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T H E

ONE SENTENCE
PERSUASION

C O U R S E

BLAIR WARREN
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SUMÁRIO
1 . Introdução
2 . Persuasão de Uma Frase?
3 . Explicação
4 . O Que Está Faltando?
5 . Exemplo: “O Segredo” (filme)
6 . E Agora?
7 . Mais “Persuasão de Uma Frase”
INTRODUÇÃO

Ninguém pode não não-


influenciar. É, portanto,
absurdo perguntar
como a influência e a
manipulação podem ser
evitadas. Nós
sobramos com a
responsabilidade
inevitável de
decidirmos por nós
mesmos como
obedecer a essa lei da
natureza humana da
maneira mais humana,
ética e eficiente
possível."
Dr. Paul Watzlawick – ‘ The
Language Of Change’.
PERSUASÃO DE UMA FRASE?

Será possível capturar e comunicar qualquer coisa de valor sobre


persuasão em uma única frase? É, sim. E estou prestes a te provar
isso. Mas primeiro, deixe eu te contar como cheguei aqui. Estudar
persuasão e influência é uma das minhas maiores paixões, e isso já
me consumiu uma quantidade de tempo e energia inacreditáveis
por mais de uma década.
Alguns amigos e familiares dizem que essa minha busca flerta com a
obsessão. Eles estão errados. Já cruzei esse limiar da obsessão há
muito tempo.
Não conheço nenhum assunto mais fascinante, fortalecedor,
lucrativo e, infelizmente, confuso. E essa confusão é mais que
lamentável. Ela é desnecessária.
Nunca foi tão fácil ser poderosamente persuasivo como nos dias
de hoje. Nunca. Você não precisa ser bonito, falar bem ou ser
mestre em lógica. Não é preciso ser confiante, carismático ou ter
uma personalidade magnética.
Na verdade, tudo o que você precisa fazer será resumido em uma
simples frase de apenas 27 palavras. E com essas palavras, você
poderá fazer milagres.
Os “segredos” por trás de vários truques de mágica, até mesmo
daqueles que parecem milagres, são tão “comuns” que nós ficamos até
desapontados quando os descobrimos.

Mas a questão é que, quando você para pra pensar, você chega
à seguinte conclusão:

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“Espera aí. Se eu caí nesse truque, ele não deve ser tão ridículo
assim.”

E com essa conclusão, você subiu um degrau na


honestidade intelectual que pouquíssimas pessoas sobem. Você terá
descoberto que as coisas mais mágicas da vida são
frequentemente o resultado da aplicação correta dos
fundamentos mais básicos.
O que é necessário é um entendimento das bases da
natureza humana.
Mesmos os exemplos mais extremos da persuasão, como cultos de
suicídio e movimentos de massa, são comumente baseados nos desejos
humanos mais básicos. Assim como mágicos conseguem performar
milagres usando princípios comuns, persuasores poderosos moldam o
mundo de maneira semelhante.
A maneira mais simples que encontrei de encapsular essas “bases”
da natureza humana foi através de uma única frase. Não se trata
de uma frase que eu simplesmente irei dizer aqui para você, mas
uma frase feita para ser lembrada, e que pode ser compactada ou
expandida de acordo com as suas próprias experiências.
A frase em questão é:

As pessoas farão de tudo por aqueles que encorajam


os seus sonhos, justificam os seus fracassos, acalmam
os seus medos, confirmam as suas suspeitas e os
ajudam a apedrejar os
seus inimigos. 06
Em uma única frase estão contidos os elementos e
insights mais importantes que eu aprendi em todos
os meus anos estudando e aplicando os princípios da
persuasão:

Encorajar os seus sonhos


Justificar os seus fracassos
Acalmar os seus medos
Confirmar as suas suspeitas
Apedrejar os seus inimigos

Esses elementos são os mais importantes porque eles


são simples, úteis e podem ser assustadoramente
poderosos. Eles podem ser usados não somente pelos
“homens maus”, mas por marqueteiros, vendedores,
sedutores, evangelistas, etc.
Em resumo, eles são ferramentas para qualquer um que
deseje se conectar com outras pessoas, e mais
importante, fazer com que essas conexões valham a
pena.

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EXPLICAÇÃO

Se você não acredita em mim, tente encontrar alguma campanha


bem sucedida de marketing que não use um ou mais desses cinco
elementos.
Sério, tente.
E aí, quando você desistir de procurar, tente encontrar algum
relacionamento profundo que não foi construído em cima de uma ou
mais dessas ideias.
Ao mesmo tempo em que estou certo de que você poderia
encontrar algum exemplo caso procure por tempo o suficiente,
também estou certo de que para cada exemplo que você encontrar,
você encontrará cem exemplos que se encaixam com o que eu
acabei de dizer.
A questão central é: onde quer que as pessoas formem laços
poderosos, algum (ou alguns) desses cinco elementos estará (quase
sempre) envolvido na situação.
Não existe nada que seja difícil de entender sobre essas estratégias.
Elas são auto explicativas. Algumas pessoas até diriam que elas são
óbvias. Mas ignorá-las é um erro tremendo.
Ao ignorar o poder desses princípios básicos, nós fazemos mais que
apenas garantir o nosso próprio fracasso e frustração. Nós deixamos
aqueles que queremos nos conectar vulneráveis a outras pessoas
que estejam dispostas a preencher essas lacunas que estamos
ignorando.

CONSIDERE:
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· ENCORAJAR OS SEUS SONHOS

Os pais comumente desencorajam os sonhos dos seus filhos “para


seu próprio bem” e tentam conduzi-los rumo a objetivos mais
“razoáveis”. E as crianças geralmente aceitam essa situação até
que outra pessoa apareça e comece a encorajar os seus sonhos.
Quando isso acontece, quem você acredita que terá mais poder?
Os pais ou os estranhos?

· JUSTIFICAR OS SEUS FRACASSOS

Milhões de pessoas estão procurando por alguém que tire a


responsabilidade de seus ombros; que digam que eles não são
responsáveis pelos fardos da vida.
E ao mesmo tempo em que aceitar responsabilidades é essencial
para ganhar o controle sobre a vida de alguém, garantir aos outros
que eles não são os responsáveis é essencial para influenciá-los.
Você não precisa olhar além da política para ver como isso funciona
na prática.

· ACALMAR OS SEUS MEDOS

Quando estamos com medo, é quase impossível concentrar em


qualquer outra coisa. E ao mesmo tempo em que todo mundo
“sabe” disso, o que nós fazemos quando alguém está com medo e
nós precisamos de sua atenção? Nós “dizemos” para eles não
sentirem medo, e é óbvio que isso quase nunca funciona. Por
outro lado, existem outras pessoas que prestam uma atenção
especial em nossos medos. Eles não dizem para não termos medo.
Ao contrário, eles trabalham conosco até o nosso medo acabar.
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Eles nos mostram evidências, oferecem ajuda, nos contam histórias,
mas não dizem como deveríamos nos sentir. Quando você está
com medo, com que tipo de pessoa você prefere estar?

· CONFIRMAR AS SUAS SUSPEITAS

Uma das coisas que mais gostamos de dizer é “Eu sabia”. Não há
nada como ter as nossas suspeitas confirmadas. Quando alguma
pessoa confirma algo que nós suspeitamos, nós não apenas
sentimos um ar de superioridade, mas nos sentimos atraídos à
pessoa que nos ajudou. Hitler “confirmou” as suspeitas de muitos
alemães sobre as causas de seus problemas. Cultos geralmente
“confirmam” as suspeitas de que há algo os sabotando. É simples
confirmar as suspeitas de alguém que já está inclinado a acreditar
naquilo.

· AJUDAR A JOGAR PEDRAS EM SEUS INIMIGOS

Nada conecta mais que um inimigo comum. Os que entendem o


poder disso, podem se beneficiar. Os que não entendem, ou pior,
entendem e se recusam a usar, estão jogando fora uma das
maneiras mais eficientes de se conectar com os outros. Não
importa o que você pense disso, o fato é que as pessoas têm
inimigos. Todos nós temos. É dito que todas as pessoas que
conhecemos estão passando por alguma luta interna. Essa coisa
que eles estão lutando contra é o inimigo. Seja esse inimigo uma
outra pessoa, um grupo, uma doença, uma ideologia rival, etc.
Quando alguém está lutando contra alguma coisa, essa pessoa
está à procura de outras pessoas para se juntarem a ela.

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O Q U E E ST Á F A L T A N D O ?

Bom, existe algo que merece ser notado sobre essa nossa frase. Está
faltando algo que muitas pessoas julgam ser muito importante no
processo de persuasão: VOCÊ!
Não existe uma só palavra sobre os seus desejos, suas necessidades
ou suas preocupações. Não existe nada sobre o que você pensa. É
tudo sobre a outra pessoa.
De novo, isso até parece heresia. As pessoas escrevem livros sobre
como apresentar as suas ideias, sobre como se apresentarem, sobre
como se destacarem.
E mesmo assim, as pessoas só se importam com elas mesmas. Já
imaginou quanta energia você economizará se você parar de focar
em você mesmo e colocar a sua atenção nas outras pessoas?

Já imaginou o quanto você vai ser


visto como mais carismático quando
você começar a ser visto como
alguém que pode satisfazer a essas
necessidades emocionais mais
básicas? Perceba o que a nossa
frase não diz.
Ela não diz que as pessoas farão de
tudo por aqueles que as ensinem.
Não diz nada sobre aqueles que
fizerem o que é melhor para elas ou
que as trate melhor.

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Não diz que as pessoas farão algo por aqueles que são mais
eloquentes, bem vestidos e agradáveis. Nem por aqueles que fazem
a melhor proposta ou por aqueles que se mostram mais inteligentes.
Quando focamos nesses princípios básicos da lei da natureza, todas
essas outras coisas se tornam irrelevantes. Quando focamos nesses
princípios, nós criamos relacionamentos em que as pessoas querem
naturalmente fazer algo por nós.
Esse é o verdadeiro segredo para conseguirmos o que queremos.
Você já observou que quanto mais você pressiona, mais resistência
você obtém?
Quando você foca no que você quer, as pessoas resistem. Mas uma
coisa que as pessoas nunca resistem é quando alguém está
tentando satisfazer seus próprios desejos.
E quando os desejos de alguém são satisfeitos, um laço é formado e um
desejo natural de reciprocidade é criado.
Goste disso ou não, a duração dos nossos relacionamentos não é
nada comparado com a profundidade dos nossos relacionamentos. E
a profundidade é baseada na satisfação dos nossos desejos mais
profundos, não na duração do diálogo.
Veja bem, eu não disse que você deve ignorar as suas necessidades.
Eu apenas disse que você deveria focar na outra pessoa que você
quer influenciar.
A hora de focar em seus próprios sonhos, esperanças e desejos é
quando você está sozinho. Uma vez que você estiver cara-a-cara
com outra pessoa, foque a sua atenção onde ela conseguirá um
maior impacto. Coloque-a na outra pessoa. Não fique com medo
dos seus desejos passarem despercebidos.

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EXEMPLO: “O SEGREDO” (FILME)

Se já existiu algum projeto que “encarnou” as ideias que


discutimos aqui, esse projeto é “O Segredo”. Embora eu não seja
um fã do filme ou das ideias que ele representa, não há como
negar o gene persuasivo que foi trabalhado na promoção e
distribuição desse filme.
Acredite ou não acredite na “Lei da Atração” – que é “o segredo”
referenciado no filme – você deve ser capaz de colocar as suas
crenças de lado e analisar o filme e as ações de marketing por trás
do filme.
Livros inteiros poderiam ser – e acredito que serão – escritos sobre
as estratégias de marketing e persuasão usadas para promover esse
filme. Mas pelos propósitos desse livro, vamos olhar apenas para as
ideias que cobrimos aqui.
Eu vou abordar cada um dos cinco conceitos separadamente, e nós
veremos que existe uma grande sobreposição em como esses
conceitos são aplicados.
Mas mesmo quando as ideias não podem ser claramente delineadas,
é fácil vê-las funcionando nos bastidores.
Então, como O Segredo encoraja os seus sonhos? Praticamente
todas as mensagens por trás dessefilme estão
relacionadas a essa necessidade. De acordo com o site do filme,
“Este é O Segredo para tudo – o segredo para alegria
infinita, saúde, dinheiro, relacionamentos, amor,
juventude: tudo o que você sonha.”
Wow. E se os seus sonhos vão além de coisas materiais, sem
problemas. No filme, Michael Beckwith nos diz que ele viu
“regeneração de fígados” e “dissolução de cânceres.”

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Nós até ouvimos daquela mulher no filme que diz ter se curado de
um câncer de mama em apenas 3 meses assistindo a filmes
engraçados na TV e fazendo exercícios de visualização se vendo
saudável. Ela diz até que conseguiu tudo isso sem fazer o uso de
radiação ou quimioterapia.Então, se você tem um sonho - qualquer
sonho – de acordo com O Segredo, você consegue.
Além de encorajar os seus sonhos, O Segredo também te ajuda a
justificar as suas falhas e a confirmar as suas suspeitas.
De acordo com o trailer original do filme, “Um segredo foi
transmitido por gerações, conhecido por apenas algumas poucas
pessoas afortunadas. Aqueles que o conheciam, canalizaram as
suas energias. Eles se tornaram as maiores pessoas da história.”
Depois eles nos contam sobre um homem que descobriu e
masterizou “o segredo” em 1909. Empresários da época pagaram
muito dinheiro pelo “segredo”. E adivinhe?
Isso mesmo. Todos eles conseguiram conquistar um enorme
sucesso.
Mas aí, por alguma razão desconhecida, eles decidiram esconder
o segredo do público para sempre, enquanto eles continuaram a
gozar dos benefícios. Eventualmente, até a igreja descobriu “o
segredo” e o baniu. Mas agora, pela primeira vez, “o segredo “
está prestes a ser revelado.
Verdade ou não, isso é uma história por trás do segredo. Além do
entretenimento, ele secretamente nos ajuda a justificar os nossos
fracassos passados. Afinal, como nós poderíamos ser bem sucedidos
se o segredo para o sucesso foi escondido durante tanto tempo?

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E essa mesma ideia tende a confirmar o que a maioria das pessoas
suspeitam sobre o mundo atual: de algum modo as coisas estão
armadas contra o homem comum. Agora, como O Segredo acalma
os nossos medos?
No contexto desse filme, os medos que precisam ser
tocados são os medos primários das pessoas não
conseguirem aplicar “o segredo”. Em outras palavras,
serve para acalmar o medo de as pessoas pensarem: “Claro, isso
tudo deve funcionar para as outras pessoas, mas não funcionaria
para mim.” De acordo com o filme, se você colocar todo o seu foco
nas coisas que você quer, a “Lei da Atração” funcionará para te dar
o que você quer.
Como o filme diz, “às vezes” você precisará tomar ação. Apenas às
vezes. Mesmo assim, se você agir como o Universo quer que você
faça, você se sentirá fantástico, você nunca vai querer parar. Então,
se você está com medo do trabalho, não fique.
E, finalmente, como O Segredo nos ajuda a jogar pedras em nossos
inimigos? Bom, de acordo com o filme, um “inimigo” (meu termo) é
qualquer um ou qualquer coisa que esteja te impedindo de conseguir
o que você quer. Então, como deveríamos lidar com esses inimigos?
Devemos evita-los.
De acordo com O Segredo, quando você se encontrar com coisas
que você não quer na sua vida “... não fale sobre elas. Não
escreva sobre elas. Não faça parte de grupos que se preocupem
sobre elas. Faça o seu melhor para ignora-las.” Veja, eles não te
encorajam a fazer as pazes, aceitar ou tolerar Eles dizem para
você evitar, ignorar – o que, no fundo, deve doer mais que jogar
pedras.

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E AGORA?
O meu objetivo com esse “curso” não era te entregar um plano a
ser seguido. Era apenas simplificar um processo que geralmente é
complexo além da necessidade.
Era apenas clarear algumas técnicas e estratégias complicadas
que são vistas por aí e que servem mais para separar que do para
persuadir. E, finalmente, fornecer alguns conceitos fundamentais
que você poderá usar para construir relacionamentos que são,
além de poderosos, lucrativos.
Independente da sua opinião sobre o que foi dito aqui, de uma coisa
não dá para escapar: a sua família, amigos, clientes, consumidores e
qualquer pessoa que você conheça terá essas necessidades
satisfeitas por alguém.
A única questão é: será por você?

MAIS “ P ERSUAS ÃO DE UMA FRASE”

Uma pergunta comum neste ponto é: “Como exatamente eu


aplico esses cinco princípios em minha vida?”
Bem, a má notícia é que não existe uma maneira exata de aplica-
los. A boa notícia é que também não existe uma maneira exata de
aplica-los. Persuasão pode até ser uma ciência, mas ela vem
embalada pela comunicação humana, que não é uma ciência nem
uma arte.
Como em um jogo, esses cinco princípios podem servir como guias
estratégicos para nos ajudar a decidirmos de que maneira
deveríamos “fazer a nossa jogada” em uma situação específica.

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Outra coisa importante a ser dita é que os cinco pontos são
independentes uns dos outros. Quero dizer, não existe uma ordem
específica e não é necessário que os cinco princípios sejam
trabalhados de uma só vez em uma dada situação para que se
consiga uma grande influência sobre outra pessoa.
Se eu precisasse resumir toda essa estratégia ainda mais, ficaria algo
mais ou menos assim: “Valide e Fascine”. Embora nenhuma dessas
duas palavras apareça na frase original, eu acredito que elas servem
como base da essência desse material.
A nossa necessidade de validação é muito grande, mesmo que às
vezes desprezada. Em meu livro “The Forbidden Keys to Persuasion”,
coloquei dessa maneira:

Você entraria no espaço de oração de alguém,


mudaria tudo de lugar, diria para aquela pessoa
como você acredita que ela deveria fazer seu culto
e esperaria que essa pessoa te agradecesse por
isso?
É claro que não. Entretanto, quando se trata de
relações interpessoais, nós geralmente agimos de
maneiras destrutivas sempre que fazemos com que
alguém se pareça errado. Por que isso causa um
impacto tão destrutivo em nossas relações?
Porque uma das mais importantes capacidades
humanas é a de discernir a realidade.
Isso faz parte do nosso instinto de sobrevivência.
Como poderíamos sobreviver no mundo se não o
entendêssemos? 17
Então, quando alguém diz que estamos
errados sobre uma situação, isso acaba sendo
um problema até maior que a própria situação em
questão, porque esse nosso senso de
estabilidade está sendo ameaçado.”

O ponto é: a nossa necessidade de validação não é brincadeira. E


isso é algo imutável. É algo que devemos aceitar e nos adaptar, ou
pagar um preço enorme.
Essa nossa necessidade de estarmos certos às vezes ultrapassa até os
nossos desejos de sermos “bem falados” e até mesmo os nossos
desejos de sermos bem tratados.
Ok, agora nós entendemos a nossa necessidade de validação, mas e
sobre a nossa necessidade por fascínio?
Ainda melhor: como podemos nos tornar mais fascinantes para os
outros? Em “The Forbidden Keys to Persuasion” eu descrevo a
importância dessa nossa necessidade por fascinação assim:

“A todo momento de todos os dias, nós


queremos estar engajados em algo.
Não importa o que seja, desde que consiga ganhar
e manter a nossa atenção.
Nós procuramos por entretenimento, conversas,
confrontos. Nós jogamos palavras cruzadas,
trabalhamos em nosso jardim, ouvimos música. Nós
cozinhamos, limpamos, reorganizamos. A
necessidade por engajamento mental é tão
fundamental
que poucas pessoas a percebem.
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da nossa consciência, procurando por algo para “se
apegar.”

É por isso que maioria de nós somos tão facilmente distraídos. A


não ser que os nossos pensamentos ou atividades sejam
suficientemente engajantes, a próxima coisa que aparecer irá
capturar a nossa atenção.
E como é pelo engajamento que nós experiências, e pela experiência
que nós mudamos, aqueles que nos engajam têm as chaves para as
nossas mentes e corações, e consequentemente, nossas ações. Nós
não vemos essas pessoas como manipuladoras. Nós as vemos como
salvadoras.

“O que mantém a
atenção determina a
ação.”

Enquanto algumas pessoas veem a captura da atenção como o


primeiro estágio da persuasão, vários dos autores que eu estudei a
veem como o único estágio da persuasão. O fato é que, não importa
o quanto você seja inabilidoso ou deselegante, se você consegue
capturar e manter a atenção de outra pessoa por tempo
suficiente, ela irá eventualmente dobrar-se ao seu comando. Por
que?
Porque quando a nossa atenção está capturada, o nosso
julgamento consciente e autoconhecimento regride e a
sugestionabilidade toma o lugar.”
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Agora que nós entendemos a importância do fascínio no processo
de persuasão, como fazemos isso? Simples, e estou prestes a te
provar.
Mas primeiro eu quero introduzi-lo a outra estratégia de persuasão
de duas palavras. Essa é uma que a maioria das pessoas está usando
de maneira inconsciente, e isso está destruindo suas capacidades de
influenciar outras pessoas. Independente do quanto essa estratégia
da “Validação e Fascínio” seja poderosa, essa próxima estratégia é
mais poderosa ainda, mas de uma maneira negativa. Essa outra
estratégia é:

“ CORRIJA E CONVENÇA”

Essa estratégia é tão comum, tão enraizada e tão


espalhada por aí que nós tendemos a nem
reconhecê-la. Sim, ela está ao nosso redor a todo
momento. E pior, ela costuma sair de dentro de
nós a todo momento também.

Se nós insistirmos em corrigir as pessoas antes de convencê-las, é


melhor aceitarmos o fato de que é provável que nós nunca
consigamos convencê-las de nada.
Na verdade, a tentativa de corrigir outras pessoas geralmente faz
com que elas se apeguem ainda mais à sua maneira atual de pensar.
Então, se a estratégia de corrigir- e-convencer é tão inútil, porque
ela é tão difundida? Uma razão pode ser que a maioria das pessoas
não acreditam que elas poderiam ser capazes de aplicar algo como a
estratégia da validação-fascínio. Errado.
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Apesar do que nos ensinaram, fascinar os outros é uma
das coisas mais fáceis do mundo, se você fizer isso dentro
de um contexto de validação. Por isso, a estratégia deve
ser nessa ordem, “validar e fascinar.”
Agora, compare isso com a estratégia de “corrigir- convencer”.
Em um contexto de correção, nada do que dissermos será
convincente.
Quero fechar tocando em um ponto muito importante.
Quero reconhecer que existirão situações em que nós não
poderemos validar essas necessidades de alguém. Às
vezes, nós não poderemos encorajar os sonhos de alguém,
especialmente se nós sentirmos que esses sonhos são
impossíveis ou que possam os fazer mal.
Às vezes, precisaremos encorajar outras pessoas a
tomarem total responsabilidade por suas ações. Fazer o
contrário disso pode acabar promovendo um
comportamento irresponsável. Às vezes não poderemos
acalmar os medos de alguém porque aquela pessoa
poderá estar, de fato, sentindo um medo justificável.
Às vezes não poderemos confirmar as suspeitas de outra
pessoa porque aquelas suspeitas estão erradas. E finalmente,
em algumas situações, não poderemos ajuda- los a jogar
pedras em seus inimigos porque eles não identificaram o
inimigo certo.
Cedo ou tarde nos encontraremos diante dessas situações
e precisamos estar preparados para lidar com elas. Então,
o que fazer em face dessas situações? Fácil.
Ao invés de validar as necessidades específicas que eles
estão tentando satisfazer, nós podemos abordar e validar
as necessidades e motivações mais universais que são a
base de tudo.
21
Por exemplo:
Se nós não podemos encorajar um sonho específico de
uma pessoa, nós podemos certamente reconhecer a
importância de ter tais sonhos e depois tentar movê-los em
uma direção mais positiva. Se nós não podemos justificar
os seus fracassos, nós podemos pelo menos reconhecer
que existem vários fatores contribuindo com a situação e
depois sugerir que, certo ou errado, às vezes a maneira
mais eficiente de se livrar de uma situação é agindo como
se fôssemos totalmente responsáveis por ela.
Se nós não podemos acalmar os seus medos, nós
podemos pelo menos garantir que está tudo bem estar com
medo. Dizer para alguém que está com medo que ele não
deveria ter medo só faz com que o problema se
intensifique.
Se nós não podemos confirmar as suas suspeitas, nós
podemos reconhecer a possibilidade de que a suspeita
pode estar certa e que nós entendemos os motivos pelos
quais ele chegou àquela conclusão, mesmo que nós não
compartilhemos daquela mesma conclusão.
Se nós não podemos ajudar a jogar pedras em seus
inimigos, nós podemos pelo menos reconhecer o desejo
universal por vingança antes de tentarmos tirá-los daquela
situação. Em resumo, não é porque não concordamos com
alguém que não podemos validá-lo. Mas se esse tipo de
situação ainda te incomoda, considere isso:

Talvez a grande ironia quando se trata de validar


essas necessidades é que quando nós temos
“permissão” para manifestar essas necessidades, nós
geralmente não levamos adiante.
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O simples fato de que é “Ok” nos sentirmos de
alguma maneira nos encoraja a parar de lutar para
manter ou justificar aquele sentimento.
Quando nos dizem que é Ok sonhar, tendemos a
ser mais flexíveis com relação aos nossos sonhos.
Quando nos dizem que nós não somos
responsáveis por alguma coisa, tendemos a ficar
mais abertos para a possibilidade de aceitar
aquela responsabilidade.
Quando nos dizem que é Ok sentir medo, nós
geralmente sentimos menos medo. Quando nos
dizem que as nossas suspeitas são justificáveis,
nós tendemos a suspeitar menos. Quando temos
permissão para jogar pedra em nossos inimigos,
nós geralmente nos cansamos disso muito rápido.
Agora, eu não posso garantir que validar os outros
sempre será um meio de conseguirmos o que
queremos, mas posso te garantir o seguinte:

As suas chances serão muito, muito maiores!

23

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