 kg), T3 (cama aviaria com 18 kg), T4 (cama
aviaria com 24 kg), T5 (esterco bovino com 12 kg), T6 (esterco bovino com 18 kg) e T7
(esterco bovino com 24 kg)

Tabela 1: Quantidade de Adubo orgânico aplicado.

Tratamentos Material Orgânico


CA (cama aviaria) / EB (esterco bovino)
T1 Control (sem adubação)
T2 CA 12 kg
T3 CA 18 kg
T4 CA 24 kg
T5 EB 12 kg
T6 EB 18 kg
T7 EB 24 kg

Fonte: Autor, 2023

3.3 Campo experimental

O ensaio foi realizado numa área total de 188,6 m2, composta por 28 unidades
experimentais, distribuídas em 7 Tratamentos e 4 Blocos. A dimensão de cada unidade
experimental foi de 5 m², sendo 2.5 m de comprimento e 2 m de largura, e a separação entre
elas dentro do bloco foi de 0,50 metro e de 0.50 metro entre blocos, a área útil foi de 140 m².

Cada unidade experimental foi composta por 24 plantas sendo que o compasso entre
elas foi de 60cm entre linha e 50cm entre plantas, sendo que o método de preparação do solo
foi a raso.

3.4 Tipo de pesquisa

Olhando para os objectivos da pesquisa bem como do problema levantado, ao trabalho


é caracterizado como uma pesquisa Experimental, pois segundo Gil (2007), a pesquisa
experimental consiste em determinar um objecto de estudo, seleccionar as variáveis que
27

seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controlo e de observação dos efeitos que
a variável produz no objecto.

3.5 Condução do experimento

3.5.1 Preparação do solo

A preparação do campo foi feita na segunda e terceira semana de Abril, foi feita de
forma manual com uso de uma enxada desde a lavoura até a gradagem. A princípio foi feita a
limpeza da área e em seguida foi feita a lavoura, e a gradagem. Depois desta etapa foi feita a
demarcação do campo e o levantamento dos canteiros, o levantamento dos canteiros foi
realizado manualmente com uma enxada, onde foram divididos em parcelas medindo 2,0
metros de largura por 2,5 metros de comprimento e altura de 0,20 metros, com espaçamento
entre unidades experimentais e entre Blocos de 0,5 m.

3.5.2 Sementeira

A sementeira no alfobre foi feita no dia 26 de Abril de 2023. O transplante para o


campo definitivo foi realizado 30 dias após a sementeira no alfobre que foi no dia 26 de Maio
de 2023, quando a maioria das plantas apresentavam 5 a 10 cm de altura e três a quatro folhas
definitivas com limbo foliar totalmente desenvolvido. Nesta fase as mesmas foram irrigadas
duas vezes ao dia com auxílio de um regador de 13 litros.

3.5.3 Aplicação dos adubos orgânicos

A aplicação do adubo orgânico foi feita no dia 10 de Maio de 2023, incorporado ao


solo numa quantidade total de 216 kg de cama aviaria e 216 kg de esterco bovino numa área
total de 60 m² para cada tipo de adubo orgânico.

3.5.4 Controlo de infestantes, pragas e doenças.

Ao longo do ciclo da cultura de couve, foram realizados os tratos culturais necessários


para o seu pleno desenvolvimento. Foi feita retancha de 54 plantas 3 dias após o transplante
na área útil total de 140 m². A sacha foi feita quando houve infestação de ervas daninhas para
que não houvesse competição de nutrientes e que poderiam atrair pragas e por consequência
disso inviabilizar o crescimento e desenvolvimento da planta em estudo. Foi feita a
escarificação da área útil para permitir a boa infiltração da água no solo e garantir uma boa
humidade para responder melhor as necessidades hídricas da planta. O controlo fitossanitário
28

foi realizado de acordo com a necessidade de prevenção e controlo da cultura ao longo do


experimento, foi feita a pulverização quando detectou-se ataque de 10% de plantas atacadas
por pragas em cada parcela (Aboott et al, 1995), com aplicação do insecticida NINJA PLUS
5% EC, de preferência de 14 a 14 dias para o controle de pragas e doenças.

3.5.5 Amostragem

A amostragem foi feita de 15 em 15 dias, obedecendo o padrão simples, envolvendo


pelo menos 33% das plantas existentes em cada parcela, em que foram utilizadas 8 plantas
centrais de cada parcela (área útil), descartando as bordaduras, isso para poder tornar a
amostragem significativa.

3.5.6 Colheita

O experimento contou com três colheitas das folhas, aos 30 DAT, 45 DAT e aos 60
DAT após o transplante. Em que consistiu na retirada das folhas maiores agronomicamente
aceitáveis das plantas amostrais para posteriormente fazer-se a pesagem.

3.6 Variáveis a Avaliar

Altura da planta

A altura da planta foi avaliada com auxílio de uma fita métrica de 5 m para avaliar o
crescimento da planta em função de cada tratamento; usou-se a seguinte fórmula:

soma de observacoes de altura das plantas


Ap= n

Número de folhas

O número de folhas foi determinado a partir da contagem das folhas das plantas em
função de cada tratamento; usou-se a seguinte fórmula:

soma de observacoes das folhas


Nf = n
29

Comprimento da folha

Para o comprimento da folha medido com auxílio de uma régua milimétrica de 50 cm


para avaliar o desenvolvimento da folha. Usou-se a seguinte fórmula:

soma de observacoes do comprimento da folha


Cf = n

Rendimento

Para o cálculo de estimativa do rendimento (g∕ ha) da cultura fez-se o somatório do


peso das folhas das plantas amostrais e transformadas em toneladas por hectare. Usou-se a
seguinte fórmula:
𝑅𝑒𝑛𝑑 (t/ℎ𝑎) = 𝑃𝑀𝑃𝑃 𝑥 𝑁𝑃
Onde:
Rend: Rendimento da couve;
PMPP: Peso médio por planta;
NP: número de plantas por hectare.

3.7 Análise estatística de dados

A análise de dados fundamentou-se no modelo de análise de variância para o


Delineamento de Blocos Completamente Casualizado, com a seguinte fórmula:

Yij = μ + τi + βj + (τβ) ij + ϵij


Onde:
Yij = é o valor observado no i-ésimo nível do Factor A e j-ésima nível do Factor B;
μ = é uma constante;

τi= é o efeito do i-ésimo nível do factor A;

βj = é o efeito do j-ésimo nível do factor B;

(τβ) ij= é o efeito da interacção entre τi e βj ;

(ϵ) ij = é o componente de erro aleatório.


30

Os dados foram introduzidos e codificados no EXCEL e posteriormente submetidos ao


pacote estatístico STATA 16. Onde ocorreu ao teste de homogeneidade de variância (teste de
Breush-pagan), ao passo que a normalidade do erro foi medida pelo teste de Shapiro-wilk,
para testar a homogeneidade e normalidade dos dados de seguida efectuou-se a análise de
variância (ANOVA) no nível de significância de 5% (P <0,05). Para a comparação das médias
dos tratamentos foi usado o teste de Tukey a 5% de probabilidade.
31

CAPITULO IV:

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Desenvolvimento vegetativo em função dos níveis de adubação

4.1.1 Altura da planta (cm)

Os resultados do teste de Tukey mostram que houve diferença significativa entre os


tratamentos (p <0.05) nas duas observações, aos 15 DAT e 30 DAT, (tabela 2)

Tabela 2: Comparação de médias pelo teste de Tukey da variável altura da planta

DIAS APÓS TRANSPLANTE


Tratamento 15 DAT 30 DAT
T1- Controlo 7.5b 7.7d
T2- Cama aviaria (12 kg) 10.4a 14.5c
T3- Cama aviaria (18 kg) 9.8a 13.7bc
T4- Cama aviaria (24 kg) 10.1a 13.5abc
T5- Esterco bovino (12 kg) 8.8ab 11.7ab
T6- Esterco bovino (18 kg) 8.5ab 11.2a
T7- Esterco bovino (24 kg) 9.7a 12.7abc
CV (%) 9.6 8.7
As médias seguidas de mesmas letras na coluna não diferem pelo teste Tukey a 5% de
probabilidade.

Como se pode ver na tabela, o incremento dos níveis de cama aviária não mostrou
diferenças significativas quando comparados entre si, porem, mostraram diferenças quando
comparados com o control (sem adubação). Aos 30 dias pode se verificar que o nível de
adubação de 12 kg/m² diferiu estatisticamente com o control (sem adubação), e não mostrou
diferenças significativas com as doses de 18 kg/m² e 24 kg/m². Estes resultados nos levam a
concluir que a disponibilidade de nutrientes por este adubo é rápida e não é necessário uma
quantidade acima de 12 kg/m² para que se verifiquem diferenças significativas no cultivo
quando comparado com a ausência de adubação.
No caso do esterco bovino, as diferenças não foram significativas entre si, mas a dose
de 24kg de esterco bovino mostrou diferenças significativas com o control nos primeiros 15
dias, volvidos 30 dias pode se constatar que as doses de 18kg/m2 e 24 kg/m2 diferiram
estatisticamente com o control, que não mostrou diferenças significativas com a dose de 12
kg/m2. Estes resultados nos levam a concluir que a disponibilização de nutrientes por este
32

adubo é lenta e é necessário uma quantidade acima dos 12 kg/m2 para que se verifiquem
diferenças significativas no cultivo quando comparado com a ausência de adubação.

Segundo Milec et al. (2007), no seu estudo sobre Comparação do uso de diferentes
adubos orgânicos no crescimento e desenvolvimento da couve, que a cama aviaria na dose de
12 kg apresentou maior altura em relação aos demais tratamentos.
De acordo com Da Siva et al. (2017), no seu estudo Produção e teor de nitrato em
rúcula sob adubação orgânica com cama de frango e esterco bovino, notou que a altura das
plantas não apresentou grandes variações quando comparada com cama de frango e esterco
bovino.
Resultado diferente foi obtido por Do Nascimento (2016), onde constatou que a
aplicação do esterco bovino e cama aviaria em diferentes doses não mostraram diferença
significativa entre si, tendo diferido do tratamento controlo.

4.1.2 Número de folhas

A tabela 3 apresenta os dados referentes ao número de folhas em cada tratamento.


Os resultados do teste de Tukey mostram que houve diferença significativa (p <0.05)
nas observações aos 15 DAT e 30 DAT.

Tabela 3: Comparação das medias pelo teste de Tukey da variável número de folhas

DIAS APÓS TRANSPLANTE


 Tratamento 30
15 DAT DAT
T1- Controlo 3.3b 6b
T2- Cama aviaria (12 Kg) 4.2a 8.5a
T3- Cama aviaria (18 Kg) 4ab 8.7a
T4- Cama aviaria (24 Kg) 4.5a 8.5a
T5- Esterco bovino (12 Kg) 4.3a 7.7ab
T6- Esterco bovino (18 Kg) 3.9ab 7.6ab
T7- Esterco bovino (24 Kg) 4.7a 8.7a
CV (%) 9.5 9.8
As médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem pelo teste Tukey a uma
probabilidade de erro tipo I de α =0,05.

Conforme os dados apresentados na tabela 3, mostram que os níveis de cama aviaria


não diferiram significativamente quando comparados entre si, porém, os níveis 12kg/m² e
24kg/m² mostraram diferença significativa com o control (sem adubação) e o nível 18kg/m²
33

não diferiu estatisticamente com o tratamento control. Aos 30 DAT pode se observar que
todas as doses diferiram estatisticamente com o control. Estes resultados nos levam a concluir
que a disponibilização de nutrientes por este adubo é rápida e não é necessariamente uma
quantidade acima dos 12kg/m² para que se verifiquem diferenças significativas no cultivo
quando comparado com a ausência de adubação.

No caso do esterco bovino, não mostraram diferenças significativas entre si, todavia,
os níveis de 12 kg/m² e 24 kg/m² mostraram diferença significativa com o control (sem
adubação) e o nível 18kg/m² não diferiu estatisticamente com o tratamento control. Nos 30
dias pode se constatar que as doses de 12 kg/m² e 18 kg/m² não diferiram estatisticamente
com o control, que mostrou diferenças significativas com a dose de 24 kg/m². Estes resultados
nos levam a concluir que a disponibilização de nutrientes por este adubo é lenta e é necessário
uma quantidade acima de 18 kg/m² para que se verifique diferenças significativas no cultivo
quando comparado com a ausência de adubação.

Os mesmos não divergem com os obtidos por Peixoto Filho et al. (2013), avaliando a
Produtividade de Hortaliças com doses de esterco de frango, bovino em cultivo sucessivo,
onde doses de esterco de ave e bovino não diferiram comparadas entre si.
Resultados obtidos por Pelá et al. (2017), na sua pesquisa intitulada Produção de
rúcula sob adubação orgânica com cama de frango e esterco bovino, onde os dados mostraram
que todos os níveis de adubação não diferiram comparados entre si na variável numero de
folhas, mas diferiram com o tratamento controlo.

4.1.3 Comprimento da folha

A tabela 4 apresenta os dados referentes ao número de folhas de cada tratamento:

Tabela 4: Comparação de médias pelo teste de Tukey da variável comprimento da folha

DIAS APÓS TRANSPLANTE


Tratamento 15 DAT 30 DAT
T1- Controlo 7.2b 11.2b
T2- Cama aviaria (12 kg) 12.3a 24.2a
T3- Cama aviaria (18 kg) 12.2a 25.7a
T4- Cama aviaria (24 kg) 12.8a 26.5a
T5- Esterco bovino (12 kg) 12.5a 24.7a
T6- Esterco bovino (18 kg) 12.1a 23.2a
T7- Esterco bovino (24 kg) 12.9a 27a
CV (%) 7.8 9.4
34

As médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem pelo teste Tukey a uma
probabilidade de erro tipo I de α =0,05.

Com base nos dados da tabela acima, o incremento dos níveis de cama aviária não
mostrou diferenças significativas quando comparados entre si, porém, mostraram diferenças
quando comparados com o control (sem adubação). Aos 30 dias pode se verificar que as doses
de 12 kg/m², 18kg/m² e 24 kg/m² diferiram estatisticamente com o control (sem adubação).
Estes resultados nos levam a concluir que a disponibilidade de nutrientes por este adubo é
rápida e não é necessário uma quantidade acima de 12 kg/m² para que se verifiquem
diferenças significativas no cultivo quando comparado com a ausência de adubação.
No caso do esterco bovino, as diferenças não foram significativas entre si, mas,
mostraram diferenças quando comparados com o control (sem adubação). Volvidos 30 dias
pode se verificar que as doses de 12 kg/m², 18kg/m² e 24 kg/m² diferiram estatisticamente
com o control. Estes resultados nos levam a concluir que a disponibilização de nutrientes por
este adubo é rápida e não é necessária uma quantidade acima dos 12 kg/m² para que se
verifiquem diferenças significativas no cultivo quando comparado com a ausência de
adubação.
Estudo feito por Kimoto et al., (1996), observou que as hortaliças submetidas a
adubação orgânica mostraram maior comprimento de folha em relação aos que não foram
adubadas. Porem as hortaliças que foram submetidas com maior quantidade de adubos
orgânicos mostrou maior comprimento da folha.

4.2 Rendimento

A tabela 5 apresenta os dados referentes ao rendimento de cada tratamento:


Tabela 5:Representação dos dados do Rendimento de cada Tratamento
Tratamento Rendimento (ton/ha)
T1- Controlo 6.2d
T2- Cama aviaria (12 kg) 22.2bc
T3- Cama aviaria (18 kg) 24.9bc
T4- Cama aviaria (24 kg) 27.3c
T5- Esterco bovino (12 kg) 13.9a
T6- Esterco bovino (18 kg) 15.5a
T7- Esterco bovino (24 kg) 19.5ab
CV (%) 15.7
 As médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem pelo teste Tukey a uma
probabilidade de erro tipo I de α =0,05.
35

Levando em consideração a tabela 5, mostra que os níveis de adubação da cama


aviaria, não mostraram diferenças significativas quando comparados entre sí, mas, mostraram
diferenças quando comparados com o control (sem adubação). Porem, o nível de adubação de
24kg/m² foi o que apresentou a melhor e maior média de rendimento com 27.3 ton/ha e o
control (sem adubação) que teve o menor rendimento médio com 6.2ton/ha. Esta situação
pode ser explicada pelo facto de o control não ser submetido a nenhuma adubação, no entanto,
o nível 24kg/m² teve maior concentração de matéria orgânica que proporcionou no maior
rendimento comparado aos demais níveis.
Para o esterco bovino, os níveis de adubação não mostraram diferenças significativas
quando comparados entre si, mas, mostraram diferenças quando comparados com o control
(sem adubação). O nível de adubação de 24kg/m² foi a que apresentou o melhor rendimento
médio com 19.5 ton/ha .
De acordo com Do Nascimento (2016). No seu estudo intitulado Avaliação do
crescimento e desenvolvimento de duas variedades de couve: manteiga e couve tronchuda, em
cultivo orgânico, observou que o esterco de ave obteve maior rendimento em comparação aos
outros tratamentos testados.

4.3 Correlação e regressão entre os níveis de adubo cama aviaria e as variáveis


analisadas

a) Correlação entre níveis de cama aviaria e altura da planta

Figura2:correlação entre níveis de adubo com altura da planta


36

Tabela 6: Correlação entre o rendimento com Altura da planta


Coeficiente de
Variável Variável correlação Significância

Altura da planta Nível de adubo 0,800 0

Tabela 7: Análise da regressão do nível de adubo cama aviaria com altura da planta

Tipo de Gráfico Modelo Matemático Poder explanatório (R²)

Linear y = 1,55x + 8,328 0,456

Logaritmico y = 3,946ln(x) +9,067 0,641

A análise da correlação mostrou que existe uma relação moderada positiva,


significativa entre o nível de adubo com a altura da planta.
A análise da regressão mostrou que na relação entre o nível de adubo com a altura da
planta, o maior poder explanatório é do gráfico Logaritmico.
O gráfico de regressão mostrou que o nível de adubo favoreceu em 64.1% sobre a
altura da planta, Sendo que os restantes 35.9% são atribuídos aos outros factores.

b) Correlação entre nível de adubo e o número de folha

Figura 3: correlação entre níveis de adubo e o número de folha


37

Tabela 8: Correlação entre o nível de adubo cama aviaria e o número de folhas

Variável Variável Coeficiente de Significância


correlação

N.F Nível de adubo 0.873 0

Tabela 9: Análise da regressão entre do nível com o número de folhas

Tipo de gráfico Modelo Matemático Poder explanatório (R²)

y = 0,834x + 5,781
Linear 0,579

Logaritmico y = 2,056ln(x) + 6,233 0,763

A análise de correlação entre o nível de adubo cama aviaria com o número de folhas,
mostrou que existe uma relação forte, positiva e significativa.
A análise de regressão mostrou que a relação entre o nível de adubo com o número de
folhas, o maior poder explanatório foi do gráfico Logaritmico.
O gráfico de regressão mostrou que 76.3% do número de folhas da couve foi
favorecido pelos níveis de adubo cama aviaria, e os restantes 23.7 % foram favorecidos por
outros factores.
c) Correlação entre os níveis de adubo cama aviaria com o comprimento da folha

Figura4: correlação entre níveis de adubo cama aviaria e o comprimento de folha


38

Tabela 10: Correlação entre os níveis de adubo cama aviaria com comprimento da folha

Coeficiente de
Variável Variável correlação Significância

C.F Nível de adubo 0,854 0

Tabela 11: Análise da regressão entre o nível de adubo com o comprimento da folha

Tipo de gráfico Modelo Matemático Poder explanatório (R²)

Linear y = 4,375x +11,65 0,554

Logaritmico y = 10,78ln(x) +14,02 0,730

A análise de correlação entre os níveis de adubo cama aviaria com o comprimento da


folha, demonstrou que existe uma relação positiva, forte e significativa.
A análise de regressão mostrou que a relação entre os níveis de adubo com o
comprimento de folhas, o maior poder explanatório foi do gráfico linear.
O gráfico de correlação mostrou que o comprimento da folha favoreceu em 60.1% no
rendimento da cultura, sendo os restantes 39.9% foi foram atribuídos pelos outros factores.

d) Correlação entre os níveis de adubo com o rendimento

Figure 5: correlação entre níveis de adubo e o rendimento


39

Tabela 12: Correlação entre o nível de adubo e o rendimento

Variável Variável Coeficiente de Significância


correlação

Rendimento Nível de adubo 0.963 0

Tabela13: Análise da regressão entre o nível de adubo com o rendimento

Tipo de gráfico Modelo Matemático Poder explanatório (R²)

Linear y = 6,596x + 3,724 0,800

Logaritmico y = 15,25ln(x) + 8,096 0,928

A análise de correlação entre os níveis de adubo cama aviaria com o rendimento,


demonstrou que existe uma relação muito forte, positiva e significativa.
A análise de regressão mostrou que a relação entre os níveis de adubo cama aviaria
com o rendimento, o maior poder explanatório foi do gráfico Logaritmico.
O gráfico de correlação mostrou que o nível de adubo cama aviaria favoreceu em
92.8% no rendimento da cultura, sendo os restantes 7.2% foi atribuído pelos outros factores.

4.4 Correlação e regressão entre os níveis de adubo esterco bovino e as variáveis


analisadas

e) Correlação entre níveis de esterco bovino e altura da planta

Figura 6: correlação entre níveis de adubo esterco bovino e altura da planta


40

Tabela14: correlação entre níveis de adubo esterco bovino e altura da planta


Coeficiente de
Variável Variável correlação Significância

Altura da planta Nível de adubo 0,924 0

Tabela15: Análise da regressão entre o nível de adubo esterco bovino com altura da planta

Tipo de gráfico Modelo Matemático Poder explanatório (R²)

Linear y = 0,642x +7,074 0,783

Logaritmico y = 3,410ln(x) +8,274 0,855

A análise de correlação entre os níveis de adubo esterco bovino com a altura da planta,
demonstrou que existe uma relação forte, positiva e significativa.
A observação de regressão mostrou que a relação entre os níveis do adubo com a
altura, o maior poder explanatório foi do gráfico Logaritmico.
O gráfico de regressão mostrou que o nível do adubo cama esterco bovino favoreceu
em 85,5% no da altura da cultura, sendo os restantes 14.5% foi atribuído por outros factores.

f) Correlação entre níveis de adubo esterco bovino com o número de folha

Figure 7: Correlação entre níveis de adubo esterco bovino com o número de folha
41

Tabela 16: Correlação entre níveis de adubo esterco bovino com o número de folha
Coeficiente de
Variável Variável correlação Significância

N.F Nível de adubo 0,963 0

Tabela 17: Análise de regressão entre níveis de adubo esterco bovino com o número de folha

Tipo de gráfico Modelo Matemático Poder explanatório (R²)

Linear y = 0,884x +5,187 0,88

Logaritmico y = 1,951ln(x) + 5,848 0,928

A análise de correlação entre os níveis de adubo esterco bovino com o número de


folha, evidenciou que existe uma relação muito forte, positiva e significativa.
A observação de regressão mostrou que a relação entre os níveis do adubo com o
número de folha, o maior poder explanatório foi do gráfico Logaritmico.
O gráfico de regressão mostrou que o nível do adubo esterco bovino favoreceu em
92,8% no número de folha, sendo os restantes 7,2% foi atribuído por outros factores.

g) Correlação entre níveis de adubo esterco bovino com o comprimento da folha

Figura8:correlação entre níveis de adubo esterco bovino com comprimento da folha


42

Tabela18: Correlação entre níveis de adubo esterco bovino com o comprimento da folha
Coeficiente de
Variável Variável correlação Significância

C.F Nível de adubo 0,842 0

Tabela 19: Análise de regressão entre níveis de adubo esterco bovino com o comprimento da
folha.

Tipo de gráfico Modelo Matemático Poder explanatório (R²)

Linear y = 3,596x +11,76 0,531

Logaritmico y = 8,923ln(x) + 13,66 0,709

A análise de correlação entre os níveis de adubo esterco bovino com o comprimento


da folha, mostrou que existe uma relação forte, positiva e significativa.
A observação de regressão mostrou que a relação entre os níveis do adubo com o
comprimento da folha, o maior poder explanatório foi do gráfico Logaritmico.
O gráfico de regressão mostrou que o nível do adubo esterco bovino beneficiou em
70,9% no numero de folha, sendo os restantes 29,1% são atribuído por outros factores.

h) Correlação entre o nível de adubo esterco bovino com o rendimento

Figura 9: regressão entre os níveis de adubo esterco bovino com o rendimento


43

Tabela 20: Análise da correlação entre o nível de adubo esterco bovino com o rendimento
Coeficiente de
Variável Variável correlação Significância

Rendimento Nível de adubo 0,986 0

Tabela 21: Análise da regressão entre o nível de adubo esterco bovino com o rendimento

Tipo de gráfico Modelo Matemático Poder explanatório (R²)

Linear y = 4,152x +3,449 0,927

Logaritmico y = 9,139ln(x) +6,569 0,974

A análise de correlação entre os níveis de adubo esterco bovino com o rendimento,


mostrou que existe uma relação positiva, muito forte e significativa.
A observação de regressão mostrou que a relação entre os níveis do adubo esterco
bovino com o rendimento, o maior poder explanatório foi do gráfico Logaritmico.
O gráfico de regressão mostrou que o nível do adubo esterco bovino beneficiou em
97,4% no rendimento, sendo os restantes 2,6% são atribuídos por outros factores.
44

CAPITULO V:

CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

5.1 Conclusão

Com base nos resultados obtidos no experimento conclui-se que:

Quando aplicados os adubos orgânicos tanto a base de cama aviária como a base de
esterco bovino, tendo o aumento das quantidades de adubo influenciado positivamente no
desenvolvimento vegetativo.Assim, podemos concluir em uma análise dos dados e resultados
apresentados que a cama aviária responde de forma mais eficiente ao desenvolvimento
vegetativo em detrimento do esterco bovino, facto este que é justificado pela melhoria da
estrutura do solo criada por este adubo. Para a cama aviária, o nível de 24 kg/m² mostrou a
melhor resposta no parâmetro de desenvolvimento vegetativo, ao passo que no esterco
bovino, a melhor dose foi tambem a de 24 kg/m² .
Com relação aos rendimentos, os níveis de adubos orgânicos mostraram-se mais
eficientes tendo apresentado resultados positivos para ambos os adubos em detrimento do
tratamento control, porem, vale realçar que apesar de ambos os adubos terem proporcionado
esta melhoria nos rendimentos, a cama aviária mostrou resultados mais altos seguido do
esterco bovino e por fim a ausência de adubação. Apesar destes resultados, podemos aferir
que uma dose mínima de 12 kg/m² em ambos os adubos é responsável por marcar um grande
incremento no rendimento da cultura sendo por isso os mais recomendados;
Feitas as correlações, foi possível observar que a aplicação da cama aviaria influencia
em 64% na altura da planta, 76% no número de folhas, 73% no comprimento de folhas e mais
de 90% no rendimento da cultura, o que significa que o aumento da produção foi justificado
em mais da metade pelo uso do esterco aviário sendo uma percentagem muito ínfima a parte
referente a interação de outros factores nos parâmetros analisados. Também, o esterco
bovinoinfluenciou em 85% na altura da planta, 92% no número de folhas, 70% no
comprimento de folhas e 97% no rendimento da cultura.
45

5.2 Recomendações

De acordo com os resultados obtidos na avaliação da produtividade da couve sob


diferentes níveis de adubos orgânicos, recomenda-se:
Para a comunidade:
Prestar muita atenção no uso de adubos orgânicos de origem animal, que estes podem
influenciar no baixo ou maior rendimento da couve.
O uso de adubos orgânicos de origem animal para maior rendimento da couve
recomenda-se a aplicação da dosagem de 12 kg/m² do adubo orgânico cama de aviaria
assim como do esterco bovino, porque este nível de adubação não difere em termos de
resultado com os demais níveis, optando assim o uso do nível menor de modo a
reduzir os custos, contribuindo para melhoria das condições físicas, químicas e
biológicas do solo.
Para a comunidade académica:
Que incentivem os estudantes a realizarem trabalhos de natureza, com intuito de
melhor a fertilidade e o aumento do rendimento.
Para os Extensionistas:
Que levem esse conhecimento e disseminem para os produtores no intuito de praticar a
agricultura de forma sustentável.
46

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50

7 APÊNDICES
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Layout do campo
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8 ANEXOS
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54
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57
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59
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Figura 10: preparação da lavoura


Fonte: Autor (2023)

Figura 11: Sementeira no alfobre


Fonte: Autor (2023)
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Figura 12: cama aviaria e esterco bovino


Fonte: Autor (2023)

Figura 13: pesagem do adubo orgânico


63

Figura 14: Incorporação do material orgânico no solo

Figura 15: Transplante das mudas para o campo definitivo


64

Figura 16: Controlo fitossanitário de pragas e doenças

Figura17:desemvolvimento das plantas


65

Figura 18: colheita e pesagem das folhas

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