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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CAMPUS BALSAS
CURSO DE AGRONOMIA

ANA JÚLIA DA SILVA SCHNEIDER


GUSTAVO CARDOSO OLIVEIRA
KAHUÃ SOUSA DA SILVA
LARISSA FERREIRA LUZ
NATHIANE BOTELHO DIAS
YASMIN ELISA LOS

RELATÓRIO DOS EXPERIMENTOS: Cultura da alface.

Balsas
2023
ANA JÚLIA DA SILVA SCHNEIDER
GUSTAVO CARDOSO OLIVEIRA
KAHUÃ SOUSA DA SILVA
LARISSA FERREIRA LUZ
NATHIANE BOTELHO DIAS
YASMIN ELISA LOS

RELATÓRIO DOS EXPERIMENTOS: Cultura da alface.

Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de


Agronomia, no Campus de Balsas, da
Universidade Estadual do Maranhão, como
requisito para obtenção de nota.
Orientadora: Adriana Diniz

Balsas
2023
INTRODUÇÃO
De acordo com Gilmar Paulo Henz e Fábio Suinaga a alface (Lactuca
sativa L.) é uma planta anual, originária de clima temperado, pertencente à
família Asteracea, certamente uma das hortaliças mais populares e consumidas
no Brasil e no mundo. Praticamente todas as cultivares de alface desenvolvem-
se bem em climas amenos, principalmente no período de crescimento
vegetativo. A ocorrência de temperaturas mais elevadas acelera o ciclo cultural
e, dependendo do genótipo, pode resultar em plantas menores porque o
pendoamento ocorre mais precocemente.
No Brasil, as alfaces mais conhecidas e consumidas são as crespas e as
lisas, algumas das quais foram melhoradas para o cultivo de verão ou
adaptadas para regiões tropicais, com temperaturas e pluviosidade elevadas,
mas nos últimos anos também aparecerem cultivares roxas e com as folhas
frisadas. (Henz et. al.,2008).
A alface pode ser consumida de diversas formas, estando presente na
mesa de muitos brasileiros. Possui propriedades medicinais, como calmante,
sonífero, refrigerante, emoliente e laxante. Também é usada em cosméticos,
para rejuvenescer e acalmar a pele. Ela tem baixo teor calórico, é ideal para os
dias de verão, pois contém alto teor de água, além de fibras, que contribui para
o bom funcionamento intestinal. ( Herrmann, et. at.)
No sentido de descobri como se dá o desenvolvimento da alface em
diferentes recipientes e substratos variados, que se despertou o interesse nos
alunos da Universidade Estadual do Maranhão, na cidade de Balsas, em
realizar um experimento com a intenção de avaliar o cultivo da alface nestes
vasilhames.

OBJETIVOS
Avaliar o crescimento e produção de alface cultivada em diferentes
tamanhos de recipientes, com 75% de solo e 25% de adubo orgânico.

MATERIAIS E MÉTODOS
O trabalho foi conduzido no município de Balsas-MA a 07º 31’ 57” S de
latitude e 46º 02’ 08” W longitude, no período de março a junho de 2023, para
realizar o cultivo foram utilizadas sementes de alface crespa verde (Lactuca
sativa L).
As sementes foram semeadas em recipientes de capacidade de 1 litro, 2
litros, 3 litros e 4 litros, cada recipiente contendo uma proporão de 75% de solo
e 25% de adubação orgânica e duas repetições (Figura 1). As sementes
semeadas foram regadas regularmente durante os períodos da manhã e tarde.
Figura 1: Semeadura das sementes de alface.

Após um mês e dois dias de semeio, as mudas de alface foram levadas


para as instalações da Universidade Estadual do Maranhão Campus Balsas
para realizar avaliações e coletas de dados (Figura 2). Foram colhidas as
medidas de altura das plantas, logo após foram retiradas dos recipientes
lavadas em água corrente e pesadas para retiradas de massa fresca da raiz e
parte aérea.

Figura 2: Mudas nas instalações da UEMA.


Posteriormente as mudas de alface foram embaladas em sacos de papel
e levadas para realizar a secagem em uma estufa durante o período de 48
horas a uma temperatura de 65°C (Figura 3). Após a secagem o material foi
levado para retirada dos dados referentes à massa seca da raiz e parte aérea
das alfaces (Figura 4).
Figura 3: Alfaces na estufa para secagem.

Figura 4: Pesagem de massa seca da parte aérea.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O Alface é uma espécie altamente adaptável e com um curto ciclo de


germinação, variando entre as subespécies de 4 a 6 dias. Fatores físicos e
climáticos, contribuem para a determinação deste prazo, sendo que, alto vigor
(principalmente em relação a resistência), e elevada taxa de germinação são
dois pré-requisitos para se alcançar um bom estabelecimento de plântulas
(Heydecker, 1972). Durante os experimentos, o cultivo do Alface foi vistoriado e
avaliado semanalmente de acordo com os seguintes tópicos:
 Altura da planta (AP);
 Número de folha (NF);
 Massa fresca da parte aérea (MFPA);
 Massa fresca da raiz (MFR);
 Massa seca da parte aérea (MSPA);
 Massa seca da parte aérea (MSPA);

O grupo realizou o cultivo com duas repetições, fazendo uso da mesma


semente, do mesmo solo e seguindo o roteiro de medida dos recipientes. Na
primeira repetição, o cultivo das Alfaces germinou ao 8º dia, porém não foi
realizado o processo de retirada de medidas ao longo das semanas, sendo
assim, tal repetição não possui medidas que comprovem o seu
desenvolvimento.
Na segunda repetição, o cultivo das Alfaces germinou ao 6º dia, sendo
obtidos os seguintes dados de altura das plântulas:

Recipiente com capacidade de 1 Litro: 1 cm.


Recipiente com capacidade de 2 Litros: 0,5 cm.
Recipiente com capacidade de 3 Litros: 1,5 cm.
Recipiente com capacidade de 4 Litros: 0,7cm.

Nas semanas seguintes, a segunda repetição sofreu ataques de pardais,


sendo danificada de maneira irreparável, portanto, os dados da segunda
repetição de limitam a primeira e única semana de cultivo.
Ao fim do ciclo de cultivo foi realizada a retirada das cultivares para as
respectivas avaliações necessárias para a conclusão referente aos resultados
obtidos, ao fim das pesagens e avaliações, foram obtidos os seguintes dados,
dispostos na tabela:

Figura 1: Dados obtidos da primeira repetição após o 28º dia de cultivo:


Capacidade dos Recipientes Utilizados:
 
Tópicos de Avaliação 1L 2L 3L 4L
Altura da planta (AP) 4,2 cm 6,5 cm 4,6 cm 4 cm
Número de folha (NF) 3 2 2 2
Massa fresca da parte aérea (MFPA) 0,11g 0,21g 0,07g 0,16g
Massa fresca da raiz (MFR) 0,007g 0,006g 0,007g 0,004g
Massa seca da parte aérea (MSPA) 0,0051g 0,0097g 0,0049g 0,01g
Massa seca da raiz (MSR) 0,0007g 0,0015g 0,0014g 0,0018

Após a análise dos resultados, conclui-se que a cultura se desenvolveu de


maneira significativamente superior, ligado, principalmente a receptividade de
nutrientes pela planta, pois, tanto a falta, como o espaço em excesso, dificulta
a coleta de nutrientes e sais minerais por parte da raiz da planta, sendo então,
necessário que a quantidade de espaço oferecida a planta seja equilibrada,
propiciando o pleno desenvolvimento estrutural da mesma. (BORSOI et al.,
2010).

REFERÊNCIAS

HENZ, Gilmar Paulo; SUINAGA, F. A. Tipos de alface cultivados no Brasil.


2009.

NASCIMENTO, Warley Marcos; CANTLIFFE, Daniel J. Germinação de


sementes de alface sob altas temperaturas. Horticultura Brasileira, v. 20, p.
103-106, 2002.

BORSOI, Augustinho et al. Germinação de sementes de crambe (Crambe


abyssinica Hochst) em diferentes profundidades. Revista Cultivando o Saber,
v. 3, n. 4, p. 126-134, 2010.

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