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Relatório Experimental - 12º Ano - 1º Período - Ano Letivo 2019-2020

Nome: Luísa Braz Teixeira Ano Letivo: 2019/2020


Ano: 12º Turma: C
Data: Outubro de 2019
Docente: Ana Isabel Santos

Título: Observação microscópica de cortes histológicos de testículos


humanos ao Microscópio

Objetivos:
● Observar cortes histológicos de testículos ao microscópio;
● Aprender a manusear corretamente o Microscópio Ótico Composto (MOC);
● Aplicar técnicas de focagem no Microscópio Ótico Composto (MOC);
● Compreender a estrutura dos testículos;
● Compreender a espermatogénese;
● Localizar as estruturas nos testículos;
● Localizar as diferentes fases da espermatogénese.

Material:
● Microscópio Ótico Composto (MOC);
● Preparação definitiva de um corte transversal de testículos humanos

Resultados:

Legenda: Testículos Humanos observados ao microscópio ótico composto (MOC)


Ampliação: 10x40=400

Interpretação dos resultados:

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Relatório Experimental - 12º Ano - 1º Período - Ano Letivo 2019-2020

➢ Introdução ao sistema reprodutor masculino:

O Homem é um ser que que tem um ciclo de vida diplonte e, para assegurar a
continuidade da sua espécie, se reproduz sexuadamente. Para tal, é imperativa a
intervenção de indivíduos de sexos opostos. Este tipo de reprodução promove uma grande
variabilidade genética, devido à ocorrência de não só meiose pré-gamética, como também
da recombinação génica.
O sistema reprodutor masculino (Fig. 1) é composto por dois órgãos externos, o
pénis (órgão de copulação masculina) e o escroto (bolsa onde se localizam os testículos,
gónadas masculinas).

Fig. 1: Imagem do sistema reprodutor masculino

Fazem também parte deste sistema vias genitais, como a uretra (transporta a urina e
os espermatozóides ao exterior), os epidídimos (canais enovelados, onde os
espermatozóides amadurecem, são armazenados e reciclados, quando danificados, e que
controlam o fluido tubular) e os canais deferentes (armazenam e transportam os
espermatozóides). Possui ainda glândulas acessórias como as vesículas seminais
(produzem um líquido seminal, constituído por frutose, enzimas e hormonas, que
corresponde a 60% do esperma), a próstata (maior glândula do sistema, secreta para a
uretra citrato, que é um nutriente para espermatozóides, enzimas anticoagulantes e um
antibiótico que previne infecções urinárias e ainda controla a alternância da passagem de
urina e de sémen) e a glândula de Cowper (produz um muco alcalino lubrificante facilitador
do ato sexual e que neutraliza a acidez da urina).

➢ Noções gerais sobre os testículos:

Focando-nos nos testículos (Fig. 2), o nosso objeto de observação, segundo Silva,

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Fig. 2: Testículos Humanos

Santos, Mesquita, Baldaia e Félix (2018, p.13)(1) estes são “órgãos ovóides situados nas
bolsas escrotais, que se encontram no exterior do abdómen, mantém a sua temperatura um
pouco abaixo da temperatura normal do corpo, o que é essencial para a produção de
espermatozóides viáveis”, e ainda segundo Carvalho e Varella (2013, p. 6)(2) “Cada
testículo encontra-se dividido em secções, lóbulos testiculares separados uns dos outros
através de septos testiculares. Em cada lóbulo testicular encontra-se entre um e quatro
túbulos seminíferos, envolvidos por um tecido rico em vasos sanguíneos e nervos. Neste
tecido localizam-se ainda as células de Leydig (ou células intersticiais)”. No interior dos
túbulos seminíferos é possível distinguir as células da linha germinativa, as células de
Sertoli e o lúmen do tubo.

➢ A observação da amostra:

Durante a observação feita em laboratório, foi possível encontrar células de Leydig


(intersticiais), que se localizam fora dos túbulos, sendo responsáveis pela produção de
testosterona (hormona responsável pelos caracteres sexuais secundários) e pela
espermatogénese. Foi também possível observar as caudas dos espermatozóides no lúmen
do túbulo seminífero.
Quando ampliámos uma fotografia, do que estávamos a observar no microscópio, foi
possível localizar as volumosas células de Sertoli, que ficam entre as células da linha
germinativa (células que se encontram em diferentes estados de desenvolvimento da
espermatogénese), e têm, no lado virado para o lúmen do túbulo, reentrâncias nas quais os
espermatozoides se apoiam. Estas intervém ainda na nutrição, proteção e coesão das
células do túbulos seminífero e coordenam a formação de espermatozoides. Para além
disso, segregam um líquido que assegura o transporte dos espermatozóides até ao
epidídimo, e hormonas que regulam a espermatogénese e determinam a descida dos
testículos para o escroto.
Foi possível observar com distinção a membrana basal e o tecido conjuntivo, ao
contrário dos espermatócitos I e II, que foram observados com dificuldade, estes últimos
são as células resultantes do desenvolvimento das espermatogónias, que são células
diplóides (2n) que, por meiose, dão origem aos espermatócitos secundários e
posteriormente quatro espermatídios. Estes, à semelhança dos espermatócitos, foram
observados com dificuldade. Inicialmente estão ligados por material citoplasmático e, para
amadurecerem expelem o excesso de citoplasma, formando um flagelo e modificando a
forma e função de diversos organelos, de modo a tornarem-se mais leves e eficientes na
fecundação - este processo de diferenciação é chamado de espermiogénese. Depois do

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amadurecimento, a célula passa a ser considerada um espermatozóide, sendo possível


observar caudas de espermatozóides no lúmen do túbulo.

➢ Conceito de espermatogénese:

A espermatogénese, gametogénese masculina, processo que ocorre do córtex do


túbulo para o seu lúmen, permitindo a produção de milhões de espermatozóides através de
outras células, as espermatogónias. A espermatogénese divide-se por 4 etapas, que
ocorrem sequencialmente, a multiplicação, o crescimento, a maturação e a
espermiogénese.

Fig. 3: Espermatogénese

A fase de multiplicação, corresponde ao início da gametogénese masculina e à


ocorrência de mitoses sucessivas nas espermatogónias (células 2n); esta fase torna-se
mais intensa a partir da puberdade e dura toda a vida do homem. Na etapa de crescimento,
as espermatogónias crescem, aumentando o volume do seu citoplasma, devido a uma
elevada biossíntese, originando os espermatócitos primários (espermatócitos I), que são
também diploides (2n). A fase de maturação ocorre depois da primeira divisão meiótica,
cada espermatócito I origina dois espermatócitos II que, como resultam da primeira divisão
da meiose, já são haplóides e de um só cromatídeo cada, com a ocorrência da segunda
divisão meiótica os dois espermatócitos II originam quatro espermátideos haplóides (células
n).
A última etapa corresponde à espermiogénese, os espermátideos são convertidos
em espermatozoides, perdendo quase todo o citoplasma, que é fagocitado pelas células de
Sertoli, por sua vez, as vesículas do complexo de Golgi fundem-se, formando o acrossoma,
localizado na cabeça dos espermatozóides, contém enzimas que perfuram as membranas
do óvulo na fecundação, o acrossoma adapta-se ao núcleo do espermatozóide, depois de
ocorrer o alongamento e achatamento deste.

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Fig. 4: Esquema Espermiogénese

Os centríolos migram para a região imediatamente posterior ao núcleo do


espermátideo e participam da formação do flagelo, estrutura responsável pela
movimentação dos espermatozoides, através de microtúbulos. Ao mesmo tempo, uma
grande quantidade de mitocôndrias, responsáveis pela respiração celular e pela produção
de ATP - que será necessário para o movimento do flagelo - concentram-se na região entre
a cabeça e o flagelo, na peça intermédia. No fim da diferenciação, os espermatozóides são
libertados para o lúmen dos túbulos seminíferos, de onde passam depois para os
epidídimos onde acabam a sua maturação, tornando-se móveis, e são armazenados.
Posteriormente, seguem pelos canais deferentes onde se misturam com as secreções das
vesículas seminais e da próstata, originando o esperma, que é libertado no decurso de uma
ejaculação.

➢ Conclusão

Em suma, com esta observação microscópica, foi possível identificar as estruturas


das gónadas masculinas envolvidas na espermatogénese, contudo, foi difícil assinalar os
diferentes estágios da gametogénese masculina, tendo sido, inclusive, necessário ampliar
uma fotografia da imagem do microscópio ótico composto para conseguir ver melhor os
processos, e também algumas estruturas, como as células de Sertoli.

Bibliografia/Webgrafia:

(1) Manual de Biologia: Silva, A. D. D., Gramaxo, F., Santos, M. E., Mesquita, A. F., Baldaia,
L., & Félix, J. M. (2018). Terra, universo de vida

(2) LIvro de Resumos de Biologia: Carvalho, L. S., Varella A. (2013). Biologia 12º Ano

https://www.todamateria.com.br/espermatogenese/(visitado a 7 de outubro de 2019)

https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/nucleo15_2.php (visitado a a 7 de
outubro de 2019)

https://www.google.com/search?
q=sistema+reprodutor+masculino&sxsrf=ACYBGNTgJjvrraXd_lkrYQqxf1oofJZZzA:1570475
146877&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjDjojq64rlAhUJVhoKHdUmBi8Q_AUI
EigB&biw=1164&bih=623#imgrc=cIVhkqQrJmuSVM: (Figura 1)

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https://www.google.com/search?biw=1164&bih=623&tbm=isch&sxsrf=ACYBGNRu6H-toLi-
pbD672hyo9yDDdbdpg
%3A1570476891807&sa=1&ei=W5ObXcbxMMjqgQbapKHgAw&q=esquema+testiculos+hu
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www.google.com/search?
biw=1164&bih=623&tbm=isch&sxsrf=ACYBGNRjfl4L9SgYjgdVKpHCNI7gA1fuTw
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CAc&uact=5#imgrc=LRAUdrM4kIgb1M: (Figura 3)

https://www.google.com/search?biw=1164&bih=623&tbm=isch&sxsrf=ACYBGNTb-
k2zaKp3vZadRDcg2NaiOSMJXg
%3A1570477057549&sa=1&ei=AZSbXd2eIcqcgQaBwLToDg&q=esquema+espermiogenesi
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