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RURAL
DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA RURAL
Autora:
Supervisor:
UEM – ESUDER
Vilankulo
2015
Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.
Romanos 8:28
Provérbios 3:5
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DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, Hortência Alberto Machava, declaro por minha honra que este trabalho é da
minha autoria e resultado da minha investigação, portanto, a verdade sobre a
originalidade do presente trabalho de Licenciatura em Economia Agrária que, foi
elaborado de acordo com a metodologia descrita e com base nas referências
bibliográficas mencionadas no trabalho.
Assinatura do Estudante
Hortência A. Machava
ii
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu Senhor e Salvador, Jesus Cristo, pois sem a graça, favor
e misericórdia por Ele concedidos, nada que se fez se faria! Obrigada Deus
iii
AGRADECIMENTOS
À minha família, pelo apoio moral total e incondicional, em especial os meus pais
Alberto Machava e Clara Machel, a quem devo tudo o que sou hoje (muito
obrigada), pois sempre se disponibilizaram para apoiar e motivar-me a estudar; tanto
acreditaram em mim em todo o momento, cada palavra de aconselhamento por eles
dita, serviu para a minha formação, nada se jogou fora; aos meus irmãos Juscelino,
Inácio, Ana Jeolinda, Emília Edna, pelo amor, força e carinho; à minha cunhada
Rosa e ao meu sobrinho Beto que o amo muito, foi mais um presente especial que
Deus me deu.
Ao meu supervisor dr. Adriano Carlos Chihanhe por me ter acolhido para orientação
do presente trabalho, por todo apoio concedido, disponibilidade, paciência e todo
cuidado em mim prestado, endereço a ele a minha gratidão. Muito obrigada.
Ao dr. Stenor Tomo, e ao engo Alfredo Zunguze pela força, revisão e organização
deste trabalho.
iv
Á todos os trabalhadores da granja, e em particular ao sr. Armando, Sércio e
Francelino que trabalharam directamente comigo, agradeço-lhes pela boa recepção,
momentos de alegria e humor tornaram o meu estágio leve, pela transmissão de
experiências, conhecimento e força. Valeu!
Aos meus amados e irmãos em Cristo, Donaldo Massango e Justino Maunze pelo
amor, pela compartilha da palavra de conforto “Palavra de Deus” e companheirismo
em todos os momentos bons e maus! Aos membros do conselho executivo “Porta
Fechada e Aberta” pela oração, força e intercessão pela vida em todos os sentidos!
Ao grupo cinco e SOS; grupos de intercessão onde buscava o poder de Deus pela
minha formação, ao Diacono Hélio e mãe Judite. O esperar e confiar no Senhor e Fé
sem limites são as melhores armas para quebrar qualquer tipo de barreira na vida,
ainda que leve tempo, Deus é FIEL.
As minhas amigas, Marta, minha chaca Glades, Virgínia Macamo “paz a sua alma”,
pela amizade, amor, felicidade sempre me dirigiram a Deus em orações e por tudo
que nem consigo dizer.
Ao Reinaldo, vai a minha gratidão muito mais especial pela amizade e estímulo
contribuindo de maneira fundamental para minha formação.
EBENEZER!!!
v
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
vi
LISTA DE TABELAS Páginas
vii
LISTA DE APÊNDICES Páginas
viii
GLOSSÁRIO
ix
RESUMO
O estudo dos custos de produção do frango é importante para que o produtor possa
avaliar adequadamente a rentabilidade do seu negócio. O propósito deste trabalho é
de analisar os custos de produção de frango na granja da Faculdade de Veterinária da
Universidade Eduardo Mondlane (FAVET), para o alcance dos resultados recorreu se
a uma recolha de dados através de uma observação directa e entrevistas não
estruturadas. Calculou-se ainda alguns parâmetros como a taxa de conversão
alimentar, ganho de peso médio diário e viabilidade para avaliar a eficiência técnica
(IEP). Depois fez-se a discussão dos resultados, que consistiu na confrontação dos
resultados alcançados no campo, onde verificou-se que os elementos que demandam
mais atenção nos custos de produção de frango são a ração e o pinto de um dia,
ambos correspondendo a quase 90% dos custos de produção total. O processo de
produção de frango na FAVET é financeiramente rentável, apresentando um índice
de lucratividade de 6.1% da receita total, apesar de estar abaixo da lucratividade
legislada.
x
INDÍCE
Conteúdo Páginas
Declaração de Honra......................................................................................................................ii
Dedicatória....................................................................................................................................iii
Agradecimentos............................................................................................................................iv
Lista de Tabelas...........................................................................................................................vii
Lista de Figuras............................................................................................................................vii
Lista de Apêndices......................................................................................................................viii
Glossário.......................................................................................................................................ix
Resumo..........................................................................................................................................x
CAPITULO I.INTRODUÇÃO......................................................................................................1
Contextualização............................................................................................................................1
1.3 Justificativa..............................................................................................................................2
1.4.Objectivos................................................................................................................................3
1.4.1 Geral......................................................................................................................................3
1.4.2 Específicos............................................................................................................................3
II. REVISÃO DA LITERATURA.................................................................................................4
III. METODOLOGIA..................................................................................................................18
4.3 Tendências dos Custos, Receitas e Lucros na Produção de Frango na Granja da Faculdade
de Veterinária (Janeiro a Dezembro, 2014).................................................................................27
4.3.1 Lucratividade......................................................................................................................28
V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..............................................................................30
5.1 Conclusões.............................................................................................................................30
5.2 Recomendações......................................................................................................................31
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
A avicultura é uma actividade económica cada vez mais relevante mundialmente e mais
dinâmica, quando está relacionada à produção de carne (SARCINELLI et al., 2007).
Os frangos de corte são considerados aves com baixa conversão alimentar, rápido ganho de
peso, ciclo de produção curta, resistente a doenças e crescimento uniforme. A produção de
frangos de corte em Moçambique tem merecido nos últimos tempos um lugar de destaque na
economia nacional, pois para além de constituir uma fonte de emprego e rendimento, contribui
para a segurança alimentar para a população rural e urbana (MLAY, 2012).
Assim, o presente trabalho foi desenvolvido com o objectivo de analisar os custos de produção
de frango por meio de um estudo de caso realizado na granja da Faculdade de Veterinária da
Universidade Eduardo Mondlane, no período compreendido entre Janeiro e Dezembro de 2014.
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
O trabalho está dividido em cinco capítulos, onde no primeiro abordam-se aspectos introdutórios
tais como a introdução, problema, justificação, e objectivos do trabalho. No segundo, a revisão
bibliográfica, onde se faz uma apresentação das ideias de vários autores sobre os custos de
produção de frango. Terceiro capítulo, a metodologia, que inclui a descrição da área de estudo,
métodos e os materiais usados no decurso da pesquisa. No quarto capítulo, os resultados obtidos
e a discussão dos mesmos e, por fim, no quinto capítulo, a conclusão e as recomendações.
Por outro lado, a concorrência com o frango importado constitui um entrave para a expansão
desta actividade no país, porque depois da produção, o frango moçambicano é pouco
comercializado, devido aos altos preços em relação ao frango importado, causando deste modo
prejuízos para os produtores locais que já vêm enfrentando os altos custos do pinto de um dia e
ainda os altíssimos custos de ração (TechnoServe – Moçambique, 2005).
É neste contexto que surge a questão seguinte: Até que ponto os custos de produção do
frango afectam a lucratividade da granja da FAVET?
1.3. Justificativa
A avicultura constitui uma importante opção de renda para o produtor rural. Moçambique é um
país em que a maior parte da população (cerca de 80%) prática a agricultura e a actividade
avícola é, entre as actividades agropecuárias, a que constituí solução imediata para cobrir o
défice proteico das famílias de baixa renda (AGOSTINHO, 2010).
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
O preço do frango nacional é elevado comparativamente com o frango importado, devido aos
altos custos de aquisição de matéria-prima (ração, vitaminas, aquecedores, medicamentos),
contudo a carne de frango é muito consumida em Moçambique, quando comparada às outras
variedades de carnes (ex: carnes vermelhas).
Neste contexto, escolheu-se a granja da Faculdade de Veterinária para fazer a análise de custos
de produção de frango, de modo a colher subsídios que permitam identificar os problemas que
desviam a cadeia de valor avícola, os custos a eliminar e oferecer um contributo ao país de
modo a alargar o mercado do frango nacional e seus derivados. Isto poderá permitir aos
produtores responder à demanda cada vez crescente por este produto e quiçá exportar,
estabelecendo uma melhor relação entre o preço e a qualidade.
1.4 Objectivos
1.4.1 Geral
Analisar os custos de produção de frango na granja da Faculdade de Veterinária, no
período de Janeiro a Dezembro/2014.
1.4.2 Específicos
Descrever o processo de produção de frango na granja da Faculdade de Veterinária;
Identificar os custos inerentes à produção de frango na granja da Faculdade de
Veterinária;
Mostrar a tendência dos custos de produção de frango na granja de Janeiro a Dezembro
de 2014.
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
Avicultura
A avicultura é uma actividade que consiste na criação de aves para a produção de alimentos, em
especial carnes e ovos (LOPES, 2011).
Aves
São animais que possuem penas e são, pela evolução dos vertebrados, descendentes dos répteis
devido à presença de escamas nas canelas e outras semelhanças de natureza anatómica
(ALBINO & TAVERNARI, 2010).
Sao animais vertebrados, bípedes, ouviperos, com o corpo coberto de penas (LANA, 2000).
Frango de corte
Produção
É a actividade económica que fornece valor agregado, criação e fornecimento de bens e
serviços, ou seja, é a criação de produtos ou serviços e, ao mesmo tempo, cria valor.
(VASCONCELLOS, 2002).
Custo de Produção
É o valor de bens e serviços consumidos na produçao de outros bens e serviços (MATOS,
1998).
São os gastos realizados pela empresa na aquisição dos factores fixos e variáveis que foram
utilizados no processo produtivo (CÉSAR, s/d).
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
Custos Variáveis
São aqueles que contabilizam a compra dos factores variáveis. É o agrupamento de todos os
componentes que participam no processo produtivo, na medida em que a actividade se
desenvolve, ou seja, aqueles que somente ocorrem ou insidem se houver produção (CONAB,
s/d).
São os desembolsos realizados pelo avicultor durante o ciclo de produção. Nestes custos estão
incluídas as despesas como a cama do aviário, energia eléctrica, mão-de-obra, carregamento de
frangos, limpeza do aviário, etc. (DOLIVEIRA, 2012).
Custos Fixos
São aqueles que contabilizam os gastos com os factores fixos. São despesas suportadas pelo
produtor, independentimente do volume de produção. (CÉSAR, s/d).
Custo Operacional
Além dos custos variáveis, contempla também a depreciação dos equipamentos e instalações.
Considera os valores que serão necessários para a reposição desses itens ao final da sua vida útil
(DOLIVEIRA, 2012).
É composto de todos os itens de custos variáveis (despesas diretas) e a parcela dos custos fixos
directamente associada ao processo produtivo (CONAB, s/d).
Custo Total
Inclui a remuneração do capital investido pelo avicultor nos investimentos realizados e no
capital de giro da actividade (DOLIVEIRA, 2012).
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
Segundo LOPES & CARVALHO (2000), o estudo dos custos tem a finalidade de verificar
como os recursos empregues num processo de produção estão sendo remunerados,
possibilitando, também, verificar como está a rentabilidade da actividade, comparada a
alternativas de emprego do tempo e capital.
De acordo com ARENALES & ROSSI (2001), os frangos possuem as seguintes características:
Os filhotes se alimentam sozinhos logo ao nascer;
São facilmente produzidos em cativeiro, dispensando condições especiais ou factores
ambientais específicos;
Existência de uma “ordem social” entre as galinhas que permite a manutenção de um
grande número de aves num mesmo local;
O frango possui carne de coloração branca.
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
A carne de frango possui inúmeras características benéficas à saúde, das quais, SARCINELLI at
al., (2007), destacam as seguintes:
A carne de frango é utilizada na alimentação, sendo classificada como alimento saudável,
pobre em gorduras, desde que seja consumido sem pele;
A sua carne apresenta rico teor de proteínas de boa qualidade e é recomendada consumo
em todas as idades;
A carne de frango constitui uma fonte importante de proteínas com um bom valor
biológico que é comparável ao das outras carnes.
Alguns autores referem que foi a partir da II Guerra Mundial, através do aumento da
necessidade de abastecimento das tropas com carnes vermelhas, que desse modo, deu início a
um processo de produção de carnes alternativas com curto ciclo de produção e proteínas
(NICOLAU, 2008).
No período compreendido entre o início dos anos 1970 e a primeira década do século XXI
ocorreram várias modificações na estrutura produtiva de frangos no que tange a genética e a
nutrição animal, a automatização das actividades e a elevação da escala (CONAB, s/d).
De acordo com o IPARDES (2002), a carne de frango já ocupou o lugar da carne bovina como
segundo tipo de carne mais consumida mundialmente, atrás somente da carne suína. Este bom
desempenho, pode ser atribuído a quatro factores principais:
a) Seu baixo preço relativo diante das outras carnes;
b) Sua imagem de produto saudável junto ao consumidor;
c) Sua aceitação pela maioria das culturas e religiões;
d) A gama mais variada de produtos à base de frango (principalmente produtos ditos de
conveniência).
De acordo com ALBUQUERQUE (2006), a alta densidade num sistema de criação é uma
alternativa para viabilizar economicamente a produção, pois apesar de gerar frangos com menor
peso ao abate, em virtude do menor consumo de alimento, pode promover aumento da
remuneração aos produtores, pois a produção de carne por área é maior. A criação em alta
densidade visa o aumento da produção, com o mínimo de investimentos em construção e
optimização dos custos fixos.
Estudo demonstra que a alta taxa de lotação teve uma melhoria no desempenho das aves no
ambiente contendo isolante térmico, no qual estas consumiram maior quantidade de ração,
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
expressaram maior ganho de peso, melhor conversão alimentar, menor mortalidade e maior
produção por área (OLIVEIRA et al, 2000).
Para obter bons resultados deve existir um equilíbrio entre a produção e o bem-estar animal,
pois o aumento da densidade visando o aumento da produção por área pode elevar o índice de
mortalidade das aves. Estudos demonstram que a densidade está directamente relacionada com
o desempenho, pois quanto maior a densidade populacional, maior é a dificuldade de controlar
o ambiente interno do pavilhão. Na ausência de equipamentos que melhorem o conforto e a
adaptabilidade das galinhas, os índices de produtividade tendem a piorar, devido ao stress
calórico imposto nas aves (SOUZA et al, 2010).
Segundo FAO (2007), estima-se que a ração participa com aproximadamente 74% dos custos
de produção, que provavelmente são devido a dependência das importações dos componentes
volumosos (milho e soja) e dos concentrados (minerais e aminoácidos) para a formulação da
ração.
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
processo passam para os nascedouros, cujo objetivo é dar origem aos frangos de corte que serão
encaminhados para os aviários após algumas horas de seu nascimento.
d) Consumidor: É o último elo da cadeia produtiva, é representado tanto pelo mercado nacional
como pelo mercado internacional.
Segundo NICOLAU (2008), com a independência política nacional em 1975, houve uma
destruição das pequenas e médias unidades de produção e do tipo industrial, decorrente do
êxodo dos seus proprietários acompanhado de actos de sabotagem das infraestruturas, o que
resultou na falta de carne de frango no mercado nacional.
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
Apesar desta contrariedade, no período 1978 a 1985 acima referido, a produção de carne de
frango registou um ligeiro crescimento na ordem de 16,2%, com uma produção de 4,156.1
toneladas contra 3,575.6 toneladas do ano de 2003 (DNP, 2005).
Apartir de 2003, o mercado nacional passou a ser abastecido pelo frango congelado importado
do Brasil atingindo cerca de U$D 5,000,000.00 (Cinco milhões de Dólares Americanos) em
2005. O governo autorizou o licenciamento de grandes empresas importadoras. O frango
importado chegou a ser comercializado a um preço 23% mais baixo do que do frango nacional
levantando suspeitas de subfacturamento e dumpin pelos importadores (USDA, 2005).
Com essa situação, o país tornou-se importador de insumos e do produto final, comprometendo
fortemente a cadeia de produção, levando ao abandono da actividade principalmente dos
pequenos produtores familiares que foram mais atingidos, tendo em conta que para estes
produzirem o frango, dependiam de insumos importados e reevendidos pelos grandes
produtores a um preço elevado (FAO, 2007).
Segundo o relatório sobre os resultados da produção avícola nacional da AMA (2007 e 2008),
de 2007 à 2008, a produção nacional de pintos de um dia registam um crescimento de 11%, um
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
crescimento de 45% na produção de rações para frango de corte e o mercado está menos
dependente de importação de matéria-prima (ovos de incubação), contudo, a importação ilegal
continua a subir cada vez mais e tem afectado os produtores nacionais, pois, a importação de
frangos subiu em 120%, o consumo cresceu de 1,0kg para 1.1kg de frango per-capita.
Ainda segundo a AMA (2007 e 2008), em 2008, a produção nacional de frango congelado não
foi das melhores devido a paralisação de 2 matadouros. Mas em 2009, a produção superou-se
com o início de actividades de um novo matadouro com capacidade de processamento de 480
000 frangos por mês. No entanto, a indústria de processamento de frango tem enfrentado
grandes dificuldades de mercado devido à concorrência com o frango importado do Brasil e da
África do Sul.
Os grandes produtores, 10% do total, são constituídos por empresas diferentes na sua estrutura
de produção, algumas dedicam-se à produção da matéria-prima (ração), outras à criação ou
produção dos frangos e outras ainda ao abate, e uma dedicada a todo o processo produtivo
(AGOSTINHO, 2010).
Os produtores de porte médio representam 20% das empresas. A sua produção é mais regular, a
tecnologia de produção é variada desde a mais simples do primeiro grupo até a mais avançada
existente no mercado do terceiro tipo de produtores. Comparativamente ao sector familiar, os
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
E por último, o primeiro tipo de produtores representa 70% dos produtores, na sua maioria do
sector familiar ou informal. O sector familiar representa aproximadamente 50% da produção
nacional, e é caracterizado por uma actividade sazonal, normalmente na época festiva e
irregularidade da produção. Este sector, contribui bastante para o emprego e auto-sustento das
famílias, usa tecnologia simples, com mão-de-obra familiar e normalmente localizam-se mais
perto dos consumidores (DNP, 2005).
Segundo o mesmo autor, o ciclo de produção segue a seguinte ordem: produção, abate,
comercialização e consumo para os frangos congelados ou de corte. Em alguns casos, o ciclo
nao inclui a fase do abate, a comercialização é do frango vivo. No país existe apenas uma
empresa que detém todo processo da cadeia de produção, a empresa Abílio Antunes, localizada
em Manica, considerada primeira maior produtora do país.
Segundo a HIGEST (s/d), o processo de abate ainda é manual no país. Inicialmente, as galinhas
são penduradas em correntes numa cadeia de transporte, onde são anestesiadas e sangradas.
Feito isto, segue para a depenadora, onde se faz o acabamento e abertura do frango, a
evisceração, limpeza dos miúdos, resfriamento e, por fim a embalagem.
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
granjas e nos abatedouros comunitários cuja tecnologia de abate é toda manual tendo no
máximo, uma depenadora automática.
Os custos de produção para os pequenos e grandes produtores são diferentes e são muito
maiores se comparados, por exemplo, aos custos de produção enfrentados pelos produtores
Brasileiros (AMA, 2007).
Uma das razões para esta disparidade é a ausência de uma estrutura produtiva da cadeia de
produção completa em Moçambique, processo de produção manual, falta de investimentos em
tecnologia mais avançadas, o que eleva os custos de produção e o preço do frango no mercado
(AGOSTINHO, 2010).
A matéria-prima que mais impacta nos custos de produção é a ração que actualmente é toda
produzida internamente. Contudo, a soja, o milho amarelo e as vitaminas para produção desta
têm de ser importados, porque não existem no mercado nacional. A soja é mais cara no
mercado internacional, e o preço é muito instável, porque além de servir para produção de
ração, serve também para a produção de biocombustíveis, daí que a sua procura seja alta
(NICOLAU, 2008).
A política de isenção do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA) ao revendedor, que reduz
o preço do frango congelado no mercado, também estimula o consumo do frango nacional,
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
visto que, o principal critério de escolha do produto no mercado não é a qualidade, mas sim o
preço, dada a restrição orçamental dos consumidores (AGOSTINHO, 2010).
Figura no1 Evolução dos Preços Médios de Frango Nacional e Importado (Mts/Frango)
Fonte: boletins semanais da DNC de 2005 à 2009;
Segundo um estudo realizado por CAMBAZA (2009), da DNSV, do total da produção nacional
de frango, 90% dos frangos é vendido vivo do seguinte modo: 40% são vendidos aos
matadouros, 15% são vendidos vivos aos consumidores e 35% vendidos vivos à revendedores
nos mercados ou nos pequenos aviários. Os remanescentes 10% do total da produção, são
abatidos no local de venda a pedido dos clientes.
Uma das variáveis que mais impacta na formação do preço final do produto é o custo de
produção. Actualmente o frango nacional congelado é comercializado a um preço médio de
135Mt, e o importado a 99MT, ao passo que, o frango nacional vivo está a um preço médio de
120Mt. Nestes preços é adicionada a margem de lucro que se estima ser aproximadamente
12.12% do custo de produção. (DNC, 2010).
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
De acordo com os dados disponíveis, considerando uma capacidade de produção média dos
aviários de 225 385,71 mil frangos/ano em 2010, um peso médio de 1.008kg, 40 dias de abate,
e com operações manuais, a ração constitui o factor de produção que mais impacta nos custos
de produção com um custo unitário a fixar-se em 29,47 Mt, seguindo os pintos de um dia com
19,5 Mt (Dezanove Meticais e Cinquenta Centavos), que entre outros, totaliza um custo médio
de aproximadamente 75,5Mts para produzir um frango.
A avicultura de corte é uma actividade que precisa ser analisada junto com o sistema de
produção da propriedade, avaliando principalmente os impactos na ocupação da mão-de-obra e
no fluxo de caixa a curto, a médio e em longo prazo, antes de sua implantação (CARNEIRO et
al., 2004).
Segundo COGAN (1999), há décadas que os gestores e cientistas são desafiados nas questões da
determinação dos custos dos produtos e serviços, os esforços para reduzi-los e a consequente
tomada de decisão que torne a empresa mais competitiva. Existem vários tipos de métodos de
custeio, porém, sem diminuir o papel de cada um deles, importa entender dois deles, a saber:
método de custeio por absorção e método de custeio variável.
Diante dessas afirmações, pode-se considerar o custeio por absorção como o método de custeio
em que são apropriados todos os custos de fabricação, sejam eles directos ou indiretos fixos ou
variáveis.
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
Este método é bastante usado, pois, consiste em se alocar aos produtos os custos variáveis,
ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o
resultado, dessa forma vão para os estoques somente os custos variáveis.
Analisandos, em separado, os métodos de custeio observa se que suas posições são diferentes,
porém complementares, em relação às necessidades empresariais, pois, enquanto o método de
absorção atende aos Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC) e à legislação fiscal, o
variável fornece informações para a tomada de decisão. É evidente que a adopção dos métodos
de custeio vai depender dos objetivos perseguidos pela empresa (KOLIVER, 2000).
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
O clima predominante nesta cidade é tropical húmido, com duas estações ao longo do ano, o
verão nos meses de Novembro a Abril, e inverno nos meses de Maio a Outubro. O período de
maior precipitação ocorre entre Novembro e Março, com médias anuais que variam entre 600 a
900 mm. A maior humidade relativa (média anual igual 79%) tem sido registada no mês de
Março, a menor humidade relativa (média anual igual 77%) é normalmente registada no mês de
Junho. As temperaturas médias anuais variam entre 23.3o e 27.2o C (NARCY et al, 2010).
a) Pesquisa Bibliográfica
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos e textos retirados da Internet (GIL, 2008).
b) Pesquisa Documental
De acordo com GIL (2008), a pesquisa documental é muito parecida com a bibliográfica, a
diferença está na natureza das fontes. Enquanto na pesquisa bibliográfica se utiliza
fundamentalmente das contribuições de vários autores sobre determinado assunto, a pesquisa
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
documental baseia-se em materiais que não receberam ainda um tratamento analítico ou que
podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.
Para este trabalho, esta técnica consistiu em recolher dados disponíveis na granja da Faculdade
Veterinária.
Foram entrevistados 5 (cinco) técnicos, funcionários da granja. Deste número, 2 (dois) são
técnicos superiores, 1 (um) é técnico médio e 2 (dois) que não possuem formação na área,
contudo têm larga experiência de trabalho na criação de frangos.
Estas foram realizadas com o objectivo de colectar, confrontar e actualizar dados sobre os
custos de produção. Para a efectivação deste processo utilizou-se uma ficha para o
acompanhamento técnico do lote e uma planilha de custos previamente elaborada, sendo que a
primeira facilitou a recolha de dados e de informação inerente aos insumos e a segunda
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
permitiu o levantamento dos custos envolvidos (variáveis e fixos) para a produção do frango na
granja. Os documentos em referência encontram-se em anexo no trabalho.
Após a colecta de dados no campo, os mesmos foram organizados e tratados com o uso do
pacote informático Microsoft Office 2010 (ferramentas Word e Excel), e foram elaborados
resumos dos dados em tabelas e gráficos relacionados com os custos de produção de frango.
Para a interpretação dos resultados, usou se o sistema de custeio variável, tendo se baseado
apenas nos custos variáveis.
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
A exploração de frango de corte está dividida em duas fases. A fase inicial vai do nascimento
até aos 18 dias de idade e, a fase de engorda também chamada fase de finalização, que
compreende o período de 19 dias de idade até à venda ou abate. Durante estas fases, vários
ajustamentos e mudanças ocorrem especificamente na quantidade e tipo de ração, capacidade,
altura e tipo de bebedouro e comedouro, na posição das cortinas e na temperatura do pavilhão.
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
Produtores familiares
Granja da FAVET, lote
Indicadores produtivos Padrão internacional integrados,
Maio 2015.
Technoserve Moz/2007.
Mortalidade 1,60% 5,44% 3,20%
Peso vivo final (aos 28
1,60kg 1,32kg 1,55kg
dias)
Taxa de conversão de
1,80kg/kg 4,00kg/kg 1,87kg/kg
ração
a) Taxa de mortalidade
Quanto ao peso vivo final constatou-se que, o frango da granja apresenta 1,55 Kg, o que
aproxima-se ao peso admissível pelo padrão internacional que admite 1,60 Kg para o peso vivo
final, por outro lado o frango da granja apresenta um peso acima do estipulado para os
produtores familiares integrados que admite 1,32 Kg após 28 dias.
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
Item Descrição
Área do pavilhão 240m2
Sistema de alojamento Em piso
Tipo de pavilhão Melhorado
Maneio no pavilhão Tudo dentro-tudo fora
Forma de produção Manual
Número de fases de criação 2 (fase inicial e de engorda)
Forma de aquecimento Lâmpadas infravermelhas
Maneio sanitário Preventivo
Maneio alimentar Fornecimento de água e ração
Tipo de avicultor Grande e Médio
Ciclo de espécie 28 à 30 dias
o
N de aves alojadas 3200
Nº de aves vivas no fim do ciclo 3098
Segundo a tabela acima, pode observar se que para a preparação do pavilhão, tudo começa com
o sistema “tudo dentro-tudo fora”, em que após a saída do lote anterior o pavilhão fica 15 dias
vazio, período este denominado vazio sanitário, em que acontece a limpeza e desinfecção do
pavilhão e de equipamentos e, de forma geral, aplicar as necessárias medidas preventivas. As
actividades de limpeza necessitam mais de tempo para a sua realização comparando com as
outras tarefas realizadas na produção de frango de corte.
Após o período do vazio sanitário, são recebidos os pintos, onde são seleccionados os que
apresentarem problemas e faz-se a pesagem aleatória de 10% dos pintos no intervalo de uma
semana até a saída. Pretende-se com esta actividade conhecer o peso inicial, isto é, na primeira
pesagem e a progressão de crescimento, ganho médio diário (gmd).
Em relação aos indicadores de produtividade no sistema, pode-se observar que das 3,200 aves
que entraram, 3,098 aves chegaram até ao abate com o peso médio de 1,546kg, significando
uma taxa de mortalidade de 3.2%. O índice de Conversão Alimentar (CA), que mostra a
eficiência da transformação da ração em peso vivo do frango é considerado um bom indicador
técnico, pelo que, quanto menor for o valor da CA, menor será o custo por unidade do peso
vivo, o que até certo ponto foi satisfatório comparativamente ao padrão internacional.
De acordo com a classificação das empresas produtoras de frango em Moçambique, citado por
AGOSTINHO (2010), a granja da FAVET ocupa o lugar de produtores de porte médio com
uma capacidade de produção anual de 5001 à 50 000 frangos.
Com base no ganho de Peso Médio Diário (GMD), a Taxa de Viabilidade (V) e Conversão
Alimentar (CA), calculou-se o Índice de Eficiência de Produção (IEP), onde se obteve o
resultado de 295. Segundo CARNEIRO et al. (2004), citado por FIGUEIREDO et al. (2006), o
valor encontrado do IEP conferiu a classificação de excelente à eficiência de produção da
granja da Faculdade de Veterinária, como ilustra a tabela 4.
< 200 200 – 220 220 – 230 230 - 240 240 – 250 > 250
Péssimo Mau Regular Bom Óptimo Excelente
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Designação Quantidade Custo Unitário (MT) Valor em (MT) Valor Percentual (%)
Serradura 60 50,00 3 000,00 1,03
Lenha 1 000,00 1 000,00 0,34
Desinfectante Cal 4 375,00 1 500,00 0,52
Des. Vet-GL 20 2 131,00 262,00 0,09
Pinto de 1 dia 3200 23,00 73 600,00 25,32
Ração: A1 88 1 028,00 90 464,00 31,12
Ração. A2 104 992,00 103 168,00 35,49
Vacina (Gumboro) 4 165,00 660,00 0,23
Vac. (Lasota) 4 110,00 440,00 0,15
Vitaminas (Power Vit) 4 1 800,00 3 600,00 1,24
Tylo - Dox 1 2 200,00 2 200,00 0,76
Keprocerly WSP 5 1 800,00 9 000,00 3,10
Mao-de-Obra (apanha) 5 300,00 1 500,00 0,52
Embalagens 2 rolos 139,00 278,00 0,10
Total 290 672,00 100,00
Os dados indicam que a ração e o pinto de dia são as componentes de custos mais onerosos
contribuindo em 66.6% e 25.3% dos custos variáveis, respectivamente (vide a tabela 6). Para a
ração, é também considerado o insumo que mais determina a eficiência e a rentabilidade da
empresa avícola.
Para uma produção total de frango na granja, com todos os custos variáveis envolvidos, num
lote de 3200 aves, foram necessários 290 672,00 Mt de custos variáveis.
O processo de expansão da granja, não tem sido fácil, devido aos processos burocráticos que
não se adequa ao ritmo flexível da actividade, por outro lado a insuficiência do pessoal que
exige a aplicação de esforço a dobrar por parte do pessoal existente, divergindo com o dito pelo
CARNEIRO et al., (2004), é necessário que haja mão-de-obra com dedicação permanente no
local de produção (24h) para atender a demanda de mão-de-obra na actividade de forma a
proporcionar um funcionamento satisfatório, o que não acontece na granja da FAVET, os
trabalhadores tem um horário específico para exercer as actividades, que é das 6h às 15h, e daí
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até ao dia seguinte o pavilhão é desprovido da mão-de-obra. Por outro, lado as condições de
pavilhões não são favoráveis, chegando até a permitir a invasão de animais.
Tabela no 6: Receita, Custo e Lucro Total, na Produção de Frango, Lote no2, 2015
Fonte: Dados obtidos através dos cálculos, com base nos dados recolhidos durante o estágio, 2015.
Sobre a análise de custos, observa-se que há uma considerável margem da receita, a qual
ultrapassa os custos variáveis, o que resulta em lucro positivo. O frango produzido na
Faculdade de Veterinária é vendido ao um preço de 120,00 Mt (Cento e Vinte Meticais) vivo e
125,00 Mt (Cento e Vinte e Cinco Meticais) congelado. No entanto, observa-se que, a receita
total no lote em estudo foi de 348 505,00 Mt (Trezentos e Quarenta e Oito Mil e Quinhentos e
Cinco Meticais) no final do ciclo produtivo com um lucro de 57.833,00 Mt (Cinquenta e Sete
Mil e Oitocentos e Trinta e Três Meticais).
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vendido para outras instituições, talhos, clientes externos e internos a preços variados e uma
parte da produção correspondente a 10% é abatida no local de venda com uma margem de
preço acrescida a pedido dos clientes, este relato converge com o estudo realizado por
CAMBAZA (2009), que do total da produção, 90% dos frangos são vendidos vivos. Os
remanescentes 10% do total da produção, são abatidos no local de venda a pedido dos clientes.
Figura no2. Evolução dos Custos, Receitas e Lucros na Produção de Frango na Granja da FAVET (2014).
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Estes valores são aplicados na aquisição de insumos para garantir a continuidade do processo de
produção.
As receitas mínimas são de 230 895,00 Mt (Duzentos e Trinta Mil e Oitocentos e Noventa e
Cinco Meticais) e as máximas de 343 155,00 Mt (Trezentos e Quarenta e Três Mil e Cento
Cinquenta e Cinco Meticais) durante todo o processo produtivo (Janeiro a Dezembro de 2014).
No entanto, a granja da FAVET apresenta em média de produção, custos correspondentes a 274
600,97 Mt (Duzentos e Setenta e Quatro Mil e Seiscentos Meticais e Noventa e Sete Centavos)
e receita média de 292 411,78 Mt (Duzentos e Noventa e Dois Mil e Quatrocentos e Onze e
Setenta e Oito Centavos).
4.3.1 Lucratividade
No entanto, o lucro mínimo na produção foi negativo, na ordem de (30 936,70) Mt (Trinta Mil e
Novecentos e Trinta e Seis Meticais e Setenta Centavos) e o máximo foi de 67 391,75 Mt
(Sessenta e Sete Mil e Trezentos Noventa e Um Meticais e Setenta e Cinco Centavos). A média
do lucro na produção foi de 17 810,82 Mt (Dezassete Mil e Oitocentos e Dez Meticais e Oitenta
e Dois Centavos) em termos percentuais, com uma lucratividade de 6,1% indica que depois de
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descontados os custos variáveis houve retorno financeiro de 6,1% do total do capital investido
nos ciclos de produção no ano de 2014.
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5.1 Conclusões
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5.2 Recomendações
Tendo em conta as constatações verificadas, e tendo em vista gerir os seus custos, é oportuno
apresentar as seguintes recomendações:
Para o Governo
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DNP. (2005). Direcção Nacional de Pecuária, Relatórios Anuais 2000 à 2005. Maputo
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
GIROTTO, A. F. & MIELI, EMBRAPA (2004). Situação actual e tendências para a avicultura
de corte nos proximos anos.
HIGEST (2012). Relatório anual da higest 2011 à 2012, Etapa do abtate do frango em
Moçambique. Maputo
KOLIVER, O. (2000). Os Custos dos Portadores Finais e os Sistemas de Custeio. [S. I: s.n.].
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
LOPES, M. A. (2011). Análise do ambiente para frango por meio da lógica fuzzy: uma revisão.
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Análise de Custos de Produção de Frango na Granja da Faculdade Veterinária (Maputo)
VASCONCELLOS, M. A. S. De. (2002). Economia: micro e macro. 3a Ed. São Paulo: Atlas.
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APÊNDICE
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I. FICHA PARA ACOMPANHAMENTO TÉCNICO DO LOTE
I
Tabela no 1.5.Registo de Mortalidade Diária
II
19 3155 488kg 100 #
20 3153 484kg 106 #
21 3148 499kg 112 967
22 3144 492kg 119 #
23 3141 548kg 125 #
24 3137 544kg 132 #
25 3059 522kg 137 #
26 3055 532kg 141 #
27 3050 528kg 148 #
28 3040 417kg 152 1,553
29 2867 250kg 157 #
30 50kg 162 #
III
Frango Madera 6 120,00 720,00
Frango Dercia 1 120,00 120,00
Frango Langa 4 120,00 480,00
Frango Jose 1 120,00 120,00
Frango Lúcia 4 120,00 480,00
Frango Albino 20 120,00 2 400,00
Frango Luzia 5 120,00 600,00
Frango Ermelinda 100 115,00 11 500,00
Frango Ermelinda 7 120,00 840,00
Frango Valter 8 120,00 960,00
Frango Albino 2 120,00 240,00
Frango Segurança 6 120,00 720,00
Frango Sr. Chilengue 6 120,00 720,00
Frango Domingos 6 120,00 720,00
Total 3 022,00 163 180,00
Fonte: Dados obtidos através dos cálculos, com base nos dados recolhidos durante o estágio, 2015.
IV
Tabela no IV. Totais de Custos, Receitas e Lucro, 2014
Descrição Receitas Custos Lucro
Janeiro 257 470,00 218 970,00 38 500,00
Fevereiro 336 507,40 269 115,65 67 391,75
Março 251 340,00 214 859,02 36 480,98
Abril 343 155,00 280 130,20 63 024,80
Maio 275 243,00 303 904,00 (28 661,00)
Junho 276 350,00 307 286,70 (30 936,70)
Julho 327 225,00 295 317,26 31 907,74
Agosto 297 815,00 269 229,30 28 585,70
Setembro 230 895,00 257 334,07 (26 439,07)
Outubro 339 054,00 287 666,74 51 387,26
Novembro 307 687,00 295 317,26 12 369,74
Dezembro 266 200,00 296 081,42 (29 881,42)
GMD= =0,057kg/dia
V
VI. Imagens Ilustrativas das Fases de Crescimento do Frango na granja da FAVET.
Fase inicial da criação de frango: primeriro dia Fase inicial: primeira semana, aviário fechado.
Fase de crescimento: 140 dia, ilum. Natural. Fase de crescimento: terceira semana
VI