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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CAMPUS BALSAS
CURSO DE AGRONOMIA

ANATOMIA DA FLOR

Balsas
2023
Componentes:

• Ana Júlia da Silva Schneider


• Gustavo Cardoso Oliveira
• Júlio Cesár do Nascimento Silva
• Kahuã Sousa da Silva
• Larissa Ferreira Luz
• Nathiane Botelho Dias
Ciclo biológico

O ciclo de vida das plantas em sua grande maioria compreende em dois tipos de fases
distintas: esporofítica (diploide) e gametofítica (haploide).

Por exemplo, em plantas pteridófitas nota-se a predominância de geração por meio


esporófito. No dorso dessa planta surgem os esporângios, nesses esporângios há
predominância de células-mãe em processo de meiose que resultará na produção de
esporos haploides.

Ao germinar, os esporos constituirão o gametófito e ocorrerá a produção dos gametas


femininos (oosferas) e masculinos (anterozoides). Ocorre o encontro dos mesmos,
resultando no nascimento de um novo esporófito.
Em angiospermas caracterizam-se dois tipos de geração através do tipo de célula
reprodutoras:
• A geração assexuada ( esporófito) que dá origem a divisão celular por meiose.
• E a geração sexuada (gametófito) se dá por meio da divisão celular por mitose.

O esporófito se desenvolve em uma oosfera fecundada denominada zigoto e resulta na


formação de uma flor que produzirá dois tipos de esporos: andrósporos ( micrósporos) e
ginósporos (megaspróros).

Os gametófitos podem ser do tipo masculino ou feminino:


• Gametófitos masculinos são os andrófitos (grão de pólen).
• Gametofitas femininas são os ginófitos ( sacos embrionários).
Ontogenia do androceu

Conjunto reprodutivo masculino da flor;


Composto por estames que tem como
função a produção dos grãos de pólen;
Partes componentes de cada estame:
• Antera: É uma estrutura composta
por duas tecas (metades), é fértil e
responsável pela produção dos grãos
de pólen. Tem uma camada externa, a
epiderme, e uma interna, o endotécio.
• Conectivo: É a estrutura que liga
(conecta) as duas tecas entre si e
com o filete.
• Filete: É a estrutura que sustenta as tecas,
fixando-as no receptáculo floral.
Conforme a disposição e quantidade de
estames, o androceu pode ser classificado
em:
• Isostêmone: Neste caso a quantidade de
estames é idêntica a quantidade de pétalas
da flor.
• Anisosêmone: A quantidade de estames é
diferente da quantidade de pétalas.
• Gamostêmone: Os estames aparecem
fusionados uns aos outros.
• Dialistêmone: Neste último caso os
estames estão simplesmente desprendidos
uns dos outros, livres.
Os estames podem ser classificados em grupos, sendo
eles:

•Monoadelfos: unidos em um único grupo.


•Diadelfos: unidos em dois grupos.
•Poliadelfos: unidos em muitos grupos.

E também podem ser classificados de acordo com o


número de estames e pétalas da flor:

•Isostêmones: o número de estames e pétalas são


iguais.
•Oligostêmones: o número de estames é menor que o
numéro de pétalas.
•Polistêmones: o número de estames é maior que o
número de pétalas.
Os estratos parietais da antera:

O termo “estratos” na biologia refere-se ao nível ou níveis distintos dentro de uma


estrutura ou sistema biológico, e pode ser utilizado em vários contextos não só biológicos
para descrever uma organização constituída em planos.

Já "parietal" geralmente se refere a algo relacionado à parede ou à superfície de uma


estrutura. Por exemplo, em relação ao ovário de uma flor, a placentação parietal significa
que as placentas (onde os óvulos estão localizados) estão na parede do ovário.
Os estratos parietais da antera:

Como citado anteriormente, as anteras são tetrasporangiadas e providas de uma parede constituída
por quatro camadas;

- Epiderme
- Endotécio
- Camada Média
- Tapete

A seguir, exibiremos e explicaremos os detalhes estruturais de cada uma dessas “camadas” além de
suas respectivas funções do tecido de revestimento da antera.
Epiderme

A epiderme da antera é, tipicamente, fina na maturidade, podendo ocorrer o colapso,


compressão, distensão ou ruptura de suas células quando, então, o endotécio constitui-se
como a camada mais externa.
Endotécio
O endotécio é a camada de células subepidérmicas que apresenta espessamentos parietais
especializados, com função importante na deiscência (abertura) da antera. Os espessamentos
parietais predominam nas paredes tangenciais internas e nas anticlinais..
A ausência de espessamentos do endotécio é uma condição derivada e, muitas vezes,
correlacionada à deiscência poricida (abertura da antera na forma de um poro apical).
Camada Média
A camada média pode ser formada ou não durante a ontogênese da parede do esporângio
dependendo dos estratos parietais diferenciados. Quando presente o número de camadas é
variável, podendo ocorrer 1 a 2 camadas de células, excepcionalmente até 5 estratos.
Em geral são camadas transitórias ou efêmeras, sendo obliteradas ao final do
desenvolvimento. Em algumas espécies são persistentes até a deiscência da antera.
Tapete

Devido à proximidade ao tecido esporogênico, o tapete apresenta as seguintes funções:


• Nutrir o tecido do esporogênico e dos andrósporos;
• Secretar de calase durante a separação das tétrades ao final da esporogênese;
• Sintetizar a esporopolenina para a formação da parede da parede dos grãos de pólen;
• Produção dos orbículos;
• Sintetização e liberação de materiais, como “pollenkitt”e “trifino”.
• Finalmente, pode ser responsável, em alguns casos, pela esterilidade masculina,
citoplasmática e genética.
Antera Jovem de uma Angiosperma:
Microsporogênese
É o processo de formação de esporos em órgão sexuais masculinos de uma planta.
Esse processo compreende as seguintes etapas:

• Mutiplicação: a célula inicial do tecido germinativo passa por diversos processos de


meiose.
• Crescimento: os microsporângios aumentam seu citoplasma e núcleo, dando origem ao
microspócito primário.
• Meiose: cada miscropócito dará origem a microsporócitos secundários em consequente
dando origem a micrósporos.
• Diferenciação: o micrósporo se diferencia em um grão de polén.

Microgametogênese

A microgametogênese é o desenvolvimento do microgametófito dentro do grão de pólen


maduro até o estágio de três células.
Esporoderme

A esporoderme é uma parede especializada dos esporos de alguns gametófitos,


constituindo uma caparapaça de proteção.

• Geralmente constituída por exina cujo principal componente é a esporopolenina, e intina,


composta por polissacarídios.

• Em angiospermas atua como a parede que envolve os microspóros e grãos de polén.

• Contribui para a conquista do ambiente terrestre.


Tubo Polínico

O Tubo Polínico é uma estrutura que apareceu pela


primeira vez nas Gimnospermas, com a função de
ajudar na reprodução pois com ela não é
necessário o uso de um líquido para que o gameta
masculino encontre o gameta feminino.

O tubo polínico leva consigo dois gametas


masculinos:
• Um deles fertiliza o ovo, originando o zigoto que
forma o embrião
• E o outro fertiliza a célula central, uma célula
auxiliar que acompanha o ovo (ou oosfera).
Nesta imagem, três tubos polínicos estão correndo em direção ao óvulo e um deles possui
uma clara vantagem sobre os outros. Isso pode ser porque ele chegou antes ou porque a
parte feminina alterou sua receptividade para aceitar esse grão específico mais avidamente
que os outros.
Ginosporângio (megasporângio)
Desenvolvimento do microsporângio

Os rudimentos seminais originam-se das


divisões periclinais da segunda ou terceira
camada de células do tecido placentário,
sendo distinguidos em bi ou trizonados.
Dependendo do padrão de desenvolvimento do rudimento seminal, podemos distinguir
três tipos básicos.
Tipo A - Ortótropo
Tipo B - Anátropo
Tipo C - Campilótropo
Natureza do nucelo Tegumento
Os rudimentos seminais das angiospermas
• O nucelo desenvolve-se a partir podem apresentar dois, um ou nenhum
da porção apical do rudimento tegumento envolvendo o nucelo, e recebem
seminal. No interior do nucelo, as denominações:
uma célula subdérmica na
extremidade micropilar torna-se • Bitegumentados
uma inicial do arquespório • Unitegumentados
• Ategumentados
Em geral, o tegumento interno se desenvolve
antes do tegumento externo, porém há casos
de desenvolvimento simultâneo.
Formação do rudimento seminal
Início da formação do primórdio seminal a partir da placenta e
ontogenia do rudimento seminal

Os limites entre as zonas I, II e III são


salientados por um traço mais espesso.

A - Arquespório;
B – Primeiras divisões da camada
dérmica para formação do tegumento;
C – Protusão do tegumento;
D – Participação de células
subdérmicas na constituição do
tegumento;
E e F – Crescimento do tegumento
recobrindo o nucelo, diferenciação da
célula-mãe de ginósporos
Megasporogênese

Megasporogênese é a formação de um esporo no interior de uma célula, o

megasporagêno, isso ocorre dentro do óvulo.

Este processo ocorre no núcleo que e protegido por dois tegumentos são eles:

• Tegumento interno

• Tegumento externo

Onde ocorre o processo de megasporogenese ?

• Núcelo

Tem como componente principal

• Uma célula mãe e quatro megasporos


Com ocorre esse processo de formação do megasporogênese?

 Meiose

A divisão celular é feita pela célula mãe de megaporos que é diploide 2N.

Quem serão as células formadas a partir desta divisão ?

 4 megaspos que são todos aploides.

 3 megaspos se degeneram

 Megaspos funcionais ( células que dão continuidade ao ciclo )


Megagametogênese

É o processo que ocorre dentro do óvulo também só que com o desenvolvimento do esporo
feminino em um saco embrionário megagametafo.

Megasporo funcional dará origem ao megagametófico ou saco embrionário.

Individuo da fase gametofítica e composto por :

• 8 células

Como isso ocorre uma célula se multiplicar ?

• Processo de mitose. Que diferente da meiose essa divisão não reduz o material genético da
células.

Ocorre neste caso quatro divisões para a formação desta célula que são aplóides assim como
a célula mãe.
Processo de fecundação

A aproximação dos dois gametas do andrófito aos dois gametas do ginófito


(oosfera e célula média) efetiva-se em cinco etapas:
• Polinização
• Acoplamento
• Cópula
• Descarga dos gametas
• Singamia
Embriogênese

É a formação da semente a partir do zigoto


Durante a embriogênese que é estabelecido o plano de corpo da planta.
A formação do embrião começa com a divisão metódica dentro do saco embrionário do óvulo
A primeira divisão do zigoto é assimétrica e transversal em relação ao eixo maior do embrião
estabelecendo-se sua polaridade
• O polo superior é constituído por uma pequena célula apical que dará origem a maior
parte do embrião.
• O polo inferior que que consiste em uma grande célula basal e produz uma estrutura
alongada do suspensor o qual ancora o embrião.
Célula apical

Célula basal
1ª divisão do zigoto que e assimétrica gera polaridade

Duas células

• Célula apical – pequena e formara a maior parte do corpo do embrião

• Célula basal – grande e formará o suspensor ( estrutura pedunculada )


Pré-Embrião

Nesse estágio de divisão sem formar corpo nós temos o que nós chamamos de pré-embrião
ao longo do tempo esse pré-embrião vai sofrendo progressão, mitoses e diferenciação
teremos diferenciação dos primeiros folhetos germinativos. Aquelas tecidos de células-tronco.
Quando tiver essa formação eu tenho um embrião propriamente dito ou o embrião maduro. As
células que formam esse Embrião são chamadas de meristemas.

PRÉ-EMBRIÂO
PROGRESSÃO

MITOSES
DIFERENCIAÇÃO
EMBRIÃO PROPRIAMENTE DITO
Os tecidos meristemáticos ou meristemas apresentam células indiferenciadas e com grande
capacidade de sofrer divisão celular ( meiose)

Meristemas primários - são formados por células originadas do embrião. Que se

diferenciarão em tecidos adultos, ou seja oriunda do embrião e nunca teve função definida.

Temos três.

• A protoderme é a mais externa

• O meristema fundamental e mais internamente

• O procâmbio

Responsável por ajudar a planta em seu crescimento primário, em altura.


Meristema secundário - formados por células adultas que sofrem desdiferenciação voltam a
ser células tronco, readquirindo a capacidade de visão celular. Tem como característica
principal essa alta capacidade de mitose.

• Felogênio

• Câmbio
Embrião maduro

Embrião maduro : Pode ser identificado como um conjunto de células indiferenciadas

Protoderme : Que é formada por divisões periclinais das células externas do embrião
maduro

Meristema fundamental e Procâmbio: forma-se por divisões verticais no interior


embrião que resulta na separação desses dois tecidos.
Estágio de desenvolvimento do embrião

Estágio globular quando embrião e esférico antes da formação dos cotilédones

• Dicotiledôneas : terá formato bilobada ou cordiforme ( estagio cordiforme )

• Monocotiledôneas : forma cilíndrica

Estágio torpedo :

• Alongamento do eixo e dos cotiledôneos com extensão simultânea dos meristemas

primários.

• Embrião pode se manter reto ou torna – se curvo.


Estagio de desenvolvimento
Suspensor

Desempenha um papel fundamental no na formação do embrião, ele atua com instrumento de


sustentação e auxilia na nutrição do embrião.

O suspensor tem como tarefa principal empurrar o embrião em desenvolvimento para o centro
do óvulo.

Principal papel do suspensor:

• Transferência de nutrientes

• Reguladores de crescimento do tecidos materno para o embrião em formação


Figura 1.1 Estagio do desenvolvimento do embrião de uma dicotiledônea : 1. primeira divisão mitótica do
zigoto; 2. suspensor 3. pró embrião; 4. inicio da diferenciação dos cotilédones; 5a. Tegumentos; 5b.
Radícula; 5c. Hipocótilo; 5d. Região da plúmula; 5e. Cotilédones (Toledo & Marcos Filho)
Embrião

O embrião da flor, também conhecido como embrião vegetal, é uma estrutura reprodutiva encontrada no
interior do óvulo, que é parte do pistilo (parte feminina) da flor. O embrião é formado após a fertilização,
quando ocorre a fusão do gameta masculino (célula espermática) com o gameta feminino (célula do óvulo).
O embrião é composto por diferentes partes ou estratos que desempenham funções específicas durante o
desenvolvimento da planta. As principais partes do embrião da flor incluem:
Estruturas de desenvolvimento:

1.Radícula: É a primeira estrutura a se desenvolver no embrião e dará origem à raiz primária da planta.

2.Epicótilo: É a região do embrião que se desenvolverá em um caule acima das primeiras folhas
verdadeiras. O epicótilo contém o meristema apical, que é o tecido de crescimento responsável pelo
crescimento do caule e das partes superiores da planta.

3.Cotilédones: São estruturas foliares especializadas encontradas no embrião da flor. O número de


cotilédones varia entre as plantas e é usado para classificar como plantas em monocotiledôneas (uma
folha embrionária, como grãos de milho) e dicotiledôneas (duas folhas embrionárias, como feijões).

4.Plúmula: É a região do embrião que se desenvolverá nas primeiras folhas verdadeiras acima dos
cotilédones. A plúmula contém o meristema apical que dará origem às folhas verdadeiras da planta.

5.Hipocótilo: É a região do embrião que se desenvolverá em um caule abaixo das primeiras folhas
verdadeiras, conectando os cotilédones à radícula.

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