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(1931)
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Conte comigo,
Gabriel Constantino | Copy Classics.
@ogabrielmc
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S U M Á R IO
O Que Torna As Cartas Vencedoras? ............................. 10
Como Despertar O Desejo De Compra ................................... 14
O Interesse Pela “Novidade” ........................................... 16
Palavras Que Fazem As Pessoas Quererem O Seu Produto .. 18
Motivações Que Fazem As Pessoas Comprar ............. 20
“A Prova Do Pudim...” .................................................. 22
Aquele Empurrãozinho ................................................ 23
Como Colocar Um Gancho Nas Suas Cartas ............... 25
Os 6 Fundamentos ...................................................... 27
Como Tudo Começou ................................................. 29
A “Primeira Azeitona” .................................................. 30
Vendendo $2,000,000 Das Histórias de O.Henry ......... 32
A História De Guerra Que Vendeu ............................... 36
Livros Que Várias Pessoas Conhecem ........................38
Como O Esboço Da “Wells” Foi Vendido ......................39
Como Os Compradores De Livros Salvaram A Campanha ..... 41
Um Gigante Das Cartas .......................................... 44
O Terceiro Cinquenta Mil ............................................. 46
Você Vai Aceitar Este Pequeno Presente? .................. 47
Um Milhão Em Vendas Nos Primeiros 6 Meses................ 49
Acabando Com o “Palpite” Na Publicidade ................. 51
Nós Ajudamos A Fundar Uma Loja .............................. 54
Como Alcançar Os Líderes ......................................... 56
Cobrando Com Um Sorriso..........................................57
A Carta De Vendas Ideal ............................................. 60
Como Levantar Dinheiro Pelas Cartas ......................... 62
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PREFÁCIO
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1
O QUE FAZ COM QUE ALGUMAS
CARTAS VENDAM?
Você já se perguntou o que faz com que algumas cartas
vendam muito mais que as outras? É fato que toda carta deve
ter uma fluência perfeita e um estilo bem definido. 5r4Ela deve
ser polida com algo que chame a atenção e que desperte o
interesse dos leitores. Conseguir alcançar os resultados que
você espera será uma questão de seguir alguns princípios
básicos da escrita persuasiva, assim como você deve usar uma
vara e um anzol se quiser começar a pescar. Tudo se trata de
descobrir a isca certa para o seu leitor.
A pessoa que sabe exatamente o que o peixe gosta de comer e
usa a isca certa, costuma voltar para casa com peixes frescos
para o jantar. Milhares de artigos foram escritos ao longo dos
anos sobre como escrever cartas de vendas, mas a essência de
todos esses artigos pode ser resumida em duas perguntas:
10
O propósito final das cartas de vendas se resume ao
seguinte raciocínio:
1. O leitor da carta quer determinada coisa.
2. O desejo que ele sente por esta coisa é, consciente ou
inconscientemente, o pensamento principal dentro da mente
dele o tempo todo.
3. Você quer que ele faça determinada coisa para você.
4. Como você pode relacionar o que você quer que ele faça,
com o que ele deseja, de uma maneira que, fazendo isso, você
estará o ajudando a dar um passo a mais em direção aos seus
objetivos pessoais?
Você deve estar se perguntando:
“Por que ele deveria fazer o que eu espero que ele faça?”
E a resposta é a seguinte:
Pela esperança de que fazendo aquilo que você está propondo,
ele estará caminhando rumo à satisfação dos seus desejos mais
profundos. Ou então pelo medo de que se ele falhar em fazer
aquilo, o desejo que ele sente estará ainda mais distante de se
tornar realidade.
Quando você aborda alguém através de uma mensagem,
aquela pessoa está imersa em uma profunda discussão interior
sobre quais são os meios possíveis para conseguir alcançar
determinados objetivos pessoais. E é exatamente nesta
“conversa interior” que está acontecendo na cabeça do seu
leitor que você buscará o seu ponto de contato com ele. Existem
algumas emoções primárias que preenchem o nosso
pensamento durante a maior parte do tempo. Conecte-se a
elas, e assim você conseguirá a atenção do seu leitor.
Relacione-as com o que você tem para oferecer, e com certeza
você vai conseguir despertar o seu interesse. Apenas a atenção
do leitor não te levará a lugar nenhum.
11
Se a atenção não for rapidamente convertida em interesse, ela
será perdida. E uma vez que a atenção for perdida, será muito
mais difícil ganhá-la pela segunda vez. O seu desafio, então, é
achar o ponto de contato certo com os interesses e desejos do
leitor, através de algum atributo que irá capturar sua atenção e
fazer com que a sua carta se diferencie das outras no exato
momento em que ele ler a primeira linha. Estude o seu leitor.
Descubra o que desperta o seu interesse. Depois, estude a sua
proposta e veja como você pode relacioná-la com os interesses
que você mapeou. Exemplos: Imagine a mãe de um recém-
nascido. Quais são os seus pensamentos mais profundos?
Imagine uma carta começando assim:
Você deve ter uma ideia muito clara do sentimento que você
quer despertar no seu leitor quando ele ler a sua carta. Vários
livros foram escritos sobre a importância da “atenção, interesse,
argumentação e ganchos”, mas quando você analisa a situação
profundamente, você percebe que o principal é despertar o
sentimento de que o seu leitor precisa daquilo que você está
oferecendo, e que ele não conseguirá descansar enquanto ele
não fizer o que você está propondo.
14
Convença o intelecto, mas foque no sentimento. Sempre que
você quiser ação, desperte a emoção. Você deve convencer o
intelecto do seu leitor de que o que você quer que ele faça é
certo e para o seu próprio bem, mas enquanto você não
despertar a urgência causada pelo desejo, enquanto você não o
fizer sentir que qualquer esforço que ele faça será insignificante
perto da satisfação que o seu produto irá trazer para ele, sua
carta estará desprovida do essencial, do que é o mais
importante.
Por que você acha que as pessoas compram cremes faciais e
cintas modeladoras? Por que elas fazem dietas mirabolantes e
exercícios físicos de alta intensidade?
Não é porquê a razão fala que elas precisam daquilo, muito
menos porque elas gostam. Elas fazem isso porque as suas
emoções, seus sentimentos de vaidade as impulsionam.
Portanto, dê ao seu leitor uma explicação lógica para que ele
compre, de uma maneira que ele possa contar aos seus amigos
sem nenhum peso na consciência, mas fundamente o apelo
principal da sua carta em alguma emoção primária!
15
3
O INTERESSE PELA “NOVIDADE”
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1. Capture a atenção através de uma novidade ou ideia
interessante
Exemplo 1.
“Você sabe quais eram as maiores virtudes de Sócrates? Era a
sua curiosidade constante, seu desejo de conhecer o porquê e
pelo quê de tudo, seu questionamento pelas causas
fundamentais. Foi a sua curiosidade que o tornou o símbolo das
maiores conquistas da civilização grega. É esse mesmo
questionamento pelos princípios das coisas que faz com que a
agência Bland Advertising seja de valor inestimável quando um
novo produto está sendo lançado, um novo mercado está sendo
explorado e um novo método está sendo testado.”
Exemplo 2.
“Qual é a pergunta que se sobressai e te encara nos olhos todos
os dias quando você acorda? ‘Como eu posso melhorar a minha
situação?’ Esta é a questão da vida real que vai te confrontar e
te perseguir todos os dias enquanto você resolvê-la. Leia
atentamente o livreto anexado e veja se você não encontrará
dentro dele a resposta para esta pergunta tão importante.”
Exemplo 3.
“Se você está cansado de ser um empregado assalariado, se
você quer começar um negócio próprio e independente com
grandes potenciais de lucro, eu tenho uma proposta que vai ser
do seu interesse.”
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PALAVRAS QUE FAZEM AS
PESSOAS QUEREREM O SEU
PRODUTO
Agora que você conseguiu o interesse do seu leitor, o que você
vai fazer? Se você começar a fazer uma lista de
“primeiramentes” e “segundamentes”, você vai fazer o seu leitor
dormir. O mesmo vai acontecer se você começar a fazer uma
descrição detalhada do seu produto.
O que você deve fazer é conduzí-lo de um ponto de interesse a
outro, usando palavras que pintem uma imagem clara em sua
mente, de maneira simples, onde ele consiga visualizar o que
você está dizendo. Ele deve ser capaz de visualizar a sua
proposta claramente. A nossa mente pensa através de imagens.
Uma imagem mental clara, construída pelo próprio leitor
enquanto lê as palavras que você escreveu, equivale a mil
desenhos.
E o segredo para pintar essas imagens na mente do seu leitor é
usar um vocabulário que seja familiar a ele. Escreva de uma
maneira que ele compreenda tudo rapidamente. Facilite as
coisas para que ele seja capaz de fazer associações entre as
palavras que você escreveu e as imagens das suas próprias
recordações.
18
Então, é só adicionar um ponto de interesse aqui, outro ali, outro
lá. E assim por diante, até que você tenha conseguido construir
uma imagem completa do que você tem a oferecer, através das
suas palavras. Funciona mais ou menos como na construção de
uma casa. Você começa pela estrutura, só depois vem a parte
do acabamento. Essa é a ideia. Uma fundação sólida primeiro;
depois você adiciona os detalhes, de uma maneira lógica, peça
por peça. A habilidade de conseguir pintar uma imagem na
mente de um leitor usando apenas as palavras é talvez o fator
mais importante para uma carta de vendas vencedora. Para que
isso aconteça, você precisa descrever a sua proposta usando
termos que o leitor já conheça. Não use um vocabulário estranho
ao leitor. Perceba que a venda deve ser feita na mente do leitor.
Antes de você conseguir fechar um contrato, é necessário que
você consiga causar uma sequência de boas impressões. Ele
precisa chegar à conclusão de que o que você está oferecendo
custará menos para ele em termos de dinheiro ou de problemas.
O método de causar estas impressões se baseia em primeiro
lugar em descobrir o que é familiar ao leitor, e trabalhar a sua
comunicação em cima disso. Coloque vida nas suas descrições –
e quando possível, um sorriso também -. Dê ao leitor algo que o
faça sair da zona da indiferença, algo que desperta as suas
emoções. Adicione vida aos seus textos!
“O que ele tem a ganhar fazendo o que você quer que ele faça?
O que ele tem a perder caso não faça nada?”
21
6
“A PROVA DO PUDIM”
Em uma pequena cidade no Nordeste da Pennsylvania existe uma
empresa que vende via marketing direto. Ela começou do zero e
passou de um milhão de faturamento anuais apenas na base da
prova social. Eles descreveram os seus produtos da melhor maneira
possível, seguiram as regras sobre atenção e interesse, mas o
argumento principal das suas cartas eram as provas sociais.
No começo, é claro, eles não tinham muitos clientes para coletarem
seus depoimentos. O que eles fizeram então foi usar a velha tática
do “use gratuitamente por uma semana e não pague nada por isso”.
Isso os ajudou a se estabelecerem como uma marca de confiança
no mercado. Quando eles recebiam um pedido, faziam de tudo para
superar as expectativas dos clientes e conseguirem um depoimento.
Os depoimentos foram as iscas que seduziram todos os outros
homens da cidade e do Estado.
Todas as cartas de vendas devem ter algum tipo de prova ou
depoimento. Quando a carta consegue descrever exatamente a
situação pela qual o seu leitor está passando, e ainda há um
depoimento que confirme a eficácia da solução oferecida, não
existirá razão que impeça o leitor de agir. Nunca existirá um tempo
em que um depoimento sincero provando a satisfação de uma
pessoa com o seu produto deixará de funcionar. Eles sempre serão
um fator determinante para dissipar qualquer dúvida ou
desconfiança que possa estar presente na cabeça de um leitor
hesitante.
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7
DANDO AQUELE
EMPURRÃOZINHO
Em todas as vendas, sejam elas presencialmente ou por cartas,
existe aquele momento crítico em que a pessoa está quase
convencida.
Você já tem a sua atenção, já conseguiu o seu interesse, já o
convenceu de que ele precisa daquilo que você está
oferecendo, você já provou além de qualquer dúvida que aquele
é um bom negócio; mas ele ainda não está totalmente pronto
para assinar o contrato.
Precaução, inércia.. Chame do que for, mas isso quase sempre
acontece, fazendo com que o leitor hesite. Colocar muita
pressão fará com que ele recue. Deixá-lo muito à vontade fará
com que ele não tome nenhuma ação e continue na inércia.
Nesse ponto, você já sabe exatamente quais são as
principais motivações que te ajudarão a fechar a venda,
então procure inserir elementos que irão reforçar aquela
motivação.
Pense em como você pode facilitar as coisas para o seu
cliente. Faça com que ele se mova sempre adiante, não
deixe com que as coisas voltem aos estágios iniciais.
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Por exemplo:
Quando você vê o anúncio de uma loja de carros, eles te
convidam para que você vá conhecer de perto os modelos
disponíveis, sem nenhum compromisso. Quando você chega lá, o
vendedor te convida a olhar os carros expostos no salão. Sugere
que você sente dentro do que você gostou, te encoraja a dar
partida, e te chama para um test-drive.
Assim você poderá sentir o conforto dos bancos, a temperatura
agradável do ar condicionado, a potência do motor, o quão
silencioso ele é mesmo em alta velocidade...
Nesse ponto, o vendedor nunca fala sobre fechar a venda.
Pelo contrário, ele chama a sua atenção para todos os
atributos que fazem com que você se apaixone cada vez
mais por aquele veículo. E aí, na hora certa, quando você já
está totalmente envolvido, ele avança para a parte em que
vocês fecham o acordo. É assim que se vende.
É exatamente esse tipo de envolvimento que você deve criar
nas suas cartas de venda. Lembre-se que as pessoas são
indecisas e hesitantes quando o assunto é tomar decisões
financeiras. Facilite as coisas. Ofereça um período de uso
sem compromisso. Personalize a sua solução para que a
pessoa se sinta dona do produto antes mesmo de tirar um
centavo do bolso.
Você tem a obrigação de facilitar ao máximo o processo de
vendas e entrega do seu produto. Faça com que o seu leitor
tome o mínimo de ações possíveis.
Faça com que ele se sinta inteiramente responsável por ter
chegado a uma conclusão favorável por conta própria.
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8
COMO COLOCAR UM GANCHO
NAS SUAS CARTAS
Não importa quão bem escrita seja a sua carta, não importa
quão bom seja o seu produto. Você deve dizer exatamente o
que o seu leitor deve fazer. Se você não deixar muito claro quais
são as penalidades por não fazer como a sua carta diz, seu
prospecto irá escapar de você assim como um peixe costuma
escapar do anzol.
Só existe uma razão pela qual alguém lê a sua carta: essa
razão é expectativa por uma recompensa. É exatamente isso
que segura o interesse do leitor. Você alimenta os interesses
durante toda a carta, mas sempre deixando a entender que
algo melhor está por vir. Você chega lá. Você faz uma oferta
irrecusável. Seu leitor está impressionado. Ele promete a si
mesmo que irá considerar tudo com muito carinho.
Mas espera aí!
Você não quer consideração.
Você quer fechar um pedido e fazer uma venda. Como você
vai garantir isso? Você vai dar o empurrão necessário (como
visto no último capítulo). Mas e se isso não for o suficiente?
Estabeleça uma penalidade!
Existem apenas duas razões que farão com que o seu leitor
faça exatamente o que você pediu para ele na carta.
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A primeira é que você o fez querer muito alguma coisa. Você
despertou um desejo que deve ser mais forte que a sua própria
inércia. A segunda razão é que você despertou o medo de que
ele irá perder aquela oportunidade única caso ele não faça
exatamente como você diz. A não ser que o fechamento da sua
carta realmente desperte no leitor o medo de que ele irá perder
uma oportunidade única, você não conseguirá bons resultados.
Quando você inspirar o medo, seja claro, decisivo! Seja
específico. Estabeleça as condições, estabeleça os prazos,
estabeleça as quantidades exatas. Mostre convicção. Faça
com que o seu leitor sinta que essa é a sua última chance.
Mantenha a penalidade diante dos seus olhos, mostre o
desconto que ele irá perder e a oportunidade que não
voltará. Coloque o medo das consequências nos seus
fechamentos.
E então, diga exatamente o que ele deve fazer. Não deixe
com que ele interprete sozinho. Nós somos mentalmente
preguiçosos. Deixe claro as ações que ele deve tomar.
Descreva todos os próximos passos. Lembre-se que um
fechamento de sucesso tem duas partes:
A primeira é a persuasão, quando você mostra os ganhos
que ele irá obter ao fazer o pedido, e quais são as possíveis
perdas causadas pela demora.
Enfatize as garantias e minimize os custos. Quando o leitor
chega a esse ponto, ele estará quase pronto para comprar,
mas o seu fechamento ainda precisa de um gancho. O que
ele precisa fazer para conseguir todas estas coisas? Diga a
ele! Deixe tudo tão claro e fácil de entender que ele não
terá razão para não comprar. Se você não fizer isso, você
ainda não terminou a sua carta.
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9
OS 6 FUNDAMENTOS
Para resumir, todas as cartas precisam de seis elementos
essenciais:
A abertura: onde você consegue a atenção do leitor ao entrar
na conversa que ele está tendo mentalmente, estabelecendo um
ponto de contato com os seus interesses e despertando a sua
curiosidade para que ele queira continuar lendo.
A descrição: ou explicação, onde você vai pintar um quadro na
mente do seu leitor usando elementos familiares, mesclando com
os atributos mais importantes do seu produto e os conectando
às transformações e detalhes que forem relevantes para a vida
do leitor.
A “razão pela qual”: onde se cria um desejo e anseio pelo que
você está vendendo, dando um empurrão para que ele ande
adiante no processo de compra. É onde você descreve não a
sua proposta, mas os impactos positivos que aquilo irá causar na
vida dele. Fale sobre o conforto, o prazer, os lucros, o status,
etc.
As provas e garantias: oferecem ao leitor as provas que
confirmam o que você está falando. É você estabelece a
confiança ao garantir um período de testes ou devolução
integral do dinheiro caso o produto não o satisfaça.
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As provas e garantias: onde você diz exatamente o que fazer
e como fazer, de uma maneira que simplifique ao máximo as
ações que precisam ser tomadas. É onde você deixa claro todos
os próximos passos e fala sobre as “penalidades” por não
aproveitar aquele oferta naquele momento.
Essas regras, é claro, são para as pessoas que estão estudando
a arte de escrever boas cartas de vendas. Após um tempo, essas
regras acabam se tornando parte da natureza da sua escrita.
Antes que você perceba, você já não precisará mais pensar
nessas etapas para escrever as suas cartas. Tudo fluirá de uma
maneira quase que automática.
As regras, então, são meramente um ponto de partida. São a
parte mecânica de uma carta, que todos devem conhecer.
Conseguir acertar o feeling das suas mensagens é o que
realmente importa. Se esforce para transmitir entusiasmo.
Nós aprendemos que uma carta deve falar. Não sobre o seu
produto, mas sobre o prazer e os benefícios que o seu
cliente conseguirá ao usá-lo.
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10
COMO TUDO COMEÇOU
Esse capítulo conta o início da história de Robert Collier como
copywriter. Aqui, ele conta que seu tio, que era dono de uma
editora de livros e fora o responsável direto pela sua educação,
estava iniciando em sua empresa um departamento focado na
venda de livros via marketing direto. Outros copywriters haviam
fracassado na função anteriormente, até que Collier convenceu
o seu tio a dar-lhe uma oportunidade para colocar seus planos e
conhecimentos em prática.
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11
“A PRIMEIRA AZEITONA”
Em qualquer negócio, existe um axioma que diz que a primeira
venda é sempre a mais difícil. Depois dela, as outras começam a
vir mais naturalmente. Isso também é verdade para as vendas
através de cartas. Quando você tenta fazer com que alguém se
interesse pelo seu produto a partir da sua carta, sua tarefa mais
difícil é ganhar a confiança e a crença do seu leitor no que você
está dizendo. Essa é a razão pela qual nós oferecemos um
período de teste grátis.
Então, quando você faz a primeira venda, a sua tarefa mais
difícil foi concluída com sucesso. É a partir de agora que os seus
lucros reais devem começar a vir, pois o seu leitor virou um
cliente que já confia em você. Quando você vende algo que se
prova ser exatamente aquilo que você prometeu, o cliente se
sente seguro e irá confiar em tudo o que você disser para ele
fazer de agora em diante.
É por isso que as grandes companhias não costumam se
importar em gastar mais para conseguirem com que uma pessoa
compre pela primeira vez. Elas sabem que, através da primeira
venda de um item de preço baixo – que muitas vezes nem
trazem lucros para a empresa – feita para uma pessoa que
ainda não é cliente, as chances serão grandes de que essa
pessoa volte para consumir produtos mais caros e que dão um
maior lucro.
30
Uma vez que você ganhe a confiança do seu cliente vendendo
algo que supere as suas expectativas, você será capaz de
vender qualquer produto relacionado para pelo menos 10% da
sua lista.
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12
VENDENDO $2,000,000 DAS
HISTÓRIAS DE O.HENRY
Neste capítulo, Collier conta como a sua editora vendeu
$2.000.000 de uma coletânea de histórias escritas pelo escritor
“O. Henry”. É interessante notar como algumas técnicas e
estruturas persuasivas são usadas há mais de 100 anos e
continuam funcionando perfeitamente nos dias atuais – e
sempre continuarão.
Por exemplo:
Em várias das cartas de vendas dessa coletânea de livros O.
Henry, Collier usa a estrutura AIDA (Atenção + Interesse + Desejo
+ Ação) para guiar a sua escrita. Em uma dessas cartas de
vendas, ele começa assim:
“$500 EM PRÊMIOS PARA OS LEITORES DE O.HENRY!”
Primeiro prêmio - $250. Segundo prêmio - $100. Terceiro prêmio
- $50. E dez prêmios de $10 cada.
Apenas nos escreva uma carta dizendo qual é a sua história
favorita de O. Henry, e porque você gosta tanto dela. Para as
treze melhores cartas, nós iremos dar os prêmios listados acima.
Leia os regulamentos da competição na última página.”
Perceba que ele ganha a atenção do leitor já na headline da
carta ao anunciar uma grande quantia de dinheiro em
prêmios.
32
Logo após anunciar os prêmios, ao pedir que o leitor escreva
uma carta dizendo qual é a sua história preferida, ele usa uma
combinação de técnicas de influência que viriam a ser
explicadas por Robert Cialdini no livro “As Armas da Persuasão”,
em 1985. A técnica em questão é a combinação da consistência
com o comprometimento.
O princípio é mais ou menos o seguinte: ao pedir que o leitor
escreva um texto afirmando que gosta de algo, você estará
induzindo essa pessoa a usar as suas próprias palavras para
afirmar uma coisa que é do seu interesse. Quando fazemos uma
afirmação (seja por escrito ou falada), nós temos a tendência de
mantermos a nossa posição a respeito do que foi afirmado.
Fazemos isso porque uma pessoa que não é consistente e não
age de acordo com as suas próprias palavras (diz uma coisa e
faz outra), não é vista pelas outras pessoas como um indivíduo
confiável e honesto. Então, quando nós nos comprometemos
com algo (ou seja, escrevemos de próprio punho que gostamos
das histórias, nesse caso), temos a tendência de sermos
consistentes com o que dissemos, e passamos a agir de uma
maneira que confirme os nossos próprios posicionamentos.
Assim, ao induzir com que as pessoas afirmem por vontade
própria qual é a melhor história e porque especificamente
aquela é a melhor, Collier está conduzindo os leitores da carta -
ávidos pela possibilidade de ganharem a premiação em dinheiro
– para que de fato leiam as histórias.
Só assim eles serão capazes de escrever uma boa carta dizendo
o motivo de gostarem tanto de tal história. Portanto, essa
estratégia serve como estímulo para que as pessoas se
interessem pelo produto. Naturalmente elas terão a tendência
de gostar dos livros para os quais elas estão afirmando tantas
coisas boas.
33
Essa técnica de “Escreva em poucas palavras o porque você
gosta de...” foi mundialmente usada durante muito tempo. O
propósito é e sempre será o mesmo. Adiante, a carta continua:
“Prezado senhor:
Há alguns dias alguém perguntou ao Juíz Ben Lindsey, da Corte
Juvenil, se ele não poderia dizer qual era a sua história favorita
de O. Henry.
“Minha história favorita de O. Henry”, disse o juiz, “são todas
elas. Nenhum outro escritor teve tanto conhecimento sobre a
natureza humana. O charme das suas histórias faz com que a
gente queira lê-las várias e várias vezes.”
Perceba como agora ele desperta o interesse do leitor ao usar o
depoimento de uma pessoa respeitável (autoridade) para dar
suporte à afirmação do quanto as histórias são boas. Collier usa
da autoridade intelectual de um juiz para vender o fato de que
as obras são muito relevantes, e que o autor possui um grande
conhecimento sobre a natureza humana. Isso desperta o
interesse do leitor. Adiante na carta:
34
Collier termina a carta adicionando alguns bônus e
elementos de prova social, com um CTA (Call to Action)
claro:
“Envie o cupom agora – HOJE – sem necessidade de nenhum
pagamento – enquanto você ainda pode pegar os 7 Volumes de
Oppenheim DE GRAÇA. Esta é a sua última chance.”
35
13
A HISTÓRIA DE GUERRA QUE
VENDEU
Nesse capítulo, Collier fala um pouco sobre as estratégias e
abordagens usadas para vender a coletânea de livros “History
Of The World War”. Segundo ele, nesse caso, o que foi
determinante para o sucesso das vendas foi o plano de ação
por trás da copy.
Inicialmente, eles estavam anunciando os livros com uma
abordagem do tipo “as mais bem ilustradas e confiáveis histórias
da guerra.” Mas as vendas não estavam indo bem. O problema
era que a guerra tinha terminado recentemente, e as pessoas
estavam predispostas a esperarem por uma versão mais
“definitiva”, contada por alguém que esteve presente nos
campos de batalha.
A solução então foi desenvolver um pacote bônus com mais 6
pequenos volumes de “Histórias Reais Sobre a Guerra”, que
seriam enviadas gratuitamente se o leitor fizesse o pedido da
coletânea “History Of The World War”. O que aconteceu foi que,
em vez de venderem as 5.000 unidades esperadas em dois anos,
eles venderam quase 35.000 unidades em menos de um ano.
Quando as vendas minguaram de novo, eles usaram a
abordagem “Sua última chance de obter as ‘Histórias Reais
Sobre a Guerra’ gratuitamente.”, que comunicava escassez.
36
Isso nos mostra o quanto um bônus pode ser um atrativo ainda
mais poderoso quando aliado à escassez. Ter adicionado esse
bônus de “Histórias Reais” que acompanhavam o produto
principal literalmente mudou o cenário para essa campanha.
Collier frisa novamente que, independente do produto que
esteja sendo vendido, existe um fator constante a ser levado em
conta nas campanhas: as reações humanas.
Nesse caso, os bônus vieram para suprir a necessidade do
mercado por algo que fosse mais “visceral” sobre os campos de
batalha da grande guerra.
37
14
LIVROS QUE VÁRIAS PESSOAS
CONHECEM
Nem todos os livros venderam tão bem quanto os de O. Henry ou
quanto a coletânea das Histórias da Guerra. Esse tipo de
sucesso é uma mistura entre um ótimo produto e uma ótima
campanha publicitária. Mas mesmo assim não existem garantias
de que o produto irá se popularizar. A venda de todo produto
pode ser estimulada pelo tipo certo de propaganda. É uma
questão de acertar as motivações primárias que melhor se
conectam àquele produto – seja ela amor, conquista, medo ou
ambição – e aí, direcionar o apelo da campanha para essa
motivação. Collier defende nesse capítulo a estratégia de
vender todos os livros de uma coletânea de uma só vez, ao invés
de vendê-los separadamente. Os autores já eram tão
conhecidos e bem aceitos que não valia a pena anunciar os
livros de maneira unitária. Foi melhor fazer um pacote premium e
anunciar todos os livros juntos. Era uma questão de achar um
motivo (assim como acharam com as “histórias reais da guerra”)
que justificasse a compra de todos os livros de uma vez.
[Comentário: Esse capítulo é bastante denso e truncado.
Composto basicamente por cartas de vendas usadas em
diversas campanhas de livros diferentes. Todas elas seguem as
estruturas e ideias já discutidas nos capítulos anteriores. Para
não ficar repetitivo e cansativo, abordei apenas a ideia central.]
38
15
COMO O ESBOÇO DA “WELLS”
FOI VENDIDO
Collier conta parte da história sobre como a sua empresa
promoveu as vendas da enciclopédia “The Outline Of History”,
que abordava diversos assuntos relevantes sobre a história da
humanidade. O maior ensinamento desse capítulo foi o fato de
as cartas de vendas nem sempre se provarem como melhor
alternativa para atrair o interesse do leitor.
As campanhas de vendas da enciclopédia passaram a performar
muito melhor quando as cartas foram substituídas por anúncios
que usavam como criativo. Collier selecionou algumas das
páginas mais relevantes e as usou para atrair a atenção e
despertar o interesse dos leitores. Ou seja, uma espécie de
“amostra grátis” do conteúdo se provou como a estratégia mais
eficaz de promoção para aquele produto.
Além disso, um bônus de desconto para a assinatura da revista
“Review of Reviews” (que era o produto principal da editora)
fortalecia as ofertas de vendas da enciclopédia. Um outro ponto
que merece ser destacado é a constatação de que a lista usada
para o envio das promoções começou a se desgastar após um
tempo, e os resultados diminuíram.
A “cara” das ofertas precisaram ser mudadas. Eles tiveram que
inventar um novo motivo para persuadir as pessoas a comprarem
o combo “enciclopédia completa + desconto na assinatura”.
39
Esse problema do desgaste dos anúncios sempre será
verdadeiro: os criativos das campanhas precisam ser
monitorados e modificados regularmente. Isso acontece porque
o que se torna familiar deixa de atrair a atenção e despertar o
interesse. No caso dessa campanha especificamente, o apelo de
vendas baseado na “barganha” havia se esgotado, então eles
foram forçados a procurar um novo apelo que despertasse o
desejo dos leitores.
A nova campanha de vendas da enciclopédia foi baseada no
“medo da estagnação”. Eles exploraram a ideia de que “a
estagnação é implacável” para toda a natureza, relacionando
as ameaças sofridas pelas espécies que não evoluem com os
humanos que se recusam a crescer e a se desenvolver. Eles
começaram a carta da nova campanha assim:
“Caro leitor:
Qual é o “pecado imperdoável” de toda a natureza? Aquilo que
inevitavelmente traz consigo sua própria punição? O que
certamente significa a extinção? A estagnação – Ficar parado!
(...)“Em toda a natureza, deixar de crescer é perecer.”(...) Foi
para os homens e mulheres que não querem ficar parados, que
se recusam a cessar de crescer, que a Wells trabalhou na sua
missão mais incrível – organizar em um trabalho fascinante todos
os 100,000,000 anos de vida e crescimento que esse planeta já
viu.”
Essa campanha foi um tremendo sucesso.
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Isso nos mostra – além de confirmar novamente os princípios da
“Regra do Um” – que uma oferta com uma grande variedade (de
produtos, de emoções exploradas, de abordagens de venda)
pode causar confusão na cabeça do seu leitor, e a confusão o
afastará de um estado favorável à compra.
Isso aconteceu, inclusive, quando eles ofereciam mais de uma
opção de amostras grátis ou muitos bônus. Quando existem
muitas opções, as conversões costumam diminuir
consideravelmente.
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17
UM GIGANTE DAS CARTAS
Nesse capítulo, Collier fala sobre a importância das campanhas
serem baseadas no timing certo. Timing no sentido de que as
cartas para determinados produtos não funcionariam tão bem
em determinadas épocas do ano, como, por exemplo, a venda
de capas de chuva ou jaquetas de inverno, que dependem do
clima para gerar demanda.
Durante Janeiro e Fevereiro as campanhas de vendas por cartas
também não costumavam performar bem para a maioria dos
nichos, uma vez que as pessoas consomem bastante no fim do
ano e podem aproveitar as promoções do período pós Natal nas
lojas físicas. Collier destaca novamente o quanto é importante
mudar totalmente o visual das campanhas quando se anuncia
constantemente para uma mesma lista.
“Nós descobrimos que usando o mesmo estilo de envelope e as
mesmas velhas headlines mês após mês, as cartas não estavam
sendo nem abertas. Mas quando nós mudamos tudo, até o seu
tamanho e cor das margens, foi como se nós estivéssemos
usando uma nova lista.”
Outro ponto considerado neste capítulo e que vale a pena ser
contextualizado, é sobre a importância de ter a ideia clara do
contexto em que o seu leitor irá receber a sua mensagem. Isso
influencia bastante no seu humor, e o estado de espírito com
que uma pessoa lê a sua carta ou anúncio pode ser
determinante para ela te amar ou te odiar.
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Collier usa como exemplo dessa situação uma campanha de
vendas para uma marca de malas de viagem. A agência teve a
ideia de pagar o selo de postagem “premium”, o que significa na
prática que os envelopes com as cartas de vendas poderiam
chegar na casa dos clientes a qualquer momento, inclusive
durante a noite. Isso causou um susto muito grande em vários
destinatários, pois uma carta despachada como urgente
chegando durante a noite só poderia ser má notícia.
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18
O TERCEIRO CINQUENTA MIL
Collier reforça a importância de achar uma boa razão que
justifique um grande desconto, evitando assim a queda na
percepção de valor do produto.
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VOCÊ ACEITA ESTE PEQUENO
PRESENTE?
Esse capítulo foca nos poderes impulsionadores de um brinde,
desde que ele esteja contextualizado com a oferta e com o
perfil do leitor. Collier conta como usou brindes para incentivar
com que as pessoas fizessem os pedidos através das cartas. Os
brindes eram enviados para a pessoa junto com o pedido.
Lembrando que praticamente todas as campanhas ofereciam a
condição de um período de testes gratuito para os produtos,
tendo o cliente a obrigação de pagar apenas após alguns dias
de uso, e em caso de total satisfação. Essa estratégia se provou
muito boa, mas também bastante perigosa quando não
executada de forma estratégica. Em uma das campanhas, eles
prometeram enviar os brindes para todos que fizessem o pedido.
O que aconteceu foi que, por alguma razão, houveram muitas
devoluções do produto após o período grátis de teste e
adaptação. Os brindes obviamente não foram devolvidos, então
a campanha acabou custando muito mais que o estimado.
Contextualizando para a nossa realidade, é por isso que em
muitos produtos digitais você só recebe todo o material
comprado após os 7 dias da data da compra, quando não há
mais a possibilidade de cancelamento. Imagine um produto
digital baseado em arquivos PDF, por exemplo.
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Como estrategista de marketing, esse tipo de questão deve ser
levada em consideração ao montar uma campanha. Outro
ponto a ser destacado sobre o capítulo é a sua explicação
sobre como as vendas por cartas, quando executadas
estrategicamente, são “o negócio mais seguro da terra”.
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20
UM MILHÃO EM VENDAS NOS
PRIMEIROS SEIS MESES
Aqui, Collier nos conta a história de um produto que precisou ser
reformulado para que a campanha continuasse trazendo bons
resultados. O produto em questão era um livro, que já estava
sendo anunciado há muito tempo. A solução que eles
encontraram para aumentar o resultado das vendas foi mudar o
nome do livro, redesenhar a capa, revisar e aumentar o seu
conteúdo, dando origem a uma “edição especial”, com uma
cara totalmente diferente.
Isso nos mostra como podemos usar um produto já existente
para dar origem a outro, com uma cara de novidade e
exclusividade. Essa estratégia de reutilização pode ser usada
para a concepção de um novo produto e para a sua produção
de conteúdo, também.
Nem sempre é necessário começar algo do zero. Adiante no
texto, ele volta ao problema dos “bônus” (ou brindes), que foi
explicado no capítulo passado, e classifica como um grande
erroter oferecido algo de valor sem que a pessoa se
comprometesse a nada anteriormente.
A solução que eles encontraram foi brilhante: passaram então a
não anunciar nenhum tipo de brinde nas campanhas, mas os
enviavam de surpresa assim que a venda era concretizada.
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Isso aumentava bastante a sensação de “overdelivery” para o
cliente e evitava chamar a atenção dos espertalhões que se
aproveitavam da condição de não-pagamento para obterem o
brinde sem custo algum. Além disso, os brindes eram
estrategicamente escolhidos como uma porta de entrada para
algum outro produto (como por exemplo, enviaram o primeiro
livro de uma coletânea de livros). A sensação de “overdelivery”
gerada por um bom presente, somada à oportunidade de
conhecer um novo produto, fez com que os pedidos para esse
“produto-brinde” aumentassem consideravelmente. Collier
conclui dizendo que “o real lucro de vender por cartas não vem
através da primeira venda, mas pelas vendas subsequentes.”
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ACABANDO COM O PALPITE NA
PUBLICIDADE
Esse capítulo foi escrito em torno da ideia de que você, como
copywriter iniciante, não precisa reinventar a roda ao começar a
escrever as suas campanhas. Existem várias frases e pontos de
abordagem que já foram testados e validados pelos maiores
copywriters do mundo, e tudo o que você precisa fazer no início
é modelar e adaptar para realidade do seu produto. Isso é o
que Collier chama de “Frases de Vendas Testadas”.
“Nós descobrimos, por exemplo, que para vender através de um
texto, existem algumas aberturas que são praticamente
garantidas para conseguir a atenção do leitor. Entre todas as
diferentes aberturas, a “How To” (Como “Alguma Coisa”) é uma
das mais fortes.”
Um pouco adiante no capítulo, Collier reforça um grande
argumento defendido por Claude Hopkins em Scientific
Advertising, de que é necessário tomar muito cuidado ao
escrever uma carta que será admirada pela inteligência e pela
escrita fina. Elas costumam despertar a admiração, mas
resultam em poucas vendas. As boas cartas são aquelas que
deixam o seu leitor totalmente envolvido e interessado em fazer
o que você está propondo, a ponto de ele nem se lembrar que
está lendo uma carta.
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Outro ponto bastante relevante são as constatações feitas por
Collier sobre os principais motivadores da ação humana. “Todos
nós gostamos de nos sentir importantes. Qualquer coisa que
eleve o nosso ego, que faça nos sentir mais úteis para as
atividades em geral, certamente irá nos satisfazer.”
A inteligência das cartas, de maneira geral, está sustentada na
sua capacidade de alimentar a vaidade, sem deixar isso
evidente. Não se trata da vaidade exterior que nos induz a
comprar produtos de beleza, mas a vaidade interior que nos faz
sentir importantes, que nos faz sentirmos úteis de alguma
maneira. Não existe um “melhor método” para abordar o seu
leitor. Ninguém é capaz de conhecer todos os métodos de
sucesso, mas copywriters experientes aprenderam várias
maneiras diferentes que funcionam bem na grande maioria dos
casos.
E a menos que você conheça métodos melhores, é prudente que
você considere usar esses métodos já validados. Eles vão muito
além dos palpites incertos. Uma coisa que deve estar bem clara
para você é que não é a propaganda que vende, mas as
emoções humanas, a natureza humana. E isso acontece em
qualquer meio de contato com as pessoas. Você as ganha
quando desperta as suas emoções. Seja para vender um
produto ou para fazer sucesso com um filme ou uma música, por
exemplo. Ter uma boa familiaridade com o seu produto é
essencial, é claro. Mas ter um sólido conhecimento sobre as
reações e respostas aos estímulos é muito mais importante.
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Dois grandes motivadores que despertam o interesse no leitor
são o senso de vaidade, explicado anteriormente, e a promessa
de algo grátis, de algum presente, que será a isca para conduzí-
lo à sua oferta. Vender é uma questão de fazer com que as
pessoas queiram o que você tem para oferecer. O jeito mais
fácil de conseguir isso é revestindo a sua oferta com algo
“doce”, algo que agrade e atraia o leitor no primeiro momento.
“Para resumir, um dos traços mais fortes da natureza humana é o
desejo de ser alguém, de se sentir importante, de ser útil para a
comunidade e ser útil para aqueles que estão a nossa volta.
Existem várias maneiras provadas de abordar com sucesso essa
inofensiva tensão de vaidade que está presente em todos nós.”
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NÓS AJUDAMOS A FUNDAR
UMA LOJA
O capítulo inicia quebrando uma grande objeção sobre as
vendas por cartas:
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A saída que eles encontraram foi reunir uma grande lista de
“mulheres de negócios” da região, e escreveram uma carta
endereçada a elas, explorando a ideia de que como mulheres
importantes de negócios - olha aí o sentimento de vaidade
sendo colocado em prática mais uma vez -, precisavam de mais
opções de vestidos que as “mulheres comuns”, e que, como elas
são muito ocupadas e têm pouco tempo para fazer compras,
eles reuniram um grande lote de opções a um preço muito
abaixo do mercado.
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COMO TER ACESSO AOS
LÍDERES
Nesse capítulo, Collier fala das estratégias usadas em algumas
campanhas destinadas aos grandes executivos, aos empresários
que não teriam tempo a perder com cartas, que só liam aquelas
cartas mais importantes que passavam pela triagem de suas
secretárias.
O ponto mais importante desse capítulo é novamente a
constatação de que você precisa ser estratégico ao elaborar a
entrega da sua mensagem. Você precisa entender os hábitos do
seu público-alvo. Entender em qual contexto a sua carta
encontrará o seu leitor. Em qual momento do dia ele vai ler a
sua carta. O que ele estará fazendo no momento. Com o que
ele estará preocupado, enfim.
Quanto mais você conhecer a rotina do seu leitor e conseguir
usar essas informações ao seu favor, mais chances a sua
mensagem terá de ser lida. Isso influencia na taxa de abertura,
na leitura completa e na tomada de decisão.
Independente do cargo ou da condição financeira, todas as
pessoas se sentem atraídas e interessadas por algumas coisas.
Adapte a sua entrega à realidade do leitor, não à sua realidade
ou às suas preferências.
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COBRANDO COM UM SORRISO
Esse capítulo fala sobre os problemas enfrentados no
recebimento de alguns pagamentos. Naquela época,
praticamente todas as ofertas eram do tipo:
“Nos envie o cupom incluso nesta carta e te enviaremos o
produto. Após 7 dias, você nos envia o pagamento ou manda o
produto de volta.”
Naturalmente, algumas pessoas se “esqueciam” de pagar pelo
produto ou devolvê-lo. Ameaçar os consumidores estava fora de
questão, claro. Restava então as técnicas de persuasão, e
mesmo assim deveriam ser usadas de maneira sutil e cuidadosa.
Ninguém gosta de ser cobrado. A melhor maneira de fazer isso é
através de um “sorriso”. Mas antes de fazer a pessoa sorrir, é
importante que você estabeleça em sua mente que ela está te
devendo algo.
Como hoje em dia os métodos de pagamento mudaram
bastante e existem meios mais eficientes de cobrança e
devolução, o que de mais interessante podemos tirar desse
capítulo são alguns modelos de “cartas de cobrança”. Abaixo,
os exemplos de uma “campanha de cobrança” feita para o
recebimento de pagamentos atrasados de uma “campanha de
vendas de um perfume”, que custava um dólar cada unidade.
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Carta 1:
Frasco 1.0 Oz - Fragrância Deliciosa ‘Narcisse Parfum’ - $1
Uma pessoa ocupada pode ser perdoada por esquecer um
pequeno débito como este abaixo. Nossa conta pendente irá
evaporar da sua mente se você enviar um cheque ou uma nota
de um dólar junto do envelope em anexo. Por que não usá-lo
agora? Ele já vem com o selo! Cordialmente ...”
Carta 2:
“Você já ouviu essa do ‘Bud Fisher?’
“Pelo amor do Mike!” exclamou Jeff, olhando para uma carta.
“Má notícia na carta, Jeff?” perguntou Mutt.
“Diria que sim. Terrível. Um cara me escreveu pedindo o meu
autógrafo.”
“Um pedido de autógrafo se parece mais com um elogio.”
“Sim”, resmungou Jeff, “mas ele quer o meu autógrafo em um
cheque de 8 dólares que estou lhe devendo!”
Nós não iríamos, como o credor de Jeff, pedir o seu autógrafo
em um cheque de 1 dólar (pode ser também uma nota de 1 dólar)
para cobrir o frasco do delicioso perfume que te enviamos um
mês atrás?
Obrigado!”
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Carta 3:
“? ? ? ? ? ? ? ? ? ?
Assim estamos começando a nos sentir sobre o frasco do
delicioso perfume que te enviamos 6 semanas atrás, com o
privilégio de ficar com ele ou usar a postagem que enviamos
para que você nos envie de volta.
Nós te escrevemos várias cartas - mas não obtivemos nem uma
linha como retorno.
Se você apenas negligenciou o que pedimos nas cartas
anteriores - poderia fazer o favor de colocar o seu cheque ou
uma nota de um dólar nesta carta e nos enviar de volta com o
envelope em anexo agora?
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A CARTA DE VENDAS IDEAL
Não importa qual seja o produto ou serviço para o qual você
está escrevendo, a primeira coisa a fazer é se colocar no lugar
do seu potencial cliente. Pense sobre todos os atributos que
você poderia desejar naquele produto ou serviço. Pense sobre
tudo que você gostaria que aquilo fizesse por você. Imagine um
produto ideal, depois escreva uma carta que dê um destaque
aos seus atributos mais desejáveis. Quando você terminar de
escrever a sua “carta ideal”, deixe ela de lado por um dia.
No próximo dia, volte a ela e risque todas as descrições e
adjetivos que não podem ser usados honestamente como
descrição do seu produto real. Você ficará surpreso com o
quanto ainda irá sobrar. O seu trabalho é montar uma imagem
na mente do leitor sobre o que ele irá obter ao consumir o seu
produto. Monte-a usando tijolos que ele possa carregar, com
palavras e expressões que soem familiares a ele.
Não exagere, senão ele irá se recusar a acreditar no que você
diz, e todos os seus esforços irão por água abaixo. Não cometa
o erro de tentar destacar na sua carta todos os atributos do seu
produto.
Descubra aquele ponto principal que será o foco das vendas e
escreva a sua carta sob uma única perspectiva.
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Lembre-se de que não é suficiente apenas pedir para que o seu
leitor “compre agora”. Você tem que deixar claro o porquê dele
ter que fazer isso. Precisa dizer exatamente o que ele vai ganhar
agindo agora, e o que ele vai perder se demorar.
Você precisa pendurar uma uma recompensa bem na frente dos
seus olhos. Faça com que ele sinta a necessidade de não deixá-
la escapar. Determine um tempo exato de validade para a
oferta. Dê uma boa explicação sobre o porquê o estoque é
limitado. Anuncie um aumento no preço a partir de determinada
data.
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26
COMO LEVANTAR DINHEIRO
POR CARTAS
O último capítulo é focado em alguns exemplos de estratégias
usadas por ONG’s e Fundos que sobrevivem de doações. A
maioria dessas instituições estão relacionadas a causas
beneficentes, como o apoio aos pobre e doentes.
O argumento principal de Collier aqui é que essas campanhas
funcionam como as histórias sobre grandes catástrofes.
Nós não conseguimos visualizar o drama real de uma situação
quando pensamos na “massa atingida”.
A única maneira de realmente sensibilizar é contando a história
sob a perspectiva de uma única vítima, e mostrar as mazelas
que aquele evento causou em sua vida.
O mesmo acontece com as histórias comoventes sobre a guerra.
Elas apelam às nossas emoções ao focar no que está
acontecendo na vida de uma pobre vítima, e rapidamente
conectam esses sentimentos a argumentos racionais sobre o que
poderia acontecer conosco se não fizermos algo a respeito.
É isso que fazem os Fundos de Arrecadação mais bem
sucedidos. Eles apelam primeiramente para as emoções, e
depois fazem uma rápida transição para o intelecto.
Eles fazem você sentir pena e te dão uma razão lógica sobre os
motivos pelos quais você deveria fazer uma doação agora.
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“As pessoas irão doar quando você despertar as suas emoções.
As pessoas irão investir quando você provocar a sua cobiça. As
pessoas se interessam por quem pode dar uma previsão sobre o
futuro.”
“O que eles querem?” Qual é a isca que irá atrair o seu peixe a
fazer com que ele morda? Descubra e obtenha o sucesso.
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