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ESCOLA SUPERIOR DE DESENVOLVIMENTO RURAL

DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO AGRÁRIA

Comparação do desempenho produtivo de duas linhagens de frango de corte


Cobb 500 e Ross 308 na unidade Abrantes Castigo distrito de Vilankulo

Licenciatura em Produção Animal

Autora:

Adelina Alice Raúl Sive

Vilankulo, Junho de 2016


Adelina Alice Raúl Sive

Comparação de desempenho produtivo de duas linhagens de frangos de corte


Cobb 500 e Ross 308 na unidade Abrantes Castigo distrito de Vilankulo

Trabalho de Culminação de Curso


apresentado ao Departamento de Produção
Agrária da Escola Superior de
Desenvolvimento Rural – Universidade
Eduardo Mondlane para a obtenção do grau
de Licenciatura em Produção Animal.

Presidente da mesa:
dr. Ângelo Lampião
Supervisor:
dr. Azido Ribeiro Mataca
Oponente:
dra Rabia Canda

UEM – ESUDER

Vilankulo

2016
DECLARAÇÃO DE HONRA

Declaro por minha honra que o presente trabalho de Licenciatura em Produção Animal, é da
minha autoria, elaborado de acordo com a metodologia descrita e com base nas referências
bibliográficas devidamente mencionadas no trabalho, nunca foi apresentado em nenhuma
outra instituição de ensino superior, apenas será publicado na ESUDER.

Vilankulo, 11 de Junho de 2016

_____________________________________

(Adelina Alice Raúl Sive)


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais Alice Lourenço Cândido da Silva e Raúl Rodrigues Sive
por serem pessoas extraordinárias por não pouparem esforço para a concretização desse meu
sonho e por acreditarem em mim quando ninguém mais o fazia, vos amo muito.
AGRADECIMENTOS

Este trabalho, representa o culminar do meu percurso na vida académica na Escola


Superior de Desenvolvimento Rural – UEM, e marca o final de um ciclo importante na minha
vida, para o qual várias pessoas e entidade contribuíram de diversas formas para a realização
do mesmo. Pretendo, por isso, endereçar-lhes o meu singelo agradecimento.

Em primeiro lugar agradeço a Deus pela dádiva da vida, por me iluminar em todos os
momentos da minha vida e me fortalecer espiritualmente dando-me forças para vencer todos
os obstáculos na vida.

Aos meus pais Raul Sive e Alice da Silva agradeço pela presença constante na minha
vida académica e por acreditarem em mim quando mais precisava. A Mana Victória, Alice e
Raul, agradeço por serem irmãos maravilhosos e meus melhores amigos, que por sua vez
apoiaram-me neste percurso da minha vida e proporcionaram-me momentos ímpares em todos
nossos convívios.

Agradeço ao meu companheiro, amigo e namorado Baltazar Sangoma por acreditar em


mim, por se fazer presente nos momentos difíceis e alegres, e por me encorajar para o alcance
deste objectivo.

Agradeço igualmente a Escola Superior de Desenvolvimento Rural – UEM e o corpo


docente pela oportunidade que me concedeu de ter uma Licenciatura no curso de Produção
Animal. Igualmente agradeço especialmente ao meu supervisor dr. Azido Ribeiro Mataca,
pela grande e valorosa dedicação e ajuda técnica na orientação que me ajudou a concretizar
este Trabalho de Culminação de Curso; ao Professor Dr. Alcides Peres Bello agradeço por me
ajudar a dar os primeiros passos no trabalho e pela paciência na transmissão dos seus
conhecimentos e guia para o processamento dos meus resultados.

À unidade de produção Abrantes Castigo agradeço pela oportunidade de realização do


estágio para culminação do curso e pelos conhecimentos transmitidos durante o estágio.

Por fim agradeço aos meus amigos e colegas Flávio Mandlhate, Sandra Simbine, Kàtia
Alberto, Isabel Marrengula, Belote Matsinhe, Erasmo Crisanto e Choiquim Quem, por
momentos únicos passados durante a vida académica e pelo apoio para a realização do
trabalho. A todas as pessoas que não foram mencionadas mas que de alguma forma
contribuíram dando a sua mão para que este trabalho fosse feito. MUITO OBRIGADA!

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

% - Percentagem

ANOVA - Análise de Variância

Ave/m2 - Ave por metro quadrado

C- cinzas

CA- Conversão Alimentar

Cm - Centímetros

CR - Consumo de Ração

CV - Coeficiente de Variação

DCC - Delineamento Completamento Casualizado

DP- Desvio Padrão

FB- Fibra Bruta

g - Grama

GB- Gordura Bruta

GMD - Ganho Médio Diário

GPT- Ganho de Peso Total

IEP - Índice de Eficiência Produtivo

Kg – Quilogramas

m- metro

Max - Máximo

Min - Mínimo

mg- miligramas

ºC - Graus Célsius
ii
PF - Peso Final

PI - Peso Inicial

PB - Proteína Bruta

TV- Taxa de Viabilidade

iii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Lista de tabelas…………………………………………………………………………Página

Tabela nº1: Classificação biológica da galinha doméstica .. ……………………………….6 e 7

Tabela nº2: Comparação de desempenho de Ross 308 e Cobb 500……………………… 12

Tabela nº3: Temperatura para o conforto térmico na criação de frangos de corte………… 15

Tabela nº4: Composição nutricional da ração fornecida durante o período experimental…...23

Tabela nº 5: Análise dos parâmetros de desempenho produtivo para as duas linhagens de


frango de corte Ross 308 e Cobb 500……………………………………………………….27

iv
LISTA DE APÊNDICES E ANEXOS

Lista de Apêndices Página

Apêndice no 1. Análise descritiva dos parâmetros produtivos da linhagem Cobb 500 .............. I

Apêndice no 2. Análise descritiva dos parâmetros produtivos da linhagem Ross 308 ............ III

Apêndice no 3. Comparação do efeito da linhagem sobre parâmetros produtivos dos frangos


de corte ................................................................................................................................. V

Apêndices no 4: Local do estudo ......................................................................................... VII

v
GLOSSÁRIO
Cama: é o material distribuído em um aviário para servir de leito aos animais. Mais
especificamente chama-se de cama de frango o material que, permanecendo no piso de uma
instalação avícola, irá receber excreções, restos de ração e penas.

Cortina: dispositivo instalado externamente, nas laterais do aviário, que funciona como
quebra-ventos, controle da ventilação, prevenção da entrada de chuva e sol no interior da
instalação.

Densidade de aves: é a quantidade de aves criadas por área ou superfície, normalmente m2.

Desempenho produtivo: é um conjunto de características ou capacidade de comportamento e


rendimento de um indivíduo ou animais.

Frango de corte: macho ou fêmea híbrido duplo resultante do cruzamento de galinhas de


corte (matrizes) destinado à produção de carne com alto desempenho e abatido em idade
jovem.

Linhagem: refere-se a trajectória evolutiva de uma dada espécie.

Linhagem híbrida: é o resultado do cruzamento entre duas linhagens puras de uma mesma
espécie.

Maneio: são todas as práticas que promovem a produção, bem-estar geral e saúde das aves,
incluindo a destinação de subprodutos e resíduos.

Ração: é a determinada quantidade de uma dieta fornecida aos animais na base diária.

Vazio sanitário: é uma etapa essencial cuja função é reduzir a carga microbiana de um lote
para o outro.

vi
RESUMO

O distrito de Vilanculos possui muitos produtores de frangos onde eles criam duas linhagens
Ross 308 e Cobb 500, mais a produtividade dos mesmos é muito baixa havendo insatisfação
dos mesmos em termos retorno financeiros. Os mesmos desconhecem a capacidade dos
frangos em termos de desempenho e maneio a aplicar as linhagens por eles criadas. O
experimento foi realizado na unidade Abrantes Castigo distrito de Vilanculos província de
Inhambane num período compreendido de Julho a Setembro de 2015. Este trabalho teve como
objectivo comparar o desempenho produtivo de duas linhagens de frango de corte Cobb 500 e
Ross 308. Foram usados 50 pintos-de-um-dia de duas linhagens comercial com um peso
inicial de 40,6g num delineamento completamente casualizado, com dois tratamentos Ross
308 e Cobb 500 com 25 aves para cada tratamento. Durante o período experimental as aves
foram alimentadas com ração inicial A1 de 1 a 21 dias e ração de crescimento A2 de 22 a 35
dias da higest. As variáveis analisadas no estudo foram Ganho de peso total (GPT) Ganho
médio diário (GMD), Consumo da Ração (CR), Conversão alimentar (CA) Taxa de
Viabilidade (TV) e Índice de Eficiência Produtiva (IFP) de cada tratamento em que para tal as
aves foram pesadas semanalmente num período de 35 dias. Na comparação do desempenho
produtivo de duas linhagens de frangos de corte empregou-se o teste F (ANOVA) e no caso
de diferença significativa, foi empregue o teste de comparações múltiplas de Duncan. O
desempenho produtivo foi influenciado pelos factores como: densidade, programa de
iluminação e temperatura. No final do experimento, a linhagem Cobb 500 foi melhor em
relação a linhagem Ross 308 nos parâmetros de CR, CA, TV e IFP.

Palavras-chave: Linhagens Cobb 500 e Ross 30, frango de corte, desempenho produtivo.

vii
Comparação do desempenho produtivo de duas linhagens de frangos de corte Ross 308 e Cobb 500 na
unidade de produção Abrantes Castigo província na Inhambane, distrito de Vilankulo

I. INTRODUÇÃO

Os avanços tecnológicos conseguidos pelo sector avícola no mundo nas últimas


décadas foram decisivos para que esse segmento se consolidasse como um dos sectores da
agropecuária mais competitivos mundialmente. Paralelamente as melhorias genéticas,
evoluíram também as tecnologias voltadas para nutrição, ambiente e melhor qualidade de
maneios, exigindo, para tanto, instalações bem planejadas e equipadas, de forma a
proporcionar qualidade ambiental para que as aves expressem todo o seu potencial produtivo
(SANTOS, 2008).

Em Moçambique a produção de aves é uma realidade, mas ainda é pouco desenvolvida


e depende largamente das importações de pintos-de-um-dia, de frangas em ponto de postura e
das principais matérias-primas para rações. Das províncias existentes no país todas praticam a
avicultura, mas destacam-se Maputo, Manica e Zambézia, apesar da ascensão de Inhambane
Nampula e Cabo Delgado (GEMO, 2014).

Existem hoje, no mercado moçambicano diferentes linhagens comerciais de frango de


corte, e, apesar dos critérios de selecção não diferem drasticamente, diferenças podem existir
entre genótipos devido as diferentes linhagens utilizadas. No entanto, 60 % de frangos
comerciais produzidos no país são da linhagem Ross 308 e 40% da linhagem Cobb 500
(NICOLAU et al., 2011).

Em Vilankulo, a maioria das aves exploradas pelos produtores são de linhagens


comerciais importadas como Cobb 500 e Ross 308, essas são fornecidas pela Higest e
Kharafa respectivamente. As linhagens em termos de desempenho produtivo são diferente, o
que maior parte dos produtores desconhecem. Porém, a obtenção de melhor desempenho
produtivo na criação de frangos de corte para os produtores passa por conhecimentos
integrados de comportamento produtivo do animal e o aperfeiçoamento das boas práticas de
produção objectivando a maximização da produção, com menor custo e em menor tempo.

Neste sentido, o presente trabalho foi realizado objectivando comparar as características


de desempenho produtivo, como conversão alimentar, consumo da ração, viabilidade, ganho
médio diário, ganho de peso total e índice de eficiência produtiva das linhagens de frango de
corte Cobb 500 e Ross 308 para determinar a linhagem que melhor se adequa ao sistema de
criação na Unidade Abrantes Castigo.

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unidade de produção Abrantes Castigo província na Inhambane, distrito de Vilankulo

1.1. Problema de estudo

O baixo desempenho produtivo verificado na produção de frangos de corte na unidade


de produção Abrantes Castigo é impulsionado por vários factores, dentre esses encontram -se
a falta de conhecimento do produtor na escolha de linhagem que melhor se adapta ao sistema
de criação que ele apresenta. A falta de conhecimento técnico e uma escolha errada da
linhagem contribui negativamente na produção, havendo um baixo desempenho produtivo e
consequentemente uma baixa rentabilidade. É de extrema importância conhecer quais são os
benefícios de cada linhagem de frango de corte em termo de, GPT, GMD, CR, CA, TV e IFP,
e conjugar esses parâmetros leva a uma boa produtividade da unidade.

Na unidade Abrantes Castigo há criação de duas linhagens Cobb 500 e Ross 308,
havendo insatisfação nos resultados finais dos mesmos em termos de rentabilidade do lote.
Não obstante, as duas linhagens apresentam características diferentes, mas estão submetidas
ao mesmo sistema e condições de produção. A carência de informação sobre qual linhagem
apresenta melhor desempenho produtivo constitui um constrangimento principal para o
alcance de uma boa viabilidade na produção de frangos de corte.

Face a essa situação surge a seguinte questão:

Qual das linhagens de frango de corte proporcionam o melhor desempenho produtivo


nas condições de produção da unidade Abrantes Castigo?

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Comparação do desempenho produtivo de duas linhagens de frangos de corte Ross 308 e Cobb 500 na
unidade de produção Abrantes Castigo província na Inhambane, distrito de Vilankulo

1.2. Justificativa

Existem diversos frangos comerciais de corte no mercado, e é de fundamental


importância conhecer seus desempenhos zootécnicos, bem como os parâmetros produtivos,
pois os mesmos possibilitam a transformação da avicultura numa actividade de índices
elevados de produtividade (ROSÁRIO, 2004).

Segundo SILVA (2006), o conhecimento das diferentes linhagens genéticas que


possuem melhores características produtivas como peso vivo, ganho de peso diário, consumo
de ração e conversão alimentar, torna importante ao produtor para escolha do tipo de sistema
de criação, instalações e linhagem a ser usada tornando o produto final competitivo ao
mercado.

Destes pressupostos, a execução do estudo se justifica no entendimento acerca de


linhagem que proporciona melhor desempenho produtivo e que irá proporcionar ao
empreendimento uma maior produtividade e consequentemente alta lucratividade.

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Comparação do desempenho produtivo de duas linhagens de frangos de corte Ross 308 e Cobb 500 na
unidade de produção Abrantes Castigo província na Inhambane, distrito de Vilankulo

1.3. Objectivos:

1.3.1. Geral:

 Comparar o desempenho produtivo de duas linhagens de frangos de corte Ross


308 e Cobb 500 na unidade de produção Abrantes Castigo.

1.3.2. Específicos:

 Identificar os factores que influenciam no desempenho produtivo das duas


linhagens;

 Determinar os parâmetros produtivos para as duas linhagens de frangos de corte


Ross 308 e Cobb 500;

 Analisar o desempenho produtivo das duas linhagens.

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II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Panorama de avicultura em Moçambique

Em Moçambique, a cadeia de produção do frango começa com a importação de pinto de


um dia (matriz) para cria e recria nos locais de reprodução. Noutros casos, as incubadoras
recebem os ovos férteis dos matrizeiros, para a geração de pintos híbridos comerciais de um
dia, que são distribuídos aos aviários ou às quintas de engorda. Após o término do período de
engorda, os frangos podem chegar ao consumidor final por dois canais de distribuição. O
primeiro é a venda do frango vivo ao mercado grossista, via que pode absorver entre 50% a
60% dos frangos produzidos. O segundo canal é a distribuição da carne de frango congelada
para os revendedores e retalhistas após a fase de abate e refrigeração. A cadeia também está
interligada a outras auxiliares que tem a função de fornecer rações, medicamentos e produtos
veterinários, equipamentos e embalagens à cadeia principal (GEMO, 2014).

O sistema de criação independente é o regime característico da produção avícola


moçambicana. Mas, devido ao elevado padrão de eficiência e concorrência a que o setor está
exposto, verifica-se que a curto e médio prazo, essa prática, realizada por pequenos e médios
criadores, terá uma redução mais acentuada. Esse sistema de criação, em que o produtor
produz e vende seus produtos no mercado livre, torna o produtor de frango, o elo mais fraco
da cadeia em Moçambique (NICOLAU et al, 2011).

O ciclo de produção é de, aproximadamente, oito meses. Dentro deste período, seis meses
são necessários para a importação de pais e a geração de pintos de um dia para corte. O
período no incubatório pode durar cerca de 22 dias, onde os ovos permanecem 18 dias em
incubação, 3 dias na eclosão e um dia, no mínimo, em “stock. O período de engorda das aves
destinadas ao corte é, no mínimo, de 35 dias (GEMO, 2014).

2.2.Origem, histórico e classificação da ave doméstica

 Origem

As aves são animais que possuem penas e são, pela evolução dos vertebrados,
descendentes dos répteis (ALBINO & TAVERNARI, 2010), devido à presença de escamas
nas canelas e outras semelhanças de natureza anatómica (LANA, 2000).

As aves tiveram sua origem cerca de 150 milhões de anos atrás, a partir da galinha
doméstica (Gallus gallus domesticus) surgiu a partir do processo de domesticação do Gallus

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bankiva, mais comummente conhecido como galinha Vermelha do Mato (Red Jungle Fowl),
que é considerado ser a galinha ancestral das aves comerciais de hoje (CRAWFORD, 1990).

De acordo com ALBINO & TAVERNARI (2010), a domesticação da galinha teve


origem na Índia e as actuais variedades foram originadas da espécie asiática selvagem Gallus
gallus, conhecida também como Gallus bankiva e Gallus ferrugineus. Primeiramente, foi
utilizada como animal de briga ou como objecto de ornamentação.

 Histórico

A domesticação das aves se deu a 3200 a.C. e com duas finalidades principais: adorno e
briga. Porém, os indivíduos que não serviam mais para estes fins eram então abatidos para o
consumo. No século XVI as brigas de galos eram muito difundidas na Europa e os criadores
muito exigentes em relação às características de força e agressão das aves. Em meados do
século XIX as brigas foram proibidas e, como consequência, surgiram às exposições com
objectivo de eleger as aves mais belas em relação à plumagem, tamanho corporal, formato de
cristas e barbelas. Portanto, pode-se dizer que nascia o interesse pela exploração das aves e o
início dos primeiros passos rumo ao desenvolvimento da produção avícola mundial
(GESSULLI, 1999).

 Classificação

Segundo ANDRIGUETTO et al. (2000), as aves domésticas são usualmente classificadas


em Galiformes: galinha, peru, galinha-d’angola, pavão e faisão; Anseriformes: pato, marreco,
ganso e cisne; Columbiformes: pombos em geral; e Passeriformes: pássaros em geral.

Tabela nº1: Classificação biológica da galinha doméstica

Categoria Nome Científico


Reino Animal
Filo Chordata
Subfilo Vertebrados
Classe Aves
Subclasse Neormithes
Superordem Neognathe
Ordem Galliforme
Subordem Galli

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Família Phasianinal
Género Gallus
Espécie Domesticus
Fonte: ANDRIGUETTO et al. (2000)

2.3. Frangos de Corte e linhagens comerciais

Frangos de corte ou ‘Broilers’ são frangos com 6 a 8 semanas de idade, de ambos os


sexos, com pesos entre 1,3 a 2,3 Kg, de carne tenra e suave, pele macia e cartilagens
flexíveis. A produção de frangos de corte tem crescido rapidamente em todo o mundo, com
melhorias na qualidade do produto final e redução nos custos de exploração derivados da
intensificação do nível de produção (GARCÊS, 2006).

Segundo ALBINO & TAVERNARI (2010), as características desejáveis em frangos de


corte são as seguintes: boa conversão alimentar, rápido ganho de peso, crescimento uniforme,
empenamento precoce, peito largo, pernas curtas, resistir a doenças e boa pigmentação de
pele.

 Linhagens comerciais

O frango de corte que se conhece actualmente é o resultado de sucessivos


melhoramentos genéticos que foi sofrendo através dos cruzamentos de várias linhagens puras
que deram origem ao que se conhece como híbridos de carne (GARCÊS, 2006).

Grande parte do aumento da produtividade avícola vem sendo obtida através da


utilização de técnicas modernas principalmente no que diz respeito à genética. No passado a
maioria das linhagens eram aquelas denominadas convencionais ou clássicas, em que a
selecção genética não se detinha á conformação do frango, dando-se maior importância ao
ganho de peso. Nos dias actuais as linhagens clássicas estão perdendo espaço rapidamente,
pois as linhagens comercializadas actualmente são desenvolvidas para obtenção do máximo
desempenho zootécnico e rendimento de cortes e carcaça (MOREIRA et al. 2003).

A base genética para obtenção das linhagens comerciais inicia com os cruzamentos de
quatro raças puras (New Hampshire, Cornish, Playmouth Rock branca ou barrada,
Australorp), obtendo os bisavôs, depois os avós, as matrizes e finalmente com o cruzamento
das matrizes têm-se as linhagens comerciais (API, 2014).

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Tal como ocorre em muitos países, o material genético em Moçambique, também é


importado a partir do segmento matrizeiro, através dos países vizinhos, como Zimbabué e
Zâmbia e as raças predominantes são Cobb ventress, Hubbard e Ross. O alojamento de
matrizes-pais está sob responsabilidade de duas empresas, uma na região Centro e outra no
Sul do país. Juntas detêm um plantel de 100.000 matrizes de corte (GEMO, 2014).

O fornecimento de matéria-prima para as incubadoras depende da produção interna de


ovos de incubação em 47% e da importação de ovos que corresponde aproximadamente 53%
de ovos incubados. A procedência dos ovos importados são na maioria de Zimbabué, 70 %, e
o restante da Zâmbia, e há registros de importações de ovos de incubação do Malawi, por
produtores independentes da região Norte do país (NICOLAU et al, 2011).

Através do melhoramento genético clássico com mensuração de algumas variáveis


como peso vivo, consumo de alimento, mortalidade e de rendimento de carcaça foi possível
obter as melhorias nas linhagens de frango de corte, sendo fundamental o conhecimento do
desempenho zootécnico das diferentes linhagens comerciais e das características de carcaça
que melhor atendem as exigências dos produtores e consumidores. As diferentes genéticas
que predominam o sector avícola apresentam diferenças nas características de velocidade de
crescimento, conversão alimentar e ganho de peso, que passam a ser fundamentais tanto na
escolha da linhagem, como da melhor nutrição a ser oferecida (SILVA, 2006).

O melhoramento genético de frangos com o passar dos anos, tem introduzido no


mercado linhagens mais modernas de alto rendimento produtivo. Desta forma, é necessário
definir características e limites de produção para essas novas linhagens, pois as mesmas
podem ter comportamentos diferenciados em relação ao ambiente em que são submetidas
criadas. Embora praticamente todas as linhagens existentes hoje no mercado sejam de alto
rendimento, existem diferenças entre as mesmas, visto que o resultado final depende de quais
características foram focadas no programa de formação da linhagem. Da mesma forma que
novas linhagens surgem no mercado, novas pesquisas são de fundamental importância para a
indústria e o produtor a fim de estabelecer novos parâmetros de criação (ARRUDA, 2013).

2.4.Caracterização da linhagem Ross 308

A linhagem Ross 308 é um frango de corte robusto, apresenta alto índice de crescimento,
e uma boa conversão alimentar. Este produto foi preparado para satisfazer as demandas dos

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clientes que necessitam de um desempenho estável para atender uma grande variedade de
produtos na linha de abate (ARRUDA, 2013).

Para ROSARIO (2004) & VIEIRA et al. (2007), a linhagem Ross 308 apresenta
desempenho produtivo semelhante à linhagem Cobb 500, porém, possui crescimento inicial
inferior, com o ganho compensatório após os 21 dias de idade, obtém alto ganho de peso
final, fazendo com que o peso de abate seja semelhante entre as linhagens. Para estes mesmos
autores, as aves da linhagem Ross 308 apresentam melhor rendimento de peito e a linhagem
Cobb 500 maior rendimento de coxas e sobrecoxas.

São evidentes as diferenças entre machos e fêmeas no desempenho produtivo de Ross


308, os machos com maior ganho de peso diário apresentam maior peso vivo possibilitando
serem abatidos com menor idade, melhor rendimento de carcaça eviscerada e de peito. As
fêmeas apresentam menor ganho de peso diário, sendo abatidas com idade superior aos
machos e com menor peso de carcaça. Devido ao crescimento mais lento, as fêmeas tendem a
apresentar conversão alimentar pior que os machos, porém, a qualidade da carcaça poderá ser
melhor das fêmeas devido ao melhor empenamento, evitando arranhões e hematomas
(OLMOS, 2008).

Por ser animais de massa corporal possuem capacidade de se aquecerem mais


lentamente em um dia quente, armazenando o calor excedente e dissipa-lo durante a noite,
quando a temperatura é mais baixa. Aves mantidas em ambiente de conforto térmico
apresentaram maiores valores de consumo de ração, ganho de peso e os piores de conversão
alimentar quando comparados as aves mantidas sob estresse por calor (OLIVEIRA et al.,
2006).

Com relação à densidade de alojamento, a linhagem Ross 308, apresenta melhores


resultados de desempenho zootécnico, como conversão alimentar, ganho de peso, consumo
da ração e ganho de peso diário em menores densidades (10 aves/m²), quando comparada a
maiores densidades (15 aves/m²). Quanto aos valores médios obtidos para viabilidade e
uniformidade, a maior taxa de lotação (15 aves/m²) apresenta os melhores índices de
viabilidade e de uniformidade para o período total de criação, enquanto entre os sexos não há
diferenças significativas. O incremento na taxa de lotação atua de forma negativa sobre o
peso médio diário. (ARRUDA 2013).

De acordo com MOREIRA et al. (2004), o aumento da densidade populacional de 10 a


16 aves/m2 causa redução no ganho de peso, principalmente na fase final de criação, apesar
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de não haver diferenças entre 13 e 16 aves/m2. Este aumento da densidade não afecta o
rendimento de carcaça e cortes nobres (peito e pernas), além de não influenciar as
características de qualidade (perda de peso por cozimento) e pH da carne de peito.

Não existe diferença na linhagem Ross 308 entre o sexo na resposta de fotoperiodismo.
O rendimento do frango de corte não é óptimo quando se submete a 23horas de luz ao dia,
por isso não se recomenda esse programa de iluminação. O número de horas de luz ao dia
tem um impacto importante sobre a taxa de crescimento e os efeitos dependem da idade ao
abate. Aos 31 dias ou 32 dias, o peso corporal responde ao fotoperíodo, alcançando seu
máximo pico de peso corporal com 20 horas de luz. A prática de diminuir o fotoperíodo a
menos de 20 horas de luz reduz o peso corporal. Inclusive a esta idade precoce de sacrifício,
os frangos que recebem 17 horas de luz não apresentam diferenças estatísticas significativas
na taxa de crescimento em comparação com as aves que recebem 23 horas de luz (CLASSEN
et al., 2010).

O consumo de alimentos também se vê afetado pela duração do dia. Em geral, a


resposta no consumo de alimentos é muito semelhante à que se observa na taxa de
crescimento. Em todas as idades de abate, os frangos que recebem 20 horas de luz comem
mais como acontece com a taxa de crescimento, a comparação entre 20 horas de luz e 23
horas de luz. As aves que recebem 14horas de luz têm o mesmo aumento de peso de 1 a 49
dias que aqueles que recebem 23horas de luz, porém consumem menos alimento (OHTANI,
2000).

Os efeitos de fotoperiodismo sobre a conversão alimentar mostram que do 1 a 32 dias


melhora conforme a diminuição do comprimento do dia, de tal modo que as aves são mais
eficientes. A melhor conversão alimentar das aves que recebem 14 horas de luz é semelhante
aos que recebem 20horas e 23horas de luz (CLASSEN et al., 2010).

2.4.1. Caracterização da linhagem Cobb 500


A linhagem Cobb 500 proporciona melhor conversão alimentar e desempenho superior
em capacidade de apresentar bons resultados sob nutrição de baixo custo, meno custo de
produção de carne, alto nível de uniformidade e desempenho reprodutivo competitivo
(DONATO, 2014).

Para LARA et al. (2008), a linhagem Cobb 500 apresenta o melhor desempenho
produtivo em função do grande ganho de peso, maior rusticidade e resistência a diversas
situações de maneio como temperatura, stress e alta densidade. Além disso, possui alta
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capacidade de deposição de músculo, como peito, obtendo melhor conversão alimentar, mas
como consequência do alto ganho de peso, a estrutura óssea tornasse limitante, predispondo a
ocorrência de problemas locomotores, tendo menor viabilidade do lote em função de maior
mortalidade devido a enfarto e problemas de perna.

Na comparação da sexagem, os machos apresentam maiores rendimento de peso de


carcaça e melhor rendimento da carcaça eviscerada em relação ao peso vivo e a carcaça
eviscerada em relação as fêmeas da mesma linhagem (ZANELLA et al., 2008).

A linhagem Cobb apresenta o menor rendimento de dorso. O rendimento deste linhagem


não possui interesse económico pelo fato de não ser um corte nobre, onde na maioria das
vezes é pouco aproveitado ou até mesmo descartado totalmente para subprodutos
(MOREIRA et al., 2004).

A linhagem Cobb 500 com aumento da densidade de alojamento (18aves/m2) leva a um


aumento da incidência de dermatites de contato o que gera descarte de carcaças no
frigorífico. Dessa forma, altas densidades de alojamento também podem predispor a uma
maior incidência de dermatites (ARRUDA, 2013).

Em densidade de 15 aves/m2 a (16aves/m2) Cobb 500 apresenta características que


possibilitam maior desempenho em comparação a linhagem Ross, devido a maior rusticidade
e resistência a adversidades de temperatura e maneio enquanto para a linhagem Ross com
aumento da densidade poderá diminuir o desempenho das aves. Esse aumento de densidade
alojamento possibilita o aumento de ganho de peso/m2 forma linear (NOWICKI et al., 2011).

A capacidade de suportar o calor e inversamente proporcional ao teor de humidade


relativa do ar. Quanto maior a humidade relativa, mais dificuldades a ave tem de remover o
calor interno pelas vias aéreas, o que leva ao aumento da frequência respiratória. Pintinhos de
7 dias de idade mantidos a 4 oc abaixo de conforto térmico recomendado é semelhante ao
mantido a temperatura de conforto, porém animais criados a altas temperaturas obtiveram
desempenho pior que animais mantidos em temperatura de conforto. (SILVA et al., 2009).

Os pintos com 1 a 7 dias de idade, submetidos ao programa de luz 23 luz e crescente


apresentam maior peso vivo em relação aos de 16horas de luz e 8horas de escuro, isso porque
os pintos expostos maior fotoperiodismo 23horas de luz e 1hora de escuro possibilita maior
acesso aos comedouros. O consumo da ração das aves submetidas ao programa de luz natural
é menor em relação as aves submetidos ao programa de luz 23 luz de 16horas de luz e 8horas
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de escuro. A viabilidade da luz natural é semelhante à da luz crescente e de 16 horas Luz e


maior que a de 23horas Luz e 1hora de escuro, devido ao crescimento inicial mais lento das
aves de luz natural. Em aves com crescimento lento, a ocorrência de doenças metabólicas,
tais como ascite e morte súbita é menor (MORAES et al., 2008).

Frangos de corte de linhagem obb 500 de 1 a 11 dias de idade submetidas a


temperatura ambiente máximas e mínimas de 29,05oC e 21,21oC, respectivamente
apresentam redução no ganho de peso médio e no consumo médio de ração, não tendo efeitos
significativos sobre a conversão alimentar, porém, destaca-se o possível stress dos animais
por frio, com gastos de maiores de energia para a termorregulação corporal, reduzindo o
desempenho (TOLEDO et l., 2007).

Tabela nº 2: Comparação de desempenho de Ross 308 e Cobb 500

Cobb 500 Ross 308


Semanas GP (g) CR (g) CA (g) GP (g) CR (g) CA (g)
1 123 140 1,14 140 161 1,15
2 389 455 1,17 413 523 1,27
3 802 1063 1,33 832 1149 1,38
4 1356 2020 1,49 1370 2065 1,51
5 1976 3249 1,64 2021 3248 1,61
Fonte: DONATO (2014)

2.5.Factores que influenciam a produção de frangos de corte

2.5.1. Densidade de criação

A densidade correcta de alojamento é essencial para o êxito do sistema de produção de


frangos de corte, pois garante o espaço adequado ao desempenho máximo das aves. Além do
desempenho e lucratividade, a densidade de alojamento adequada também implica
importantes questões relacionadas ao bem-estar das aves. Uma densidade inadequada pode
acarretar problemas de pernas, arranhões, contusões e mortalidade. Além disso, a integridade
da cama também será comprometida COBB... (2008).

A densidade de frangos/m2 varia com o clima da região , a época do ano, o peso e idade
das aves a abate e o maneio do ambiente pelo criador . Pode ir de 10 frangos̸ m 2 no verão de

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12 frangos/m2no inverno ou em pavilhões com sistemas automáticos de controlo de


temperatura (GARCÊS, 2006).

A densidade de alojamento deve ser considerado na produção de frangos de corte, já


que o excesso de animais por área pode provocar estresse, mortalidade, baixo desempenho,
enquanto o retorno do investimento nas instalações pode ser afectado, se houver subutilização
de áreas (ARAÚJO et al., 2007).

A redução do espaço no interior dos pavilhões pode contribuir para a redução do


desempenho devido à maior disputa pelo acesso aos comedouros e bebedouros, e, também
pode levar a uma redução da qualidade de ar ocasionado pelo aumento da concentração de
gases no interior dos aviários. Em consequência disso normalmente ocorre a redução da
qualidade de carcaça juntamente com a queda da eficiência alimentar (FEDDES et al., 2002).

2.5.2. Iluminação

Segundo ROSA (2014), Os programas de iluminação são vistos como ferramentas de


gestão e visam à redução de canibalismo, de actividade excessiva e de custos com energia
eléctrica, além de promover o bem-estar animal.

O programa de luz tem como finalidade de regular o consumo de alimento pelas aves,
por isso sua utilização deve ser bem planejada para não comprometer a curva de crescimento
normal das aves e elevar a mortalidade, e consequentemente a conversão alimentar
(HEINZEN, 2006).

Outra função do programa de luz é reduzir problemas metabólicos nas aves. Sabe-se
que a alta taxa de crescimento do frango de corte actual é resultante do melhoramento
genético e das condições de produção, como nutrição e maneio. Do ponto de vista genético,
busca-se uma ave capaz de ganhar peso de forma muito rápida com o objectivo de atingir o
peso de abate em um curto intervalo de tempo. No entanto, uma das dificuldades observadas
no início do período de produção, é que o frango moderno produz muita massa muscular em
prejuízo do desenvolvimento esquelético, coração e sistema circulatório. Assim, as aves
ganham peso muito rápido, apresentando predisposição ao desenvolvimento de problemas de
pernas, ascite e baixa viabilidade (DONALD et al., 2001).

Existem vários programas de luz utilizados na criação de frangos de corte com


finalidade de estimular o consumo de alimento (ração e água), melhorar à crescimento e

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adaptá-los ao ambiente nos primeiros dias de vida. Esses devem ser determinados em função
da linhagem, região, estação do ano, desempenho do lote e do maneio pré-determinado pelo
produtor (BARBOSA, 2004).

O fotoperíodo contínuo compreende um programa de luz contínua (24h luz:0h escuro),


quase contínua (23h luz:1h escuro, 16h luz:8h escuro). Os programas contínuos, de longa
duração, propiciam condições para o máximo consumo e ganho de peso pelo acesso aos
comedouros. Programas de luz intermitentes caracterizam-se por apresentar períodos
intercalados de luminosidade e escuridão em 24 horas. Frangos submetidos aos programas
apresentam maior produtividade, menor incidência de morte súbita, e de problemas de patas
quando comparados aos programas contínuos (ABREU et al., 2006).

2.5.3. Temperatura

A temperatura é o mais importante elemento meteorológico que influi directamente


para o conforto térmico e funcionamento geral dos processos fisiológicos, por envolver a
superfície corporal dos animais, afecta directamente a velocidade das reacções que ocorrem
no organismo que influenciam a produção animal. A temperatura interna das aves é de 41,1
ºC, e por se tratar de animais homeotermos, o seu sistema fisiológico trabalha para manter
esta temperatura estável, accionando assim mecanismos de repostas quando elas são
submetidas a desafios térmicos (SANTOS, 2012).

A temperatura ambiente é considerada o factor físico de maior efeito no desempenho de


frangos de corte, já que exerce grande influência no consumo de ração e, com isto, afecta
directamente o ganho de peso e a conversão alimentar destes animais. Aves submetidas a
temperaturas ambientais fora da zona de termo neutralidade respondem com comportamentos
alimentares e atitudes físicas características (CORDEIRO, 2007).

As altas temperaras reduzem o consumo de alimento, o ganho de peso prejudicando o


desempenho dos frangos, elevam também o índice de mortalidade. Já as baixas temperaturas
podem melhorar o ganho de peso mais as custas de elevada conversão alimentar (SANTOS,
2012).

As altas temperaturas alteram o equilíbrio das enzimas pancreáticas nas aves.


Encontraram alteração na amilase pancreática em aves submetidas ao estresse por calor. o
estresse causa um consistente aumento na atividade da amilase em frangos, o que pode

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comprometer a digestão do amido e, consequentemente, o desempenho animal (ROUTMAN


et al. 2003).

Com relação às baixas temperaturas, ocorre um fator positivo que é o aumento do


ganho de peso, mas, associado a isso, há o aumento da taxa de conversão alimentar.
Temperaturas menores que 10°C promovem redução no ganho de peso e na eficiência
alimentar, entre 10°C e 21°C a eficiência alimentar permanece afetada (SANTOS, 2012).

O excesso de frio e, principalmente, o excesso de calor, resultam em menor


produtividade, afectando também o crescimento e a saúde das aves, o que, em situação
extrema, pode ocasionar um acréscimo da mortalidade dos lotes (SALGADO et al. 2007),

Tabela nº3: Temperatura para o conforto térmico na criação de frangos de corte


Idade (Semana) Temperatura (oc)
1 32-34
2 28-32
3 26-28
4 24-26
5 18-24
Fonte: OLIVEIRA et al. (2006)

2.6.Parâmetros produtivos de frangos de corte

O desempenho do lote pode ser avaliado através de índices ou indicadores como: índice
de eficiência produtiva, ganho de peso, consumo da ração, conversão alimentar, viabilidade e
mortalidade (GARCÊS, 2006)

O desempenho produtivo das aves pode ser avaliado utilizando os seguintes


zootécnicos: ganho de peso (GP), obtida pela diferença entre a massa viva das aves ao final e
ao início de um período de tempo considerado; consumo da ração (CR) quantidade de ração
consumida durante o período considerado, conversão alimentar (CA) relação entre a
quantidade da ração consumida e o ganho de massa ou peso corporal correspondente ao
período de tempo considerado e a mortalidade (M%) percentagem dos animais mortos
durante o período do ciclo produtivo considerado (ABREU et al., 2000 & MAPA 2009).

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2.6.1. Índice de Eficiência Produtiva (IEP)

O índice de eficiência produtiva (IEP) é o principal indicador para mensurar o


desempenho zootécnico de um lote de frangos de corte, levando em consideração o peso
vivo, a viabilidade, a conversão alimentar e a idade das aves. Portanto, deseja-se abater as
aves com maior peso vivo e viabilidade na menor idade e conversão alimentar possível, que
resultará num valor alto de IEP, consequentemente, se os parâmetros já citados não
apresentar os resultados desejados o IEP será inferior que resultara em baixo desempenho do
lote (MOREIRA et al., 2003).

NETO & CAMPOS (2004), ao avaliarem o desempenho zootécnicos das linhagens de


rápido crescimento incluindo o Cobb 500 e Ross 308, constataram maiores índices de
eficiência produtiva, para lotes da linhagem Cobb 500, devido ao índice de viabilidade do
mesmo ser maior que da outra linhagem, e a conversão alimentar ser menor, esses factores
reflectiram em maiores IEP.

Segundo VIEIRA et al. (2007), a linhagem Cobb 500 apresenta IEP superior a Ross, o
resultado teve a influência do maior peso vivo verificado e da menor conversão alimentar.

Por sua, MARTINS et al. (2012) observaram maiores índices de eficiência Produtiva
para a linhagem Ross 308, esta apesar de não ter maior índice de viabilidade que o lote de
Cobb 500, apresenta menores índices de conversão alimentar e maiores valores de ganho
médio diário, valores que contribuíram para um maior IEP.

Segundo OLMOS (2008), no fim de ciclo produtivo de 35 dias o IEP para as linhagens
Cobb 500 e Ross 308 deve ser 303 e 291 respectivamente.

2.6.2. Conversão Alimentar (CA)

É o parâmetro zootécnico de maior influencia sobre (IEP), até mesmo por se tratar de
influência mais importante na avicultura moderna onde o frango é um transformador de grãos
em carne. Sofre grande influência do ambiente de criação. É o produto da divisão de ração
pelo peso total de lote na retirada das aves. A ração consumida pelas aves que morrem é
contabilizada, sendo assim, quanto maior a mortalidade pior a conversão alimentar. O ideal é
utilizar a conversão alimentar corrigida para um determinado peso padrão. (MORIRA et al.,
2003).

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Em condições semelhantes de maneio e de nutrição, conversão alimentar dos frangos de


corte machos apresenta-se superior ao das fêmeas, isso deve pela melhor eficiência no
aproveitamento dos alimentos, melhorando a conversão alimentar com maior deposição de
tecido muscular (API, 2014).

Deficiências ou desequilíbrios de nutrientes que compõem a ração podem ter efeitos


graves sobre a qualidade óssea, conversão alimentar, no bem-estar e no desempenho de
frangos de corte (LANA, 2000).

NETO & CAMPOS (2004), em estudo concluíram que a conversão alimentar foi
afectado significativamente pela linhagem, na qual a linhagem Ross 308 destacou-se
positivamente.

Por sua vez VIEIRA et al. (2007), obtiveram a melhor conversão alimentar pela
linhagem Cobb 500 havendo também diferença significativa nas linhagens.

Por sua vez OLMOS (2008), apois a realização do seu estudo teve resultados de
conversão alimentar para Cobb 500 1,68 e para Ross 308 1,71.

2.6.3. Consumo de Ração (CR)

A nutrição animal é um factor importante no desempenho dos frangos de corte, pois a


conversão do alimento em carne depende basicamente deste. De acordo com as exigências
nutricionais garantindo melhor desempenho produtivo das aves quando mal balanceada a
ração baixa o desempenho dos frangos por intermédio de composição deficiente
(ANDRIGUETO, 2000).

A forma física da ração varia bastante, podendo esta ser farelada, granulada, peletizada
ou extrusada. A ração processada é geralmente preferível, pois é vantajosa tanto do ponto de
vista nutricional quanto de manejo. As rações peletizadas ou extrusadas em geral são
manuseadas mais facilmente, quando comparadas às rações fareladas, no entanto com um
custo de produção mais elevado. Do ponto de vista nutricional, as rações processadas
demonstram marcante melhoria da eficiência e da taxa de crescimento dos plantéis, em
comparação com rações fareladas (AJINOMOTO, 2013).

Utilizando material genético de qualidade em instalações que possibilitem ambiência


adequada e com todo o conhecimento obtido nos últimos anos na nutrição que é fornecida as
aves, os lotes tornam-se menos susceptíveis a problemas sanitários, apresentando

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desempenho produtivo satisfatório que possibilitam aumentar o peso e reduzir a idade de


abate das aves (API, 2014).

Com o avanço genético das aves, houve uma melhoria na taxa de crescimento,
conversão alimentar e no rendimento de carcaça, no entanto, para obter esses melhores
resultados são necessárias mudanças na nutrição das aves. Como o desempenho produtivo é o
resultado do potencial genético no qual tem-se a influência do ambiente e da nutrição, o
conhecimento das exigências nutricionais das aves é importante para que as aves possam
expressar o máximo de seu potencial genético (VIEIRA et al., 2007).

As exigências são alteradas conforme a idade das aves. Na fase inicial, as aves possuem
maior exigência na maioria de seus nutrientes e a exigência de proteína, que é um dos
principais nutrientes das rações através dos aminoácidos diminui com o avançar da idade e o
uso em quantidade certa é eficaz para o bom desenvolvimento das aves, como também no
custo de produção (AJINOMOTO, 2013).

VIEIRA et al. (2007) & MOREIRA et al. (2003) em estudo concluíram que linhagem
Ross 308 apresentaram ao final, consumo de ração superior quando comparadas a Cobb 500.

2.6.4. Ganho Médio de Diário (GMD)

É o índice de produtividade e aumenta a sua lucratividade por meio do seu uso. Nada
mais é do que o produto da divisão do peso médio de lote por sua idade, em dias. Assim
como a conversão alimentar, é grandemente influenciado por idade dos animais, já que o
ganho de peso não é linear (TRONI, 2013).

São evidentes as diferenças entre machos e fêmeas no desempenho produtivo. Machos


com maior ganho de médio diário apresentam maior peso vivo possibilitando serem abatidos
com menor idade, melhor rendimento de carcaça eviscerada e de peito. Fêmeas apresentam
menor ganho de médio diário, sendo abatidas com idade superior aos machos e com menor
peso de carcaça. Devido ao crescimento mais lento, as fêmeas tendem a apresentar conversão
alimentar pior que os machos, porém, a qualidade da carcaça poderá ser melhor as fêmeas
devido ao melhor empenamento, evitando arranhões e hematomas (OLMOS, 2008).

Os resultados encontrados pelo OLMOS (2008) ao realizar seu experimento ganho


médio diário para Cobb 500 e Ross 308 foram 57,22g e 56,53g respectivamente.

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Por sua vez DONATO (2014), afirma que até ao fim de 35 dias os frangos de corte de
linhagem Cobb 500 devem ter um ganho médio de peso, correspondente a 100%.

Apresentando menor ganho médio e menor ganho de peso na fase inicial, é evidente o
menor consumo de ração da linhagem Hubbard nesta fase, com aumento de consumo na fase
final, sendo que Hubbard e Ross 308 apresentaram ao final, consumo de ração superior
quando comparadas a Cobb 500, semelhante a VIEIRA et al., (2007).

2.6.5. Ganho de Peso Total (GPT)

É o peso das aves em determinado momento do ciclo produtivo. O ganho de peso pode
ser expresso em forma de ganho semanal ou acumulado, as pesagens são feitas semalmente
de forma a controlar o desempenho (GARCÊS, 2006).

Existem diferenças no desempenho produtivo e também no ganho de peso total nas


diferentes linhagens, o mesmo é influenciado pela linhagem, sexo e a idade sendo importante
estabelecer o melhor peso de abate tanto para fêmea quanto para o macho, no qual possibilita
obter melhor qualidade da carne. Aves mais velhas e os machos apresentam aumento do peso
devido ao aumento da espessura do músculo pectoralis major (API, 2014).

Na comparação das aves sexadas, verifica-se que os machos apresentam maior peso de
carcaça e melhor rendimento da carcaça eviscerada em relação ao peso vivo e também da
carcaça eviscerada com relação a carcaça depenada e após a sangria. O maior peso de
carcaça, bem como o maior rendimento da carcaça por parte dos machos é justificado pela
maior percentagem de gordura apresentada pelas fêmeas, a qual acaba interferindo no ganho
de peso e na conversão alimentar deste grupo STRINGHINI et al. (2003).

Segundo OLMOS (2008), após um ciclo de criação de 35 dias as duas linhagens


apresentam um peso vivo de 1953g para Cobb 500 e 1967g para Ross 308.

VIEIRA et al. (2007), em estudo concluíram que os animais da linhagem Ross 308
apresentam maior peso vivo aos 21 dias de idade quando comparados aos da linhagem Cobb
500. Contudo, quando esta resposta foi avaliada aos 35 dias não houve diferença significativa
entre as linhagens.

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2.6.6. Taxa Viabilidade (TV)

É a diferença entre as aves alojadas e as retiradas para o abate, em percentagem entre as


aves não abatidas e importante fazer distinção entre as aves de refugos e as mortas
(MOREIRA et al., 2003).

No geral aceita se como normal uma percentagem de mortalidade de 3% acima dessa é


considerada fora dos padrões aceitáveis como normais, e consequentemente uma taxa de
viabilidade de 97% (GARCÊS, 2006).

MACARI (2004), diz que a mortalidade na primeira semana de vida das aves deve ser
no máximo de o, 8% e de 0,5% em cada semana ate ao fim do ciclo produtivo.

Conforme HEIER et al. (2002), a mortalidade em frangos de corte pode ser


influenciados por diversos factores. Dentre eles destacam as características do próprio
pavilhão onde as aves são alojadas, sistema de ventilação, o tamanho do pavilhão, a
densidade de alojamento, sistema de fornecimento de ração e água.

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III. METODOLOGIA

3.1. Descrição da Área de Estudo

O presente trabalho foi realizado na unidade de produção Abrantes Castigo que se


dedica a criação e venda de frangos de cortes. A unidade de produção Abrantes Castigo está
localizada no bairro 5º congresso á 800m da estrada N 240, vila sede do Município de
Vilankulo província de Inhambane. A unidade ocupa uma área de cerca de 1350m2, possui 5
pavilhões um com 84m2 e os restantes com 42m2 cada, possui 6 trabalhadores, todos de sexo
masculino com uma idade que varia de 18-50 anos.

O trabalho foi realizado nos meses de Julho a Setembro e dividida em duas fases, a
primeira fase foi de estágio que decorreu de 17 de Julho a17 de Agosto e a segunda foi de
experimento, decorreu de 19 de Agosto a 24 de Setembro.

3.2. Perfil do distrito

O Distrito de Vilankulo, localiza-se na região sul de Moçambique a Norte da Província


de Inhambane, com uma superfície de cerca de 5.867km2 incluindo as ilhas de Benguerrua e
Magaruque o que corresponde a l8% da área total da província. A sede do Distrito localiza-se
na Autarquia da Vila de Vilankulo. Tendo como limites a Norte o Distrito de Inhassoro, a Sul
com o Distrito de Massinga, a Oeste com os Distritos de Mabote e a Este com o Oceano
Índico (MAE, 2005).

3.3. Actividades realizadas durante estágio

Durante o estágio foram realizadas actividades como: limpeza e desinfecção das


instalações e equipamentos, preparação da cama, recepção dos pintos, arrumação de
comedouros e bebedouros, fornecimento de ração e água limpa, preparação dos
aquecedores, pesagem semanal dos pintos, registos de mortalidade e consumo da ração e
vacinações contra Newcastle com 7 dias de vida, Gomboro com 14 dias de vida e aos 21
dias vacinou-se contra Newcastle.

O maneio da cama era feita de maneira superficial em lugares molhados por onde se
encontravam localizados os bebedouros e completa quando a mesma apresentava uma
elevada quantidade de esterco para evitar empastamento e níveis elevados de amónia, o
maneio de cortinas fez se diariamente duas vezes ao dia (de manhã e de tarde). O
fornecimento da ração era feita duas vezes ao dia (de manhã e de tarde) e também os pintos

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com dois dias de vida até aos 21 dias foram dados vitaminas de nome Keproceryl WSP com
a seguinte composição (vitamina C3, vitamina E, vitamina D3, vitamina B1, vitamina B2,
vitamina A e vitamina B12 todas com 2 mg, sulfato de estreptomicina 35mg, sulfatos 35
mg, e critetraciclina HCL 50 mg), misturados com água limpa.

3.3.1. Vazio sanitário

O vazio sanitário consistiu na limpeza seca e húmida, a seca compreendeu a retirada da


cama de serradura através de pás e vassouras, a húmida que consistiu na lavagem de todos
equipamentos dos aviários (bebedouros, comedouros, tubos dos bebedouros automáticos,
cortinas, redes, limpeza dos tanques de abastecimento de água). Após as limpezas fez-se a
desinfecção das instalações com desinfectante de nome Detrix com a seguinte composição
(Cloreto de didecil dimetil amónio, cloreto de alquil dimetil amónio, 2-metil-4metil
isotiazolin fragrância e água) misturado com água. O vazio sanitário foi realizado 7 dias antes
da entrada de novo lote.

3.3.2. Maneio Pré Alojamento e alojamento

O maneio pré-alojamento iniciou dois dias antes da chegada dos pintos e consistiu na
colocação da cama de serradura, montagem das cortinas nos pavilhões, preparação das
fontes de calor feitas a partir de aquecedores á carvão e a distribuição uniforme dos
bebedouros infantis contendo água com açúcar.

O maneio do alojamento foi feito imediatamente a chegada dos pintos na unidade de


produção e consistiu no descarregamento dos pintos para os aviários, distribuição no
pavilhão e primeira pesagem, onde posteriormente foram ajudados a beberem a água através
da agitação das paredes do pavilhão de modo com que as aves mantêm-se acordadas de
modo a beberem água e foi feita a monitoria da temperatura.

3.3.3. Maneio inicial

O maneio inicial compreendeu os primeiros 14 dias de vida das aves, as principais


actividades realizadas durante essa fase foram: fornecimento de ração A1 e água ad libitum,
controlo da temperatura, diminuição da cama de serradura, regulação dos bebedouros e
comedouros a medida que as aves cresciam de modo a garantir o seu conforto e a minimizar
o desperdício de ração, abertura das cortinas para garantir a renovação do ar e vacinação
contra Newcastle aos 7 dias através da água para beber.

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3.3.4. Maneio de crescimento e final

O maneio de crescimento e final das aves teve duração de 21 dias, nesta fase foram
realizadas actividades como, a promoção da circulação de ar nos aviários através da abertura
das cortinas durante o dia. Continuou-se a fornecer ração A2 e água ad libitum, regulação dos
bebedouros e comedouros consoante o crescimento das aves, remoção da cama de serradura
pois a mesma continha muito esterco, onde nessa fase as aves foram vacinadas contra
Newcastle aos 21 dias através da água para beber.

Tabela nº4: Composição nutricional da ração fornecida durante o período experimental

Nutriente Ração inicial (A1) Ração crescimento (A2)


PB, % 20.50 18.00
GB, % 5.00 4.50
FB, % 5.00 5.00
C, % 5.00 5.00
Fonte: Higest Moçambique (2014)

3.4. Definição da amostra animal

Para a realização do trabalho (experimento) foram utilizados 50 pintos-de-um-dia de


duas linhagens comercial de corte Cobb 500 e Ross 308 fornecidos pelas empresas Higest e
Kharafa respectivamente e distribuídos em duas parcelas experimentais no mesmo pavilhão
. Os mesmos foram criados num ciclo produtivo de 35 dias de idade.

3.5. Colecta de dados

3.5.1. Factores que influenciam o desempenho produtivo de frangos de corte

Para a obtenção de dados referentes aos Factores que influenciam o desempenho


produtivo de frangos de corte foi verificada a temperatura do pavilhão durante o ciclo
produtivo feito duas vezes ao dia (8:00h e 16:00h) a partir de um termómetro localizado no
centro do aviário.

A avaliação da densidade fez-se mediante relação entre período (época do ano) e


número de aves/m2. A densidade de alojamento utilizado na unidade Abrantes Castigo é de
12 aves/m2.

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Comparação do desempenho produtivo de duas linhagens de frangos de corte Ross 308 e Cobb 500 na
unidade de produção Abrantes Castigo província na Inhambane, distrito de Vilankulo

O programa de iluminação de luz utilizado pela unidade Abrantes Castigo é de 24horas


de luz ou melhor programa de luz contínua.

3.5.2. Parâmetros produtivos

 Ganho Médio Diário (GMD)

Calculado após o fim do ciclo e foi obtido através da divisão de peso total das aves por
dias de duração do ciclo produtivo em gramas, conforme a fórmula abaixo.

Gan ho de peso g
𝐺𝑀𝐷 = Periodo total de criacao (35 dias )

 Ganho de Peso Total (GPT)

Foi obtido através da subtracção de peso final com peso inicial. Conforme a fórmula
abaixo.

𝐺𝑃𝑇 = 𝑃𝑓 − 𝑃𝑖

 Consumo da Ração (CR)

Os dados referentes ao consumo da ração foram obtidos através do consumo total


dividido por número total das aves.

Ra ção total consumida g


𝐶𝑅 = Número tatal de aves

 Conversão Alimentar (CA)

Foi calculada pela divisão do consumo total da ração dividido por ganho de peso total.

Ra ção total consumida g


𝐶𝐴 = Gan ho de peso g

 Taxa de viabilidade (TV)

Para calcular-se a viabilidade foram registadas as mortalidades durante a fase


experimental, retirou-se o número de aves sobreviventes e dividiu-se pelo número de aves
instaladas e multiplicou-se por 100, conforme a fórmula.

Número de aves sobreviventes


TV = ∗ 100
Número de aves instaladas

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Comparação do desempenho produtivo de duas linhagens de frangos de corte Ross 308 e Cobb 500 na
unidade de produção Abrantes Castigo província na Inhambane, distrito de Vilankulo

 Índice de Eficiência Produtiva (IFP)

Foi calculado de acordo com a fórmula descrita abaixo.

Gan ho medio diario g ∗viabilidade (%)


IEP = ∗ 100
Conversao alimentar

3.6. Delineamento experimental e análise de dados

O delineamento usado foi delineamento completamente casualizado (DCC), composto


por dois tratamentos (linhagem Ross 308 e Cobb 500), e 25 repetições, isto quer dizer que
cada frango representa uma unidade de repetição.

Para análise estatística dos dados foi usada a técnica de estatística descritiva. Na
comparação do efeito das linhagens sobre o desempenho produtivo empregou-se o teste f
(ANOVA) e no caso de diferença significativa foi utilizado o teste de comparações múltiplas
de Duncan no intervalo de significância estatística de P≤0,05, com nível de confiança de
95%.

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Comparação do desempenho produtivo de duas linhagens de frangos de corte Ross 308 e Cobb 500 na
unidade de produção Abrantes Castigo província na Inhambane, distrito de Vilankulo

IV. RESULTADO E DISCUSSÃO

4.1. Factores que influenciaram o desempenho produtivo das duas linhagens


 Temperatura
Os resultados referentes a temperatura mostram que no pavilhão, na primeira semana da
fase experimental a temperatura manteve-se na zona de conforto das aves, onde a máxima e
mínima registada foi de 34°C -32°C. A partir da segunda até a quinta semana a temperatura
dentro do pavilhão oscilou saindo da zona de conforto das aves, onde as máximas e mínimas
registadas foram 32°C -30°C, 30°C -28°C, 28°C -26°C e 27°C -25°Crespectivamente.

Este resultado não vai de acordo com o padrão de comportamento da temperatura desde
a segunda a quinta semana recomendado por OLIVEIRA et al. (2006), quando afirma que o
intervalo de temperatura considerado confortável para a criação de frangos de corte na é de
34°C-32°C na primeira semana de vida das aves, e da segunda a quinta semana é de 32°C-
28°C, 28°C- 26°C, 26°C-24°C e 24°C-18oC respectivamente.

SANTOS (2012), salienta que as altas temperaras o consumo de alimento, o ganho de


peso prejudicando o desempenho dos frangos e elevam também o índice de mortalidade.

ROUTMAN et al. (2003), por sua vez acrescentam que altas temperaturas alteram o
equilíbrio das enzimas pancreáticas nas aves. Encontraram alteração na amilase pancreática
em aves submetidas ao estresse por calor. o estresse causa um consistente aumento na
atividade da amilase em frangos, o que pode comprometer a digestão do amido e,
consequentemente, o desempenho animal.

 Densidade de criação

A densidade de alojamento usada na fase de experimento foi de 12 aves/m2 no verão.


Resultado esse que não está de acordo com GARCÊS (2006), que afirma que a densidade de
frangos/m2 é de 10 frangos̸ m2 no verão e de 12 frangos̸ m2no inverno. Como consequência de
uma densidade inadequada COBB... (2008) pode acarretar problema como a mortalidade dos
frangos.

Por sua vez NOWICKI et al. (2011), afirma que em altas densidades a linhagem Cobb
500 apresenta características que possibilitam maior desempenho em comparação a linhagem
Ross 308 devido a maior rusticidade e resistência a adversidades de temperatura e maneio,
enquanto para a linhagem Ross 308 com aumento da densidade diminui o seu desempenho.

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Comparação do desempenho produtivo de duas linhagens de frangos de corte Ross 308 e Cobb 500 na
unidade de produção Abrantes Castigo província na Inhambane, distrito de Vilankulo

 Programa de luz

O programa de luz usado na fase experimental foi de luz contínua (24horas de luz). O
mesmo programa de luz permitiu com que as aves consumissem o máximo de ração. O
resultado está de acordo com ABREU et al. (2006), ao afirmar que o programa contínuo de
luz, propicia condições para o máximo consumo e ganho de peso pelo acesso aos
comedouros.

Por sua vez HEINZEN (2006), o programa de luz tem como finalidade de regular o
consumo de alimento pelas aves, não comprometer a curva de crescimento normal das aves e
baixar índice de mortalidade, e consequentemente a conversão alimentar. Outra função do
programa de luz é reduzir problemas metabólicos nas aves. (DONALD et al., 2001).

4.2. Parâmetros de desempenho produtivo


Os resultados encontrados referentes aos parâmetros desempenho produtivo de frangos
de corte para as duas linhagens (Ross 308 e Cobb 500) encontram-se descritos na tabela 5.
Com os resultados da tabela foi possível observar que não houve diferença estatística
significativa para P ≤ 0,05 nos parâmetros de peso inicial, ganho médio diário e ganho de
peso, no entanto observou-se diferença estatística significativa P ≤ 0,05 nos parâmetros de
consumo de ração, conversão alimentar, viabilidade e índice de eficiência produtiva.

Tabela nº 5: Análise dos parâmetros de desempenho produtivo para as duas linhagens


de frango de corte Ross 308 e Cobb 500
Desvio Padrão
Período 1-35 dias
Cobb 500 Ross 308 EP
Peso Inicial 40,60g 40,60g ±1,45ns
Peso Final 2059,6g 2083,8g ±1,55 ns
Ganho Médio Diário 57,22g 56,53g ±0,55ns
Ganho de Peso Total 2019,00g 2043,20g ±19,51ns
Consumo de Ração 3342,40g 3404,32g ±87,67*
Conversão Alimentar 1,79 1,86 ±0,06*
Taxa de Viabilidade 97,40% 96,33% ±0,36*
Índice de Eficiência Produtiva 311 292 ±0,65*
Há diferenças estatísticas significativas para P ≤ 0,05; ns- não há diferenças estatísticas para P ≤ 0,05

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 Ganho Médio Diário (GMD) e Ganho de Peso Total (GPT)

Os valores encontrados para os parâmetros de ganho médio diário e ganho de peso total
nas linhagens Cobb 500 e Ross 308 mostram que nas duas linhagens no fim do período de
criação não houve diferença para P ≤ 0,05. O mesmo padrão de resultado foi encontrado por
DONATO (2014) que na realização do seu estudo encontrou no fim de ciclo de 35 dias de
criação mesmos ganhos médio diários e ganho de peso total para a linhagem Cobb 500 e Ross
308. Os resultados encontrados pelo OLMOS (2008) ao realizar seu experimento ganho
médio diário para Cobb 500 e Ross 308 foram 57,22g e 56,53g respectivamente.

 Consumo de Ração (CR)

Os valores encontrados para consumo de ração para as linhagens Cobb 500 e Ross 308
foram 3342,40g e 3404,32g respectivamente. O consumo da ração das duas linhagens foi
inferior ao verificado por API (2014), que na realização de seu estudo encontrou como
valores de consumo 3,35kg para Cobb 500 e 3,45kg para Ross 308. Mas por sua vez a
linhagem ross 308 teve consumo da ração superior comparada a cobb 500.resultado
semelhante foi encontrado por VIEIRA et al. (2007) & MOREIRA et al. (2003), que afirmam
que a linhagem Ross308 apresenta ao final do ciclo produtivo, consumo de ração superior
quando comparada a Cobb 500.

O baixo consumo de ração verificado nas duas linhagens foi influenciado pelas altas
temperaturas verificadas no pavilhão de segunda a quinta semana durante a fase experimental
onde registou-se menor aderência das aves aos comedouros, havendo maior aderência nos
bebedouros.

 Conversão Alimentar (CA)

Os resultados referentes a conversão alimentar mostraram que a linhagens Cobb 500


apresentou conversão inferior comparada a Ross 308, que foram de 1,79 kg e 1,86 kg
respectivamente. Quando comparada de forma conjunta, a conversão alimentar foi superior
ao encontrado por OLMOS (2008), que na realização do seu estudo teve resultados de
conversão alimentar para Cobb 500 1,68kg e para Ross 308 1,71kg. Por sua vez VIEIRA et

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al. (2007), obtiveram a melhor conversão alimentar pela linhagem Cobb 500 havendo
também diferença significativa nas linhagens.

A alta conversão alimentar pode ter sido influenciada pela qualidade da ração, uma vez
que o estado de conservação não estava bom. No entanto, LANA (2000) defende que a
deficiências ou desequilíbrios de nutrientes que compõem a ração podem ter efeitos negativos
na conversão alimentar e no desempenho de frangos de corte.

 Taxa de Viabilidade (TV)

Resultados referentes ao parâmetro viabilidade encontrados foram diferentes entre as


duas linhagens conforme mostra a tabela 5. A primeira linhagem Ross 308 teve em todo ciclo
produtivo uma taxa de mortalidade de 3,67 % o que resultou na viabilidade de 96,33%. Este
resultado foi inferior comparado com o recomendado por GARCÊS (2006), que afirma que a
taxa de viabilidade tem que ser de 97%, e mortalidade de 3% e uma acima dessa é
considerada fora dos padrões aceitáveis como normais. MACARI (2004), acrescenta que a
mortalidade na primeira semana de vida das aves deve ser no máximo de 0,8% e de 0,5% em
cada semana até ao fim do ciclo produtivo totalizando 2,8% de mortalidade e 97,2% de taxa
de viabilidade.

A segunda linhagem Cobb 500 teve em todo ciclo produtivo uma taxa de mortalidade
de 2,6%, o que resultou numa viabilidade de 97,4%, desse modo tendo uma mortalidade
reduzida quando comparada com a linhagem Ross 308. Este resultado converge com
GARCÊS (2006), quando afirma que a taxa de mortalidade deve ser de 3% e uma viabilidade
de 97%.

Os factores como temperatura e densidade influenciaram na viabilidade, onde Ross 308


mostrou-se muito mais frágil em relação a Cobb 500 por ter tido dificuldade para enfrentar o
meio onde estavam inseridos. As altas temperaturas verificadas no pavilhão, contribuíram
para a taxa de mortalidade da linhagem Ross308.

O factor densidade também afectou na viabilidade, pois foi utilizada uma densidade 12
aves/m2 no verão, e com isso a linhagem Ross 308 mostrou dificuldades para se adaptar,
consequência ocorreram mortalidades.

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 Índice de Eficiência Produtiva (IFP)

No que diz respeito a Índice de Eficiência Produtiva, cada linhagem obteu 311 para
Cobb 500 e 292 Ross 308 respectivamente. Este resultado foi superior ao verificado por
OLMOS (2008), que afirma que no fim de ciclo produtivo de 35 dias o índice de eficiência
produtiva para as linhagens Cobb 500 e Ross 308 têm que ser de 303 e 291 respectivamente.
Por sua vez GARCIA & CAMPOS (2010), ao avaliarem o desempenho zootécnicos das
linhagens de rápido crescimento incluindo o cobb500 e ross 308, constataram maiores índices
de eficiência produtiva, para lotes da linhagem cobb 500, devido os índices de viabilidade dos
mesmos serem maiores que os demais lotes, e a conversão alimentar ser menor, esses factores
reflectiram em maiores IEP. O mesmo foi encontrado por VIEIRA et al (2007), a linhagem
Cobb apresentou IEP superior a Ross, que segundo o autor, foi resultado do maior peso e da
menor conversão alimentar encontrado no trabalho.

Este resultado produtivo foi influenciado pelos parâmetros de viabilidade e conversão


alimentar. A boa viabilidade da linhagem Cobb 500 que ultrapassou o recomendado pelos
autores e a boa conversão alimentar da mesma.

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V.CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

5.1. Conclusão

De acordo com os resultados obtidos durante o experimento conclui-se o seguinte: O


desempenho produtivo das duas linhagens foi diferente, onde a linhagem Cobb 500 foi
melhor em relação a linhagem Ross 308 nos parâmetros de consumo de ração, conversão
alimentar, viabilidade e índice de eficiência produtiva. Os resultados do estudo foram
influenciados por factores como temperatura, densidade, e iluminação.

5.2. Recomendações

De acordo com os resultados e conclusões tiradas recomenda-se o seguinte:

 A Unidade Abrantes Castigo:

Que use a linhagem Cobb 500 pois a mesma mostra melhor desempenho produtivo e
adaptou-se melhor as condições apresentada pela unidade.

 A comunidade académica:

A realização de trabalho como: influência da temperatura sobre desempenho zootécnico


nas linhagens Cobb 500 e Ross 308.

 Ao governo distrital:

Estabelecer uma parceria com os avicultores do distrito de Vilankulo e outros de forma a


contribuir na disseminação de informação sobre linhagens que proporcionam melhor
desempenho zootécnico e que se adeque melhor as condições dos mesmos, de modo a
competir com outros criadores no mercado nacional e internacional.

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Adelina Alice Raúl Sive /UEM-ESUDER/ Licenciatura em Produção Animal Página 36


APÊNDICES

Apêndice no 1. Análise descritiva dos parâmetros produtivos da linhagem Cobb 500

Média DP CV Min. Max. Assimetria Curtose

Peso inicial 40.60 3.63 8.94 35.00 45.00 -0.19 -0.97

Peso aos 21 dias 948.80 55.36 5.84 835.00 1065.00 -0.42 0.18

Peso aos 35 días 2043.20 45.64 2.23 2000.00 2160.00 1.35 0.99

Ganho de peso total de 1 ate 21 dias 908.20 56.33 6.20 795.00 1030.00 -0.35 0.22

Ganho de peso total de 22 ate 35 dias 1094.40 72.98 6.67 945.00 1250.00 0.05 -0.36

Ganho de peso total de 1 ate 35 dias 2002.60 44.72 2.23 1960.00 2120.00 1.45 1.34

Ganho médio diário de 1 ate 21 dias 43.25 2.68 6.20 37.86 49.05 -0.35 0.22

Ganho médio diário de 22 ate 35 dias 143.04 3.19 2.23 140.00 151.43 1.45 1.34

Ganho médio diário de 1 ate 35 dias 57.22 1.28 2.23 56.00 60.57 1.45 1.34

Consumo de alimento de 1 ate 21 dias 2061.32 158.05 5.52 2578.00 3078.00 -0.87 -0.61

Consumo de alimento de 22 ate 35 dias 10381.08 135.52 4.01 3123.00 3618.00 -0.37 -0.56

Consumo de alimento de 1 ate 35 dias 3242.40 234.79 3.76 5751.00 6576.00 -0.38 -0.83

Conversão alimentar de 1 ate 21 dias 1.16 0.26 8.35 2.74 3.65 0.31 -0.73

Conversão alimentar de 22 ate 35 dias 1.10 0.23 7.46 2.68 3.60 0.26 -0.02

I
Conversão alimentar de 1 ate 35 dias 1.79 0.14 4.36 2.77 3.33 -0.77 0.99

Viabilidade de 1 ate 21 días 97.43 0.45 0.46 97.00 97.90 0.33 -1.27

Viabilidade de 22 ate 35 días 98.77 0.25 0.25 98.50 99.00 -0.59 -0.70

Viabilidade de 1 ate 35 días 96.33 0.42 0.43 96.00 96.80 1.29 -0.62

Índice de eficiência produtiva de 1 ate 21 dias 363.26 0.65 0.49 132.70 134.00 0.23 -1.20

Índice de eficiência produtiva de 22 ate 35 dias 248.97 0.65 0.26 248.30 249.60 -0.23 0.45

Índice de eficiência produtiva de 1 ate 35 dias 311 0.78 0.44 176.00 177.50 1.23 -0.74

II
Apêndice no 2. Análise descritiva dos parâmetros produtivos da linhagem Ross 308
DP CV Min. Max. Assimetria Curtose
Média
Peso inicial 40.60 3.63 8.94 35.00 45.00 -0.19 -0.97

Peso aos 21 dias 842.20 55.38 6.58 760.00 945.00 0.29 -0.97

Peso aos 35 días 2019.00 51.92 2.57 1970.00 2180.00 1.81 3.06

Ganho de peso total de 1 ate 21 dias 801.60 55.48 6.92 720.00 900.00 0.25 -1.06

Ganho de peso total de 22 ate 35 dias 1176.80 77.74 6.61 1045.00 1385.00 0.41 0.78

Ganho de peso total de 1 ate 35 dias 1978.40 51.07 2.58 1930.00 2135.00 1.74 2.79

Ganho médio diário de 1 ate 21 dias 38.17 2.64 6.92 34.29 42.86 0.25 -1.06

Ganho médio diário de 22 ate 35 dias 141.31 3.65 2.58 137.86 152.50 1.74 2.79

Ganho médio diário de 1 ate 35 dias 56.53 1.46 2.58 55.14 61.00 1.74 2.79

Consumo de alimento de 1 ate 21 dias 2086.00 175.69 6.09 2610.00 3161.00 0.14 -1.27

Consumo de alimento de 22 ate 21 dias 1818.32 150.85 3.95 3577.00 4119.00 0.38 -0.70

Consumo de alimento de 1 ate 35 dias 3704.32 203.23 3.03 6347.00 7123.00 0.22 -0.62

Conversão alimentar de 1 ate 21 dias 1.62 0.37 10.27 3.02 4.19 0.02 -1.20

Conversão alimentar de 22 ate 35 dias 1.26 0.25 7.64 2.68 3.81 0.05 0.45

Conversão alimentar de 1 ate 35 dias 1.86 0.14 4.16 3.16 3.65 -0.11 -0.74

III
Viabilidade de 1 ate 21 días 98.20 0.20 0.20 98.00 98.40 0.00 0.22

Viabilidade de 22 ate 35 días 99.17 0.15 0.15 99.00 99.30 -0.94 1.34

Viabilidade de 1 ate 35 días 97.40 0.20 0.21 97.20 97.60 0.00 1.34

Índice de eficiência produtiva de 1 ate 21 dias 231,37 0.20 0.19 103.30 103.70 0.00 -0.61

Índice de eficiência produtiva de 22 ate 35 dias 255.73 0.40 0.16 255.30 256.10 -0.72 -0.56

Índice de eficiência produtiva de 1 ate 35 dias 292 0.35 0.22 162.00 162.70 -0.42 -0.83

IV
Apêndice no 3. Comparação do efeito da linhagem sobre parâmetros produtivos dos frangos de corte
Cobb Ross t-value GL p EP
Peso inicial
40.60 40.60 0.000 48 1.000 1.45
Peso aos 21 dias
948.80 842.20 6.807 48 0.001 22.15
Peso aos 35 días
2043.20 2019.00 1.750 48 0.086 19.51
Ganho de peso total de 1 ate 21 dias 908.20 801.60 6.741 48 0.001 22.36

Ganho de peso total de 22 ate 35 dias 1094.40 1176.80 -3.864 48 0.001 30.14

Ganho de peso total de 1 ate 35 dias 2002.60 1978.40 1.782 48 0.081 19.16

Ganho médio diário de 1 ate 21 dias 43.25 38.17 6.741 48 0.001 1.06

Ganho médio diário de 22 ate 35 dias 143.04 141.31 1.782 48 0.081 1.37

Ganho médio diário de 1 ate 35 dias 57.22 56.53 1.782 48 0.081 0.55

Consumo de alimento de 1 ate 21 dias 2061.32 2886.00 -0.522 48 0.604 66.75

Consumo de alimento de 22 ate 21 dias 1818.32 3818.32 -10.781 48 0.001 57.28

Consumo de alimento de 1 ate 35 dias 3342.40 3404.32 -7.438 48 0.001 87.60

V
Conversão alimentar de 1 ate 21 dias 1.16 1.62 -5.025 48 0.001 0.13

Conversão alimentar de 22 ate 35 dias 1.10 1.26 -2.299 48 0.026 0.10

Conversão alimentar de 1 ate 35 dias 3.12 1.86 -6.952 48 0.001 0.06

Viabilidade de 1 ate 21 días 98.20 97.43 -2.69 4 0.060 0.38*

Viabilidade de 22 ate 35 días


98.77 99.17 -2.35 4 0.078 0.23

Viabilidade de 1 ate 35 días 97.40 96.33 -4.00 4 0.016 0.36

Índice de eficiência produtiva de 1 ate 21 dias 133.33 103.50 75.91 4 0.001 0.49

Índice de eficiência produtiva de 22 ate 35 dias 248.97 255.73 -15.30 4 0.001 0.61

Índice de eficiência produtiva de 1 ate 35 dias 176.63 162.37 28.99 4 0.001 0.65

Apêndices no 4: Local do estudo

VI
Figura no 1: Balança usada para pesagem das aves Figura n o 2: Pavilhão usado para o estudo

Figura no 3: Termómetro usado para leitura de temperatura

VII

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