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Biologia 1
Este esquema correlaciona as fases da espermatogênese com a histologia do túbulo seminífero. Ao redor dos túbulos seminíferos estão as
células intersticiais (células de Leydig), produtoras do hormônio masculino testosterona, que estimula a espermatogênese. Na parede do túbulo
seminífero, onde ocorre a espermatogênese, existem células que nutrem e dão suporte às células espermatogênicas: são as células de Sertoli.
Para que o processo de ovogênese continue com a 2ª divisão meiótica (divisão equacional), é necessária a penetração do
espermatozóide no ovócito II.
A célula que é fecundada pelo espermatozóide não é o óvulo pronto, mas o ovócito II.
Caso haja fecundação, a 2ª divisão meiótica se completa, originando uma ovótide e o polócito II ou segundo glóbulo polar. Há uma
certa dúvida se o primeiro glóbulo polar faz ou não a 2ª divisão meiótica.
A ovótide formada é o próprio óvulo. Não há uma fase de diferenciação como ocorre com a espermatogênese. Como a ovótide/óvulo já
contêm o espermatozóide em seu interior, ocorre a fusão de núcleos e a formação de gametas.
Esse esquema mostra as fases da ovogênese e como esse processo ocorre no ovário em cada ciclo menstrual (do ov ócito I até a liberação do
ovócito II, processo denominado ovulação). No ovário, cada ovócito está contido em um folículo. A cada ciclo menstrual, um desses folículos
inicia a maturação, formando o ovócito II. O folículo, depois que eliminou o ovócito II, transforma-se no corpo lúteo (ou corpo amarelo), que
secreta hormônios relacionados ao ciclo menstrual. Depois, o corpo lúteo regride. Todo esse processo é controlado pelos hormô nios
estrógeno, progesterona e outros.
O óvulo formado
O óvulo é envolvido por duas camadas protetoras ou
barreiras. A mais interna é uma camada de muco secretada pelo Óvulo humano: a. membrana vitelina (membrana plasmática); b.
próprio óvulo durante seu desenvolvimento e é denominada zona plasma germinativo (citoplasma); c. vesícula germinativa (núcleo);
pelúcida. d. mancha germinativa (nucléolo); e. zona pelúcida (acúmulo de
A mais interna é uma camada de células provenientes do glicoproteínas que revestem a membrana vitelina); f. corona
folículo ovariano e constitui a corona radiata. São essas as duas radiata (coroa de células minúsculas provenientes do folículo de
camadas que o espermatozóide deve romper e a razão da De Graaf e que se dispõem radiadamente ao redor do óvulo,
existência do acrossoma. protegendo-o).
21. (UFJF)
Duas fêmeas de dragão-de-komodo, a maior espécie de lagarto do
mundo, surpreenderam biólogos ao se mostrarem capazes de
procriar sem terem sido fecundadas por machos. A
partenogênese, nome da "concepção imaculada" no jargão
científico, foi observada em dois zoológicos na Inglaterra. A fêmea
Flora pôs em maio 25 ovos, sem que tivesse cruzado com um
macho dessa espécie. A fêmea Sungai pôs ovos dois anos e meio
após seu último contato com um macho e seus filhotes eram
sadios. Os cientistas submeteram as ninhadas das duas fêmeas a
"testes de paternidade" e descobriram que o genótipo combinado
geral dos filhotes reproduzia exatamente o de suas mães.
Fêmea de dragão-de-komodo se reproduz sem macho. Folha on line. Disponível em:
www1.folha.uol.com.br/folha/ciência/ult306u15745.shtml. Acesso em: 16, nov., 2011.
A sequência correta é:
A) VFVFF. B) VVFVF. C) FFVFV. D) FVFFV. E) FVFVV.
35. (UNESP)
APELO ASSEXUAL
Caso único na natureza, espécie de formiga dispensou seus
machos e descobriu que, ao menos para ela, sexo não vale a
pena. Trata-se da Mycocepurus smithii, uma espécie de formiga
que não tem machos: a rainha bota ovos que crescem sem
A) O esquema abaixo representa o ciclo celular. Numa célula precisar de fertilização, originando operárias estéreis ou futuras
desse indivíduo heterozigoto, indique quantas unidades de cada rainhas. Aparentemente, este mecanismo de reprodução traz uma
alelo haverá ao final das fases desvantagem, que é a falta de diversidade genética que pode
- G1 (intervalo 1). garantir a sobrevivência da espécie em desafios ambientais
- S (Síntese). futuros. Duas hipóteses foram levantadas para explicar a origem
- M (Mitose). destes ovos diploides: a primeira delas diz que os ovos são
produzidos por mitoses e permanecem diploides sem passar por
B) No esquema da folha de respostas, está representado o uma fase haploide; a segunda sugere que se formam dois ovos
processo de divisão de um espermatócito desse mesmo indivíduo. haploides que fertilizam um ao outro.
Preencha as células esquematizadas, nas fases I e II, indicando o Unesp Ciência, novembro de 2009. Adaptado.
tipo e o número de alelos em cada uma delas. Considere que não Considere as duas hipóteses apresentadas pelo texto. Cada uma
tenha ocorrido permutação. dessas hipóteses, isoladamente, reforça ou fragiliza a suposição
de que essa espécie teria desvantagem por perda de variabilidade
genética? Justifique suas respostas.
Aparelhos reprodutores
Os aparelhos reprodutores masculinos e femininos são
conjuntos de órgãos especializados não apenas na produção dos
gametas, mas em todos os processos e fenômenos que irão
possibilitar o mecanismo de reprodução. Ambos os sistemas estão
baseados nas gônadas produtoras de gametas. Além disso, há
outros órgãos relacionados ao ato sexual em si.
Esta aula trata da descrição anatômica e funcional dos
órgãos dos aparelhos reprodutores masculino e feminino, Corte de testículo (1) e de epidídimo (2), mostrando os túbulos
enquanto que os aspectos relacionados à produção de gametas e seminíferos (a) e os canais enovelados epididimais (b), que
fecundação serão tratados nas aulas seguintes. acumulam e depois conduzem os espermatozóides para o canal
deferente (3).
Câncer de próstata
A próstata tem uma importância especial na Medicina,
uma vez que ela pode ser alvo de uma das formas mais comuns e
mortais de câncer no homem, o câncer de próstata. Aconselha- Em A, corte longitudinal do pênis; em B e C, cortes transversais do
se, a partir dos 45 anos de idade, exames anuais para prevenção pênis.
de câncer de próstata em homens. Este exame, o toque retal, é
feito através da palpação da próstata através do ânus e reto, uma
A ereção do pênis é proporcionada por tecidos especiais
vez que há grande proximidade destas estruturas. Caso se note
existentes em sua estrutura, dois corpos cavernosos e um corpo
dilatação na próstata, há um grande indício de câncer na área, o
esponjoso. Estes são vasos sanguíneos modificados que,
que pode ser confirmado pelo exame de sangue para a detecção
do PSA (antígeno específico da próstata) produzido pela próstata durante a excitação, por estímulo do SNA parassimpático,
afetada. Entretanto, o PSA não dispensa o toque retal. enchem-se de sangue promovendo a ereção.
Por dentro do corpo esponjoso, passa a uretra. No ápice
Glândulas de Cowper ou bulbouretrais do pênis, o corpo esponjoso se dilata para dar origem à glande ou
As glândulas de Cowper ou glândulas bulbouretrais cabeça do pênis. É na glande que se situa o óstio uretral externo,
são duas estruturas esféricas encontradas na base do pênis. o orifício de abertura da uretra.
Produzem um líquido ligeiramente viscoso, formado por muco, A glande peniana é coberta por uma camada de tecido
que, por refluxo nervoso, é liberado durante o estímulo sexual bastante elástica, que a encobre no pênis relaxado. Esta camada,
antes de se iniciar o coito. Têm por finalidade a lubrificação, o prepúcio, deixa de cobrir a glande quando o pênis está erétil.
facilitando o ato sexual. É muito comum a cirurgia de fimose ou circuncisão, a remoção
do prepúcio, devido a motivos religiosos (como nos judeus), ou
Uretra para facilitar a higienização da glande peniana, uma vez que
A uretra é um conduto comum ao sistema excretor e dificulta o acúmulo de esmegma (secreção produzida e acumulada
reprodutor no homem, levando tanto a urina como o sêmen. É
na região da glande peniana). Em algumas ocasiões, o prepúcio
formado por uma camada de musculatura lisa revestida por
não tem a elasticidade normal, promovendo dor no pênis erétil.
epitélio. Começa no ducto ejaculatório, passa por dentro do pênis
Nesse caso, a cirurgia também deve ser feita.
e acaba num orifício, o óstio uretral externo, no ápice do pênis.
Durante o ato sexual, a uretra desenvolve intenso
peristaltismo, que atinge intensidade máxima do instante do O caminho do espermatozóide até a ejaculação
orgasmo, promovendo a ejaculação. Com isso, o esperma deve
ser projetado com força para fora, visando alcançar o colo do útero Da sua produção a ejaculação, o espermatozóide passa
e proporcionando aos espermatozóides passarem rapidamente pelas seguintes estruturas: testículo – epidídimo – canal
pelo pH ácido da vagina, que como já visto é prejudicial a eles. deferente – ducto ejaculatório – uretra.
Deve-se lembrar, entretanto, que o ducto ejaculatório está
Pênis em íntima associação com as vesículas seminais e a próstata e a
O pênis é o órgão copulador do homem, capaz de ser uretra com as glândulas bulbouretrais e o pênis.
introduzido na vagina para proporcionar o ato sexual. O pênis tem
forma cilíndrica e tem a capacidade de tornar-se rijo quando
ocorre excitação sexual. Rijo, pode ser introduzido na vagina.
Vulva
A vulva é a genitália externa feminina, por onde a
vagina se abre para o meio externo, contendo os grandes e
pequenos lábios, o clitóris, o monte pubiano e as aberturas de
uretra e vagina.
Na vulva se localizam os grandes e os pequenos lábios, Estrutura da mama humana
que são os análogos femininos ao saco escrotal. Os grandes
lábios encontram-se normalmente fechados, mas por ocasião do
ato sexual, com o intumescimento da vagina, se afastam e
permitem que os pequenos lábios se tornem visíveis.
A) Ovários são gônadas femininas que se localizam no interior da 11. (FCM-JP) Relacione as estruturas abaixo e marque a
cavidade abdominal, nos lados direito e esquerdo do útero, tendo alternativa que corresponde a resposta correta
como função a produção de óvulos e hormônios (estrógeno e I. Hipófise (_) local de produção de
progesterona). II. Células intersticiais do espermatozoide.
B) Quando uma menina nasce, apresenta no córtex cerca de testículo (_) local de armazenamento de
400.000 folículos que totalizam aproximadamente 400.000 III. Túbulos seminíferos. espermatozoide.
folículos ovarianos. Este número cai para 10.000 na puberdade e IV. Epidídimo (_) local de produção de
zero na menopausa. hormônios gonadotróficos.
C) Canal deferente conduz os espermatozoides do epidídimo até o
(_) local de produção do hormônio
canal ejaculador e depois à uretra. É no canal deferente, que os
sexual masculino.
espermatozoides desenvolvem os seus flagelos.
A) II, III, IV, I. B) IV, III, II, I.
D) Quando inicia a liberação do hormônio ICSH, produzido pela
C) III, IV, II, I. D) III, IV, I, II.
hipófise, inicia a puberdade, aproximadamente por volta dos 12
anos. O ICSH secretado na corrente sanguínea atuará sobre as E) II, IV, I, III.
células de Cowper, produzindo a testosterona.
12. (UNP) A análise dos componentes dos túbulos seminíferos de
7. (UECE) Na reprodução humana, a fecundação e a um menino, antes do início da puberdade, mostra quais tipos
segmentação inicial do ovo ocorrem no (a) celulares? Assinale a alternativa correta.
A) ovário. B) vagina. A) Espermatogônias e células de Sertoli.
C) endométrio. D) trompa de falópio. B) Espermatócitos primários, espermatócitos secundários e
8. (UECE) Coloque nos parênteses M ou F, conforme a estrutura células de Sertoli.
pertença, respectivamente, ao sistema reprodutor masculino ou C) Espermatogônias, espermatócitos primários e espermatócitos
feminino. secundários.
(_) grandes lábios; (_) glande; (_) uretra; D) Espermatócitos secundários, espermátides, células de Sertoli e
(_) útero; (_) endométrio; (_) escroto. células de Leydig.
Assinale a opção que contém a sequência correta de letras, de
cima para baixo. 13. (FUVEST) No início do desenvolvimento, todo embrião
A) M, F, M, F, M, F. B) F, M, F, F, M, M. humano tem estruturas que podem se diferenciar tanto no sistema
C) F, M, M, F, F, M. D) F, F, M, M, F, M. reprodutor masculino quanto no feminino. Um gene do
cromossomo Y, denominado SRY (sigla de sex-determining region
9. (UECE) Nos mamíferos, de modo geral, os testículos ficam Y), induz a formação dos testículos. Hormônios produzidos pelos
alojados no saco escrotal e fora da cavidade abdominal. Essa testículos atuam no embrião, induzindo a diferenciação das outras
determinação ou característica biológica está relacionada com estruturas do sistema reprodutor masculino e, portanto, o fenótipo
o(a): masculino. Suponha que um óvulo tenha sido fecundado por um
A) peso do saco escrotal. espermatozoide portador de um cromossomo Y com uma mutação
B) sensibilidade do processo de espermatogênese a temperaturas que inativa completamente o gene SRY. Com base nas
acima de 33oC. informações contidas no parágrafo anterior, pode-se prever que o
C) inibição do processo de ejaculação precoce. zigoto
D) sensibilidade dos corpos cavernosos à temperatura de 37 oC. A) será inviável e não se desenvolverá em um novo indivíduo.
B) se desenvolverá em um indivíduo cromossômica (XY) e
10. (NOVAFAPI) Um dos métodos contraceptivos que o homem
fenotipicamente do sexo masculino, normal e fértil.
pode utilizar é a vasectomia. Em relação a esse método, analise
C) se desenvolverá em um indivíduo cromossômica (XY) e
as afirmativas e assinale a alternativa correta.
fenotipicamente do sexo masculino, mas sem testículos.
I. A vasectomia é um método contraceptivo artificial que consiste
D) se desenvolverá em um indivíduo cromossomicamente do sexo
no seccionamento dos ductos deferentes o que faz cessar a
masculino (XY), mas com fenótipo feminino.
produção de espermatozoides.
E) se desenvolverá em um indivíduo cromossômica (XX) e
II. A vasectomia não causa impotência, uma vez que não há
fenotipicamente do sexo feminino.
qualquer interferência na produção hormonal dos testículos.
III. A vasectomia impede que os espermatozoides sejam expelidos
na ejaculação, que neste caso, elimina apenas os líquidos 14. (UERJ) Na tabela a seguir, são relacionados quatro hormônios
prostático e seminal. esteróides e suas correspondentes funções orgânicas.
A) Somente II e III estão corretas. HORMÔNIO FUNÇÃO ORGÂNICA
B) Somente II está correta. progesterona cetona
C) Somente III está correta. estrona fenol e cetona
D) Somente I e II estão corretas. testosterona cetona e álcool
E) Somente I está correta. estradiol fenol e álcool
28. (FMJ)
Correio Braziliense, 13/10/98. MUSCULATURA DE RISCO
(_) Se, por um defeito congênito, os testículos permanecerem no Desenvolvidos na década de 50, os anabolizantes ou esteroides
interior do corpo, o homem será impotente. anabólicos são produzidos a partir do hormônio masculino
(_) O mau funcionamento das válvulas da veia espermática pode testosterona, potencializando sua função anabólica, responsável
levar à esterilidade. pelo desenvolvimento muscular, e reduzindo o efeito androgênico,
(_) Apesar de fazerem parte da região ilustrada, o epidídimo e as que responde pelas características masculinas, como timbre de
vesículas seminais foram omitidos. voz, pelos do corpo, crescimento dos testículos.
Principais efeitos colaterais:
Questões estilo somatória - dores de cabeça e tonturas
- aumento da agressividade
25. (UFC) Assinale a(s) alternativa(s) corretas) sobre as estruturas - comportamento anti-social
dos sistemas reprodutores masculino e feminino da espécie - alteração permanente das cordas vocais em mulheres
humana, esquematizados nas figuras abaixo: - aumento do músculo cardíaco, que provoca infarto em jovens
- tumores hepáticos e cirrose
- atrofia testicular e dor escrotal
- ginecomastia nos homens
- atrofia do útero e da mama
- esterilidade masculina e feminina
- acne
- crescimento excessivo de pelos nas mulheres
- redução do período de crescimento
- aumento do número de hemácias jovens e redução dos
leucócitos
- hipertensão arterial
1. Na estrutura 1, ocorre a produção de espermatozoides, que são - redução do bom colesterol (HDL) e aumento do mau colesterol
lançados ao exterior e de hormônios, que são lançados no (LDL)
sangue. - estrias
CIÊNCIA HOJE – no 131 – vol 22 – set 1997
2. As estruturas 2 e 3 produzem secreção para a formação do
sêmen.
4. O câncer, que pode ocorrer na estrutura 4, representa causa
comum de óbitos masculinos.
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24 Biologia
Após a leitura do texto acima, responda:
A) Como a introdução de testosterona exógena (bovina) pode
determinar a esterilidade num homem?
B) Como se explica a interrupção do ciclo menstrual nas mulheres
que fazem uso de anabolizantes esteróides?
37. (UFRN) Hoje em dia, está cada vez mais freqüente o uso de
esteroides anabolizantes por parte de adolescentes, na ânsia de
“ficarem fortes”. Essas substâncias são formas sintéticas do Considerando as informações contidas nessas figuras e outros
hormônio testosterona, cujo uso é proibido nas competições conhecimentos sobre o assunto,
esportivas. A sua utilização traz sérios prejuízos à saúde, tais 1. Marque com um X, na própria figura, o local onde ocorre a
como aumento da incidência de lesões em ossos e tendões, fecundação.
lesões hepáticas e renais, esterilidade, impotência, crescimento do 2.
tecido mamário e doenças cardíacas, além de distúrbios no A) Nomeie, nos quadros em branco em cada figura, os órgãos
sistema nervoso. Considere a ação dos esteroides anabolizantes indicados por setas.
no organismo e responda às questões que seguem. B) Explique a importância de exames médicos periódicos desses
A) Como os esteroides anabolizantes fazem o adolescente “ficar órgãos, ressaltada, freqüentemente, por meio de campanhas
forte” mais rápido? públicas de saúde.
B) Por que o uso continuado de esteroides anabolizantes acarreta 3. Observe estas figuras em que estão representados os
esterilidade nos rapazes? cromossomos X e Y:
C) Quais as conseqüências do uso de esteroides anabolizantes
por mulheres?
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26 Biologia
Aula 27 – Ciclos Ovarianos e Métodos
Anticoncepcionais
Ciclo menstrual
Como foi visto anteriormente, os óvulos propriamente ditos
são produzidos apenas após a ovulação, fenômeno que acontece
mensalmente na mulher. Nesta época de ovulação, costuma-se
dizer que a mulher está em seu período fértil, ou seja, se ela
No cromossomo Y, descobriu-se o gene SRY, que algumas mantiver relações sexuais com um homem fértil, é provável que
evidências permitem apontar como responsável pela síntese de ela fique grávida.
uma substância que atua na diferenciação dos testículos e, O processo de ovulação é regulado pelos hormônios
consequentemente, na definição do sexo masculino. Entretanto gonadotróficos da hipófise e pelos próprios hormônios sexuais
existem casos, relatados na literatura, de homens 46, XX e de femininos.
mulheres 46, XY. Explique por que ocorrem esses casos.
Maturação dos folículos ovarianos e produção de
40. (UFMG) Observe o esquema que representa secção de uma
região de testículo humano.
estrogênios
Como foi visto na aula sobre gametogênese, a mulher
chega à puberdade com todos os seus ovócitos I prontos e dentro
de folículos ovarianos.
Nesse estado inicial, os folículos são formados pelo
ovócito I em diplóteno envolvido por uma única camada de células
epiteliais achatadas. Esse é o folículo primordial.
No início da puberdade, começa a haver uma produção
aumentada do hormônio gonadotrófico hipofisário FSH ou
hormônio folículo-estimulante. Este hormônio, como o próprio
nome diz, estimula a maturação do folículo.
Com a liberação de FSH, cerca de 5 a 12 folículos
Com base no esquema e em seus conhecimentos sobre o assunto, entram em maturação, apesar de normalmente apenas um deles
cite completar essa maturação.
A) o número total de cromossomos existentes nas células indicadas Com a maturação, observa-se que as células foliculares,
pelos números 1 e 4. antes dispostas em uma única camada de células achatadas,
B) uma função das células indicadas pelos números 5 e 6. começam a se apresentar em uma única camada de células
C) o(s) número(s) correspondente(s) à(s) célula(s) que sofre(m) ação cúbicas. O folículo passa a ser dito folículo primário. É nessa
do hormônio folículo estimulante (FSH) e as que sofre(m) ação do época que começa a se formar a zona pelúcida do futuro óvulo.
hormônio luteinizante (ICSH). Com o prosseguimento da maturação, as células
D) o(s) número correspondente(s) à(s) célula(s) que terão sua foliculares se multiplicam e passam a se dispor em várias
função primordial impedida pela vasectomia e as que serão afetadas camadas. Ao mesmo tempo, começa a haver acúmulo de líquido
pelo uso de pílula anticoncepcional masculina de efeito semelhante no interior do folículo, que se acumula numa cavidade interna do
às já existentes para as mulheres. folículo denominada antro folicular. O ovócito I permanece
envolvido pelas células foliculares.
Nessa fase, onde o folículo é dito folículo secundário ou
em desenvolvimento, as células foliculares se dispõem em duas
camadas ou tecas: a teca externa funciona como revestimento
e a teca interna funciona como glândula. É a teca interna que
então secreta os hormônios femininos, inicialmente principalmente
os estrogênios.
O folículo então se desenvolve ainda mais, produzindo
mais células foliculares e aumentando o acúmulo de líquido. Este
folículo prestes a sofrer ovulação é denominado folículo terciário
ou maduro ou de De Graaf.
Estes estrogênios atuam no útero, iniciando a - O evento que promove a menstruação é a queda na taxa de
preparação das camadas extras de endométrio que preparam o progesterona.
mesmo para uma possível gravidez.
Os estrogênios começam a ser liberados então no inicio
da puberdade e promovem o aparecimento dos caracteres
sexuais secundários da mulher nessa época.
Efeitos da progesterona
Os estrogênios produzidos pelo folículo em maturação
iniciaram a preparação do endométrio para uma possível gravidez
antes da ovulação.
Depois da ovulação, cabe à progesterona produzida pelo
corpo lúteo manter as camadas extras de endométrio
produzidas para a preparação do útero para uma eventual
gravidez.
Menstruação
Na época da ovulação, ou seja, no período fértil do ciclo, a
mulher estará apta a engravidar se mantiver relações sexuais com
um homem fértil.
Menarca e menopausa
Se ela não engravidar, entretanto, o corpo lúteo continua
funcionando por cerca de 9 dias após a ovulação. Após esse A primeira menstruação é chamada menarca e ocorre no
período, cai a produção de LH que mantém o corpo lúteo e ele início da puberdade, entre os 11 e 14 anos de idade, marcando o
regride, diminuindo a produção de progesterona. O corpo lúteo início da vida fértil da mulher.
inativo assume cor branca e aspecto cicatricial, sendo chamado Por volta dos 45 anos de idade, esgotam-se os folículos
agora corpo albicans ou cicatricial. ovarianos viáveis na mulher, de modo que cessam a produção de
Como era a progesterona que estava mantendo o estrogênios e progesterona e com isso, cessam os ciclos
ovarianos. É a chamada menopausa. Sem os hormônios sexuais
endométrio, com a queda na sua taxa sangüínea, as camadas
femininos e sem os ciclos ovarianos, a mulher não mais ovula,
extras de endométrio não mais conseguem se manter, começando tornando-se estéril e não mais realiza os ciclos de proliferação e
a se descamar cerca de 14 dias após a ovulação. É a descamação do endométrio, não mais menstruando.
menstruação ou catamênio. Com a queda nas taxas de estrogênios e progesterona, os
- O evento que marca o início da maturação dos folículos hormônios gonadotróficos mantêm-se em altas concentrações
ovarianos é a produção de FSH. devido a um efeito de feedback positivo, mas não promovem efeito
- O evento que promove a ovulação é o aumento na taxa de LH algum porque não encontram folículos viáveis sobre os quais agir.
que promove entrada de água no folículo e sua consequente Vários sintomas acompanham a menopausa, como
estresse, calores e sudorese, problemas vasculares e
ruptura.
osteoporose.
Diafragma
O diafragma é um dispositivo de borracha flexível, de
formato discoidal, contornado por um anel mais resistente do
mesmo material, e que é colocado oportunamente no fundo da
vagina, antes do coito, obliterando a entrada do colo uterino.
Puberdade... Assim, ele evita a penetração dos espermatozóides no útero
durante ou após o ato sexual. Só pode ser retirado 6 horas após o
Métodos anticoncepcionais ato sexual, sob pena de aumentar consideravelmente o risco de
gravidez.
O termo gravidez ou concepção descreve o resultado
dos processos de fecundação e nidação (implantação do
embrião no endométrio uterino).
Os métodos contraceptivos ou anticoncepcionais
compreendem todos os recursos, de qualquer natureza, sejam
simplesmente comportamentais, sejam clínicos ou cirúrgicos, que
tenham por objetivo evitar a gravidez e, por conseguinte, levar à
restrição da natalidade. Esses métodos podem agir pelo
impedimento da fecundação e/ou da nidação.
Os principais métodos contraceptivos ou anticoncepcionais
são descritos a seguir. Diafragma.
O onanismo talvez tenha sido a forma mais antiga de se
evitar a automasturbação masculina. O termo tem a sua origem no Geleias espermicidas
antropônimo Onã, um personagem bíblico que já praticava o coito Geleias espermicidas são produtos acidificantes do pH
interrompido (a retirada do pênis do interior da vagina instantes vaginal e que, por essa função, provocam a morte mais rápida dos
antes da ejaculação) a fim de evitar a fecundação. espermatozoides, antes que passem para o interior do útero. Seu
Exercícios 3. (UNIFOR)
TESTES USAM ULTRASSOM COMO CONTRACEPTIVO
Questões estilo múltipla escolha
MASCULINO
1. (ENEM) A pílula anticoncepcional é um dos métodos
Aplicação de ultrassom em homens pode ser usada como um
contraceptivos de maior segurança, sendo constituída
anticoncepcional masculino válido por seis meses, segundo testes
basicamente de dois hormônios sintéticos semelhantes aos
preliminares da universidade da Carolina do Norte, nos Estados
hormônios produzidos pelo organismo feminino, o estrogênio (E) e
Unidos. (...) O coordenador do estudo, James Tsuruta, disse
a progesterona (P). Em um experimento médico, foi analisado o
acreditar que o novo método possa se transformar em uma opção
sangue de uma mulher que ingeriu ininterruptamente um
de contracepção segura e barata. (...) Os testes preliminares
comprimido desse medicamento por dia durante seis meses. Qual
indicam que após as aplicações de ultrassom nos testículos, a
gráfico representa a concentração sanguínea desses hormônios
produção de esperma é interrompida e as reservas já existentes
durante o período do experimento?
são exauridas, deixando o homem temporariamente infértil.
Fonte: BBC – Brasil. Atualizado em 12 de maio, 2010 - 05:01 (Brasília) 08:01 GMT.
(http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2010/05/100512_ultrassomasculinoebc.shtml)
7. (UECE) Mensalmente, o organismo feminino produz óvulos e Considerando-se os hormônios I, II, III e IV e suas funções,
prepara a parede do útero para receber um futuro embrião. Se podemos afirmar corretamente:
houver fecundação, ele se implanta e se desenvolve nesta região; A) I é o LH, II é o FSH.
caso contrário, o endométrio descama e é eliminado por meio da B) III e IV agem sobre o útero.
menstruação. Com relação à variação hormonal que ocorre C) II é o chamado hormônio da gestação.
durante o ciclo menstrual, é correto afirmar-se que D) I é progesterona e IV é o estrógeno.
D S T Q Q S S
A) Nas linhas horizontais abaixo das figuras A e B, indique, com a
1 2
letra M, o início da menstruação.
3 4 5 6 7 8 9
B) Na linha horizontal abaixo da figura C, indique, com a letra O, o
10 11 12 13 14 15 16
momento da ovulação.
17 18 19 20 21 22 23
C) Na gravidez, o que ocorre com a produção dos hormônios
24 25 26 27 28 29 30
representados na figura C?
A) Se você estivesse no lugar de Maria e sua entrevista estivesse
marcada para dia 27 deste mês, você ficaria preocupada ou 37. (FUVEST) Ana e Maria são gêmeas idênticas. Maria. Aos 10
tranquila a respeito da possibilidade da depressão pré-menstrual anos, teve seus dois ovários removidos cirurgicamente e nunca se
coincidir com o período da entrevista? Justifique.
submeteu a tratamento de hormônios. Atualmente, as gêmeas têm
B) Se Maria engravidar, a partir de que data começará a 25 anos de idade e apresentam diferenças físicas e fisiológicas
desconfiar da gravidez? Justifique. decorrentes da remoção das gônadas.
A) Cite duas dessas diferenças.
35. (UNICHRISTUS) Os gráficos A e B representam as variações
B) Se Maria tivesse sido operada aos 18 anos, as diferenças entre
na concentração sanguínea dos hormônios femininos no curso de ela e Ana seriam as mesmas que apresentam atualmente?
um ciclo menstrual. Justifique.
2. (UNIFOR)
A adolescência é uma fase bastante conturbada, na maioria das
vezes, em razão das descobertas, das ideias opostas às dos pais
e irmãos, formação da identidade, fase na qual as conversas
envolvem namoro, brincadeiras e tabus. É uma fase do
desenvolvimento humano que está entre infância e a fase adulta.
Muitas alterações são percebidas na fisiologia do organismo, nos
pensamentos e nas atitudes desses jovens. A gravidez é o período
de crescimento e desenvolvimento do embrião na mulher e
envolve várias alterações físicas e psicológicas. Desde o
crescimento do útero e alterações nas mamas a preocupações
sobre o futuro da criança que ainda irá nascer. São pensamentos
Acessado em 10/05/2013 as 21h:15; Disponível em http://g1.globo.com/bemestar/noticia.
e alterações importantes para o período. Adolescência e gravidez,
quando ocorrem juntas, podem acarretar sérias consequências Considerando o tema abordado, seus conhecimentos sobre o
para todos os familiares, mas principalmente para os adolescentes assunto, bem como as implicações éticas, culturais e religiosas na
envolvidos, pois envolvem crises e conflitos. sociedade atual, só não podemos concordar com o exposto na
Disponível em: http://www.brasilescola.com/biologia/gravidez-adolescencia.htm. Acesso em 19 alternativa:
maio. 2013. (com adaptações) A) A probabilidade de gravidez múltipla quando se emprega a
Sobre a situação apresentada, analise as sentenças: técnica acima é, consideravelmente, maior do que na gravidez
I. Os adolescentes estão preparados emocionalmente, mas não resultante de etapas normais de ovulação. Entretanto, faz-se
financeiramente para assumir tamanha responsabilidade. necessário observar que a incidência de abortamento espontâneo
II. A gravidez na adolescência pode levar a consequências como também é maior com a referida técnica.
abortos ou abandono dos recém-nascidos e evasão escolar. B) O médico que realizar o procedimento pela nova normatização,
III. A falta de orientação sexual, a mídia que passa a visão de estará autorizado para intervir sobre o genoma humano alterando-
liberdade sexual e a impulsividade da adolescência contribuem o em práticas como terapia gênica no nível de células
para a incidência de gestação juvenil. germinativas que resultem na modificação genética da
IV. As alterações provocadas no organismo da adolescente pela descendência desde que não traga risco de vida para o feto.
gestação são percebidas fisiológica e psicologicamente de forma C) Na visão de alguns especialistas limitar a idade máxima da
semelhante à mulher adulta. mulher para se submeter à reprodução assistida em 50 anos é
Assinale a alternativa correta. uma questão de respeito à fisiologia do organismo feminino. Outra
A) Somente I e II são verdadeiras. vertente, entretanto, considera que tudo é questão de bom senso
B) Somente II e III são verdadeiras. e defende a liberação da prática, desde que a paciente esteja em
C) Somente III e IV são verdadeiras. perfeito estado clínico e ginecológico.
D) Somente II, III e IV são verdadeiras. D) Pela nova resolução, o número de embriões que podem ser
E) Somente I e IV são verdadeiras. utilizados em cada tentativa de fertilização sofreu limitação mais
severa, uma vez que a gravidez múltipla traz inúmeros riscos para
3. (UECE) Em sua viagem a caminho da fecundação, o a mãe e para o concepto, respectivamente, tais como diabetes
espermatozóide atravessa primeiramente a estrutura do óvulo gestacional e má-formação de órgãos.
denominada E) A nova legislação não beneficia apenas casais heterossexuais,
A) células foliculares. B) zona pelúcida. mas, também, aos homossexuais, desde que os envolvidos
C) membrana ovular. D) grânulos corticais. estejam devidamente esclarecidos a cerca da legislação, em
comum acordo e, realmente, capacitados para tal. Esse assunto
4. (FACID) tem provocado grandes embates religiosos.
Maior de 50 anos que quiser reprodução assistida pode recorrer
ao Conselho Regional de Medicina (CRM). Conselho limitou idade
para a prática da reprodução assistida. A regra brasileira é pouco
comum. O presidente da Associação Brasileira de Reprodução
Assistida, Dr. Adelino Amaral, participou da elaboração da
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42 Biologia
5. (FCM-JP) É correto afirmar, que no processo da fecundação suas células testadas no útero, uma forma de confirmar sua
humana: compatibilidade com as de Charlie.
A) Os núcleos de vários espermatozoides fundem-se aos núcleos Leite, M. Ciência em Dia. Folha de S. Paulo, MAIS! 29.06.2003.
de dois óvulos, processo denominado anfimixia (anfi = dois; mixia Em relação ao texto, podemos afirmar que:
= mistura). A) ao fazer referência à técnica de fertilização in vitro e de escolha
B) O núcleo do espermatozoide funde-se ao núcleo do óvulo, de genótipos de seres humanos, o texto nos coloca diante de
processo denominado anfimixia, dando origem a um núcleo situações concretas de biotecnologia e de bioética.
diploide (2n). B) o fato relatado, embora envolva questões de biotecnologia,
C) Na fecundação ocorre a fusão do núcleo do espermatozóide nada tem a ver com aspectos de bioética, pois não envolve
(2n) com o núcleo do óvulo (n). escolha de genótipo de seres humanos.
D) Assim que o espermatozóide inicia a penetração no óvulo, a C) não se trata de uma questão que envolva biotecnologia e
meiose I finaliza-se formando o óvulo e o corpúsculo polar. bioética, pois as técnicas de fertilização in vitro já são de total
E) Na fecundação o núcleo e o citoplasma do espermatozóide domínio e amplamente utilizadas pelos especialistas na área de
penetram no óvulo, originando a célula ovo ou zigoto. reprodução humana.
D) o caso relatado não envolve problemas de bioética, uma vez
6. (FCM-JP) O homem elimina seus espermatozoides durante a que na concepção de Jamie foram empregadas técnicas de
ejaculação, enquanto na mulher a liberação do ovócito II do ovário fertilização in vitro.
independente do estímulo sexual. É correto afirmar que: E) não se pode associar a fertilização in vitro com biotecnologia ou
A) Os espermatozoides eliminados durante a ejaculação migram com bioética, uma vez que o embrião, depois de selecionado, é
da vagina para o útero e deste para a tuba uterina, ocorrendo a implantado no útero materno, onde, de fato, se dá o
fecundação. desenvolvimento do feto.
B) A fecundação ocorre no útero, o zigoto implanta-se no
endométrio. 10. (UNESP) Os termos anemia e fertilização in vitro, utilizados no
C) A fecundação é a união das células diploides, óvulos e texto, significam, respectivamente:
espermatozoides, originando ovo ou zigoto. A) doença relacionada com os glóbulos brancos ou linfócitos e
D) Os espermatozoides migram da vagina para os ovários técnica de fertilização do óvulo pelo espermatozóide, na tuba
ocorrendo a fecundação. uterina.
E) São aproximadamente 300 milhões de espermatozoides B) doença relacionada com o processo de coagulação do sangue
eliminados na ejaculação, cerca de 200 atingem o ovário e só um e técnica de fertilização do óvulo pelo espermatozóide, em local
fecunda o óvulo. apropriado do aparelho reprodutivo da mãe.
C) doença relacionada com os processos de respiração celular e
7. (FCM-CG) As mitocôndrias surgem exclusivamente pela técnica de fertilização do óvulo pelo espermatozóide, em local
autoduplicação de mitocôndrias preexistentes, pois, quando a apropriado do aparelho reprodutivo da mãe.
célula se divide, cada uma delas recebe aproximadamente metade D) doença relacionada com deficiência de glóbulos vermelhos ou
do número de mitocôndrias existentes na célula-mãe. À medida hemácias e técnica de fertilização do óvulo pelo espermatozóide,
que as células filhas crescem, suas mitocôndrias se autoduplicam, fora do corpo da mãe.
restabelecendo o número original. Nos seres vivos com E) doença relacionada com o sistema imunológico e técnica de
reprodução sexuada em que a célula-ovo resulta da fecundação fertilização do óvulo pelo espermatozóide, fora do corpo da mãe.
do gameta feminino pelo masculino, as mitocôndrias
A) são de origem do gameta masculino. 11. (UFPI) Casais que têm dificuldade de ter filhos, às vezes,
B) são de origem tanto do gameta masculino como do feminino. recorrem a determinados tratamentos. Um deles consiste em
C) são de origem do gameta feminino e, consequentemente, de extrair os melhores espermatozoides móveis do sêmen do
todas células do novo indivíduo. parceiro (ou doador), através de técnicas de laboratório, e, com
D) originam-se de ambos os gametas, tendo em vista que na ajuda de uma cânula, colocá-los dentro da cavidade uterina e/ou
anáfase I há uma separação numérica de todas as organelas. trompas. Estamos nos referindo à:
E) são resultantes de outras preexistentes. A) inseminação artificial. B) fertilização in vitro.
C) clonagem terapêutica. D) reprodução assexuada.
8. (UNP) Durante o processo de fecundação humana, das regiões E) transferência de zigotos.
que normalmente devem ser atravessadas pelo espermatozoide
para que ocorra a fecundação, aquela que envolve o fenômeno de 12. (UFPB) Graças ao desenvolvimento da Biologia Molecular,
reação acrossômica é sabe-se que, no interior das mitocôndrias, existem moléculas de
A) o espaço perivitelino. B) a membrana vitelínica. ácido desoxirribonucleico (DNA), com alguns genes relacionados à
C) a camada de células foliculares. D) zona pelúcida. síntese de proteínas envolvidas nas etapas da respiração celular.
Mutações ocorridas nos genes mitocondriais estão associadas ao
9. (UNESP) aparecimento de doenças humanas, como o mal de Alzheimer,
Jamie Whitaker mal nasceu e já se tornou celebridade. Jamie é o diabetes melito e muitas outras enfermidades. Nesses casos,
que já está sendo chamado de "irmão salvador" pelos tabloides essas doenças são transmitidas apenas pelas mães aos seus
(jornais populares) do Reino Unido, uma criança gerada para descendentes porque
fornecer tecidos vivos para tentar salvar a vida de outro filho de A) essas enfermidades só ocorrem no sexo feminino.
seus pais. O irmão de Jamie se chama Charlie e sofre de uma B) a quantidade de mitocôndrias é maior nos óvulos do que nos
forma rara de anemia causada por anomalia genética... Como foi espermatozoides.
concebido por técnicas de fertilização “in vitro”... Jamie pôde ter C) as mitocôndrias dos espermatozoides desintegram-se no
citoplasma dos óvulos após a fecundação.
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Biologia 43
D) as mitocôndrias são responsáveis pela produção de energia Questões estilo V ou F
nas células.
E) as mitocôndrias nos indivíduos do sexo masculino não 16. (UFPI) Fertilização é o processo pelo qual duas células
possuem DNA. sexuais (gametas) se fundem para criar um novo indivíduo, com
potenciais genéticos derivados dos dois genitores. A fecundação,
13. (UFCG) Para que ocorra a fecundação na espécie humana, os portanto, realiza duas atividades separadas: a combinação de
espermatozóides precisam transpor uma série de barreiras até genes derivados dos dois pais e a criação de novos organismos.
que possam encontrar o ovócito e, por fim, fecundá-lo. Em relação Assim, a primeira função da fecundação é a de transmitir genes
a esse processo, leia as alternativas e escolha a incorreta: dos pais para a prole, e a segunda é a de iniciar, no citoplasma do
A) A quantidade de microtúbulos no flagelo e a produção de ovo, aquelas reações que permitem o desenvolvimento. Embora
substâncias lubrificantes que facilitam o deslocamento dos os detalhes da fecundação variem de espécie para espécie, os
espermatozoides são as principais condições para que um eventos da concepção consistem, em geral, de quatro atividades
espermatozóide fecunde um ovócito. principais: contato e reconhecimento entre espermatozoide e
B) A motilidade dos espermatozoides se dá graças aos óvulo; regulação da entrada do espermatozoide para o interior do
movimentos dos flagelos e esse movimento ocorre utilizando a óvulo; fusão de material genético e ativação do metabolismo do
energia produzida a partir de reações metabólicas sediadas nas ovo para começar o desenvolvimento. Com relação ao processo
mitocôndrias. de reprodução humana, analise as proposições abaixo:
C) No trajeto percorrido pelos espermatozoides rumo ao encontro I. O contato e o reconhecimento entre espermatozoide e óvulo, na
com o ovócito, há fatores dificultantes a exemplo do pH ácido e maioria dos casos, asseguram que ambos os gametas sejam da
secreções mucosas da vagina. mesma espécie;
D) As enzimas presentes no acrossomo do espermatozoide (Ex. II. A regulação da entrada do espermatozoide para o interior do
hialuronidase) são úteis na transposição da zona pelúcida que óvulo é um dos mecanismos que assegura que, na maioria das
envolve e protege o ovócito. vezes, apenas um espermatozoide fecunde um óvulo;
E) Após a entrada do espermatozoide no ovócito ocorre um III. A fusão do material genético diz respeito à união do material
bloqueio à poliespermia, onde mecanismos são desenvolvidos nuclear do óvulo com o material citoplasmático do
para impedir a entrada de outros espermatozoides. espermatozoide;
IV. A ativação do metabolismo do ovo é necessária para o início
14. (UFF) do desenvolvimento do novo organismo.
Em algumas populações da América do Sul, praticamente todos Coloque V, para verdadeiro ou F, para falso.
os cromossomos Y são da Europa e todo o DNA mitocondrial é de (_) A afirmativa I está correta.
grupos locais. (_) A afirmativa II está correta.
Carvajal-Carmona et al., American Journal of Human Genetics 67: 1062-66,2000. Citado em A
História da Humanidade, Olson S., Ed. Campus (_) A afirmativa III está incorreta.
Analise a frase acima e assinale a alternativa que indica a origem (_) A afirmativa IV está correta.
do cromossomo Y e do DNA das mitocôndrias nas células
humanas. 17. (UFPI) Sobre reprodução humana, assinale V (verdadeiro) ou
A) O cromossomo Y é herdado somente do pai e apenas pelos F (falso).
filhos homens, enquanto o DNA mitocondrial é somente de origem (_) A espermatogênese é o processo de formação de
materna e é herdado apenas pelas filhas. espermatozoides a partir de células precursoras, as
B) O cromossomo Y é herdado somente do pai e apenas pelos espermatogônias.
filhos homens, enquanto o DNA mitocondrial é somente de origem (_) A enzima hialuronidase é uma enzima produzida pelo óvulo
materna, tanto nos filhos quanto nas filhas. para facilitar a penetração do espermatozoide na fertilização.
C) O cromossomo Y é herdado somente do pai e está presente no (_) O miométrio é o músculo constituinte do útero feminino.
nucleoplasma, enquanto o DNA mitocondrial é tanto de origem (_) A menstruação consiste na descamação e eliminação parcial
paterna quanto materna e encontra-se no citoplasma. do endométrio.
D) O cromossomo Y é herdado somente do pai e está presente
nas células germinativas, enquanto o DNA mitocondrial é somente
de origem materna e está presente nas células somáticas.
E) O cromossomo Y é herdado somente do pai e está presente
nas células somáticas, enquanto o DNA mitocondrial é somente de Questões discursivas
origem materna e está presente nas células germinativas.
18. (FUVEST) Há doenças hereditárias que são causadas por
15. (UFF) Na reprodução humana, o ovócito II liberado do ovário mutações no DNA mitocondrial.
completa a sua divisão de maturação quando ocorre a penetração A) O risco de ocorrerem meninas e meninos afetados por essas
do espermatozoide. A fusão do núcleo do óvulo recém-formado doenças é igual na prole de mulheres afetadas e na prole de
(pronúcleo feminino) com o núcleo do espermatozoide (pronúcleo homens afetados? Justifique sua resposta.
masculino), fenômeno chamado anfimixia, resulta na formação B) Uma mutação no DNA mitocondrial pode estar presente nos
A) e ruptura da zona pelúcida. espermatozoides dos afetados? Justifique sua resposta.
B) da gástrula no oviduto.
C) da mórula no útero.
D) da célula-ovo ou zigoto.
E) e implantação do blastocisto no endométrio através do
citotrofoblasto.
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44 Biologia
19. (UNESP) Observe o esquema que representa parte do sistema envolvido por uma camada de células (II). Por fim liberam uma
reprodutor feminino. enzima chamada hialuronidase, efetivando assim a fecundação.
A) Cite o local onde, normalmente, ocorre a fecundação.
B) Qual é a organela celular responsável pela função indicada no
texto por I?
C) Qual o nome da camada de células indicada pelo texto por II?
25. (UFF)
A) A gônada está indicada pelo número:
B) Cite um número que indica o oviduto:
C) Observa-se que o número IV indica uma das etapas que
antecede a ovulação. Que tipo de divisão celular está ocorrendo
nessa etapa?
D) O local de implantação normal do embrião, no endométrio, está
mais próximo do número:
E) Cite o nome do tecido, indicado por I, que é cicatrizado após a
ovulação: Os animais que se reproduzem sexuadamente possuem células
haploides, denominadas gametas (figura ao lado), destinadas à
21. (UFV) Podemos imaginar a fecundação, na espécie humana, reprodução. Os óvulos de mamíferos são recobertos por um
como verdadeiro ‘rally’ em decorrência de vários obstáculos envelope glicoproteico denominado zona pelúcida. A zona
presentes na trajetória doa espermatozóides até o óvulo. A pelúcida protege o óvulo contra danos mecânicos, embora não
semelhança de um ‘grid’ de largada, os gametas masculinos seja esta a sua única função.
depositados na vagina começam a ‘subir’ pelo útero e ovidutos, A) Assinale, nos parênteses correspondentes, todas as
em função de sua extraordinária motilidade (I). Transpõem várias alternativas que mencionam alguma outra função da zona
barreiras como pH ácido, densas secreções mucosas, dobras e pelúcida:
invaginações, até alcançar o oviduto, onde literalmente deverão (_) evitar a fecundação interespécie;
continuar ‘nadando contra a maré’. Ao encontrar o óvulo, têm (_) evitar a poliespermia;
ainda que sobrepor mais uma barreira, uma vez que esse é (_) induzir a maturação do espermatozoide.
B) Explique cada escolha feita no item anterior.
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Biologia 45
Aula 29 – Introdução À Embriologia Parte do vitelo é produzido pelo próprio óvulo em formação
(ovócito), mas parte dele tem origem em estruturas fora do ovário,
Desenvolvimento embrionário particularmente o fígado. Células hepáticas lançam as proteínas
constituintes do vitelo no sangue, e ao chegar ao ovário, tais
Uma vez que a célula-ovo é formada, ocorre uma série de proteínas são transferidas para o interior do ovócito por
modificações na mesma até que o organismo adulto seja formado. endocitose. Na maioria dos animais (vertebrados e a maioria dos
Essas modificações envolvem mitoses, de maneira que a célula- invertebrados), o vitelo se encontra completamente no interior do
ovo inicial origina, dependendo do organismo, até trilhões de óvulo, sendo estes óvulos denominados endolécitos. Em certos
outras células, e envolvem também processos de diferenciação invertebrados, como alguns platelmintos como a planária, o vitelo
celular. fica por fora, ao redor do óvulo, sendo estes óvulos conhecidos
A Embriologia é a parte da Biologia que estuda o como ectolécitos.
desenvolvimento ontogenético ou embrionário do organismo, ou
seja, este conjunto de modificações que ocorrem desde a célula- O padrão de divisões celulares na segmentação depende
ovo até que o indivíduo esteja completamente formado. diretamente da quantidade de vitelo no óvulo. Essa relação pode
ser feita porque, nas regiões do óvulo onde há mais vitelo, a
Padrão geral de desenvolvimento embrionário divisão celular é dificultada, ocorrendo de forma mais lenta.
Esta divisão celular mais lenta nas áreas com mais vitelo
De uma maneira geral, animais apresentam seu tem outro efeito: as células das áreas com menos vitelo
desenvolvimento embrionário dividido em três fases: apresentam menor tamanho do que as células das áreas com
segmentação, gastrulação e organogênese. mais vitelo. Isso ocorre porque, como as áreas com mais vitelo se
dividem mais lentamente, as células fizeram um menor número de
1. A segmentação está relacionada às primeiras divisões divisões se comparado às células das áreas sem vitelo.
mitóticas que ocorrem no embrião, denominadas clivagens. Quando ocorre diferença de distribuição de vitelo entre as
Durante toda esta fase, o volume celular do embrião permanece áreas do óvulo, reconhecem-se duas regiões no mesmo. Uma
constante, pois as divisões celulares são tão rápidas que as área com menos vitelo, denominada pólo animal, onde a
células não têm tempo de crescer. Nessa etapa, as células do clivagem mais rápida gera blastômeros menores
embrião são denominadas blastômeros. Em humanos, esses (micrômeros), e uma área com mais vitelo, denominada pólo
blastômeros são normalmente conhecidos como células-tronco vegetativo (ou vegetal), onde a clivagem é mais lenta, gerando
embrionárias (ou CTE), sendo totalmente indiferenciadas e com blastômeros maiores (macrômeros), ou às vezes nem mesmo
capacidade de originar qualquer outra célula do organismo, sendo ocorre.
ditas então totipotentes (ou pluripotentes, segundo alguns Para que se possa entender melhor os possíveis padrões
autores). Ao fim da segmentação, o embrião encontra-se como de segmentação em relação às quantidades e ao padrão de
uma estrutura denominada blástula. Como será melhor estudado distribuição do vitelo no óvulo, a seguir tem-se uma possível
adiante, em humanos, essa é o melhor momento para a obtenção classificação dos óvulos.
de células tronco embrionárias totipotentes, pois é a fase da
segmentação com maior número de blastômeros. Células-tronco Tipos de óvulos quanto à quantidade
apresentam uma série de aplicações médicas em potencial.
de vitelo
2. A gastrulação continua com as divisões celulares, embora num
ritmo bem mais lento. Nesta fase, o embrião começa a aumentar (1) Alécito (a = sem, lecito = vitelo)
de volume, e esse aumento é mantido até a idade adulta. A Na maioria dos mamíferos, o óvulo é praticamente
gastrulação, entretanto, caracteriza-se principalmente pelo desprovido de vitelo, uma vez que a nutrição do embrião é
aparecimento do tubo digestivo do embrião e pelo aparecimento basicamente placentária, podendo ser considerado como um óvulo
dos primeiros folhetos embrionários, que são tecidos embrionários alécito. Na verdade, existe vitelo neste óvulo, mas
que originarão os demais tecidos do organismo adulto. comparativamente aos outros tipos de óvulo, a quantidade é tão
pequena que pode-se considerá-la praticamente nula. Alguns
3. A organogênese caracteriza-se pelo aparecimento dos autores não reconhecem essa categoria e inclui esses óvulos no
primeiros tecidos já diferenciados e dos órgãos e sistemas. grupo dos oligo ou isolécitos. Ocorre em mamíferos placentários
(eutérios).
Segmentação
(3) Heterolécito ou mediolécito ou telolécito
incompleto (hetero = diferente) O processo de segmentação consiste nas primeiras
Possui quantidade mediana de vitelo, havendo nítida divisões mitóticas do zigoto (clivagens) e ocorre de tal maneira
distinção entre pólo animal, com menos vitelo e onde se que não ocorre alteração no volume celular. Em outras
localiza o núcleo, e pólo vegetativo, com mais vitelo. Ocorre palavras, a soma do volume de todas as células geradas na
em alguns platelmintos, alguns moluscos, anelídeos, alguns segmentação é igual ao volume inicial do próprio zigoto.
peixes e anfíbios.
As divisões sem aumento de citoplasma que ocorrem na
segmentação geram blastômeros progressivamente menores, e
consequentemente com uma maior relação superfície/volume. Isso
possibilita um maior aproveitamento (absorção através da
membrana plasmática) dos nutrientes provenientes do meio
extracelular, o que compensa a também progressiva redução na
quantidade de vitelo intracelular. No zigoto, por exemplo, que tem
o tamanho do óvulo, sendo pois muito grande, a pequena relação
superfície/volume não traz prejuízos à célula porque a nutrição
(4) Telolécito (completo) ou megalécito (telo = fim) não se dá a partir do meio extracelular através da membrana
Possui grande quantidade de vitelo, sendo bastante plasmática, e sim pelo vitelo armazenado no interior da célula.
grande, também havendo nítida distinção entre o pólo animal e
pólo vegetativo. O núcleo fica muito deslocado para o pólo Cada célula gerada por mitose a partir do zigoto, durante o
animal, numa região denominada cicatrícula, que é onde as processo de segmentação, é denominada blastômero.
clivagens ocorrerão na segmentação. Ocorre em moluscos Como já mencionado, o tipo de óvulo influencia o padrão
cefalópodes, alguns peixes, répteis, aves e mamíferos de segmentação de acordo com a quantidade e distribuição do
ovíparos (como ornitorrinco e équidna). vitelo, visto que áreas do óvulo com muito vitelo dividem-se mais
lentamente do que áreas com pouco vitelo.
Tipos de segmentação
A segmentação pode ocorrer em dois padrões principais:
- Rotacional, em nematelmintos e mamíferos placentários. 2.2. Segmentação parcial superficial: ocorre em óvulos
centrolécitos, que apresentam grandes quantidades de vitelo na
região central da célula. O núcleo, que também está no centro, é
rodeado por uma fina camada de citoplasma. Durante a clivagem,
o núcleo divide-se várias vezes (sem a divisão do citoplasma que
o rodeia) e esses pequenos grupos migram para a periferia da
célula, uma vez que a região central tem muito vitelo, impedindo
que ocorra a segmentação. Uma vez na periferia, os núcleos
promovem a segmentação, pela divisão do citoplasma entre os
1.3. Segmentação total desigual: ocorre em óvulos heterolécitos,
núcleos gerados, de tal maneira que os blastômeros gerados
onde há nítida diferenciação entre pólo vegetativo (com maior
ficam envolvendo o vitelo central.
quantidade de vitelo) e pólo animal (com menor quantidade de
vitelo). A segmentação no pólo vegetativo é mais lenta, de
maneira que ele apresenta blastômeros maiores, ditos
macrômeros, enquanto que o pólo animal apresenta blastômeros
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48 Biologia
Em humanos, a mórula possui apenas de 16 a 22 células.
A blástula na nossa espécie é chamada de blastocisto. Este
termo é utilizado porque é nessa fase que ocorre a nidação, ou
seja, o encistamento do embrião na mucosa uterina. O blastocisto
apresenta duas regiões, um disco de células denominado
Segmentação parcial superficial em zigoto de inseto. embrioblasto, que dará origem ao embrião, e uma camada de
células delimitantes da blastocele, denominada trofoblasto, que
Processo de segmentação dará origem à placenta.
1. Invaginação ou embolia
Consiste no dobramento do embrião, de modo que a
camada inferior de células (macrômeros) se invagina, penetrando
na blastocele, que aos poucos se reduz. Os macrômeros acabam
por encostar na face interna da camada de micrômeros. Nesse
estágio precoce de gastrulação há dois folhetos embrionários
nítidos: o externo, correspondente aos micrômeros (ectoderme) e
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50 Biologia
5. Delaminação 3. (UNIFOR) Os esquemas abaixo representam embriões nas
Consiste na formação de lâminas (camadas) celulares fases de 4 e 8 células.
através de divisões celulares paralelas à superfície do embrião.
Ocorre, por exemplo, na formação dos primeiros folhetos em
repteis, aves e mamíferos.
Organogênese
A organogênese caracteriza-se pela diferenciação de
tecidos a partir dos folhetos germinativos e pela reunião desses
tecidos de modo a formarem órgãos.
O processo de organogênese em sua fase inicial é
denominado nêurula, e se caracteriza pela formação dos somitos
mesodérmicos e pelo aparecimento da notocorda e do tubo neural
nos cordados.
Uma vez que essas estruturas são formadas, começa a
A análise das figuras permite concluir que o zigoto desse animal
diferenciação dos folhetos germinativos em tecidos adultos.
apresenta
Para compreender-se melhor o processo de
organogênese, será descrito o processo no anfioxo, que por ser A) pouco vitelo e por isso há formação de blastômeros iguais.
B) vitelo uniformemente distribuído.
bastante simples auxilia a compreensão do processo nos
vertebrados. C) mais vitelo no pólo animal do que no pólo vegetativo.
D) mais vitelo no pólo vegetativo do que no pólo animal.
E) tanto vitelo que não há possibilidade de formação de
blastômeros completos.
III. apresenta ovo com quantidade razoável de vitelo (mediolécito), 10. (FCM-CG) Nos organismos pluricelulares e em particular nos
com segmentação total e tem estágio larval animais vertebrados após a fecundação do óvulo pelo
Os animais I, II, e III podem ser respectivamente: espermatozoide, o ovo sofre uma série de divisões mitóticas, o
A) gavião, minhoca e camundongo. que leva à formação de um grupo maciço de células, iniciando-se
B) estrela do mar, sardinha e pardal. as diversas etapas do desenvolvimento embrionário. Os primeiros
C) salmão, chimpanzé e rã. folhetos embrionários se diferenciam a partir
D) caramujo, salamandra e barata. A) da mórula. B) dos blastômeros. C) da blástula.
D) da blastocele. E) da nêurula.
7. (UECE) Os óvulos dos mamíferos, aves e répteis são,
respectivamente, do tipo: 11. (UESPI) Quando se estuda a embriologia humana, observa-se
A) heterolécito, metalécito e heterolécito. que: o zigoto (1) sofre várias mitoses, formando células iguais, que
B) telolécito, telolécito e heterolécito. se organizam da forma mostrada em (2) e, posteriormente, nas
C) metalécito, heterolécito e metalécito. formas 3, 4 e 5. Com relação a esse tema, é correto afirmar que:
D) metalécito, telolécito e telolécito.
(_) A sequência de eventos mostrados de A a G representa o 25. (UFPB) No zigoto de um anfioxo, após a primeira divisão
processo de segmentação holoblástica que resultará na formação mitótica, tem início o desenvolvimento embrionário, que pode ser
de células-tronco, chamadas blastômeros. dividido em três etapas principais: segmentação, gastrulação e
(_) Na reprodução humana, após a formação da mórula, mostrada organogênese. Acerca dessas etapas do desenvolvimento,
em H, ocorre a compactação a fim de evitar a separação entre identifique as afirmativas corretas:
essas células no aparelho reprodutor feminino.
27. (UNICAMP)
O uso das células tronco embrionárias tem levantado muitas
discussões. As células embrionárias, geradas nos primeiros dias
após a fecundação do oócito pelo espermatozoide, não estão
diferenciadas e podem se transformar em qualquer célula do
organismo. A célula-tronco prototípica é o zigoto.
Adaptado de Isto é, 20 de outubro de 2004.
A) Após a formação do zigoto, quais são as etapas do
desenvolvimento até a formação da notocorda e tubo nervoso nos
embriões? Indique o(s) gráfico(s) que se refere(m) ao 1º, 14º, 21º dias do
B) Em que fase do desenvolvimento embrionário as células iniciam ciclo, respectivamente, e justifique.
o processo de diferenciação?
C) O desenvolvimento embrionário é uma das formas de dividir os
filos em dois grandes grupos. Dê duas diferenças no
desenvolvimento dos protostomados e deuterostomados, e indique
em qual desses grupos os humanos estão incluídos.
28. (UFSCAR) Óvulos de mamíferos são pequenos,
microscópicos, com diâmetro variando de 75 a 140 micrômetros.
Já o óvulo de galinha atinge mais de 3 centímetros de diâmetro.
A) Que substância, armazenada no citoplasma do óvulo, responde
por esta diferença de tamanho?
Segmentação em anfioxo. Em A, óvulo; em B, óvulo recém fecundado; em C, fusão do pró-núcleo masculino com o pró-núcleo feminino
(cariogamia ou anfimixia); de D a I, clivagens, sendo H mórula e I blástula. Fotomicrografias obtidas a partir de microscopia óptica.
A gastrulação no anfioxo se dá por embolia ou invaginação. A gástrula formada apresenta apenas ectoderme e endoderme, com
arquênteron e blastóporo.
Acabada a gástrula, inicia-se a nêurula, fase inicial da organogênese. A nêurula no anfioxo caracteriza-se pelo aparecimento do tubo
neural, somitos mesodérmicos e notocorda. Será descrito o processo de formação de cada uma dessas estruturas, mas deve-se ter em mente
que esses três processos descritos a seguir são simultâneos.
- somitos mesodérmicos e notocorda: a mesentoderme diferencia-se em mesoderme e endoderme. Essa mesoderme, correspondente ao
teto do arquênteron, emite duas evaginações laterais. Essas evaginações laterais destacam-se da mesoderme e formam dois somitos
mesodérmicos, bolsas de mesoderme com uma cavidade central denominada celoma. A porção central da mesoderme que sobrou origina a
notocorda. A endoderme se fecha então passando a formar também o teto do arquênteron.
- tubo neural: a ectoderme dorsal se espessa, de maneira que suas células passam a ser colunares e bastante altas, caracterizando a
formação da placa neural. A placa neural então começa a afundar, originando uma depressão denominada goteira neural. Os bordos da goteira
neural são bastante pronunciados, sendo ditos cristas neurais. À medida que a placa neural vai afundando para a formação da goteira neural,
Posteriormente, a ectoderme origina a epiderme, os O epímero, por sua vez, subdivide-se, de fora para dentro, em
somitos mesodérmicos originam a musculatura, a endoderme dermátomo, miótomo e esclerótomo.
origina o revestimento do tubo digestivo e o tubo neural origina o De início, as três partes dos somitos têm celoma. Na
sistema nervoso. nêurula mais avançada, apenas o hipômero mantêm o celoma.
Celoma
Celoma é uma cavidade embrionária delimitada
inteiramente por mesoderme. No embrião, as funções do celoma
são:
- servir de esqueleto hidrostático para o animal;
- constituir um meio interno fluido, facilitando a distribuição de
nutrientes e gases e a eliminação de detritos;
- possibilitar o crescimento dos órgãos internos, que podem
O celoma e os somitos mesodérmicos podem ser
enrolar-se sobre si mesmos, aumentando assim formados por dois mecanismos:
consideravelmente em superfície.
Em animais ditos esquizocelomados, algumas células
O celoma corresponde nos mamíferos às cavidades
separam-se da mesentoderme, originando a mesoderme através
torácica (pleural e pericárdica) e abdominal do adulto. É dos somitos. No interior dos somitos, há o celoma. Essas células
evidente que apenas organismos triblásticos (que possuem, pois,
que se destacam são ditas teloblastos. Os esquizocelomados
mesoderme) podem apresentar celoma. Entretanto, nem todos os correspondem a moluscos, anelídeos e artrópodes.
triblásticos apresentam essa cavidade. Desta maneira, quanto à
Em animais ditos enterocelomados, o processo de
presença de celoma, os animais triblásticos podem ser divididos
formação dos somitos mesodérmicos e do celoma é o descrito
em: para o anfioxo: ocorre evaginação lateral da mesoderme do teto
do arquênteron, que forma os somitos com o celoma; estas
- acelomados: não apresentam celoma, sendo a mesoderme evaginações posteriormente se destacam da mesoderme restante.
maciça. Correspondem aos platelmintos. Pela inexistência de Os enterocelomados correspondem a equinodermos e cordados.
celoma, não há nesses animais um esqueleto hidrostático que lhes
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58 Biologia
apresenta uma blastocele diferente daquela do anfioxo, menor e
bastante deslocada para o pólo animal.
Segmentação em anfíbios.
A) 7 e 2. B) 6 e 8. C) 5 e 3. D) 4 e 1.
Questões estilo V ou F
Placenta
Organismos ovíparos como répteis e aves apresentam o
inconveniente de realizarem seu desenvolvimento embrionário em
ovos. Assim, eles estão sujeitos a condições adversas do meio,
Anamiotas x Amniotas como o risco de serem devorados por algum predador. Os pais
têm que gastar energia e tempo preciosos protegendo os ovos ou
O primeiro anexo embrionário a aparecer na escala arrumando locais protegidos para depositá-los.
evolutiva foi o saco vitelínico, presente já em peixes. Este anexo Há cerca de 200 milhões de anos, alguns répteis
armazena e digere o vitelo, que é o material nutritivo do qual evoluíram e originaram os primeiros mamíferos. Esses, assim
depende o embrião durante seu desenvolvimento. como os ancestrais répteis, possuíam ovos telolécitos ricos em
Os anfíbios, apesar de possuírem vitelo, não apresentam vitelos e eram ovíparos.
saco vitelínico típico, ficando o vitelo armazenado no interior dos Alguns mamíferos chegaram ao máximo de requinte no
próprios macrômeros. desenvolvimento embrionário: a fêmea carrega o embrião junto a
Tanto peixes como anfíbios fazem seu desenvolvimento si no seu ventre, em uma bolsa denominada placenta. Através
embrionário em ambiente aquático. Os ovos destes organismos desta, a mãe pode proteger o embrião com maior eficiência, trocar
possuem cascas permeáveis, de tal maneira que a água pode gases respiratórios, fornecer nutrientes e eliminar excretas pelo
difundir-se livremente do embrião para o meio e vice-versa. embrião. Observe que devido a isto o ovo pode ter menor reserva
Através dessa casca permeável, pode haver trocas gasosas do de vitelo (e como a mãe alimenta o filho via placenta, não há a
embrião com o meio ambiente líquido, bem como pode haver necessidade do saco vitelínico, que é bastante rudimentar) e não
eliminação de excretas dissolvidas na água. Observe que, com a há necessidade de acúmulo de excretas tóxicas junto ao embrião
casca permeável, peixes e anfíbios são incapazes de fazer (não há necessidade do alantoide, também bastante rudimentar).
desenvolvimento embrionário em ambiente terrestre, pois O âmnio é mantido pelas mesmas razões: fornecer um meio
sofreriam ressecação rapidamente, bem como seriam incapazes líquido para o desenvolvimento e amortecer choques mecânicos.
de realizar trocas gasosas e eliminação de excretas por falta de O córion entra na formação da placenta.
estruturas apropriadas. Os mamíferos atuais refletem essa provável sequência de
Para conseguir a independência do meio aquático em seu desenvolvimento evolutivo, uma vez que são divididos em três
desenvolvimento, os répteis, primeiros vertebrados efetivamente grupos com padrões diferentes de reprodução:
terrestres, desenvolveram uma casca impermeável à água, que - Prototheria ou Monotremata: mamíferos primitivos que botam
impede a ressecação do embrião em desenvolvimento. Entretanto, ovos e não possuem placenta. Possuem ovos telolécitos com
tiveram de desenvolver ainda mecanismos que lhes permitissem desenvolvimento semelhante ao dos répteis. Como exemplos,
manter um ambiente líquido adequado ao desenvolvimento temos a équidna e o ornitorrinco, ambos encontrados apenas no
embrionário, retirar gases da atmosfera e armazenar excretas. continente Oceania.
Para isso, os répteis desenvolveram outros anexos embrionários: - Metatheria ou Marsupiais: mamíferos vivíparos com placenta
âmnio, córion e alantoide. O saco vitelínico foi mantido. rudimentar. O jovem ao nascer não está completamente formado e
Como os répteis originaram aves e mamíferos, esses termina seu desenvolvimento numa bolsa denominada marsúpio.
anexos foram mantidos nesses organismos. Possuem ovos oligolécitos. Como exemplos, temos o canguru e o
Devido aos anexos embrionários, as aves tornaram-se coala da Oceania e o gambá da América do Sul.
aptas também a fazerem seu desenvolvimento embrionário em - Eutheria ou Placentários verdadeiros: mamíferos vivíparos
ambiente terrestre. com placenta bem desenvolvida. O ovo é praticamente desprovido
Os mamíferos desenvolveram outros mecanismos para de vitelo, (alécito), e o jovem ao nascer está completamente
tornar seu desenvolvimento embrionário independente de formado. Correspondem aos demais mamíferos.
ambientes aquáticos, de maneira que muitos de seus anexos
embrionários perderam sua função. Organismos placentários (vivíparos)
Assim, quanto à presença do âmnio, pode-se classificar os
vertebrados em: O termo placenta é aplicado para qualquer tipo de órgão
formado pelo íntimo contato entre tecido materno e tecido fetal, e
- Anamniotas: vertebrados que não possuem âmnio (fazem que serve como órgão de troca de substâncias entre mãe e filho. A
desenvolvimento embrionário em meio aquático, dispensando um placenta, desse modo, não é encontrada exclusivamente nos
meio líquido extra para desenvolver-se), que são os peixes e mamíferos, ocorrendo, por exemplo, em certos peixes, como em
algumas espécies de tubarão.
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Biologia 67
A natureza dos tecidos da mãe e do feto que entram em
contato na formação da placenta varia de grupo para grupo
Embriologia de répteis e aves
animal:
- Em alguns peixes (como algumas espécies de tubarões) e Como são animais ovíparos, répteis e aves devem
alguns répteis (como algumas espécies de serpentes), é formada armazenar grandes quantidades de vitelo em seu óvulo para
pela interação do saco vitelínico com a parede do trato reprodutor sustentar o embrião durante todo seu desenvolvimento. Assim, o
da fêmea. óvulo é telolécito nestes grupos, sendo bastante grande. Num
- Nos mamíferos eutérios, a placenta é um órgão formado pela ovo de galinha, por exemplo, o óvulo corresponde à gema.
interação entre a mucosa uterina da mãe e os anexos Tendo ou não ocorrido a fecundação, à medida que o
embrionários córion e alantoide. óvulo (gema) vai se deslocando do ovário para a cloaca pelo
A placenta, então, por ser um órgão formado pela oviduto, vai ocorrendo seu recobrimento por albume,
interação entre tecidos materno e fetal, não é considerada por correspondente à clara, uma secreção aquosa rica em albumina
alguns autores um anexo embrionário. (proteína correspondente ao principal componente do vitelo). Este
albume é produzido por células da própria parede do oviduto. Em
seguida, o albume (clara) é recoberto por uma casca, que em
Funções da placenta em mamíferos répteis tem consistência coriácea (membranosa) e flexível,
enquanto que em aves tem consistência solida e porosa, sendo
Em mamíferos, a placenta desempenha uma série de constituída por carbonatos e fosfatos de cálcio e de magnésio.
funções:
- Nutrição do embrião: sendo altamente vascularizada, a
placenta fornece nutrientes ao feto provenientes do sangue
materno;
- Remoção de excretas da circulação fetal: os metabólitos
produzidos pelo feto são removidos pela circulação sangüínea
fetal, e através da placenta, passam para a circulação sangüínea
materna, sendo eliminados pelo sistema excretor materno.
- Trocas gasosas do embrião: a respiração do embrião é feita
através da placenta, quando o sangue materno fornece O2 e
remove CO2.
- Imunização fetal: numerosas moléculas de anticorpos do tipo
IgG (imunoglobulinas do tipo G) formados pela mãe atravessam a
placenta e passam para o feto, conferindo a este imunidade
temporária de cerca de seis meses após o nascimento à maioria Ovo de ave (observe a casca calcária). A calaza ou chalaza
das doenças infecciosas imunizantes, como sarampo, catapora, corresponde a uma área mais densa de clara que sustenta a gema
caxumba, etc. dentro do ovo. Tanto calaza como albume protegem o ovo contra
- Produção de hormônios: durante os três primeiros meses de choques mecânicos e são consumidos como alimento final pelo
embrião.
gravidez, a integridade da mucosa uterina é mantida pela
produção de progesterona pelo corpo lúteo, estimulado pela
gonadotrofina coriônica; isso impede a descamação do endométrio Devido à grande quantidade de vitelo no pólo vegetal, a
e consequente menstruação durante a gravidez. A partir do 4º mês fecundação se dá de modo que o espermatozóide penetra no
de gravidez, a própria placenta produz progesterona. Esta óvulo pelo pólo animal, com menor vitelo e consequentemente
progesterona produzida, além de manter a integridade do com citoplasma menos consistente. Formado o zigoto, tem início a
endométrio, mantém o útero numa condição de “indiferença” em segmentação parcial discoidal típica dos portadores de óvulos
relação ao embrião e ao feto, que caso contrário seriam vistos telolécitos. Esta se restringe a uma área em disco no pólo animal,
como corpos estranhos. Com a queda na produção de denominada cicatrícula, onde ocorrem as clivagens, gerando um
progesterona pela placenta envelhecida, o útero passa a promover disco germinativo ou blastodisco.
contrações visando a remoção do “corpo estranho” que é o feto,
através do parto.
Em A, início da formação da foice de Koller e demarcação da Em D, detalhe tridimensional da região da linha primitiva,
região posterior (causal) do embrião. Em B, prosseguimento da mostrando a ingressão de células para formar hipoblasto primário
foice de Koller na forma da linha primitiva. e hipoblasto secundário. À frente do nó de Hansen, a região onde
o embrião se formará.
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Biologia 69
O processo de neurulação em aves é bastante semelhante ao do anfioxo e ao de anfíbios, envolvendo o espessamento da ectoderme
dorsal e sua transformação em placa neural, com posterior afundamento e da mesma para formar um sulco neural e convergência d as bordas
do sulco neural, as cristas neurais, que se fecham para constituir o tubo neural.
Neurulação em aves. Em A, vista superior do embrião; em B, corte transversal ao nível da formação do sulco neural; em C, corte transversal ao
nível do fechamento do tubo neural.
O embrião de aves e répteis é inteiramente formado a partir do epiblasto. O epiblasto origina o nó de Hansen, que por sua vez forma
notocorda, mesoderme e endoderme, e então o epiblasto passa a constituir a ectoderme. O hipoblasto contribui apenas para a formação dos
anexos embrionários, particularmente do saco vitelínico.
Desenvolvimento do embrião e dos anexos embrionários de ave, desde 48 horas após a fecundação até 14 dias.
C) A placenta é um órgão formado pela interação entre tecidos chamada blastodisco, a partir da qual se desenvolve o embrião, os
materno e fetal, protege o embrião e fornece CO 2 para o feto. números de cromossomos no blastodisco de ovos de galinhas de
D) A placenta é um órgão formado por interação entre tecidos granja e de ovos fertilizados de galinhas caipiras são,
materno e fetal, cujas funções são a nutrição, excreção e a respectivamente,
respiração. A) 38 e 76. B) 38 e 152. C) 76 e 76. D) 76 e 152. E) 152 e 76.
E) A placenta é um anexo embrionário que produz vilosidades que
penetram no endométrio cujas funções são a proteção e a 13. (UNESP) Sobre a placenta, é correto afirmar que:
nutrição. A) é um órgão presente em todos os mamíferos e se forma após a
nidação do ovo no útero.
9. (UNINASSAU) Qual das alternativas a seguir relaciona B) funciona como rins, pulmões, fígado, intestino e glândula
erroneamente um verdadeiro anexo embrionário e sua origem endócrina, todos combinados como se fossem um só órgão.
embrionária? C) comunica-se com o embrião através do cordão umbilical, no
A) Saco vitelínico – endoderma e mesoderma. qual existem artérias que conduzem sangue arterial da mãe ao
B) Âmnio – ectoderma e mesoderma. feto.
C) Alantóide – endoderma e mesoderma. D) comunica-se com o embrião através do cordão umbilical, no
D) Córion – mesoderma e ectoderma. qual existem veias que conduzem sangue venoso do feto à
E) Placenta – endoderma e mesoderma. placenta.
E) pelas suas inúmeras funções, dispensa a presença da
10. (UPE) Nas aves, todos os recursos necessários para o membrana amniótica, do cório, do saco vitelínico e do alantoide,
desenvolvimento embrionário precisam estar contidos dentro do quando o feto atinge as últimas semanas de vida intra-uterina.
ovo. Nos vivíparos, algumas dessas estruturas foram adaptadas à
vida intrauterina. Sobre isso, analise as seguintes proposições: 14. (UFC) Leia o texto a seguir e assinale a alternativa correta.
I. Nos vivíparos, a placenta e o alantoide são estruturas Um fóssil extremamente bem conservado, de 380 milhões de
responsáveis pelo processo de alimentação do embrião. anos, achado no noroeste da Austrália, é agora o exemplo mais
II. Com o aparecimento do cordão umbilical e da placenta, torna- antigo de uma mãe grávida vivípara.
se desnecessária a concentração de grande quantidade de vitelo Ciência Hoje, jul. 2008.
no interior do óvulo, como o encontrado nos ovos das aves e dos A) O fóssil provavelmente é de um mamífero, uma vez que a
répteis. viviparidade é característica exclusiva desse grupo.
III. O âmnion está presente tanto em seres humanos como em B) A presença de um saco vitelino no embrião fóssil seria uma
aves e répteis, pois ele é fundamental para evitar a desidratação característica segura para determinar o fóssil como vivíparo.
dos embriões. C) A conclusão de que o fóssil é de um animal vivíparo veio da
Está correto, apenas, o que se afirma em observação de que o embrião estava se desenvolvendo dentro do
A) I. B) II. C) III. D) I e II. E) II e III. corpo da mãe.
D) Uma das características que levaria à conclusão de que se
11. (FUVEST) Em condições normais, a placenta humana tem por tratava de um animal vivíparo seria a presença de um resquício de
funções. cordão umbilical.
A) Proteger o feto contra traumatismos, permitir a troca de gases e E) O fóssil em questão poderia também ser de um animal
sintetizar as hemácias do feto. ovovivíparo, pois, assim como os vivíparos, os ovovivíparos
B) Proteger o feto contra traumatismos, permitir a troca de gases e apresentam nutrição maternal durante o desenvolvimento
sintetizar os leucócitos do feto. embrionário.
C) Permitir o fluxo direto de sangue entre mãe e filho e a
eliminação dos excretas fetais. 15. (UFPI) Embriões de peixes, anfíbios, répteis e mamíferos
D) Permitir a troca de gases e nutrientes e a eliminação dos durante seu desenvolvimento, apresentam estruturas anexas a
excretas fetais dissolvidos. partir dos folhetos germinativos, conhecidas como anexos
E) Permitir o fluxo direto de sangue do filho para a mãe, embrionários, que são estruturas fundamentais para a
responsável pela eliminação de gás carbônico e de excretas fetais. manutenção da integridade do embrião, garantindo seu
desenvolvimento. Assinale a alternativa correta com dois (2)
12. (UNESP) Galinhas poedeiras de granja são mantidas em representantes em relação à presença de bolsa amniótica e dois
confinamento e sob condições ambientais que estimulam a (2) em relação a ausência de córion, respectivamente:
postura de ovos para a comercialização. Nas granjas, os machos A) peixes, aves; anfíbios e répteis.
são descartados, pois não têm valor comercial. Porém, no sítio, B) mamíferos, aves; répteis e peixes.
galos e galinhas caipiras são mantidos soltos no terreno, e os C) aves, répteis; peixes e anfíbios.
ovos, quando chocados, eclodem em novos pintinhos. Sabendo-se D) anfíbios, aves; peixes e aves.
que nas células somáticas de uma galinha (Gallus gallus) há 76 E) peixes, mamíferos; aves e anfíbios.
cromossomos e que na superfície da gema do ovo há uma região
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72 Biologia
16. (UFPB) A figura a seguir mostra algumas estruturas C) o saco vitelínico, âmnio, cório, a cavidade amniótica, a
embrionárias anexas do embrião das aves. cavidade coriônica ou seroamniótica.
D) o saco vitelínico, cório, âmnio, a cavidade coriônica ou
seroamniótica, a cavidade amniótica.
E) o alantoide, âmnio, cório, a cavidade amniótica, o saco
vitelínico.
Adaptado de: AMABIS e MARTHO, Biologia das Células, São Paulo: Editora Moderna, 2004. v.
1, p. 418.
Considerando as estruturas embrionárias anexas, é correto
afirmar:
A) A estrutura 1 tem função principal de promover trocas gasosas Com base nas informações dessa figura e em outros
entre o embrião e o ambiente. conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que
B) A estrutura 1 é a primeira membrana extraembrionária a ser A) a ocorrência de fecundação é condição para que se forme a
formada. casca calcária.
C) A estrutura 2 é um líquido protetor do embrião contra B) o desenvolvimento do embrião precisa de temperatura e
desidratação. umidade altas.
D) A estrutura 3 não participa das trocas gasosas entre o embrião C) o exemplo representado é típico de um sistema biológico
e o ambiente. fechado.
E) A estrutura 4 protege o embrião contra choques mecânicos. D) o sistema representa a maior célula conhecida, em que a clara
é o citoplasma e a gema, o núcleo.
17. (UFPB) Considere a figura que representa um corte
longitudinal de embrião de ave, e o texto a seguir: 19. (UFMG) Observe as figuras:
Questões discursivas
22. (FMJ) Durante a gravidez, o embrião fica mergulhado dentro
de um líquido, o líquido amniótico, formado por água e sais
minerais. Como ele consegue respirar?
Fecundação.
Habitualmente, a fecundação ocorre, na espécie humana, ao nível do terço distal de uma das trompas uterinas (de Falópio).
Entretanto, ocasionalmente, o processo pode ocorrer em outros sítios da trompa ou até mesmo na superfície do ovário, imediatamente após a
ovulação.
Quando ocorre a fecundação, o zigoto segmenta-se em numerosas células, formando um embrião, que impulsionado pelos
movimentos dos cílios da tuba uterina, desce até o útero, em cuja mucosa se implanta, num fenômeno conhecido como nidação. Isso ocorre
com o embrião na fase de blástula, ou como é chamado em humanos, blastocisto (porque se “encista” na parede do útero). A fecundação e a
implantação do embrião no útero, com estabelecimento da gravidez, constitui a concepção.
Início do desenvolvimento
Após aproximadamente 30 horas da fecundação, o zigoto conclui sua primeira divisão, dando origem a dois blastômeros. Dentro de 3 a
4 dias, ele atinge o estágio de mórula.
A mórula desce então pela trompa de Falópio pela ação dos cílios lá presentes. Nesse caminho, vai absorvendo líquidos e
desenvolvendo uma blastocele, passando ao estágio de blástula ou blastocisto. A blastocele se expande pelo bombeamento de íons sódio
para o seu interior, o que aumenta sua pressão osmótica e consequentemente sua absorção de água. É nesse estágio de blastocisto que o
embrião chega ao útero.
Ao final da segunda semana, o embrião corresponde a um disco (disco embrionário bilaminar) espremido entre dois balões (âmnio por cima e
saco vitelínico por baixo). A placa pré-cordal delimita a extremidade anterior do corpo.
Em A, corte sagital do embrião (disco embrionário) com âmnio e saco vitelínico. Em B, vista lateral em corte do embrião mostrando detalhes da
região cefálica (com placa pré-cordal) e caudal, com início da formação da linha primitiva. Em C, vista superior do epiblasto (o âmnio está
cortado) mostrando placa pré-cordal e linha primitiva. Finalmente, em D, corte transversal do embrião ao nível da linha primitiva mostrando a
formação da mesoderme intra-embrionária (as setas divergentes mostram o sentido de migração das células a partir da linha primitiva: pra
baixo e pros lados).
Formação da endoderme secundária ou definitiva. As células mesenquimais são as células da mesoderme intra-embrionária que migram a
partir da linha primitiva pra baixo. Acima da ectoderme está a cavidade amniótica e abaixo da endoderme secundária está a c avidade do saco
vitelínico.
A partir de um certo momento, a linha primitiva, que até então se estendia no sentido cauda-cabeça como um sulco, acaba por originar
uma depressão. Essa depressão é denominada nó primitivo ou de Hansen. Essa estrutura pode ser comparada ao blastóporo humano, uma
vez que dará origem futuramente ao ânus do embrião. Além disso, com a formação do nó primitivo, não há mais migração superficial de células
na ectoderme de modo a continuar com a progressão da linha primitiva; ao contrário, as células passam a migrar do nó primitivo ainda no
sentido cauda-cabeça, mas por baixo da ectoderme.
Assim, à frente do nó primitivo, não se verifica mais um sulco no embrião, pois não há mais linha primitiva; esta se localiza apenas
atrás do nó primitivo. Como mencionado, não há mais linha primitiva à frente do nó primitivo porque as células não migram mais na superfície
da ectoderme, mas abaixo dela, formando a notocorda do embrião.
Progressão da linha primitiva e do processo notocorda. A região hachurada nas figuras B, C e D, à frente do nó primitivo, representa a
migração de células a partir do mesmo por baixo da ectoderme pra formar a notocorda. Note que, apesar do embrião crescer bastante em C e
D, a linha primitiva não cresce: na verdade, o crescimento agora só se dará do nó primitivo pra frente, e a região da linha primitiva desaparece,
de modo que o nó primitivo passa a corresponder à extremidade caudal do embrião, originando o ânus. Na placa pré-cordal, não há
infiltração de mesoderme intra-embrionária, e consequentemente não há formação de vasos sanguíneos; por falta de nutrição, as células
dessa região, agora chamada de membrana buco-faríngea, morrem, deixando uma abertura, que corresponde à boca do embrião.
Em A, vista superior da ectoderme (o âmnio está cortado). Em B e C, vista lateral em corte. Em D, corte transversal mostrando a notocorda (à
frente do nó primitivo). Em E, vista lateral em corte, em estágio mais avançado. E finalmente, em F, corte transversal mostrando a linha
primitiva (atrás do nó primitivo).
A formação do tubo neural na espécie humana é bastante semelhante ao processo que ocorre no anfioxo. Um detalhe importante é que
essa formação é induzida pela notocorda, sendo então imediatamente posterior a ela.
Assim, a ectoderme dorsal se torna mais espessa, formando uma placa neural, que então afunda por contrações em suas células
mediadas pelos citoesqueletos, formando um sulco ou goteira neural. As bordas do sulco neural, denominadas pregas ou cristas neurais,
convergem então e se fecham num tubo neural.
Em A e B, placa neural e início da formação do sulco neural; em C e D, sulco neural bem desenvolvido e cristas neurais; em E e F, cristas
neurais convergindo para a formação do tubo neural.
O futuro embrião de perfil. Ele ainda só tem o dorso. O ventre se formará depois. Acima dele, vê-se a bolsa amniótica, e abaixo dele, o saco
vitelino.
Comparação entre os anexos embrionários em aves/répteis e mamíferos. A semelhança se explica pela proximidade evolutiva entre os grupos.
Note a inclusão de alantoide e saco vitelínico na formação do cordão umbilical.
À esquerda: Detalhe da nutrição do embrião. À direita: Detalhe da estrutura vascular do cordão umbilical.
Organogênese avançada
Após o final do primeiro mês de gestação, o embrião mede cerca de 5,0 mm de comprimento, estando o tubo neural pronto, o cora ção
formado na área cardiogênica e os membros em início de formação. Após o segundo mês de gestação, o embrião mede cerca de 2,5 cm e
praticamente toda a organogênese já terminou. A partir do final do segundo mês de gestação o embrião é referido como feto, havendo, até o
nascimento, crescimento e desenvolvimento do indivíduo em formação.
Risco na gravidez
Os períodos de maior risco para uma gravidez são o primeiro e o último trimestres de gravidez. Por quê?
- Nos três primeiros meses de gravidez, o feto se encontra em pleno desenvolvimento, com muitas células indiferenciadas e em intensa
atividade mitótica, estando, pois, mais vulnerável a más-formações congênitas (congênito = adquirido pelo feto durante a gravidez, não
sendo um caráter hereditário). Caso uma célula seja afetada por uma mutação, por exemplo, todas as células oriundas desta carregarão o
defeito genético. Substâncias químicas, microorganismos (como o vírus da rubéola e o espirilo da sífilis) e radiações (como os raios X) podem
ter efeito até mesmo teratogênico (do grego teratos, ‘monstro’), onde as deformações são bastante graves. Por esse motivo, até uma simples
tomada radiográfica deve ser evitada em mulheres no primeiro trimestre de gravidez.
- Nos três últimos meses de gravidez, a musculatura uterina já está suficientemente desenvolvida para proporcionar um parto prematuro
e/ou inclusive aborto.
Na espécie humana é raro os gêmeos monozigóticos partes do corpo que ficam unidas também variam muito, mas o
serem mais do que dois por gestão. Entretanto, em muitas mais frequente a união pelo tronco (apêndice xifoide).
espécies de mamíferos, é comum ocorrer o que se chama de
poliembrionia, em que de um mesmo zigoto nascem vários
gêmeos idênticos. No tatu, por exemplo, esse é o modo mais
comum de nascimento de filhotes, e geralmente nascem a cada
parto quatro tatuzinhos idênticos entre si.
Gêmeos semi-idênticos
Existe um caso raro, o dos gêmeos semi-idênticos, em
que um ovócito, de alguma maneira, se divide em dois por mitose,
de modo que cada ovócito gerado é fecundado por um
espermatozóide diferente. Assim, esses gêmeos são idênticos por
parte de mãe (pois se trata de um mesmo ovócito dividido em
duas cópias idênticas) e fraternos por parte de pai (pois se tratam
de dois espermatozóides diferentes). Gêmeos siameses unidos pelo apêndice xifoide no tórax.
Nascimento
O nascimento na espécie humana pode ocorrer por parto
natural ou cesariana.
No parto natural, sob estímulos hormonais como a
secreção de occitocina e a queda nas taxas de progesterona, o
útero começa a contrair-se, levando ao rompimento da bolsa que
contém o líquido amniótico e empurrando a criança para a vagina,
que se dilata. A saída da criança ocorre normalmente pela cabeça.
Na cesariana, ocorre uma intervenção cirúrgica necessária Sabendo-se que o indivíduo I é do sexo masculino, pode-se
quando o parto não evolui naturalmente. Consiste em abrir o afirmar que
abdome materno para retirar a criança. A) II é do sexo feminino e III e IV são do sexo masculino.
Apesar de a cesariana ser menos dolorosa que o parto B) II é do sexo masculino e III e IV são do sexo feminino.
natural, o pós-operatório da cesariana é mais complicado, sendo C) II e III são do sexo masculino e IV é do sexo feminino.
mais demorado e doloroso que o pós-operatório do parto natural. D) II, III e IV são do sexo feminino.
E) II, III e IV também são do sexo masculino.
A) 2-1-3-5-4.
B) 3-1-2-5-4.
C) 2-1-3-4-5.
D) 5-3-2-1-4.
E) 3-2-5-4-1.
dos anexos embrionários ocorre precocemente a partir da Em relação ao tema do texto, julgue os itens a seguir.
gástrula, para garantir a nutrição do embrião. (_) Maturidade sexual precoce, influência dos meios de
(_) A vesícula vitelínica, responsável pela nutrição dos embriões comunicação e ignorância acerca dos métodos anticoncepcionais
de aves, peixes e anfíbios, junta-se ao cório e à parede uterina. são alguns dos fatores que podem levar à gravidez precoce.
Tal junção, nos mamíferos, dá origem à placenta. (_) A crença de que a alma se instala "no momento em que o
(_) O folheto embrionário mais externo, o ectoderma, que dá gameta masculino penetrou no ovócito" tem fundamentação
origem à epiderme e seus anexos e ao sistema nervoso, já se científica.
caracteriza como camada celular bem definida no momento da (_) A gravidez pode ser diagnosticada pela detecção do hormônio
implantação do embrião. que estimula o desenvolvimento do corpo lúteo na circulação
materna.
25. (UFG) Atualmente muitos casais têm-se interessado em (_) No terceiro parágrafo do texto, ao afirmarem que o feto, “até a
escolher o sexo do futuro filho, como ocorre na China, onde os 12ª semana de gestação, é portador de um sistema nervoso tão
pais muitas vezes optam pelo nascimento de um único filho do primitivo que não existe possibilidade de apresentar o mínimo
sexo masculino. Essa escolha é importante para estes casais uma resquício de atividade mental ou consciência”, os adeptos da
vez que a constatação de um feto do sexo feminino pode provocar segunda linha de pensamento estão se referindo ao fato de que
a decisão de um aborto não natural. Nesse sentido, analise as até essa idade o sistema nervoso é difuso.
afirmativas abaixo:
(_) A opção por indivíduos do sexo masculino pode ser justificada
por sua menor suscetibilidade a doenças genéticas e por
32. (UNICAMP) As figuras A e B representam o útero de duas Com base na observação do esquema, cite:
mulheres grávidas de gêmeos. A) o nome das células representadas em I e o tipo de gêmeos
A) Diferencie os tipos de gêmeos representados nas figuras A e B exemplificado em X.
e explique como são originados. B) o nome de um dos anexos embrionários que aparece duplicado
B) Que sexo os fetos podem apresentar em cada um dos úteros? e o de outro que não aparece duplicado em VIII, respectivamente.
C) O cordão umbilical liga o feto à placenta. Quais são as funções C) a sequência em que haveria chance de ocorrência de formação
gerais da placenta? de gêmeos siameses.
Figuras adaptadas de Harold Brand, Problemas de genética. São Paulo: FTD, 1964, p. 36 e 38.
38. (UFC) Durante o desenvolvimento embrionário, o período de organogênese é particularmente vulnerável à ação de determinados fatores,
como infecções (toxoplasmose e rubéola, por exemplo), drogas (como a talidomida) e deficiências alimentares maternas. Justifique essa
vulnerabilidade.
39. (UFRN) A partir do terceiro mês de gestação, a alimentação e a respiração do feto passam a ser realizadas através da placen ta. A figura
abaixo representa a circulação sangüínea materno-fetal.
AMABIS, J. M., MARTHO, G. R. Conceitos de Biologia. São Paulo: Moderna, 2001. p. 408.
Considerando essas informações,
A) explique o mecanismo de troca (respiratória, nutritiva e metabólica) entre a mãe e o feto, levando em conta que o sangue de a mbos não se
mistura;
B) explique por que, na circulação materno-fetal, as veias e as artérias apresentam funcionamento semelhante ao da circulação pulmonar após
o nascimento.
40. (UFMG) Numa maternidade, uma parturiente que deu à luz gêmeos do mesmo sexo, sem anomalias genéticas, interessou-se em saber a
zigosidade das crianças. Entre os diferentes métodos utilizados para determinar-se a zigosidade, estão o exame dos membranas fetais e o de
marcadores moleculares. Observe este quadro:
Com base nessas informações e em outros conhecimentos sobre o assunto, apresente conclusões: uma sobre a zigosidade e uma sob re a
paternidade indicadas no heredograma e no auto-radiograma. Justifique cada uma das suas respostas.
A)
Zigosidade :
Justificativa:
B)
Paternidade:
Justificativa:
3. Gêmeos univitelinos são formados a partir de um único zigoto. Apesar disso podem-se notar diferenças entre eles. Explique essa
possibilidade.
4. Observe esta figura, em que estão representados embriões de tatu, animal da fauna brasileira.
A) Sabe-se que o tatu apresenta fecundação cruzada e sua prole, de quatro filhos, é sempre do mesmo sexo. apresente uma explicação p ara
esse fato.
B) Cite o(s) anexo(s) embrionário(s) que consta(m) do quadro apresentado no item 1 desta questão e que é (são) comum(ns) ao tatu e ao
homem.
C) Cite qual (is) desses anexos contribui(em) para a viviparidade, indicando uma de suas funções.
ZO
ZO
MP
MP
EI
filamentos espaço
de intercelular
queratina
membranas plasmáticas
Fotomicrografia eletrônica de zônulas de oclusão (ZO). Nelas, as Fotomicrografia eletrônica (esquerda) e representação
duas membranas plasmáticas (MP) das células vizinhas se esquemática (direita) de desmossomas.
encontram ligadas, de modo a vedar o estreito espaço intercelular
(EI).
1.4. Desmossomas
Os desmossomas são estruturas que se situam
diretamente abaixo das zônulas de oclusão, no sentido do ápice
para a base da célula. São junções celulares comparáveis a um
botão de pressão, constituído por duas metades que se encaixam;
uma das metades se localiza na membrana de uma das células e
a outra, na membrana da célula vizinha. O desmossoma consiste
de duas placas circulares de proteínas especiais (placoglobinas e
desmoplaquinas), uma em cada célula. De ambas as placas,
partem filamentos constituídos por outras proteínas
(desmogleínas e desmocolinas), que atravessam as membranas
plasmáticas e atingem os espaços entre as células, onde se
associam. Essa associação dos filamentos no espaço intercelular Fotomicrografia eletrônica evidenciando microvilosidade (MV),
mantém firmemente unidas as duas placas desmossômicas e, zônula de oclusão (ZO), zônula de adesão (ZA) e desmossoma
consequentemente, as células que as contêm. As partes das (D). A sequência de tais especializações é a evidenciada na figura,
placas desmossômicas voltadas para o interior das células no sentido do pólo apical para o pólo basal.
associam-se aos filamentos de queratina do citoesqueleto,
promovendo a firme ancoragem do desmossoma em toda a 2. Junções tipo gap
estrutura celular. As junções tipo gap ou porus ou nexus são constituídas
Cada parte do desmossoma (ou seja, cada emaranhado por conjuntos de proteínas denominadas conexons e que
de proteínas com seu respectivo disco em cada face interna de originam canais que atravessam as membranas de células
cada membrana) é dito hemidesmossoma. Assim, uma célula vizinhas, possibilitando a troca de material entre os citoplasmas
pode se ligar a outras estruturas que não células através de um dessas células. Cada junção tipo gap é formada por 6 conexons
hemidesmossoma (por exemplo, a ligação entre os tecidos (hexâmero) organizadas de modo a deixar um vão central, o que
epiteliais e as lâminas basais, estruturas que os nutrem e são corresponde ao canal para as trocas citadas anteriormente.
formadas por fibras proteicas, é feita por hemidesmossomas).
3. Microvilosidades
As microvilosidades são projeções digitiformes de
membrana cuja função é a de aumentar a superfície da célula.
Este aumento de superfície com as microvilosidades traz a Principais estruturas que proporcionam a coesão entre as células
vantagem de não alterar o volume, o que possibilita uma grande epiteliais.
relação superfície/volume. Essas diferenciações estão presentes
principalmente em células absortivas, como as células intestinais,
células excretoras como as dos túbulos renais (sendo chamadas, Células de formato poliédrico
nesse caso, de borda ou orla em escova) e células secretoras
como as glandulares. Cada célula destas pode ter até cerca de Quando se imagina uma célula, normalmente vem à
3000 microvilosidades, que apresentam um esqueleto interno de cabeça uma estrutura de formato esférico. Entretanto, em se
microtúbulos, actina e miosina para manter-lhes a estrutura e tratando de células epiteliais, os formatos são de figuras
permitir sua motilidade. geométricas espaciais de lados planos, ou seja, poliedros.
Desta maneira, as células epiteliais podem apresentar três
formatos básicos:
- pavimentosas
- cúbicas
- prismáticas ou cilíndricas
- Epitélio simples pavimentoso. Formado por células achatadas Tecido pseudo-estratificado prismático (cilíndrico) ciliado
e dispostas em uma única camada. Ocorre em locais do corpo O tecido pseudo-estratificado prismático ciliado
onde a proteção mecânica é pouco necessária. É um epitélio que apresenta uma única camada de células (sendo, portanto,
permite passagem de substâncias. É encontrado nos alvéolos simples) com núcleos em alturas diferentes (dando impressão da
pulmonares, onde ocorrem as trocas gasosas, e revestindo os ocorrência de várias camadas de células). Esta modalidade de
vasos sanguíneos e linfáticos. Nesses vasos recebe o nome de tecido epitelial aparece no revestimento das vias aéreas, como
endotélio. fossas nasais, traquéia e brônquios, onde apresenta cílios.
- Epitélio simples cuboide. Formado por uma só camada de Este tecido apresenta uma importante função de remoção
células cúbicas. Ocorre nos túbulos renais, tendo a função básica de resíduos presentes no ar inalado. Assim, a camada de cílios
de absorção de substâncias úteis presentes na urina devolvendo- deste epitélio é recoberta por muco, produzido por células
as para o sangue. Na superfície livre das células existem caliciformes. As partículas de poeira ou outras quaisquer
invaginações que atuam de modo a aumentar a superfície de presentes no ar aderem no muco, e este muco é “varrido” pelos
absorção, semelhantemente ao que ocorre com as cílios das vias aéreas para a faringe, onde é deglutido junto à
microvilosidades. saliva. No estômago, a acidez do suco gástrico destrói a poeira e
- Epitélio simples prismático. Formado por uma só camada de eventuais microorganismos nela presentes.
células altas, prismáticas. Ocorre revestindo o estômago e os
intestinos. É comum a presença de glândulas mucosas
unicelulares. Atua na digestão e na absorção de alimentos. Nos
intestinos, a superfície livre das células é rica em microvilosidades,
que aumentam a área de absorção.
- Epitélio estratificado pavimentoso. Formado por várias
camadas de células; apenas a inferior possui células com
capacidade de divisão celular (mitose). A função desse epitélio é
basicamente proteção mecânica e proteção contra a perda de
água. Ocorre em áreas de atrito, como na pele e nas mucosas
bucal e vaginal.
- Epitélio estratificado prismático. Formado por várias camadas
de células; na superior as células são altas, prismáticas. Ocorre na Metaplasia
uretra e na membrana conjuntiva do olho. A função é basicamente Metaplasia é a substituição patológica de um tecido. Por
de proteção. exemplo, o epitélio pseudo-estratificado prismático ciliado da
traqueia e dos brônquios, em fumantes crônicos, devido à ação
Método H&E irritante do calor da fumaça, pode ser substituído por epitélio
estratificado pavimentoso, sem cílios. Este é mais resistente à
As membranas plasmáticas não são visíveis ao ação agressiva do calor da fumaça do fumo, mas, nesse caso, o
microscópio óptico, que é o instrumento normalmente utilizado no indivíduo tem mais predisposição a infecções respiratórias, uma
estudo da histologia. Assim, não se consegue enxergar os limites vez que perde o mecanismo de limpeza natural das vias aéreas.
da célula. Como se pode afirmar então que determinada célula é
pavimentosa ou cúbica se não se pode enxergar os limites da Tecido de transição
mesma? A resposta é simples: observando-se o formato dos Este tecido não apresenta número de camadas ou formato
núcleos celulares. de células definidos. Esses vão depender do estado em que se
A coloração mais utilizada em histologia é o chamado encontra o órgão ao qual pertencem. O tecido de transição é
método H&E (hematoxilina e eosina), onde o corante encontrado no revestimento da bexiga, órgão altamente elástico.
hematoxilina, de propriedades básicas, cora os núcleos em roxo e Quando a bexiga está cheia de urina, ela se distende, e o
o corante eosina, de propriedades ácidas, cora os citoplasmas em epitélio de transição acompanha esta distensão achatando as
róseo. Assim, pode-se observar os núcleos celulares (ricos em células, que se tornam praticamente pavimentosas, e diminuindo o
número de camadas celulares. Quando a bexiga está vazia, ela se
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Biologia 99
contrai, e o epitélio de transição também acompanha esta de secreção. Desta maneira, a célula está direcionada para
distensão, tornando as células alongadas, praticamente produzir substâncias e eliminá-las em sua região apical.
prismáticas, e aumentando o número de camadas celulares.
Mucosas e serosas
Todo epitélio é nutrido e sustentado por um conjuntivo, a
chamada lâmina própria. Em algumas situações, o conjunto
epitélio-conjuntivo recebe designações especiais.
Assim, membranas mucosas são aquelas que revestem
uma estrutura em contato com o meio externo, sendo formadas de Desenho esquemático de uma célula glandular serosa, no caso
epitélio e conjuntivo. Fala-se, pois, na mucosa bucal, na mucosa uma célula acinosa do pâncreas, evidenciando a nítida polaridade
anal, na mucosa do tubo digestivo. da célula. Ao lado direito da figura, uma escala de tempo
Membranas serosas são aquelas que revestem uma indicando a duração dos processos.
estrutura em contato com o meio interno, sendo também formadas
de epitélio e conjuntivo. Algumas serosas recebem nomes Classificação dos epitélios glandulares
especiais. As pleuras são as serosas que envolvem os pulmões, o
pericárdio é a serosa que envolve o coração e o peritônio é a Vários critérios podem ser utilizados para classificar as
serosa que envolve as vísceras abdominais. glândulas.
Exemplos de glândulas exócrinas, sendo a primeira representada pelas glândulas sudoríparas e a segunda pelas glândulas sebáceas.
As glândulas endócrinas não dispõem de ductos excretores, lançando suas secreções diretamente em capilares sangüíneos que as
envolvem. Estas secreções de glândulas endócrinas são ditas hormônios. As glândulas endócrinas podem ser cordonais (em forma de cordão
de células) ou vesiculares (em forma de sacos que limitam um espaço onde a secreção se acumula antes de ser retirada pelos capilares).
Como exemplo de glândulas endócrinas cordonais temos a adrenal, a hipófise e a paratireoide. Como exemplo de glândulas endócr inas
vesiculares, temos a tireoide.
Esquema ilustrando como se originam as glândulas a partir das superfícies epiteliais. O epitélio prolifera e se afunda no tec ido conjuntivo,
mantendo ou não contato com a superfície, conforme venha a ser a glândula exócrina ou endócrina, respectivamente. Nas glândulas
endócrinas, as células podem agrupar-se em cordões ou em folículos. Nos folículos, o produto é acumulado em grande quantidade. Na
glândula cordonal, o produto de secreção é acumulado em pequena quantidade no interior das células.
15. (UPE) Os tecidos epiteliais são classificados, tomando-se 17. (UFV) Com o surgimento de invaginações e de diferentes
como base a estrutura e a organização celular e suas funções. tubos e cavidades no corpo dos animais, os epitélios passaram a
Sobre isso, analise o quadro a seguir: revestir não apenas a superfície externa, mas também as
TECIDO NÚMERO DE FORMA E FUNÇÕES superfícies internas. Com relação aos epitélios de revestimento, é
CAMADAS ASPECTOS incorreto afirmar que:
CELULARES CELULARES A) apresentam células justapostas e não são vascularizados.
I Única camada Células cúbicas Absorção e B) são nutridos por difusão a partir dos tecidos conjuntivos
secreção adjacentes.
II Várias camadas Células achatadas Proteção
C) o epitélio de revestimento pode ter função de absorção de
mecânica e
proteção contra alimento.
a perda de água D) sua classificação baseia-se no número de camadas e na
III Única camada Células com Proteger e morfologia celular.
núcleos em limpar as vias E) o epitélio dos vasos sangüíneos e do peritônio originam-se do
diferentes alturas respiratórias endoderma.
IV Única camada Células altas e Digestão e
prismáticas absorção de 18. (UFJF) Os tecidos epiteliais de revestimento de mamíferos são
alimentos altamente resistentes à tração, graças à forte adesão entre as
V Única camada Células achatadas Permite a suas células. Os epitélios protegem os tecidos e órgãos internos,
passagem de
como barreira a patógenos, e variam quanto ao número de
substâncias
camadas, forma e funções das células. Em relação aos tecidos
VI Várias camadas Células de forma Proteção
variável epiteliais de revestimento, é incorreto afirmar que:
Assinale a alternativa que contém a classificação correta dos A) a bexiga urinária e a traqueia são revestidas por epitélio
tecidos. simples, não estratificado, com células cúbicas, o que permite
A) I – Epitélio cúbico simples; II – Epitélio estratificado de elasticidade.
transição; III – Epitélio pseudoestratificado; IV – Epitélio simples B) os alvéolos e o estômago são revestidos por epitélio formado
prismático; V – Epitélio simples pavimentoso; VI – Epitélio por apenas uma camada de células, pavimentosas nos alvéolos e
estratificado pavimentoso. prismáticas no estômago.
B) I – Epitélio cúbico simples; II – Epitélio pseudoestratificado; III – C) no epitélio de revestimento interno do intestino, são
Epitélio estratificado pavimentoso; IV – Epitélio simples encontradas células secretoras exócrinas e células especializadas
pavimentoso; V – Epitélio simples prismático; VI – Epitélio na função de absorção.
estratificado de transição. D) os vasos sanguíneos são revestidos internamente pelo
endotélio, um tipo de tecido epitelial pavimentoso simples.
Fonte: Modificado de AMABIS, J. M. e MARTHO, G. R. Biologia das ciências. v.1, São Paulo:
Moderna, 1994, p.344.
Considerando o exposto, é correto afirmar:
A) As duas células podem caracterizar células do tecido conjuntivo
denso.
B) As células representadas não podem caracterizar um epitélio
absortivo.
C) A estrutura 1 é uma junção celular denominada zona de adesão
e tem a função de controlar a passagem de moléculas entre as
células.
D) A estrutura 2 é denominada desmossomo e tem a função de
produzir adesão entre células vizinhas.
E) A estrutura 3 é denominada zona de oclusão e tem a função de
aderir a célula à lâmina basal.
Junções celulares. Adaptado de Lodish et al., 2005.
A) Os microvilos, demonstrados no item 1, são estruturas 22. (UFCG) Os cílios nas células epiteliais das vias aéreas
exclusivas para a aderência entre células vizinhas no intestino humanas, por exemplo, as que revestem a traqueia e bronquíolos,
delgado, devido à presença das proteínas placoglobinas e movem o muco, contendo as partículas captadas e
desmoplaquinas. microorganismos para fora dos pulmões. Estes cílios são
B) As estruturas conhecidas como interdigitações das membranas, paralisados pela fumaça do cigarro. Como conseqüência, os
demonstradas no item 2, facilitam a comunicação entre as células fumantes têm uma remoção mucociliar reduzida, tossindo para
intestinais, devido à presença das proteínas ocludina e claudina. expelir a secreção mucosa que continuamente se acumula em
C) As junções de adesão, caracterizadas pela presença das seus pulmões. Analise as assertivas e marque a incorreta:
proteínas caderinas, são observadas na eletromicrografia, A) Os cílios são estruturas filamentosas móveis que se projetam
somente no item 5. da superfície celular como se fossem pelos.
D) As junções conhecidas como gap junction, indicadas no item 5, B) A imobilidade dos cílios torna os fumantes mais susceptíveis às
permitem comunicação entre as células, devido à presença de doenças respiratórias.
proteínas conexinas que se agrupam, deixando poros para C) Na traquéia, o batimento constante dos cílios impulsiona, em
passagem de moléculas. direção à boca, o muco que se acumula sobre o epitélio.
E) As junções indicadas nos itens 4 e 5 são funcionalmente D) Enfisemas pulmonares e bronquite são as principais sequelas
similares, pois os desmossomos e as junções tipo gap são dos fumantes com cílios afetados.
específicas para a adesão celular. E) Os cílios de fumantes passivos não são afetados.
20. (UFPI) Os tecidos epiteliais de revestimento são classificados, 23. (UFCG) Os epitélios são camadas de células coesas que
de acordo com o número de camadas celulares (simples, cobrem ou revestem as superfícies corporais e, ainda, formam as
estratificado, pseudo-estratificado e de transição) e quanto à forma unidades funcionais das glândulas de secreção exócrina e
das células presentes na camada superficial (pavimentoso, endócrina. Sobre as características desse tecido, analise as
cuboide e prismático). Assinale a alternativa que apresenta um assertivas e marque as corretas:
exemplo de tecido epitelial estratificado prismático. I. Suas funções básicas incluem: proteção (pele); absorção
A) pele. (intestinos); transporte de substâncias sobre as superfícies (ação
B) uretra. de cílios); secreção (glândulas); excreção (túbulos renais); trocas
C) pulmão. gasosas (alvéolos pulmonares) e deslizamento entre superfícies
D) bexiga urinária. (ex. pleura).
E) vasos sanguíneos. II. Apresenta uma capacidade de renovação contínua. O ciclo
celular, definido como o intervalo entre duas divisões mitóticas
sucessivas que resultam na produção de duas células-filhas, é
constante. Dessa forma, as células são classificadas como lábeis.
24. (UFCG) As glândulas podem ser classificadas como Com base na figura, assinale a opção que identifica,
endócrinas, que liberam seus produtos de síntese diretamente na respectivamente, o tecido de onde as glândulas se originam, o
corrente sanguínea; exócrinas, que liberam seus produtos de tecido onde elas ficam imersas, a glândula I, a glândula II e um
síntese, através de ductos, para o meio externo ou para o interior exemplo de uma glândula exócrina.
de cavidades do organismo; e glândulas mistas, que apresentam A) Tecido epitelial, tecido conjuntivo, glândula exócrina, glândula
ambas as características. Associe as colunas baseando-se no endócrina e glândula salivar.
exposto. B) Tecido conjuntivo, tecido epitelial, glândula exócrina, glândula
1. Endócrinas (_) Glândulas Sebáceas endócrina e tireóide.
2. Exócrinas (_) Pâncreas C) Tecido epitelial, tecido conjuntivo, glândula endócrina, glândula
3. Mistas (_) Glândulas Salivares exócrina e pâncreas.
(_) Glândulas Adrenais D) Tecido conjuntivo simples, tecido epitelial, glândula endócrina,
(_) Glândulas Mamárias glândula exócrina e paratireoide.
(_) Glândula Tireóide E) Tecido conjuntivo frouxo, tecido epitelial, glândula endócrina,
Assinale a alternativa correta. glândula exócrina e glândula lacrimal.
A) 2, 1, 3, 1, 1, 2. B) 2, 1, 2, 3, 1, 1. C) 1, 1, 1, 2, 3, 2.
D) 3, 2, 2, 1, 1, 1. E) 2, 3, 2, 1, 2, 1. Questões estilo V ou F
25. (UFRN) Observe a seguinte micrografia eletrônica da 27. (UFPI) Os epitélios de revestimento são tecidos cujas células
superfície de uma célula. estão dispostas em camadas, recobrindo as superfícies externas
ou as cavidades do corpo. Esses epitélios são classificados tendo
em vista o número de camadas constituintes e a forma das células
na camada mais superficial. Observe o desenho esquemático e
analise as proposições abaixo como verdadeiras, se totalmente
corretas, ou, como falsas.
Melanócito.
Unhas
Derme
Unhas são placas de queratina presentes nas pontas dos
dedos; nos pés, dão mais equilíbrio ao caminhar e, nas mãos, A derme é formada por tecido conjuntivo e é cerca de 15 a
auxiliam a apreensão e a manipulação de objetos. Tanto em mãos 40 vezes mais espessa que a epiderme. Ela é responsável pela
como em pés intensificam a percepção do tato e protegem as nutrição e suporte da epiderme. Para haver uma maior superfície
pontas dos dedos, muito sensíveis. A unha cresce pela contínua de contato entre epiderme e derme, o limite entre as duas
compactação de restos de células mortas repletas de queratina, a camadas teciduais é ondulado, formando projeções denominadas
partir de um dobra da epiderme localizada em sua base, chamada papilas dérmicas.
leito ungueal. A derme é constituída de duas camadas.
Garras e cascos são formas especiais que as unhas - A camada papilar da derme é a mais superficial, sendo formada
podem assumir em alguns grupos de animais. por tecido conjuntivo frouxo.
- A camada reticular da derme é a mais profunda, sendo formada
Escamas por tecido conjuntivo denso não modelado.
Há vários tipos de escamas entre os grupos de Na derme estão localizados as glândulas sebáceas, as
vertebrados, como as placoides, de origem dérmica e epidérmica, glândulas sudoríparas, os folículos pilosos e a musculatura eretora
semelhante aos dentes de mamíferos e presentes em peixes associada a eles (deve-se lembrar, entretanto, que os pelos e
cartilaginosos, as dérmicas, de origem dérmica, cobertas por uma glândulas se originam a partir da epiderme). Há também vasos
fina camada de epiderme, presentes em peixes ósseos, e as sanguíneos e estruturas sensoriais.
córneas, de origem epidérmica, presentes em répteis; as penas
das aves e os pelos dos mamíferos são análogos a essas Estruturas sensoriais
escamas. As estruturas sensoriais presentes na derme são
denominados corpúsculos de tato, sendo formados por
Cornos terminações nervosas associadas ao epitélio, ocorrendo também
Os cornos são estruturas pontiagudas, formadas por terminações nervosas livres dispersas pela epiderme. São
queratina altamente compactada presente na cabeça tanto de exemplos de estruturas sensoriais na pele:
III. A epiderme é um tecido altamente vascularizado, e a 16. (UFC) Assinale a alternativa que apresenta o componente do
disposição dos vasos sanguíneos também é responsável pela corpo dos animais cujo constituinte principal é a queratina.
coloração da pele. As células da epiderme são constantemente A) Camada dérmica da pele de mamíferos.
renovadas por mitoses, numa frequência de períodos de 30 dias. B) Endoesqueleto de condrictes e osteíctes.
IV. O extrato córneo ou camada córnea também atua como
C) Escamas da pele de serpentes e lagartos.
protetora da pele, evitando a sua dessecação. Esta camada é a
mais externa, formada por células com citoplasma preenchido por D) Cutícula dos diplópodes e quilópodes.
queratina com grandes núcleos e atividade metabólica intensa. E) Concha dos gastrópodes e bivalves.
Assinale a alternativa correta.
A) Apenas I, II e III estão corretas. 17. (UFPI) Para amenizar rugas e vincos na pele sem intervenção
B) Apenas II, III e IV estão corretas. do bisturi, os médicos contam com algumas substâncias como o
C) Apenas I e II estão corretas. colágeno, o silicone e os ácidos (Restylane e afins), que
D) Apenas I, II e IV estão corretas. apresentam atividade fraca quando aplicadas na pele por uso
E) Apenas a IV está correta.
externo, mas mostram bons resultados quando injetadas na
13. (UFV) O esquema abaixo representa um corte transversal da derme. Assinale a alternativa que apresenta a explicação correta.
pele, destacando dois tipos de glândulas (I e II). A) A derme é a camada mais externa da pele, e sua localização
facilita a atuação das substâncias, que vão atuar no tecido
epitelial.
B) A derme, composta de tecido conjuntivo, é quem confere
elasticidade e resistência à pele, e a aplicação interna dessas
substâncias atua no preenchimento dos locais falhos.
C) A perfeita união entre as células epiteliais faz com que o
epitélio seja totalmente impermeável à água e a essas
substâncias.
D) As substâncias, quando aplicadas pelo uso externo, estimulam
Assinale a alternativa que contém a correlação incorreta: a duplicação das camadas do tecido epitelial da derme, mas a
A) I – glândula holócrina, que perde suas células durante a camada de queratina não permite que atuem na derme.
secreção. E) As glândulas exócrinas presentes no tecido epitelial atuam
B) II – glândula exócrina, que ajuda a manter a temperatura como barreiras físicas e químicas, impedindo a passagem das
corporal.
substâncias até a derme, evitando sua atividade.
C) II – glândula tubulosa enrolada, que faz parte do sistema
excretor.
D) I – glândula endócrina, que lubrifica a camada córnea 18. (UFPB) A pele humana, constituída pela epiderme e pela
superficial. derme, desempenha diversas funções, tais como: proteção,
sensibilidade tátil e manutenção da temperatura corporal. Acerca
14. (UFV) Os tegumentos dos vertebrados podem originar dos tecidos, anexos e receptores cutâneos da pele, é correto
diversos tipos de diferenciações que auxiliam no desempenho de afirmar:
suas funções. Todas as alternativas abaixo contêm exemplos
A) As células de Langerhans são responsáveis pelo
dessas diferenciações, exceto:
A) Penas. B) Unhas. C) Cascos. D) Escamas. E) Chifres. reconhecimento e destruição de agentes estranhos que penetram
na pele.
15. (UFJF) Analise as seguintes afirmativas sobre tecido epitelial: B) A derme produz os melanócitos que são responsáveis pela
I. O tecido epitelial reveste o corpo e protege o organismo contra produção e distribuição da melanina.
atritos, invasão de microrganismos e evaporação. C) A epiderme possui quatro camadas, sendo a mais interna a
II. É caracterizado pela pouca quantidade de substância espinhosa, que é a responsável pela produção de novas células.
intercelular e abundância de vasos sanguíneos, o que favorece D) O corpúsculo de Meissner, responsável pela captação de
sua função de barreira contra invasão de patógenos. estímulos de pressão e tração, é formado por um conjunto de
III. Quanto mais grosso for o epitélio, melhor será sua capacidade
terminações nervosas com pontas achatadas.
de proteção; quanto mais fino, melhor sua capacidade de
absorção. E) As glândulas sebáceas têm por função principal lubrificar a pele
IV. Nos vertebrados terrestres (répteis, aves e mamíferos), as e os pelos, para manter a regulação da temperatura corporal.
células epiteliais da epiderme fabricam a actina, uma proteína
impermeável que evita a desidratação. 19. (UFPB) Essa figura é apresentada em corte sagital e em
V. As pessoas idosas têm cabelos grisalhos porque os dissecção frontal de forma a permitir a visualização da estrutura do
melanócitos da base do pelo perderam a capacidade de produzir tórax e de uma das mamas de uma mulher grávida. As estruturas
melanina. estão numeradas, de acordo com a legenda.
Assinale a opção que apresenta somente informações corretas.
A) I e II. B) I, III, IV.
C) II e IV. D) I, III, V.
E) II, IV, V.
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114 Biologia
(_) as tintas usadas nas tatuagens não são reconhecidas como
“corpos estranhos” e, portanto, não são eliminadas devido a
resposta imune do hospedeiro.
(_) a exposição da pele tatuada ao sol não é recomendada, pois
estimula a produção de melanina sobre a camada da pele onde é
injetada a tinta, dificultando sua visualização.
(_) tatuagens não são recomendadas a pessoas com diabetes,
devido aos problemas de coagulação sanguínea, e a pessoas com
o vírus HIV, devido ao risco de infecções.
UV A – Corresponde à maior parte do espectro de radiação 30. (UNIRIO) Dois surfistas após uma hora dentro d’água,
ultravioleta, atingindo, inclusive, áreas mais profundas da pele e perceberam a pele enrugada nas pontas dos dedos e na sola dos
produzindo alterações que podem levar ao fotoenvelhecimento e pés. Cada um deu uma explicação para o fato:
ao câncer. Explicação do surfista 1: Nosso corpo, com menor concentração
UV B – Penetra pouco na pele; responsável pela vermelhidão e de soluto do que a água do mar, sofre desidratação por osmose,
por queimaduras após a exposição ao sol; também pode causar enrugando a pele.
de pele. Explicação do surfista 2: Lentamente ocorre a hidratação da
UV C – É normalmente absorvida pela camada de ozônio antes de queratina depositada sobre a epiderme, aumentando o volume
chegar à Terra. desta proteína fibrosa, causando dobras nas partes mais
A) Cite o tipo de radiação UV que tem maior efeito estimulante espessas.
sobre a pigmentação da pele e justifique sua resposta. Qual dos surfistas forneceu a explicação correta do fato?
B) Cite o tipo de célula presente em maior quantidade na Justifique sua resposta, apontando o erro cometido pelo outro
hipoderme e explique a importância dessa camada para a surfista.
adaptação de animais ao clima frio.
Mastócitos
Os mastócitos são células que acumulam substâncias
como a histamina, substância vasodilatadora relacionada a
processos inflamatórios, principalmente àqueles de natureza
alérgica, e a heparina, substâncias de natureza polissacarídica de
ação anticoagulante. São células grandes a globosas, com núcleo
esférico e central, possuindo grande quantidade de grânulos no
citoplasma, que representam exatamente acúmulos das
substâncias relatadas.
Plasmócitos
Os plasmócitos são responsáveis pela formação de
proteínas de defesa conhecidas como anticorpos ou
imunoglobulinas, que são proteínas produzidas especificamente
contra determinada substância estranha, conhecida
genericamente como antígeno, com função de destruí-la ou
Desenhos esquemáticos de fibroblastos imaturos (esquerda) e neutralizá-la.
maduros (direita), mostrando a morfologia externa e a Os plasmócitos são células ovoides, com núcleo esférico
ultraestrutura destas células. Comparados com os fibroblastos e excêntrico (não central), com cromatina em uma disposição
maduros, os imaturos ou jovens apresentam maior número de típica conhecida como “em roda de carroça”. Possuem retículo
mitocôndrias e gotas lipídicas, complexo de Golgi mais endoplasmático rugoso bem desenvolvido para produzir
desenvolvido e abundância de retículo endoplasmático rugoso, anticorpos.
cujas cisternas são dilatadas pela secreção aí acumulada. Os plasmócitos também se originam a partir de
leucócitos que abandonam o sangue por diapedese. O tipo de
Macrófagos leucócito que origina o plasmócito é o linfócito B.
Os macrófagos são células com funções de defesa no
tecido conjuntivo. Possuem uma grande capacidade de fagocitose.
Estas células possuem formato ameboide e núcleo esférico ou
reniforme.
Os macrófagos, além de defesa, apresentam funções
como o fornecimento de antígenos fagocitados ao sistema
imunológico para que ele produza anticorpos, a remoção de restos Plasmócito.
celulares dos tecidos e a remodelação de certos tecidos, como na
regressão do útero pós-parto, quando o mesmo passa de seus Células adventícias ou células mesenquimais indiferenciadas
quase 2 kg até o peso normal de cerca de 50g. As células adventícias são células do mesênquima
Os macrófagos originam-se a partir de leucócitos embrionário que permanecem indiferenciadas no adulto, podendo
denominados monócitos. Os monócitos atravessam as paredes formar outras células de tecido conjuntivo quando necessário,
dos capilares sangüíneos por um processo denominado como por exemplo em processos de cicatrização.
diapedese e passam ao tecido conjuntivo, onde passam a ser Essas células podem originar fibroblastos, lipoblastos
denominados macrófagos. (de tecido adiposo), osteoblastos (de tecido ósseo), condroblastos
De acordo com a localização do macrófago, ele assume (de tecido cartilaginoso) e outras células, mas não podem originar
formas e nomes diferentes. Assim, temos: macrófagos, leucócitos, mastócitos e plasmócitos, uma vez que
- histiócitos: macrófagos poucos ativos, que permanecem essas são provenientes do sangue.
imóveis nos tecidos;
- osteoclastos: macrófagos do tecido ósseo; Classificação dos tecidos conjuntivos
- células de Kupffer: macrófagos do fígado;
- células de Langerhans ou dendríticas: macrófagos da pele; Várias modalidades de tecido são classificadas como
- macrófagos alveolares: macrófagos do pulmão; tecidos conjuntivos, principalmente por terem em comum aquelas
- micróglias: macrófagos do tecido nervoso. duas características básicas de polimorfismo celular e grande
Este conjunto de célula de defesa derivadas de quantidade de substância intercelular. O que varia entre eles são
macrófagos é denominado sistema mononuclear fagocítico ou os tipos celulares e a quantidade e natureza da substância
sistema retículo-endotelial. intercelular.
Tecido hematopoiético ou reticular 2. (UECE) O mieloma múltiplo é uma neoplasia, ou seja, um tipo
de câncer que acomete os plasmócitos que pertencem ao tecido
O tecido hematopoiético apresenta grande quantidade A) epitelial. B) conjuntivo.
de fibras reticulares e é responsável pela formação das células do C) muscular. D) nervoso.
sangue. Assim, pode-se dizer que a função básica do tecido
hematopoiético é a síntese dos elementos figurados do sangue. 3. (UECE) O sangue pode ser considerado um tecido conjuntivo,
Existem duas variedades de tecido hematopoiético: pois
- Tecido hematopoiético mieloide. Este é encontrado na medula A) apresenta células dispostas em forma de fibra, com vários
óssea vermelha, é responsável pela formação de hemácias, núcleos por célula, sendo a mioglobina que lhe dá a coloração
plaquetas e leucócitos, com exceção dos leucócitos linfócitos. A avermelhada.
medula óssea vermelha é encontrada em ossos jovens e em B) apresenta células separadas por grande quantidade de matriz
alguns ossos adultos, como cabeça de fêmur, crista ilíaca da bacia extracelular, denominada plasma.
e esterno. C) é veículo dos hormônios e a sede das glândulas endócrinas.
- Tecido hematopoiético linfoide. Este é encontrado em órgãos D) possui plaquetas envolvidas na sua coagulação, plaquetas
chamados de linfoides, como nódulos ou gânglios linfáticos, estas resultantes da fragmentação de astrócitos.
baço, timo, amígdalas (tonsilas faringeanas), adenoides
(tonsilas palatinas) e apêndice vermiforme, e é responsável pela 4. (UECE) Na espécie humana, o tipo de tecido conjuntivo que
formação dos leucócitos linfócitos. forma o Tendão de Aquiles é
Quando o organismo é invadido por um microrganismo A) cartilaginoso. B) denso modelado.
C) adiposo. D) ósseo.
qualquer, instala-se uma infecção. Para combatê-la, aumenta a
produção de células de defesa. Assim, para aumentar essa
5. (FCM-JP) As células do Tecido Conjuntivo podem ser:
produção, os nódulos linfáticos aumentam de tamanho, tornando-
se inchados e doloridos. Se a infecção ocorre na cabeça, os Residentes ou Fixas, relativamente estáveis, exibindo pouco
nódulos que incham são os do pescoço; se ocorre nos braços, são movimento, ou podem ser do tipo transitórias, constituídas
principalmente por células que migram para dentro do tecido do
os das axilas; e se ocorre nas pernas, são os da virilha. Esses
nódulos linfáticos inchados e doloridos denotam a presença de sangue em resposta a estímulos específicos. Dentre os grupos
infecção e são popularmente chamados de ínguas. celulares elencados abaixo identifique com a letra (R) as
A linfa, durante o seu percurso dentro dos vasos linfáticos, Residentes e com a letra (T) as Transitórias e em seguida assinale
a alternativa que corresponde à sequência correta:
é filtrada pelos gânglios linfáticos. Qualquer agente patogênico
que ela estiver transportando ficará retido por ação dos 1. (_) adipócitos; 2. (_) mastócitos; 3. (_) plasmócitos; 4. (_)
macrófagos e dos linfócitos presentes nesses gânglios. fibroblastos; 5. (_) linfócito.
Considerando que a linfa é derivada do sangue, o mesmo A) 1R, 2T, 3R, 4R, 5T. B) 1T, 2R, 3T, 4T, 5R.
mecanismos é útil na eliminação de agentes patogênicos C) 1T, 2T, 3R, 4T, 5R. D) 1R, 2R, 3R, 4T, 5R.
presentes na corrente sanguínea. E) 1R, 2R, 3T, 4R, 5T.
7. (FCM-JP) Sabe-se que a presença de celulite deve-se a uma Leia atentamente as proposições abaixo e assinale a alternativa
alteração tecidual e é uma das causas que deixam, principalmente correta.
mulheres, extremamente irritadas no que diz respeito à sua A) Os linfomas são neoplasias benignas, originárias dos edemas
vaidade, uma vez que a celulite localiza-se, de preferência, nas linfáticos, elementos muito importantes no combate a infecções.
regiões dos quadris, abdômen, coxa e nádegas, dando um B) Os linfomas são neoplasias malignas, originárias dos gânglios
aspecto nada elegante. Assinale abaixo a alternativa (ou linfonodos), pequenos órgãos importantes no combate a
correspondente ao principal tecido afetado. infecções.
A) epitelial glandular. B) muscular liso. C) Os linfomas são neoplasias malignas, originárias da linfa, fluido
C) muscular esquelético. D) conjuntivo frouxo. importante no combate a infecções.
E) epitelial de revestimento. D) Os linfomas são neoplasias benignas, dos gânglios (ou
linfonodos), pequenos órgãos importantes no combate a
8. (FCM-JP) Durante a aula de Histologia, um aluno questionou o infecções.
que poderia acontecer se o Tecido Conjuntivo Propriamente Dito E) Os linfomas são neoplasias malignas, originárias dos vasos
sofresse um processo patológico tendo como consequência sua linfáticos, pequenos órgãos importantes no combate a infecções.
destruição. Considerando as funções apresentadas por este tecido 03
no organismo humano, assinale a opção que representaria a 12. (FCM-CG) Dentre as células do tecido conjuntivo, indique a
consequência dessa destruição: que se apresenta com maior frequência:
A) a cicatrização das feridas, ocorreria de forma mais rápida. A) Neutrófilos. B) Macrófago. C) Mastócito.
B) as funções de sustentação e preenchimento seriam realizadas D) Osteócito. E) Fibroblasto.
pelo tecido muscular.
C) o organismo ficaria com menor susceptibilidade à ação de 13. (UESPI) Não constituem células, tecidos ou órgãos
microrganismos. hematopoiéticos, em qualquer fase do ciclo da vida humana:
D) a nutrição dos tecidos que não possuem vascularização, seria A) a medula óssea vermelha. B) as células-tronco linfoides.
interrompida. C) o fígado. D) o baço.
E) a produção de fibras colágenas seria realizada pelas células E) o pâncreas.
epiteliais.
14. (UESPI) Com relação aos tendões e aos ligamentos, é
9. (FCM-JP) Em relação ao tecido conjuntivo, assinale incorreto afirmar que:
corretamente: A) eles apresentam feixes de fibras colágenas organizadas numa
A) o tecido conjuntivo denso não modelado apresenta feixes de única direção.
colágeno paralelo uns aos outros e alinhados com os fibroblastos. B) os tendões ligam as extremidades dos músculos aos ossos,
B) o acúmulo de tecido adiposo não é influenciado pela idade ou possibilitando os movimentos esqueléticos.
sexo. C) os ligamentos formam cápsulas protetoras na parede externa
C) os tendões representam um exemplo de tecido conjuntivo de órgãos como rins, fígado e baço.
denso modelado D) entre os feixes de fibras dos tendões e dos ligamentos, há
D) as cápsulas articulares não apresentam na sua composição fibroblastos.
colágeno. E) o tecido que forma tendões e ligamentos é denominado
E) apresenta pouco material intercelular. conjuntivo denso modelado (tendinoso).
10. (FCM-JP) As células que fazem parte do tecido conjuntivo 15. (UPE) Leia o texto a seguir:
propriamente dito são as seguintes: ESTRIAS – CICATRIZES INESTÉTICAS
A) Fibroblastos, macrófagos, plasmócitos e mastócitos. As estrias são cicatrizes cutâneas da pele, relacionadas com
B) Plasmócitos, macrófagos, mastócitos e condrócitos. pequenas fraturas causadas à derme, por fenômenos de
C) Condrócitos, plasmócitos, macrófagos e basófilos. distensão. Segundo o Dr. Miguel Trincheiras, dermatologista, a
D) Macrófagos, basófilos, condrócitos e adipócitos. distensão dos tecidos é comum na adolescência, quando há
E) Osteoblastos, macrófagos, mastócitos e basófilos. aumentos bruscos de massa gorda ou massas musculares
(engordar//emagrecer, musculação) e por ocasião da gravidez. O
11. (FCM-CG) aparecimento das estrias ocorre na região glútea (nádegas) e nas
O problema do câncer no Brasil ganha relevância pelo perfil ancas, já que são zonas de grande concentração de tecido
epidemiológico que essa doença vem apresentando, e, com isso, adiposo. A hidratação cutânea condiciona a elasticidade da pele e
o tema tem conquistado espaço nas agendas políticas de todas as a sua capacidade de sofrer distensões sem haver ruptura dos
esferas de governo. O conhecimento sobre a situação dessa tecidos. Os derivados da vitamina A têm a capacidade de
24. (UFPB) Um determinado tecido animal tem como 28. (UFRS) Considere as afirmações abaixo sobre o tecido
características principais: conjuntivo adiposo em seres humanos.
I. Apresentar fibras elásticas, colágenas e reticulares. I. Ele é originado a partir de células do ectoderma do embrião.
II. Conter macrófagos. II. Um súbito emagrecimento provoca a redução do número de
III. Ser o tecido de maior distribuição no corpo humano. adipócitos no corpo.
Essas características referem-se ao tecido III. Crianças recém-nascidas são protegidas do frio pela presença
A) adiposo. B) conjuntivo cartilaginoso. de um tecido adiposo multilocular, rico em mitocôndrias.
C) conjuntivo sanguíneo. D) conjuntivo denso. Quais estão corretas?
E) conjuntivo frouxo. A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III.
D) Apenas I e II. E) Apenas II e III.
25. (UFRRJ)
O DESABAMENTO DO CRAQUE Questões discursivas
O mundo pergunta como Ronaldo voltará ao futebol depois da
tragédia de Roma, que o levou a operar o joelho direito pela 29. (UFV) Abaixo estão representados os principais componentes
segunda vez em cinco meses. de um tecido amplamente distribuído no corpo humano.
Adaptado da Revista Época no 100 ano II abril 2000 p. 171
O jogador Ronaldo, do Inter de Milão e da Seleção Brasileira,
sofreu uma lesão no tendão que liga a rótula (patela) ao osso
denominado tíbia, conforme figura adiante.
36. (UFOP) O tecido conjuntivo sanguíneo é extremamente 40. (UFMG) A eritropoetina (EPO) é um hormônio sintetizado
importante no que se refere tanto ao transporte de nutrientes, principalmente pelos rins, com função de estimular a produção de
metabólitos e gases (trocas gasosas) quanto à defesa do nosso hemácias e de hemoglobina. A administração endovenosa de EPO
organismo. Sobre o sangue, resolva os itens abaixo: é uma das formas conhecidas de doping em competições
A) Os neutrófilos são os glóbulos brancos (leucócitos) mais esportivas em que há exigência de elevado aporte de oxigênio aos
abundantes no nosso sangue. Cite duas características tecidos. Observe a figura abaixo:
morfológicas que nos permitam reconhecer esta célula em um
esfregaço sanguíneo.
B) Especialmente na estação chuvosa, os exames de sangue
laboratoriais dos estudantes de Ouro Preto apontam altos níveis
de leucócitos do tipo basófilo e eosinófilo. Responda o que este
resultado indica sobre o estado de saúde desses estudantes?
C) Explique por que alguns tipos de macrófagos ficam
estrategicamente posicionados na pele, nos alvéolos pulmonares
e no tubo digestivo.
Inflamação
A inflamação é uma resposta da defesa inata acionada
contra agentes físicos (como queimaduras por calor), mecânicos
(como pancadas), químicos (como queimaduras por ácidos) ou
biológicos (como infecções).
A reação inflamatória é desencadeada por mediadores
químicos, sendo os principais deles as prostaglandinas,
produzidas a partir dos constituintes das células danificadas.
Célula
lesão celular
Fosfolipídios de membrana
Enzima Fosfolipase
Ácido araquidônico
Prostaglandinas
Inflamação
Mecanismos de produção de imunidade A maior parte dos linfócitos sensibilizados vai ser
diferenciada em células ativas, sejam eles linfócitos B ativados
Todos os tipos de linfócitos possuem na sua membrana em plasmócitos e linfócitos T8 ativados em células
moléculas chamadas de receptores de membrana, que são assassinas. Uma pequena parte dos linfócitos sensibilizados, no
específicos para um certo determinante antigênico, ou seja, são entanto, vai ficar inativa na forma de células de memória.
capaz de reconhecer um determinado determinante antigênico em As células de memória podem ser rapidamente ativadas
particular. Determinantes antigênicos são fragmentos de quando houver necessidade, sem quer se precise repetir o
antígenos que podem estimular uma resposta imunológica. Os processo de seleção clonal. Elas permanecem inativas na
receptores combinam-se aos determinantes antigênicos de circulação, e caso haja nova penetração do antígeno específico,
maneira específica, de acordo com o modelo chave-fechadura. as células de memória podem passar imediatamente à forma
Cada linfócito tem um tipo particular de receptor, sendo, portanto, ativa.
capaz de reconhecer apenas um tipo de determinante antigênico e No primeiro contato com um determinado antígeno, o
de se ligar só a ele. Estima-se que durante nossa vida, possamos desenvolvimento de imunidade demora várias semanas, sendo a
entrar em contato com cerca de um milhão de moléculas de maior parte do tempo consumindo no processo de seleção clonal,
antígenos deferentes. Assim, necessitamos de um mesmo número que demora a identificar algum dos poucos linfócitos com receptor
de tipos de linfócitos para fazer face a essa diversidade toda de para o determinante antigênico em questão. Essa primeira
antígenos. De que maneira o organismo gera esse imenso número resposta é denominada resposta imunológica primária, sendo
de tipos de linfócitos, cada qual com um único receptor? De que bastante demorada e fraca.
maneira o organismo aprende a reconhecer as próprias proteínas, A partir do segundo contato com o mesmo antígeno, a
cancelando a produção de linfócitos que possuem receptor de seleção clonal é bem mais rápida, uma vez que há agora grande
membrana para elas? quantidade de células de memória com receptor para o
determinante antigênico em questão, sendo facilmente
1. Fagocitose identificados. Essa resposta é denominada resposta imunológica
secundária, sendo bem mais rápida e forte.
Os dois mecanismos de imunidade se iniciam de maneira
idêntica, com a fagocitose do antígeno e/ou do patógeno onde ele Resumo
se encontra por macrófagos especiais denominados células antígeno no organismo → fagocitose pelas células
dendríticas ou células apresentadoras de antígenos ou APC apresentadoras → apresentação aos linfócitos → seleção
(do inglês Antigen Presenting Cells). clonal → expansão clonal → diferenciação e ativação →
O antígeno fagocitado é então fragmentado em formação de plasmócitos, células assassinas e células de
determinantes antigênicos, que são expostos na membrana da memória
célula apresentadora para que haja contato com os linfócitos.
Imunidade celular e Imunidade humoral
2. Seleção Clonal
A imunidade celular é aquela mediada pelos linfócitos
As células apresentadoras com os determinantes
T8 ativados em células assassinas.
antigênicos expostos na superfície de suas membranas entram em
A imunidade humoral é aquela mediada pelos linfócitos
contato com os linfócitos, que então tentam reconhecer os
B ativados em plasmócitos e está relacionada à produção de
fragmentos de antígenos a partir de seus receptores. Como
anticorpos contra determinado antígeno.
existem muitos tipos de linfócitos que variam quanto aos seus
receptores de membrana, a identificação daquele capaz de se
ligar ao determinante antigênico em questão é feita pelo método
de tentativa e erro. Quando há identificação do linfócito com
Imunização passiva
A imunização passiva consiste no recebimento de
anticorpos prontos, podendo ocorrer de modo natural ou artificial.
A imunização passiva natural ocorre através da
transferência de anticorpos de mãe para filho através da placenta
Na resposta imunitária primária, que ocorre quando o e do aleitamento.
indivíduo entra em contato com o antígeno pela primeira vez, o A imunização passiva artificial ocorre através da
tempo para a produção de anticorpos é maior, e a quantidade de administração de soros. Nesse caso, são introduzidos no
anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre organismo os anticorpos já prontos para o combate a um antígeno.
na resposta secundária. É um tipo de imunização utilizada quando se deseja uma resposta
Na resposta imunitária secundária, que ocorre quando o rápida do organismo. Em caso de mordida de cobra peçonhenta,
indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez, o tempo por exemplo, cujas toxinas podem matar em pouco tempo, não é
para a produção de anticorpos é menor, e a quantidade de possível esperar que o próprio organismo reaja produzindo
anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre anticorpos. Injeta-se, então, um soro antiofídico que já contém os
na resposta primária. A resposta secundária está relacionada á anticorpos prontos para atuar. Outro exemplo de utilização de
presença de células de memória, que são prontamente ativadas soros é no caso de pessoas que se ferem e são contaminadas
quando o organismo volta a entrar em contato com um certo pela bactéria causadora do tétano: deve-se aplicar o mais breve
antígeno. possível o soro antitetânico, caso a pessoa não tenha recebido a
As vacinas atuariam como uma primeira inoculação de vacina antitetânica.
antígeno, ficando assim o organismo já “programado” para A duração da imunização passiva, no exemplo, é
produzir rapidamente mais anticorpos caso o indivíduo entre em passageira, ao contrário da imunização ativa. Isso porque a
contato com as formas ativas dos antígenos causadores de pessoa recebe os anticorpos prontos que combaterão os
doenças. antígenos antes mesmo de eles terem ativado o próprio sistema
Biologia 147
eficientes em estimular linfócitos B de memória, responsáveis pela
produção de anticorpos.
E) (_) O título de anticorpos no sangue não se altera após a
aplicação da primeira dose de vacinas, como a Tetravalente e a
Hepatite B; daí a necessidade da administração de novas doses
da vacina.
(_) A VORH, aplicada contra rotavírus humanos em três doses,
não induz uma boa imunidade na maioria das pessoas, diferente
33. (UFF) Escolha a opção que apresenta o agente imunizante da vacina contra febre amarela, que somente precisa de um
ativo contra-indicado em pacientes com imunidade alterada reforço.
(imunossupressão ou imunodeficiência) e em mulheres grávidas, (_) A vacina VOP, contra a poliomielite, é uma das vacinas mais
pelo risco de desenvolvimento da doença disseminada: modernas do mundo, pois a simples administração de uma gotinha
A) Vacina a base de vírus vivo. contendo antígenos do vírus é suficiente para induzir imunidade.
B) Vacina a base de polissacarídeo bacteriano. (_) Vacinas de DNA, diferentemente das vacinas mostradas na
C) Vacina a base de toxoide bacteriano. tabela acima, induzem imunidade após a introdução de
D) Gamaglobulina hiperimune. sequências genéticas microbianas, que se fundem ao
E) Soro extraído de equinos. cromossomo humano na célula do hospedeiro.
Questões estilo V ou F
42. (UNESP) Leia os seguintes fragmentos de textos: 45. (UFC) Leia o texto a seguir.
1. Edward Jenner, um médico inglês, observou no final do século Um exame, ainda que em linhas gerais, do panorama da saúde
XVIII que um número expressivo de pessoas mostrava-se imune à dos brasileiros ao longo dos últimos 500 anos revela uma história
varíola. Todas eram ordenhadoras e tinham se contaminado com de descaso e sofrimento (...). A varíola teve papel destacado na
“cowpox”, uma doença do gado semelhante à varíola pela rápida redução da população indígena, extinguindo tribos inteiras.
formação de pústulas, mas que não causava a morte dos animais. Os colonizadores logo perceberam essa vulnerabilidade dos
Após uma série de experiências, constatou que estes indivíduos nativos e, segundo registros históricos, intencionalmente
mantinham-se refratários à varíola, mesmo quando inoculados disseminaram certas doenças entre eles, para diminuir sua
com o vírus. resistência aos europeus. No final do século 18, uma violenta
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epidemia nas áreas colonizadas do Brasil levou Portugal a ordenar
2. A 6 de julho de 1885, chegava ao laboratório de Louis Pasteur
uma “variolização”. Essa medida começava com a infecção de
um menino alsaciano de nove anos, Joseph Meister, que havia
jovens escravos que, se não morriam, ficavam com bolhas de pus
sido mordido por um cão raivoso. Pasteur, que vinha
pelo corpo. Um pouco desse pus era posto em contato com um
desenvolvendo pesquisas na atenuação do vírus da raiva, injetou
arranhão na pele de pessoas sadias, para imunizá-las.
na criança material proveniente de medula de um coelho Ciência Hoje, vol. 28, no.165, pág.34,36, outubro 2000.
infectado. Ao todo, foram 13 inoculações, cada uma com material A) Que categoria de organismos é causadora da varíola?
mais virulento. Meister não chegou a contrair a doença. B) Cite uma característica que identifique essa categoria de
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organismo.
A) Qual dos fragmentos, 1 ou 2, refere-se a processos de
C) Qual a explicação para a imunização das pessoas com o pus?
imunização passiva? Justifique sua resposta.
Que tipo de imunização ocorreu?
B) Que tipos de produtos (medicamentos) puderam ser produzidos
D) Qual a explicação biológica para a vulnerabilidade das
a partir das experiências relatadas, respectivamente, nos
populações indígenas à varíola?
fragmentos de textos 1 e 2? Que relação existe entre o fenômeno
observado no relato 1 e as chamadas células de memória?
46. (UFRJ) As curvas abaixo mostram a produção de anticorpos
específicos de dois indivíduos inoculados com antígenos proteicos
43. (UERJ)
do vírus X no dia 0. Com base nas respostas de cada um deles ao
Finalmente, uma vacina combateu em humanos a infecção pelo antígeno, suspeitou-se de que um dos indivíduos fosse originário
HIV, o vírus causador da AIDS. Na verdade, uma vacina não. de uma região onde a infecção pelo vírus X atinge grande número
Duas. A combinação de dois imunizantes que já haviam de indivíduos.
fracassado quando testados isoladamente, em estudos anteriores,
reduziu em 31,2% o risco de contaminação.
Adaptado de Isto É, 30/09/2009
Células ósseas
Fotomicrografia óptica de tecido cartilaginoso, evidenciando o 1. Osteoblastos
pericôndrio nas extremidades. Os osteoblastos são células jovens, bastante grandes e
ramificadas, com aspecto estrelado. São as células responsáveis
Podem-se distinguir três tipos de cartilagem, de acordo pela produção da parte orgânica da substância intercelular do
com os tipos e quantidade de fibras protéicas nelas presentes: osso. A matriz óssea recém-formada e ainda não mineralizada é
dita matriz osteoide. Além disso, elas estão relacionadas à
Cartilagem hialina incorporação de minerais a essa matriz extracelular.
A cartilagem hialina é a forma mais comum do tecido A mineralização óssea induzida pelos osteoblastos se dá
cartilaginoso, e se caracteriza por apresentar substância pela produção da enzima fosfatase alcalina, que promove a
intercelular homogênea, com pequena quantidade de fibras conversão de íons de cálcio solúveis (Ca++), captados do sangue,
colágenas. Ocorre no nariz, na laringe, nos anéis da traquéia e em sais de cálcio insolúveis.
brônquios, na extremidade de ossos que se articulam e no Vários fatores estimulam a ação dos osteoblastos, como a
esqueleto de fetos. Essa cartilagem no esqueleto de fetos forma vitamina A, o hormônio calcitonina da tireóide, os hormônios
um molde do esqueleto ósseo, e é posteriormente substituída por estrogênios (apenas em mulheres) e a atividade muscular.
tecido ósseo. Os osteoblastos são encontrados na periferia dos tecidos
ósseos, onde promovem o crescimento dos mesmos.
Cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem
A cartilagem fibrosa apresenta grande quantidade de 2. Osteócitos
fibras colágenas, sendo muito resistente. Ocorre em algumas Os osteócitos são formados à medida que ocorre a
articulações, amortecendo o impacto do movimento sobre o osso, calcificação da matriz osteoide. Os osteoblastos são aprisionados
como nos meniscos articulares e discos intervertebrais. no tecido calcificado e diminuem sua atividade metabólica,
perdendo as ramificações e diminuindo de tamanho para originar
Cartilagem elástica os osteócitos. A função dos osteócitos é manter a matriz orgânica
A cartilagem elástica apresenta, além de fibras no osso já formado.
colágenas, grande quantidade de fibras elásticas, sendo muito Quando a matriz osteoide é mineralizada, os osteoblastos
flexível. Ocorre no pavilhão auricular (orelha), na trompa de ainda possuem as ramificações, que acabam ligando as várias
Eustáquio, no septo nasal, na epiglote e em algumas partes da células entre si. Quando eles passam a osteócitos, diminuindo de
laringe. tamanho e perdendo as ramificações, os espaços antes ocupados
por eles passam a constituir cavidades no tecido mineralizado com
os osteócitos no interior. Essas cavidades aonde se situam os
Tecido ósseo osteócitos são ditas lacunas ou osteoplastos. As ramificações
dos osteoblastos desaparecem, mas permanecem no tecido
O tecido conjuntivo ósseo se caracteriza principalmente mineralizado uma série de canalículos correspondentes aos
pelo fato de sua substância intercelular ser mineralizada por espaços anteriormente ocupados pelas ramificações. Esses
sais de cálcio, o que confere a ele uma consistência rígida e canalículos são invadidos por vasos sangüíneos e nervos,
pequena flexibilidade. É o principal tecido de sustentação e promovendo uma intensa irrigação e inervação ao tecido ósseo.
proteção do organismo animal, através da formação dos ossos. É
um tecido irrigado e inervado, com alta atividade metabólica e 3. Osteoclastos
capacidade de regeneração. Os osteoclastos são células grandes, multinucleadas,
O tecido ósseo é formado por células e por material originadas a partir da fusão de vários monócitos do sangue. Esses
intercelular denominado matriz óssea. Esta é composta por uma osteoclastos ocupam lacunas no tecido ósseo denominadas
parte orgânica, denominada matriz osteoide, constituída de lacunas de Howship.
fibras colágenas e proteoglicanas, correspondendo a cerca de Sua função, além de defesa, é promover a remodelação
35% da mesma, e uma parte inorgânica, formada por sais, óssea, através da destruição da parte orgânica e da
principalmente fosfato de cálcio (também denominado apatita), reabsorção da parte mineral do osso.
mas também carbonato de cálcio e fosfato de magnésio, A desmineralização óssea induzida pelos osteoclastos se
correspondendo a cerca de 65% da mesma. dá pela produção da enzima fosfatase ácida, que promove a
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Biologia 151
conversão de sais de cálcio insolúveis do osso em íons de cálcio Precursores da vitamina D são obtidos na dieta e, na pele,
solúveis (Ca++), lançados no sangue. Com isso, os osteoclastos são ativados em vitamina D por ação da radiação ultravioleta do
promovem o aumento dos níveis sangüíneos de cálcio, sol. Tanto a deficiência nutricional dos precursores como a
promovendo a regulação da calcemia. deficiência de exposição ao sol podem resultar na hipovitaminose
A ação dos osteoclastos é estimulada por fatores como o da vitamina D.
hormônio paratormônio das paratireoides. Em crianças, a deficiência de vitamina D acarreta uma
doença conhecida corno raquitismo. Neste caso, a matriz
Remodelação óssea orgânica cartilaginosa que precede a formação do osso é formada,
Ocorre um equilíbrio natural entre osteoblastos e mas os sais de cálcio e fósforo não são depositados por não
osteoclastos, ou seja, entre a mineralização e a estarem presentes. Os ossos não crescem, pois, de maneira
desmineralização óssea. Isso é importante na formação de adequada, resultando em deficiências de crescimento e alterações
alguns ossos, como os do crânio, que por se oco, envolve a ação na estrutura normal dos ossos. Além disto, a falta de rigidez nos
dos osteoblastos para formar tecido ósseo externamente e a ação ossos pela sua desmineralização faz com que os ossos dos
dos osteoclastos para destruir tecido ósseo internamente, de membros inferiores curvem-se ante o peso do próprio corpo,
modo a possibilitar o aumento da cavidade craniana para que haja aparecendo típicas formações em pernas arqueadas: para fora,
crescimento do cérebro. com o nome de genuvalgo (pernas em tesoura), ou para dentro,
De modo geral, pode-se afirmar que, em áreas ósseas com o nome de genuvaro (pernas arqueadas de cavaleiro).
sujeitas a tensão, há estímulo aos osteoblastos para formação Problemas de coluna como escoliose (desvio lateral), cifose
óssea, e em áreas ósseas sujeitas a pressão, há estímulo aos (projeção da região torácica e cervical para frente), e lordose
osteoclastos para reabsorção óssea. A movimentação dos (projeção da região lombar para trás) e peito-de-pombo (projeção
dentes na arcada dentária por ação de aparelhos ortodônticos das costelas para frente) também podem ocorrer. Por fim, a má
se dá através desse princípio: o dente, ao se movimentar, exerce ossificação resulta também num crânio mole e na erupção tardia,
pressão no osso à sua frente, levando à destruição óssea para má-formação e excessiva fragilidade dos dentes de crianças
que o dente ocupe o espaço formado, e exerce tensão no osso raquíticas. Daí a importância de banhos de sol em bebês e
atrás, levando à neoformação óssea. crianças muito jovens: a ativação da vitamina D pelo componente
ultravioleta dos raios de sol.
Osteoporose Em adultos, a deficiência de vitamina D acarreta uma
Um dos fatores que responsáveis por estimular a atividade doença conhecida como osteomalácia. Como nos adultos os
dos osteoblastos é a atividade muscular. Com o avanço da idade, ossos já pararam de crescer, a carência manifesta-se como
ocorre naturalmente uma diminuição da massa muscular, o que desmineralização acentuada na coluna, pélvis e pernas, por falta
leva à consequente diminuição da atividade dos osteoblastos; de cálcio para repor as perdas ósseas. A pressão da gravidade
como os osteoclastos não são afetados, continuam sua atividade nos ossos mais moles provoca compressão das vértebras
de destruição da matriz orgânica do osso e de descalcificação. afetadas, curvamento dos ossos longos e deformidade na pélvis.
Assim, com a redução da matriz orgânica e a descalcificação
óssea, os ossos têm sua densidade reduzida, favorecendo a Tipos de ossificação
ocorrência de fraturas, numa condição denominada de
osteoporose. A ossificação é o processo de formação do osso. Ela
Outro fator responsável por estimular a atividade dos pode ocorrer de duas maneiras básicas, denominadas
osteoblastos é a ação dos hormônios estrógenos em mulheres. ossificação endocondral ou ossificação intramembranosa, de
Assim, além da osteoporose que aparece normalmente com a acordo com o tipo de osso a ser formado no esqueleto.
idade em homens e mulheres, há também a osteoporose
relacionada à menopausa em mulheres. Em mulheres em Ossificação endocondral
menopausa, ocorre a parada na produção de hormônios Na ossificação endocondral ou cartilaginosa, é formado
estrógenos, com consequente diminuição da atividade dos um molde prévio do osso em cartilagem hialina. A cartilagem
osteoblastos e manutenção da atividade dos osteoclastos; então vai sendo substituída por tecido ósseo para ocorrer a
novamente, ocorre a redução da matriz orgânica e a ossificação. É importante deixar claro que a cartilagem não se
descalcificação óssea que caracterizam a osteoporose. transforma em osso, mas é substituída por osso.
A terapia de reposição hormonal em mulheres em Os ossos longos do organismo são formados dessa
menopausa pode minimizar o risco de osteoporose pelo maneira. Mesmo no osso já formado, permanece uma parte da
fornecimento de hormônios estrógenos. Entretanto, essa terapia cartilagem original, que vai corresponder ao disco epifisial,
aumenta o risco de ocorrência de câncer de mama e doenças responsável pelo crescimento ósseo em comprimento.
cardiovasculares. O uso de suplementos alimentares à base de
cálcio não previne ou curam a osteoporose, mas são úteis em Crescimento ósseo em comprimento
controlar um de seus sintomas, que é a perda de cálcio por parte Em ossos longos, como o fêmur, podem-se observar
do osso. anatomicamente três regiões, duas epífises, porções dilatadas
terminais, e uma diáfise, porção cilíndrica intermediária. Entre a
Raquitismo e Osteomalácia diáfise e a epífise, há uma estrutura denominada disco epifisial,
A vitamina D é necessária ao organismo para que haja a formada de cartilagem hialina, que corresponde ao centro de
absorção intestinal do cálcio da dieta, sendo um fator essencial na crescimento ósseo em comprimento.
disponibilização do cálcio para que o sangue o forneça ao osso A glândula hipófise libera o hormônio do crescimento
em formação. (GH ou somatotrofina), que estimula o fígado a liberar o
hormônio somatomedina, que por sua vez estimula o
Ossificação intramembranosa
Na ossificação intramembranosa ou conjuntiva, o osso
é formado a partir de uma membrana de tecido conjuntivo
embrionário. As células mesenquimais indiferenciadas do tecido
conjuntivo se diferenciam em osteoblastos e passam a depor
matriz osteoide. Posteriormente, ocorre mineralização e formação
dos osteócitos. Assim, o tecido conjuntivo é realmente
transformado em osso.
Os ossos chatos do organismo são formados dessa
maneira. No feto, a ossificação intramembranosa não se completa
antes do nascimento, permanecendo ossos com regiões ainda em
conjuntivo. Essas regiões membranosas são moles, sendo
chamadas fontanelas ou, popularmente, “moleiras”. Essas
regiões só são ossificadas após o nascimento. A razão da
existência dessas fontanelas é permitir a passagem da cabeça do Esquema mostrando o processo de reparação de fratura por
feto pelo estreito canal de parto, fornecendo flexibilidade ao crânio. formação de novo tecido ósseo a partir do periósteo e do
Caso contrário, o crânio totalmente ossificado não teria endósteo.
flexibilidade para ser comprimido e passar pela vagina da mãe no
parto. Estrutura óssea
Crescimento ósseo em espessura Histologicamente falando, entretanto, pode-se distinguir
Em ossos longos, histologicamente, pode-se observar no dois tipos de tecidos ósseos: esponjoso ou reticulado e
centro, um espaço denominado espaço medular, onde se situa a compacto ou denso. A composição tecidual é a mesma, estando
maior parte da medula óssea vermelha. Revestindo internamente a diferença na disposição de seus elementos e na presença de
o osso, há uma camada de tecido conjuntivo denominada espaços nos ossos, chamados de espaços medulares. Esses
endósteo, e revestindo externamente o osso, outra camada de tecidos se encontram lado a lado no mesmo osso.
tecido conjuntivo, denominada periósteo. O tecido ósseo esponjoso apresenta grande quantidade
O periósteo é um tecido conjuntivo frouxo que reveste o de espaços medulares, estando normalmente no centro dos
osso e funciona como centro de crescimento ósseo em ossos. Nos ossos longos, esses espaços abrigam a medula óssea
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Biologia 153
Cartilagem articular
Epífise proximal
Linha epifisária
Sistema de
Havers Esqueleto humano
Lamelas O esqueleto humano adulto é constituído de 206 ossos.
circunferenciais
Anatomicamente falando, esses ossos podem ser de três tipos:
ossos longos, como os dos membros, ossos curtos, como as
vértebras, e ossos chatos, como os do crânio. O maior osso de
corpo humano é o fêmur, osso da coxa, enquanto os três menores
ossos do corpo são o martelo, a bigorna e o estribo,
Canal de encontrados no crânio e fazendo parte da orelha média do sistema
Volkmann
auditivo.
Periósteo
Cabeça
A cabeça é constituída de 29 ossos.
O crânio corresponde à caixa óssea que protege o
encéfalo, sendo constituído de 8 ossos, sendo eles o frontal, os
dois parietais, os dois temporais, o occipital, o esfenoide e o
etmoide, estando esses dois últimos na base do crânio.
A face corresponde à área anterior da cabeça, sendo
constituído de 14 ossos, sendo os principais os dois nasais (que
formam a base óssea do nariz), os dois zigomáticos (constituindo
as “maçãs” do rosto), o vômer (que separa as duas fossas nasais,
os dois palatinos (que formamos o “céu” da boca), os dois
maxilares e a mandíbula. Esses dois últimos ossos estão
associados aos dentes, sendo responsáveis pela mastigação
graças à ação da mandíbula, único osso móvel da cabeça. A
mandíbula se conecta ao crânio através da articulação têmporo-
mandibular, comumente denominada ATM.
Tronco
O tronco é formado pela coluna vertebral, pelas costelas e
pelo ossos esterno, constituindo o eixo corporal onde se articulam
os membros.
Principais ossos do corpo humano. A coluna vertebral ou espinha dorsal é formada por 33
ossos denominadas vértebras, dotadas de um canal interno
Os ossos se conectam entre si por juntas ósseas, chamado forame vertebral, por onde passa a medula espinhal.
também denominadas junturas ou articulações. Algumas juntas As vértebras são separadas por discos de cartilagem fibrosa, os
não permitem movimentos entre os ossos que se articulam, como discos intervertebrais, com papel de amortecimento de impacto
ocorre com as suturas (de tecido conjuntivo fibroso) dos ossos do entre elas.
crânio e as sínfises (de tecido cartilaginoso) que ocorrem na Existem cinco conjuntos de vértebras:
bacia. As sincondroses (de tecido cartilaginoso) são semimóveis, - vértebras cervicais, localizadas no pescoço, sendo em número
como ocorre na articulação esternocostal, permitindo um ligeiro de sete; a primeira delas se chama atlas e se liga ao crânio;
movimento da caixa torácica relacionado à respiração. As juntas - vértebras torácicas, localizadas no tórax e ligadas às costelas,
que permitem movimentos entre os ossos que se articulam sendo em número de doze;
apresentam uma cápsula articular banhada por um líquido - vértebras lombares, de maior tamanho, para sustentar o peso
lubrificantes denominado líquido sinovial, de modo a serem corporal, sendo em número de cinco;
denominadas juntas sinoviais ou diartroses. Essas últimas - vértebras sacrais, formadoras da parte posterior da bacia,
podem permitir movimentos em um único plano, sendo chamadas sendo em número de cinco e estando fusionadas no adulto para
de juntas em dobradiça, como ocorre com joelhos e cotovelos, formar o osso sacro;
ou em múltiplos planos, possibilitando movimentos giratórios, - vértebras coccigeanas, ao final da coluna, sendo em número
sendo chamadas de juntas esferoides ou do tipo bola-e- de quatro e estando fusionadas no adulto para formar o osso
soquete, ou ainda, cinturas, como ocorre em ombro e bacia. cóccix; o cóccix é evolutivamente descrito como um órgãos
Pode-se dividir o esqueleto humano em duas grandes vestigial derivado da cauda dos cordados mais antigos.
regiões, o esqueleto axial (do grego axon, ‘eixo’), constituído de Devido à fusão dos ossos do sacro e do cóccix, os adultos
cabeça, coluna vertebral e costelas, e o esqueleto apresentam sete vértebras a menos que as crianças, ou seja, 26
apendicular, constituído pelos ossos dos membros (braços e ao invés de 33.
pernas, que correspondem a apêndices do corpo). Essas duas
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Biologia 155
Como já dito, as vértebras torácicas estão associadas às
costelas, formadoras da caixa torácica, com papel de proteção
dos pulmões, do coração e dos grandes vasos associados ao
coração.
Existem 12 pares de costelas, sendo as mesmas unidas
posteriormente pelas vértebras. Os sete primeiros pares estão
unidos anteriormente, através de cartilagens, pelo osso esterno;
os três pares seguintes estão unidos anteriormente, através de
cartilagens, às vértebras localizadas acima; e os dois últimos
pares terminam em pontos livres, sendo denominadas costelas
flutuantes ou falsas.
Cerca de 8% das pessoas apresentam 13 pares de
costelas, como também ocorre em chimpanzés e gorilas. A
interpretação evolutiva é de o ancestral comum entre homens,
chimpanzés e gorilas apresentava esses 13 pares de costelas,
tendo o número sendo mantido nos macacos e se reduzido na
maioria dos humanos.
Membros
Exercícios
Questões estilo múltipla escolha
Cada um dos membros superiores se divide em três
partes, braço, antebraço e mão. O osso do braço é denominado
1. (UNIFOR)
úmero, se articulando pelo cotovelo com os dois ossos do
antebraço, que são denominados ulna e rádio (estando esse A osteoporose faz parte do processo natural de envelhecimento e
último voltado para o lado do dedo polegar). Os ossos da mão são caracteriza-se pela diminuição substancial da massa óssea que
os carpos, no pulso, os metacarpos, na palma da mão, e as provoca ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais
falanges, nos dedos. sujeitos a fraturas. “É uma doença silenciosa e que causa muito
Conectando o braço ao tórax, existe a cintura escapular, sofrimento, já que, geralmente, é descoberta em idosos, após
constituída pela clavícula, na parte superior do peito (“ossos da fratura provocada por uma queda e até escorregão”, explica a
saboneteira”), e pela escápula, na parte superior das costas coordenadora da Saúde do Idoso, do Ministério da Saúde, Luiza
(anteriormente denominada omoplata, “osso da asa”). Machado. De acordo com a Organização Mundial de Saúde
Cada um dos membros inferiores se divide em quatro (OMS), no mundo, 13% a 18% das mulheres e 3% a 6% dos
partes, coxa, perna, tornozelo e pé. O osso da coxa é denominado homens, acima de 50 anos, sofrem com a osteoporose. No Brasil,
fêmur, se articulando pelo joelho, constituído pelo osso patela o número de pessoas que possuem a doença chega a 10 milhões,
(anteriormente denominado rótula), com os dois ossos da perna, e os gastos com o tratamento e a assistência no Sistema Único de
que são denominados tíbia e fíbula (sendo este último Saúde (SUS) são altos. “Só em 2010, o SUS gastou
antigamente denominado perônio e estando voltado para o lado de aproximadamente R$ 81 milhões para a atenção ao paciente
fora do corpo, sendo mais delgado). Os ossos do tornozelo são portador de osteoporose e vítima de quedas e fraturas”, informa
os tarsos, e os ossos do pé são os metatarsos, na planta do pé, Luiza Machado.
Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/2743/162/prevencao-a-
e as falanges, nos dedos. osteoporose-deve-comecar-na-infancia.html i>. Acesso em 05 nov. 2011. (com adaptações)
Conectando a coxa ao tórax, existe a cintura pélvica ou Nesse contexto, analise as alternativas, listadas abaixo, e marque
pelve, comumente chamada de bacia, sendo constituída pelo a que apresenta apenas medidas e ações preventivas à
osso sacro e dois ossos ilíacos, cada um deles resultante da osteoporose:
fusão de três ossos, o ílio, o ísquio e o púbis. A) Consumir leite e derivados, que possuem alto índice de cálcio e
Mulheres apresentam pelve mais larga que o homem, para diminuir o consumo de refrigerantes desde a infância.
lhes facilitar a passagem da criança por ocasião do parto. B) Fazer uso apenas de vegetais de cor vermelha, peixes e
alimentos oleaginosos, como castanhas e nozes.
NÍQUEL NÁUSEA – Fernando Gonsales C) Evitar a exposição ao sol é um hábito importante para a
prevenção da osteoporose, já que a luz do sol é um potente
inibidor da ação da vitamina D.
D) Fazer o uso de vacina para evitar osteoporose e frequentes
sessões de fisioterapia ao longo da vida.
E) Praticar exercícios físicos regulares e evitar a ingestão de
laticínios e derivados na fase adulta.
Origem embrionária
Todos os tipos de tecido muscular são derivados da
mesoderme.
Diagrama ilustrando a estrutura e a posição dos filamentos finos e grossos do sarcômero, com sua estrutura molecular mostrada à direita.
Desenho esquemático mostrando a estrutura do filamento fino do músculo. Em cima, seus componentes isolados e, embaixo, montados. Observe que cada
molécula de tropomiosina ocupa o sulco que corresponde a sete moléculas de actina. Para cada molécula de tropomiosina existe uma de troponina composta
de três polipeptídios globosos. Quando o músculo é estimulado, a molécula de troponina altera a sua forma, afundando a tropomiosina e liberando na actina os
centros de atividade que se combinam com a cabeça da miosina. Por isso a troponina é chamada de gatilho da contração muscular.
A contração muscular se inicia pela contaminação de Ca ++ com a subunidade TnC de troponina, o que expõe o local da actina (área tracejada) que se combina
com a miosina. Na etapa seguinte, a cabeça da miosina liga-se à actina e o ATP se decompõe em ADP e energia, produzindo o movimento da cabeça da
miosina. Em conseqüência desta modificação da miosina, o filamento fino desliza sobre o filamento grosso. Este processo, que se repete muitas vezes durante
um ciclo de contração, leva a uma sobreposição completa dos filamentos de actina e miosina e, concomitantemente, ao encurtamento da fibra muscular.
Várias pontes cruzadas ligam-se simultaneamente aos O relaxamento consome mais ATP porque, alem do ATP a
miofilamentos delgados, arrastando-os com um efeito semelhante ser ligado na cabeça da miosina, há o aspecto do gasto de ATP
a de uma catraca (dispositivo ligado à correia da bicicleta que com o bombeamento de cálcio.
promove o movimento do pneu da mesma). Esta teoria para
explicar o mecanismo de contração muscular foi proposta por O relaxamento consome mais ATP porque, alem do ATP a
Hugh Huxley e é conhecida como teoria da catraca. ser ligado na cabeça da miosina, há o aspecto do gasto de ATP
Para haver relaxamento, uma bomba de cálcio remove com o bombeamento de cálcio.
continuamente o cálcio do sarcoplasma, revertendo o processo
todo. Perceba que o que ativa a contração é a liberação de cálcio GARFIELD – Jim Davis
do retículo sarcoplasmático por difusão, e o que ativa o
relaxamento é a saída de cálcio do sarcoplasma para o retículo
sarcoplasmático por transporte ativo.
Tanto a contração muscular com o dobramento das pontes
cruzadas de miosina como o relaxamento com o desdobramento
das mesmas consomem energia do ATP. Na verdade, a hidrólise
do ATP ocorre no momento da contração, quando a cabeça da
miosina se contrai. Para o relaxamento, basta que se ligue ATP à
cabeça da miosina, mas esse ATP não é hidrolisado (no próximo
A falta de ATP para relaxamento também explica o rigor
ciclo de contração, será essa ATP quem vai fornecer a energia da
mortis ou rigidez cadavérica, que ocorre quando o individuo
contração).
morre: a musculatura permanece travada numa mesma posição e
assim permanece até que os lisossomas das fibras se rompam e
causem autólise, o que faz então com que os tecidos comecem a
se desfazer.
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164 Biologia
Túbulos T e tríade
Para melhorar a condução nervosa na fibra muscular e a liberação do cálcio a partir das cisternas, a membrana plasmática forma
invaginações para o interior celular denominadas túbulos T. Estes túbulos T inserem-se entre duas cisternas do retículo sarcoplasmático,
aumentando a eficiência da liberação do cálcio, proporcionando uma rápida e uniforme contração da fibra muscular. Cada conjun to formado
por cisterna, túbulo T e cisterna é denominado tríade.
Diagrama da ultraestrutura de uma fibra muscular esquelética de mamífero. O sarcolema e as miofibrilas estão parcialmente cortados, para
mostrar os seguintes componentes da fibra: invaginações do sistema T estão presentes ao nível de transição entre as bandas A e I, duas
vezes em cada sarcômero. O sistema T associa-se a cisternas do retículo sarcoplasmático para formar tríades. Entre os feixes de miofibrilas
aparecem numerosas mitocôndrias. A superfície de corte das miofibrilas mostra os filamentos finos e os grossos. O sarcolema é envolvido por
uma lâmina basal e por fibrilas reticulares.
Músculos
Cada fibra muscular é envolvida por uma camada de tecido conjuntivo denominada endomísio. As fibras musculares organizam-se em feixes
ou fascículos musculares. Cada feixe é envolvido por uma camada de tecido conjuntivo denominada perimísio. Por fim, todos os feixes
musculares são envolvidos por uma membrana de tecido conjuntivo denso não modelado que, no caso dos músculos estriados esquel éticos,
continua-se com o tecido conjuntivo dos tendões, formando uma só unidade. Esta membrana de tecido conjuntivo que envolve o músculo como
um todo é o epimísio.
12. (UECE) Os discos intercalares são estruturas especiais que 17. (UERN) Essenciais na manutenção do estado de repouso do
prendem as células do tecido constituinte do seguinte órgão: organismo e na realização dos movimentos, os músculos são
A) perna. B) estômago. órgãos estruturados por células altamente especializadas na
C) língua. D) coração. realização da função contrátil. O processo da contração muscular,
dentre outros fatores, envolve especificamente
13. (UECE) As fibras musculares associam-se em feixes, A) a liberação de íons de potássio do retículo sarcoplasmático
constituindo os músculos. A sua contração possibilita a realização para o citoplasma das células musculares.
de movimentos no corpo. Os movimentos peristálticos são B) o deslizamento de filamentos de actina sobre os de miosina,
produzidos por tecidos musculares do(s) tipo(s). ocasionando o encurtamento das unidades contráteis ou
A) estriado esquelético. sarcômeros.
B) liso. C) o contato da miosina com moléculas de troponina que
C) estriado cardíaco. deslocam a actina do seu sítio de ligação ao cálcio.
D) estriado esquelético, liso e estriado cardíaco. D) a ligação da fosfocreatina a receptores presentes no interior
das células do músculo, levando à imediata fosforilação dos
14. (FCM-JP) A equipe de profissionais da Academia “Saúde com filamentos de actina.
Responsabilidade” determinou para J.R.S. um programa de
exercícios baseado nos resultados do exame clínico. Contrariando 18. (UFPE) Os animais utilizam-se dos músculos para movimentar
o protocolo sugerido pela equipe, J.R.S. exagerou nas atividades o corpo ou partes dele. É graças à atividade muscular que
físicas, apresentando fadiga muscular. É correto afirmar que a conseguem andar, nadar, correr etc. Sobre este assunto, observe
fadiga muscular é decorrente: a figura adiante e analise as proposições a seguir.
A) De uma diminuição dos íons cálcio que bloqueiam a interação
entre miosina e actina.
B) Do rompimento das miofibrilas que bloqueiam o deslizamento
da miosina sobre a actina.
C) Da diminuição da produção de ATP devido ao aumento da
glicólise anaeróbica.
D) Do aumento de neurotransmissores na placa motora que
impedem a ocorrência das sinapses.
E) Do crescimento do número de miofibrilas na placa motora que
impedem as sinapses.
24. (UERJ) Mediu-se a concentração do íon cálcio no interior do 27. (UFJF) Indivíduos que fazem musculação podem apresentar
retículo sarcoplasmático e no sarcoplasma de células de músculo células musculares com nucléolo maior do que o de indivíduos
esquelético, adequadamente preparado e submetido a pulsos de sedentários. Esse fenômeno ocorre porque a musculação
estímulo contrátil. Parte dos resultados obtidos estão mostrados aumenta:
no gráfico abaixo. A) a necessidade de ribossomos, que têm suas subunidades
montadas no nucléolo.
B) a necessidade de glicose, que é ressintetizada no nucléolo.
C) a síntese de proteínas, que ocorre no nucléolo.
D) a produção de ácido lático, que é degradado no nucléolo.
E) o tamanho das células e, consequentemente, aumenta a
necessidade de lipídios de membrana, que são sintetizados no
nucléolo.
Isso significa que o impulso nervoso que caminha num Impulso nervoso
sentido no neurônio nunca pode voltar pelo sentido contrário.
Deve-se observar que o impulso nervoso pode não passar O impulso nervoso é formado a partir da percepção de
por todas as regiões do neurônio, podendo, por exemplo, ter início determinado estímulo sensorial, proveniente do meio ambiente ou
no corpo celular; nesse caso, entretanto, o impulso vai se dirigir mesmo de algum órgão interno. Estes estímulos podem ser
obrigatoriamente ao axônio. captados por receptores sensoriais ou mesmo pelos próprios
neurônios através de terminações nervosas livres. Os receptores
Classificação funcional dos neurônios sensoriais podem fornecer sensações de calor, frio, pressão, etc,
estando ligados a neurônios que conduzirão essas informações
Como o impulso nervoso é unidirecional, pode-se até o SNC para interpretá-las. As terminações nervosas livres de
classificar os neurônios em dois grupos: neurônios não necessitam de receptores sensoriais para captar
estímulos. Entretanto, os estímulos interpretados por elas só são
- neurônios sensoriais ou aferentes, que são aqueles que aqueles relacionados à sensação dolorosa.
transmitem impulsos nervosos no sentido órgão-SNC, trazendo
informações sobre o meio ambiente ou sobre o estado dos Bomba de sódio e potássio e polaridade de
diversos órgãos para que o sistema nervoso possa analisá-las; membrana: a base para a transmissão do impulso
- neurônios motores ou eferentes, que são aqueles que
transmitem impulsos nervosos no sentido SNC-órgão, levando
nervoso
ordens aos órgãos efetores para que eles ofereçam resposta
adequada de acordo com os estímulos captados pelo sistema A base para a condução do impulso nervoso é o potencial
sensorial. de repouso de membrana, cuja origem está relacionada à bomba
de sódio e potássio, processo promovido pela proteína de
Não há neurônios mistos, ou seja, simultaneamente membrana Na+K+ATPase.
sensoriais e motores. Com os nervos, a situação é diferente, pois A concentração de íons sódio (Na+) no meio
existem nervos sensoriais, nervos motores e nervos mistos. extracelular é maior que a concentração de sódio no meio
intracelular. A concentração de íons potássio (K+) no meio
Classificação morfológica dos neurônios
intracelular é maior que a concentração de íons potássio no meio
De acordo com a quantidade de dendritos, os neurônios extracelular. É bom deixar claro que a concentração de sódio é
podem ser: maior que a concentração de potássio seja lá onde for, ou seja,
tanto no meio intracelular como no meio extracelular.
- multipolares, com muitos dendritos e um único axônio, sendo os Esta diferença de concentração deve ser mantida, uma
mais comumente encontrados. vez que alterações nas concentrações iônicas entre os meios intra
- bipolares, com um único dendrito e um único axônio, estando e extracelular geram forças osmóticas que podem promover
relacionados a estruturas sensitivas do corpo humano e
entrada ou saída de água na célula. Assim, estas concentrações
encontrados na retina, na mucosa olfativa e na cóclea.
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176 Biologia
constantes estão relacionadas a um equilíbrio osmótico da célula.
Além disso, a concentração de potássio no meio intracelular deve
ser mantida alta, pois o potássio é importante cofator enzimático
nas reações dos processos de respiração aeróbica e síntese
protéica.
A tendência natural, entretanto, é que esta diferença de
concentração desapareça pela difusão de potássio para o exterior
da célula. A membrana normalmente é muito pouco permeável ao
sódio, e este quase não se movimenta.
A bomba de sódio e potássio reposiciona, por transporte
Polarização normal do neurônio em repouso.
ativo, os íons que se moveram por difusão. Assim, a bomba
promove transporte de sódio para o meio exterior e de potássio
Transmissão do impulso nervoso: despolarização e
para o meio interior.
Como as concentrações de sódio são maiores que as de
inversão de polaridade da membrana neuronal
potássio, a difusão de sódio é maior que a de potássio, tendo que Entrada de sódio: Despolarização e Inversão de polaridade da
ser também maior o transporte ativo de sódio. Desta maneira, membrana neuronal
para cada ATP consumido pela bomba, três íons sódio são
transportados para fora e apenas dois íons potássio são Quando algum estímulo excita a membrana do neurônio,
transportados para dentro, podendo-se afirmar que a bomba é diretamente ou indiretamente através de receptores sensoriais,
assimétrica. ocorre abertura de proteínas-canal de membrana específicas para
A cada ATP consumido pela bomba, pois, saem três a entrada de sódio (“canais de sódio”) na célula neuronal. Estes
canais de sódio estando abertos provocam a entrada de enormes
cargas positivas (3 Na+) e só entram duas cargas positivas (2 K+),
quantidades de sódio por difusão (lembre-se que a concentração
havendo sempre um déficit de uma carga positiva entre o meio de sódio no meio extracelular é maior que no meio intracelular e
externo e o meio interno. Além disso, deve-se ter em mente de que normalmente a membrana é quase impermeável ao sódio).
que praticamente apenas potássio sai e sódio quase não entra, Como o sódio possui cargas positivas e o meio intracelular é
fazendo com que cargas positivas estejam então constantemente negativo devido ao potencial de membrana, este meio intracelular
saindo. começa a ser neutralizado, até que o potencial passa de – 90 mV
O resultado é que o meio externo acaba por ficar a zero, o que é conhecido como despolarização da membrana.
Com a entrada de sódio continuando, o potencial passa de
positivo em relação ao meio interno, que fica negativo. Esta
zero até atingir um máximo de cerca de + 90 mV, o que é
diferença de potencial é calculada em aproximadamente - 90 a -65 conhecido como inversão de polaridade. A inversão de polaridade
mV, e é chamada potencial ou polaridade de membrana de atua sobre um canal de sódio vizinho abrindo-o e promovendo
repouso. também a entrada de sódio e a inversão de polaridade, o que abre
um outro canal, e assim sucessivamente. Desta maneira, a cada
canal de sódio que é aberto ocorre inversão de polaridade e
abertura de um novo canal. A propagação das inversões de
polaridade ao longo da membrana celular neuronal corresponde
ao impulso nervoso.
As células da glia ou neuróglia são células do tecido Os astrócitos são as maiores dentre as células da glia,
nervoso que desempenham funções secundárias, de apoio aos apresentando muitas ramificações semelhantes a dendritos, o que
neurônios. Podem ser comparadas a um tecido conjuntivo do confere às mesmas um aspecto estrelado. Possuem algumas de
tecido nervoso, realizando o preenchimento de espaços, suas ramificações ligando vasos sangüíneos e neurônios, com
cicatrização, defesa e nutrição do tecido nervoso. Há cerca de 10 objetivo de promover a nutrição dos neurônios. Estes
células da glia para cada neurônio, mostrando a importância das prolongamentos são chamados pés vasculares dos astrócitos.
mesmas para o funcionamento adequado do tecido nervoso. Participam também do processo de cicatrização do tecido nervoso.
Como novos neurônios não podem ser formados no indivíduo
adulto, o espaço deixado por neurônios mortos é preenchido por
astrócitos. Os astrócitos da substância branca do SNC são ditos
Oligodendrócitos
4. (UNICHRISTUS)
Disponível em: http://www.google.com.br/imgres?q=impulso+nervoso&um=1&hl=pt-
IMPULSOS INTERROMPIDOS BR&sa=N&tbm=isch&tbnid=kR1jk02eEF-
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica que TM:&imgrefurl=http://www.cabuloso.xpg.com.br/Anatomia-Humana
atinge a substância branca do Sistema Nervoso Central (SNC) e, O processo representado acima é um fenômeno de natureza
em particular, a bainha de mielina que isola as fibras nervosas e eletroquímica, autopropagado, que caminha pela membrana do
permite a transmissão de impulsos nervosos do cérebro ou da neurônio. Com relação a esse assunto, depreende-se que
medula espinhal para todas as outras partes do corpo. Um A) ao ser estimulada, a membrana de um neurônio em repouso se
processo patológico causa a perda da mielina em múltiplas zonas despolariza. Na área estimulada, ocorre uma alteração
do SNC ou a formação das chamadas placas de desmielinização momentânea na permeabilidade da membrana plasmática e a
que, por sua vez, com o passar do tempo, podem evoluir e entrada de íons potássio.
cicatrizar (esclerose). Quando as fibras nervosas perdem a parte B) ao período de despolarização, segue-se um período de
da mielina que as reveste, os impulsos enviados não são mais repolarização, em que o sódio se difunde para o meio extracelular.
transmitidos corretamente, provocando um dano neurológico Posteriormente, a bomba de sódio e potássio restabelece os
permanente que varia de paciente para paciente conforme a gradientes normais destes íons na célula.
localização das lesões. A perda da mielina é induzida por um C) se o estímulo for de baixa intensidade, inferior ao limiar de
processo inflamatório localizado no SNC que desencadeia uma excitação, as alterações sofridas pelo neurônio serão suficientes
reação imune crônica, voltada contra a própria mielina ou contra apenas para gerar um impulso nervoso de baixa propagação.
as células que a produzem (doença autoimune). Essa reação é D) a membrana do neurônio em repouso é polarizada como uma
promovida, principalmente, pelas células pertencentes à classe pilha elétrica. Sua face interna representa o polo negativo, e a face
dos glóbulos brancos (linfócitos e células monocitárias) presentes externa funciona como polo positivo.
na circulação periférica que alcançam o SNC. (...) E) axônios amielínicos transmitem o impulso nervoso mais
Revista Viver Mente & Cérebro – Edição Especial no 5 – Doenças do Cérebro - Scientific rapidamente que os mielinizados.
American.
De acordo com o gráfico, analise as seguintes afirmativas. 33. (UFCG) A unidade funcional do sistema nervoso é uma célula
excitável, altamente especializada, o neurônio. Os neurônios,
I. O aumento do diâmetro da fibra nervosa só tem efeito na
normalmente, apresentam três regiões principais: o corpo celular,
velocidade de condução em fibras mielinizadas.
os dendritos e o axônio. Observe as estruturas indicadas em 1, 2,
II. Comparada à fibra desmielinizada, um pequeno acréscimo no
3, 4 e 5 da figura abaixo e assinale a alternativa correta.
diâmetro da fibra mielinizada tem significante aumento na
velocidade de condução do impulso nervoso.
III. Independentemente do tipo de fibra nervosa, a velocidade de
condução do impulso nervoso é inversamente proporcional ao
diâmetro da fibra.
Assinale a alternativa correta:
A) Somente I é verdadeira.
B) Somente II é verdadeira.
C) Somente I e II são verdadeiras.
D) Somente I e III são verdadeiras.
E) Somente II e III são verdadeiras.
Figura. Ilustração esquemática de uma célula nervosa humana. Adaptado de Amabis & Martho.
32. (UFPB) As células que compõem o sistema nervoso são os Biologia das Células. Vol. 1. Pg. 309.
neurônios e os gliócitos (antes denominados neuróglia), as A) 5-dendrito, 3-corpo celular, 2-axônio, 1-botões sinápticos, 4-
primeiras as unidades de recepção e transmissão de estímulos. O terminações axônicas.
termo gliócitos é uma denominação conjunta de células que atuam B) 1-corpo celular, 2-dendritos, 3-axônio, 4-telodendro, 5-
de várias formas no sistema nervoso. Nesse sentido, observe a terminações axônicas.
figura abaixo, que representa células do tecido nervoso. C) 3-axônio, 2-corpo celular, 1-dendrito, 4-botões sinápticos, 5-
telodendro.
D) 2-corpo celular, 3-dendrito, 1-axônio, 4-telodendro, 5-
terminações nervosas.
E) 4-dendrito, 3-corpo celular, 1-dendrito, 2-terminações nervosas,
5-telodendro.
35. (UNIRIO) Sabemos que a fibra nervosa é formada pelo axônio 38. (FMJ) A tabela abaixo se refere à descrição de um
e dobras envoltórias de diferentes células no SNC e no SNP, que determinado inseticida, pertencente ao grupo dos
são, respectivamente: organofosforados. Este tipo de inseticida é eficaz no extermínio
A) oligodendrócitos e astrócitos fibrosos. dos insetos.
B) oligodendrócitos e células de Schwann. Indicação Ação larvicida, indicado no controle de larvas, tais
C) astrócito protoplasmáticos e micróglia. de uso como: Aedes, Anopheles, Culex, Culicidae,
D) astrócitos protoplasmáticos e astrócitos fibrosos. Mansoma, etc., sendo altamente eficaz.
E) células de Schwann e micróglia. Ação Aplicar o produto em qualquer água suspeita de
conter larvas de mosquitos, inclusive em água
Questões estilo V ou F destinada ao consumo humano.
Toxicidade DL (dose letal) oral > 2000 mg/kg peso vivo, quando
36. (UFPE) O sistema nervoso é composto principalmente por usado na dosagem indicada, não afeta os peixes,
células especializadas que desempenham as funções de rãs, sapos, lagartixas ou répteis. Não oferece perigo
captação, processamento e acúmulo de informações, além de aos mamíferos, podendo ser utilizado sem restrições
participar no controle geral do organismo, juntamente com o inclusive em água destinada ao consumo humano.
sistema endócrino. Sobre essas células, analise as afirmativas Local de Atua na fase larval do inseto, como inibidor da
abaixo. aplicação colinesterase, necessária para a degradação do
(_) Os neurotransmissores são mensageiros químicos lançados na neurotransmissor acetilcolina, na fenda sináptica.
circulação sanguínea para transmitir informações a outras células. Época de Aplicar quando os insetos estiverem em estágio
(_) A mielina é uma característica essencial para o funcionamento aplicação larval.
de todos os neurônios. A partir dos dados fornecidos e de seus conhecimentos em
(_) Nas sinapses químicas, não existe continuidade entre as Biologia, explique por que os insetos morrem?
membranas celulares dos neurônios.
(_) Os potenciais de ação são alterações elétricas do tipo ‘tudo-ou- 39. (FUVEST) O esquema representa dois neurônios contíguos (I
nada’ que trafegam ao longo dos axônios e ocorrem por e II), no corpo de um animal, e sua posição em relação a duas
movimentação de Na+ e K+ através das membranas neuronais. estruturas corporais identificadas por X e Y.
(_) Apresentar microvilosidades é uma característica das células
do sistema nervoso.
I II
Aula 25 – Introdução à Genética, 1ª Lei espécie de incubadora para a criança. Devido a esse contato entre
mãe e filho, a criança poderia nascer “contaminada” por alguma
de Mendel e Conceitos Básicos característica materna...
A dúvida sobre a participação materna na reprodução era
a não identificação de estruturas físicas que parecessem estar
Histórico da genética envolvidas na formação inicial do novo ser, só de estruturas
relacionadas ao desenvolvimento do mesmo. Em 1672, entretanto,
É comum observarem-se muitas semelhanças entre os o holandês Regnier de Graaf, dissecando fêmeas de várias
membros de uma família. Essas semelhanças podem ser físicas, espécies de mamíferos, descobriu que, na época da reprodução,
(estatura, feições, cor da pele, dos olhos, dos cabelos, tendência à apareciam inchaços na superfície do ovário. Esses inchaços são
magreza ou obesidade), biológicas (temperamento, vocações hoje conhecidos como folículos de Graaf. Quando se tratava de
artísticas, longevidade) ou patológicas (anomalias, doenças e fêmeas grávidas, Graaf observava no lugar antes ocupado pelos
predisposições às mesmas disfunções orgânicas). inchaços, pequenas manchas amarelas. O número de manchas
Há trilhões de células num organismo adulto. Em cada amarelas correspondia exatamente ao número de embriões que
uma delas, minúsculas estruturas chamadas de cromossomos se desenvolviam no útero. Graaf postulou, a partir disso, que os
encerram nos seus genes uma programação completa de todas as ovários deviam produzir alguma estrutura equivalente ao ovo das
características hereditárias do indivíduo. Na formação dos aves, capaz de caminhar desde o ovário até o útero, no qual se
gametas, esses genes se recombinam e se segregam numa desenvolveria. O líquido masculino, segundo Graaf, teria apenas o
extraordinária análise combinatória. É dessa infinita recombinação papel de atrair o ovo e estimular seu desenvolvimento.
gênica que resulta o fato de os indivíduos nunca serem Três anos depois, em 1675, outro holandês, Anton Von
exatamente iguais entre si nas suas características físicas, Leeuwenhoek, observando o sêmen de vários animais, inclusive
funcionais e comportamentais. do homem, descobriu a existência dos espermatozóides. Segundo
A hereditariedade é o fenômeno que explica as Leeuwenhoek, esses minúsculos seres seriam o vínculo
semelhanças observadas entre pais e filhos ou entre indivíduos de hereditário entre os pais e sua prole.
uma mesma linhagem. E a Genética é a ciência que estuda os Somente em meados do século XVII, portanto, é que
fenômenos da hereditariedade. Conhecendo a genética, estar-se-á foram reconhecidas as células sexuais masculinas e femininas.
apto a compreender como, de um casal onde ambos os cônjuges Mesmo com estas células identificadas, estranhas teorias sobre
têm olhos castanhos, pode resultar um filho de olhos azuis, ou herança apareceram, provavelmente pela precariedade dos
então como pais baixinhos podem ter filhos altos. Muitas microscópios e excesso de imaginação dos pesquisadores da
anomalias e doenças têm caráter hereditário. E isso é importante época. Assim, muitos pesquisadores afirmavam ter visto no interior
saber. A hereditariedade está em todos os seres, desde as dos gametas miniaturas de seres humanos, às quais foram
bactérias até os vegetais e animais superiores. Mas, sobretudo chamadas de homúnculos. Esta é a chamada Teoria da Pré-
para o nosso próprio interesse, ela também está em nós. formação.
O termo Genética foi aplicado pela primeira vez pelo Para alguns pré-formistas, ditos espermistas, os
biologista inglês William Bateson em 1906, para definir o ramo homúnculos estavam nos espermatozóides, e para aqueles fitos
das ciências biológicas que estuda e procura explicar os ovistas, os homúnculos estavam nos óvulos. Dentro dos
fenômenos relacionados com a hereditariedade. Pode-se dividir a homúnculos haveria miniaturas de gametas com novos
Genética em dois grandes campos: homúnculos, que por sua vez teriam novos gametas e novos
homúnculos, e daí por diante. Alguns ovistas chegaram a dizer
- A Genética Clássica estuda os mecanismos de transmissão dos que Eva tivera em seu corpo todas as gerações seguintes, que
caracteres hereditários. Os fundamentos da Genética Clássica são seriam 200 milhões, na espécie humana. Cada geração teria
lançados com os trabalhos de Gregor Mendel, em 1866, uma então um ovo a menos nos homúnculos em relação à geração
época onde a ciência não possuía conhecimentos a respeito da anterior. Após 200 milhões de gerações, todos os ovos sendo
estrutura e funcionamento dos genes. gastos, a vida humana terminaria...
- A Genética Moderna estuda os mecanismos de funcionamento No século XIX, Charles Darwin (1809-1882), na
e expressão dos genes, correspondendo à Genética Molecular, Inglaterra, levantava uma nova questão: “Não ocorreria em todos
que tem sua origem na segunda metade do século XIX e início do os órgãos do corpo a produção de diminutas cópias deles
século XX, com descobertas como a do DNA, por Friedrich mesmos, denominadas gêmulas ou pangenes, as quais seriam
Miescher, em 1869, da localização cromossômica dos genes, por levadas pelo sangue até as gônadas, onde se reuniriam para a
Thomas Morgan, em 1910, e da estrutura do DNA, por James formação dos gametas. Durante a fecundação, essas gêmulas se
Watson e Francis Crick, em 1953. organizariam (como num jogo de encaixe) e estruturariam um
novo organismo. Essa foi a Hipótese da Pangênese (do grego
Mas, já nos séculos passados, tinham sido numerosas as pan, ‘todos’ e genesis, ‘origem’), que explicaria a origem de todos
tentativas dos filósofos e cientistas no sentido de encontrar uma os órgãos, suas formas e funções, de acordo com as semelhanças
interpretação satisfatória para os mecanismos de herança dos observadas entre pais e filhos.
caracteres físicos e funcionais transmitidos de pais para filhos. No fim do século XIX, Francis Galton (Inglaterra, 1822-
Na Grécia Antiga, acreditava-se que o sêmen paterno era 1911) sugeria que a herança se desse através do sangue. Criou a
o caminho pelo qual eram transmitidas as características Lei da Herança Ancestral, onde dizia que o sangue de cada
genéticas, sendo o único responsável pela determinação das indivíduo seria uma mistura do sangue de seu pai com o sangue
características do filho. Aristóteles chegou a afirmar, por exemplo, de sua mãe numa proporção de meio a meio. Como cada
que se o sêmen paterno fosse proveniente do testículo direito, progenitor também traria metade dos caracteres de cada um de
nasceria um macho; se fosse proveniente do testículo esquerdo, seus pais, então o indivíduo tomado como exemplo teria herdado
nasceria uma fêmea. À mãe caberia apenas servir como uma
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2 Biologia
1/4 dos seus caracteres do sangue de cada um de seus avós, 1/8 orientada, os cruzamentos entre ervilhas, Mendel pôde chegar a
de cada bisavô e assim por diante. conclusões corretíssimas que, ainda hoje, quase um século e meio
depois, continuam sendo a base fundamental da Genética
moderna.
Ainda que seus trabalhos não tenham sido compreendidos
e valorizados pelos seus contemporâneos, o tempo levou o mundo
científico a reconhecê-lo, 16 anos após a sua morte, como o
fundador da Genética.
A habilidade de Mendel confirma-se por dois aspectos
fundamentais do seu trabalho: o tipo de material usado e a forma
de conduzir e interpretar as suas experiências.
Realmente, as ervilhas constituíram um material exemplar,
ideal para a investigação da hereditariedade. Por quê? Porque
elas apresentam:
Diagrama da herança pelo sangue, conforme a hipótese de Galton.
- Cultivo fácil, até em jardim.
Posteriormente, August Weissmann (Alemanha, 1834- - Ciclo reprodutivo curto, dando muitas gerações em pouco
1914) propôs uma nova hipótese pela qual, durante o tempo.
desenvolvimento embrionário, as células dividir-se-iam em duas - Grande número de descendentes em cada reprodução.
linhagens ou grupos: uma contendo o plasma germinativo e a - Flores com órgãos reprodutores fechados dentro das
outra, não. Somente a primeira delas promoveria a expressão dos pétalas (cleistogamia), o que garante a autofecundação,
caracteres hereditários. gerando linhagens puras (a fecundação cruzada só ocorre quando
é provocada, isto é, quando se deseja.)
- Caracteres bem visíveis e transmitidos por mecanismos
simples.
No quadro 1, as possibilidades da combinação dos gametas para É com base neste conhecimento que, hoje, resolvemos
dar F1 estão representadas graficamente de maneira muito todos os nossos problemas de Genética. Antes de fazermos o
simples. No quadro 2, a análise combinatória dos gametas para genograma (tabela de cruzamentos), temos de determinar os
dar F2, já está representada de um genograma, recurso muito gametas de cada indivíduo cruzante, o que fazemos colocando em
mais eficiente para efeito de cálculo e que se constituirá numa das cada gameta apenas um gene de cada par.
técnicas que passaremos a usar daqui por diante, no nosso estudo A 1ª lei de Mendel é chamada de lei da pureza dos
de Genética. gametas porque, sendo eles haploides, jamais poderiam revelar
em heterozigose (ou seja, não puros).
A 1ª lei de Mendel
Situações em que a 1ª lei de Mendel não é
Experiências como a que vimos no item anterior foram
repetidas centenas de vezes por Mendel. Elas lhe permitiram
válida
concluir o que nos mostra a tabela seguinte:
Segundo a 1ª Lei de Mendel, cada característica é
condicionada por um par de fatores (genes). A explicação para
CONCLUSÕES DE MENDEL INTERPRETAÇÕES
o fato de os genes estarem aos pares está no fato de que os
MODERNAS
genes se encontram nos cromossomos, que estão aos pares de
1. A existência dos “fatores 1. Hoje, conhecemos os genes e
homólogos. Um outro argumento pode ser o de que genes estão
hereditários” nas células sabemos que são segmentos de
aos pares porque cada gameta só tem um gene de cada par,
somáticas, os quais seriam moléculas de DNA com uma
sendo que na fecundação pai e mãe mandam, cada um, um gene
transmissíveis de configuração genética específica
para que o zigoto apresente dois fatores.
ascendentes a descendentes formada pela ordem dos seus
Em bactérias, a 1ª Lei de Mendel não se aplica porque só
através dos gametas. nucleotídeos. Os genes se
há um cromossomo (cromossomo único), sendo que cada
situam em estruturas intra-
característica é condicionada por apenas um fator (gene).
nucleares chamadas
Além disso, não ocorrem fenômenos como meiose e fecundação
cromossomos.
em bactérias.
2. A ocorrência dos “fatores” 2. Hoje, dizemos que as células
Em mitocôndrias e cloroplastos, a 1ª Lei de Mendel não
aos pares nas células somáticas são diploides, porque
se aplica porque, devido à sua provável origem bacteriana,
somáticas e isolados (um de nelas os cromossomos (e,
segundo a hipótese da simbiose, também há um cromossomo
cada tipo) nos gametas. Daí, consequentemente, também os
(cromossomo único), de modo que se comportam como
eles só voltam a se mostrar genes) estão aos pares. Os
bactérias nesse aspecto: cada característica é condicionada
aos poucos após a gametas são células haploides.
por apenas um gene. É importante lembrar que essas estruturas
fecundação.
não passam por processos como meiose e fecundação, possuindo
3. Num indivíduo, os dois 3. Hoje, chamamos aos sempre origem materna, uma vez que são sempre adquiridas a
“fatores” para um mesmo indivíduos “puros” de partir do gameta feminino.
caráter podem ser iguais (VV homozigotos ou Em células haploides, a 1ª Lei de Mendel não se aplica
ou vv) ou diferentes (Vv), homozigóticos (fenômeno da porque só apresentam um cromossomo de cada par, de modo
sendo ele considerado puro homozigose). Os “impuros” são que nelas, também cada característica é condicionada por um
ou impuro (híbrido), chamados de heterozigotos ou só gene.
respectivamente. heterozigóticos (fenômeno da Bactérias, mitocôndrias, cloroplastos e células
heterozigose). O termo “híbrido” haploides apresentam maior risco de manifestarem doenças
adquiriu, nos tempos modernos, genéticas. Se eles possuírem algum gene recessivo condicionador
um novo conceito, que nada tem de doenças genéticas, este obrigatoriamente irá se expressar. Se
a ver com a heterozigose. o indivíduo for diploide, há uma grande chance de que seja no
4. Se, nos indivíduos Vv, as 4. Hoje, sabemos que, além da mínimo heterozigoto, tendo o gene dominante para impedir a
sementes são amarelas, é dominância e da recessividade, expressão do gene recessivo. Assim esta condição heterozigótica
porque o “fator” para amarelo existem diversos padrões de possível no indivíduo diploide o protege muitas vezes de falhas
é dominante sobre o “fator” comportamento entre os genes, genéticas.
para verde; Logo, fica patente como a codominância a
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Biologia 5
Em células poliploides, a 1ª Lei de Mendel não se aplica através dos gametas e do processo de fecundação dos pais para
porque apresentam mais de dois cromossomos em cada par, os filhos.
de modo que, nelas, cada característica é condicionada por
mais de dois genes, dependendo de sua ploidia (ou seja, de seu Uma explicação bioquímica para dominância e recessividade
número de genomas).
O gene recessivo corresponde a um gene defeituoso
Significado celular da 1ª lei de Mendel cuja proteína ou enzima produzida é inativa. Assim, quando se
possui um gene recessivo e um dominante, só o gene dominante
Pode-se notar que o comportamento dos fatores está efetivamente produzindo uma proteína ativa, para condicionar
mendelianos é o mesmo dos cromossomos na meiose. Na determinada reação química e consequentemente determinada
meiose, os cromossomos homólogos pareiam-se e segregam-se, característica. Quando se possui os dois genes recessivos,
de maneira que cada gameta possui apenas um cromossomo de nenhum dos dois funciona, e a característica expressa é a que
cada par. Pode-se notar ainda que os fatores mendelianos (genes) existe, caso a reação descrita anteriormente não ocorra.
estão no interior dos cromossomos e que os genes alelos (genes Por exemplo, na doença humana albinismo, o gene
para uma mesma característica) estão em cromossomos recessivo leva à produção de uma enzima defeituosa incapaz de
homólogos, vai notar também que ao separar os cromossomos produzir melanina na pele. Quando se é duplo recessivo, não se
homólogos, está-se separando os genes alelos para determinada produz pigmento e se é albino. Caso o indivíduo seja heterozigoto,
característica. o gene recessivo não funciona, mas o dominante funciona,
Posteriormente, ao reunir os cromossomos de pai e mãe produzindo a enzima que levará à produção de melanina. Quando
no zigoto através da fecundação, volta-se a ter pares de se é duplo dominante, a produção da enzima também é normal.
homólogos e consequentemente pares de alelos para cada Se o indivíduo duplo dominante possui dois genes
característica. funcionando e o heterozigoto apenas um, por que o duplo
Em outras palavras, a 1ª lei de Mendel pode ser dominante não produz mais enzimas e tem um fenótipo mais
interpretada em nível celular como uma explicação para meiose expressivo? Respondendo: O duplo dominante realmente produz
(isso numa época em que não se conhecia cromossomos ou mais enzimas, mas se você lembra que as enzimas atuam em
DNA). concentrações muito pequenas, vai entender que mesmo a
quantidade de enzimas produzida pelo heterozigoto já é suficiente
para produzir a reação e característica desejada. Em outras
Funcionamento bioquímico do gene palavras, para a reação enzimática, tanto uma quantidade X como
uma quantidade 2X de enzima produzem o mesmo resultado,
O gene é a unidade básica dentro do estudo de genética. porque, como a enzima atua em pequenas concentrações,
Bioquimicamente falando, o gene é um segmento de molécula de provavelmente uma quantidade X/2 já seria suficiente para
DNA que guarda a informação necessária à fabricação de promover a reação de modo saturado.
determinado polipeptídeo. Este polipeptídeo entrará na
constituição de determinada proteína.
Até pouco tempo, o mecanismo de funcionamento do gene Dominância Incompleta e
era conhecido como teoria “um gene – uma enzima”. Entretanto, Codominância
como nem todas as proteínas são enzimas, essa foi modificada
para “um gene – uma proteína”. Por fim, devido à existência de Para alguns genes, existe diferença entre a quantidade de
proteínas com estrutura quaternária e mais de uma cadeia enzimas produzidas pelo homozigoto dominante e pelo
polipeptídica, essa foi novamente modificada para “um gene – um heterozigoto, de modo que há diferenças fenotípicas entre o
polipetídeo”. homozigoto dominante e o heterozigoto. Nesse caso, o
Por exemplo, a molécula de hemoglobina possui dois tipos homozigoto dominante, produzindo maior quantidade de enzimas,
de cadeia polipeptídica, sendo duas do tipo alfa e duas do tipo apresentará um fenótipo mais intenso, e o heterozigoto,
beta (proteínas que possuem mais de uma cadeia polipeptídica produzindo menor quantidade de enzimas, apresentará um
em sua composição são as que apresentam uma estrutura fenótipo menos intenso, intermediário entre as características dos
quaternária). Cada cadeia se origina a partir de um gene diferente, indivíduos homozigoto dominante e homozigoto recessivo. Essa
o que significa, pois, que para formar a hemoglobina, são situação é conhecida como semidominância, ausência de
necessários dois genes. Por exemplo, a cadeia é formada a dominância ou dominância incompleta, com o heterozigoto
partir de um gene no par de cromossomos 16, e a cadeia no par apresentando característica intermediária ou “misturada” em
de cromossomos 11. Este polipeptídeo (seja ele parte de uma relação aos homozigotos.
enzima ou não) vai levar a uma reação bioquímica específica No exemplo descrito abaixo, a flor bonina possui três
determinada que resultará no aparecimento de uma característica variedades de cor, vermelha, branca e rósea. Assim, homozigotas
genética determinada. para vermelho são vermelhas, homozigotas para branco são
Por exemplo, ao dizermos que “fulano tem olhos azuis” brancas e heterozigotas são vermelho e branco “misturados”, ou
nos referindo a uma característica condicionada por genes, a seja, róseas. A explicação para isso reside no fato de que o gene
interpretação correta deve ser a que ele possui um gene, que para vermelho condiciona a produção de pigmento vermelho, e o
produz determinada proteína, que resulta em determinada reação gene para branco, defeituoso, não condiciona a produção de
química, cujos produtos condicionam ao olho a cor azul. pigmento. Assim, o indivíduo homozigoto para o gene vermelho
Por ser um segmento de DNA e estar situado nos possui dois genes levando à produção de pigmento vermelho,
cromossomos, deve se lembrar que os genes são passados sendo vermelho, o heterozigoto possui apenas um gene levando à
produção de pigmento vermelho, sendo menos vermelho (ou seja,
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6 Biologia
róseo), e o homozigoto para branco não produz pigmento Cromossomos homólogos e genes alelos
vermelho, sendo branco.
Cromossomos homólogos são aqueles que, nas células
somáticas, compõem pares. Eles são homólogos porque encerram
genes para os mesmos caracteres. Veja bem: se num par de
cromossomos de ervilha ambos os cromossomos possuem genes
para a cor das flores, para o aspecto externo das vagens, para o
tamanho das folhas etc.; é porque esses dois cromossomos são
homólogos entre si. Mas, se compararmos um cromossomo que
tem genes para posição da flor no caule, pequeno número de
sementes na vagem, aspecto predominante das folhas etc., com
um daqueles cromossomos que vimos primeiramente,
chegaremos à conclusão de que eles não são homólogos entre si.
O mesmo raciocínio nos conduz ao conceito de alelos.
Genes alelos são aqueles que formam par e se situam em locais
correspondentes nos cromossomos homólogos. O lugar certo,
invariável, de cada gene num cromossomo, recebe o nome de
locus (singular) ou loci (plural). Um gene para cor das sementes
nunca ocupa o locus do gene para cor das flores e nunca forma
com este um par. Portanto, não é alelo dele. Um gene para cor de
sementes só pode ser alelo de outro gene para cor de sementes.
O esquema seguinte nos mostra a segregação dos
cromossomos homólogos, durante a meiose, justificando a
Um caso de dominância incompleta: caráter cor das flores em bonina, segregação dos genes alelos nos gametas, conforme diz a 1ª lei
dama-da-noite ou maravilha-da-noite (Mirabilis jalapa). Veja em F2 que, de Mendel.
para 3 genótipos diferentes, há 3 fenótipos diversos, numa porção de 1 :
2: 1 (genótipos) 1 : 2 : 1 (fenótipos).
Em alguns casos, mutações podem gerar genes que não
são defeituosos, condicionando a produção de proteínas ainda
funcionais, apesar de diferentes daquelas condicionadas pelo
gene original não mutante. Assim, no indivíduo heterozigoto, as
duas características, condicionadas pelo gene original e pelo gene
mutante, se manifestam simultaneamente, sem se misturar,
porque ocorrem os dois genes. Essa situação é denominada
codominância. Por exemplo, no sistema ABO de grupos
sanguíneos, o gene IA condiciona a produção de substância A,
enquanto o gene IB condiciona a produção da substância B. Desse
modo, indivíduos IAIA produzem somente substância A, tendo
sangue A, indivíduos IBIB produzem somente substância B, tendo
sangue B, e finalmente indivíduos heterozigotos IAIB produzem Durante a meiose, os cromossomos homólogos (que estavam juntos) se
separam ocasionando, por conseqüência, a disjunção ou segregação dos
substância A e substância B simultaneamente, tendo sangue AB.
genes alelos nos gametas.
8. (FACID)
Atualmente, há uma área da genética que investiga as mudanças
reversíveis e herdáveis no genoma funcional que não alteram a
sequência de nucleotídeos do DNA. O estudo inclui como os Fonte: www.salud.gob.mx/unidades/pediatria/imgs/SWs.jpg
padrões de expressão são passados para os descendentes, como Essa variabilidade, manifestada desde o fenótipo mais leve ao
ocorre a mudança de expressão espaço-temporal de genes mais grave, em diferentes indivíduos, é denominada
durante a diferenciação de um tipo de célula e como fatores A) Dominância. B) Epistasia.
ambientais podem mudar a maneira de os genes se expressarem. C) Expressividade. D) Penetrância.
As pesquisas nessa área trazem implicações na agricultura, na E) Pleiotropia.
Biologia e no tratamento de doenças humanas, além do
entendimento sobre células tronco, câncer e envelhecimento. 13. (UNESP) Na segunda metade do século XIX, Mendel havia
O texto faz referências descoberto algumas regras básicas sobre herança, mas suas
A) à bioengenharia. B) à biotecnologia. ideias passaram despercebidas. No início dos anos 1900, Walter
C) à epigenética. D) ao proteoma humano. Sutton e outros verificaram que o comportamento dos
E) à engenharia genética. cromossomos na divisão celular correspondia ao descrito por
Mendel para os fatores hereditários. O que faltava era comprovar
9. (FCM-CG) A manifestação de um fenótipo obedece, em termos a ligação entre esses dados. A descoberta que possibilitou isso foi:
gerais, ao seguinte esquema: A) as mutações genéticas estão correlacionadas às mudanças
A) DNA – enzima – RNA – meio ambiente. evolutivas, por Theodosius Dobzhansky.
B) DNA – RNA – proteína – meio ambiente. B) é possível conhecer a exata localização de um gene no
C) RNA – DNA – proteína – meio ambiente. cromossomo, como demonstrado por Calvin Bridges.
D) meio ambiente – DNA – proteína – RNA. C) os raios X aumentam dramaticamente a taxa de mutações, por
E) meio ambiente – RNA – DNA – proteína. Hermann Müller.
14. (UNESP) 17. (UFC) Até meados do século XVIII, discutiam-se os papéis,
Uma pequena cidade interiorana do Nordeste brasileiro chamou a hoje plenamente esclarecidos, do homem e da mulher na
atenção de pesquisadores da Universidade de São Paulo pela alta formação de um novo indivíduo. Analise as afirmações a seguir,
incidência de uma doença autossômica recessiva que apresentam a evolução do conhecimento sobre esse tema.
neurodegenerativa. As pesquisas realizadas revelaram que é I. O Pré-Formismo defendia que nos gametas havia miniaturas de
também alto o número de casamentos consanguíneos na cidade. seres humanos – os homúnculos.
Outro dado interessante levantado pelos pesquisadores foi que a II. O esclarecimento sobre este tema deu-se com o
população da cidade acredita que a doença seja transmitida de estabelecimento da teoria celular.
uma geração a outra através do sangue. III. Atualmente, sabe-se que a estrutura celular provém da célula
Pesquisa FAPESP, julho de 2005. germinativa masculina, e a ativação do metabolismo, que inicia o
Em relação à crença da população sobre o processo de processo de cariogamia e clivagem, é desempenhada pelo gameta
transmissão de características hereditárias, podemos afirmar que: feminino.
A) no século XIX, muitos cientistas também acreditavam que as Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmações
características genéticas eram transmitidas pelo sangue. verdadeiras.
B) a população não está tão equivocada, pois os genes estão A) Apenas II e III. B) Apenas III. C) Apenas II.
presentes apenas nas células sanguíneas e nas células D) Apenas I e II. E) Apenas I e III.
germinativas.
C) este é um exemplo claro no qual o conhecimento elaborado 18. (UFC) Gregor Mendel, considerado o pai ou fundador da
pelo senso comum coincide com os conhecimentos atuais dos genética clássica, realizou experimentos com plantas produtoras
cientistas. de ervilhas. Para demonstrar suas hipóteses, Mendel usou este
D) a crença da população pode ser explicada pelo fato de o tipo de vegetal porque:
sangue do feto ser fornecido pela mãe. A) o androceu e o gineceu estão presentes numa mesma flor, o
E) a crença da população não faz o menor sentido, uma vez que que facilita a ocorrência da autofecundação.
células sangüíneas não apresentam as estruturas básicas que B) a semente apresenta apenas dois cotilédones, que absorvem
guardam as informações genéticas. as reservas alimentares para a nutrição do embrião e o
desenvolvimento das ervilhas.
15. (UFSCAR) A coloração vermelha da casca da maçã é C) as características anatômicas das suas flores facilitam a
determinada geneticamente. Um alelo mutante determina casca fecundação cruzada e assim possibilitam a observação das
de cor amarela. Um produtor de maçãs verificou que, em uma características genéticas puras.
determinada macieira, um dos frutos, ao invés de apresentar D) os grãos de pólen são transferidos para o estigma de um
casca vermelha, apresentava casca com as duas cores, como mesmo estróbilo, já que as folhas modificadas situam-se muito
representado na figura. próximas umas das outras.
E) o número de descendentes por geração é pequeno e as
gerações são longas, o que facilita a observação das
características da flor e da semente.
29. (UFC) Assinale a(s) alternativa(s) que melhor explica(m) a 32. (UNICAMP) Um criador de cabras, depois de muitos anos
razão pela qual Gregório Mendel é considerado um homem à nesse ramo, observou que alguns dos animais de sua criação
frente do seu tempo: apresentavam uma característica incomum nos chifres. Como o
1. Mendel fez trabalho sobre reprodução sexual de ervilhas. criador poderia fazer para determinar se essa variação é
2. Mendel foi o pai da Genética moderna. decorrente de uma mutação genética ou de uma alteração
4. Mendel foi um cientista famoso do século XIX. causada por fatores ambientais?
8. O mérito de seu trabalho, publicado em 1866 só foi reconhecido
16 anos após sua morte (1900), quando um biólogo holandês 33. (UNICAMP) Duas características, teor de triptofano e teor de
reproduziu o mesmo trabalho. treonina, ambas com herança monofatorial, são estudadas na
16. Sem conhecer nada sobre cromossomos ou genes, Mendel foi geração F2 de uma espécie, obtendo-se as distribuições de
capaz de interpretar seus resultados e, a partir deles, criou as leis freqüências ilustradas nos gráficos abaixo. Em qual dessas
da Genética, que são válidas até hoje. características e possível identificar mais facilmente os indivíduos
com genótipo homozigoto recessivo? Por quê?
Questões discursivas
Resolução: Neste caso, n = 5; p = 3 (homens), uma das Número de filhos do sexo indicado
alternativas; n p corresponderá a 2 (mulheres), que é a outra
Indivíduos afetados
alternativa. Assim:
4. (UNICHRISTUS)
A síndrome de Von Hippel-Lindau, abreviadamente VHL,
caracteriza-se pelo crescimento anormal dos vasos sanguíneos
em certas partes do corpo ricas em tais vasos. Tem uma
incidência rara e é transmitida geneticamente, sendo causada por
um gene dominante de herança autossômica. Nas pessoas
normais, os vasos sanguíneos crescem normalmente, formando
uma estrutura arbórea. Contudo, nas pessoas com VHL os
capilares podem formar pequenos nódulos. Estes nódulos
Coloca-se inicialmente o genótipo dos indivíduos recessivos na chamam-se angiomas ou hemangioblastomas. A expressividade
própria genealogia. Todos os indivíduos normais têm pelo menos varia significativamente de pessoa para pessoa.
http://www.ncc.up.pt/~nam/VHL/folhetoVHL/, com adaptações
um gene A no seu genótipo. Foi possível determinar que os
indivíduos 5, 6, 7, 8, 9 e 10 são, com certeza absoluta, Supondo que a penetrância seja incompleta – 75% – e que, nesse
heterozigotos, porque um de seus progenitores é albino e só podia percentual, a variação da expressividade se dê da seguinte forma:
fornecer um gameta (a). No caso dos indivíduos 1, 4, 12 e 13 não - Expressão mínima, com presença de hemangioblastomas de
podemos ter essa certeza; faltam dados para sabermos se são tamanho reduzido em apenas um órgão: 25%;
homozigotos ou heterozigotos. - Expressão variada: 50%.
Qual a probabilidade de nascer uma criança com fenótipo
diferente do apresentado pelos pais, a partir do cruzamento entre
um homem heterozigoto que apresente a síndrome de Von Hippel-
Lindau com expressão mínima e uma mulher normal?
A) 25%. B) 18,90%. C) 20%. D) 48%. E) 55%.
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Biologia 17
5. (UECE) O heredograma abaixo mostra a herança da polidactilia 8. (UERN) Sabendo-se que o albinismo é uma condição recessiva
em uma família. em humanos, caracterizada pela ausência do pigmento melanina
TRANSMISSÃO DA POLIDACTILIA NUMA FAMÍLIA: na pele, cabelo e olhos, considere a reprodução de dois genitores
heterozigotos para o albinismo. A probabilidade de esse casal vir a
ter cinco filhos, dois com albinismo e três com a pigmentação
normal, é de
A) 0,08. B) 0,42. C) 0,26. D) 0,50.
Questões discursivas
Albinismo
É a ausência parcial ou total do pigmento melanina na
pele, no cabelo e nos olhos. Veja no esquema que a melanina
também está relacionada ao metabolismo da fenilalanina.
No albinismo clássico (há vários tipos), falta a enzima (no
quadro, a substância 3) que converte a tirosina em DOPA (3, 4 -
dihidroxifenilalanina). A DOPA é um intermediário na produção de
melanina. As células produtoras de melanina (melanócitos) estão
presentes em número normal, mas são incapazes de fabricar o
pigmento. Os albinos apresentam então diversas graduações de
rosa, azul e amarelo, que representam a cor do sangue visto
através de uma camada de epitélio contendo pigmentos
carotenoides (amarelos e laranjas), que são metabolizados por
eles em quantidades normais.
Na falta da enzima 1, aumenta a e seus subprodutos: PKU.
Na falta da enzima 2, aumenta b: Alcaptonúria. Outras doenças do metabolismo
Na falta da enzima 3, não se forma c: Albinismo. Hoje, conhecem-se várias doenças hereditárias
causadas por deficiência ou falta de enzimas. Uma delas é a
Alcaptonúria hemofilia, em que falta um dos fatores da coagulação, como vimos
Em 1902, sir Archibald Garrod sugeriu que a alcaptonúria, antes. Outra é a galactosemia, em que falta uma enzima que
um defeito metabólico no qual a urina e as cartilagens escurecem permite a utilização celular do monossacarídeo galactose, e que
quando expostas ao oxigênio, era herdada como um caráter ocasiona retardamento mental, cirrose hepática e outros
mendeliano. No entanto, isso somente foi confirmado em 1908, problemas. Às vezes, no entanto, o defeito hereditário determina
após a análise de diversas famílias. As pessoas com a doença alteração na produção de uma proteína não enzimática, como da
excretam uma substância chamada ácido homogentísico ou hemoglobina, levando à já citada anemia falciforme. Essa doença
alcaptona na urina. Na presença de oxigênio, o ácido é causada pela produção da hemoglobina com apenas um
homogentísico escurece, o que pode ser uma situação aminoácido substituído na cadeia polipeptídica.
embaraçosa, mas não grave. Com o tempo, o ácido Assim sendo, o conceito “um gene – uma enzima” foi
homogentísico tende a se acumular nas cartilagens e no tecido estendido para “um gene – uma proteína”, ou ainda “um gene –
conjuntivo, causando artrite; a não ser isso, os portadores da um polipeptídeo”. O gene tem, em conclusão, a responsabilidade
moléstia são saudáveis. Observe o quadro anterior. O ácido pela produção de proteínas, sejam elas enzimáticas, de função
homogentísico é uma substância intermediária do metabolismo da estrutural ou reguladora (hormônios).
fenilalanina, aminoácido presente nas pessoas normais. No
entanto, nos alcaptonúricos, essa substância não pode ser Genes letais
metabolizada em CO2 e H2O, pela falta de certa enzima
(substância 2, no quadro), que existe nas pessoas saudáveis. Muitas das doenças caracterizadas como erros inatos do
metabolismo levam ao óbito, sendo os genes que as causam
Fenilcetonúria (PKU) conhecidos como genes letais. Os genes letais são aqueles cujos
É outra anomalia causada pelo metabolismo anômalo da efeitos provocam a morte antes da maturidade sexual.
fenilalanina. Neste caso, falta no indivíduo doente a enzima que Como exemplos de genes letais na espécie humana,
transforma a fenilalanina em tirosina (fenilalanina-hidroxilase, temos a doença de Tay-Sachs, a anemia falciforme e a
indicada no quadro como 1). Dessa forma, o aminoácido se talassemia.
acumula nos tecidos e gera outras substâncias dela derivadas
(ácido fenilpirúvico, ácido fenil-láctico). O excesso desses Doença de Tay-Sachs
compostos causa desenvolvimento anômalo do sistema nervoso.
Os indivíduos afetados apresentam paralisia, cegueira e
O QI dos afetados pela PKU (fenilcetonúria) costuma ficar ao redor morte antes do segundo ano de vida. O indivíduo afetado é tt e os
de 20, caracterizando assim uma deficiência mental acentuada. indivíduos normais são TT ou Tt. Trata-se de um gene letal
Como o metabolismo da fenilalanina está relacionado à produção
recessivo.
do pigmento melanina, normalmente os portadores de PKU têm
menos pigmento do que o normal.
Anemia falciforme (do latim falx, ‘foice’ e formae, ‘forma’) ou
Em maternidades, o teste do pezinho, para diagnosticar a siclemia (do inglês sickle, ‘foice’)
PKU, é rotineiro. Quando se detecta uma criança com a doença, É comum na África equatorial. O portador dessa doença
dá-se a ela uma dieta pobre em fenilalanina. Como esta é um
possui uma hemoglobina anormal que, em baixa tensão de O 2, se
aminoácido essencial, fornece-se ao bebê a quantidade mostra como moléculas alongadas, deformando as hemácias. Por
necessária para o crescimento, porém nada mais, e assim
isso, o siclêmico revela hemácias em forma de foice ou meia-lua.
impede-se a deterioração do sistema nervoso. A medida é mantida
Esse problema na estrutura da hemoglobina torna as hemácias
até mais ou menos os seis anos de idade, quando o muito suscetíveis de sofrer hemólise, justificando a anemia do
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22 Biologia
doente. Se o indivíduo for homozigoto, terá uma forma mais grave Casamentos consanguíneos
da doença, que normalmente leva à morte na infância. Ela se Uma lenda da antiguidade grega conta que Édipo, após
apresenta de forma benigna nos heterozigotos. matar seu pai, Laio, que ele não conhecia, teria se casado com
sua mãe, Jocasta, também desconhecida dele. Descoberta a
Talassemia (do grego thalassos, ‘mar’) ou anemia de Cooley verdade, Jocasta, se enforca e Édipo vaza os próprios olhos, para
ou anemia do Mediterrâneo se castigar do sacrilégio. Essa lenda ilustra bem o fato de que em
É comum nas populações que habitam as regiões do quase todas as sociedades ou sistemas religiosos, na história da
Mediterrâneo. As hemácias são esféricas e facilmente humanidade, existem fortes tabus contra os casamentos entre
hemolisáveis pelo baço. Isso provoca em compensação uma indivíduos de parentesco próximo, como entre irmãos ou entre
hiperfunção mielocítica, levando à deformação dos ossos. Não há pais e filhos. Essas uniões sempre foram consideradas aberrações
alteração na estrutura da molécula de hemoglobina, mas parece ou monstruosidades. Também é voz popular que os casamentos
haver um bloqueio na produção da hemoglobina de adulto (HbA) e entre parentes próximos, como primos em primeiro grau, geram
alta percentagem sangüínea de hemoglobina fetal (HbF), o que filhos defeituosos. O que há de verdadeiro nessas afirmações?
torna as hemácias hemolisáveis. O indivíduo homozigoto Casamentos consanguíneos parecem realmente aumentar
apresenta uma forma grave da doença, conhecida como bastante as probabilidades de nascimento de crianças portadoras
talassemia major, que normalmente leva à morte na infância. O de defeitos genéticos. A explicação para esse fato é bastante
heterozigoto apresenta uma forma benigna, a talassemia minor. simples. Muitas doenças hereditárias são condicionadas por genes
recessivos, que somente agem quando em dose dupla. Entre os
Genes letais embrionários milhares de genes que possuímos, alguns deles podem ser
recessivos e raros. Eles, no entanto, não causam anomalias, por
Em 1905, um geneticista francês, Cuénnot, verificou que a estarem habitualmente em heterozigose. Pela própria raridade de
herança da cor da pelagem dos camundongos não ocorria nas tais genes, é muito pequena a probabilidade de eles estarem
proporções mendelianas. O gene que condiciona a cor amarela presentes nos dois componentes de um casal sem relação de
(Y) era dominante; porém Cuénnot percebeu que todos os parentesco. Por outro lado, é fácil perceber que indivíduos
cruzamentos entre camundongos amarelos produziam parte da aparentados possuem genótipos muito semelhantes, tendo por
descendência amarela e parte aguti (cinza acastanhado), Todos isso maiores chances de serem portadores de genes recessivos
os camundongos amarelos pareciam, assim, heterozigotos (Yy). para as mesmas anomalias. Assim, a possibilidade de “encontro”
Além do mais, as proporções obtidas no cruzamento de dois desses genes em seus filhos é maior do que nas crianças de
indivíduos amarelos eram de 2:1 (2/3 amarelos e 1/3 aguti), em casais não parentes.
vez do 3:1 mendelianos esperados. Há alguns dados que ilustram bem esse fato. Certos
Estava mais ou menos evidente que o homozigoto para o genes muito raros nas populações se encontram, em frequências
gene amarelo (YY) não nascia: Cuénnot achava que o muito altas, em grupos nos quais os casamentos consanguíneos
espermatozóide portador do gene Y não fecundava o óvulo Y, não são habituais. Existe uma anomalia metabólica, chamada doença
aparecendo assim o homozigoto. Verificou-se mais tarde que o de Tay-Sachs, caracterizada pela degeneração do sistema
indivíduo YY chega a se formar, porém, morre no útero. nervoso devido a uma deficiência enzimática. Os sintomas
O gene Y é, portanto, dominante em relação à cor que aparecem por volta dos seis meses de idade; as crianças afetadas
determina; mas funciona como recessivo em relação à letalidade, acabam ficando cegas e apresentam deficiência mental. A morte
pois há necessidade de homozigose (YY) para haver morte do em geral ocorre na infância. Nas populações normais, a frequência
embrião. Por isso, esse gene é chamado de gene letal da doença é de 1/400.000 nascimentos. Em certos grupos de
embrionário. judeus provenientes da Europa Central e do Leste, que viveram
Como exemplo de genes letais embrionários na espécie em comunidades relativas isoladas durante muito tempo, e nas
humana, temos o nanismo acondroplásico. quais houve um grande número de casamentos consanguíneos, a
frequência da moléstia é de mais ou menos 1/3.600 nascimentos.
Nanismo acondroplásico Ou seja, praticamente cem vezes mais comum do que na
Os indivíduos apresentam tronco e cabeça normais, mas população normal.
pernas e braços muito curtos. O indivíduo NN tem anomalias
ósseas tão severas que morrem antes de nascer. Os indivíduos
Aa apresentam uma forma benigna e não morrem, sendo anões.
Os indivíduos nn são normais. Trata-se de um gene letal
embrionário.
Genes semiletais
Os genes semiletais são aqueles cujos efeitos provocam
a morte após da maturidade sexual. Como exemplo de genes
semiletais na espécie humana, temos a Doença de Huntington,
doença neurológica que começa a se manifestar somente após os
40 anos de idade, levando posteriormente ao óbito.
Exercícios mais dois filhos, ambos com pigmentação normal, mas sendo o
último, uma menina de 1 ano e 8 meses, filha de outro pai. Assim
Questões estilo múltipla escolha sendo, do relacionamento desta mulher com seu primeiro marido,
três dos quatro filhos nasceram albinos. Um professor do
1. (ENEM) Anemia falciforme é uma das doenças hereditárias Departamento de Genética da Universidade Federal de
mais prevalentes no Brasil, sobretudo nas regiões que receberam Pernambuco rabisca um cálculo rápido: os pais são heterozigotos,
maciços contingentes de escravos africanos. É uma alteração possuem pares de genes que apresentam um gene diferente do
genética, caracterizada por um tipo de hemoglobina mutante outro, ambos têm um gene dominante e outro recessivo. Cada
designada por hemoglobina S. indivíduos com essa doença filho herda metade da carga genética do pai e a outra metade da
apresentam eritrócitos com formato de foice, daí o seu nome. Se mãe. O professor afirma: com dois pais heterozigotos, a chance de
uma pessoa recebe um gene do pai e outro da mãe para produzir cada filho ser albino é de 25%.
a hemoglobina S ela nasce com um par de genes SS e assim terá João Valadares. Jornal do Comercio. 29 de agosto de 2009. Disponível em:
a anemia falciforme. Se receber de um dos pais o gene para <http://jc.uol.com.br/canal/cotidiano/pernambuco/noticia/2009/08/29/irmaos-sem-direito-a-
brincadeiras-a-luz-do-dia- 198084.php>. Acesso em: 08 novembro 2009. (com adaptações)
hemoglobina S e do outro o gene para hemoglobina A ela não era
doença apenas o traço falciforme (AS), e não precisara de
tratamento especializado. Entretanto deverá saber que se vier De acordo com o caso exposto, a chance global da mulher com
filhos com uma pessoa que também herdou o traço, eles poderão seu primeiro marido ter gerado três crianças albinas entre os
desenvolver a doença. Dois casais, ambos membros heterozigotos quatro filhos era de, aproximadamente:
do tipo AS para o gene da hemoglobina, querem ter um filho cada. A) 75%. B) 50%. C) 15%. D) 2,5%. E) 1,5%.
Dado que um casal é composto por pessoas negras e o outro por
pessoas brancas, a portabilidade de ambos os casais terem filhos 4. (UNIFOR) A acondroplasia, um tipo de nanismo, é causada por
(um para cada casal) com anemia falciforme é igual a um alelo autossômico dominante. Os indivíduos homozigóticos
A) 5,05%. B) 6,25%. C) 10,25%. D) 18,05%. E) 25,00%. para esse alelo morrem antes de nascer e os heterozigóticos
apresentam a anomalia, mas conseguem sobreviver. A
2. (UNIFOR) probabilidade de um casal de acondroplásicos vir a ter uma
criança normal é
Uma jovem recebeu com alegria a chegada do seu primeiro filho,
A) 3/4. B) 2/3. C) 1/2. D) 1/3. E) 1/4.
que nasceu de parto normal, com aspecto saudável, peso e
comprimento dentro da normalidade. Entretanto, ao longo do seu
5. (UNICHRISTUS)
primeiro ano de vida, passou a apresentar crises convulsivas,
erupções cutâneas recorrentes e já não se desenvolvia como Eles vivem na periferia da cidade e precisam de cuidados contra o
outras crianças da mesma idade. Após alguns exames, constatou- sol. Mãe e outros dois irmãos não têm albinismo. Três irmãos
se que o garoto sofria de uma doença genética, causada por um albinos, filhos de mãe e pai negros, têm dificuldade de viver como
gene recessivo autossômico, caracterizada por defeito ou crianças comuns nas vielas do bairro Varadouro, em Olinda (PE).
ausência de uma enzima necessária ao processamento de um O sol forte típico de Pernambuco cria dificuldades ainda maiores
aminoácido que, se acumulado no organismo, torna-se bastante para a rotina dessas crianças, que possuem uma sensibilidade
tóxico, podendo levar o paciente a desenvolver problemas mentais maior à luz solar.
irreversíveis.
Com base na leitura do texto, é possível concluir que
A) As doenças autossômicas hereditárias são herdadas por meio
de cromossomos sexuais.
B) A enzima defeituosa ou ausente no organismo de Francisco
recebe o nome de fosforilase.
C) Trata-se de herança genética holândrica, uma vez que o gene Extraído de http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/09/04/a-arriscada-vida-de-criancas-
anormal pode ter sido herdado do pai. albinas-em-olinda-220359.asp, em 25 de setembro de 2010.
D) O aminoácido acumulado em excesso no organismo de Sabendo que o albinismo é uma herança autossômica recessiva e
Francisco é denominado fenilalanina. que confere a não produção da melanina no organismo, pode-se
E) A doença de Francisco poderia ter sido diagnosticada ainda na afirmar que
maternidade pelo “teste do olhinho”. A) a probabilidade de nascer mais um casal de albinos, filhos do
mesmo pai e da mesma mãe, é de, aproximadamente, 1/64.
3. (UNIFOR) B) por ser uma herança autossômica recessiva, freqüentemente,
mais de um filho em um grande grupo de irmãos é afetado. Então,
em média, 35% das irmãs são afetadas.
C) a exposição ao sol das crianças afetadas contribui para as
lesões do DNA somente nos melanócitos, células produtoras de
melanina.
D) os filhos afetados com o distúrbio têm, certamente, a mesma
expectativa de vida que os demais filhos.
Foto: Alexandre Severo/JCImagem E) se a doença fosse recessiva e ligada ao sexo, o pai das
Recentemente, um fato noticiado nos meios de comunicação de crianças poderia ser portador do alelo para a doença.
todo o país despertou a curiosidade da população. Uma mulher
negra, moradora da periferia de Olinda, em Pernambuco, é mãe
de três crianças albinas, de 10, 8 e 5 anos de idade. A mãe tem
8. (FCM-CG) Em 1905, Lucien Cuenot, baseado em experimentos 10. (UNESP) O esquema representa alguns passos de uma série
para estudar a herança da cor da pelagem em camundongos de reações metabólicas, onde quatro genes, I, lI, III e IV,
(determinada por um par de genes alelos com relação de produzem quatro tipos diferentes de enzimas, 1, 2, 3 e 4,
dominância completa), verificou que esse tipo de herança não transformando o aminoácido fenilalanina em quatro possíveis
obedecia às proporções esperadas segundo as leis mendelianas, substâncias.
obtendo descendentes, fenotipicamente, na proporção de 2/3 de
camundongos amarelos e 1/3 de camundongos selvagem ou
aguti. De acordo com o enunciado e no diálogo dos camundongos
na tirinha, assinale com V (verdadeira) ou F (falsa) as alternativas
propostas, sabendo-se que do cruzamento entre dois
camundongos amarelos, 3 filhotes nasceram vivos e um morto:
Fenótipo Gene
Aguti ou selvagem: cinza-castanho C
Chinchila: cinza-claro cch
Himalaio: branco com extremidades pretas ch
Albino: branco ca
Fenótipo Genótipo
Aguti CC, Ccch, Cch, Cca
Chinchila cchcch, cchch, cchca
Himalaio chch, cchca
Albino caca
A A b
aglutinação
B B a
aglutinação
AB AeB nenhuma
aglutinação aglutinação
A) Explique o fenômeno que ocorreria com as hemácias de um 36. (UFJF) As videiras podem produzir uvas de coloração
indivíduo do grupo A ao receber sangue de um indivíduo do grupo vermelha, vinho, rosa e amarela. O cruzamento entre plantas com
B. esses fenótipos produziu as seguintes proles na geração F1.
B) Sabe-se que o aglutinogênio é uma proteína da membrana das CRUZAMENTO PARENTAL GERAÇÃO F1
hemácias. Explique por que a aglutinação não ocorreria se o (1) Vermelha homozigota x Todas vermelhas
aglutinogênio fosse uma proteína citoplasmática. qualquer linhagem
(2) Vinho x rosa 50% rosa e 50% vinho
35. (UFV) Em uma outra versão do caso “quem matou Lineu”, os (3) Amarela x amarela 100% amarela
detetives, com ajuda de geneticistas, reabriram o processo para (4) Vinho X amarela 50% vinho e 50% rosa
descobrir o real culpado. Após análise dos grupos sangüíneos do Com base nos resultados apresentados acima, responda ao que
sistema ABO das dez pessoas envolvidas, conforme o se pede:
heredograma da família, representado abaixo, os detetives A) Quantos alelos estão envolvidos na determinação do caráter
obtiveram informações seguras: o culpado era um dos nove cor de fruto e qual a relação de dominância entre eles?
suspeitos relacionados que também pertencia ao grupo sangüíneo B) Qual a proporção genotípica e fenotípica do cruzamento entre
de uma “mancha de sangue” presente na roupa da vítima. plantas de fruto vinho do cruzamento parental (2) com plantas de
fruto vinho do cruzamento parental (4)?
C) Quantas plantas com frutos amarelos serão geradas, a partir de
200 sementes oriundas do cruzamento entre plantas de frutos
vinho do cruzamento parental (4) com plantas de frutos rosa do
cruzamento parental (2)?
37. (UFG)
NÍQUEL NÁUSEA – Fernando Gonsales
Enunciado da 2ª Lei
As conclusões obtidas nesses experimentos foram mais
tarde enunciadas como sendo a Segunda Lei de Mendel, que
pode ser expressa assim:
As plantas cruzadas são puras (homozigotas) para as Essa lei é também conhecida como Lei da Segregação
duas características: ervilhas amarelas e lisas foram cruzadas Independente. Você verá mais tarde, que a Segunda Lei de
com ervilhas verdes e rugosas. Em F1, todas as plantas tinham Mendel não se aplica a todas as situações, sendo então bem
sementes amarelas e lisas. Por autofecundação, em F2, menos genérica do que a Primeira Lei.
aparecem indivíduos com os fenótipos parentais (amarelas lisas e
verdes rugosas); porém aparecem também indivíduos com EXERCÍCIO COMENTADO: Usando a 2ª lei de Mendel
fenótipos novos (amarelas rugosas e verdes lisas).
Mendel observou que houve independência na Muitas vezes, um problema de genética envolve dois, três
transmissão dos caracteres; em outras palavras, os caracteres ou mais caracteres, cujos genes segregam-se
amarela e liso, assim como os caracteres verde e rugoso, não independentemente. Antes de realizar cruzamentos, uma das
estão ligados, vinculados. coisas a resolver é descobrir os tipos de gametas produzidos por
Do total de 556 sementes obtidas, 315 eram amarelas e um determinado indivíduo. Vamos exemplificar.
lisas; 101 amarelas e rugosas; 108 verdes e lisas; 32 verdes e
rugosas. Resultavam, portanto, todas as combinações possíveis a) Que tipo de gametas forma um indivíduo AaBb e em que
entre cor e forma. proporções?
Mendel propôs então um modelo teórico para explicar
seus resultados. Sejam os fatores V e v responsáveis Resolução: Aqui são evidentemente dois caracteres que estão
respectivamente pelas cores amarelas e verde; sejam R e r sendo estudados. Veja que qualquer gameta deverá
responsáveis pelas formas lisas e rugosas da semente. As plantas obrigatoriamente ter um dos genes “a” (A ou a) e um dos genes
da geração parental são puras (VVRR e vvrr). Os gametas “b” (B ou b), obedecendo assim à Primeira Lei. Como os pares A,
recebem apenas um gene para cada caráter. Os gametas são VR a e B, b segregam-se independentemente (Segunda Lei), os tipos
e vr; a fecundação origina em F1 plantas com sementes amarelas de gametas formados são (como indica o esquema):
e lisas, porém diíbridas (VvRr).
Veja agora a suposição de Mendel:
Aceitando-se que os fatores para cor e para forma se separam de
modo independente, não vinculado, essas plantas devem formar
quatro tipos de gametas em igual proporção: VR, Vr, vR, vr.
Devem ocorrer então em F2 16 formas de encontros gaméticos,
que, que representamos no esquema abaixo.
Os genes “a” e “b” são ditos ligados. Numa meiose sem crossing-over são
formados somente dois tipos de gametas (AB e ab).
De tudo que foi dito até agora, você percebe que os tipos
2. Se o diíbrido produz dois tipos de gametas, em proporções de
de gametas produzidos por um diíbrido (AaBb) nos permitem
50% cada, trata-se de linkage sem crossing-over (linkage
deduzir onde se localizam os genes para os dois caracteres (se no
completo)
mesmo cromossomo ou em cromossomos diferentes),
caracterizando, no primeiro caso, o linkage e, no segundo, a
segregação independente. 3. Se o diíbrido produz quatro tipos de gametas, em proporções
Podemos ter então três situações-padrão, que vamos descrever diferentes de 25% cada, com alguns em maiores proporções e
por meio de exemplos. outros em menores, trata-se de linkage com crossing-over
(linkage completo).
1. Suponhamos que um diíbrido AaBb produza quatro tipos de
gametas na mesma proporção: 1/4 AB; 1/4 Ab; 1/4 aB e 1/4 ab. Teoria cromossômica da herança
Conclui-se que os genes A e a estão num par de homólogos e os
genes B e b em outro. Trata-se de segregação independente, Nas aulas iniciais, dissemos que os trabalhos de Mendel
sendo válida portanto a Segunda Lei. Veja o esquema: não foram valorizados na sua época; esses trabalhos foram
redescobertos em 1900 por três pesquisadores diferentes,
trabalhando independentemente. Pode-se dizer que foi desse
momento em diante que nasceu a pesquisa em genética.
Nesse ínterim, o conhecimento da estrutura do núcleo foi
crescendo. Reconheceu-se a existência dos cromossomos e
também verificou-se ao microscópio como eles se comportavam
durante a divisão celular. Muitos citologistas chegaram a afirmar
que o núcleo celular era de fato o responsável pela transmissão da
herança, funcionando como elo entre as gerações. Veja então
Segregação independente.
que, independentemente do conhecimento dos trabalhos de
Mendel, os estudos citológicos sugeriam o papel do núcleo na
2. Um diíbrido Cid forma dois tipos de gametas apenas ( 1/2 CD e reprodução e na herança.
1/2 cd). Conclui-se que C e D estão no mesmo cromossomo e c e
Particularmente, a observação da meiose mostrou que
d no homólogo. É um caso de ligação gênica (linkage) total, sem
ocorria uma redução cromossômica na formação de gametas e
crossing. Veja o esquema:
esporos. Quando as leis de Mendel foram redescobertas,
verificou-se que um de seus postulados era justamente a redução
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44 Biologia
dos fatores nos gametas ou esporos. Assim, muitos biólogos recessiva (cruzamento-teste) e obteve 50% de descendentes com
perceberam que o comportamento dos cromossomos na meiose olho vermelho e asa reta e 50% com olho marrom e asa arqueada.
coincidia com o comportamento dos fatores de Mendel. Essa
observação sugeriu que os fatores mendelianos, ou genes, deviam
estar localizados nos cromossomos. Essa idéia foi apresentada
em 1902 por dois biólogos, Sutton e Boveri.
Coube a um geneticista americano, Morgan, e a seu
grupo, o desenvolvimento de vários trabalhos, de 1910 em diante,
que reforçaram e acabaram confirmando essas ideias, reunidas
sob o nome de Teoria cromossômica da herança.
A maior parte dos trabalhos foi feita em Drosophila
melanogaster, a mosca-do-vinagre, também dita mosca-das-
frutas. Essas pequenas moscas são muito fáceis de cultivar em
laboratório; seu ciclo biológico dura menos de duas semanas a
24°C. Sua fecundação é tão alta que um só casal pode produzir
centenas de descendentes. Nesses descendentes, são frequentes
as variações hereditárias devidas a mutações, das quais
mostramos algumas a seguir. Além disso, as larvas de drosófilas,
como de muitos outros dípteros, apresentam em certos tecidos
cromossomos gigantes (politênicos), que foram estudados Veja o quadro acima. Os genes M e m são responsáveis
minuciosamente. respectivamente pelos caracteres olho vermelho e olho marrom;
os genes A e a condicionam respectivamente asa reta e asa
arqueada. A descendência F1 é obviamente heterozigota (Mm;
Aa). No cruzamento-teste, a fêmea recessiva fabrica um só tipo de
gameta: m, a. Fica fácil, então, observando os fenótipos dos
descendentes, verificar que o macho produziu apenas dois tipos
de gametas, MA e ma, em igual proporção. Isso mostra que os
genes para cor do olho e tipo de asa não se segregam
independentemente; ao contrário, M e A vão sempre juntos no
gameta, o mesmo ocorrendo com m e a. Você já deve ter
percebido que se trata de um caso de ligação gênica completa.
O resultado desse cruzamento foi interpretado por Morgan
como sendo devido ao fato de os genes para cor de olho e tipo de
asa estarem localizados sobre o mesmo cromossomo; assim. M e
Alguns mutantes de Drosophila melanogaster. A estariam juntos no mesmo cromossomo e m e a se localizariam
no outro homólogo.
O método de Morgan
Veja o esquema a seguir:
Tendo isolado um grande número de mutantes, Morgan
passou a verificar, por meio de cruzamentos, se aquelas
características obedeciam à Segunda Lei de Mendel. Estudava,
portanto, duas características ao mesmo tempo.
No entanto, Morgan usava uma técnica diferente da de
Mendel. Na geração parental (P), ele cruzava uma mosca não
mutante (denominada também “selvagem”) com uma mosca que
apresentasse a mutação, e obtinha os F1. Até esse ponto, o
método era idêntico ao de Mendel. Porém, agora, Morgan fazia um
cruzamento-teste entre os indivíduos F1 e o duplo-recessivo. Você
se lembra de que o cruzamento-teste permite a verificação direta
dos tipos de gametas que o heterozigoto produz, como também a
medição da porcentagem em que aparecem. Morgan, dessa
forma, verificava se os dois caracteres estudados obedeciam ou
não à lei da segregação independente.
Observe agora os resultados de Morgan para um cruzamento um
Um dos experimentos de Morgan
pouco diferente: ele cruzou uma fêmea dos F1 com um macho
birrecessivo (ou seja, trocou apenas o sexo dos indivíduos
Morgan cruzou um mutante de olho marrom e asa
cruzados em relação ao cruzamento anterior).
arqueada com o tipo selvagem (olho vermelho e asa reta). Obteve
em F1 100% de indivíduos com olho vermelho e asa reta
(selvagens). Os caracteres asa reta e olho vermelho eram,
portanto, condicionados por genes dominantes. Numa segunda
etapa, Morgan cruzou um macho de F1 com uma fêmea duplo-
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Biologia 45
outro lado, verificou ao microscópio uma diferença de
comportamento também entre os cromossomos do macho e da
fêmea. Esse paralelismo reforçou a hipótese inicial: os genes
devem estar localizados sobre os cromossomos.
Grupos de linkage
A diferença entre os resultados dos dois cruzamentos foi Os quatro pares de cromossomos na fêmea de Drosophila
explicada por Morgan pela utilização de um dado de observação melanogaster. cada par corresponde a um grupo de linkage.
citológica: nos machos de drosófilas, nunca ocorreria
crossing-over na meiose, enquanto o crossing-over nas fêmeas Mapas gênicos
acontecia freqüentemente. Em quase todas as espécies animais e
vegetais, o fenômeno do crossing-over ocorre igualmente em Já foi dito que vários cruzamentos evidenciaram a
machos e em fêmeas. Por razões não muito claras, na drosófila o existência de linkage entre muitos genes. Quando se utilizavam
crossing-over é exclusivo das fêmeas (ou, pelo menos, fêmeas de F1, verificava-se sempre que elas formavam uma certa
extremamente raro nos machos). É interessante o fato de que porcentagem de gametas recombinantes, que eram devidos ao
essa particularidade tenha servido para reforçar grandemente a crossing-over. Assim, por exemplo, a porcentagem de gametas
interpretação de Morgan: veja que, por um lado, ele observou uma recombinantes (novos) na experiência que descrevemos
diferença no comportamento dos genes no macho e na fêmea; por anteriormente foi de 5,2% (2,6% de gametas Ma e 2,6% de
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46 Biologia
gametas mA). Essa porcentagem mantém-se a mesma para Concluindo, não podemos ver genes ao microscópio;
qualquer número de experiências. porém, quando se trata de genes ligados, os resultados dos
Para dois outros genes ligados, a porcentagem de cruzamentos podem nos dar uma indicação sobre sua distância
gametas recombinantes pode ser diferente: essa porcentagem relativa e, como conseqüência, sobre sua posição.
varia conforme os genes estudados, embora seja constante para o
mesmo par de genes. Heterozigotos “CIS” e “TRANS”
Do que depende, então, a frequência de gametas Quando trabalhamos com genes ligados, costumamos
recombinantes? representar os genótipos assim:
M A
Já vimos que a recombinação é devida ao fenômeno do .
m a
crossing-over. (Você se lembra de que no crossing-over ocorrem
O traço representa o par de cromossomos homólogos; os
quebras e trocas de pedaços entre cromátides homólogas.) Agora,
dois genes que estão em cima (M e A) estão num dos
do que depende a frequência do crossing-over?
cromossomos; os genes debaixo do traço estão no outro.
Para explicar as diferentes taxas de crossing-over entre
No esquema a seguir, você verificará que existem dois
dois genes, levantou-se a seguinte hipótese:
tipos de heterozigotos: ambos são MmAa, porém o heterozigoto
“CIS” tem os dois genes dominantes num dos cromossomos e os
Os genes estão dispostos linearmente ao longo do cromossomo. dois recessivos no outro. Já o heterozigoto “TRANS” tem um gene
O crossing-over ocorre com igual probabilidade em qualquer ponto dominante e um recessivo em cada um dos dois cromossomos.
do cromossomo. Quanto mais distantes forem dois genes num
cromossomo maior será a porcentagem de crossing-over entre
eles.
incompletos ou intermediários, respectivamente. Com base na figura, complete as lacunas do texto a seguir:
D) 3/16 e os genes envolvidos são dominantes completos e A função da hemoglobina é absorver e transportar o oxigênio nas
dominantes incompletos ou intermediários, respectivamente. hemácias de vertebrados. Em um indivíduo, cada caráter é
E) 1/16 e os genes envolvidos são recessivos. determinado por um par de alelos, que se segregam na formação
dos gametas. Os cromossomos 16 e 11 são responsáveis,
14. (FCM-CG) Entre dois genes A e B distanciados de 8μ ocorrem respectivamente, por genes de cadeias de globina alfa e beta.
2,4% de permutação. Um terceiro gene C, situa-se entre A e B, Esses genes 1a e 1b. Os genes de ambos os grupos estão
permutando com A uma frequência de 1,8%. Podemos afirmar que organizados na mesma orientação e ordem com que estes são
A) a distância entre os genes e a frequência de permutação entre expressos durante o desenvolvimento (embrião-feto-adulto). Os
C e B é 2μ – 3,2%. processos de 2 e 3 são colineares, pois, se houver mutação em
B) a distância entre os genes e a frequência de permutação entre um dos genes, seja na fita de DNA ou de RNA, a proteína poderá
C e B é 2,4μ – 0,8%. ser afetada. A hemoglobina é uma proteína formada por um grupo
C) a distância entre os genes e a frequência de permutação entre heme ligado a quatro cadeias polipeptídicas, sendo duas cadeias
C e B é 4μ – 0,4%. de globina 4 e duas cadeias de globina 5, formando uma estrutura
D) a distância entre os genes e a frequência de permutação entre 6.
C e B é 2μ – 0,6%. Assinale a alternativa que preenche ordenada e corretamente as
E) nesse caso, não se pode precisar a distância. lacunas.
A) formam um grupo de ligação, conforme a primeira lei de
15. (FCM-CG) Em poliibridismo, onde 3 é o número de pares de Mendel; replicação; tradução; alfa; beta; secundária.
genes, os números de fenótipos e genótipos no indivíduo B) formam um grupo de ligação, conforme a segunda lei de
heterozigoto são, respectivamente Mendel; tradução; transcrição; beta; alfa; quaternária.
A) 3 e 3. B) 4 e 9. C) 2 e 4. D) 8 e 27. E) 9 e 9. C) segregam de forma independente, conforme a primeira lei de
Mendel; transcrição; tradução; beta; alfa; terciária.
16. (FCM-CG) Um indivíduo (AB)(ab) é cruzado com outro D) segregam de forma independente, conforme a segunda lei de
(ab)(ab), produzindo a seguinte geração: Mendel; transcrição; tradução; alfa; beta; quaternária.
(AB)(ab) ........... 403 E) segregam de forma independente, conforme a segunda lei de
(ab)(ab) ............ 396 Mendel; transcrição; replicação; alfa; beta; secundária.
(Ab)(ab) ............ 27
(aB)(ab) ............ 24
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Biologia 51
19. (FUVEST) Em tomates, a característica planta alta é IV. Na meiose II, a segregação das cromátides dos diferentes
dominante em relação à característica planta anã e a cor vermelha pares cromossômicos corresponde, em efeito, à 2ª lei de Mendel.
do fruto é dominante em relação à cor amarela. Um agricultor V. Genes localizados em regiões próximas de um mesmo
cruzou duas linhagens puras: planta alta/fruto vermelho x planta cromossomo implicam em distorções das proporções
anã/fruto amarelo. Interessado em obter uma linhagem de plantas mendelianas.
anãs com frutos vermelhos, deixou que os descendentes dessas São afirmações corretas:
plantas cruzassem entre si, obtendo 320 novas plantas. O número A) I, II, III, IV e V. B) I, II, III e V, apenas.
esperado de plantas com o fenótipo desejado pelo agricultor e as C) I, II, IV e V, apenas. D) I, II e IV, apenas.
plantas que ele deve utilizar nos próximos cruzamentos, para que E) II e V, apenas.
os descendentes apresentem sempre as características desejadas
(plantas anãs com frutos vermelhos), estão corretamente 23. (UFSCAR) Sessenta células de um animal, com a constituição
indicados em: representada na figura, sofrem meiose.
A) 16; plantas homozigóticas em relação às duas características.
B) 48; plantas homozigóticas em relação às duas características.
C) 48; plantas heterozigóticas em relação às duas características.
D) 60; plantas heterozigóticas em relação às duas características.
E) 60; plantas homozigóticas em relação às duas características.
De acordo com essas informações, é correto afirmar: Os gráficos abaixo mostram a composição dos alelos para essas
A) Os genes para as duas características estão em pares de duas características nas plantas parentais.
cromossomos diferentes.
B) A distância entre os dois locos gênicos é de 45 unidades de
recombinação (UR).
C) Os genes para as duas características estão no par de
cromossomos sexuais.
D) Os genes para as duas características segregam-se
independentemente.
E) O arranjo dos genes, nos cromossomos da fêmea utilizada no
cruzamento, é representado por Pv//pV.
34. (UFPB) Na mosca de fruta (Drosophila melanogaster), existe O gráfico que representa o número de alelos encontrados na
um par de alelos que determina o formato da asa (normal ou mitose de uma célula obtida de uma planta resultante do
vestigial) e outro que determina a cor dos olhos (marrom ou cruzamento entre os parentais acima é:
sépia). O cruzamento, entre moscas puras de asas normais e
olhos de cor marrom com moscas puras de asas vestigiais e olhos
de cor sépia, produziu uma geração F1, em que 100% dos
descendentes tinham asas normais e olhos marrons. Um casal de
moscas da geração F1 foi cruzado entre si e produziu:
- 137 moscas de asas normais e olhos de cor marrom.
- 45 moscas de asas normais e olhos de cor sépia.
- 44 moscas de asas vestigiais e olhos de cor marrom.
- 15 moscas de asas vestigiais e olhos de cor sépia.
A) Quanto aos pares de alelos mencionados, que tipos de gameta 47. (UFPB) Um estudante solicitou ao professor de Biologia que o
esta célula poderá formar? auxiliasse na resolução do seguinte problema: “Um indivíduo é
B) Que pares de alelos têm segregação independente? heterozigoto quanto a dois pares de alelos, Aa e Bb. Em relação a
esses alelos, que tipos de gametas esse indivíduo formará e em
44. (UNICAMP) Um reality show americano mostra seis membros que proporção?” O professor explicou que, para a correta
da família Roloff, na qual cada um dos pais sofre de um tipo resolução do problema, faltava, no enunciado, uma informação
diferente de nanismo. Matt, o pai, tem displasia distrófica, doença importante.
autossômica recessiva (dd). Amy, a mãe, tem acondroplasia, A) Qual informação falta ao enunciado do problema e deve ser
doença autossômica dominante (A_), a forma mais comum de acrescentada para possibilitar sua resolução, em que seja
nanismo, que ocorre em um de cada 15.000 recém-nascidos. Matt considerada a segunda lei de Mendel? Justifique sua resposta.
e Amy têm quatro filhos: Jeremy, Zachary, Molly e Jacob. B) Após complementar o enunciado conforme solicitado no item
A) Jeremy e Zachary são gêmeos, porém apenas Zachary sofre do anterior, apresente as soluções possíveis para o problema,
mesmo problema que a mãe. Qual a probabilidade de Amy e Matt desconsiderando a possibilidade de ocorrer permutação na divisão
terem outro filho ou filha com acondroplasia? Qual a probabilidade meiótica.
de o casal ter filho ou filha com displasia distrófica? Explique.
B) Os outros dois filhos, Molly e Jacob, não apresentam nanismo. 48. (UFPB) Através da análise das porcentagens dos diferentes
Se eles se casarem com pessoas normais homozigotas, qual a tipos de gametas que um indivíduo de genótipo AaBb produz,
probabilidade de eles terem filhos distróficos? E com explique como é possível saber se os dois pares de genes
acondroplasia? Dê o genótipo dos filhos. A) segregam-se independentemente
B) estão ligados e, durante o processo meiótico, não ocorre
45. (UNIFESP) Os locos M, N, O, P estão localizados em um permutação
mesmo cromossomo. Um indivíduo homozigótico para os alelos M, C) estão ligados e, durante o processo meiótico, ocorre
N, O, P foi cruzado com outro, homozigótico para os alelos m, n, o, permutação
p. A geração F1 foi então retrocruzada com o homozigótico m, n,
o, p. A descendência desse retrocruzamento apresentou 49. (UFPB) Em moscas, os genes alelos que determinam as
15% de permuta entre os locos M e N características cor do olho e comprimento da asa estão em um
25% de permuta entre os locos M e O. mesmo par de cromossomos homólogos. O gene M determina a
10% de permuta entre os locos N e O. cor marrom para os olhos e é dominante sobre o seu alelo m que
Não houve descendentes com permuta entre os locos M e P. determina a cor branca para os olhos. O gene L determina a
formação de asas longas e é dominante sobre o seu alelo l, que
determina a formação de asas curtas. A distância entre os dois loci
gênicos é igual a 20 unidades de recombinação (morganídeos).
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56 Biologia
De acordo com esses dados e considerando o cruzamento ML/ml
X ml/ml, com ocorrência de crossing-over durante a formação dos
Aula 30 – Genética do Sexo
gametas, calcule o número esperado de descendentes com olhos
marrons e asas curtas em uma prole de 1500 indivíduos. Determinação genética do sexo em
humanos
50. (UFRJ) Um pesquisador está estudando a genética de uma
espécie de moscas, considerando apenas dois locos, cada um Nos mamíferos, inclusive na espécie humana, a
com dois genes alelos: determinação genética do sexo é o XY, também chamado de
Loco 1 – gene A (dominante) ou gene a (recessivo) sistema Drosophila.
Loco 2 – gene B (dominante) ou gene b (recessivo) Na espécie humana, indivíduos 44AA + XX (com 44
Cruzando indivíduos AABB com indivíduos aabb, foram obtidos autossomos e 2 cromossomos X) são do sexo feminino; indivíduos
100% de indivíduos AaBb que, quando cruzados entre si, podem 44AA + XY são do sexo masculino. O cromossomo X é portador
formar indivíduos com os genótipos mostrados na Tabela 1 a de genes feminilizantes e o cromossomo Y é masculinizante. Em
seguir. todos os casos de alterações numéricas dos cromossomos
TABELA 1 sexuais, constata-se que indivíduos com Y são machos,
Gametas AB Ab aB ab independendo do número de cromossomos X. Por outro lado, se
AB AABB AABb AaBB AaBb há apenas cromossomos X, o sexo é feminino. Assim, durante o
Ab AAbB AAbb AabB Aabb desenvolvimento, a determinação do sexo passaria pelos
aB aABB aABb aaBB aaBb seguintes estágios:
ab aAbB aAbb aabB aabb
Sem interação entre os dois locos, as proporções fenotípicas 1. sexo cromossômico: depende dos cromossomos sexuais;
dependem de os referidos locos estarem ou não no mesmo 2. sexo genital: no início do desenvolvimento, as gônadas são
cromossomo. Na Tabela 2, a seguir, estão representadas duas indiferenciadas, podendo transformar-se em testículos ou ovários.
proporções fenotípicas (casos 1 e 2) que poderiam resultar do O que determina a diferenciação é a presença de uma região
cruzamento de dois indivíduos AaBb. denominada SRY, que leva à produção nos machos de uma
substância chamada antígeno-H-Y, produzida a partir do gene
TABELA 2 SRY, localizado no cromossomo Y, e que causa a diferenciação
Fenótipos Caso 1 Caso 2 da gônada em testículo. Na ausência da substância, a gônada se
A_B_ 9 7 diferencia em ovário. Em seguida, por ação hormonal,
A_bb 3 7 diferenciam-se os dutos (ou canais) das gônadas, e os órgãos
aaB_ 3 1 genitais externos;
aabb 1 1 3. sexo somático ou fenotípico: manifesta-se na puberdade,
Total 16 16 induzido pelos hormônios masculinos ou femininos, determinando
Identifique qual dos dois casos tem maior probabilidade de as características sexuais secundárias.
representar dois locos no mesmo cromossomo. Justifique
sua resposta. Balanço sexual em Drosophila
Apesar de o sistema XY ser conhecido como Drosophila, a
localização dos genes masculinizantes e feminilizantes em
Drosophila é diferente daquela que ocorre em humanos. Assim,
em Drosophila, o sexo é determinado por uma relação
denominada índice sexual (I.S.), que equivale a um balanço
gênico entre cromossomos X e autossomos.
Sistema ZW ou Abraxas
No sistema ZW, os indivíduos do sexo masculino
possuem dois cromossomos sexuais idênticos, sendo ditos ZZ, e
os indivíduos do sexo feminino possuem dois cromossomos Herança parcialmente ligada ao sexo
sexuais distintos, sendo ditos ZW. Assim, a fêmea é A herança que ocorre com genes alelos equivalentes em
heterogamética, produzindo gametas Z e gametas W e ambos os cromossomos sexuais é conhecida como herança
determinando o sexo da prole, e o macho é homogamético, parcialmente ligada ao sexo e se comporta como a herança
produzindo apenas gametas Z. Este sistema ocorre em algumas mendeliana clássica, ou seja, como a herança autossômica (não
aves, alguns peixes, borboletas, mariposas. sexual).
Mosaicismo
Um outro tipo de anomalia cromossômica que pode Genótipos Fenótipos
ocorrer na espécie humana é o chamado mosaicismo. No Homem Mulher
mosaicismo, apenas algumas áreas do corpo estão com sua CC calvo calva
constituição genética alterada. Um exemplo de mosaicismo se dá Cc calvo não-calva
em indivíduos em que somente certas células possuem cc não-calvo não-calva
características Down, por exemplo, sendo o fenótipo normal.
Podem, no entanto, apresentar uma ou outra característica isolada Herança restrita limitada ao sexo
que normalmente faz parte do grupo de traços existentes em Fala-se em herança limitada ao sexo quando um gene,
pessoas com síndrome de Down. embora presente em ambos os sexos, manifesta-se apenas em
Devido à cromatina sexual, mulheres heterozigotas para machos ou em fêmeas. É o caso da produção de pelos faciais,
genes localizados no cromossomo X podem ser um mosaico. que ocorre só em homens, e do desenvolvimento de mamas, que
Como a inativação de um dos cromossomos X é aleatória e se dá ocorre só em mulheres. Em ambos os casos, no entanto, há genes
no início do desenvolvimento embrionário, algumas partes do no sexo oposto para os caracteres, que não se manifestam devido
corpo da mulher adulta têm fenótipo recessivo (nessas áreas, o a condições hormonais.
gene dominante está no cromossomo X inativo), enquanto outras
partes do corpo têm fenótipo dominante (nessas áreas, o gene Algumas alterações em mulheres que usam anabolizantes
recessivo está no cromossomo X inativo). Em mulheres que fazem uso de testosterona como doping,
Uma curiosa situação ocorre em gatos. Os genes para a cabelos podem cair e pelos faciais podem surgir.
produção de pigmentos preto (p) e amarelo (a) estão no Por que os cabelos da atleta podem começar a cair?
cromossomo X. Há também genes autossômicos que condicionam Calvície é condicionada por um tipo de herança denominada
manchas brancas no corpo. Os gatos machos, XY, podem ser herança influenciada pelo sexo, onde os hormônios sexuais
pretos (XpY), amarelos (XaY), pretos com manchas brancas (genes influenciam a manifestação do gene. Assim, na calvície, o gene
autossômicos) ou amarelos com manchas brancas (genes para calvície é dominante na presença de hormônios masculinos e
autossômicos). Notem que ele tem no máximo duas cores recessivo na ausência destes. Se o homem for heterozigoto, será
diferentes. As fêmeas, XX, podem ser pretas (XpXp), amarelas calvo, se a mulher for heterozigota, não será calva. Provavelmente
(XaXa), pretas com manchas brancas (genes autossômicos), a referida atleta era heterozigota, sendo, pois, não calva. Mas com
amarelas com manchas brancas (genes autossômicos) ou ainda a aplicação de hormônios masculinos, a relação de dominância
pretas, amarelas e brancas simultaneamente. Essas gatas de 3 mudou e seu gene para calvície passou a ser o dominante,
cores são chamadas de “casco-de-tartaruga” ou cálicos e levando à perda de cabelos.
podem ser explicadas por serem heterozigotas (X pXa) com genes Por que o surgimento dos pelos faciais? Os pelos faciais,
para manchas brancas. Em algumas áreas do corpo, o gene para condição denominada hirsutismo, se explicam pelo fato de serem
amarelo está no cromossomo X inativo (esta região é preta); em condicionados por um caso de herança limitada ao sexo, estando
outras, o gene para preto está no cromossomo X inativo (esta os genes já presentes, mas inativos originalmente na mulher,
região é amarela); em outras, ocorrem manchas brancas. Apenas sendo, no entanto, ativados pela presença da testosterona.
fêmeas podem ser “casco-de-tartaruga”, pois só elas podem ser
heterozigotas (XpXa).
1. (ENEM)
Em abelhas, Apis mellifera, os óvulos não fertilizados originam
machos haploides. Experimentos em laboratório têm obtido
machos diploides e demonstram que os machos têm de ser
homozigotos para um gene, enquanto as fêmeas têm de ser
heterozigotas.
Disponível em: http://www.nature.com (adaptado).
Supondo que uma fêmea com genótipo AB se acasale com cinco
machos com genótipos diferentes A, B, C, D e E, conforme o
Herança restrita influenciada pelo sexo esquema. Qual a porcentagem de machos na prole desta fêmea?
Fala-se em herança influenciada pelo sexo quando,
independentemente de estarem ou não localizados em
cromossomos sexuais, certos genes expressam-se de maneira
diferente em machos e fêmeas. Assim, a expressão de
dominância ou recessividade dos alelos pode ser diferente
dependendo do sexo, o que deve ser em grande parte influenciado A) 40%, pois a fêmea teria descendentes machos apenas nos
pelo meio interno (hormônios sexuais, por exemplo). Um bom cruzamentos com os machos A e B.
exemplo na espécie humana é o gene para calvície, que é B) 20%, pois a fêmea produz dois tipos de gameta com relação a
dominante nos homens e recessivo nas mulheres. Assim, o esse gene, e os machos, cinco tipos no total.
heterozigoto de sexo masculino é calvo; a mulher heterozigota, ao C) 20%, pois a fêmea produz um tipo de gameta com relação a
contrário, é normal. Vejamos o quadro: esse gene, e os machos, cinco tipos no total.
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60 Biologia
D) 50%, pois a fêmea produz dois tipos de gametas com relação a III. A hipertricose auricular é um exemplo de herança influenciada
esse gene, e os machos, um tipo. pelo sexo. Ocorre quando alguns genes, embora presentes nos
E) 50%, pois a fêmea produz um tipo de gameta com relação a dois sexos, manifestam-se apenas nos homens.
esse gene, e os machos, cinco tipos. A) Somente I é incorreta, pois a calvície e um caso de herança
influenciada pelo sexo.
2. (UNIFOR) A distrofia muscular e a hemofilia são causadas por B) Somente III é incorreta, pois a hipertricose auricular é um
genes recessivos localizados no cromossomo X. Um casal de exemplo de herança com efeito limitado ao sexo.
fenótipo normal para ambos os caracteres tem a seguinte C) Somente I e II são corretas.
descendência: D) Somente a afirmação II é correta.
- um filho hemofílico, normal para a distrofia muscular; E) Somente II e III são corretas.
- uma filha normal para os dois caracteres;
- um filho com distrofia muscular, normal para a hemofilia. 7. (FCM-JP) Um homem afetado por certa doença, casa-se com
A possibilidade desse casal vir a ter uma filha com uma dessas uma mulher normal. Eles têm seis filhos (três meninas e três
anomalias meninos); todas as meninas têm a doença do pai, mas nenhum
A) depende da ocorrência de permuta no homem. dos meninos tem. Qual é a herança sugerida?
B) depende da ocorrência de permuta na mulher. A) Autossômica dominante. B) Ligada ao Y.
C) é elevada, pois a mulher pode ser portadora dos alelos C) Recessiva ligada ao X. D) Dominante ligada ao X.
recessivos. E) Autossômica recessiva.
D) é elevada, pois o homem transmite o cromossomo X com os
alelos recessivos. 8. (FCM-CG) Na espécie humana, o sexo do embrião é
E) é nula, pois o homem transmite o cromossomo X com os alelos determinado pelo 23º par de cromossomos, chamados
dominantes. cromossomos sexuais. Nos répteis, mesmo apresentando
fecundação interna e sendo ovíparos, um fator é importante na
3. (UNIFOR) Em determinada espécie de ave, o gene A determinação do sexo do futuro ser, que é o(a)
condiciona plumagem negra, enquanto que seu alelo A1 A) umidade. B) temperatura. C) calor.
condiciona plumagem amarela. Aves heterozigóticas para esse D) estação do ano. E) água.
caráter apresentam plumagem cinzenta. Sabendo-se que esse
caráter é ligado ao sexo e que nas aves o sexo heterogamético é 9. (UNP) Distrofia muscular de Duchenne é uma alteração
o feminino, espera-se que o cruzamento entre um macho amarelo genética letal recessiva e ligada ao sexo, que promove a atrofia
e uma fêmea negra produza na descendência das células musculares. Supondo-se que a terapia com células-
A) somente machos negros. tronco possa ser usada no tratamento da doença, substituindo-se
B) somente fêmeas amarelas. as células atrofiadas, pode-se esperar que os filhos homens de pai
C) somente machos cinzentos. doente e mãe portadora:
D) 100% dos machos cinzentos e 100% das fêmeas amarelas. A) tenham 50% de chance de manifestarem a doença.
E) 100% dos machos negros e 100% das fêmeas amarelas. B) sejam portadores do alelo, mas imunes à doença.
C) sejam todos afetados pela mesma doença do pai.
4. (FMJ) A transmissão de um distúrbio genético de pai para filho D) não manifestem a doença, quando homozigotos para esse
automaticamente exclui qual padrão de herança? caráter.
A) Autossômica dominante. B) Autossômica recessiva.
C) Ligada ao sexo. D) Cromossômica. 10. (UNINASSAU) O daltonismo é a incapacidade de diferenciar
E) Holândrica. as cores, e a hemofilia é a incapacidade de coagulação
sanguínea. Ambas as características são determinadas por genes
5. (UECE) Numere a coluna B de acordo com a coluna A recessivos ligados ao cromossomo X sexual. Uma mulher normal
associando cada tipo de organismo ao seu sistema de para a hemofilia e para o daltonismo, mas filha de pai daltônico e
determinação do sexo. hemofílico, casa-se com um homem normal para as duas
COLUNA A COLUNA B características. Supondo que os genes distam em 25
1. Aves (_) X0 morganídeos, qual a probabilidade de nascer um menino com
2. Abelhas melíferas (_) XY daltonismo, mas sem hemofilia?
3. Gafanhoto (_) ZW A) 3,75%. B) 6,50%. C) 13,0%. D) 26,0%. E) 52,0%.
4. Homem (_) Haploide-Diploide
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima 11. (UERN) Os genes são os principais fatores determinantes do
para baixo. sexo, pois neles estão situados os cromossomos sexuais. Por
A) 1; 2; 3; 4. B) 2; 3; 4; 1. C) 4; 1; 3; 2. D) 3; 4; 1; 2. esses cromossomos possuírem também genes para outras
características, a transmissão delas guarda alguma relação com o
6. (NOVAFAPI) Analise as afirmações sobre casos de herança sexo do individuo.
relacionados com o sexo e, em seguida, assinale a alternativa
correta.
I. A calvície é um caso de herança autossômica com efeito
limitado ao sexo. Caracteriza-se pela variação de dominância e
recessividade de alelos em função do sexo do indivíduo.
II. Um homem hemofílico casado com uma mulher homozigota
Desse modo, o heredograma pode se referir a um tipo de herança
normal terá todos os filhos normais, independentemente do sexo.
relacionada ao sexo, denominada herança
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Biologia 61
A) restrita ao sexo. B) limitada pelo sexo. criada a partir de um óvulo que se misturou com o núcleo de
C) influenciada pelo sexo. D) ligada ao cromossomo Y. Rainbow.
C) efeito pleiotrópico, no qual a ação do par de genes é
12. (UPE) A determinação do sexo nos seres vivos está responsável pela ocorrência simultânea de diversas características
condicionada a diversos sistemas que envolvem processos e que ativa os dois cromossomos X da fêmea, no caso de haver
mecanismos distintos, importantes para a perpetuação e clonagem.
manutenção das espécies. Na maioria dos casos, é determinado D) processo de inativação ao acaso de um dos cromossomos X da
por mecanismos genéticos, que caracterizam os sexos opostos. fêmea, relacionado a genes que aparecem em heterozigose,
Em alguns grupos de organismos, um par de cromossomos resultando em padrão de pelagem diferente, mesmo quando os
sexuais é diferenciado no cariótipo de indivíduos do sexo feminino indivíduos são geneticamente idênticos.
e do sexo masculino; em outros, não há diferenças morfológicas E) tipo de herança quantitativa, em que os genes possuem efeito
entre os cromossomos, embora alguns deles contenham os genes aditivo e recebem o nome de poligenes. Assim, em cada gata,
que definem os sexos. Em relação aos sistemas de determinação haverá um padrão de pelagem diferente, pois só funcionará um
do sexo, analise as afirmativas a seguir: cromossomo X por indivíduo.
I. Na maioria das espécies, indivíduos sem cromossomo “X” ou “Z”
não conseguem sobreviver por possuírem grande quantidade de 14. (FUVEST) No heredograma abaixo, o símbolo ■ representa
genes envolvidos em diversas características, enquanto o um homem afetado por uma doença genética rara, causada por
cromossomo “Y” ou “W” não afeta a sobrevivência por apresentar mutação num gene localizado no cromossomo X. Os demais
pouquíssimos genes. indivíduos são clinicamente normais.
II. Nas espécies dioicas, tais como a maioria dos vertebrados e
das plantas com flores, a determinação do sexo por intermédio do
sistema XY ocorre no momento da fecundação e depende da ação
de genes específicos, que atuam no desenvolvimento do novo
organismo, tornando-o macho ou fêmea.
III. No sistema de determinação sexual XY, as fêmeas são
capazes de originar apenas um tipo de gameta, com metade dos
alossomos e um autossomo sempre X. Já o macho é
heterogamético, produzindo gametas com autossomo X ou As probabilidades de os indivíduos 7, 12 e 13 serem portadores do
autossomo Y. alelo mutante são, respectivamente,
IV. No sistema de determinação X0, as fêmeas são A) 0,5; 0,25 e 0,25. B) 0,5; 0,25 e 0. C) 1; 0,5 e 0,5.
homogaméticas por possuírem cromossomos homólogos (XX), D) 1; 0,5 e 0. E) 0; 0 e 0.
originando apenas um tipo de gameta, e os machos são
heterogaméticos por possuírem cromossomos homólogos (X0), 15. (UNESP) Em geral, os cromossomos sexuais nos mamíferos
originando dois tipos de gametas. são iguais nas fêmeas e diferentes nos machos. Nestes, o
V. No sistema de herança sexual ZW de algumas espécies de cromossomo do tipo Y possui genes, tamanho e morfologia
répteis e aves, a heterogamia é mostrada pelas fêmeas, por diferentes daqueles do cromossomo do tipo X. Nas aves, ocorre o
apresentar cromossomos sexuais (ZW), enquanto a homogamia é contrário. A fêmea apresenta cromossomos sexuais diferentes;
mostrada pelo macho (ZZ), assim é a fêmea que determina o sexo nesse caso, chamados de tipo Z, o maior, e de tipo W, o menor.
da prole. As figuras A e B representam, respectivamente, os cromossomos
Estão corretas, apenas: de um homem e de um macho de arara-azul. Em A são
A) I, II, IV e V. B) I, II, III e V. C) I, II e V. representados, no destaque, os cromossomos sexuais de uma
D) I, II, III e IV. E) I, II e III. mulher (XX) e, em B, no destaque, os cromossomos sexuais de
uma arara-azul fêmea (ZW).
13. (UPE) Em gatos malhados, certas regiões do corpo
apresentam coloração preta (XP) ou amarelo-alaranjado (XA),
relacionadas a genes presentes no cromossomo X, entremeadas
por áreas de pelos brancos, condicionadas pela ação de genes
autossômicos de caráter recessivo (bb). As fêmeas heterozigotas
apresentam três cores e recebem a denominação de cálico,
enquanto os machos possuem apenas duas cores. No Texas
(EUA), ocorreu a clonagem de uma gatinha cálico chamada
Rainbow, e, para surpresa dos pesquisadores, o clone que deveria
ser idêntico à matriz apresentou um padrão de manchas diferentes
da original. Isso ficou conhecido como o caso Carbon Copy ou
Copy Cat. A clonagem da gatinha não foi bem sucedida devido
à(ao)
A) adição de um cromossomo X em certo par, constituindo uma Considerando tais informações, é correto afirmar que
trissomia e elevando a homozigose; por isso, a clonagem de um A) tanto em aves quanto em mamíferos, o conjunto de
cálico nunca resultará em um mesmo padrão. espermatozoides carregará sempre um cromossomo sexual de um
B) deleção de determinada região do cromossomo X, causando mesmo tipo.
um fenótipo diferente do esperado, visto Carbon Copy ter sido B) tanto em aves quanto em mamíferos, o conjunto de óvulos
carregará sempre um cromossomo sexual de um mesmo tipo.
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62 Biologia
C) na gametogênese de fêmeas de aves, após a metáfase I, as 19. (UFV) O exame citogenético de um indivíduo normal revelou
duas células resultantes da divisão anterior apresentarão que o seu cromossomo Y contém, aproximadamente, 30% a mais
cromossomos sexuais de mesmo tipo. de heterocromatina na região distal, em relação ao padrão de
D) na gametogênese de machos de mamíferos, após a metáfase cromossomo Y presente na população. Embora sem nenhuma
II, as duas células resultantes da divisão anterior apresentarão manifestação fenotípica aparente, ele fez algumas suposições
cromossomos sexuais de mesmo tipo. sobre a herança desse cromossomo. Assinale a suposição que
E) tanto na prole de aves quanto na de mamíferos, o zigoto que está geneticamente coerente:
herdar o menor cromossomo sexual será do sexo masculino. A) Se eu tenho este Y, todos os meus descendentes também o
terão.
16. (UNIFESP) Em uma população de mariposas, um pesquisador B) Entre as minhas filhas, apenas 50% terão esse cromossomo.
encontrou indivíduos de asas pretas e indivíduos de asas cinza. C) Acho que o meu pai herdou essa condição genética da mãe
Ele cruzou machos pretos puros com fêmeas cinza puras. Obteve dele.
machos e fêmeas pretas em F1. Cruzou os descendentes F1 entre D) Provavelmente esse Y ficou grande para ser o homólogo do X.
si e obteve, em F2, 100% de machos pretos, 50% de fêmeas E) Se o meu irmão não tiver esse Y, talvez ele não seja meu
pretas e 50% de fêmeas cinza. Em cruzamentos de machos cinza irmão.
puros com fêmeas pretas puras, ele obteve, em F1, machos pretos
e fêmeas cinza. Cruzando estes F1 entre si, obteve machos e 20. (UFJF) Em relação aos Heredogramas 1, 2, 3 e 4
fêmeas pretos e cinza na mesma proporção. Aponte, a partir dos apresentados abaixo, é correto afirmar que os padrões de herança
resultados obtidos, qual o padrão de herança de cor das asas e são, respectivamente:
qual o sexo heterogamético nessas mariposas.
A) Autossômica, a cor preta é recessiva e a fêmea é o sexo
heterogamético.
B) Autossômica, a cor preta é recessiva e o macho é o sexo
heterogamético.
C) Restrita ao sexo, a cor cinza é recessiva e o macho é o sexo
heterogamético.
D) Ligada ao sexo, a cor preta é dominante e o macho é o sexo
heterogamético.
E) Ligada ao sexo, a cor preta é dominante e a fêmea é o sexo
heterogamético.
Note que a proporção fenotípica é de 1 negro:4 mulatos- No caso da cor da pele, o cruzamento de dois mulatos
escuros:6 mulatos-médios:4 mulatos-claros:1 branco, ou seja, de médios heterozigotos dava os 5 fenótipos, assim distribuídos:
1:4:6:4:1. 1 negro:4 mulatos escuros:6 mulatos médios:4 mulatos
Repare que a menor proporção obtida é sempre a dos claros:1 branco.
fenótipos extremos: 1/16 de negros (AABB) e 1/16 de brancos
(aabb). Os indivíduos intermediários, mulato médio (Aabb, aaBB, Observe agora a linha do triângulo com 5 números e
AaBb), existem em maior proporção: 6/16. compare as proporções.
Observe que os fenótipos se distribuíram segundo os Em exercícios a seguir, vamos dar outros exemplos do uso
coeficientes do desenvolvimento do binômio de Newton (p + q) n, do triângulo.
onde p representa os genes aditivos (A, B etc.), q representa os
genes que não condicionam acréscimo de fenótipo (a, b etc.) e n EXERCÍCIO COMENTADO: Numa determinada espécie de
representa o número de genes envolvidos. vegetal, a altura do pé varia de 150cm a 180cm, de 5 em 5cm.
No caso da flor de maravilha teríamos: p = gene V, q = Sabendo-se que se trata de um caso de herança quantitativa,
gene B e n = 2. Então, desenvolvemos (p + q)², temos: 1p² + 2pq + pergunta-se:
1q² ou “traduzindo”, 1VV (vermelho) para 1VB (rosa) para 1 BB a) Quantos pares de genes estão envolvidos nessa herança?
(branco). b) Quais são os genótipos dos indivíduos com fenótipos
No caso da cor da pele, p representa os genes (A e B) extremos?
que adicionam pigmento; q representa os genes a e b que não c) Qual é o resultado fenotípico (altura) do cruzamento entre
adicionam; e n seria igual a 4 (4 genes). Temos que (p + q)4: dois extremos?
1p4 + 4p3q + 6p2q2 + 4pq3 + 1q4 d) Se dois heterozigotos forem cruzados entre si, que
proporções fenotípicas se esperam?
Ou seja:
Resolução:
1:4:6:4:1
a) Estamos lembrados que o número de genes envolvidos é igual
ao número de fenótipos 1; é útil, portanto, determinar os
Proporção 1 4 6 4 1 fenótipos, que variam de 5 em 5cm: 150cm, 155cm, 160cm,
fenotípica 165cm, 170cm, 175cm, 180cm. Se existem 7 fenótipos possíveis,
Fenótipo Negro Mulatos- Mulatos- Mulatos- Brancos o número de genes envolvidos é portanto 6 (3 pares).
escuros médios escuros b)
Número de 4 3 2 1 0 O genótipo de 150cm é: aabbcc
genes O genótipo de 180cm é: AABBCC
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72 Biologia
Repare que cada gene (A, B ou C) acrescenta 5cm ao fenótipo Os pesquisadores chegaram à conclusão, a partir da observação
básico de 150cm. da prole, que a altura nessa planta é uma característica que
c) A) não segue as leis de Mendel.
AABBCC x aabbcc B) não é herdada, e, sim, ambiental.
↓ C) apresenta herança mitocondrial.
AaBbCc D) é definida por mais de um gene.
O cruzamento dará um triíbrido com 3 genes “acrescentadores”, E) é definida por um gene com vários alelos.
que adicionarão 15cm (3 x 5cm) ao fenótipo básico, de 150cm.
Portanto, o fenótipo desses indivíduos será de 165cm. 2. (UNIFOR) A prole de um macho de plumagem branca com uma
d) O cruzamento entre dois heterozigotos dará todas as classes fêmea de plumagem preta é cinza. A explicação mais simples para
fenotípicas existentes. Para sabermos as proporções, recorremos este padrão de herança é
à linha do triângulo de Pascal que contém 7 números: A) pleiotropia. B) segregação independente.
1:6:15:20:15:6:1 C) dominância incompleta. D) heterose.
E) desequilíbrio de ligação.
Temos então:
150cm 155cm 160cm 165cm 170cm 175cm 180cm 3. (UNICHRISTUS)
1/64 6/64 15/64 20/64 15/64 6/64 1/64
1. (ENEM) Após a redescoberta do trabalho de Gregor Mendel, 5. (UECE) Analise as assertivas abaixo.
vários experimentos buscaram testar a universalidade de suas I. Em camundongos, quando se cruza um indivíduo preto de
leis. Suponha um desses experimentos, realizado em um mesmo genótipo AApp com um branco de genótipo aaPP obtém-se um
ambiente, em que uma planta de linhagem pura com baixa indivíduo aguti de genótipo AaPp. Cruzando-se os indivíduos
estatura (0,6 m) foi cruzada com uma planta de linhagem pura de heterozigotos de F-1, obtém-se uma progênie de 9/16 aguti; 3/16
alta estatura (1,0 m). Na prole (F1) todas as plantas apresentaram preto; e 4/16 brancos. Como a proporção fenotípica do diibridismo
estatura de 0,8 m. Porém, na F2 (F1 x F1) os pesquisadores está alterada, estamos diante de um caso de epistasia dominante.
encontraram os dados a seguir. II. A proporção fenotípica 9/16 preta-curta; 3/16 preta-longa; 3/16
Altura da planta (em metros) Proporção da prole marrom-curta; e 1/16 marrom longa acontece em porquinhos da
1,0 63 índia para a cor da pelagem e o tamanho dos pelos. Daí, podemos
afirmar corretamente que se trata de um caso de segregação
0,9 245
independente do tipo diibridismo.
0,8 375
III. Quando se cruza periquitos de plumagem amarela com
0,7 255
periquitos de plumagem azul, ambos puros, obtém-se periquitos
0,6 62
de plumagem verde. Quando se cruza os periquitos de F-1 entre si
Total 1000 obtém-se uma F-2 com a seguinte proporção fenotípica: 9/16
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Biologia 73
verdes; 3/16 azuis; 3/16 amarelos; 1/16 brancos. Observa-se que A) 9/16. B) 7/16. C) 4/16. D) 1/16.
essa proporção é a mesma do diibridismo, porém com classes
fenotípicas alteradas para a manifestação, apenas da cor. 11. (UECE) Sabendo-se que a altura humana é determinada por
Portanto, estamos diante de um caso de interação gênica. genes aditivos e supondo-se que 3(três) pares de alelos efetivos
São verdadeiras as assertivas determinam o fenótipo alto de 1,95m; que as classes de altura
A) I e II apenas. B) I e III apenas. C) II e III apenas. D) I, II e III. variam de 5 em 5cm; que o fenótipo baixo é determinado pelos
mesmos 3(três) pares de alelos não efetivos, realizando-se o
6. (UECE) Sabe-se que a herança da cor da plumagem de cruzamento entre tri-híbridos espera-se encontrar, na classe de
periquitos australianos é um caso de interação gênica 1,85m uma proporção fenotípica de:
condicionada por dois pares de alelos. Quando ambos os loci são A) 3/32. B) 15/64. C) 5/16. D) 1/64.
dominantes então a cor é verde. Quando apenas um locus é
recessivo a cor poderá ser azul ou amarela, dependendo de qual 12. (UECE) Examinando a progênie do cruzamento entre dois
loci seja recessivo. Quando ambos os loci são recessivos a cor é galináceos foram obtidos os dados da tabela abaixo:
branca. A progênie de um casal de periquitos, cuja coloração é TIPO DE CRISTA QUANTIDADE
amarela e azul, respectivamente, para macho e fêmea, expressa Noz 36
os quatro fenótipos coloridos, verde, azul, amarelo e branco. Rosa 36
Podemos afirmar que o genótipo do casal é Ervilha 12
A) AaBb x AaBb. B) AABb x AaBB. Simples 12
C) aaBb x Aabb. D) aaBB x AAbb. Total 96
Com relação ao genótipo dos pais podemos afirmar, corretamente
7. (UECE) O número de classes fenotípicas que são produzidas que:
numa herança poligênica que formam 256 genótipos numa F2 é A) RREe x rrEe. B) RrEe x Rree. C) RrEe x rrEe. D) RrEe x RrEe.
de:
A) 6. B) 7. C) 8. D) 9. 13. (UECE) Na epistasia recessiva duplicada a proporção
mendeliana 9:3:3:1 é alterada para 9:7. Do cruzamento de dois
8. (UECE) Sabe-se que, na pigmentação da pele em porcos, o heterozigotos, para dois pares de genes localizados em
gene que determina a cor vermelha é epistático sobre aquele que cromossomos não-homólogos (AaBb x AaBb), podemos afirmar
determina a cor amarela, e que esta (a cor amarela) só se sobre este tipo de interação que:
manifesta no caso de um dos dois loci responsáveis pela A) somente aa é epistático sobre B e b.
coloração ser recessivo. A coloração branca representa a B) B e b são hipostáticos sobre aa, assim como bb é epistático
ausência de pigmentos e ocorre quando ambos os loci são sobre A e a.
recessivos. O cruzamento entre dois porcos amarelos e C) A é epistático sobre B e b.
homozigotos para os dois loci envolvidos resultou em F1 porcos D) aa é hipostático sobre B e b, assim como bb é epistático sobre
vermelhos, os quais cruzados entre si produziram uma F2 na A e a.
proporção de 9 porcos vermelhos para 6 amarelos para 1 branco
(9:6:1). Podemos concluir, corretamente, que o genótipo parental 14. (UECE) A anemia falciforme é uma doença causada em
era virtude de uma mutação gênica. Marque a opção verdadeira com
A) AABB x aabb. B) aaBb x Aabb. relação a esta anomalia:
C) AaBb x AaBb. D) AAbb x aaBB. A) É uma doença ligada ao sexo e atinge principalmente os
indivíduos do sexo masculino.
9. (UECE) Suponha que determinada planta produza flores B) As principais células afetadas são os linfócitos T.
brancas, vermelhas, róseas e cremes. A cor branca é C) O gene responsável por esta alteração é pleiotrópico.
condicionada por um alelo (a) que inibe a produção do pigmento D) A doença caracteriza-se pelo metabolismo anômalo de
creme sem, contudo, inibir a produção do pigmento vermelho; fenilalanina.
porém interage com o alelo que o produz (alelo para vermelho)
para expressar a cor rósea. O alelo (A) é dominante para 15. (UECE) Na poligenia, ou herança quantitativa, sabe-se que os
condicionar a produção de pigmentos. Um outro par de alelos pares de genes não-alelos somam ou acumulam seus efeitos,
condiciona a produção de pigmentos e, quando recessivo, permitindo uma maior variação fenotípica, além da variação
condiciona a cor creme; quando dominante condiciona a cor ocasionada pela recombinação de genes alelos. Sabendo-se que
vermelha. A razão fenotípica de flores brancas e de flores cremes a altura em determinada planta é condicionada por 3 (três) pares
que é esperada, de um cruzamento do duplo heterozigoto AaCc X de genes efetivos, o número de tipos de fenótipos diferentes e a
AaCc é, respectivamente: proporção fenotípica esperada no fenótipo altura média,
A) 1/16 e 3/16. B) 3/16 e 1/16. C) 3/16 e 3/16. D) 1/16 e 1/16. respectivamente, na F-2 do cruzamento dos indivíduos AABBCC x
aabbcc, são:
10. (UECE) Sabe-se que um tipo de surdez humana tem origem A) 5 e 6. B) 6 e 10. C) 7 e 20. D) 8 e 30.
genética, sendo causada por dois pares de genes recessivos, que
se situam em pares de cromossomos homólogos diferentes, os 16. (FACID) Quando se analisa estatisticamente os registros de
quais interagem para manifestar a anomalia, que é condicionada corrida de cavalos puro-sangue, descobre-se que uma quantidade
por má formação da cóclea e/ou má formação do nervo auditivo, considerável de variações de desempenho nas pistas é devida às
ambos, fenótipos recessivos. Do casamento de pais normais, diferenças genéticas, levando-se a crer que o caráter velocidade,
heterozigotos para os dois loci, espera-se uma descendência na em corrida, é hereditário. Temos então que, a análise genética de
qual a surdez se manifestará na seguinte razão: características complexas, tais como a velocidade dos cavalos de
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74 Biologia
corrida é conhecida como genética quantitativa. Em um haras foi B) o fato do animal II possuir um gene inibidor dominante, não
cruzado um cavalo veloz com uma égua lenta obtendo-se em F1 impede de se encontrar outro exemplo em que o mesmo gene seja
indivíduos com caracteres intermediários que, quando cruzados recessivo.
entre si, geraram 256 descendentes, sendo 4 tão rápidos e 4 tão C) os dois animais apresentam interações não epistáticas, em que
lentos quanto a geração parental. Diante do exposto se pode a proporção 9:3:3:1 indica que agem dois pares de alelos, como
concluir que o número de pares de genes atuando na ocorre no di-hibridismo clássico mendeliano.
determinação do caráter estudado é: D) o animal II apresenta uma interação não epistática, em que a
A) 6. B) 3. C) 4. D) 5. E) 8. presença de dois genes dominantes originam um fenótipo
diferente dos fenótipos produzidos por cada par separadamente.
17. (FCM-JP) A Sra. Eugênia levou seu filho de 2 anos ao
pediatra, relatou que Pedro, apresentava infecções respiratórias 21. (UFPE) Na espécie humana há um gene que exerce ação
frequentes e seu suor era excessivamente salgado. O médico simultaneamente sobre a fragilidade óssea, a surdez congênita e a
após a avaliação clínica e exames laboratoriais, concluiu que a esclerótica azulada. Assinale a alternativa que define o caso
criança apresentava fibrose cística, doença genética causada por A) Ligação genética. B) Penetrância completa.
um alelo defeituoso em um único gene determinando várias C) Pleiotropia. D) Herança quantitativa.
características como doença pulmonar crônica, insuficiência E) Polialelia.
pancreática, aumento da concentração de cloretos no suor,
obstrução intestinal e interrupção da função hepática. Estas 22. (UPE) Em cães da raça labrador, a cor dos pelos pode ser
características são condicionadas por mecanismos genéticos do preta, marrom ou dourada, sendo determinada por dois pares de
tipo: alelos. O alelo C permite a formação de pigmentos, e essa
A) Pleiotropia. B) Interação epistática. característica é dominante em relação à falta de pigmento
C) Epitasia dominante. D) Co-dominância. condicionada pelo alelo c. No entanto, quando o par cc está
E) Polimorfismo genético. presente no genótipo, ele exerce efeito epistático sobre os alelos
M e m. O alelo M determina a formação de pelos pretos em
18. (UNP) No que se refere ao desenvolvimento do chamado relação à característica recessiva, pelos marrons, determinado
milho híbrido, sabe-se que o cruzamento de duas linhagens pelo alelo m. Do cruzamento de cães labradores pretos
homozigotas selecionadas pode produzir espigas maiores e de heterozigóticos para os dois pares de alelos, que prole é possível
melhor qualidade comercial, em consequência da alta se obter?
A) taxa de crossing-over. A) 15 pretos (9 C_M_ , 3 C- mm e 3 ccMm) para 1 dourado
B) interação de genes recessivos. (ccmm).
C) frequência de genes em heterozigose. B) 12 pretos (9 C_M_ e 3 C-mm) para 4 marrons (3 ccM_ e 1
D) inativação de alelos codominantes. ccmm).
C) 12 pretos (9 C_M_ e 3 C-mm) para 3 marrons (ccM_) para
19. (UESPI) Observando o esquema abaixo, é possível concluir 1dourado (ccmm).
que: D) 9 pretos (C_M_) para 7 marrons (3 C-mm , 3 ccMm e 1 ccmm).
E) 9 pretos (C_M_) para 3 marrons (C_mm) para 4 dourados (3
ccM_ e 1 ccmm).
25. (UNESP) A altura de uma certa espécie de planta é 28. (UFJF) Suponha que, para uma espécie X de planta, a altura
determinada por dois pares de genes A e B e seus respectivos varia de 4 a 36 cm. Quando uma planta de 4 cm (P1) é cruzada
alelos a e b. Os alelos A e B apresentam efeito aditivo e, quando com uma planta de 36 cm (P2), toda a progênie da geração F1 é
presentes, cada alelo acrescenta à planta 0,15m. Verificou-se que composta de plantas de 20 cm. Na geração F2, resultante do
plantas desta espécie variam de 1,00m a 1,60m de altura. cruzamento de plantas F1, uma distribuição contínua é observada,
Cruzando-se plantas AaBB com aabb pode-se prever que, entre sendo que a maioria das plantas apresenta 20 cm e 3 das 200
os descendentes, plantas obtidas têm o mesmo tamanho de P1. Qual é o número de
A) 100% terão 1,30m de altura. genes envolvido com esse caráter e seu modo de herança?
B) 75% terão 1,30m e 25% terão 1,45m de altura. A) 3 pares de genes; herança poligênica.
C) 25% terão 1,00m e 75% terão 1,60m de altura. B) 1 par de gene; herança de dominância completa.
D) 50% terão 1,15m e 50% terão 1,30m de altura. C) 2 pares de genes; herança pleiotrópica.
E) 25% terão 1,15m, 25% 1,30m, 25% 1,45m e 25% 1,60m de D) 4 pares de genes; herança epistática.
altura. E) 1 par de gene; herança de codominância.
26. (UNIFESP) Os gráficos I e II representam a frequência de 29. (UFG) Leia as informações a seguir. Em uma dada espécie de
plantas com flores de diferentes cores em uma plantação de abóbora, a interação de dois pares de genes condiciona a
cravos (I) e rosas (II). variação fenotípica dos frutos. Frutos na forma discoide são
resultantes da presença de dois genes dominantes. A forma
esférica deve-se à presença de apenas um dos dois genes
dominantes. Já a forma alongada é determinada pela interação
dos dois genes recessivos. De acordo com as informações, o
cruzamento entre uma abóbora esférica duplo homozigota com
uma abóbora alongada resulta, na linhagem F1, em uma
proporção fenotípica de:
A) 6/16 alongada. B) 8/16 esférica. C) 9/16 discoide.
D) 16/16 alongada. E) 16/16 esférica.
30. (UFC)
Em estudo publicado na revista Nature de 25 de junho passado,
pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, afirmam
Os padrões de distribuição fenotípica são devidos a: que o gene CYP2A6 está ligado à dependência das pessoas ao
A) I: 1 gene com dominância; II: 1 gene com dominância cigarro. Este gene, em sua forma normal, codifica a síntese de
incompleta. uma enzima que metaboliza a nicotina, tornando as pessoas
B) I: 1 gene com dominância incompleta; II: vários genes com dependentes. Eles afirmam, ainda, que há, na espécie humana,
interação. três alelos para este gene: um normal e dois defeituosos.
C) I: 1 gene com dominância incompleta; II: 1 gene com alelos Fumantes portadores de dois alelos normais (homozigoto para o
múltiplos. alelo normal) são altamente dependentes do cigarro, enquanto
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76 Biologia
que portadores de dois dos alelos defeituosos, apesar de
fumantes, jamais se tornam dependentes. Por outro lado, 34. (UFRN) A cor da pele humana é conseqüência do efeito
fumantes heterozigotos, portadores de um alelo normal e outro cumulativo de mais de um gene, de modo que cada gene contribui
defeituoso, são moderadamente dependentes, consumindo 20% igualmente para o fenótipo. O gráfico que representa a proporção
menos cigarros que os fumantes inteiramente dependentes. fenotípica nesse tipo de herança é
Com base no texto acima, é correto afirmar que a dependência ao
cigarro determinada pelo gene CYP2A6 é um caso de:
A) herança quantitativa, pois o fenótipo apresenta uma
continuidade entre dependentes e não dependentes.
B) pleiotropia, pois o heterozigoto apresenta fenótipo diferente de
ambos os homozigotos.
C) epistasia recessiva, pois qualquer um dos alelos defeituosos
inibe, parcialmente, a ação do alelo normal.
D) dominância completa da forma normal do gene CYP2A6 sobre
as formas defeituosas.
E) dominância incompleta entre a forma normal e as defeituosas
do gene CYP2A6.
Questões discursivas
Leeuwenhöek e a descoberta dos microorganismos Spallanzani pensou que a vedação com rolhas poderia ter deixado
Com a difusão do microscópio e a descoberta dos algum espaço para a penetração de microorganismos. Também,
microorganismos pelo holandês Anton Von Leeuwenhöek em que talvez o tempo de fervura que Needham usou não tinha sido
1678, a abiogênese voltou com força total, pelo menos para suficiente para eliminar todos os microorganismos, tendo alguns
explicar a origem de microorganismos. Esses, segundo se sobrevivido e não sido percebidos (esporos bacterianos não são
acreditava, eram tão simples que não precisariam se reproduzir, visíveis ao microscópio óptico; apenas colônias bacterianas são
surgindo então por geração espontânea. visíveis ao microscópio óptico).
O que ocorria, é que quando se deixava um recipiente com Para corrigir essas falhas nos experimentos de Needham,
material orgânico, os microorganismos aparentemente Spallanzani adotou o cuidado de vedar melhor os frascos, que
proliferavam a partir do nada. Na verdade, bactérias não são passaram a ser hermeticamente fechados: ao invés de usar
visíveis individualmente ao microscópio óptico, só ao rolhas, os gargalos foram derretidos, para garantir a não entrada
microscópio eletrônico (desenvolvido somente em 1932). Somente de microorganismos do ar. Além disso, a fervura passou a ocorrer
colônias bacterianas podem ser vistas ao microscópio óptico. por bem mais tempo. Desse modo, Spallanzani promovia a
Fenômenos como a bipartição em bactérias também não são esterilização dos meios de cultura, pela eliminação de todas as
visíveis ao microscópio óptico. formas de vida na infusão. Isso inclusive possibilitou o
Como não era possível a observação de uma única desenvolvimento da indústria de conservas.
bactéria, não se podia observar bactérias trazidas pelo ar Alguns dias após a esterilização, ele abria os frascos e
chegando ao meio com matéria orgânica, se reproduzindo e examinava a solução nutritiva. Nenhum organismo estava
originando colônias. O que se via era, simplesmente, colônias presente. Spallanzani explicava que Needham não havia fervido a
bacterianas aparecendo repentinamente, dando a impressão de sua solução nutritiva tempo suficientemente longo para matar
que surgiam por geração espontânea. todos os microorganismos da solução, esterilizando-a (hoje se
sabe que esporos bacterianos resistem a grandes temperaturas).
O experimento de Joblot e as “sementes” de Needham respondeu a essas críticas dizendo que
Spallanzani, ao ferver por muito tempo as substâncias nutritivas
microorganismos em recipientes hermeticamente fechados, havia destruído a “força
O francês Louis Joblot, em 1711, foi o primeiro a propor vital” e tornado o ar desfavorável ao aparecimento da vida. Tá
uma origem alternativa para os microorganismos, que não a bom, eu sei que não tem nada a ver, mas muita gente acreditou
geração espontânea. Ele ferveu um caldo nutritivo à base de carne nessa desculpa esfarrapada...
e o repartiu em vários frascos limpos, sendo que alguns ficavam Alguns anos depois, o gás oxigênio foi descoberto e
abertos e outros fechados com pergaminhos. Após alguns dias, ao passou-se a compreender seu papel essencial na manutenção da
observar os frascos ao microscópio, Joblot percebeu que os vida. Para muitos estudiosos, o oxigênio passou a ser interpretado
frascos abertos estavam repletos de microorganismos, mas os como o princípio vital, reforçando a posição de Needham.
frascos fechados não. Desse modo, Joblot concluiu que os E aí, como convencer a todos que o ar não ficava
microorganismos eram provenientes de “sementes” provenientes “estragado” devido ao calor intenso e que essa história de
do ar, e não através de mecanismos de abiogênese. princípio vital não existia?
A polêmica Needham X Spallanzani O experimento com o balão pescoço de cisne de
Por volta de 1745, o cientista inglês John T. Needham
realizou vários experimentos que "provavam" a existência da
Pasteur derruba a abiogênese
geração espontânea para microorganismos (ou pelo menos ele O pesquisador francês Louis Pasteur deu grandes
assim pensava...). Needham submetia à fervura frascos contendo contribuições à ciência. Ele é um dos autores da Teoria dos
substâncias nutritivas. Após a fervura, fechava os frascos com Germes, que afirma que doenças específicas são causadas por
rolhas e deixava-os em repouso por alguns dias. Depois desse microorganismos específicos. Eu sei, pode parecer óbvio hoje em
período, examinando essas soluções ao microscópio, Needham dia, mas no século XIX, a compreensão dos mecanismos
observava a presença de microorganismos. responsáveis pelo surgimento de doenças estava só começando.
O que ocorreu na verdade é que a fervura eliminou a E a contribuição de Pasteur foi essencial.
maioria dos microorganismos, mas esporos resistiram. Como eles Além disso, Pasteur idealizou um experimento que
são células bacterianas isoladas, não são visíveis ao microscópio derrubou de vez as crenças abiogenéticas. Em seus
óptico. Assim, Needham interpretou como se todos os experimentos, desenvolveu a técnica de pasteurização, pela qual,
microorganismos tivessem sido eliminados. Quando o meio de através do rápido aquecimento e resfriamento do material,
cultura resfriou, os esporos voltaram à forma ativa e, se microorganismos são eliminados por choque térmico, não havendo
reproduzindo, deram origem a novas colônias. A explicação que tempo para a formação de esporos bacterianos de bactérias
Needham deu para os seus resultados foi que os microorganismos patogênicas. Essa técnica foi desenvolvida com o objetivo de
teriam surgido por geração espontânea. Isso porque, ao ferver as eliminar qualquer forma de vida que pudesse atrapalhar os
substâncias nutritivas, todas as formas vivas que ali já se resultados de seus experimentos relacionados à geração
encontravam teriam morrido. O fato de se manterem os frascos espontânea. Graças à pasteurização, o desenvolvimento da
fechados teria impedido a entrada de microorganismos presentes indústria de laticínios se tornou possível, pois preserva no leite
no meio. Assim, na idéia de Needham, os que ali surgiram só bactérias como os Lactobacillus, que são úteis por tomarem parte
poderiam ter surgido por geração espontânea. Ele dizia que a da microflora bacteriana intestinal.
solução nutritiva continha uma “força ou princípio vital” Os experimentos de Pasteur sobre geração espontânea
responsável pelo surgimento das formas vivas. tiveram um incentivo extra. Em 1860, a Academia Francesa de
Em 1770, o padre italiano Lazzaro Spallanzani repetiu os Ciências ofereceu um prêmio a quem pudesse resolver a polêmica
experimentos de Needham, mas com algumas diferenças. da existência ou não da “força vital”.
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82 Biologia
Louis Pasteur estava realmente interessado em resolver De volta, Pasteur teve que pensar em outro experimento
esse problema. Tanto, que, como defensor das ideias da que não deixasse nenhuma dúvida.
biogênese, imaginou uma série de experiências que pudessem
mostrar a inexistência da força vital. Convencido de que os O balão pescoço de cisne
microorganismos nos caldos de cultura surgiam não por geração Depois de várias ideias de Pasteur, a que resolveu o
espontânea, mas por serem trazidos a partir do ar, Pasteur se viu problema foi o experimento com o “balão pescoço de cisne”, em
diante de um impasse: se ele repetisse a experiência de 1862.
Spallanzani com o frasco fechado, os defensores a abiogênese Pasteur preparou quatro frascos de vidro contendo caldos
argumentariam que o princípio vital tinha sido destruído; se a nutritivos e amoleceu seus gargalos no fogo, esticando-os e
experiência fosse feita com o frasco aberto, o ar traria curvando-os de modo que tomassem a forma de um pescoço de
microorganismos e os defensores da abiogênese argumentariam cisne. Durante todo o experimento, o frasco permanecia aberto,
que eles haviam surgido por geração espontânea. Em outras para que o ar pudesse entrar. Assim, ninguém poderia argumentar
palavras, o experimento não poderia ser feito nem com o frasco que a fervura iria estragar o "princípio vital", visto que o frasco
fechado nem com o frasco aberto. E aí? aberto e a contínua entrada de ar o renovariam (se ele
existisse...). Em seguida, ferveu os caldos prolongadamente,
A experiência nos Alpes eliminando todos os microorganismos da infusão, até que saísse
Uma ideia de Pasteur foi que, se o experimento fosse feito vapor pela extremidade do gargalo longo e curvo.
num ambiente onde o ar é bastante puro e há poucos Na curva inferior do balão, o vapor de água já estava
microorganismos em suspensão no ar, os caldos de cultura suficientemente distante da fonte de calor para condensar,
fervidos em recipientes abertos permaneceriam livres de bactérias formando-se gotículas de água nessa região. Essas gotículas,
por bastante, mostrando que não há geração espontânea de como você vai observar daqui a pouco, são essenciais no
micróbios nem "princípio vital" no ar. Com o ar puro e, na crença resultado do experimento.
dos defensores da abiogênese, a "força vital" "renovada", a lógica Devido à diferença de pressão do ar gerada pela diferença
da abiogênese dizia que o surgimento de micróbios seria mais de temperatura entre o frasco aquecido (mais quente) e o fim do
fácil, e não mais demorado como afirma o raciocínio de Pasteur, tubo (mais frio), o ar continuamente entrava pela abertura do
que é o que ocorre na verdade. O problema dessa idéia era onde gargalo. Era possível observar o ar entrando através do
arranjar um local com o ar sem microorganismos. Isso não existe movimento das gotículas de água depositadas na curva do balão,
em ambiente algum. como se alguém as estivesse soprando. Assim, durante todo o
Entretanto, naquela época já se sabia que o ar das experimento, era possível observar o ar entrando no balão, e, se o
cidades era mais poluído que o ar do campo, como em áreas "princípio vital" existisse, ele estaria sendo renovado.
montanhosas. Pasteur então pensou que, fazendo o experimento Um problema, entretanto: se o ar entrava, não iria trazer
de Spalanzani no alto de uma montanha, ao abrir o frasco após a bactérias para contaminar o meio de cultura? É aí que entram as
fervura, haveria poucos microorganismos no ar para contaminar o gotículas de ar novamente. Elas agiam como um filtro, retendo os
caldo de cultura, não havendo a formação de colônias bacterianas microorganismos trazidos a partir do ar e impedindo a
de modo rápido e mostrando que sua hipótese estava certa. contaminação. A infusão permanecia esterilizada, livre de
Pasteur então convidou uma comissão da Academia de microorganismos mesmo com a entrada do ar.
Ciências para presenciar seu experimento. Ele aqueceu frascos Desta maneira, ao fim do aquecimento, havia o caldo de
hermeticamente fechados contendo uma infusão (meio de cultura carne, havia o ar, mas não havia os micróbios. Se o "princípio
líquido para bactérias, normalmente caldo de carne), e verificou a vital" existisse, deveria teria sido renovada com a entrada de ar
ausência de microorganismos após a fervura controlada. Ao abrir fresco, e microorganismos deveriam ter aparecido. Como eles não
o frasco e deixar o ar entrar, bactérias não reapareciam no meio apareceram, Pasteur havia provado a inexistência de geração
de cultura devido à pureza do ar e aos poucos microorganismos espontânea e "força vital". O cara se garantiu muito...
em suspensão, exatamente como Pasteur imaginava. Com o Para finalizar, Pasteur quebrou o gargalo do balão e
frasco aberto, o ar entrava, e, se os defensores da abiogênese mostrou microorganismos nas gotículas de água retidas a partir da
estivessem corretos, microorganismos deveriam aparecer por condensação do vapor de água na curva do balão. Assim, se o
geração espontânea, graças ao ar puro e à "força vital" vapor de água não continha micróbios (que eram mortos devido à
"renovada". Mas isso não aconteceu e Pasteur estava certo em alta temperatura do vapor) nem matéria orgânica (que não
suas ideias. evaporava junto com a água da infusão), e os micróbios
Apesar do experimento bem planejado, alguns defensores apareciam nas gotículas de água, é porque eles não poderiam ter
da geração espontânea argumentaram, porém, que em ambientes surgido por geração espontânea (lembre-se: não havia matéria
de grande altitude, o ar rarefeito deveria apresentar uma "força orgânica nas gotículas e ela seria fundamental no surgimento de
vital" "fraca" (lembre-se da associação do "princípio vital" com o bactérias segundo a abiogênese). Eles tinham sido trazidos do ar.
oxigênio, rarefeito em altitudes elevadas). Para os defensores da Estava derrubada a abiogênese. E a Biologia passou a ter
abiogênese foi por isso que não ocorreu a formação de colônias a certeza de que "todos os seres vivos vêm de outros pré-
bacterianas após o experimento de Pasteur. existentes".
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Biologia 83
e cometas chegam freqüentemente ao planeta contendo matéria
orgânica (inclusive aminoácidos e bases nitrogenadas). No
começo do século XIX, isso havia sido constatado, tendo sido
inclusive encontrados ácidos nucléicos como DNA e RNA em
meteoritos. Arrhenius acreditava que microorganismos poderiam
ter vindo nesses meteoritos. Eles até foram chamados de
cosmozoários ("microorganismos cósmicos") Essa hipótese é
muito contestada, pois oferece algumas críticas:
coacervados células
(não vivos) - formação de (vivas)
membrana
lipoprotéica
- aquisição de
material
genético e
capacidade de
reprodução
- aquisição de
metabolismo
Replicação do RNA.
- Outro argumento é que mitocôndrias e cloroplastos possuem plasmática da bactéria. Inclusive, as proteínas da membrana
síntese protéica e autoduplicação independentes daquela da externa são codificadas pelo DNA nuclear, e as da membrana
célula, controladas pelos seus próprios DNAs. interna, pelo DNA mitocondrial ou do plasto.
- Vale lembrar também que mitocôndrias são uma exceção à - Atualmente existem alguns protozoários, como o Pelomyxa
universalidade do código genético, o que também é um forte palustris que não possuem mitocôndrias, havendo em seu lugar
indício da sua origem externa à célula. bactérias aeróbicas endomutualísticas. Da mesma maneira, o
- A presença das duas membranas é outro argumento: a Cyanophora paradoxa não apresenta cloroplastos, mas
membrana externa de mitocôndrias e plastos teria tido origem na cianobactérias endomutualísticas com a mesma função.
própria membrana do fagossomo de quando a bactéria teria sido
fagocitada; a membrana interna teria tido origem na membrana
A diversificação da vida
Há cerca de 575 milhões de anos, começa a aparecer no registro fóssil organismos que podem começar a ser considerados animais,
apesar de não se assemelharem muito aos atuais representantes desse grupo. Essas criaturas são conhecidas como fauna ediacariana, uma
vez que foram encontrados numa região da Austrália conhecida como Ediacara. Entre esses ediacarianos, encontram-se organismos
semelhantes às atuais esponjas, sem organização tecidual, e às atuais águas-vivas, seres dotados de dois folhetos embrionários, ectoderme e
endoderme, e, por isso, denominados diblásticos. Muitos organismos da fauna ediacariana, entretanto, não podem ser classificados dentro dos
grupos modernos.
Em rochas de idade calculada em cerca de 550 milhões de anos, começam a aparecer rastros que devem ter sido gerados por animais
rastejantes, e, portanto, com músculos. Para que haja músculos, um terceiro folheto embrionário, além de ectoderme e endoderme,
denominado mesoderme, deve estar presente, de modo que organismos triblásticos devem ter surgido pelo menos nessa época.
Em rochas de idade calculada em cerca de 550 milhões de anos, começam a aparecer rastros que devem ter sido gerados por anima is
rastejantes, e, portanto, com músculos. Para que haja músculos, um terceiro folheto embrionário, além de ectoderme e endoderme,
denominado mesoderme, deve estar presente, de modo que organismos triblásticos devem ter surgido pelo menos nessa época.
Todo o período geológico compreendido antes de 535 milhões de anos é denominado Pré-cambriano. O período Cambriano foi
designado pelos estudiosos do século XIX como o período em que os registros fósseis começam a surgir nas rochas (naquela époc a, não
havia métodos adequados para o reconhecimento de fósseis do período pré-cambriano).
Foi no início do Cambriano que a imensa maioria dos atuais grupos animais surgiu, num evento que ficou conhecido como a “explosão
do Cambriano”. Todos os grupos que apareceram eram aquáticos, mas neles já se reconhece a maioria dos grupos de invertebrados e os
primeiros cordados.
Há cerca de 500 milhões de anos, algas modificadas para suportarem as condições de ambientes secos começaram a colonizar a terra
firme, de modo que por volta de 450 milhões de anos atrás, plantas vasculares e artrópodes já tinham representantes instalados fora de
ambientes aquáticos.
Eras geológicas
A partir da análise de fósseis, geólogos organizaram uma cronologia para a história da Terra desde seu surgimento. O tempo de
existência do nosso planeta, chamado de tempo geológico, é dividido em 4 longos intervalos de tempo denominados de eras geológicas.
Cada era geológica é marcada por eventos marcantes no registro fóssil, como a abundância de um tipo em particular de fóssil o u o surgimento
ou desaparecimento de determinado grupo de seres vivos. Uma era geológica se divide em períodos geológicos.
As quatro eras geológicas são, em sequência:
- A Era Pré-Cambriana ou Arqueozoica é caracterizada principalmente pela escassez de registro fóssil. Ela vai do surgimento da Terra até
570 milhões de anos atrás, quando há um grande aumento na diversidade do registro fóssil.
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Biologia 95
- A Era Paleozoica (do grego paleos, ‘antigo’, ‘velho’) começa com o período Cambriano, na qual, com a chamada “explosão do Cambriano”,
a diversidade de vida na Terra explode; fósseis começam a se tornar bem mais abundantes. Ela termina com o fim do período Per miano, em
que uma grande extinção elimina uma grande parte das formas de vida então existentes, há aproximadamente 245 milhões de anos atrás.
- A Era Mesozoica (do grego mesos, ‘meio’) começa com o período Triássico, marcante pelo surgimento dos dinossauros e dos primeiros
mamíferos. No seu segundo período, denominado período Jurássico, os dinossauros entram em seu apogeu. Ela termina ao fim do período
Cretáceo, onde surgem e as angiospermas, com a queda de um grande asteroide que extermina também grande parte das formas de vida,
inclusive os dinossauros, há cerca de 65 milhões de anos.
- A Era Cenozoica (do grego cenos, ‘recente’) se estende de 65 milhões de anos atrás aos dias atuais. Ela se divide em dois períodos, o
período Terciário e o período Quaternário, cada um deles se subdividindo em épocas geológicas. A época geológica atual é chamada
simplesmente de época recente. Os hominídeos surgem na época Plioceno do período Terciário, enquanto a espécie humana em particular
aparece na época Pleistoceno do período Quaternário. O momento atual em que nós vivemos se iniciou há cerca de 11 mil anos, com o fim
da última Era Glacial, e é denominado de época Holoceno do período Quaternário.
carvão mineral.
Devoniano 360 – 408 Surgimento das primeiras plantas com sementes, dos anfíbios e dos
insetos; abundância de moluscos e trilobitas.
Siluriano 408 – 438 Surgimento das plantas vasculares em ambiente de terra firme e dos
peixes com mandíbula.
Ordoviciano 438 – 505 Continuidade da diversificação das algas e grande expansão dos
invertebrados e dos peixes sem mandíbula.
Cambriano 505 – 570 Diversificação das algas e dos invertebrados, com aparecimento de
animais dotados de esqueleto.
Pré-Cambriano 700 Origem provável dos seres vivos pluricelulares.
ou Proterozóica
(de 570 milhões a 4,6 bilhões de 2000 Origem provável dos eucariontes.
Arqueozóica
Manto
Núcleo externo
Energia
Núcleo interno
Trítio Nêutron
Fusão nuclear.
As camadas da Terra. Existe um núcleo interno, sólido, á base de níquel e
Em algumas estrelas de massa muito grande, as ferro, e um núcleo externo, líquido, também à base de níquel e ferro. O
reações de fusão nuclear acabam por originar os elementos manto pastoso é composto essencialmente de silício e magnésio, tendo
químicos mais pesados que o hélio. Ao envelhecerem e consistência pastosa e formando o magma expelido pelos vulcões. A
explodirem em eventos conhecidos como supernovas, essas crosta terrestre, camada mais fina, é a mais externa e de consistência
estrelas ejetam esses elementos, que então são espalhados pelo sólida, tendo composição semelhante à do manto, mas com elementos
espaço, podendo compor outras nebulosas. mais leves como carbono, oxigênio e nitrogênio. A crosta flutua sobre o
Várias estrelas podem se aglomerar em regiões magma do manto, o que acaba por gerar os movimentos das placas
tectônicas responsáveis pelo fenômeno de deriva continental.
denominadas galáxias. Aquelas na qual o nosso sistema solar se
localiza é conhecida como Via Láctea.
Leitura complementar – Descoberta de
A origem do Sistema Solar bactéria que se alimenta de arsênio pode
Há cerca de 4,7 bilhões de anos, uma nebulosa composta
de hidrogênio e partículas de poeira localizada na Via Láctea deu
redefinir a química da vida
origem ao nosso Sol, a partir do hidrogênio, e ao sistema
planetário, a partir das partículas de poeira. Achado da NASA em lago na Califórnia abre novas
perspectivas para a compreensão da vida e amplia o escopo das
Uma vez que o Sol se formou, os restos da nebulosa
buscas por tipos extraterrestres. Foi no Lago Mono, na Califórnia,
inicial permaneceram circulando o mesmo na forma de um disco
nos Estados Unidos, que os cientistas encontraram a bactéria que
em espiral. Em alguns pontos dessa espiral, aglomerados de
utiliza arsênio no lugar do fósforo. O lago é conhecido pelas altas
poeira e gases começaram a constituir protoplanetas, também
concentrações de arsênio e pela altíssima salinidade.
conhecidos como planetesimais, cuja composição dependia da
Após um misterioso e incomum anúncio de entrevista
distância ao Sol. Naqueles mais próximos do Sol, as temperaturas
coletiva feito pela NASA, um famoso blogueiro americano, Jason
elevadas promoveram a perda de substâncias voláteis, como os
Kottke, especulou na segunda-feira: “Teria a NASA descoberto
gases, dando origem aos planetas rochosos, à base de silicatos,
vida extraterrestre?” Foi o suficiente para atiçar os aficionados por
que são Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Naqueles mais
ETs e gerar uma onda de boatos na internet. No dia seguinte,
distantes do Sol, as temperaturas mais baixas possibilitaram a
porém, o editor da revista The Atlantic, Alexis Madrigal, desmentiu
condensação do material volátil, acumulando silicatos e gelo, de
Kottke: “Não é nada disso”, tuitou. Mas o certo seria afirmar: “não
modo a assumir massas da ordem de várias vezes a da Terra, que
acabaram por atrair ainda mais matéria pela sua atração é bem isso”. Conforme revelado nesta quinta-feira, a NASA
descobriu uma bactéria que se comporta como um ser
gravitacional, principalmente gases, dando origem aos planetas
extraterrestre – ou como os cientistas imaginam que um
gasosos, que são Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Algumas
organismo assim se comportaria. Mas o achado foi feito em solo
partículas restantes originaram outros corpos no Sistema Solar,
terrestre, ou melhor, em um lago da Califórnia onde a
como asteroides, à base de rochas, e cometas, à base de gelo.
concentração de arsênio é altíssima.
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Biologia 99
O lago Mono é conhecido pela hipersalinidade e pela alta fósforo, cientistas já haviam teorizado que seria possível trocar um
concentração de arsênio. Em grandes quantidades, este elemento elemento pelo outro e ainda manter a estrutura física das
químico é tóxico para a maioria dos seres vivos. Mas o moléculas. Mas isso não havia sido observado na natureza.
microorganismo descoberto pela NASA conseguiu se adaptar ao Partindo dessa idéia, a equipe de pesquisadores liderados
ambiente hostil, substituindo o fósforo – um dos seis elementos pela bioquímica Felisa Wolfe-Simon isolou uma cultura de
considerados essenciais à vida – pelo arsênio. O estudo será bactérias da família Halomonadaceae do Lago Mono. Esse lago
publicado na revista Science e foi liderado pelo Instituto de supersalgado é considerado inóspito para a maioria dos seres
Astrobiologia da NASA. vivos. Os cientistas cultivaram as bactérias em uma solução salina
de fósforo e foram alterando a concentração gradativamente,
O que isso pode nos dizer sobre a vida fora da Terra? Um substituindo o elemento por arsênio. As bactérias conseguiram se
parâmetro importante para considerar outros planetas e luas mais adaptar à solução e passaram a integrar o arsênio na sua
ou menos favoráveis ao surgimento da vida são as concentrações estrutura celular. Em vez de fósforo, os pesquisadores passaram a
dos elementos químicos considerados fundamentais. A bem encontrar arsênio nas moléculas.
sucedida substituição do fósforo por arsênio indica haver chances Por causa dessa descoberta a ciência terá que fazer um
para a vida mesmo sob condições consideradas adversas. Isso “busca mais profunda do conceito da arquitetura da vida”, diz Vera
aumenta as perspectivas de desenvolvimento da vida e amplia o Solferini, bióloga do Departamento de microbiologia do Instituto de
escopo das buscas por formas extraterrestres. Biologia da Unicamp. Ela destaca que as pesquisas que buscam a
A base da vida – Cerca de 98% do corpo humano é origem da vida terão o horizonte ampliado. De acordo com os
formado por apenas seis elementos: carbono, hidrogênio, autores da pesquisa, a vida como a conhecemos exclui alguns
nitrogênio, oxigênio, enxofre e fósforo. São os elementos-chave da elementos e inclui outros. “Tudo leva a crer que essas não são as
vida. Combinados, formam os principais grupos de compostos únicas opções”, destaca o artigo. Mas Felisa acredita que a maior
orgânicos: as proteínas, os carboidratos (como a glicose), os descoberta não está no Lago Mono. “Se um organismo pode
lipídios (como as gorduras) e os ácidos nucléicos (o DNA e o realizar algo tão inesperado na Terra, o que mais a vida pode
RNA). Em tese, é possível que uma combinação diferente de fazer que não vimos ainda?”, pergunta. “É hora de descobrirmos”.
elementos na tabela periódica exerça as mesmas funções vitais. Marco Túlio Pires, Veja Online
Como o arsênio possui propriedades químicas semelhantes ao
Exercícios
Questões estilo múltipla escolha
1. (ENEM) Paleontólogos estudam fósseis e esqueletos de dinossauros para tentar explicar o desaparecimento desses animais. Esses estudos
permitem afirmar que esses animais foram extintos há cerca de 65 milhões de anos. Uma teoria aceita atualmente é a de que um asteroide
colidiu com a Terra, formando uma densa nuvem de poeira na atmosfera. De acordo com essa teoria, a extinção ocorreu em função de
modificações no planeta que
A) desestabilizaram o relógio biológico dos animais, causando alterações no código genético.
B) reduziram a penetração da luz solar até a superfície da Terra, interferindo no fluxo energético das teias tróficas.
C) causaram uma série de intoxicações nos animais, provocando a bioacumulação de partículas de poeira nos organismos.
D) resultaram na sedimentação das partículas de poeira levantada com o impacto do meteoro, provocando o desaparecimento de rios e lagos.
E) evitaram a precipitação de água até a superfície da Terra, causando uma grande seca que impediu a retroalimentação do ciclo hidrológico.
2. (ENEM) Para responder as questões 2 e 3, analise o quadro a seguir, que esquematiza a história da Terra.
3. (ENEM) Entre as opções a seguir, assinale a que melhor representa a história da Terra em uma escala de 0 a 100, com comprimentos iguais
para intervalos de tempo de mesma duração.
4. (ENEM) Pesquisas recentes estimam o seguinte perfil da concentração de oxigênio (O2) atmosférico ao longo da história evolutiva da Terra:
No período Carbonífero entre aproximadamente 350 e 300 milhões de anos, houve uma ampla ocorrência de animais gigantes, como, por
exemplo, insetos voadores de 45 centímetros e anfíbios de até 2 metros de comprimento. No entanto, grande parte da vida na Terra foi extinta
há cerca de 250 milhões de anos, durante o período Permiano. Sabendo-se que o O2 é um gás extremamente importante para os processos de
obtenção de energia em sistemas biológicos, conclui-se que
A) a concentração de nitrogênio atmosférico se manteve constante nos últimos 400 milhões de anos, possibilitando o surgimento de animais
gigantes.
B) a produção de energia dos organismos fotossintéticos causou a extinção em massa no período Permiano por aumentar a concentração de
oxigênio atmosférico.
C) o surgimento de animais gigantes pode ser explicado pelo aumento de concentração de oxigênio atmosférico, o que possibilitou uma maior
absorção de oxigênio por esses animais.
D) o aumento da concentração de gás carbônico (CO 2) atmosférico no período Carbonífero causou mutações que permitiram o aparecimento
de animais gigantes.
E) a redução da concentração de oxigênio atmosférico no período Permiano permitiu um aumento da biodiversidade terrestre por meio da
indução de processos de obtenção de energia.
5. (ENEM) Nas recentes expedições espaciais que chegaram ao solo de Marte, e através dos sinais fornecidos por diferentes sondas e formas
de análise, vem sendo investigada a possibilidade da existência de água naquele planeta. A motivação principal dessas investigações, que
ocupam freqüentemente o noticiário sobre Marte, deve-se ao fato de que a presença de água indicaria, naquele planeta,
A) a existência de um solo rico em nutrientes e com potencial para a agricultura.
B) a existência de ventos, com possibilidade de erosão e formação de canais.
C) a possibilidade de existir ou ter existido alguma forma de vida semelhante à da Terra.
D) a possibilidade de extração de água visando ao seu aproveitamento futuro na Terra.
E) a viabilidade, em futuro próximo, do estabelecimento de colônias humanas em Marte.
Com base nesses dados, é possível afirmar que, dentre os fatores O “avanço verdadeiramente criativo” citado no texto deve ter
abaixo, aquele mais adverso à existência de água líquida em ocorrido no período (em bilhões de anos) compreendido
Marte é sua aproximadamente entre
A) grande distância ao Sol. A) 5,0 e 4,5. B) 4,5 e 3,5. C) 3,5 e 2,0. D) 2,0 e 1,5. E) 1,0 e 0,5.
B) massa pequena.
C) aceleração da gravidade pequena. 8. (FMJ) Acredita-se que os vírus tenham surgido após as
D) atmosfera rica em CO2. primeiras células. Essa hipótese fundamenta-se em uma
E) temperatura média muito baixa. característica dos vírus, a saber:
A) têm um só tipo de ácido nucleico.
7. (ENEM) B) só se reproduzem dentro de células.
Na solução aquosa das substâncias orgânicas prebióticas (antes C) têm capsídeo protéico.
da vida), a catálise produziu a síntese de moléculas complexas de D) sofrem mutações.
toda classe, inclusive proteínas e ácidos nucleicos. A natureza dos E) passam de um hospedeiro a outro.
catalisadores primitivos que agiam antes não é conhecida. É
quase certo que as argilas desempenharam papel importante: 9. (UNICHRISTUS)
cadeias de aminoácidos podem ser produzidas no tubo de ensaio
mediante a presença de certos tipos de argila. (...) Mas o avanço
verdadeiramente criativo – que pode, na realidade, ter ocorrido
apenas uma vez – ocorreu quando uma molécula de ácido
nucleico “aprendeu” a orientar a reunião de uma proteína, que, por
sua vez, ajudou a copiar o próprio ácido nucleico. Em outros
termos, um ácido nucleico serviu como modelo para a reunião de
uma enzima que poderia então auxiliar na produção de mais ácido
nucleico. Com este desenvolvimento apareceu o primeiro
mecanismo potente de realização. A vida tinha começado.
Adaptado de: LURIA, S. E. Vida: experiência inacabada. Belo Horizonte: Editora Itatiaia; São
Paulo: EDUSP, 1979.
Considere o esquema ao lado:
www.google.com.br
Embora me sinta feliz em ser corrigido por alguém mais sábio do
que eu, caso faça afirmações errôneas, devo expressar minha
convicção de que a Terra, depois de ter produzido as primeiras
plantas e animais, por ordem do Supremo e Onipotente Criador,
nunca mais produziu nenhum tipo de planta ou animal, quer
perfeito ou imperfeito.
A figura e o texto estão relacionados a um cientista muito
importante na contribuição das pesquisas sobre a origem da vida
na Terra. Sobre o assunto, pode-se inferir que
Adaptado de GEPEQ – Grupo de Pesquisa em Educação Química. USP – Interações e A) o cientista representado é Lazzaro Spallanzani, um grande
Transformações III – atmosfera: fonte de materiais extrativos e sintéticos. São Paulo: EDUSP,
1998. defensor da Teoria da Abiogênese, e o experimento
esquematizado derrubou totalmente a Teoria da Geração
Espontânea.
A) I.
B) II.
C) III.
D) IV.
E) V.
Adaptado de: MILLER, S. L., A Production of Amino Acids Under Possible Primitive Earth
Conditions, Science, v. 117, p. 528.
Com base nos estudos de Miller e na figura, é correto afirmar que
esse experimento
A) apresentou, como resultado, uma “sopa” com todas as Os quadrinhos acima apresentam uma incoerência sob o ponto de
moléculas essenciais para originar vida, mesmo que primitiva. vista da evolução, que é o fato de
B) mostrou que o surgimento de moléculas probióticas pode A) homens e dinossauros não terem convivido, pois estavam
ocorrer de acordo com os princípios da geração espontânea. isolados geograficamente graças à divisão da Pangeia.
C) falhou, porque não pode ser repetido por outros pesquisadores. B) homens e dinossauros não terem convivido, pois estavam
D) demonstrou, de forma definitiva, a origem da vida na Terra. separados pelo tempo: o primeiro pertence à era cenozoica e o
E) evidenciou que, nas condições experimentais, a vida não outro à era mesozoica.
poderia se originar, porque entre os gases utilizados em sua C) homens e dinossauros não se predavam, mas os dinossauros
pesquisa não existia oxigênio. predavam outros de espécies diferentes.
D) os dinossauros terem se extinguido por causa das variações
42. (UFPB) Alguns estudantes discutiam, no intervalo das aulas, ambientais causadas pelo homem.
sobre a origem da vida, conforme o relato a seguir. E) que os dinossauros não fugiam do homem, pelo contrário,
O estudante A argumentou que os primeiros organismos da Terra caçavam-no.
deveriam obter energia através de fermentação, um processo
simples de obtenção de energia. 45. (UFV) Observe o esquema abaixo, que representa algumas
O estudante B, discordando do estudante A, argumentou que os das etapas da hipótese de que as células eucarióticas surgiram,
primeiros organismos do planeta deveriam obter energia através em parte, como resultado evolutivo de um processo gradual de
de quimiossíntese. endossimbiose:
O estudante C concordou com o estudante A e afirmou que um
processo similar é utilizado por alguns fungos atuais.
O estudante D argumentou que, independente do fato de que os
primeiros seres vivos tenham obtido energia através de
fermentação ou quimiossíntese, eles ou seus precursores seriam
provenientes de fora do planeta Terra, de outros pontos do
cosmos.
O estudante E concordou com o estudante D e acrescentou que
seres fotossintetizantes apareceram mais recentemente na Terra e
que seu aparecimento teria acrescentado à atmosfera terrestre
uma quantidade considerável de gás oxigênio, provavelmente em
baixa concentração na atmosfera primitiva.
De acordo com a discussão relatada, considere as seguintes Utilizando o esquema como base, assinale a afirmativa incorreta:
proposições. A) A endossimbiose de um procariota fotossintético VI com um
I. Os estudantes A e C defendem a hipótese heterotrófica, e o proeucariota originou as células eucarióticas heterotróficas atuais.
estudante B defende a hipótese autotrófica. B) As invaginações da membrana plasmática aumentaram a
II. Os estudantes D e E defendem a hipótese denominada superfície de contato e a capacidade de transporte em
panspermia. procarióticos IV.
Questões discursivas
54. (UNICHRISTUS) Preencha o quadro relacionando com os organismos apresentados abaixo, identificando o reino (usando as regras de
nomenclatura científica e a classificação em 5 reinos de Whittaker) ao qual pertencem, indicando a ordem cronológica de aparecimento dos
representantes mais antigos de cada táxon identificado no quadro, juntamente com o nome da Era correspondente.
Figura adaptada de Alberts, B. et al. Molecular Biology of the Cell. 4a ed., New York: Garland Publ. Inc., 2002, p. 825.
A) Em que período (A ou B) devem ter surgidos os primeiros organismos eucariontes capazes de fazer respiração aeróbica? E os primeiros
organismos fotossintetizantes? Justifique as duas respostas.
B) Qual organela celular foi imprescindível para o aparecimento dos organismos eucariontes aeróbicos? E para os organismos eucariontes
fotossintetizantes?
C) Explique a teoria cientificamente mais aceita sobre origem dessas organelas. Dê uma característica comum a essas organelas que apóie a
teoria.
56. (UNICAMP) “Ouvintes de rádio em pânico tomam drama de guerra como verdade”. Com esta manchete, o jornal New York Times de 1º de
novembro de 1938 relatou o que aconteceu nos Estados Unidos na noite anterior, quando foi narrada pela rádio CBS uma história fictícia sobre
a invasão por marcianos de uma pequena cidade do Estado de Nova Jersey. Marte sempre fascinou os cientistas porque, mesmo que lá não
existam homenzinhos verdes, esse planeta parece apresentar, entre os do sistema solar, as condições mais propícias à vida. Recentemente
foram enviadas sondas espaciais para procurar indícios de vida em Marte.
A) Comparando com a origem da vida na Terra, indique que condições seriam fundamentais para o surgimento de vida em Marte.
B) Supondo que uma sonda espacial tenha trazido de Marte dois organismos, um deles classificado como pertencente ao Reino Monera e o
outro ao Reino Protista, explique como os cientistas puderam diferenciar esses dois organismos.
57. (UERJ) Os antibióticos, largamente usados no combate às infecções bacterianas, deveriam matar as bactérias de modo seletivo, sem
interferir no metabolismo das células do corpo humano, o que nem sempre ocorre. Os derivados de cloranfenicol, apesar de terem sido usados
como antibióticos, por atuarem sobre o ribossomo de bactérias, também interferem na função de uma organela humana. Indique o processo
que é inibido pelo cloranfenicol e explique por que apenas uma organela humana é afetada por sua ação.
58. (UERJ) Observe o gráfico abaixo, que apresenta uma relação hipotética entre algumas das principais etapas da evolução dos organismos,
o esgotamento do íon ferroso e as mudanças na percentagem de O 2 na atmosfera.
Explique:
A) por que a liberação de O2 ocorrida através da fotossíntese, há
cerca de 3 bilhões de anos, não acarretou, de imediato, aumento
no nível do oxigênio atmosférico.
B) a relação entre o rápido acúmulo de oxigênio atmosférico e a
disseminação dos organismos aeróbicos, de acordo com a Teoria
Moderna da Evolução.
Microevolução e Macroevolução
Mudanças evolucionárias em pequena escala, ou seja,
as pequenas modificações que ocorrem em uma espécie de
uma geração para outra, são denominadas de microevolução.
A microevolução não envolve a formação de uma nova espécie
nem muda a espécie de seu grupo taxionômico. Uma mutação que
atinja uma determinada população estará promovendo um evento Algumas interessantes visões sobre a origem das espécies...
de microevolução.
Já as modificações ocorridas em grande escala ao
decorrer do processo evolucionário, envolvendo a formação
de novas espécies de ou de outros novos grupos
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Biologia 113
Evolucionismo: os seres vivos podem existência para permitir a evolução das espécies. Outro mérito da
idéia do uniformismo, é que ela defendia que a mudança contínua
mudar ao longo do tempo é o curso normal da natureza, e não um ambiente estático
perturbado por ocasionais eventos como dilúvios e vulcões.
À medida que as ciências naturais foram acumulando Ainda no século XVIII, o francês Jacques Cuvier inicia
dados sobre os seres vivos, estudiosos começaram a aventar a seus estudos com fósseis que dão origem à Paleontologia
possibilidade dos organismos se alterarem ao longo do tempo. (ciência que estuda os fósseis). A interpretação dada pelos
Segundo esse raciocínio, a adaptação dos seres vivos ao meio é estudiosos da época para os fósseis incluía ideias como eles
resultado não de vontade divina, mas de mudanças lentas e serem rochas que assumiram naturalmente a aparência de
graduais. Essas mudanças graduais resultaram na grande conchas ou ossos, ou ainda como eles serem resquícios de
diversificação da vida que existe nos dias atuais, possivelmente a catástrofes de eras passadas, como o dilúvio bíblico. Muitas
partir de um único organismo ancestral. A noção de que os seres vezes, ossos fossilizados de animais extintos eram vistos
vivos sofrem alterações ao longo do tempo é denominada simplesmente como resultado de anomalias em espécies atuais.
Transmutação das espécies ou Transformismo ou Cuvier, com seus trabalhos, foi o primeiro estudioso a
Evolucionismo. As primeiras ideias evolucionistas surgiram no reconhecer que alguns fósseis eram de organismos que não
início do século XIX, e nomes como Lamarck, Darwin, Wallace e existem mais atualmente, e não apenas degenerações de
Huxley estão entre os defensores iniciais dessas ideias. organismos modernos. Ao analisar fósseis de mamute, Cuvier
É importante que se faça aqui a diferença entre a evolução reconheceu que se tratava de uma espécie distinta dos elefantes
"fato" e a evolução "teoria". Já existe hoje uma quantidade atuais. Apesar desse reconhecimento, o cientista não reconhecia
suficiente de evidências que confirmam que os seres vivos qualquer relação de parentesco entre as duas espécies, preferindo
evoluem. Criadores de cães desenvolvem em poucas gerações acreditar que o mamute pertencia a uma espécie extinta com o
novas raças tão anatomicamente distintas que, na natureza, dilúvio. Surpreendentemente, o pesquisador que lançou as bases
seriam consideradas espécies diferentes; um exemplo do que a para a paleontologia, uma das principais ferramentas no estudo
natureza pode fazer. Também são claras mostras da evolução a evolutivo, era um fixista fervoroso.
origem de populações bacterianas resistentes a antibióticos e a Um outro aspecto nos trabalhos de Cuvier era que ele se
mudança do padrão de coloração de mariposas na Inglaterra com opunha a idéia uniformista de Hutton. Para Cuvier, a Terra
a Revolução Industrial. Assim, não resta dúvida nos círculos passava por ciclos repetidos de destruição e reconstrução, de
científicos quanto à evolução das espécies. Deste modo, pode-se maneira rápida e violenta: catástrofes naturais como dilúvios e
interpretar a evolução como um fato. Os mecanismos que levam erupções vulcânicas seriam os principais responsáveis pela
os seres vivos a evoluir, entretanto, ainda são motivo de extinção de espécies e por moldar os ambientes naturais. Essa
discussão. Mesmo as ideias mais aceitas atualmente para a idéia ficou conhecida como catastrofismo.
evolução, conhecidas como Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Apesar de sua visão anti-evolucionista do mundo, os
Evolução, apresentam lacunas em suas explicações e estão trabalhos de Cuvier com fósseis acabaram por despertar uma
sujeitas a discussão. Desse modo, pode-se afirmar que a noção completamente diferente em alguns cientistas: seriam os
evolução dos seres vivos é um fato, um fenômeno do qual organismos extintos de alguma maneira parentes dos modernos?
não restam dúvidas; entretanto, a maneira pela qual os seres Teriam os organismos extintos mudado para dar origem aos
vivos evoluem é explicada por teorias cujos mecanismos em organismos atuais? Seria a evolução das espécies possível?
alguns casos realmente não estão totalmente esclarecidos. Pré-evolucionistas como, Etienne Geoffroy Saint-Hillaire,
Georges-Louis Leclerc de Buffon e Erasmo Darwin (avô de
Como se tornar um evolucionista Charles Darwin, que não chegou a viver para ver o neto famoso
nem sequer nascer) foram alguns dos primeiros a acreditar que os
A origem das ideias evolucionistas pode ser creditada a seres vivos pudessem evoluir. Buffon, em particular, acreditava
estudos em uma outra área, a geologia. Para que se possa notar a que os seres vivos fossem fruto de criação divina, mas não
evolução dos seres vivos, muito tempo se faz necessário, um negava a possibilidade de modificações ocorrem para gerar novas
tempo fora da capacidade de percepção humana. Esse tempo foi espécies. Erasmo Darwin reconhecia, por exemplo, que um urso
dado pelos geólogos. polar era simplesmente um urso comum que se adaptou às
Ideias bíblicas dão a noção de que a Terra é muito jovem. condições árticas. O que esses estudiosos não entendiam,
Religiosos estudavam a Bíblia para calcular a idade do planeta em entretanto, era como a evolução se processava.
cerca de apenas 6 mil anos, baseados nas vários eventos e
gerações familiares descritos a partir de Adão e Eva. Esse período
de tempo é muito pequeno para que a evolução ocorresse de
Fósseis
modo perceptível. Assim, não se pensava na possibilidade de
mudanças nos organismos ao longo de milhões de anos porque Talvez a principal evidência da evolução dos seres vivos
não se acreditava que o planeta tivesse essa idade. seja a existência dos fósseis.
No século XVIII, o escocês James Hutton muda a visão
sobre a idade da Terra com uma idéia conhecida como Um fóssil (do latim fossilis, tirado da terra) é qualquer
uniformismo. Baseado em estudos sobre rochas, solos e erosão, vestígio de um ser vivo que habitou o nosso planeta em
Hutton chegou à conclusão de que o planeta é moldado não por tempos remotos, como partes do corpo, pegadas, impressões
fatos repentinos e violentos, como era idéia corrente na geologia corporais, insetos presos em âmbar, etc.
da época, mas por processos vagarosos e graduais, como a ação
do vento e das águas. Assim, a natureza sofre mudanças devido a A Paleontologia, ciência que estuda os fósseis, começou
forças imperceptíveis que agiram ao longo de milhões de anos. a se desenvolver por volta do século XVIII. A interpretação dada
Essa idéia dava à Terra um tempo suficientemente extenso de
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114 Biologia
pelos estudiosos para os fósseis mudou bastante com o passar do
tempo. Eles já foram vistos como rochas que assumiram
naturalmente a aparência de conchas, ossos, etc. Ou então como
resquícios de catástrofes de eras passadas, como o dilúvio bíblico.
Muitas vezes, ossos fossilizados de animais extintos eram
interpretados como resultado de anomalias em espécies atuais, ou
ainda como pertencentes a criaturas míticas como dragões (pense
numa viagem...)
Essas explicações começaram a se tornar inadequadas à
medida que novos conhecimentos sobre os fósseis foram sendo
acumuladas. Cuvier, por exemplo, foi o primeiro a identificar entre
fósseis espécies extintas nos dias atuais, e não apenas ver ossos
e conchas fossilizados como frutos de anomalias em organismos
modernos. Fóssil de Archaeopteryx do tipo molde.
Outro dado interessante é que a sequência de fósseis nas
diversas camadas de rochas, das mais antigas às mais recentes, Como originar um fóssil
mostra uma composição bem diferenciada, havendo um aumento Um fóssil se forma quando os restos mortais de um
gradativo em diversidade (de fato, cada estrato de solo, os fósseis organismo ficam a salvo tanto da ação dos agentes
são tão característicos, que é hábito entre os geólogos reconhecer decompositores biológicos como das intempéries naturais
o estrato do solo baseado em seus fósseis). Em rochas muito anti- (vento, sol direto, chuvas, etc). As condições mais favoráveis à
gas, não eram vistos fósseis de organismos atuais, o que sugeria fossilização ocorrem quando o corpo do animal ou da planta é
que eles tivessem surgido mais tarde. Em segundo lugar, muitos sepultado no fundo de um lago e rapidamente coberto por
fósseis encontrados pertenciam a espécies extintas, não mais sedimentos que impeçam o contato com o oxigênio (cuja presença
encontradas hoje. Se o conceito de fixismo fosse válido, fósseis de permite a ação de microorganismos decompositores).
camadas diferentes deveriam ser os mesmos, não importando a Baixas temperaturas, baixa umidade e alto teor de sal no
época em que haviam morrido; não haveria justificativa para essa solo contribuem para a morte dos decompositores, facilitando a
mudança gradual nas espécies de épocas diferentes. fossilização.
Se o fóssil ainda apresenta substâncias orgânicas em sua exemplo). Ora, semelhança sugere parentesco. O fato de todos
constituição, sua idade pode ser calculada com razoável precisão os mamíferos serem construídos segundo um mesmo plano
pelo método do carbono-14. básico indica que todos provêm de uma população ancestral
O carbono-14 é um isótopo radioativo do carbono comum. As pequenas variações na descendência dessa
encontrado na natureza numa proporção constante em relação ao população poderiam ter-se acentuado com o tempo, a ponto de
carbono-12 não radioativo. Assim, numa determinada amostra de aparecerem espécies diferentes. De fato, a comparação cuidadosa
carbono, a proporção de C-14 e C-12 sempre se mantém a entre espécies diferentes muitas vezes mostra uma "gradação"
mesma. Isso vale também para seres vivos. O carbono-14 é nas diferenças. Às vezes, no entanto, entre dois grupos de
adquirido por organismos vivos por métodos como fotossíntese, organismos, há "pulos" bruscos em termos de diferenças, faltando,
quimiossíntese e nutrição, e perdido em quantidades equivalentes portanto, os "elos" intermediários.
através de atividades como a respiração dos seres vivos. Dessa Asa de
morcego
maneira, a quantidade de C-14 permanece constante ao longo da
vida de um organismo. Essa quantidade de carbono-14 é
proporcional à massa de carbono no organismo vivo, e isso vale
para todas as espécies conhecidas.
Quando o organismo morre, as reações metabólicas
cessam e carbono não é mais adquirido ou perdido, de modo que
ele deveria permanecer constante. O que ocorre, no entanto, é Asa de ave
que o carbono-14 começa a sofrer decaimento, passando a
nitrogênio-14. A meia-vida do C-14 é de 5730 anos, de modo que
calculando a quantidade de carbono-14 que deveria haver na
amostra de um fóssil, que é a mesma que deve haver numa
amostra de mesma massa de um organismo atual, com a Asa de
quantidade de carbono-14 que há no fóssil, a datação pode ser inseto
I. A presença de fósseis idênticos, nos vários continentes, prova C) essa convivência derruba a informação mais aceita atualmente
que todas as formas de vida foram criadas simultaneamente nas de que o Brasil é um dos poucos países do mundo em que não há
diversas regiões da Terra e se diferenciaram mais tarde. indícios da presença de dinossauros no passado. Até o momento,
II. As faunas e floras atuais são resultado da seleção natural em não foi localizado fóssil algum desses répteis em nosso território.
ambientes diversos, isolados geograficamente. D) existe certa inadequação na manchete. O fato de os fósseis
III. Os continentes, há milhões de anos, eram unidos, separando- serem tão antigos quanto os dinossauros não prova que houve
se posteriormente. convivência entre aves e esses répteis, principalmente porque as
Está correto o que se afirma em evidências de dinossauros em nosso território são ainda fracas.
A) I, apenas. B) II, apenas. C) I e III, apenas. E) a informação é interessante por se tratar de ave brasileira;
D) II e III, apenas. E) I, II e III. porém, não é novidade que as aves conviveram com alguns
dinossauros. Várias teorias apontam para o fato de que
12. (FUVEST) Um estudante levantou algumas hipóteses para possivelmente aves e algum grupo de dinossauros tenham tido um
explicar porque em alguns rios de caverna os peixes são cegos. ancestral comum.
Qual delas está de acordo com a teoria sintética da evolução?
A) No ambiente escuro das cavernas, os olhos se atrofiaram como 15. (UNIFESP) Compare as duas mensagens seguintes.
conseqüência da falta de uso. - “Compre o telefone celular XYZ: tira fotos, baixa músicas e se
B) Os olhos, sem utilidade na escuridão das cavernas, se conecta à internet. Muito melhor que os outros: a evolução do
transformaram ao longo do tempo em órgãos táteis. celular.”
C) No ambiente escuro das cavernas, os peixes cegos - “A biodiversidade global, tal como a vemos hoje, é resultado da
apresentaram vantagens adaptativas em relação aos não cegos. evolução da vida no planeta.”
D) A falta de luz nas cavernas induziu mutação deletéria drástica Considerando o ponto de vista biológico, podemos afirmar
que levou à regressão dos olhos num curto espaço de tempo. corretamente que os conceitos de evolução expressos nas duas
E) A falta de luz nas cavernas induziu mutações sucessivas que mensagens são
ao longo de muitas gerações levaram à regressão dos olhos. A) os mesmos: a evolução biológica sempre agrega melhorias a
partir de características pré-existentes, aperfeiçoando- as. Isso se
13. (UNESP) No filme Avatar, de James Cameron (20th Century dá basicamente por mutações.
Fox, 2009), os nativos de Pandora, chamados Na’Vi, são B) parecidos: enquanto um produtor visa melhorar seu produto, a
indivíduos com 3 metros de altura, pele azulada, feições felinas e evolução tem por finalidade produzir organismos melhores a partir
cauda que lhes facilita o deslocar por entre os galhos das árvores. da seleção de mutações benéficas e adaptativas.
Muito embora se trate de uma obra de ficção, na aula de biologia C) semelhantes: embora a evolução não vise à melhoria, o fato é
os Na’Vi foram lembrados. Se esses indivíduos fossem uma que as características selecionadas são sempre melhores que as
espécie real, sem parentesco próximo com as espécies da Terra, anteriores, resultando em organismos atuais melhores que seus
e considerando que teriam evoluído em um ambiente com ancestrais.
pressões seletivas semelhantes às da Terra, a cauda dos Na’Vi, D) distintos: evoluir biologicamente significa “mudar no tempo”, e
em relação à cauda dos macacos, seria um exemplo não necessariamente melhorar. Uma característica será melhor
representativo de estruturas que outra somente se interpretada num contexto histórico e
A) homólogas, resultantes de um processo de divergência ambiental.
adaptativa. E) diferentes: evoluir não significa que um único indivíduo tenha
B) homólogas, resultantes de um processo de convergência todas as melhorias. As características adaptativas são diferentes
adaptativa. nos indivíduos e a população como um todo é que se apresenta
C) análogas, resultantes de um processo de divergência melhorada.
adaptativa.
D) análogas, resultantes de um processo de convergência 16. (UFSCAR) Considere os seguintes pares de estruturas:
adaptativa. I. Folhas de uma laranjeira e espinhos de um cacto.
E) vestigiais, resultantes de terem sido herdadas de um ancestral II. Penas de uma ave e pelos de um mamífero.
comum, a partir do qual a cauda se modificou. III. Asas de um morcego e asas de uma borboleta.
Para cada par, pode-se dizer que as estruturas citadas em
14. (UNIFESP) A) I e II são homólogas e as citadas em III são análogas.
AVE BRASILEIRA CONVIVEU COM DINOSSAUROS. B) I e III são homólogas e as citadas em II são análogas.
Com essa manchete, o jornal Folha de S. Paulo (11.08.2005) C) II e III são homólogas e as citadas em I são análogas.
relata a descoberta, no interior do Estado de São Paulo, de fósseis D) I e II são análogas e as citadas em III são homólogas.
de aves que seriam tão antigas quanto os dinossauros. Caso este E) II e III são análogas e as citadas em I são homólogas.
fato se confirme, podemos afirmar corretamente que
A) essa descoberta revoluciona o conhecimento sobre a evolução 17. (UFSCAR) O programa Fantástico, exibido pela Rede Globo
dos vertebrados. Até agora, admitia-se que as aves surgiram a em 01.08.2004, apresentou em um de seus quadros um provável
partir dos dinossauros e, portanto, não poderiam ter convivido com animal do futuro, uma possível espécie de ave que poderá existir
eles. daqui a alguns milhões de anos. Por essa época, o encontro entre
B) a descoberta é revolucionária por derrubar a teoria de que as massas continentais provocará o aparecimento de imensas
aves descendem dos répteis. Como ambos conviveram num cordilheiras, muito mais altas que as atualmente existentes.
mesmo período, passa-se então a postular que aves tenham Segundo o programa, nesse ambiente possivelmente existirão
descendido diretamente de um grupo mais antigo, possivelmente aves portadoras de 2 pares de asas, o que lhes garantiria maior
dos peixes pulmonados. sustentação em condições de ar rarefeito. Essas aves seriam as
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120 Biologia
descendentes modificadas de espécies atuais nas quais há C) II, IV e V.
apenas um par de asas. Se isso realmente ocorrer, e D) II, III e IV.
considerando que o par de asas das aves atuais é homólogo aos E) III, IV e V.
membros anteriores de mamíferos e répteis, é mais provável que
esse novo par de asas 19. (UFJF) Em relação às evidências da evolução biológica, é
A) seja homólogo ao par de pernas das aves atuais. correto afirmar que:
B) seja análogo ao par de pernas das aves atuais. A) um órgão vestigial, como o apêndice vermiforme no homem,
C) seja homólogo ao par de asas das aves atuais. não é evidência da evolução, porque é uma estrutura atrofiada e
D) apresente os mesmos ossos das asas atuais: úmero, rádio e sem função aparente.
cúbito (ulna). B) a pata dianteira de um cavalo e a asa de um morcego
E) apresente novos ossos criados por mutação, sem similares constituem evidência da evolução, porque são estruturas
dentre os das aves atuais. homólogas, apesar de o cavalo ter perdido os dedos, enquanto no
morcego estes não só foram mantidos como alongados.
18. (UFJF) A reportagem “As patas da serpente”, publicada em C) a asa de uma ave e o élitro (asa dura) de um besouro podem
2006, relata que um pesquisador brasileiro descobriu um fóssil de ser considerados como evidência da evolução, porque são
serpente com patas, que recebeu o nome de Najash rionegrina. O estruturas análogas, que possuem origem embriológica diferente.
fóssil foi retirado de uma área de sedimentos continentais e D) os fósseis constituem uma evidência da evolução, porque
apresentava duas vértebras sacrais, localizadas na pélvis do mostram que os organismos atuais são mais especializados e
animal, responsáveis pela fixação e sustentação das patas mais adaptados que os extintos.
posteriores. Segundo o pesquisador, Najash rionegrina é a mais E) a embriogênese é uma evidência da evolução, porque mostra
primitiva das serpentes descobertas. A descoberta desse fóssil que uma célula ovo evolui para mórula, blástula, gástrula e
fortalece a ideia da origem terrestre das serpentes. Analise as embrião, que, finalmente, evolui para o indivíduo adulto.
afirmativas abaixo:
I. O grupo das serpentes deve ter evoluído a partir de ancestrais 20. (UFPI) Qual a explicação de Darwin sobre a existência de
com patas. órgãos vestigiais (como o apêndice no homem)?
II. A ausência de patas nas serpentes atuais é uma condição A) Os órgãos vestigiais originalmente eram funcionais, porém, com
derivada. o desuso, tornaram-se sem função.
III. A presença de patas posteriores e vértebras sacrais no fóssil B) Os órgãos vestigiais evoluíram originalmente, porque foram
Najash rionegrina é uma evidência de que esse espécime favorecidos pela seleção, porém agora não têm uso e estão
apresenta características próximas à condição ancestral. fadados a desaparecer.
IV. A descoberta de um fóssil de serpente, em sedimentos no C) Os órgãos vestigiais, apesar de terem função reduzida, são
interior do continente, é uma evidência da origem marinha das mantidos porque são úteis aos organismos.
serpentes. D) Os órgãos vestigiais existem, apesar de terem função reduzida,
V. A descoberta de um fóssil com características próximas à porque podem voltar ao estado original de alta funcionalidade ao
condição ancestral, em sedimentos no interior do continente, é enfrentarem determinada pressão ambiental.
uma evidência da origem terrestre das serpentes. E) Os órgãos vestigiais sempre existiram da mesma forma como
São corretas as afirmativas: se apresentam, devido à ausência de pressões seletivas.
A) I, II, III e IV.
B) I, II, III e V.
21. (UFPI) A figura a seguir mostra o desenvolvimento embrionário de diferentes vertebrados. Observando-a com atenção, pode-se concluir
corretamente que:
A) existe uma grande semelhança no desenvolvimento embrionário dos diferentes animais, sobretudo nos primeiros estádios.
B) a presença de cauda é uma característica comum nos estádios finais do desenvolvimento dos diferentes animais.
C) os estádios jovens do desenvolvimento embrionário de um animal são bastante diferentes dos estádios jovens do desenvolvimento
embrionário de seus ancestrais.
D) uma ancestralidade comum não pode ser evidenciada através da observação do desenvolvimento embrionário.
E) quanto mais diferentes são os organismos, maior a semelhança embrionária entre eles.
23. (UFMG) Pesquisando algumas cavernas em Minas Gerais, biólogos observaram que a frequência de peixes cegos – mutantes – era muito
maior dentro que fora delas. Esse fato explica-se, provavelmente, porque
A) as mutações para a cegueira ocorrem com maior frequência no interior das cavernas.
B) os peixes cegos são mais predados fora das cavernas que no interior delas.
C) os peixes mutantes perderam a capacidade de enxergar por viverem no escuro.
D) os peixes não-mutantes morrem mais freqüentemente no interior das cavernas.
Questões discursivas
24. (UFBA)
É engraçado pensar em um tordo empoleirado nas costas de um Velociraptor ou um pato nadando ao lado de um Spinosaurus.
DYKE, 2010, p. 59.
A ilustração apresenta duas concepções sobre a origem das aves modernas, considerando um período específico na história da evolução da
vida na Terra.
25. (UFC) A Chapada do Araripe é uma região muito rica em fósseis. Nesse local foi encontrado o fóssil do dinossauro carnívoro,
Santanaraptor placidus (figura ao lado), animal muito ágil que viveu no local há 110 milhões de anos.
Pergunta-se:
A) O que é um fóssil?
B) Se este fóssil vier a ser encontrado na África, qual o processo que pode explicar este fato?
C) Qual a evidência anatômica que permite afirmar que um determinado fóssil foi um carnívoro?
D) Supondo que foram encontradas, preservadas, porções do esqueleto de um dinossauro, qual é o tipo de tecido mais evidente
26. (UFC) A análise bioquímica comparativa da proteína citocromo c de 3 espécies: cavalo, chimpanzé e homem, revelou que a molécula é
constituída de 104 aminoácidos, sendo que a composição de aminoácidos do citocromo c do chimpanzé difere apenas em 1% daquela do
homem, enquanto que a do cavalo difere daquela do homem em 12%. Considerando que as proteínas são a expressão dos genes contidos no
DNA, como você explicaria evolutivamente as diferenças entre os citocromos c das três espécies?
Aula 34 – Teorias Evolutivas desaparecer com o decorrer do tempo", ou então, "os insetos se
acostumam gradativamente ao DDT a adquirem resistência contra
ele", são muitas vezes consideradas corretas por terem uma
Lamarckismo aparência de "lógica", sendo no entanto francamente lamarckistas.
Foi demonstrado experimentalmente por August
O naturalista francês Jean-Baptiste Pierre Antoine de Weissmann que características adquiridas não são transmissíveis.
Monet, Cavaleiro de Lamarck foi responsável pela primeira Esse pesquisador cortou, por várias gerações, os rabos dos
grande tentativa de entender os mecanismos por trás da evolução camundongos que usava como reprodutores. Os descendentes,
das espécies. Suas ideias foram expostas na Filosofia Zoológica, apesar disso, continuavam apresentando caudas. É também
em 1809. conhecido o ritual da circuncisão entre judeus, praticado há
milhares de anos, mas que continua necessário, já que a
característica anatômica não se alterou.
Mudanças evolutivas
Mudanças evolutivas
“dominante” da natureza, não foi a seleção natural o agente da
mudança. Durante milhões de anos, dinossauros foram um grupo
diversificado e ocupavam uma vasta diversidade de nichos
ecológicos. Mamíferos, nesse tempo, eram animais pequenos e de
hábitos noturnos, possuindo somente algumas poucas espécies. O
que acontecia, é que naquelas condições, não havia como os
mamíferos competirem com os mais bem adaptados dinossauros. Tempo Tempo
Numa lance de sorte (azar para os dinossauros), esse quadro O equilíbrio pontuado
A evolução darwinista
mudou. A queda de um meteoro levou a bruscas mudanças implica em mudanças defende que, em algumas
ambientais no planeta. O impacto teria sido tão intenso, que a pequenas ao longo de ocasiões, em curtos espaços
de tempo, grandes
nuvem de poeira teria demorado centenas de anos para se extensos períodos de
mudanças evolutivas podem
tempo.
dissipar. Devido à pouca luminosidade, árvores de grande porte ocorrer.
teriam morrido, deixando dinossauros herbívoros sem alimento, e
consequentemente desorganizando todas as teias alimentares às No exemplo dos mamíferos, durante os milhões de anos
quais esses animais pertenciam. As plantas que teriam que conviveram com os dinossauros, eles pouco mudaram. Não
conseguido se manter nessas condições devem ter sido as plantas havia como se adaptar a novos nichos devido à competição com
umbrófilas (de sombra), adaptadas à baixa luminosidade. Como os dinossauros. Com a extinção deles, entretanto, vários nichos
plantas umbrófilas são de pequeno porte, não teriam conseguido ecológicos antes fechados aos mamíferos foram abertos, e dessa
maneira a seleção natural pôde agir para modificar rapidamente
alimentar os enormes dinossauros. Sorte dos mamíferos, algumas espécies de mamíferos para ocupar os nichos abertos.
pequenos e endotérmicos, capazes de melhor lidar com situações O equilíbrio pontuado explica a escassez de fósseis com
como o frio (afinal, o Sol estava coberto por nuvens) e escassez características intermediárias entre espécies. Os biólogos
de alimento (plantas pequenas tendo sobrevivido poderiam manter normalmente atribuem essa escassez a falhas no registro fóssil. O
animais de pequeno porte). equilíbrio pontuado explica a aparição repentina de novos fósseis
Se a história geológica da Terra for analisada, pode-se dentro dos períodos de rápida mudança evolutiva. (O “repentino”,
notar que grandes extinções foram frequentes. Pelo menos em aqui, tem significado geológico, equivalendo a alguns poucos
milhares de anos...)
cinco ocasiões, sendo a extinção dos dinossauros a mais recente
O equilíbrio pontuado explica ainda a existência de seres
delas, eventos levaram à eliminação de mais da metade das conhecidos como rélicos (do latim reliquus, ‘relíquias’), que
espécies vivas em espaços tempo de poucos anos. Em cada aparentemente pouco mudaram em muito tempo. Apelidados de
evento desses, os sobreviventes foram aqueles que conseguira se “fósseis vivos”, estes são seres bastante conservados ao longo do
adaptar as novas condições pós-catástrofe. Como no caso dos tempo, assemelhando-se a fósseis de milhões de anos de idade.
mamíferos após a extinção dos dinossauros, muitas vezes essas São exemplos de seres rélicos organiamos como os
adaptação foi fruto de sorte: organismos mal adaptados a uma peixes celacantos (Latimeria), os caranguejos-pata-de-cavalo
condição repentinamente se tornam adaptados pela alteração (Limulus), as gimnospermas cicas (Cycas) e as gimnospermas
ginkgófitas (Ginkgo biloba).
ambiental. Acaso é um importante fator evolutivo.
Segundo a teoria do equilíbrio pontuado, seres rélicos
podem ser explicados por serem organismos que estão passando
O equilíbrio pontuado de Gould e Eldredge por longos períodos de estase, uma vez que se encontram bem
Uma outra nova maneira de enxergar a evolução é a adaptados a ambientes estáveis, que pouco mudaram durante
velocidade com que as mudanças ocorrem. Para Darwin, a todo esse tempo.
evolução envolvia transformações lentas e graduais, ao longo de
milhões de anos, uma idéia denominada de Gradualismo Reconhecendo Lamarck e Darwin
Filético.
Em 1972, Stephen Jay Gould e Niles Eldredge Olha esta questão:
propuseram uma revisão nesse detalhe do raciocínio darwinista, (FUVEST) Relacione cada frase abaixo com a teoria da
com a Teoria do Equilíbrio Pontuado. Para ela, na maior parte evolução de Lamarck ou de Darwin. Justifique sua resposta.
A) Pela necessidade de viver em terra firme, os ovos dos
do tempo, vale a visão darwinista das mudanças lentas e graduais
répteis adquiriram casca, tornando-se resistentes à
nas espécies. Esses períodos de poucas mudanças evolutivas são dessecação.
conhecidos como estases. Entretanto, em algumas ocasiões, B) Por terem desenvolvido ovos dotados de casca resistente
particularmente após alterações ambientais em larga escala, num à dessecação, os répteis puderam conquistar o ambiente
curto espaço de tempo, mudanças podem ocorrer de modo mais terrestre.
intenso, de maneira mais rápida. Dessa maneira, a evolução oscila
períodos de equilíbrio, com poucas mudanças, com períodos de Como reconhecer as ideias lamarckistas e darwinistas?
grandes e rápidas alterações. - Para Lamarck, o meio determina o surgimento de uma
característica que seja necessária à adaptação; para Darwin, o
Exercícios
Questões estilo múltipla escolha MULLEN, L. M.; HOEKSTRA, H. E. Natural selection along an environmental gradient: a classic
cline in mouse pigmentation. Evolution, 2008.
O mecanismo evolutivo envolvido na associação entre cores de
1. (ENEM) Charles R. Darwin (1809-1882) apresentou, em 1859,
pelagem e de substrato é
no livro “A Origem das Espécies”, suas ideias a respeito dos
A) a alimentação, pois pigmentos de terra são absorvidos e
mecanismos de evolução pelo processo de seleção natural. Ao
alteram a cor da pelagem dos roedores.
elaborar a Teoria da Evolução, Darwin não conseguiu obter
B) o fluxo gênico entre as diferentes populações, que mantém
algumas respostas aos seus questionamentos. O que esse autor
constante a grande diversidade interpopulacional.
não conseguiu demonstrar em sua teoria?
C) a seleção natural, que, nesse caso, poderia ser entendida como
A) A sobrevivência dos mais aptos.
a sobrevivência diferenciada de indivíduos com características
B) A origem das variações entre os indivíduos.
distintas.
C) O crescimento exponencial das populações.
D) a mutação genética, que, em certos ambientes, como os de
D) A herança das características dos pais pelos filhos.
solo mais escuro, têm maior ocorrência e capacidade de alterar
E) A existência de características diversas nos seres da mesma
significativamente a cor da pelagem dos animais.
espécie.
E) a herança de caracteres adquiridos, capacidade de organismos
se adaptarem a diferentes ambientes e transmitirem suas
2. (ENEM) Alguns anfíbios e répteis são adaptados à vida
características genéticas aos descendentes.
subterrânea. Nessa situação, apresentam algumas características
corporais como, por exemplo, ausência de patas, corpo anelado
4. (ENEM) As cobras estão entre os animais peçonhentos que
que facilita o deslocamento no subsolo e, em alguns casos,
mais causam acidentes no Brasil, principalmente na área rural. As
ausência de olhos. Suponha que um biólogo tentasse explicar a
cascavéis (Crotalus), apesar de extremamente venenosas, são
origem das adaptações mencionadas no texto utilizando conceitos
cobras que, em relação a outras espécies, causam poucos
da teoria evolutiva de Lamarck. Ao adotar esse ponto de vista, ele
acidentes a humanos. Isso se deve ao ruído de seu “chocalho”,
diria que
que faz com que suas vítimas percebam sua presença e as
A) as características citadas no texto foram originadas pela
evitem. Esses animais só atacam os seres humanos para sua
seleção natural.
defesa e se alimentam de pequenos roedores e aves. Apesar
B) a ausência de olhos teria sido causada pela falta de uso dos
disso, elas têm sido caçadas continuamente, por serem facilmente
mesmos, segundo a lei do uso e desuso.
detectadas. Ultimamente os cientistas observaram que essas
C) o corpo anelado é uma característica fortemente adaptativa,
cobras têm ficado mais silenciosas, o que passa a ser um
mas seria transmitida apenas à primeira geração de
problema, pois, se as pessoas não as percebem, aumentam os
descendentes.
riscos de acidentes. A explicação darwinista para o fato de a
D) as patas teriam sido perdidas pela falta de uso e, em seguida,
cascavel estar ficando mais silenciosa é que
essa característica foi incorporada ao patrimônio genético e então
A) a necessidade de não ser descoberta e morta mudou seu
transmitidas aos descendentes.
comportamento.
E) as características citadas no texto foram adquiridas por meio de
B) as alterações no seu código genético surgiram para aperfeiçoá-
mutações e depois, ao longo do tempo, foram selecionadas por
la.
serem mais adaptadas ao ambiente em que os organismos se
C) as mutações sucessivas foram acontecendo para que ela
encontram.
pudesse adaptar-se.
D) as variedades mais silenciosas foram selecionadas
3. (ENEM)
positivamente.
Os ratos Peromyscus polionotus encontram-se distribuídos em E) as variedades sofreram mutações para se adaptarem à
ampla região na América do Norte. A pelagem de ratos dessa presença de seres humanos.
espécie varia do marrom claro até o escuro, sendo que os ratos de
uma mesma população têm coloração muito semelhante. Em 5. (UNIFOR) Em termos evolutivos, um organismo mais adaptado
geral, a coloração da pelagem também é muito parecida à cor do é aquele que
solo da região em que se encontram, que também apresenta a A) deixa o maior número de descendentes.
mesma variação de cor, distribuída ao longo de um gradiente sul-
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128 Biologia
B) sobrevive por mais tempo. 9. (UECE)
C) consome o maior número de presas. Chega ao Brasil a exposição que abre as comemorações dos 200
D) copula com o maior número de fêmeas. anos de nascimento do cientista que explicou como a vida evolui
E) vence a maioria das disputas em que participa. na terra. Ele se tornou um herói da racionalidade.
Fonte: Revista Veja, 9 de maio de 2007.
6. (UNIFOR) Tanto Lamarck, como Darwin, ao elaborarem suas O cientista citado na manchete é Charles Darwin, responsável por
teorias sobre a evolução dos seres vivos, destacaram a mudar a visão sobre as questões relacionadas à origem e às
importância da transformações que ocorrem no mundo vivo. Identifique, nas
A) herança das características adquiridas pelos organismos. alternativas abaixo, aquela que não corresponde às ideias
B) recombinação gênica que leva a novas características. difundidas por Darwin:
C) adaptação dos organismos ao ambiente em que vivem. A) A escolha de parceiros reprodutivos fortes e competitivos é
D) lei do uso e desuso dos órgãos. determinada pela necessidade de garantir a proteção e a
E) capacidade de sobrevivência dos organismos mais aptos. sobrevivência da prole.
B) A competição entre espécies iguais ou diferentes é
7. (UNIFOR) A grande contribuição de Jean-Baptiste Lamarck conseqüência do número elevado de indivíduos em uma situação
para a Biologia é que esse naturalista foi o primeiro a propor em que os recursos naturais são escassos.
A) uma teoria consistente para explicar o mecanismo da evolução. C) A seleção natural determina a sobrevivência dos indivíduos
B) a lei do uso e desuso dos órgãos. mais adaptados ao meio e estes indivíduos possuem mais
C) a lei da transmissão hereditária de caracteres adquiridos. chances de deixar seus descendentes.
D) a idéia da seleção natural dos mais aptos. D) Características morfológicas, resultantes da utilização
E) o estudo da anatomia comparada para detectar parentescos. constante de determinadas partes do corpo, desenvolvem-se e
são transmitidas aos descendentes, acentuando-se ao longo de
8. (UNICHRISTUS) Observe as tirinhas abaixo. gerações.
29. (UFC)
Nenhum dos fatos definidos da seleção orgânica, nenhum órgão
especial, nenhuma forma característica ou distintiva, nenhuma
peculiaridade do instinto ou do hábito, nenhuma relação entre
espécies – nada disso pode existir, a menos que seja, ou tenha
A tirinha aborda uma situação, contextualizada na evolução das sido alguma vez, útil aos indivíduos ou às raças que os possuem.
espécies. A transposição do conteúdo da tirinha para um contexto Alfred Russel Wallace, 1867.
científico permite afirmar: O texto acima é uma defesa intransigente do princípio:
A) A característica física apresentada por pai e filho valida a lei do A) darwinista da seleção natural.
uso e desuso na transformação das espécies, como proposta por B) lamarckista da herança dos caracteres adquiridos.
Lamarck. C) mendeliano da segregação dos caracteres.
B) A Teoria evolucionista proposta por Darwin considera a D) darwinista da seleção sexual.
transmissão de características adquiridas como mecanismo de E) lamarckista do uso e do desuso.
evolução das espécies.
C) Variações hereditárias, expressas em traços fenotípicos nos 30. (UFC) Assinale a opção que se refere à principal contribuição
indivíduos de uma população, resultam de processos casuais não de Charles Darwin à teoria da evolução.
determinísticos. A) A seleção natural atua como a principal força criadora das
D) Mudanças morfofisiológicas desenvolvidas ao longo da vida de mudanças evolutivas.
um indivíduo se perpetuam nas gerações seguintes por seleção B) Existe em todos os organismos um impulso interior para a
natural. perfeição.
E) Mutações somáticas induzidas pelo estilo de vida de um dos C) A vida é gerada contínua e espontaneamente de forma muito
genitores são transmitidas à prole. simples.
D) Todos os organismos têm capacidade de adaptar-se ao
27. (UFC) A competição por um recurso de disponibilidade limitada ambiente.
é um dos pressupostos do conceito de seleção natural na teoria E) Os caracteres adquiridos transformam-se em hereditários.
evolutiva de Darwin. Sobre esta declaração, é correto afirmar que
é: 31. (UFPI) Assinale a alternativa que menciona, corretamente, o
A) verdadeira, pois o conceito de seleção natural do organismo que pode significar, sob o ponto de vista evolutivo, o fato de
melhor adaptado pressupõe que os predadores mais eficazes animais com características primitivas, como as esponjas, terem
levem suas presas à extinção. sido um dos primeiros a se formar e serem abundantes até hoje.
B) falsa, pois apenas a competição interespecífica por um recurso A) Sua estratégia evolutiva não foi bem sucedida.
de disponibilidade limitada contribui efetivamente para o conceito B) A seleção natural não atuou sobre as esponjas.
de seleção natural. C) As esponjas mostraram adaptação às pressões ambientais.
C) verdadeira, pois apenas em decorrência da competição por um D) Não foram expostos a nenhum tipo de pressão ambiental.
recurso de disponibilidade limitada é que há a seleção do E) Não apresentaram muita variabilidade genética.
organismo melhor adaptado.
39. (UFC)
Peter e Rosemary Grant são pesquisadores norte-americanos que
estudam os tentilhões, pássaros comedores de sementes que
vivem numa ilha do arquipélago de Galápagos. Esses
pesquisadores observaram a modificação do tamanho médio do
bico dessas aves devido à disponibilidade de sementes de
tamanhos diferentes, das quais esses pássaros se alimentam.
Quando há produção abundante de sementes, a espécie residente
de tentilhões (Geospiza fortis) prefere se alimentar de sementes
menores. Já em período de escassez de alimento, os pássaros
dessa espécie que apresentam bicos mais largos passam a se
alimentar de sementes maiores, as quais não são acessíveis aos
indivíduos dessa população que apresentam bicos menores. Em
1977, ocorreu uma seca de grande intensidade, que reduziu a
produção de sementes.
Texto adaptado de “Bicos sob medida”. Ciência Hoje – set. 2006.
A) Em relação ao tamanho do bico, o que seria esperado
acontecer com a população de tentilhões residentes, após a seca
de 1977, segundo a teoria da evolução de Darwin?
B) Que processo evolutivo estaria ocorrendo nesse evento?
Posteriormente, a situação climática da ilha se normalizou e a
oferta de sementes tornou-se abundante. Porém, em 1982, um
outro fato ocorreu: uma outra espécie de tentilhão (Geospiza
magnirostris) chegou à ilha. Esta espécie invasora também se
alimenta do mesmo tipo de sementes que a espécie de tentilhões
residentes e apresenta um porte mais avantajado e bicos maiores.
C) Que tipo de relação ecológica se estabeleceria entre a espécie
residente e a invasora?
D) Após novos períodos de seca, que ocorreram em 2004 e 2005,
o que se espera que aconteça com a população de tentilhões
residente, em relação ao tamanho dos bicos, sabendo-se que os
indivíduos com bico menor são mais eficientes em se alimentar de
sementes menores? Analise a situação, também, segundo a teoria
da evolução de Darwin.
Deficiência ou Deleção
A deleção ou deficiência consiste na perda de um
segmento do cromossomo. Deficiências demasiado acentuadas
podem ser letais, pois implicam a perda de muitos genes. Durante
a prófase 1 da meiose, uma deficiência pode ser percebida por
intermédio do pareamento anômalo dos cromossomos. Na figura
abaixo, um cromossomo com os genes ABCDEFG perdeu um
Translocações
segmento com os genes CDE; o segmento FG se solda
Ocasionalmente, os cromossomos podem sofrer quebras,
novamente ao pedaço AB.
soldando-se os pedaços quebrados em cromossomos não
homólogos. Na translocação recíproca, há uma troca de pedaços
entre cromossomos não homólogos, fenômeno distinto do
crossing-over, em que a permuta ocorre entre cromátides
homólogas. Um indivíduo heterozigoto para uma translocação
recíproca, ou seja, no qual a translocação envolveu apenas um de
cada cromossomo homólogo, formará na meiose (prófase I) uma
figura semelhante a uma cruz, na, qual estão pareados os
cromossomos translocados com os homólogos normais.
Na espécie humana, a translocação que une o
cromossomo 21 ao 14 ou ao 15 resulta em síndrome de Down.
Mais comumente, porém, ela resulta da trissomia do cromossomo
A síndrome de Cri du Chat ou síndrome do miado de 21.
gato é uma séria anomalia que pode atingir a espécie humana Em algumas ocasiões, ocorre uma translocação do
como decorrência de uma deleção no cromossomo 5. Há má- cromossomo 22 com o 9, gerando uma anomalia conhecida como
formação do crânio (microcefalia), da face e da laringe, além de cromossomo philadelphia. Essa situação leva a um descontrole
deficiência neuromotora e mental. O conjunto desses fatores na divisão celular, o que resulta câncer, particularmente um tipo de
produz o típico choro da criança portadora da anomalia, que leucemia.
lembra o miado de um gato e deu nome à síndrome. Quebras ou translocações cromossômicas podem ter sido
mecanismos evolutivos de formação de novas espécies. Existe
Duplicação uma hipótese acerca de algumas espécies de drosófila, todas com
A duplicação consiste na repetição de um determinado um número diferente de cromossomos, que poderiam ter-se
segmento do cromossomo. Acredita-se que no decorrer da originado de uma espécie ancestral.
evolução de alguns organismos, a intensificação de certos
caracteres tenha se dado pela duplicação de genes relacionados a
eles. Por exemplo, a duplicação de genes para a produção de
melanina pode ter levado ao surgimento de populações de
coloração mais escura. Além disso, a duplicação permite que a
cópia produzida fique livre para assumir novas funções. Por
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Biologia 137
oceanos, e barrigas brancas para que os animais que estejam
abaixo deles os confundam com a claridade do sol fora d’água.
- Polvos e camaleões chegam a mudar de cor para simular a cor
do meio. A mudança de cor em polvos e camaleões é devido a
estruturas denominadas cromatóforos.
Mimetismo
Mimetismo é uma situação em que o indivíduo tenta se
passar por outra espécie, de modo a inibir a ação de eventuais
predadores. Dois importantes exemplos de mimetismo são
mimetismo batesiano e o mimetismo mülleriano.
No mimetismo batesiano ou mimecria, um indivíduo
inofensivo (o imitador) adquire as formas e as cores de outro mais
agressivo ou venenoso, para intimidar seus predadores. A
borboleta vice-rei, não venenosa, imita a borboleta monarca,
venenosa, assim como a cobra coral falsa não peçonhenta imita a
cobra coral verdadeira peçonhenta. Em ambos os casos,
agressores evitam a borboleta vice-rei e a cobra coral-falsa com
Recombinação Gênica receio de se confundirem com as espécies mais perigosas. Alguns
autores reservam o nome mimecria só para esse caso.
Outro fator importantíssimo que origina variabilidade é a No mimetismo mülleriano, um mesmo padrão identifica
recombinação genética ou gênica, característica da reprodução um grupo de espécies com um padrão semelhante de
sexuada. É necessário entender que a seleção natural não age comportamento. Por exemplo, as listras pretas e amarelas das
sobre genes isolados, mas sim sobre o conjunto de genes que o abelhas e das vespas as identifica como todo um grupo de insetos
indivíduo apresenta (genótipo). A recombinação genética promove dotados de ferrão. Um predador, ao ter experiências
o aparecimento não de genes novos, mas sim de genótipos novos. desagradáveis com alguns desses indivíduos, acaba por associá-
A recombinação gênica se processa por três mecanismos las ao grupo todo. O mimetismo também pode ser utilizado para
básicos: segregação dos cromossomos na meiose, atrair presas e para se confundir com o meio ambiente.
crossing-over e fecundação. (Na verdade, qualquer mecanismo
de reprodução sexuada é considerado recombinação gênica. Em Coloração de advertência ou aposematismo
bactérias, por exemplo, conjugação, transdução e transformação Coloração de advertência é uma situação em que o
são consideradas mecanismos de recombinação.) indivíduo apresenta uma cor chamativa para alertar predadores
para o fato de serem venenosos. As cores usadas na coloração de
Seleção e Adaptação advertência, como vermelho, verde, amarelo ou laranja, são
chamadas de cores aposemáticas. A borboleta monarca é
Vimos que há dois principais fatores de evolução: o laranja e preta, assim como a cobra coral verdadeira é vermelha e
primeiro é a variabilidade genética, sobre a qual age o segundo preta: ambos são animais venenosos.
fator: a seleção natural. O capítulo anterior foi dedicado à
discussão das diferentes causas da variabilidade: a mutação NÍQUEL NÁUSEA – Fernando Gonsales
gênica, as mutações cromossômicas a finalmente a recombinação
gênica. A variabilidade é o substrato sobre o qual a seleção age,
"escolhendo" os genótipos mais adaptados a um certo ambiente.
Se o ambiente for estável, a cada geração ocorre uma fixação
cada vez maior dos fenótipos adaptados. Veja que o significado da
palavra adaptação, aqui, é totalmente diferente da adaptação
individual, que não é transmitida.
Camuflagem ou mimetismo?
Alguns mecanismos de adaptação
Adaptações para dispersão
Camuflagem
Camuflagem é uma situação em que o indivíduo simula a Regra de Bergmann
cor (homocromia) e ou o formato de alguma estrutura A regra de Bergmann afirma que num determinado grupo
(homotipia) do meio, viva ou não, de modo a se tornar de endotermos, as espécies que vivem em climas frios têm maior
imperceptível para predadores ou presas. Alguns exemplos são tamanho do que as espécies relacionadas que vivem em climas
apresentados a seguir: quentes, desde que os outros fatores ecológicos sejam os
- O bicho-pau é um inseto semelhante a gravetos, o que acaba mesmos. Essa regra é bastante fácil de entender: quanto maior o
confundindo pássaros. volume de um animal, menor será a superfície relativa de seu
- Tigres, por exemplo, apresentam listras verticais para se corpo, e menor sua tendência a perder calor para o meio.
esconderem no capim alto das savanas indianas. Para animais de regiões frias, essa menor superfície
- Orcas e pinguins possuem costas negras para que os animais relativa de pele é muito importante, pois reduz consideravelmente
que esteja, acima deles os confundam com o fundo escuro dos a perda de calor por irradiação. Assim, na maior espécie de
pinguim, os indivíduos chegam a 1,20 m e podem pesar 34 kg.
A seleção natural pode ser classificada, de acordo com o conjunto de fenótipos favorecidos na população, em função das
características ambientais, em seleção natural direcional, seleção natural estabilizadora e seleção natural disruptiva.
- Seleção natural direcional é aquela que favorece um dos fenótipos extremos (máximo ou mínimo). É a mais comum forma de seleção
natural.
- Seleção natural estabilizadora é aquela que ocorre em ambientes estáveis e constantes, eliminando fenótipos desviantes e favorecendo
fenótipos médios.
- Seleção natural disruptiva é aquela que ocorre favorecendo os indivíduos de fenótipos extremos, eliminando os indivíduos de fenótipos
médios. Foi verificado um exemplo de seleção disruptiva em populações de plantes que crescem em regiões próximas a minas de c humbo ou
zinco. Certas áreas do solo, onde os rejeitos são jogados, têm alto índice de contaminação, mantendo fronteiras bem definidas com áreas não
contaminadas. Plantas que se desenvolvem bem em solo não contaminados morreriam em solos contaminados. Por outro lado, plantas
capazes de sobreviver em solos contaminados levam grandes desvantagens nas áreas sem contaminação, pois perdem na competição com
as plantas lá estabelecidas. Consequentemente a seleção disruptiva nessas regiões levou ao desenvolvimento de dois tipos de p lanta,
marcadamente distintos em vários aspectos, um adaptado a áreas não contaminadas e outros a áreas contaminadas. Os fenótipos medianos
são desfavorecidos em ambos os ambientes.
5. (ENEM)
Na Região Amazônica, diversas espécies de aves se alimentam
da ucuúba (Virola sebifera), uma árvore que produz frutos com
polpa carnosa, vermelha e nutritiva. Em locais onde essas árvores
são abundantes, as aves se alternam no consumo dos frutos
maduros, ao passo que em locais onde elas são escassas,
tucanos-de-papo-branco (Ramphastus tucanos cuvieri)
permanecem forrageando nas árvores por mais tempo. Por serem Essa variedade de bactérias resistente é fruto de
de grande porte, os tucanos-de-papo-branco não permitem a A) Seleção de linhagens de bactérias mutantes, resistentes aos
aproximação de aves menores, nem mesmo de outras espécies antibióticos.
de tucanos. Entretanto, um tucano de porte menor (Ramphastus B) Seleção natural de bactérias acostumadas ao antibiótico.
vitellinus Ariel), ao longo de milhares de anos, apresentou C) Continua exposição de das bactérias a determinados
modificação da cor do seu papo, do amarelo para o branco, de antibióticos que induzem a resistência.
maneira que se tornou semelhante ao seu parente maior. Isso D) Ação direta de certos antibióticos sobre o DNA bacteriano.
permite que o tucano menor compartilhe as ucuúbas com a E) Efeito mutagênico de determinados antibióticos.
espécie maior sem ser expulso por ela ou sofrer as agressões
normalmente observadas nas áreas onde a espécie apresenta o 9. (FMJ) Para melhor entender a idéia do processo evolutivo
papo amarelo. proposto por Darwin, vamos imaginar o desenho de um funil,
PAULINO NETO, H. F. Um tucano ‘disfarçado’. Ciência Hoje, v. 252, p. 67-69, set. 2008. (com através do qual são jogadas bolinhas de diversos tamanhos.
adaptações).
O fenômeno que envolve as duas espécies de tucano constitui um
caso de
A) mutualismo, pois as duas espécies compartilham os mesmos
recursos.
B) parasitismo, pois a espécie menor consegue se alimentar das
ucuúbas.
C) relação intraespecífica, pois ambas as espécies apresentam
As bolinhas diferentes representam a variabilidade. Somente as
semelhanças físicas.
“ajustadas” ao tamanho do funil conseguem atravessá-lo; as
D) sucessão ecológica, pois a espécie menor está ocupando o
outras são retidas. O fenômeno evolutivo proposto por Darwin e
espaço da espécie maior.
que corresponde ao estreitamento do funil, indicado por X no
E) mimetismo, pois uma espécie está fazendo uso de uma
esquema representa
semelhança física em benefício próprio.
A) as mutações. B) a seleção natural.
C) a permutação na meiose. D) a reprodução sexuada.
6. (ENEM) Várias estratégias estão sendo consideradas para a
E) o isolamento geográfico.
recuperação da diversidade biológica de um ambiente degradado,
dentre elas, a criação de vertebrados em cativeiro. Com esse
10. (UNICHRISTUS) Quando se considera o processo evolutivo,
objetivo, a iniciativa mais adequada, dentre as alternativas abaixo,
tem-se em mente que as populações experimentam um conjunto
seria criar
de mudanças ao longo do tempo. Sobre esse tema, pode-se inferir
A) machos de umas espécies e fêmeas de outras, para possibilitar
que
o acasalamento entre elas e o surgimento de novas espécies.
A) as mutações podem ser favoráveis, indiferentes ou
B) muitos indivíduos da espécie mais representativa, de forma a
desfavoráveis, dependendo do ambiente em que vivem os
manter a identidade e a diversidade do ecossistema.
organismos mutados.
C) muitos indivíduos de uma única espécie, para garantir uma
população geneticamente heterogênea e mais resistente.
Fonte: De R.L. Metcalf em: R.L. Metcalf e W.H. Luckman (eds.), Introduction to Insect Pest
Management, 3. ed., p. 251, Copyright 1994 de John Wiley and Sons, N.Y.
Com base no texto e no gráfico que ilustra o processo, assinale a
alternativa que identifica o tipo de seleção.
A) Disruptiva. B) Direcional. C) Estabilizadora. A figura acima representa uma mutação estrutural do tipo
D) Neutra. E) Sexual. A) inversão. B) duplicação. C) deleção.
D) translocação. E) trissomia.
21. (UPE)
O jumento não é mais o mesmo. Animal rústico e com fama de 24. (FUVEST) Decorridos mais de 50 anos do uso dos antibióticos,
teimoso, a espécie está cada vez mais valorizada. Alguns animais a tuberculose figura, neste final de século, como uma das doenças
recebem tratamento de primeira linha, com direito à transferência mais letais; isso se deve ao fato de os bacilos terem se tornado
de embriões, inseminação artificial e congelamento de sêmen. Um resistentes ao antibiótico usado para combatê-los. Considerando
bom jumento reprodutor, da raça pêga, vale até R$ 20 mil. O que a resistência de uma população de bactérias a um antibiótico
criador de asininos, Osmar Russo (Lorena, SP), diz que o é resultado de mutação ao acaso e que a taxa de mutação
mercado nunca esteve tão bom. “A maioria dos jumentos é espontânea é muito baixa, foi proposto o uso simultâneo de
vendida para produzir muares (burros e mulas). Um bom diferentes antibióticos para o tratamento de doentes com
reprodutor precisa ter orelha bonita e grande, ser marchador, forte,
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146 Biologia
tuberculose. Com relação a esse procedimento, foram levantados 28. (UERJ) Qualquer célula de um organismo pode sofrer
os seguintes argumentos: mutações. Há um tipo de célula, porém, de grande importância
I. O tratamento não será efetivo para o paciente, uma vez que a evolutiva, que é capaz de transmitir a mutação diretamente à
resistência ao antibiótico não é reversível. descendência. As células com essa característica são
II. O tratamento terá alta chance de ser efetivo para o paciente, denominadas:
pois a probabilidade de que uma bactéria seja resistente a dois ou A) diploides. B) somáticas. C) germinativas. D) embrionárias.
mais antibióticos é extremamente baixa.
III. O tratamento poderá apresentar riscos para a população, pois 29. (UFV) Os gráficos abaixo ilustram as três formas básicas de
poderá selecionar linhagens bacterianas altamente resistentes a seleção natural. A distribuição dos fenótipos da progênie, após a
antibióticos. seleção, é representada pela linha sólida. Comparativamente, a
Analisando as informações contidas no texto, pode-se concluir que linha pontilhada representa a geração parental pré-seleção.
apenas
A) o argumento I é válido.
Freqüência de
I III
fenótipos na
II
populacão
B) o argumento II é válido.
C) o argumento III é válido.
D) os argumentos I e III são válidos.
E) os argumentos II e III são válidos.
Com base na observação dos gráficos, é incorreto afirmar:
25. (UNESP) A respeito das mutações gênicas, foram A) Em I, a seleção é estabilizadora, pois favorece os atributos
apresentadas as cinco afirmações seguintes. médios.
I. As mutações podem ocorrer tanto em células somáticas como B) Em II, a seleção é direcional, pois favorece um dos atributos
em células germinativas. extremos.
II. Somente as mutações ocorridas em células somáticas poderão C) Em III, a seleção é disruptiva, pois favorece os atributos
produzir alterações transmitidas à sua descendência, extremos.
independentemente do seu sistema reprodutivo. D) Em II, a frequência dos alelos no patrimônio genético é
III. Apenas as mutações que atingem as células germinativas da alterada.
espécie humana podem ser transmitidas aos descendentes. E) Em I, a seleção resulta em maior variabilidade fenotípica.
IV. As mutações não podem ser espontâneas, mas apenas
causadas por fatores mutagênicos, tais como agentes químicos e 30. (UFJF) O vírus HIV-1, responsável pela síndrome da
físicos. imunodeficiência adquirida (SIDA), tem sido alvo de pesquisa
V. As mutações são fatores importantes na promoção da desde a década de 80. Em 1996, Rong Liu e colaboradores
variabilidade genética e para a evolução das espécies. descobriram que duas pessoas que tinham sido expostas ao vírus,
Assinale a alternativa que contém todas as afirmações corretas. não tinham sido infectadas e possuíam uma mutação no gene CC-
A) I, II e III. B) I, IV e V. C) II, III e V. D) I, III e V. E) II, III e IV. CKR-5. Esse gene codifica uma proteína que pode atuar como
correceptor do vírus HIV-1. As duas pessoas estudadas por Liu
26. (UNIFESP) A laranja-baía surgiu de uma mutação continham alelos mutantes do gene CC-CKR-5 (genótipo cc),
cromossômica e é uma espécie triploide. Em conseqüência da codificando uma proteína não funcional. Considerando que
triploidia, apresenta algumas características próprias. Sobre elas, somente 1% da população CC e Cc contrai HIV-1 e morre devido
foram feitas as seguintes afirmações: à SIDA, o principal fator evolutivo atuante na frequência do gene
I. A laranja-baía tem meiose anormal. CC-CKR-5 nessa população seria:
II. Plantas de laranja-baía possuem pouca variabilidade genética. A) a recombinação gênica, que é a única fonte de variabilidade
III. Todas as plantas de laranja-baía são clones. genética capaz, portanto, de aumentar a frequência do alelo C na
próxima geração.
Está correto o que se afirma em
B) a mutação que, quando ocorre em células somáticas, é capaz
A) I, apenas. B) II, apenas. C) III, apenas.
de diminuir a frequência do alelo C da próxima geração.
D) I e II, apenas. E) I, II e III.
C) a migração, pois esse fator evolutivo não altera a frequência do
alelo c de uma geração para outra.
27. (UERJ) Os indivíduos de uma determinada espécie de peixe,
D) a deriva gênica, que diminui somente a frequência do alelo c
bem adaptada a seu ambiente, podem ser classificados, quanto ao
nas próximas gerações.
tamanho, em três grupos: pequenos, médios e grandes. O grupo
E) a seleção natural, que aumenta a frequência do alelo c na
mais numeroso corresponde ao que apresenta fenótipo médio.
próxima geração.
Considere a introdução de um predador desses peixes no
ambiente. Ao longo do tempo, os indivíduos do grupo médio
31. (UFT) O maior terremoto da história do Japão, ocorrido
passam a ser os menos numerosos, pois os peixes de tamanho
recentemente, trouxe à tona a questão do uso da energia nuclear,
menor conseguem defender-se do predador escondendo-se nas
devido ao vazamento radioativo ocorrido na Usina de Fukushima.
tocas, enquanto os de maior tamanho, mais fortes, não são
Dois outros grandes acidentes nucleares ocorreram, o de Three
atacados pela espécie predadora. As alterações descritas
Mile Island em 1979, nos Estados Unidos e o de Chernobyl, na
exemplificam o tipo de seleção denominado:
Ucrânia em 1986. Sobre os efeitos da radiação em células e
A) direcional. B) disruptiva. C) qualitativa. D) estabilizadora.
organismos, é incorreto afirmar que:
A) Podem causar alterações genéticas que prejudiquem o sistema
de controle de divisão celular levando a uma multiplicação
As condições para que o equilíbrio de Hardy- Não existem na natureza populações em equilíbrio de
Weinberg se verifique Hardy-Weinberg
Populações pequenas e isoladas evoluem mais f(AA) = 640 /1000 = 64% = 0,64
facilmente f(Aa) = 320 /1000 = 32% = 0,32
f(aa) = 40/1000 = 4% = 0,04
Grupos pequenos isolados evoluem mais rapidamente do
que grupos grandes. Isso ocorre porque populações pequenas Por outro lado, é fácil calcular na população acima as
estão mais sujeitas à oscilação gênica, mas também porque frequências dos genes (A) e (a.). Como os indivíduos são
populações pequenas têm uma maior probabilidade de apresentar diploides, vamos considerar a presença de dois genes em cada
cruzamentos consanguíneos (endocruzamentos). indivíduo. O total, de genes nessa população será portanto de
Os endocruzamentos aumentam a probabilidade de 2.000.
surgimento de doenças genéticas, eliminando mais facilmente
determinados indivíduos, o que representa uma diminuição na Gene A
variabilidade genética na população. O próprio isolamento leva Total de genes A = 1.280 (640 indivíduos AA, com 2 genes A) +
também a uma variabilidade genética menor, porque faz com que 320 (320 indivíduos Aa, com 1 gene A) = 1600
a população perca a oportunidade de receber novos genes de f(A) = 1.600 genes A/2000 = 80% = 0,8
outras populações.
Se as regiões isoladas forem pequenas e com poucos Gene a
indivíduos, entretanto, as coisas podem se tornar perigosas, Total de genes a = 80 (40 indivíduos aa, com 2 genes a) + 320
predispondo inclusive a extinções de populações. Uma das críticas (320 indivíduos Aa, com 1 gene a) = 400
que se faz às reservas florestais (Unidades de Conservação) f(a) = 400/2.000 = 20% = 0,2
isoladas é que elas abrigam uma diversidade genética limitada de
uma certa população, facilitando a ocorrência de
População em equilíbrio
f(AA) = p2 O alelo recessivo d está localizado no cromossomo X e é
f(Aa) = 2pq responsável pelo daltonismo na espécie humana. Sabendo-se que
f(aa) = q2 a população na qual a família representada está inserida se
encontra em equilíbrio de Hardy Weinberg e que, nessa
População não em equilíbrio população, a frequência do daltonismo nos homens é de 8%, qual
f(AA) ≠ p2 será a frequência esperada de mulheres daltônicas?
f(Aa) ≠ 2pq A) 0,64%. B) 0,65%. C) 0,86%. D) 0,94%. E) 0,98%.
f(aa) ≠ q2
5. (UECE) Sabe-se que em determinada população manifestam-se
3(três) tipos de alelos Ax, Ay e Az e que a relação de dominância é
Exercícios Ax > Ay > Az. Suponha que numa população hipotética de 15.000
Questões estilo múltipla escolha indivíduos, este caso de polialelia se expresse de acordo com o
quadro abaixo.
Genótipo Frequência
1. (ENEM) AxAx 3.000
Os progressos da medicina condicionaram a sobrevivência de AxAy 3.500
número cada vez maior de indivíduos com constituições genéticas AxAz 1.000
que só permitem o bem-estar quando seus efeitos são AyAy 4.000
devidamente controlados através de drogas ou procedimentos AyAz 2.000
terapêuticos. São exemplos os diabéticos e os hemofílicos, que só AzAz 1.500
sobrevivem e levam vida relativamente normal ao receberem Total 15.000
suplementação de insulina ou do fator VIII da coagulação Partindo dessa suposição, pode-se concluir corretamente que a
sanguínea. frequência de fenótipos que expressam o gene Az é de
SALZANO, M. Francisco. Ciência Hoje: SBPC: 21(125), 1996.
A) 75%. B) 50%. C) 25%. D) 10%.
Essas afirmações apontam para aspectos importantes que podem
ser relacionados à evolução humana. Pode-se afirmar que, nos
6. (UECE) Sabe-se que uma amostra populacional, na qual se
termos do texto,
constatou a presença de 4 (quatro) alelos, portanto polialélica para
A) os avanços da medicina minimizam os efeitos da seleção
este determinado loci gênico, apresenta a relação de dominância
natural sobre as populações.
A > A1 > A2 > a, e está em equilíbrio de Hardy-Weinberg.
B) os usos da insulina e do fator VIII da coagulação sanguínea
Considere os dados do quadro a seguir:
funcionam como agentes modificadores do genoma humano.
C) as drogas medicamentosas impedem a transferência do AMOSTRA POPULACIONAL
material genético defeituoso ao longo das gerações. GENÓTIPO NO DE INDIVÍDUOS FENÓTIPOS
D) os procedimentos terapêuticos normalizam o genótipo dos AA 8.100 DOMINÂNCIA DE
hemofílicos e diabéticos. AA1 900 “A”
E) as intervenções realizadas pela medicina interrompem a AA2 720
evolução biológica do ser humano. Aa 180
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154 Biologia
A1A1 25 DOMINÂNCIA DE
A1A2 40 “A1”
A1a 10
A2A2 16 DOMINÂNCIA DE
A2a 8 “A2”
aa 1 RECESSIVO
Pode-se afirmar, corretamente, que a frequência dos alelos “A”,
“A1”, “A2” e “a” é, respectivamente,
A) 81%; 9%; 7,2%; 1,8%. B) 90%; 7,2%; 1,6%; 1,2%.
C) 90%; 5%; 4%; 1%. D) 81%; 25%; 16%; 1%.
10. (UESPI) Uma das condições para que uma população 13. (FUVEST) A fenilcetonúria é uma doença com herança
mendeliana mantenha as frequências de alelos constantes, ou autossômica recessiva. Em certa comunidade europeia, uma em
seja, em equilíbrio gênico, com o passar das gerações, é: cada 20 pessoas com fenótipo normal é heterozigótica quanto ao
A) a ocorrência de mutações. gene que determina a fenilcetonúria. Em 800 casamentos
B) a seleção natural. ocorridos entre membros sadios dessa comunidade, qual o
C) a existência de poucos indivíduos. número esperado de casamentos com risco de gerar crianças
D) a migração com fluxo gênico. fenilcetonúricas?
E) o acasalamento aleatório. A) 2. B) 8. C) 16. D) 40. E) 80.
11. (UPE) Mutação é assunto recorrente na mídia e, em geral, 14. (UFC) Descobertas recentes na medicina e na saúde pública,
tratado de forma ficcional, como no exemplo do desenho no qual se aplicadas consistentemente, terão algum impacto no curso da
Calvin afirma ter se transformado em um inseto. No cotidiano, é evolução humana. Qualquer resistência às doenças infecciosas
sabido que mutações podem ser neutras (alelos do grupo ABO), (de caráter hereditário), como o sarampo e a difteria, conferiria
benéficas (visão em cores na espécie humana) ou deletérias vantagem seletiva a uma família. Assinale a alternativa que
(doenças). Analise as proposições seguintes sobre mutação: mostra, corretamente, os efeitos da imunização em massa sobre a
frequência da resistência ou susceptibilidade inata às doenças.
A) A frequência dos alelos que conferem resistência inata às
doenças seria aumentada.
B) Os genótipos que produzem pouca ou nenhuma resistência se
tornariam comuns.
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Biologia 155
C) A longo prazo, mais pessoas se tornariam independentes de 17. (UFPB) Um estudo envolvendo duas populações buscou
procedimentos médicos. estabelecer a relação entre a eficácia de uma nova droga e as
D) A longo prazo, haveria adaptação genética a resistência a frequências alélicas dos Loci A e B nessas populações. Essa nova
muitas doenças. droga apresentava baixa toxicidade, e sua eficácia é atribuída a
E) Não haveria alteração alguma na frequência desses alelos um maior tempo de permanência no organismo. As frequências
alélicas das populações em estudo eram:
15. (UFPI) A evolução biológica consiste em modificações da - População 1: 10% A, 90% a, 30% B e 70% b;
composição genética de uma população ao longo do tempo. Os - População 2: 50% A, 50% a, 60%B e 40% b.
fatores evolutivos, tais como: mutações, fluxo gênico, deriva Sabe-se que os alelos recessivos indicam ausência de função
genética, cruzamento preferencial e seleção natural, modificam as proteica e que a via metabólica de degradação dessa droga é:
frequências alélicas e genotípicas em uma população. Analise as
proposições sobre as mudanças na estrutura genética de
populações e marque a alternativa que está totalmente correta.
A) As taxas de mutações são geralmente bastante baixas e são Com base nos dados, no conhecimento sobre genética e
tão lentas que a mutação, sozinha, não pode responder pelas considerando o tratamento das populações com essa droga, é
rápidas mudanças genéticas das populações e espécies. As taxas correto afirmar:
de mutações espontâneas são baixas, e, mesmo que fossem A) A população 2 respondeu melhor, pois a maioria dos indivíduos
duplicadas, por ação de mutágenos, ainda seriam baixas, e, em é homozigoto dominante para os dois Loci em estudo.
populações bastante grandes, seus efeitos são tão pequenos, que B) A população 1 respondeu melhor, pois os homozigotos
podem ser ignorados. recessivos estão em maior frequência nessa população.
B) A migração, mesmo sem cruzamentos, pode ocasionar o fluxo C) A população 2 respondeu melhor, pois os heterozigotos se
gênico e acrescentar novos alelos ao pool genético da população apresentam em menor número nessa população.
a ponto de modificar as frequências de alelos já presentes, caso D) As populações 1 e 2 apresentaram respostas similares.
venham de populações com frequências alélicas diferentes. E) As frequências alélicas nas populações 1 e 2 não apresentam
Entretanto, a taxa de migração, assim como a de mutação, é relação com a droga.
sempre pequena e não altera as características genéticas da
população receptora. 18. (UFF) Faz 100 anos que Hardy (matemático inglês) e
C) A deriva genética só provoca grandes modificações e só Weinberg (médico alemão) publicaram o teorema fundamental da
compete com a seleção natural em populações grandes, pois, em genética de populações, conhecido como Equilíbrio de Hardy-
populações pequenas, seus efeitos são minimizados pelo fato de Weinberg. Para se aplicar este princípio, a população deve ser de
que esse processo ocorre em poucos loci das populações e não tamanho:
influi na direção da mudança das frequências alélicas, mesmo na A) aleatório, visto que não influencia para a aplicação do teorema,
presença de outro fator evolutivo. Por causa da ação da deriva já que a probabilidade dos cruzamentos depende de processos
genética, alelos deletérios têm sua frequência diminuída e alelos migratórios que ocorrem naturalmente nas populações;
vantajosos, em frequências altas, podem ser perdidos. B) pequeno, de modo que possam ocorrer cruzamentos de forma
D) Os cruzamentos, no equilíbrio de Hardy-Weinberg, não podem experimental, de acordo com as leis de Mendel, ou seja, os
acontecer ao acaso, e as frequências dos genótipos homo e cruzamentos entre indivíduos de diferentes genótipos devem
heterozigotos são alteradas pela seleção natural, logo ocorrem acontecer sempre a partir de alelos heterozigotos;
mudanças na estrutura genética de uma geração para outra. C) muito grande, para que possam ocorrer cruzamentos seletivos,
E) A seleção natural é o único fator evolutivo que adapta as de acordo com a teoria evolutiva, ou seja, os efeitos da seleção
populações aos seus ambientes e atua sempre mantendo natural a partir de mutações ao acaso devem ser considerados;
constantes as frequências alélicas ao longo do tempo. Como D) pequeno, de modo que possam ocorrer cruzamentos entre os
resultado, a seleção natural tende a diminuir a variação genética organismos mutantes, de acordo com as leis das probabilidades,
da população. ou seja, novas características devem ser introduzidas de forma
controlada na população;
16. (UFPI) Imagine a seguinte situação: pesquisadores E) muito grande, de modo que possam ocorrer todos os tipos de
descobriram uma população de aves marinhas isolada numa ilha, cruzamentos possíveis, de acordo com as leis das probabilidades,
estimada em 1.000 indivíduos, e perceberam que 360 eram ou seja, os cruzamentos entre indivíduos de diferentes genótipos
homozigotos AA, 480 heterozigotos Aa e 160 homozigotos aa. devem acontecer completamente ao acaso.
Também concluíram que todos os tipos possíveis de cruzamento
estavam ocorrendo, embora fatores evolutivos como mutação ou 19. (UNIRIO) Os grupos sanguíneos de uma população foram
seleção não tenham sido registrados. Mediante essas estudados no que se refere ao sistema MN dos seus indivíduos.
informações, assinale a alternativa correta. Verificou-se que existiam, numa porcentagem de 9%, portadores
A) O total de alelos nessa população é igual a 20.000. de sangue do tipo N. Assim, a frequência dos indivíduos do grupo
B) A frequência de indivíduos AA é igual a 0,4 ou 40%. MN dessa população é de:
C) A população encontra-se em equilíbrio gênico, seguindo o A) 79%. B) 61%. C) 50%. D) 49%. E) 42%.
princípio de Hardy-Weinberg.
D) A frequência de indivíduos aa é também igual a 0,4 ou 40%. 20. (UFMG) Em 1978, registrou-se o nascimento do primeiro bebê
E) A frequência de indivíduos Aa é igual a 0,24 ou 24%. gerado in vitro. Desde então, alguns aspectos éticos importantes
vêm sendo discutidos em relação às consequências da aplicação
de técnicas de reprodução humana assistida sobre o equilíbrio
genético de populações humanas. Todas as alternativas
Híbridos
Híbridos são o fruto de cruzamentos de indivíduos de
espécies diferentes, sendo usualmente estéreis, uma vez que
não há correspondência de homologia entre os conjuntos
cromossômicos das espécies parentais. A falta de homologia
entre os cromossomos recebidos por pai e mãe no híbrido impede
seu pareamento por ocasião da meiose, prejudicando a formação
dos gametas.
Híbridos não se formam usualmente devido ao isolamento
reprodutivo existente entre duas espécies. Para híbridos se
formarem, os indivíduos parentais devem ter uma grande
semelhança genética, pertencendo pelo menos ao mesmo
gênero. Mesmo os indivíduos parentais sendo do mesmo gênero,
o nascimento de híbridos é bastante incomum. Talvez o exemplo
mais conhecido seja o nascimento de burros ou mulas a partir do
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158 Biologia
cruzamento de jumento (Equus asinus) com éguas (Equus “Existe na América do Norte uma determinada espécie de rã
caballus), ambos pertencendo ao gênero Equus. (Rana pipiens) que se encontra desde o Canadá (no Norte,
O burro, assim como os demais híbridos, é estéril portanto) até o México (no extremo sul). Quando se tenta cruzar
porque na verdade não possui dois genomas homólogos, e um indivíduo de uma população do norte com um do sul, a maioria
sim dois genomas não homólogos, um proveniente do dos descendentes é defeituosa, e portanto, inviável. No entanto,
jumento e outro da égua. Como na meiose os cromossomos cruzamento entre populações vizinhas são bem-sucedidos. Dessa
do jumento não podem parear com os da égua devido à falta maneira, um gene existente no extremo norte pode, por intermédio
de homologia, a meiose se tornará inviável, e a formação de de cruzamentos sucessivos entre populações adjacentes, chegar
gametas não poderá ocorrer. a um indivíduo de uma população do sul do continente.”
Observe abaixo: a) O texto nos conta que o cruzamento entre indivíduos de
populações afastadas não costuma ser bem sucedido. Por outro
Indivíduo 2n1 Indivíduo 2n2 lado, sabemos que espécie biológica é um grupo de organismos
que podem se intercruzar, originando descendentes férteis. Sendo
Meiose Meiose assim, é correto aceitar que todas as populações desse tipo de rã
pertencem à mesma espécie? Discuta.
b) Suponha que cinco dessas populações de rãs (A, B, C, D, E)
Gametas n1 Gametas n2 sejam vizinhas uma da outra, na ordem em que foram citadas. Os
genes nas populações extremas (A e E) podem fluir livremente por
intermédio dos cruzamentos entre populações vizinhas. Imagine
Fecundação agora que duas dessas populações desapareçam (C e D), por
algum acidente. Supondo que o cruzamento seja possível
Indivíduo Híbrido “n1 + n2” somente entre populações diretamente vizinhas, o que você diria
quanto ao número de espécies que existe agora?
Assim, o híbrido é estéril porque seus dois genomas n1 + n2
não guardam relação de homologia, não podendo se parear na Analisando os dois casos:
meiose e não permitindo a formação de gametas. a) Nesse primeiro caso, as populações de rã só podem cruzar com
Não se deve confundir híbridos com mestiços que são frutos suas vizinhas, sendo que o cruzamento entre as populações
de cruzamentos de indivíduos de mesma espécie, mas raças extremas gera descendentes inviáveis. Para que as populações
diferentes, sendo férteis, pois. sejam da mesma espécie, elas devem ser real ou potencialmente
intercruzantes. Elas não são realmente intercruzantes porque o
cruzamento direto gerando descendentes férteis não é possível
Conceito de especiação entre A e E, que não são vizinhas. No entanto, o fluxo de genes é
O que caracteriza então o surgimento de novas espécies, ou possível entre A e E, graças às populações intermediárias. Dessa
seja, a especiação, é o surgimento do isolamento reprodutivo maneira, genes de A podem passar para B, e daí para C, e então
entre duas populações. O isolamento reprodutivo, por sua vez, para D, e finalmente para E. Esse fluxo de genes as torna
ocorre a partir do momento em que duas populações perdem a potencialmente intercruzantes, e portanto pertencentes à mesma
capacidade de serem real ou potencialmente intercruzantes. espécie.
Dadas duas populações A e B, elas são da mesma espécie? b) Com o desaparecimento das populações C e D, A e E passam
Para responder a tal questionamento, pode-se utilizar a sequência a não mais ser real nem potencialmente intercruzantes. Elas já
de ideias descritas a seguir: não eram realmente intercruzantes na situação original. Com a
ausência de C e D agora, o fluxo indireto de genes também cessa,
A e B podem cruzar?
uma vez que essas populações funcionavam como “ponte” para a
passagem de genes (de A para B, e daí para C, e então para D, e
finalmente para E; sem C e D o fluxo de genes não mais pode
ocorrer). A partir do momento que A e E não são mais real nem
potencialmente intercruzantes, passam a se comportar como duas
Não
Sim espécies distintas, portanto. É interessante deixar claro que A e B
continuam constituindo uma única espécie, pois, sendo vizinhas,
podem trocar genes de modo direto. Após o desaparecimento de
Os descendentes são férteis? Os descendentes podem cruzar? C e D, A e B constituem uma espécie e E constitui uma outra
espécie. Eis um exemplo de especiação.
Especiação alopátrica
A especiação alopátrica (do grego allós, ‘diferente’) ocorre de tal modo que o primeiro passo na formação de duas novas espécies é o
estabelecimento de uma barreira geográfica de difícil transposição, caracterizando um fenômeno de isolamento geográfico
Vicariância ou efeito vicariante é o mecanismo evolutivo no qual ocorre uma fragmentação de uma área biótica, separando populações
de determinadas espécies. A falta de fluxo gênico entre as duas sub-populações agora formadas fará com que elas fiquem cada vez mais
diferentes e, mantendo-se a barreira por tempo suficiente, levará à especiação.
Estas barreiras podem ser geográficas, como a formação de montanhas devido ao movimento de placas tectônicas, uma falha causada
pelo distanciamento de duas placas, o surgimento de um rio etc. As barreiras também podem ser ecológicas, como quando a área entre duas
populações torna-se imprópria para a reprodução da espécie (por exemplo, no caso de anfíbios, uma zona húmida que se torna árida devido a
desertificação).
Em ambientes aquáticos, elevações rochosas nos fundos de oceanos podem separar populações de uma mesma espécie que se
manterão isoladas, sofrendo todo o processo de diferenciação génica separadamente.
A área ocupada pela população que sofre esse fenômeno deve ser numericamente semelhante à área ocupada pela p opulação
ancestral, já que a disjunção não é causada por ação do grupo, ou seja, não há deslocamento, por parte do grupo, de uma área para outra.
A separação dos continentes, de acordo com a Teoria da Deriva Continental de Alfred Wegener, representou um episódio de vicariância
que justifica a existência de espécies relacionadas em massas continentais isoladas por oceanos, como África e América do Sul.
Em ambientes distintos, as pressões seletivas são distintas, de modo que, com o tempo, se estabelecem então divergências genéticas
entre as populações, que passam a formar o que chamamos de raças geográficas.
As raças geográficas mais facilmente reconhecidas, porque têm maior diferenciação, são chamadas de subespécies pelos biólogos. Se
porventura indivíduos de raças geográficas ou subespécies forem postos em contato, eles se cruzam e têm descendentes férteis.
Caso as subespécies fiquem isoladas geograficamente por um grande período de tempo, sua diferenciação genética pode tornar -se tão
grande que mesmo reunidas na natureza, não podem mais se cruzar. Estabelece-se o isolamento reprodutivo entre elas e estamos diante
agora de espécies diferentes.
Assim temos:
Com o isolamento reprodutivo, mesmo que as populações tornem a ser simpátricas, não ocorrerá troca genética entre elas, em
conseqüência de vários tipos de mecanismos reprodutivos que podem ter-se estabelecido. Por esse motivo, apesar de vizinhas num mesmo
território, elas continuam a evoluir separadamente.
Especiação alopátrica.
Especiação parapátrica A especiação peripátrica (do grego peri, ‘ao redor’) é um tipo
especial de especiação alopátrica ou parapátrica, em que uma das
Na especiação parapátrica (do grego para, ‘ao lado’), populações isoladas é bastante menor do que a outra. Nestes
ocorre isolamento de populações na região periférica em relação à casos, como a população é pequena, mecanismos como a deriva
distribuição geográfica da população inicial, de modo que as novas genética ou o efeito fundador são mais importantes, pois
espécies se formam nas bordas do ecossistema originalmente populações pequenas sofrem frequentemente do efeito de
ocupado, nas fronteiras com outros ambientes. Nesse caso, há gargalo.
menos um isolamento geográfico e mais um isolamento
comportamental, uma vez que as condições ambientais nas Teoria dos Refúgios
regiões limítrofes de um ecossistema, fronteiriças a outros
ecossistemas, geram microambientes diferentes daqueles das O isolamento de populações realmente facilita o surgimento
regiões centrais. de novas espécies. A Teoria dos Refúgios, por exemplo, afirma
Um exemplo dessa situação ocorre devido a mudanças que a grande diversidade de espécies em uma área ocorre muitas
ambientais bruscas em certas áreas de um ecossistema devido vezes pelo isolamento de algumas regiões onde a evolução cria
mesmo à atividade humana. Uma possibilidade é a mudança novas variedades.
abrupta nas condições do solo criadas pela atividade mineradora, Para explicar a diversidade de mamíferos na Amazônia, por
que deixa restos de cascalho com altas concentrações de metais exemplo, a Teoria dos Refúgios defende que em algum momento,
pesados, como o chumbo e o zinco. Os solos formados com tais fragmentos de florestas foram isolados uns dos outros por áreas
refugos contêm concentrações de metais pesados que são desérticas, de modo que as espécies de cada fragmento isolado
danosas ao crescimento da maioria das plantas. Há uma forte (refúgio) puderam se diferenciar, inclusive muitas vezes formando
seleção favorecendo a tolerância a metais pesados nas plantas novas espécies. Com a expansão das florestas, refúgios foram
que crescem nesses locais. Nesse último século, plantas capazes unidos numa área contínua, mas a diversidade já havia sido
de crescimento nesse tipo de solo evoluíram em várias espécies gerada.
de gramíneas. Um isolamento reprodutivo quase completo ocorre A diversidade de peixes no oceano também pode ser
entre as plantas que crescem em solos originados de refugos e explicada pela concentração de espécies em certas áreas, mais
plantas que crescem em solos com condições normais, pois sua ricas em nutrientes e isoladas de outras áreas por vastidões de
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162 Biologia
“desertos oceânicos” pobres em nutrientes e por isso evitados Mecanismos Pré-zigóticos
pelos organismos. Cada região dessas funcionaria também como
um refúgio onde a evolução origina uma diversidade particular de
- Isolamento de habitat: os membros de duas populações não se
seres vivos.
cruzam pelo fato de viver em locais diferentes.
- Isolamento sazonal ou estacional: os membros de duas
Raças e raças geográficas populações não se cruzam porque seus períodos de reprodução
não coincidem. Por exemplo, duas espécies de aves que habitam
Raça é um conjunto de indivíduos da mesma espécie que uma mesma região podem não se cruzar por terem épocas de
possuem um mesmo pool gênico, ou seja, um conjunto de genes reprodução uma no verão outra no outono.
que determinam características bem semelhantes nos indivíduos. - Isolamento etológico ou comportamental: os membros de
Em humanos, não se considera a existência de raças, uma duas populações não se cruzam porque seus comportamentos de
vez que a diferença genética entre os vários grupos étnicos é corte antes do acasalamento são incompatíveis.
muito pequena para tal. Apesar disso, fala-se em etnia negra - Isolamento mecânico ou anatômico: os membros de duas
(negroides, de origem africana, com genes para pele, cabelos e populações não se cruzam por incompatibilidade entre seus
olhos negros, poucos pelos, etc), etnia branca (caucasoides, de órgãos reprodutores. Isso pode acontecer tanto em animais, em
origem europeia, com genes para pele, cabelos e olhos claros, que a diferença der tamanho ou forma dos órgãos genitais impede
etc) e etnia asiática (mongoloides, de origem asiática, com genes a cópula, como em plantas, em que o tubo polínico não consegue
para cabelos negros e lisos, olhos puxados, etc). germinar no estigma de uma flor de outra espécie.
Raça geográfica ou subespécie são raças surgidas em - Isolamento gamético: mesmo havendo o ato sexual
ambientes geograficamente distintos, sendo variedades típicas de interespécies, freqüentemente o zigoto não se forma porque a
uma determinada área, estando isolados reprodutivamente em zona pelúcida do óvulo impede sua fecundação por um
condições naturais, e em vias de originar novas espécies distintas espermatozóide de outra espécie.
(de maneira simples, uma subespécie é o último estágio antes de
se separar em espécies distintas). Mecanismos Pós-zigóticos
Por que existem tantas raças de animais - Inviabilidade do híbrido: os membros de duas espécies podem
domésticos e tão poucas de animais selvagens copular, o zigoto se forma, mas o embrião morre prematuramente,
devido à incompatibilidade entre os genes maternos e paternos.
Animais domésticos têm suas raças produzidas por um - Esterilidade do híbrido: o híbrido entre as duas espécies se
processo seletivo diferente, a seleção artificial, proporcionada forma, sendo até mais vigoroso do que os membros das espécies
pela ação humana. A seleção natural escolhe detalhes mais parentais, mas é estéril.
amplos em relação às características da espécie, como alta - Deterioração da geração F2: a primeira geração de híbridos
capacidade de reprodução, resistência a doenças, etc, uma vez entre duas espécies (F1) é normal e fértil, mas seus filhos, a
que as condições de ambientes naturais são bem mais uniformes. geração F2, são indivíduos estéreis. Isso se deve à recombinação
A seleção artificial é mais minuciosa, selecionando uma gama de gênica incompatível, que ocorre na formação dos gametas que
características bem mais ampla, nem sempre favoráveis à referida originam a geração F2.
espécie, mas sim à vontade humana. Assim, o homem manipula
cruzamentos originando linhagens cada vez mais puras para as
características desejáveis, coisa que nunca iria acontecer em Irradiação adaptativa
condições naturais, onde os cruzamentos tendem a ocorrer ao
acaso. Uma população ou espécie que vive numa certa área tende
Se várias populações de algumas das atuais raças de cães sempre a se dispersar ocupando a maior área possível. Uma única
fossem colocadas num continente isolado e se cruzassem espécie pode dar origem a uma grande variedade de formas, cada
livremente por milhares de anos, se a interferência do homem, uma adaptada a explorar um certo conjunto de condições de vida
provavelmente se tornariam uma população única, uniforme e que é chamado de nicho ecológico. A essa diversificação de
padronizada, bem adaptada às condições daquele ambiente, formas originadas a partir de uma espécie ou grupo único
como ocorre com animais selvagens como o lobo e o coiote. chamamos irradiação adaptativa. A diversificação é moldada
pelas diversas condições ambientais que selecionam em cada
região características diferentes. Com o tempo, cada população
Tipos de isolamento reprodutivo tende a se adaptar cada vê melhor a seu ambiente específico,
divergindo crescentemente do ancestral original.
Existem vários mecanismos que bloqueiam a troca de genes Vamos dar dois exemplos na natureza que parecem
entre espécies diversas que vivem na mesma área. Eles podem claramente provenientes de irradiação adaptativa. Nas ilhas
ser classificados em pré-zigóticos e pós-zigóticos. Os Galápagos visitadas por Darwin durante sua viagem a bordo do
mecanismos pré-zigóticos impedem a formação do zigoto e os Beagle, existem catorze espécies de tentilhões. Os exemplares de
mecanismos pós-zigóticos impedem o prosseguimento do ciclo todas elas são muito parecidos, e muito provavelmente evoluíram
de vidas após o zigoto formado. Os mecanismos pré-zigóticos de ancestrais comuns; porém cada espécie possui uma adaptação
representam maior economia de energia do ponto de vista para usar um certo tipo de alimento. Os bicos dessas aves, em
evolutivo, uma vez que a geração de uma prole e os cuidados com particular, são bem diferenciados, cada qual especializado no uso
ela nos mecanismos pós-zigóticos representa dispêndio de tempo de um tipo de alimento.
e energia. Acredita-se que o grupo fundador original, oriundo do
continente, tenha provavelmente chegado a uma das ilhas
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Biologia 163
maiores, onde sobreviveu certo tempo; alguns indivíduos do dos golfinhos e tubarões é muito semelhante, sendo ambos
grupo, de uma forma ou de outra, devem ter passado para as animais adaptados à natação. O golfinho, no entanto, é um
outras ilhas, onde ficaram isolados tempo suficiente para haver mamífero endotérmico com respiração pulmonar, sendo
especiação. Talvez pelo fato de os tentilhões não serem muito evolutivamente bastante diferenciada de tubarões, que são peixes
bons voadores, foi possível acontecer isolamento e cartilaginosos.
consequentemente especiação; caso contrário, os pássaros
poderiam ter continuado até hoje como uma única espécie. Há
hoje em cada ilha, várias espécie de tentilhões, mas pelo fato de
haver grande especialização alimentar, a competição entre elas é
muito reduzida.
Assim, todos os mamíferos vieram de um mamífero
ancestral, semelhante ao atual musaranho (por sua vez parecido
com um rato pequeno) por irradiação adaptativa devido a sua
grande dispersão. Hoje, patas de cavalos, asas de morcegos e
nadadeiras de baleia são estruturas derivadas da pata e da mão
deste mamífero ancestral. Note que todas estas estruturas são
órgãos homólogos por terem a mesma origem evolutiva (a homo-
logia sempre implica origem igual, podendo a função ser
diferente).
O corpo fusiforme do tubarão (A), um peixe, do ictiossauro (B), um réptil
pré-histórico, e do golfinho (C), um mamífero, é resultado de convergência
adaptativa como adaptação à natação.
Exercícios
Irradiação adaptativa em mamíferos. Questões estilo múltipla escolha
A irradiação adaptativa está relacionada à especiação por
cladogênese e à formação de várias espécies a partir de uma 1. (ENEM)
ancestral, com consequente surgimento de órgãos homólogos. Não é de hoje que o homem cria, artificialmente, variedades de
peixes por meio da hibridação. Esta é uma técnica muito usada
pelos cientistas e pelos piscicultores porque os híbridos
Convergência adaptativa resultantes, em geral, apresentam maior valor comercial do que a
média de ambas as espécies parentais, além de reduzir a
A irradiação é caracterizada pelo fato de organismos de
sobrepesca no ambiente natural.
mesmas origens ancestrais de diferenciarem, adquirindo Terra da Gente, ano 4, n.47. mar 2008 (adaptado)
caracteres bastante diversos, que lhes permitem a exploração de Sem controle, esses animais podem invadir rios e lagos naturais,
nichos ecológicos. se reproduzir e
Ao contrário, na convergência adaptativa ou na evolução A) originar uma nova espécie poliploide.
convergente, organismos diferentes que vivem no mesmo B) substituir geneticamente a espécie natural.
ambiente há muito tempo, sendo submetidos a pressões de C) ocupar o primeiro nível trófico no habitat aquático.
seleção semelhantes, acabam por se parecer. Mas aqui a D) impedir a interação biológica entre as espécies parentais.
semelhança não é sinal de parentesco; ela foi conseguida pela E) produzir descendentes com o código genético modificado.
ação da seleção natural sobre espécies de origens diferentes.
É evidente que os animais aquáticos que tenham a forma de
seu corpo adaptada à natação serão selecionados, não
importando de que ancestrais provenham. A forma geral do corpo
Há evidências mostrando que essas aves, que podem ser 6. (UNIFOR) Observe o seguinte diagrama:
originárias de um mesmo ancestral, sejam, portanto, parentes.
Considerando que, de fato, tal parentesco ocorra, uma explicação
possível para a separação geográfica dessas aves, como
mostrada no mapa, poderia ser:
A) a grande atividade vulcânica, ocorrida há milhões de anos,
eliminou essas aves do Hemisfério Norte.
B) na origem da vida, essas aves eram capazes de voar, o que
permitiu que atravessassem as águas oceânicas, ocupando vários
A partir desses dados, é possível deduzir que a espécie Z
continentes.
originou-se por
C) o ser humano, em seus deslocamentos, transportou essas
A) hibridização. B) seleção natural.
aves, assim que elas surgiram na Terra, distribuindo-as pelos
C) mutação gênica. D) isolamento geográfico.
diferentes continentes.
E) deterioração das espécies X e Y.
D) o afastamento das massas continentais, formadas pela ruptura
de um continente único, dispersou essas aves que habitavam
7. (UNIFOR) Suponha que duas espécies de grilos vivam na
ambientes adjacentes.
mesma área de uma floresta. Sabendo que as fêmeas só são
E) a existência de períodos glaciais muito rigorosos, no Hemisfério
atraídas pelos estímulos sonoros dos machos de sua própria
Norte, provocou um gradativo deslocamento dessas aves para o
espécie, conclui-se que, nesse ambiente, o isolamento reprodutivo
Sul, mais quente.
entre essas espécies seja
A) geográfico. B) estacional. C) etológico.
3. (UNIFOR) Os indivíduos de cinco populações (I a V) foram
D) ecológico. E) mecânico.
cruzados entre si e os resultados estão representados no quadro
abaixo.
8. (UNICHRISTUS) A teoria moderna da evolução considera três
CRUZAMENTOS DESCENDÊNCIA fatores evolutivos principais: mutação gênica, recombinação
I × II fértil gênica e seleção natural. Com relação ao último fator, é correto
I × III inviável afirmar, exceto:
I × IV fértil A) implica reprodução diferencial dos indivíduos de uma
I×V fértil população.
II × III estéril B) pode reduzir a diversidade, mas não modifica a média da
população adaptada às condições ambientais estáveis.
II × IV fértil
C) decorre das restrições que o meio impõe à sobrevivência dos
II × V fértil organismos.
III × IV inviável D) tem como alvo o organismo como um todo, atuante em seu
III × V estéril contexto populacional.
IV × V fértil E) constitui a condição inicial para que haja a formação de raças.
Estão reprodutivamente isolados os indivíduos da população
A) I. 9. (UECE) Foi o naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), em
B) II. sua obra intitulada A Origem das Espécies, que sugeriu que a
C) III. evolução é um processo de divergência, onde espécies
D) IV. semelhantes seriam descendentes de uma única espécie que teria
E) V. existido no passado, a partir de um ancestral comum. Podemos
afirmar corretamente que a especiação, no geral, inicia-se quando
4. (UNIFOR) A grande diversidade de marsupiais existentes na A) acontece a troca de genes entre duas espécies diferentes
Austrália deve-se a ocupantes de um mesmo espaço, não isoladas geograficamente.
A) ao isolamento geográfico desse país B) não ocorre a troca de genes entre duas espécies, mesmo que
B) à pequena diversidade de predadores nessa região. não haja isolamento geográfico.
C) ao isolamento reprodutivo, que impede o cruzamento de C) ocorre a troca de genes entre duas populações que coexistem
espécies diferentes. em um mesmo espaço, não isoladas geograficamente.
D) à variação climática ser maior do que a dos outros continentes. D) a troca de genes entre duas espécies torna-se restrita em
E) à ausência de seleção natural entre os mamíferos da região. virtude do isolamento geográfico das mesmas.
necessidades ecológicas das populações. Quando várias populações de espécies diferentes compartilham a
III. Duas populações de uma mesma espécie, vivendo em mesma área geográfica, são denominadas
ambientes diferentes e isolados geograficamente A) alopátricas. B) análogas. C) híbridas.
obrigatoriamente, terão que se extinguir. D) homólogas. E) simpátricas.
A) Somente II está correta. B) Somente I está correta.
C) Somente III está correta. D) I e II estão corretas. 17. (UNESP) A ema (Rhea americana), o avestruz (Struthio
E) Todas estão corretas. camelus) e o emu (Dromaius novaehollandiae) são aves que não
voam e que compartilham entre si um ancestral comum mais
13. (FCM-CG) Um pesquisador analisou os seguintes dados: recente que aquele que compartilham com outros grupos de aves.
Essas três espécies ocupam hábitats semelhantes, contudo
I. O cruzamento entre indivíduos de uma população A com
apresentam área de distribuição bastante distinta. A ema ocorre
indivíduos de uma população B produziu híbridos estéreis.
no sul da América do Sul, o avestruz é africano e o emu ocorre na
II. O cruzamento entre indivíduos da população A com os da
Austrália.
população C produziu indivíduos viáveis.
III. O cruzamento entre indivíduos da população B com os da
população C, não produziu descendentes.
Diante desses resultados, o pesquisador concluiu que
A) A, B e C são de três espécies distintas.
B) A e B são da mesma espécie e C de outra. ema avestruz emu
C) A e C constituem uma espécie e B, outra. www.google.com.br.
D) A, B e C são da mesma espécie.
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166 Biologia
Segundo a explicação mais plausível da biologia moderna, a população X com os da população Z produzia descendentes
distribuição geográfica dessas aves é consequência da férteis, e o dos indivíduos da população Y com os da população Z
A) fragmentação de uma população ancestral que se distribuía por não produzia descendentes. A análise desses resultados permite
uma única massa de terra, um supercontinente. Em razão da concluir que
deriva continental, as populações resultantes, ainda que em A) X, Y e Z continuaram pertencendo à mesma espécie.
hábitats semelhantes, teriam sofrido divergência genética, B) X, Y e Z formaram três espécies diferentes.
resultando na formação das espécies atuais. C) X e Z tornaram-se espécies diferentes e Y continuou a
B) migração de indivíduos de uma população ancestral, pertencer à mesma espécie.
provavelmente da África, para a América do Sul e a Austrália, D) X e Z continuaram a pertencer à mesma espécie e Y tornou-se
utilizando faixas de terra existentes em épocas de mares rasos. uma espécie diferente.
Nos novos hábitats, as populações migrantes divergiram e E) X e Y continuaram a pertencer à mesma espécie e Z tornou-se
formaram as espécies atuais. uma espécie diferente.
C) origem independente de três espécies não aparentadas, na
América do Sul, na África e na Austrália, que, mesmo vivendo em 20. (UFJF) De forma não tão rara, a imprensa divulga a
locais diferentes, desenvolveram características adaptativas descoberta de uma nova espécie. Mecanismos de isolamento
semelhantes, resultando nas espécies atuais. geográfico e/ou reprodutivos contribuem para o processo de
D) migração de ancestrais dessas aves, os quais, embora não especiação. Associe os exemplos listados na coluna da esquerda
aparentados entre si, tinham capacidade de voo e, portanto, com os respectivos mecanismos de isolamento reprodutivo
puderam se distribuir pela América do Sul, pela África e pela apresentados na coluna da direita.
Austrália. Em cada um desses lugares, teriam ocorrido mutações 1. Florescimento em épocas diferentes (_) Isolamento
diferentes que teriam adaptado as populações aos seus 2. Desenvolvimento embrionário irregular mecânico
respectivos hábitats, resultando nas espécies atuais. 3. Alterações nos rituais de acasalamento (_) Isolamento
E) ação do homem em razão da captura, transporte e soltura de 4. Meiose anômala estacional
aves em locais onde anteriormente não ocorriam. Uma vez 5. Impedimento da cópula por (_) Mortalidade do
estabelecidas nesses novos locais, a seleção natural teria incompatibilidade dos órgãos reprodutores zigoto
favorecido características específicas para cada um desses (_) Esterilidade do
hábitats, resultando nas espécies atuais. híbrido
(_) Isolamento
18. (UNESP) Leia a placa informativa presente em uma comportamental
churrascaria. Assinale a alternativa que apresenta a associação correta.
A) 1, 3, 4, 2 e 5. B) 4, 3, 2, 5 e 1. C) 4, 3, 5, 2 e 1.
D) 5, 1, 4, 3 e 2. E) 5, 1, 2, 4 e 3.
Figuras A, B e D modificadas de : CÉSAR, S. J. ; SEZAR, S. Biologia, Vol. 3. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 255 e 260. Figura C modificada de: AVANCINI, E.; FAVARETTO, J. A. Biologia: uma abordagem
evolutiva e ecológica, Vol. 2. São Paulo: Moderna, 1997. p. 177
Os fenômenos envolvidos nos processos evolutivos A, B, C e D correspondem, respectivamente, a:
A) Anagênese, irradiação adaptativa, convergência evolutiva, cladogênese.
B) Convergência evolutiva, anagênese, cladogênese, irradiação adaptativa.
C) Cladogênese, anagênese, convergência evolutiva, irradiação adaptativa.
D) Cladogênese, convergência evolutiva, irradiação adaptativa, anagênese.
E) Anagênese, convergência evolutiva, irradiação adaptativa, cladogênese.
28. (UFPB) Observe a figura ao lado, que representa o processo de evolução de um grupo de pássaros. Cada retângulo c om linha contínua
representa uma área geográfica e cada retângulo tracejado representa uma espécie (identificada na figura pelas letras A, B, C, D, E, F ou G). A
figura é inspirada na hipótese de relações filogenéticas de um grupo de aves do arquipélago de Galápagos, documentada por Charles Darwin.
29. (UFCG) As figuras abaixo esquematizam o desenvolvimento em ambientes diferentes de uma espécie vegetal em que são oferecidas
condições edafoclimáticas distintas.
Figura. Esquematização das condições ambientais diversificadas selecionando diferentes características em uma população (Linhares & Gewandsnajder, Biologia Hoje Vol. 3, p. 170, 1998, com
modificações)
Do esquema apresentado, podemos chegar à seguinte dedução: A) haja tempo suficiente para que ocorram as adaptações.
A) As diferentes condições ambientais oferecidas, como B) existam climas amenos e com pouca variação.
temperatura, qualidade dos solos e umidade relativa do ar, são por C) aumente a população de organismos produtores.
si suficientes para determinarem o surgimento de uma nova D) seja mantida a proporção entre genes dominantes e recessivos.
espécie.
B) As condições diversas do ambiente determinaram o surgimento 31. (UFRN) Algumas espécies de peixes encontradas nos açudes
de duas novas espécies: no ambiente x, uma variedade com do Nordeste são originárias da Amazônia. Como esses peixes
folhas estreitas e raízes longas e no ambiente y com folhas longas introduzidos podem escapar dos açudes para os rios, o
e raízes normais. cruzamento entre eles e os peixes de espécies nativas do
C) Se, por alguma razão, as três populações de plantas Nordeste é uma possibilidade. Cruzamentos desse tipo produzem
permanecerem isoladas, elas poderão evoluir separadamente. indivíduos
Contudo e a qualquer momento, podem se cruzar entre si A) estéreis e com características de ambos os pais.
recombinando seus genes e suas características. B) férteis e com características de apenas um dos pais.
D) A especiação caracterizada no esquema apresentado é o C) poliploides e com as características parentais atenuadas.
resultado do isolamento reprodutivo entre as raças geográficas ou D) haploides e com as características parentais intensificadas.
subespécies, as quais não podem mais se cruzar entre si.
E) Populações de plantas, por ocasião de isolamento geográfico 32. (UFMG) Comportamentos que favorecem a dispersão também
longo, desenvolverão diferenças em suas características genéticas promovem, geralmente, a especiação. É correto afirmar que, entre
e essas podem ser tão profundas a ponto de caracterizar duas ou os comportamentos que costumam favorecer a especiação, se
mais raças geográficas. inclui
A) a ocupação de novos nichos.
30. (UFRN) Desde o surgimento da vida na Terra, as mudanças B) a territorialidade.
climáticas têm acarretado não só a extinção, mas também o C) o cuidado com a prole.
surgimento de muitas espécies. Segundo os especialistas, o D) o sedentarismo.
aquecimento global fará com que a temperatura média da Terra
sofra uma elevação significativa durante o século XXI. Com essa 33. (UFMG)
mudança climática, é provável que a extinção das espécies Era um burrinho pedrês, miúdo e resignado, vindo de Passa-
existentes seja maior do que o surgimento de novas espécies. Isso Tempo, Conceição do Serro, ou não sei onde no sertão.
aconteceria porque a especiação depende de que
5. (FMJ)
O HOMEM DO MILÊNIO
Os pesquisadores Martin Pickford e Brigitte Senut descobriram o primeiro fóssil a ultrapassar a barreira dos 5 milhões de anos. Era o homem
do Milênio, ou Orrorin turgenensis, um hominídeo de 6 milhões de anos. A família humana – já foram identificados duas dezenas de
hominídeos...
Revista Veja, 17 de agosto de 2002.
A árvore abaixo apresenta aqueles com maior probabilidade de serem nossos antepassados.
H. neanderthalensis H. sapiens
Europa e Ásia Ocidental Homem moderno 0
H. heidelbergiensis H. erectus
África, Europa e Ásia África oriental
H. ergaster
África oriental
A. afarensis
Etiópia e Tanzânia
A. anamensis
Quênia
Ardipithecus ramidus
Etiópia
Orrorin turgenensis
Quênia
Sahelanthropus tenadensis 7
Chade
III. A. africanus não tem nenhuma espécie de parentesco com o A manchete acima nos coloca diante de uma constatação de
restante dos hominídeos. ordem filosófica: que a espécie humana é mais próxima dos
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): chimpanzés do que se poderia imaginar. Tal resultado nos faz
A) I e II. B) II e III. C) I, II e III. D) Apenas a I. E) Apenas a II. concluir que
A) o gorila é o ancestral do homem e do chimpanzé.
9. (FACID)
Chimpanzés são humanos, concluíram cientistas dos EUA, após
uma análise genética cujos resultados podem ter implicações
sérias nos esforços de preservação desses animais e em seu uso
como cobaias em pesquisas científicas. Segundo o pesquisador
Morris Goodman, da Universidade Estadual Wayne, em Detroit,
que coordenou o estudo, a análise de 97 genes de seres
humanos, de chimpanzés, de gorilas, de orangotangos e de www.rosalito.com.br
macacos mostrou que, entre pessoas e chimpanzés, a Embora se trate de uma campanha publicitária, sem qualquer
semelhança é de 99,4%. Para Goodman e sua equipe, isso é tão compromisso com o rigor científico, uma professora de biologia
pouco que não justifica classificar os chimpanzés em outra família resolveu usar estes filmes para promover com seus alunos uma
que não aquela a que pertencem o homem e os hominídeos que o discussão sobre alguns conceitos biológicos e alguns fatos da
precederam. evolução humana.
Revista Época. São Paulo, n. 261. 20 maio 2003.
- Pedro afirmou que ambos os filmes traziam uma informação
Após a leitura do texto acima podemos afirmar que:
errada, pois homens e dinossauros não coexistiram.
A) chimpanzés e humanos podem gerar descendência fértil, pois
- Alice afirmou que o tema da campanha publicitária, Só os
pertencem à mesma espécie.
saudáveis sobrevivem, remete ao conceito de seleção natural.
B) pela classificação em vigor, chimpanzés pertencem à mesma
- Marcos afirmou que os tubérculos e as sementes, não
família dos humanos, ou seja, a Pongidae.
necessariamente as batatas e o arroz, só vieram a fazer parte da
C) apesar de pertencerem a espécies diferentes chimpanzés e
dieta humana uma vez estabelecida a agricultura.
humanos apresentam ancestralidade evolutiva comum muito
- Catarina observou que no primeiro filme o dinossauro desprezou
próxima.
as batatas, uma vez que esses animais, qualquer que fosse a
D) as pequenas diferenças entre os genes das espécies citadas
espécie, eram predadores e, necessariamente, carnívoros.
no texto, são consequências apenas da convergência adaptativa.
E) atualmente homem e macacos são classificados no gênero Pode-se afirmar que estão corretos
Homo e família Hominidae. A) Pedro, Alice, Marcos e Catarina.
B) Pedro e Alice, apenas.
10. (FUVEST) Pesquisadores descobriram na Etiópia fósseis que C) Pedro e Marcos, apenas.
parecem ser do mais antigo ancestral da humanidade. Como a D) Alice e Marcos, apenas.
idade desses fósseis foi estimada entre 5,2 e 5,8 milhões de anos, E) Marcos e Catarina, apenas.
pode-se dizer que esses nossos ancestrais viveram
13. (UNESP) Considere o processo evolutivo do ser humano e 17. (UFPB) O homem e outros primatas possuem características
assinale a alternativa que corresponde à hipótese, hoje mais em comum, indicando que essas espécies compartilharam um
aceita, sobre a relação entre as mudanças de hábitos alimentares ancestral num período mais recente do que com outros
e o tamanho dos dentes no Homo sapiens. mamíferos. O processo evolutivo dos hominídeos iniciou-se há
A) Os dentes menores foram selecionados de acordo com a aproximadamente 5 milhões de anos, com o surgimento de várias
mudança alimentar, de herbívoro para carnívoro. espécies anteriores a Homo sapiens, espécie atual, que é muito
B) Não é possível estabelecer nenhuma relação, pois, ao adquirir recente na história do planeta (aproximadamente 150 mil anos).
a postura ereta, mãos e braços ficaram livres para lutar, Considerando o processo evolutivo dos hominídeos, identifique as
diminuindo a importância da mandíbula e dos dentes. afirmativas corretas:
C) O uso do fogo para cozinhar alimentos, tornando-os mais I. Uma característica que conferiu grande vantagem evolutiva aos
moles, contribuiu para diminuir o tamanho dos dentes. hominídeos foi a capacidade de se apoiar sobre os membros
D) O uso do fogo não foi importante, pois o homem conseguiu inferiores por longos períodos (postura ereta), característica não
moldar as formas dos dentes de acordo com o consumo de compartilhada com outros primatas.
alimentos de baixa caloria. II. Os Australopithecus afarensis são considerados os ancestrais
E) O uso do fogo foi importante para diminuir o tamanho dos diretos do Homo sapiens, pois eles compartilham características
dentes e facilitar as mordidas durante as lutas. como tamanho de crânio, estrutura esquelética e indícios de
inteligência desenvolvida (utilização de ferramentas elaboradas).
14. (UNESP) A especiação do Homo sapiens tem pouca chance III. Os gêneros Australopithecus e Homo possuem uma
de ocorrer, considerando-se a atual condição da espécie humana. ancestralidade comum e, na sua filogenia, são identificadas várias
Assinale a afirmação que melhor sustenta esta hipótese. espécies com indícios de graus de aptidão diferentes,
A) A ciência moderna tem eliminado as mutações humanas. demonstrando um aumento da complexidade cognitiva.
B) Os medicamentos atuais diminuem a incidência de doenças. IV. Lucy, o fóssil de Australopithecus afarensis encontrado na
C) Os postulados de Darwin não se aplicam à espécie humana. Etiópia, indica que essa espécie já possuía postura ereta, mas seu
D) As alterações ambientais que favorecem a especiação são crânio ainda era muito pequeno, indicando uma inteligência pouco
cada vez menores. desenvolvida.
E) Os meios modernos de locomoção e comunicação têm Estão corretas as afirmativas:
diminuído ou eliminado os isolamentos geográficos. A) I, II, III e IV. B) Apenas II, III e IV. C) Apenas I, III e IV.
D) Apenas I e II. E) Apenas II e IV.
15. (UFV) Os avanços biotecnológicos estão aumentando o
número de evidências que indicam a estreita relação de 18. (UFPB) A figura, abaixo, ilustra uma das hipóteses acerca da
parentesco genético entre o homem, gorilas, orangotangos, origem do homem atual. Cada letra, nessa figura, corresponde a
chimpanzés e lêmures. Por outro lado, taxonomicamente, todos uma espécie e revela a possível filogenia da espécie Homo
eles são agrupados dentro da Ordem Primata, por apresentarem sapiens.
as seguintes características principais:
A) polegar oponente, visão binocular frontal e cinco dedos
distintos.
B) glândula mamária, placenta e caixa craniana desenvolvida.
C) reprodução sexuada interna, embriogênese interna e cordão
umbilical.
robustus e Homo neanderthalensis. De acordo com o texto e outros conhecimentos sobre o assunto,
analise as seguintes afirmações e identifique as verdadeiras (V) e
19. (UFCG) Leia com atenção os textos a seguir: as falsas (F).
TEXTO 1 (_) Evidências antropológicas indicam que foi a linhagem africana
[...] se o naturalista quisesse investigar [...] as formas humanas do Homo erectus que, entre 1,8 a 0,6 milhão de anos atrás,
[...], veria no Brasil uma população imensa, mestiça de negros e aprendeu a dominar o fogo usando-o para se aquecer e se
portugueses; [...] em muitas outras regiões do mesmo continente, proteger à noite, bem como cozinhar os alimentos.
encontraria os mais completos cruzamentos entre negros, índios e (_) De acordo com a hipótese da “origem única na África”, o Homo
europeus; e estas tríplices alianças nos oferecem a prova mais sapiens evoluiu a partir de linhagens do Homo ergaster, entre 200
rigorosa da mútua fertilidade das formas genitoras. [...] As raças mil e 150 mil anos atrás, considerado por alguns como subespécie
humanas não são, pois, bastante distintas para habitar um mesmo do Homo erectus.
país sem se misturar. (_) É admissível que a cocção de raízes e de carnes em geral,
DARWIN, Charles. A origem do homem e a seleção natural. São Paulo: Hemus- Livraria antecedendo à ingestão e digestão química dos alimentos no H.
Editora, 1974. erectus, teria aumentado de forma significativa a absorção dos
TEXTO 2 nutrientes no intestino delgado.
[...] sou o único escritor e Escrivão-brasileiro a ter integralmente (_) Com o cozimento, os alimentos passaram a ser mais
em suas veias o sangue árabe, godo, negro, judeu, malgaxe, saudáveis, por melhorar a eficiência dos fenômenos físicos e
suevo, berbere, fenício, latino, ibérico, cartaginês, troiano e cário- químicos da digestão.
tapuia da Raça do Brasil! (_) Com o cozimento os alimentos se tornaram nutritivamente mais
SUASSUNA, Ariano, Romance d’A Pedra do Reino. Folheto 59. 1971.
ricos, porque o calor, ao matar as bactérias, permitiu maior síntese
Considere os textos 1 e 2 e as afirmativas abaixo.
de vitaminas dentro do tubo digestório.
I. Conjunto de etapas que culminam com a formação de espécies
novas, a partir de uma população de ancestrais comuns define o 21. (UFPB) A figura abaixo mostra uma das possíveis filogenias de
que é especiação. um dos grandes grupos de primatas, os Ceropithecidae.
II. Indivíduos com grandes semelhanças físicas e fisiológicas
capazes de se cruzarem entre si originando descendentes férteis
definem o que a espécie.
III. O Homo sapiens neanderthalensis e o Homo sapiens sapiens
pertencem à mesma espécie e a subespécies diferentes. Já o
Homo habilis e o Homo erectus pertencem ao mesmo gênero do
homem atual, mas não à mesma espécie.
IV. A endogamia tende a aumentar a frequência de um genótipo,
assim, consanguinidade significa o grau de parentesco entre Com base na figura e no conhecimento acerca da filogenia do
indivíduos de ascendência comum. grupo, identifique as afirmativas corretas:
V. A raça, do ponto de vista da biologia, é um conceito pouco (_) O gorila, filogeneticamente, é mais próximo do chimpanzé e do
empregado e é sinônimo de subespécie. No entanto, este termo homem que do orangotango.
foi utilizado historicamente para identificar categorias humanas (_) O homem, o chimpanzé e o gorila formam um grupo
socialmente definidas. monofilético.
VI. A explicação mais lógica para as semelhanças estruturais entre (_) O gibão é o único representante do grupo que não possui o
seres vivos com aspectos e modos de vida diferentes é que eles dedo oponível.
descendem de um mesmo ancestral. (_) O orangotango, o gorila e o chimpanzé formam um grupo
Assinale a alternativa correta: parafilético.
A) I, II, III e V. B) II, III, IV e VI. C) III, IV e V. (_) O chimpanzé e o gibão apresentam glândulas mamárias como
D) I, II, III, IV, V e VI. E) III, IV e VI. conseqüência de homoplasia.
Aula 25 – Gametogênese
Questões estilo múltipla escolha
1.
Resposta: C
Comentário: Partenogênese é o desenvolvimento do óvulo não fecundado em um novo indivíduo. Normalmente, se trata de um
processo de reprodução sexuada, uma vez que o óvulo é produzido por meiose, havendo variabilidade genética em processos como
crossing-over e segregação dos cromossomos homólogos. Entretanto, há ocasiões em que se trata de um processo de reprodução
sexuada, sendo o óvulo nesses casos produzido por mitose. Comparando o grau de variabilidade genética, pode-se afirmar que a
fecundação cruzada apresenta maior variabilidade genética do que os processos de autofecundação, que por sua vez apresentam maior
variabilidade genética que a partenogênese com óvulos produzidos por meiose, que, finalmente, apresenta maior variabilidade
genética do que a partenogênese com óvulos produzidos por mitose. Segundo o texto, a espécie de mosquito em questão apresenta
apenas fêmeas que se reproduzem por partenogênese, de modo que a espécie apresenta pequena variabilidade genética e,
conseqüentemente, menor capacidade de adaptação a alterações ambientais. Assim, analisando cada item:
Item A: falso. O mosquito partenogenético em questão apresenta menor variabilidade genética que os demais mosquitos, que se
reproduzem através de fecundação cruzada.
Item B: falso. De acordo com o texto, os adultos do mosquito partenogenético nem sequer se alimentam, devendo, por isso,
apresentar vida curta, uma vez que a alimentação está restrita à fase larvária.
Item C: verdadeiro. Devido à menor variabilidade genética, o mosquito partenogenético é mais vulnerável a desequilíbrios em seu
ambiente que os demais mosquitos, que se reproduzem através de fecundação cruzada.
Item D: falso. O mosquito partenogenético está livre de hábitos hematófagos e de transmissão e de transmissão de doenças porque o
mosquito adulto não se alimenta; pode-se também lembrar que, nos mosquitos, apenas as fêmeas são hematófagas e potenciais
transmissoras de doenças, sendo os machos herbívoros.
Item E: falso. Devido à menor variabilidade genética, o mosquito partenogenético tem menor capacidade de adaptação a novos
ambientes.
2.
Resposta: C
Comentário: Partenogênese é o desenvolvimento do óvulo não fecundado em um novo indivíduo. Normalmente, se trata de um
processo de reprodução sexuada, uma vez que o óvulo é produzido por meiose, havendo variabilidade genética em processos como
crossing-over e segregação dos cromossomos homólogos. Entretanto, há ocasiões em que se trata de um processo de reprodução
sexuada, sendo o óvulo nesses casos produzido por mitose. Segundo o texto, a espécie de lagarto em questão apresenta apenas fêmeas
que se reproduzem por partenogênese. Assim, analisando cada afirmação:
Item I: verdadeiro. Na partenogênese dos lagartos em questão, apenas fêmeas são produzidas, enquanto, nas populações bissexuadas,
com fecundação cruzada, as fêmeas fecundadas pelos machos produzem cerca de 50% de filhotes do sexo feminino e 50% de filhotes
do sexo masculino.
Item II: falso. Uma vez que, na população partenogenética não ocorre fecundação cruzada, não há possibilidade de cruzamento com a
população bissexuada.
Item III: verdadeiro. Se na partenogênese, um número x de fêmeas é capaz de produzir um número y de ovos, numa população
bissexuada de x indivíduos, 50% deles, ou seja, x/2 indivíduos, devem ser fêmeas, produzindo y/2 ovos; assim, a população
partenogenética produz o dobro de ovos da população bissexuada (x contra x/2).
3.
Resposta: B
Comentário: A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos, se iniciando com a puberdade e ocorrendo até o fim
da vida. Ela se divide em quatro etapas:
(1) Fase de proliferação ou germinação ou multiplicação, na qual espermatogônias 2n fazem mitoses para originar novas
espermatogônias 2n;
(2) Fase de crescimento, na qual espermatogônias 2n crescem para originar espermatócitos I 2n;
(3) Fase de maturação, na qual ocorre a meiose, onde cada espermatócito I 2n origina 2 espermatócitos II n (meiose I ou reducional),
que originam 4 espermátides n (meiose II ou equacional);
(4) Fase de diferenciação ou espermiogênese, na qual cada espermátide origina um espermatozóide funcional com cabeça (contendo
núcleo e acrossomos), peça intermediária (contendo mitocôndrias) e flagelo (derivado do centríolo).
A ovogênese ocorre nos folículos ovarianos, se iniciando ainda durante a fase de vida intra-uterina e se completando somente por
ocasião da fecundação. Ao contrário da espermatogênese, o número de óvulos produzidos ao longo da vida é limitado. Ela se divide
em três etapas:
(1) Fase de proliferação ou germinação ou multiplicação, na qual ovogônias 2n fazem mitoses para originar novas ovogônias 2n; essa
fase se restringe à vida intra-uterina e produz um número limitado de ovogônias;
(2) Fase de crescimento, na qual ovogônias 2n crescem para originar ovócitos I 2n; essa fase se restringe à vida intra-uterina e é mais
intensa que a da espermatogênese, uma vez que os óvulos devem apresentar grande volume para acumular reservas nutritivas como
vitelo;
(3) Fase de maturação, na qual ocorre a meiose, onde cada ovócito I 2n origina 1 ovócito II n e um polócito I n atrofiado (meiose I ou
reducional), que originam 1 ovótide n e um polócito II n atrofiado (meiose II ou equacional); essa fase se inicia na vida intra-uterina, e
sofre duas interrupções, sendo uma na prófase da meiose I, prosseguindo apenas por ocasião da ovulação após a puberdade, de modo
que a célula liberada na ovulação e fecundada é o ovócito I n, e a outra na metáfase da meiose II, prosseguindo apenas após a
fecundação. Considerando que a espermatogênese só se inicia após a puberdade, o menino exposto ao agente que destrói células em
meiose não será afetado, uma vez que não apresenta ainda células realizando esse tipo de divisão. Considerando que a ovogênese se
inicia ainda durante a vida intra-uterina, a menina exposta ao agente que destrói células em meiose será afetada, uma vez que
apresenta células em meiose (ovócitos I com a meiose interrompida).
4.
Resposta: D
Comentário: A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos, se iniciando com a puberdade e ocorrendo até o fim
da vida. Ela se divide em quatro etapas:
(1) Fase de proliferação ou germinação ou multiplicação, na qual espermatogônias 2n fazem mitoses para originar novas
espermatogônias 2n;
(2) Fase de crescimento, na qual espermatogônias 2n crescem para originar espermatócitos I 2n;
(3) Fase de maturação, na qual ocorre a meiose, onde cada espermatócito I 2n origina 2 espermatócitos II n (meiose I ou reducional),
que originam 4 espermátides n (meiose II ou equacional);
(4) Fase de diferenciação ou espermiogênese, na qual cada espermátide origina um espermatozóide funcional com cabeça (contendo
núcleo e acrossomos), peça intermediária (contendo mitocôndrias) e flagelo (derivado do centríolo).
O espermatócito I é a célula diplóide que inicia a meiose, de acordo com o esquema abaixo:
AA AA aa a
a
BB B B bb b b
AA A
A
aa aa
Meiose I
BB B B
bb bb
Aa A
a a aa
Meiose II
BB BB b
B b
B
c c
Assim, são produzidas duas espermátides AB e duas espermátides ab. No entanto, é importante lembrar que o pareamento dos
cromossomos homólogos na meiose I se dá de modo aleatório, podendo o processo ocorrer de outra maneira. Veja no esquema abaixo:
AA A aa
A a
a
BbB B b bBb
B b bB
AA A
A
aa a
a
Meiose I
bBB B Bb
Bbb Bb
b
Aa A
a a aa
Meiose II
BbB b
BB B
b
B B
b
c c
Nesse caso, são produzidas duas espermátides Ab e duas espermátides aB. Contabilizando as duas situações, pode-se obter 4
espermátides: 2AB e 2ab ou 2Ab e 2aB.
5.
Resposta: C
Comentário: A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos, se iniciando com a puberdade e ocorrendo até o fim
da vida. Ela se divide em quatro etapas:
(1) Fase de proliferação ou germinação ou multiplicação, na qual espermatogônias 2n fazem mitoses para originar novas
espermatogônias 2n;
(2) Fase de crescimento, na qual espermatogônias 2n crescem para originar espermatócitos I 2n;
(3) Fase de maturação, na qual ocorre a meiose, onde cada espermatócito I 2n origina 2 espermatócitos II n (meiose I ou reducional),
que originam 4 espermátides n (meiose II ou equacional);
(4) Fase de diferenciação ou espermiogênese, na qual cada espermátide origina um espermatozóide funcional com cabeça (contendo
núcleo e acrossomos), peça intermediária (contendo mitocôndrias) e flagelo (derivado do centríolo).
Na espécie em questão, como as espermatogônias são diplóides e têm 40 cromossomos, pode-se afirmar que o número diplóide de
cromossomos da espécie é 2n = 40, de modo que, na prófase da meiose I, os espermatócitos I 2n que entraram em meiose já terão
passado pelo período S da interfase que precede a divisão celular, apresentando 2n = 40 cromossomos duplos, organizados em 20
pares de cromossomos homólogos. Como cada par apresenta dois cromossomos, pode ser chamado de bivalente; como cada
cromossomo está duplicado, possui duas cromátides, de modo que o par de cromossomos apresenta quatro cromátides, podendo ser
chamado de tétrade. Assim, o número de bivalentes ou tétrades é igual ao número de pares de cromossomos homólogos, ou seja, 20.
6.
Resposta: A
Comentário: Quando o texto fala em “combinar cromossomos maternos e paternos”, está se referindo ao crossing-over, o qual ocorre
na prófase I da meiose, na entre as subfases de paquíteno, diplóteno e diacinese.
7.
Resposta: D
Comentário: A meiose feminina ocorre com duas interrupções. A meiose I começa ainda na vida intra-uterina e é interrompida no
diplóteno da prófase da meiose I, só prosseguindo nas proximidades da ovulação, com a mulher já depois da puberdade. A meiose II
começa logo em seguida e é interrompida na metáfase da meiose II, quando ocorre a ovulação com a célula na forma de ovócito II.
somente após a fecundação, já com o espermatozoide dentro da célula, é que se completa a meiose II do ovócito II, que passa a
ovótide ou óvulo, que então consolida a fusão com o espermatozoide para formar o zigoto.
8.
Resposta: B
Comentário: Partenogênese é o desenvolvimento do óvulo não fecundado em um novo indivíduo. Normalmente, se trata de um
processo de reprodução sexuada, uma vez que o óvulo é produzido por meiose, havendo variabilidade genética em processos como
crossing-over e segregação dos cromossomos homólogos. Entretanto, há ocasiões em que se trata de um processo de reprodução
sexuada, sendo o óvulo nesses casos produzido por mitose. Pedogênese é a partenogênese realizada por alguns animais ainda na fase
larvária, como ocorre com larvas de moscas varejeiras e de vermes esquistossomos. Neotenia é o amadurecimento sexual ainda na fase
larvária, possibilitando às larvas de alguns animais produzirem gametas e realizarem fecundação cruzada, como ocorre com os
anfíbios axolotles. A capacidade de reprodução por fecundação cruzada em larvas de axolotles é chamada de neotenia.
9.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. Na fase de proliferação ou germinação, células-tronco chamadas células germinativas primordiais se diferenciam
em espermatogônias e passam por mitoses para gerar novas espermatogônias, o que nos homens se dá da puberdade ao fim da vida.
Item B: verdadeiro. Na fase de maturação, ocorre a meiose, com os espermatozóides primários (com 2n cromossomos duplos)
sofrendo meiose I ou reducional, a qual separa os cromossomos homólogos para reduzir o número de cromossomos e a quantidade de
DNA à metade, o que gera espermatócitos secundários (com n cromossomos duplos), que por sua vez sofrem meiose II ou equacional,
a qual separa as cromátides irmãs para reduzir não o número de cromossomos, mas novamente a quantidade de DNA à metade, o que
gera espermátides (com n cromossomos simples).
Item C: falso. Na fase espermatocítica, os espermatozóides primários sofrem divisões meióticas para produzirem células
denominadas de espermatócitos secundários.
Item D: verdadeiro. Na fase de diferenciação ou espermiogênese, as espermátides se modificam, perdendo parte do citoplasma,
formando acrossoma e formando flagelo, de modo a se diferenciarem em espermatozóides maduros.
Item E: verdadeiro. Na fase de crescimento, algumas espermatogônias geradas por mitose crescem e se diferenciam em
espermatócitos primários, os quais iniciarão a meiose.
10.
Resposta: E
Comentário: No espermatozoide representado, temos que:
- 1 corresponde ao acrossomo, o qual deriva do complexo de Golgi e contém enzimas digestivas que auxiliam na penetração do
ovócito;
- 2 corresponde à membrana plasmática;
- 3 corresponde às mitocôndrias, localizadas na base do flagelo para fornecer energia ao funcionamento do flagelo;
- 4 é a base do núcleo;
- 5 é o núcleo.
Assim, 1 é o acrossomo, com enzimas digestivas e derivado do sistema golgiense.
11.
Resposta: B
Comentário: A fase de multiplicação ou proliferação ou germinação da espermatogênese implica na ocorrência de divisões mitóticas
nas células germinativas primordiais (2n) para originar espermatogônias (2n) e nas próprias espermatogônias (2n) para originar novas
espermatogônias (2n).
12.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. Tanto a espermatogênese quanto a ovogênese envolvem meiose, mas a espermatogênese produz 4 pequenos
espermatozoides para cada espermatócito I, e a ovogênese produz apenas um grande óvulo para cada ovócito I.
Item II: verdadeiro. A célula liberada na ovulação é o ovócito II, o qual está com a meiose interrompida da metáfase II, que só se
completa após a fecundação.
Item III: verdadeiro. As espermátides são resultantes da meiose II, sendo imóveis e passando pelo processo de espermiogênese que
as transforma em espermatozoides flagelados móveis.
Item IV: verdadeiro. Ainda no processo de espermiogênese, o complexo de Golgi origina um acrossomo que acumula enzimas que
facilitam a penetração no ovócito.
13.
Resposta: E
Comentário: Analisando cada item:
Item I: falso. Em abelhas, fêmeas são diploides e machos são haploides, sendo os machos produzidos por partenogênese e possuindo
metade do número de cromossomos das fêmeas (como a rainha).
Item II: falso. Nas abelhas rainhas, fêmeas diploides férteis, os óvulos são produzidos por meiose, sendo haploides e possuindo
metade do número de cromossomos das células somáticas de fêmeas (como rainhas e operárias).
Item III: verdadeiro. Segundo o texto, os zangões possuem 16 cromossomos; como eles são haploides, isso significa que, nas
referidas abelhas, n = 16. Assim, fêmeas de abelha são diploides e possuem número de cromossomos 2n = 32 em suas células
somáticas.
Item IV: verdadeiro. Como mencionado, os óvulos de abelha são haploides, possuindo n = 16 cromossomos, e quando fecundados
por espermatozoides haploides (produzidos a partir da mitose de células do zangão), também com n = 16 cromossomos, geram com 2n
= 32 cromossomos.
14.
Resposta: C
Comentário: Na espécie humana, como o número diplóide de cromossomos é 2n = 46, temos que espermato/ovogônias e
espermato/ovócitos I são diplóides com 2n = 46 cromossomos, e espermato/ovócitos II, esperma/ovótides e espermatozóides/óvulos
são haplóides com n = 23 cromossomos. Assim:
Item I: verdadeiro. O óvulo n tem a metade do número de cromossomos da ovogônia 2n.
Item II: verdadeiro. A ovogônia 2n tem o mesmo número de cromossomos da espermatogônia 2n.
Item III: falso. A espermatogônia 2n tem o mesmo número de cromossomos do zigoto 2n.
Item IV: falso. O segundo corpúsculo polar n tem a metade do número de cromossomos do zigoto 2n.
Item V: verdadeiro. A espermatogônia 2n tem o dobro do número de cromossomos espermátide n.
15.
Resposta: C
Comentário: Na espécie humana, como o número diplóide de cromossomos é 2n = 46, temos que ovogônias e ovócitos I são
diplóides com 2n = 46 cromossomos, e ovócitos II, polócitos I, ovótides, polócitos II e óvulos são haplóides com n = 23 cromossomos.
Na fase de maturação, a meiose I ou reducional separa os cromossomos homólogos, convertendo ovócitos I com 2n cromossomos
duplos (com duas cromátides cada) em ovócitos II é polócitos I com n cromossomos duplos (com duas cromátides cada), e a meiose II
ou equacional separa as cromátides irmãs, convertendo ovócitos II com n cromossomos duplos (com duas cromátides cada) em
ovótides e polócitos II com n cromossomos simples (com uma cromátide cada). Assim, o primeiro e o segundo corpúsculos polares
humanos apresentam, respectivamente, 23 cromossomos duplicados e 23 cromossomos simples.
16.
Resposta: C
Comentário: Deve-se lembrar que:
- Um filho compartilha 50% de seus genes com cada um de seus pais. Irmãos compartilham 50% de seus genes entre si, sendo 25%
pelo lado materno e 50% pelo lado paterno, sendo que um meio irmão (pelo lado materno ou pelo lado paterno) compartilha apenas
25% de seus genes. Um neto compartilha 25% de seus genes com cada um de seus avós.
- Num formigueiro, fêmeas são diploides e machos são haploides, de modo que a fêmea produz óvulos haploides por meiose e o
macho produz espermatozoides haploides por mitose. Novas fêmeas são produzidas por fecundação a partir da fusão do óvulo com o
espermatozoide. Novos machos são produzidos por partenogênese a partir do óvulo, sem participação do espermatozoide.
Assim, as operárias (fêmeas filhas) compartilham entre si 75% de seus genes, uma vez que são irmãs entre si pelo lado materno (a
mãe, a rainha, é a mesma), compartilhando, por isso, 25% de seus genes como irmãs, e filhas pelo lado paterno (o bitu é ao mesmo
tempo pai e irmão materno das operárias, uma vez que também é filho da rainha), compartilhando, por isso, 50% de seus genes como
filhas; na soma, 25% como irmã pelo lado materno da rainha + 50% como filha pelo lado paterno do bitu = 75% de genes
compartilhados.
Analisando cada item:
Item A: falso. Como calculado acima, as operárias compartilham com os seus irmãos, os bitus, em média, 75% de seus genes.
Item B: falso. As operárias são geneticamente distintas entre si, uma vez que são resultantes de fecundação e compartilham, em
média, 50% de seus genes com as demais operárias.
Item C: verdadeiro. Como mencionado, as operárias compartilham entre si, em média, 75% de seus genes. Caso as operárias
tivessem filhos, transmitiriam a eles 50% de seus genes, como ocorre na relação entre mãe e filhos.
Item D: falso. Os bitus são geneticamente distintos entre si, pois são formados por partenogênese a partir de óvulos formados por
meiose, a qual apresenta variabilidade genética devido ao crossing-over e à segregação dos cromossomos homólogos.
Item E: falso. As operárias têm em comum com a rainha cerca de 75% de seus genes (50% como filhas e 25% como netas por serem
filhas dos bitus, que são filhos da rainha) e os bitus têm em comum com a rainha 100% de seus genes (uma vez que são formados
apenas a partir da rainha; apesar disso, não são geneticamente iguais à rainha pois a mesma envia apenas metade de seus genes para o
bitu, de modo que todos os genes do bitu n são provenientes na rainha 2n, mas apenas 50% dos genes da rainha 2n são enviados ao
bitu n).
17.
Resposta: C
Comentário: Analisando a figura:
- 1 representa a fase de crescimento, a partir da qual a espermatogônia 2n origina o espermatócito I 2n (célula A);
- 2 representa a meiose I, a partir da qual o espermatócito I 2n origina dois espermatócitos II n (células B);
- 3 representa a meiose II, a partir da qual os dois espermatócitos II n originam quatro espermátides n (células C).
Analisando cada item:
Item A: falso. A seta de número 1 indica crescimento sem divisão celular.
Item B: falso. A célula A é chamada de espermatócito I.
Item C: verdadeiro. A meiose I ou reducional separa os cromossomos homólogos, convertendo espermatócitos I (células A) com 2n
cromossomos duplos (com duas cromátides cada) em espermatócitos II (células B) com n cromossomos duplos (com duas cromátides
cada); a meiose II ou equacional separa as cromátides irmãs, convertendo espermatócitos II (células B) com n cromossomos duplos
(com duas cromátides cada) em espermátides (células C) com n cromossomos simples (com uma cromátide cada)
Item D: falso. Todo o processo de espermatogênese ocorre a partir da puberdade.
Item E: falso. As células A (espermatócitos I) são diplóides, e as células B (espermatócitos II) e C (espermátides) são haplóides.
18.
Resposta: A
Comentário: Partenogênese é o desenvolvimento do óvulo não fecundado em um novo indivíduo. Normalmente, se trata de um
processo de reprodução sexuada, uma vez que o óvulo é produzido por meiose, havendo variabilidade genética em processos como
crossing-over e segregação dos cromossomos homólogos. Entretanto, há ocasiões em que se trata de um processo de reprodução
sexuada, sendo o óvulo nesses casos produzido por mitose. Em abelhas, ocorre partenogênese arrenótoca, na qual o óvulo haploide se
desenvolve obrigatoriamente num indivíduo do sexo masculino haploide. Assim, as fêmeas são diploides, produzindo óvulos
haploides por meiose, enquanto os machos são haploides, produzindo espermatozóides haploides por mitose: se ocorre partenogênese
a partir dos óvulos haploides da rainha, formam-se machos haploides (zangões); se ocorre fecundação dos óvulos haploides da rainha
por espermatozóides haploides dos zangões, formam-se fêmeas diploides, que podem ser operárias estéreis (se alimentadas com mel)
ou rainhas férteis (se alimentadas com geleia real à base de mel e hormônios). Uma vez que os zangões são haploides, sendo formados
a partir de óvulos não fecundados, apresentam o mesmo conteúdo de DNA dos óvulos, ou seja, 5×10-14 g de DNA. Ao iniciar a
prófase da mitose, no entanto, deve-se lembrar que já ocorreu a duplicação do DNA no período S da intérfase que precede as divisões
celulares. Assim, na prófase da mitose, o conteúdo de DNA nas células do zangão estará dobrado, ou seja, 2 x 5×10-14 g = 10 ×10-14 g
= 10 ×10-14 x 103 mg = 10-10 mg de DNA.
19.
Resposta: D
Comentário: Analisando a figura:
- I é o corpúsculo polar I, uma vez que a célula ao seu lado possui cromossomos não pareados e duplicados, indicando que já passou
pela meiose I (que se para os cromossomos homólogos pareados) e corresponde ao ovócito II;
- II representa a fecundação, que é condição necessária para que se complete a meiose II do ovócito II, de modo a gerar um óvulo;
- III representa o corpúsculo polar II, resultante da conclusão da meiose II do ovócito II;
- IV e V são pró-núcleos do zigoto, sendo um deles masculino (proveniente do espermatozoide) e o outro deles feminino (proveniente
do óvulo);
- VI é o embrião já com dois blastômeros, resultantes da primeira divisão mitótica (primeira clivagem) do zigoto.
Analisando cada item:
Item A: falso.
1ª informação: correta. Como mencionado, II indica a ocorrência de fecundação;
2ª informação: incorreta. Como mencionado, III é o corpúsculo polar II.
Item B: falso.
1ª informação: correta. Como mencionado, IV é um dos pró-núcleos, masculino ou feminino.
2ª informação: incorreta. Como mencionado, I resultou da primeira divisão meiótica.
Item C: falso.
1ª informação: incorreta. Como mencionado, VI são blastômeros do embrião em desenvolvimento.
2ª informação: correta. Como mencionado, III é o corpúsculo polar II, sendo então haploide, com n = 23 cromossomos.
Item D: verdadeiro.
1ª informação: incorreta. Como mencionado, V é o óvulo ou o espermatozoide, sendo então haploide, com n = 23 cromossomos
simples, cada qual com uma única cromátide, ou seja, com um total de 23 cromátides.
2ª informação: incorreta. Como mencionado, I é o corpúsculo polar I, sendo proveniente da meiose I do ovócito I, mas associado ao
ovócito I.
20.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. A fase de multiplicação na espermatogênese e na ovogênese envolve vários ciclos de mitoses nas
espermato/ovogônias.
Item B: verdadeiro. A fase de maturação correspondente à meiose na espermatogênese e na ovogênese se inicia com células
diploides, ou seja, espermato;ovócitos I.
Item C: falso. Na espermatogênese, para cada célula que entra em meiose, são produzidos quatro espermatozóides funcionais,
enquanto que na ovogênese, para cada célula que entra em meiose, é produzido apenas um óvulo funcional (sendo as demais células
atrofiadas na forma de polócitos).
Item D: verdadeiro. Na espermatogênese, grande parte do citoplasma da espermátide é perdida para tornar o espermatozóide mais
leve e facilitar sua locomoção, enquanto que na ovogênese ocorre uma intensa fase de crescimento para permitir o acúmulo de
reservas nutritivas no óvulo.
Item E: verdadeiro. Tanto na espermatogênese como na ovogênese, a meiose permite a recombinação gênica através de processos
como crossing-over e separação dos cromossomos homólogos.
21.
Resposta: A
Comentário:
22.
Resposta: B
Comentário:
23.
Resposta: B
Comentário:
24.
Resposta: A
Comentário: A meiose é uma forma de divisão celular que gera células geneticamente diferentes das células iniciais. Ou seja, nela há
variabilidade genética, estando, pois, relaciona a mecanismos de reprodução sexuada. A meiose reduz o número de cromossomos nos
gametas, permitindo a manutenção do número diplóide de cromossomos na espécie e permite a variabilidade genética, tão importante
para a adaptação dos seres vivos ao meio, graças ao crossing-over e à separação dos cromossomos homólogos.
A meiose ocorre em duas divisões, com a formação de quatro células. A primeira divisão é dita meiose I ou reducional e efetivamente
reduz à metade o número de cromossomos nas células formadas, separando os cromossomos homólogos e formando duas células
haplóides. A segunda divisão é dita meiose II ou equacional e não altera o número de cromossomos nas células, separando apenas as
cromátides irmãs e formando quatro células haplóides. Nos indivíduos do sexo masculino, a meiose resulta na formação de quatro
espermatozóides flagelados a partir de cada célula que entra em meiose, de acordo com o exposto na figura da questão. Devido à
separação dos cromossomos homólogos na meiose I, cada célula filha gerada apresenta um cromossomo de cada par de cromossomos
homólogos.
25.
Resposta: D
Comentário: A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos, se iniciando com a puberdade e ocorrendo até o fim
da vida. Ela se divide em quatro etapas:
(1) Fase de proliferação ou germinação ou multiplicação, na qual espermatogônias 2n fazem mitoses para originar novas
espermatogônias 2n;
(2) Fase de crescimento, na qual espermatogônias 2n crescem para originar espermatócitos I 2n;
(3) Fase de maturação, na qual ocorre a meiose, onde cada espermatócito I 2n origina 2 espermatócitos II n (meiose I ou reducional),
que originam 4 espermátides n (meiose II ou equacional);
(4) Fase de diferenciação ou espermiogênese, na qual cada espermátide origina um espermatozóide funcional com cabeça (contendo
núcleo e acrossomos), peça intermediária (contendo mitocôndrias) e flagelo (derivado do centríolo).
O acrossoma se forma a partir de vesículas do complexo de Golgi e contém enzimas, como a hialuronidase, capaz de auxiliar na
penetração no óvulo. As mitocôndrias fornecem energia para a motilidade do flagelo, impulsionando o espermatozóide até o óvulo. O
flagelo, derivado do centríolo, é composto por microtúbulos, organizado de modo idêntico ao dos cílios. Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. O acrossomo é derivado de vesículas derivadas do complexo golgiense das espermátides.
Item II: falso. Apesar de, na fecundação, a peça intermediária do espermatozóide penetrar no óvulo, as mitocôndrias do
espermatozóide degeneram, de modo que todas as mitocôndrias do zigoto têm origem materna.
Item III: verdadeiro. Flagelo e cílios são constituídos de microtúbulos e derivados dos centríolos.
26.
Resposta: E
Comentário: A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos, se iniciando com a puberdade e ocorrendo até o fim
da vida. Ela se divide em quatro etapas:
(1) Fase de proliferação ou germinação ou multiplicação, na qual espermatogônias 2n fazem mitoses para originar novas
espermatogônias 2n;
(2) Fase de crescimento, na qual espermatogônias 2n crescem para originar espermatócitos I 2n;
(3) Fase de maturação, na qual ocorre a meiose, onde cada espermatócito I 2n origina 2 espermatócitos II n (meiose I ou reducional),
que originam 4 espermátides n (meiose II ou equacional);
(4) Fase de diferenciação ou espermiogênese, na qual cada espermátide origina um espermatozóide funcional com cabeça (contendo
núcleo e acrossomos), peça intermediária (contendo mitocôndrias) e flagelo (derivado do centríolo).
Analisando a figura:
- A representa a fase de multiplicação, a partir da qual células germinativas 2n formam espermatogônias 2n que originam novas
espermatogônias 2n por mitose;
- B representa a fase de crescimento, a partir da qual a espermatogônia 2n origina o espermatócito I 2n;
- C representa a meiose I, a partir da qual o espermatócito I 2n origina dois espermatócitos II n;
- D representa a meiose II, a partir da qual os dois espermatócitos II n originam quatro espermátides n;
- E representa a espermiogênese, a partir da qual cada espermátide origina um espermatozóide.
Analisando cada item:
1º item: falso. Toda a espermatogênese se inicia após a puberdade.
2º item B: verdadeiro. Espermatogônias (2) e espermatócitos I (3) são células diplóides, e a transformação de um tipo celular no
outro envolve crescimento sem divisão celular.
3º item C: falso. A etapa C é a meiose I ou reducional, que separa os cromossomos homólogos, convertendo espermatócitos I (3) com
2n cromossomos duplos (com duas cromátides cada) em espermatócitos II (4) com n cromossomos duplos (com duas cromátides
cada).
4º item: verdadeiro. A etapa D é a meiose II ou equacional, que separa as cromátides irmãs, convertendo espermatócitos II (4) com n
cromossomos duplos (com duas cromátides cada) em espermátides (5) com n cromossomos simples (com uma cromátide cada)
5º item: verdadeiro. A etapa E é a espermiogênese, que converte espermátides (5) em espermatozóides (6), e a transformação de um
tipo celular no outro envolve diferenciação sem divisão celular.
27.
Resposta: A
Comentário: A síndrome de Down é originada como resultado de processos de não-disjunção cromossômica na divisão celular, nesse
caso resultando em indivíduos com uma trissomia no cromossomo 21, sendo seu cariótipo representado por 45AA (21) + XX ou XY,
ou, simplesmente, por 47, XX ou XY. A não-disjunção cromossômica pode-se dar na meiose I ou na meiose II, ao nível da anáfase. O
longo tempo de interrupção da meiose em mulheres de idades mais avançadas aumenta a chance de não-disjunção, mas não é o único
fator responsável por tal fenômeno.
28.
Resposta: FFVV
Comentário:
1º item: falso. Os espermatozóides são células pequenas e leves, para facilitar-lhes o deslocamento até o óvulo, sendo o óvulo grande
para acumular em seu interior reservas de nutrientes (vitelo) que serão utilizados para o desenvolvimento do embrião.
2º item: falso. Os espermatozóides possuem acrossoma com enzimas que digerem os envoltórios do ovócito, para permitir a
penetração dos espermatozóides, durante a fecundação.
3º item: verdadeiro. Os espermatozóides são células, geralmente, muito menores que os óvulos, e apresentam grande eficiência no
deslocamento devido ao seu flagelo.
4º item: verdadeiro. Os nematelmintos correspondem a um filo de animais com a particularidade de não possuírem nenhuma célula
flagelada ou ciliada em sua estrutura, de modo que seus espermatozóides não têm flagelo, se movimentando por intermédio de
pseudópodes, como ocorre com Ascaris lumbricoides.
29.
Resposta: FFFV
Comentário:
1º item: falso. A fase se proliferação tem início na fase intra-uterina no ovogênese e após a puberdade na espermatogênese.
2º item: falso. A fase se proliferação ocorre ao longo de toda a vida do homem a partir da puberdade, mas se restringe à vida intra-
uterina nas mulheres.
3º item: falso. Como mencionado, a fase se proliferação se restringe à vida intra-uterina nas mulheres.
4º item: verdadeiro. As células germinativas primordiais do testículo e do ovário originam, respectivamente, espermatogônias e
ovogônias diplóides que iniciam as mitoses da fase de multiplicação.
30.
Resposta:
Célula 1: Ovogônia
Célula 2: Ovócito de 1ª ordem
Célula 3: 1º corpúsculo polar
Célula 4: Ovócito de 2ª ordem
Célula 5: 2º corpúsculo polar
B)
Processo A – 1ª divisão meiótica
Processo B – 2ª divisão meiótica
C) As células são de tamanho tão diferentes porque, no início de sua vida, o embrião formado pela fecundação terá como fonte de
alimento apenas o material acumulado em seu citoplasma.
31.
Resposta:
A)
- G1: uma
- S: duas
- Mitose: uma
B)
A A
a a
32.
Resposta:
1 - Acrossomo: Vesícula derivada do Complexo de Golgi contendo enzimas para digerir a parede do óvulo.
2 - Núcleo: Contém o conjunto cromossômico paterno.
3 - Mitocôndrias: Fornecem energia (ATP) para o batimento flagelar.
4 - Flagelo: Estrutura locomotora que garante o deslocamento do espermatozóide até o óvulo.
33.
Resposta: 100%, uma vez que o macho de abelhas é haplóide e só produzirá gametas contendo o gene A.
34.
Resposta:
A) Durante a ovulogênese, um oócito primário origina um óvulo e três corpúsculos polares.
B) O espermatócito primário é uma célula diplóide (2n = 20), que dará origem aos espermatozóides através da meiose. Os
espermatozóides, resultantes de uma divisão reducional, terão 10 cromossomos (células haplóides).
C) O espermatozóide é reduzido e possui o flagelo utilizado para a movimentação até o óvulo. O gameta feminino é imóvel e possui
grande quantidade de substâncias de reserva (vitelo) em seu citoplasma.
35.
Resposta: A primeira hipótese, que diz que os ovos são produzidos por mitoses, reforça a suposição das desvantagens por perda de
variabilidade genética, pois na mitose não há variabilidade. Na segunda hipótese, a formação de ovos haplóides, sugere que ocorre
meiose. Na primeira divisão da meiose, além de recombinação de material genético, há também a distribuição dos cromossomos
homólogos ao acaso. Ambos os fatores aumentam a variabilidade genética.
36.
Resposta:
A) Dos espermatozóides do tubo 1, foram extraídos os acrossomos; do tubo 2, o flagelo.
B) O acrossomo, organela vesicular derivada do complexo golgiense, contém enzimas responsáveis pela digestão da membrana e da
zona pelúcida do óvulo. Motivo pelo qual nenhum deles conseguiu perfurar a membrana. Os flagelos conferem motilidade ao
espermatozoide. Sem ele, os espermatozóides não se locomovem.
37.
Resposta:
A) As regiões indicadas evidenciam os túbulos seminíferos dos testículos.
B) A espermiogênese está indicada pelo número I.
C) A região III é ocupada por espermatogônias diplóides (2n = 46)
D) As células de Leydig produtoras de testosterona estão indicadas na região IV.
38.
Resposta:
A) Gênero
B.1) Espermatozóide
B.2) Óvulo / Ovócito II / Ovócito maduro
C.1) Núcleo haplóide / Acrossomo / Flagelo / Redução do volume citoplasmático / Bateria mitocondrial
C.2) Núcleo haplóide / Vitelo / Aumento do volume citoplasmático / Grânulos corticais.
O epíteto específico do caranguejo uçá é Ucides cordatus. Nome que, em qualquer parte do mundo, se referirá àquele caranguejo que
degustamos às quintas-feiras nas barracas de praia em Fortaleza. No caso, o termo Ucides está se referindo à categoria taxonômica
“gênero”. Como a maioria dos animais reproduz-se sexuadamente, pode-se considerar a sua maturidade sexual somente quando seus
gametas maduros estão presentes nas gônadas, o que significa que estão maduros para reprodução. Portanto, somente quando há
espermatozóides nos testículos e óvulo (ovócito II ou ovócito maduro) nos ovários é que se pode afirmar que esse animal entrou em
maturação sexual. Tais células germinativas maduras, espermatozóides e óvulo, apresentam modificações/adaptações para
desempenhar seu papel na fecundação. Ambas apresentam núcleo haplóide. Já os espermatozóides apresentam redução do volume
citoplasmático, flagelo, acrossoma/capuz acrossômico e bateria mitocondrial (elevada quantidade de mitocôndrias) como
especialização para a fecundação. O óvulo apresenta o armazenamento, em maior ou menor quantidade, de vitelo, o que o confere
aumento do volume citoplasmático.
39.
Resposta:
A)
Sexuada: possibilita uma melhor adaptação a mudanças ambientais porque gera maior variabilidade genética.
Partenogênese: dispensa parceiros para reprodução, uma vez que a prole se desenvolve a partir de gametas femininos não fecundados.
B) Sexuado, uma vez que tais temperaturas não são encontradas no hospedeiro humano onde ocorre a partenogênese.
40.
Resposta:
A) Partenogênese ou telitoquia (partenogênese que só origina fêmeas), isto é o desenvolvimento de um embrião sem a contribuição
gênica paterna. São fêmeas que procriam sem precisar de machos que as fecundem. Neste processo os ovos destes lagartos se
desenvolveram sem serem fertilizados por esperma. Ou seja, óvulos não fecundados.
B) Produzir descendência na impossibilidade de fecundação de fêmeas; Para muitos estudiosos a partenogênese ou telitoquia
facilitaria a conquista de novos ambientes. É mais fácil fundar uma nova população só com uma fêmea, do que com uma fêmea e um
macho. Garantir a reprodução da espécie mesmo que uma fêmea viva isolada, p. ex. em uma ilha deserta.
Aula 26 - Sistemas Reprodutores Humanos e Hormônios Sexuais
1.
Resposta: D
Comentário: Analisando cada item:
Item I: falso. O fator anabolizante leva ao aumento da massa muscular, não estando relacionado à impotência sexual, que tem origem
nos efeitos cardiovasculares da droga sobre os vasos modificados do pênis relacionados à ereção (corpos cavernosos e corpo
esponjoso).
Item II: verdadeiro. A altura de um indivíduo é condicionada pela interação ente fatores genéticos e ambientais, sendo o mais
importante desses últimos a alimentação durante a infância.
Item III: verdadeiro. Como mencionado, a disfunção erétil associada ao uso excessivo de anabolizantes tem origem em seus efeitos
cardiovasculares.
Item IV: falso. Mulheres são seriamente afetadas pelos anabolizantes, principalmente pela interrupção na produção dos hormônios
sexuais femininos.
2.
Resposta: D
Comentário: A vasectomia ou deferectomia é uma cirurgia com o objetivo de esterilizar o homem, para fins anticoncepcionais,
consistindo na secção (corte) dos canais deferentes em seu início, no saco escrotal. Assim, os espermatozóides não podem passar do
epidídimo para a uretra, não ocorrendo espermatozóides do sêmen. A ejaculação ocorrerá normalmente, mas o sêmen será composto
somente pelas secreções das vesículas seminais, da próstata e das glândulas bulbo-uretrais. Observe que os espermatozóides não
deixam de ser produzidos, mas apenas não são liberados na ejaculação (os espermatozóides continuam sendo produzidos nos testículos
e armazenados nos epidídimos, mas morrem e são reabsorvidos pelo corpo do homem).
3.
Resposta: C
Comentário:
4.
Resposta: C
Comentário: Analisando a figura:
- I representa a fase de multiplicação, a partir da qual células germinativas 2n formam espermatogônias 2n que originam novas
espermatogônias 2n por mitose;
- II representa a fase de crescimento, a partir da qual a espermatogônia 2n origina o espermatócito I 2n;
- III representa a meiose I, a partir da qual o espermatócito I 2n origina dois espermatócitos II n;
- IV representa a meiose II, a partir da qual os dois espermatócitos II n originam quatro espermátides n;
- V representa a espermiogênese, a partir da qual cada espermátide origina um espermatozóide.
De acordo com o texto, os “ratos geneticamente modificados para não ter o gene Fkbp6 (...) não tinham espermátides”. Assim, a fase
de maturação, correspondente à meiose, deve ter sido afetada nos ratos em questão. Analisando cada item:
Item A: falso. De acordo com o texto, os ratos geneticamente modificados são inférteis por não apresentarem a fase de maturação (III
e IV), responsável pela formação das espermátides.
Item B: falso. O trecho grifado é denominado crossing-over e acontece durante o início da fase III da figura, uma vez que ocorre na
prófase da meiose I.
Item C: verdadeiro. O processo de espermatogênese ocorre nos testículos e necessita de uma temperatura inferior à temperatura
corporal para ocorrer adequadamente, de modo que os testículos não podem estar localizados na cavidade abdominal, justificando a
existência do saco escrotal.
Item D: falso. A espermatogênese depende de hormônios gonadotróficos hipofisários como o ICSH (hormônio estimulante das
células intersticiais), que age nas células de Leydig dos testículos, estimulando a produção de testosterona, que por sua vez estimula a
produção de espermatozóides.
Item E: falso. A fase de crescimento nas mulheres é mais intensa que nos homens.
5.
Resposta: C
Comentário:
6.
Resposta: A
Comentário:
7.
Resposta: D
Comentário: O aparelho reprodutor feminino consiste dos seguintes órgãos:
- Os ovários são as gônadas femininas, apresentando em seu interior estruturas denominadas folículos ovarianos, responsáveis pela
produção de óvulos e hormônios sexuais femininos, como os estrogênios e a progesterona.
- As tubas uterinas ou trompas de Falópio ou ovidutos são condutos que unem os ovários ao útero, servindo de caminho para o óvulo
liberado pelo ovário e para os espermatozóides que foram introduzidos pelo ato sexual. Assim, é ao nível do terço distal das tubas
uterinas que normalmente ocorre a fecundação. No interior das tubas uterinas, existem cílios cujo batimento conduz o embrião em
formação em direção ao útero.
- O útero possui paredes musculosas espessas, estando situado acima da bexiga e com função de abrigar o embrião durante a gravidez.
Possui três paredes: perimétrio (mais externa, formada de tecido conjuntivo), miométrio (mais espessa, formada por musculatura lisa)
e endométrio (mais interna, formada de tecido epitelial, sendo onde o embrião se implanta no mecanismo de nidação).
- A vagina é um canal musculoso e elástico que faz a comunicação entre útero e o meio externo, sendo que sua mucosa tem células
que liberam glicogênio, usado por bactérias para gerar ácido láctico, o que confere ao meio vaginal um pH ácido para impedir a
proliferação de microorganismos patogênicos. Durante a excitação sexual, a parede da vagina e dilata e se recobre de muco
lubrificante produzido pelas glândulas de Bartholin.
- A vulva é a genitália externa feminina, por onde a vagina se abre para o meio externo, contendo os grandes e pequenos lábios, o
clitóris, o monte pubiano e as aberturas de uretra e vagina.
Assim, a fecundação e a segmentação inicial do ovo ocorrem na tuba uterina.
8.
Resposta: C
Comentário: O aparelho reprodutor masculino consiste dos seguintes órgãos:
- Os testículos são as gônadas masculinas, contendo canais enrolados denominados túbulos seminíferos, que possuem três tipos
principais de células: células germinativas (para a formação dos espermatozóides), células de Sertoli (para a nutrição das células
germinativas e células intersticiais de Leydig (para a produção de hormônios sexuais masculinos, como a testosterona). Para a
produção de espermatozóides, o testículo necessita de uma temperatura um pouco menor que a temperatura corporal média que é de
37ºC, de modo que estão localizados na bolsa escrotal, fora do abdome, onde encontra uma temperatura cerca de 4ºC menor que a
temperatura corporal.
- O epidídimo se situa sobre o testículo e é responsável pela maturação dos espermatozóides e pelo seu armazenamento até a
ejaculação.
- Os canais deferentes conduzem os espermatozóides do epidídimo até as glândulas produtoras de sêmen, passando do saco escrotal
para a cavidade abdominal através de passagens denominadas canais inguinais.
- O ducto ejaculatório é formado pela união dos canais deferentes na região posterior da bexiga urinária, e recebe as secreções das
vesículas seminais e da próstata.
- As vesículas seminais se localizam atrás da bexiga e produzem líquido seminal, que é o principal componente do sêmen, rico em
frutose, que vai nutrir os espermatozóides em seu caminho até o óvulo.
- A próstata é se situa na base da bexiga e produz líquido prostático, que é uma secreção alcalina com função de neutralizar a acidez da
vagina.
- As glândulas de Cowper ou glândulas bulbouretrais são encontradas na uretra na base do pênis e produzem um líquido com papel de
limpar e lubrificar a uretra.
- A uretra é formada pela fusão do ducto ejaculatório com o canal da bexiga, dentro da próstata, e é um conduto comum ao sistema
excretor e reprodutor no homem, levando tanto a urina como o sêmen.
- O pênis é o órgão copulador do homem, capaz de ser introduzido na vagina para proporcionar o ato sexual. A ereção do pênis é
proporcionada por vasos sangüíneos modificados, dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso, que, durante a excitação, enchem-se
de sangue.
O aparelho reprodutor feminino consiste dos seguintes órgãos:
- Os ovários são as gônadas femininas, apresentando em seu interior estruturas denominadas folículos ovarianos, responsáveis pela
produção de óvulos e hormônios sexuais femininos, como os estrogênios e a progesterona.
- As tubas uterinas ou trompas de Falópio ou ovidutos são condutos que unem os ovários ao útero, servindo de caminho para o óvulo
liberado pelo ovário e para os espermatozóides que foram introduzidos pelo ato sexual. Assim, é ao nível do terço distal das tubas
uterinas que normalmente ocorre a fecundação. No interior das tubas uterinas, existem cílios cujo batimento conduz o embrião em
formação em direção ao útero.
- O útero possui paredes musculosas espessas, estando situado acima da bexiga e com função de abrigar o embrião durante a gravidez.
Possui três paredes: perimétrio (mais externa, formada de tecido conjuntivo), miométrio (mais espessa, formada por musculatura lisa)
e endométrio (mais interna, formada de tecido epitelial, sendo onde o embrião se implanta no mecanismo de nidação).
- A vagina é um canal musculoso e elástico que faz a comunicação entre útero e o meio externo, sendo que sua mucosa tem células
que liberam glicogênio, usado por bactérias para gerar ácido láctico, o que confere ao meio vaginal um pH ácido para impedir a
proliferação de microorganismos patogênicos. Durante a excitação sexual, a parede da vagina e dilata e se recobre de muco
lubrificante produzido pelas glândulas de Bartholin.
- A vulva é a genitália externa feminina, por onde a vagina se abre para o meio externo, contendo os grandes e pequenos lábios, o
clitóris, o monte pubiano e as aberturas de uretra e vagina.
Assim, glande, uretra e escroto pertencem ao sistema reprodutor masculino, e grandes lábios, útero e endométrio pertencem ao sistema
reprodutor feminino.
9.
Resposta: B
Comentário: Os testículos são as gônadas masculinas, contendo canais enrolados denominados túbulos seminíferos, que possuem três
tipos principais de células: células germinativas (para a formação dos espermatozóides), células de Sertoli (para a nutrição das células
germinativas e células intersticiais de Leydig (para a produção de hormônios sexuais masculinos, como a testosterona). Para a
produção de espermatozóides, o testículo necessita de uma temperatura um pouco menor que a temperatura corporal média que é de
37ºC, de modo que estão localizados na bolsa escrotal, fora do abdome, onde encontra uma temperatura cerca de 4ºC menor que a
temperatura corporal.
10.
Resposta: A
Comentário:
11.
Resposta: D
Comentário:
12.
Resposta: A
Comentário:
13.
Resposta: D
Comentário: Nos mamíferos, inclusive na espécie humana, a determinação genética do sexo é do tipo XY. Desse modo, indivíduos
do sexo masculino têm cromossomos sexuais XY, produzindo gametas com cromossomo X e gametas com cromossomos Y (sendo
dito o sexo heterogamético), e indivíduos do sexo feminino têm cromossomos XX, produzindo apenas gametas com cromossomo X
(sendo dito o sexo homogamético). A inativação do gene SRY pela mutação citada no cromossomo Y faz com que o indivíduo XY
não produza antígeno H-Y, não formando testículos, e sim ovários, e não produza hormônios masculinos, desenvolvendo caracteres
sexuais femininos, originando uma mulher XY fértil.
14.
Resposta: C
Comentário:
15.
Resposta: B
Comentário: As mamas ou seios são órgãos importantes na reprodução, embora não participem diretamente do ato sexual. São eles
que, através das glândulas mamárias, produzem o leite que vai servir de alimento para o recém-nascido. As glândulas mamárias estão
funcionais apenas na época próxima ao parto, devido à influência do hormônio hipofisário prolactina. Nessa época, as glândulas e,
conseqüentemente as mamas, aumento bastante de volume. O leite possui em sua composição água, proteínas (principalmente a
caseína e anticorpos), carboidratos (principalmente a lactose) e gorduras, representando uma alimentação balanceada para o recém-
nascido, assim como proporcionando defesa através de mecanismos de imunização passiva pela transferência de anticorpos da mãe
para a criança.
16.
Resposta: E
Comentário: O aparelho reprodutor feminino consiste dos seguintes órgãos:
- Os ovários são as gônadas femininas, apresentando em seu interior estruturas denominadas folículos ovarianos, responsáveis pela
produção de óvulos e hormônios sexuais femininos, como os estrogênios e a progesterona.
- As tubas uterinas ou trompas de Falópio ou ovidutos são condutos que unem os ovários ao útero, servindo de caminho para o óvulo
liberado pelo ovário e para os espermatozóides que foram introduzidos pelo ato sexual. Assim, é ao nível do terço distal das tubas
uterinas que normalmente ocorre a fecundação. No interior das tubas uterinas, existem cílios cujo batimento conduz o embrião em
formação em direção ao útero.
- O útero possui paredes musculosas espessas, estando situado acima da bexiga e com função de abrigar o embrião durante a gravidez.
Possui três paredes: perimétrio (mais externa, formada de tecido conjuntivo), miométrio (mais espessa, formada por musculatura lisa)
e endométrio (mais interna, formada de tecido epitelial, sendo onde o embrião se implanta no mecanismo de nidação).
- A vagina é um canal musculoso e elástico que faz a comunicação entre útero e o meio externo, sendo que sua mucosa tem células
que liberam glicogênio, usado por bactérias para gerar ácido láctico, o que confere ao meio vaginal um pH ácido para impedir a
proliferação de microorganismos patogênicos. Durante a excitação sexual, a parede da vagina e dilata e se recobre de muco
lubrificante produzido pelas glândulas de Bartholin.
- A vulva é a genitália externa feminina, por onde a vagina se abre para o meio externo, contendo os grandes e pequenos lábios, o
clitóris, o monte pubiano e as aberturas de uretra e vagina.
Assim, o revestimento interno do útero é o endométrio.
17.
Resposta: E
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. Esteróides anabolizantes são hormônios sintéticos derivados da testosterona, hormônio sexual masculino.
Item II: verdadeiro. Os esteróides melhoram o desempenho dos atletas por aumentar sua massa muscular e, conseqüentemente, sua
força muscular; entretanto, seu uso excessivo está relacionado a sérios efeitos colaterais.
Item III: verdadeiro. Esterilidade, impotência, lesões no fígado e rins e doenças cardíacas estão entre alguns efeitos colaterais do uso
abusivo de anabolizantes.
18.
Resposta: B
Comentário: Com os testículos no homem produzem gametas e hormônios sexuais, podem ser comparados aos ovários na mulher,
com as mesmas funções; como os canais deferentes no homem conduzem os gametas masculinos possibilitando a fecundação, podem
ser comparados às trompas de Falópio na mulher.
19.
Resposta: E
Comentário: O aparelho reprodutor masculino consiste dos seguintes órgãos:
- Os testículos são as gônadas masculinas, contendo canais enrolados denominados túbulos seminíferos, que possuem três tipos
principais de células: células germinativas (para a formação dos espermatozóides), células de Sertoli (para a nutrição das células
germinativas e células intersticiais de Leydig (para a produção de hormônios sexuais masculinos, como a testosterona).
- O epidídimo se situa sobre o testículo e é responsável pela maturação dos espermatozóides e pelo seu armazenamento até a
ejaculação.
- Os canais deferentes conduzem os espermatozóides do epidídimo até as glândulas produtoras de sêmen, passando do saco escrotal
para a cavidade abdominal através de passagens denominadas canais inguinais.
- O ducto ejaculatório é formado pela união dos canais deferentes na região posterior da bexiga urinária, e recebe as secreções das
vesículas seminais e da próstata.
- As vesículas seminais se localizam atrás da bexiga e produzem líquido seminal, que é o principal componente do sêmen, rico em
frutose, que vai nutrir os espermatozóides em seu caminho até o óvulo.
- A próstata é se situa na base da bexiga e produz líquido prostático, que é uma secreção alcalina com função de neutralizar a acidez da
vagina.
- As glândulas de Cowper ou glândulas bulbouretrais são encontradas na uretra na base do pênis e produzem um líquido com papel de
limpar e lubrificar a uretra.
- A uretra é formada pela fusão do ducto ejaculatório com o canal da bexiga, dentro da próstata, e é um conduto comum ao sistema
excretor e reprodutor no homem, levando tanto a urina como o sêmen.
- O pênis é o órgão copulador do homem, capaz de ser introduzido na vagina para proporcionar o ato sexual. A ereção do pênis é
proporcionada por vasos sangüíneos modificados, dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso, que, durante a excitação, enchem-se
de sangue.
O aparelho reprodutor feminino consiste dos seguintes órgãos:
- Os ovários são as gônadas femininas, apresentando em seu interior estruturas denominadas folículos ovarianos, responsáveis pela
produção de óvulos e hormônios sexuais femininos, como os estrogênios e a progesterona.
- As tubas uterinas ou trompas de Falópio ou ovidutos são condutos que unem os ovários ao útero, servindo de caminho para o óvulo
liberado pelo ovário e para os espermatozóides que foram introduzidos pelo ato sexual. Assim, é ao nível do terço distal das tubas
uterinas que normalmente ocorre a fecundação. No interior das tubas uterinas, existem cílios cujo batimento conduz o embrião em
formação em direção ao útero.
- O útero possui paredes musculosas espessas, estando situado acima da bexiga e com função de abrigar o embrião durante a gravidez.
Possui três paredes: perimétrio (mais externa, formada de tecido conjuntivo), miométrio (mais espessa, formada por musculatura lisa)
e endométrio (mais interna, formada de tecido epitelial, sendo onde o embrião se implanta no mecanismo de nidação).
- A vagina é um canal musculoso e elástico que faz a comunicação entre útero e o meio externo, sendo que sua mucosa tem células
que liberam glicogênio, usado por bactérias para gerar ácido láctico, o que confere ao meio vaginal um pH ácido para impedir a
proliferação de microorganismos patogênicos. Durante a excitação sexual, a parede da vagina e dilata e se recobre de muco
lubrificante produzido pelas glândulas de Bartholin.
- A vulva é a genitália externa feminina, por onde a vagina se abre para o meio externo, contendo os grandes e pequenos lábios, o
clitóris, o monte pubiano e as aberturas de uretra e vagina.
Assim, o caminho seguido pelos espermatozóides desde seu local de produção (testículos) até a fecundação do óvulo (terço distal da
tuba uterina) é: Testículo → Epidídimo → Túbulo Eferente → Uretra → Vagina → Tuba Uterina → Útero.
20.
Resposta: D
Comentário: No início do desenvolvimento, as gônadas são indiferenciadas, podendo transformar-se em testículos ou ovários. O que
determina a diferenciação é a produção nos machos de uma substância chamada antígeno-HY, produzida por um gene localizado
numa região do cromossomo Y (região SRY), e que causa a diferenciação da gônada em testículo. Na ausência da substância, a
gônada se diferencia em ovário. Em seguida, por ação hormonal, diferenciam-se os dutos (ou canais) das gônadas, e os órgãos genitais
externos. No homem, a presença de testículos permite a produção de hormônios sexuais masculinos, como testosterona e, no início do
desenvolvimento, principalmente diidrotestosterona (DHT). O DHT diferenciará os órgãos genitais externos em pênis e saco escrotal
(para onde descerão os testículos quando próximo do nascimento. Na mulher, a ausência de hormônios masculinos (ela não produzirá
hormônios femininos até a puberdade) levará à formação de vulva e vagina. Resumidamente, indivíduos portadores do gene SRY
(portadores de pelo menos um cromossomo Y em seu cariótipo) são do sexo masculino, e indivíduos não portadores do gene SRY
(não portadores de cromossomo Y em seu cariótipo, ou seja, portadores somente de cromossomos X) são do sexo feminino.
Analisando cada item:
Item A: falso. Os indivíduos 46, XY (do sexo masculino) que, na idade adulta, sofrem mutação no gene SRY não perdem as
características sexuais, uma vez que os testículos já se desenvolveram, mas caso esse gene seja passado, pelos gametas, aos seus
descendentes, pode gerar indivíduos 46, XY com gene SRY defeituoso, ou seja, sem testículos e com ovários, se desenvolvendo em
mulheres férteis.
Item B: falso. Os indivíduos trissômicos com cariótipo 47, XYY (do sexo masculino com síndrome do supermacho) são
fenotipicamente normais.
Item C: falso. Os indivíduos trissômicos com cariótipo 47, XXY (do sexo masculino com síndrome de Klinefelter) apresentam
alterações fenotípicas, mas apresentam somente testículos.
Item D: verdadeiro. Em indivíduos 46, XY com deleção do gene SRY, a inativação do gene SRY pela mutação citada no
cromossomo Y faz com que o indivíduo XY não produza antígeno H-Y, não formando testículos, e sim ovários, e não produza
hormônios masculinos, desenvolvendo caracteres sexuais femininos, originando uma mulher XY fértil.
21.
Resposta: B
Comentário:
22.
Resposta: VFVV
Comentário:
1º item: verdadeiro. O útero é um órgão oco cuja camada mais espessa, formada por músculo liso, é denominada miométrio; a porção
mais do útero é chamada de colo ou cérvix uterino, sendo uma região comumente afetada por câncer na mulher.
2º item: falso. O processo de formação dos gametas femininos chama-se ovulogênese ou oogênese e tem início antes do nascimento
da mulher, ainda durante sua vida intra-uterina, quando células denominadas ovogônias originam ovócitos primários, que sofrem
meiose para produzir ovócitos secundários e só então os óvulos, gametas femininos.
3º item: verdadeiro. Os testículos são as gônadas masculinas, contendo canais enrolados denominados túbulos seminíferos, que
possuem três tipos principais de células: células germinativas (para a formação dos espermatozóides), células de Sertoli (para a
nutrição das células germinativas e células intersticiais de Leydig (para a produção de hormônios sexuais masculinos, como a
testosterona). O epidídimo se situa sobre o testículo e é responsável pela maturação dos espermatozóides e pelo seu armazenamento
até a ejaculação.
4º item: verdadeiro. As glândulas de Cowper ou glândulas bulbouretrais são encontradas na uretra na base do pênis e produzem um
líquido com papel de limpar e lubrificar a uretra.
23.
Resposta: VFVVF
Comentário:
1º item: verdadeiro. Apesar de o aumento na massa muscular ocorrer por hipertrofia das células (aumento de volume), mas sem
hiperplasia (aumento no número de células por aumento da divisão mitótica), o aumento no número de hemácias envolve o aumento
das divisões celulares na medula óssea.
2º item: falso. O aumento da massa e da força muscular implicam num aumento do número de mitocôndrias.
3º item: verdadeiro. Como mencionado, os anabolizantes promovem o aumento de volume das fibras musculares
4º item: verdadeiro. O aumento da massa e da força muscular implicam num aumento do número de mitocôndrias e da atividade de
respiração celular.
5º item: falso. O aumento da massa e da força muscular implicam num aumento do número de mitocôndrias e de vasos sangüíneos na
musculatura, intensificando a atividade de respiração celular, mas não necessariamente da atividade anaeróbica de fermentação láctica.
24.
Resposta: FVF
Comentário: Os testículos são as gônadas masculinas, contendo canais enrolados denominados túbulos seminíferos, que possuem três
tipos principais de células: células germinativas (para a formação dos espermatozóides), células de Sertoli (para a nutrição das células
germinativas e células intersticiais de Leydig (para a produção de hormônios sexuais masculinos, como a testosterona). Para a
produção de espermatozóides, o testículo necessita de uma temperatura um pouco menor que a temperatura corporal média que é de
37ºC, de modo que estão localizados na bolsa escrotal, fora do abdome, onde encontra uma temperatura cerca de 4ºC menor que a
temperatura corporal. Analisando cada item:
1º item: falso. Em alguns indivíduos, os testículos ficam retidos na cavidade abdominal, numa situação denominada criptorquidia.
Esses indivíduos são estéreis devido à alta temperatura do abdome impedir a espermatogênese. A criptorquidia não afeta a produção
de testosterona, causando esterilidade, mas não disfunção erétil (impotência).
2º item: verdadeiro. Varicocele é um termo que designa a ocorrência de varizes (destruição das válvulas venosas) nas veias da região
do escroto, onde estão alojados os testículos. Essas varizes prejudicam o fluxo sanguíneo local, que dentre outras coisas está
relacionado à dissipação de calor na região. Assim, a varicocele prejudica essa dissipação de calor, o que leva ao aumento de
temperatura na região e consequente prejuízo na formação de espermatozóides.
3º item: falso. O epidídimo se situa sobre o testículo, conseqüentemente no interior do saco escrotal, e é responsável pela maturação
dos espermatozóides e pelo seu armazenamento até a ejaculação.
As vesículas seminais se localizam atrás da bexiga, conseqüentemente fora do saco escrotal e no interior da cavidade abdominal, e
produzem líquido seminal, que é o principal componente do sêmen, rico em frutose, que vai nutrir os espermatozóides em seu
caminho até o óvulo.
25.
Resposta: 1 + 4 + 16 + 32 = 53
Comentário: As estruturas indicadas são:
1. testículos;
2. epidídimo;
3. canais deferentes;
4. próstata;
5. ovário;
6. oviduto;
7. bexiga (não faz parte do sistema reprodutor feminino).
Analisando cada item:
Item 1: verdadeiro. 1 indica os testículos, que produzem espermatozóides lançados no aparelhos reprodutor feminino e hormônios
sexuais lançados no sangue.
Item 2: falso. O sêmen é formado pelos produtos da secreção dos (1) testículos (espermatozóides), das vesículas seminais (liquido
seminal rico em frutose, nutriente para os espermatozóides), da (4) próstata (líquido prostático, rico em bicarbonato de sódio para
neutralizar a acidez da vagina) e das glândulas bulbo-uretrais (lubrificante); as estruturas 2 (epidídimo) e 3 (canais deferentes) não
produzem secreção para a formação do sêmen.
Item 4: verdadeiro. A próstata (4) é uma região do aparelho reprodutor masculino comumente acometida por câncer.
Item 8: falso. A estrutura 7 (bexiga) não faz parte do sistema reprodutor feminino, tendo papel de armazenar a urina até que seja
eliminada.
Item 16: verdadeiro. A fecundação ocorre normalmente no terço distal da tuba uterina (6).
Item 32: verdadeiro. A estrutura 5 (ovários) produz óvulos, que são eliminados na tuba uterina, e hormônios sexuais femininos, que
são eliminados no sangue.
26.
Resposta:
A) túbulos seminíferos (testículos), epidídimos, canais deferentes, uretra.
B) vagina, útero, tubas uterinas.
C) Por condições anatômicos para a gestação e para concentrar a reserva nutritiva num único gameta. No homem, para aumentar as
chances de fecundação, uma vez que a taxa de mortalidade dos gametas masculinos no aparelho reprodutor feminino é muito elevada.
D) Pílula anticoncepcional, vasectomia/ligadura de tubas uterinas, DIU, geléias espermicidas, uso de preservativo, uso de diafragma,
coito interrompido, abstinência sexual.
27.
Resposta:
A) Sem a próstata produzindo bicarbonato de sódio para neutralizar a acidez da vagina, os espermatozoides do ejaculado não
sobreviverão no aparelho reprodutor feminino.
B) Sim, coletando-se espermatozoides nos testículos (ou epidídimos) de Mário e ovócitos nos ovários de sua esposa e promovendo
fertilização in vitro (produzindo um bebê de proveta).
28.
Resposta:
A) Por feedback negativo, pode suspender a produção de FSH que estimula a produção de espermatozóides.
B) Por feedback negativo, pode suspender a produção de FSH e LH que regulam os ciclos ovarianos.
29.
Resposta:
30.
Resposta:
A) Testosterona ou derivados (androgênios)
B) Por um efeito no eixo hipotalâmico-hipofisário, os hormônios masculinos irão inibir a liberação dos hormônios gonadotróficos que
iniciam e regulam o ciclo ovariano (menstrual).
Observação: Por que os cabelos da atleta começam a cair? Calvície é condicionada por um tipo de herança denominada herança
influenciada pelo sexo, onde os hormônios sexuais influenciam a manifestação do gene. Assim, na calvície, o gene para calvície é
dominante na presença de hormônios masculinos e recessivo na ausência destes. Se o homem for heterozigoto, será calvo, se a mulher
for heterozigota, não será calva. Provavelmente a referida atleta era heterozigota, sendo, pois, não calva. Mas com a aplicação de
hormônios masculinos, a relação de dominância mudou e seu gene para calvície passou a ser o dominante, levando à perda de cabelos.
Beleza?
31.
Resposta:
A.
1. Próstata;
2. Vesícula seminal;
3. Glândula bulbouretral ou de Cowper.
B.
1. nutrição;
2. controle do pH;
3. transporte dos espermatozóides/aumento do volume do esperma;
4. lubrificação/limpeza da uretra.
O sistema genital masculino humano é formado pelos testículos, epidídimos, ductos deferentes, ductos ejaculadores, uretra, pênis e
glândulas anexas. Entre as últimas, encontramos a próstata, que produz uma secreção que aumenta o volume do fluido seminal e
contribui para neutralizar o pH vaginal, naturalmente ácido; as vesículas seminais, produtoras de uma secreção que contém nutrientes
e substâncias que também ajudam a regular o pH da vagina; as glândulas bulbouretrais, produtoras de uma substância mucosa com
função lubrificante.
32.
Resposta: A questão avaliou o conhecimento dos candidatos sobre o aparelho reprodutor masculino, abordando temas relacionados ao
seu funcionamento, aos problemas que nele ocorrem e que procedimentos devem ser seguidos para uma vida saudável. O pênis, órgão
copulador masculino, possui no seu interior os corpos cavernosos (tecido esponjoso formado por veias e capilares sangüíneos
modificados). A excitação provoca o aumento do fluxo de sangue nas artérias, a diminuição do calibre das veias e o relaxamento da
musculatura local, enchendo os corpos cavernosos de sangue e produzindo a ereção. A vasectomia é o método anticoncepcional
cirúrgico feito no homem e consiste no seccionamento dos canais deferentes, impedindo que os espermatozóides armazenados no
epidídimo alcancem a uretra. A próstata é a maior glândula acessória do sistema reprodutor masculino e produz uma secreção viscosa
e alcalina que aumenta o volume do sêmen e neutraliza a acidez natural da vagina, permitindo a mobilidade dos espermatozóides. O
diagnóstico precoce do câncer de próstata pode ser obtido através do exame de toque retal, de ultrassonografia e do exame
denominado PSA (antígeno prostático-específico), que mede a concentração sangüínea de uma proteína normalmente produzida pela
próstata. O aumento na concentração dessa proteína indica que pode haver algum tumor, benigno ou maligno. A criptorquidia é uma
anomalia do sistema reprodutor masculino que se caracteriza pela localização dos testículos dentro da cavidade abdominal,
ocasionando a esterilidade, uma vez que a espermatogênese requer uma temperatura 3 ou 4 graus abaixo da temperatura corpórea.
33.
Resposta:
A) 44 AA + XY ou 46, XY
B) Com a testosterona produzida pelos testículos, a atleta desenvolverá uma maior massa muscular e, conseqüentemente, maior força
física e resistência.
C) Haverá uma regressão da massa muscular, a voz se tornará mais aguda, haverá o desenvolvimento de seios e o um acúmulo de
gordura nos quadris, bem como a diminuição dos pelos corporais.
D) Testosterona.
34.
Resposta:
A) A, C, E, e F
B)
B = bexiga urinária
D = reto
E = próstata
G = uretra;
Além disso:
A = canal deferente
C = vesícula seminal
F = testículos
35.
Resposta:
A) Sim, uma vez que as secreções de vesículas seminais, próstata e glândula bulbouretral continuam sendo eliminadas; apenas o
sêmen não apresentará espermatozóides.
B) Sim, uma vez que os testículos continuam produzindo espermatozóides e estes podem ser obtidos para a realização de fecundação
in vitro.
36.
Resposta:
A) A eritropoietina aumenta a quantidade de hemácias, aumentando o fluxo de oxigênio para os músculos, o que beneficiaria atletas
que praticam modalidades que envolvem atividades de resistência, como o maratonista e o ciclista.
B) Os anabolizantes aumentam a força muscular, o que beneficiaria atletas que praticam modalidades que envolvem atividades de
força e explosão, como o halterofilista e o goleiro (devido aos saltos).
37.
Resposta:
A) Aumentando a massa muscular pelo estimulo à síntese de proteínas nas fibras musculares e pela retenção de sal e água que
promove o inchaço do músculo.
B) O excesso de hormônios masculinos (anabolizantes), por feedback negativo, inibem a liberação de hormônios hipofisários (FSH)
que levam à produção de espermatozóides. Sem esses hormônios, cessa a produção de espermatozóides.
C) Virilização: voz mais grave, hirsutismo (aumento dos pêlos faciais), cessação da menstruação, aumento da massa muscular; além
disso: alterações psicológicas, aumento no risco de câncer de fígado e ovário, etc.
38.
Resposta: Porque a testosterona é liberada diretamente no sangue; por esse motivo, ela continua atuando normalmente sobre as
células mesmo após a interrupção (corte) dos vasos deferentes.
39.
Resposta:
1. Tuba uterina (1/3 distal, mais próximo do ovário).
2.
A) 1- útero; 2 – próstata.
B) Risco de câncer.
3. Crossing-over raro entre X e Y.
40.
Resposta:
A) Espermatozoide (1) é n=23, Espermátide (2) é n=23, Espermatócito I (3 ) é 2n=46 e Espermatogônia (4) é 2n=46.
B) Células de Leydig (5) produzem testosterona, Células de Sertoli (6) contribuem para o amadurecimento dos espermatozoides.
C) Sofrem ação do FSH as espermatogônias (4) e ação do LH as células de Leydig (5).
D) Espermatozoides (1) e Espermatogônias (4).
Aula 27 - Ciclo Menstrual e Métodos Anticoncepcionais
1.
Resposta: A
Comentário: Como a mulher tomou a pílula ininterruptamente por 6 meses, a taxa de estrógeno e de progesterona (que são
integrantes da pílula) não variaram (é como se ela estivesse grávida; não há variação desses hormônios, uma vez que o FSH será
inibido).
2.
Resposta: A
Comentário:
3.
Resposta: C
Comentário:
4.
Resposta: A
Comentário:
5.
Resposta: B
Comentário:
6.
Resposta: E
Comentário: Os testículos são as gônadas masculinas, contendo canais enrolados denominados túbulos seminíferos, que possuem três
tipos principais de células: células germinativas (para a formação dos espermatozóides), células de Sertoli (para a nutrição das células
germinativas e células intersticiais de Leydig (para a produção de hormônios sexuais masculinos, como a testosterona). Os
androgênios são hormônios virilizantes produzidos pelos testículos, correspondendo principalmente à testosterona. O aumento na
produção de testosterona na puberdade dá origem aos caracteres sexuais secundários masculinos, como o surgimento de pelos
corporais e faciais, o alongamento da laringe tornando a voz mais grave, o desenvolvimento da musculatura, etc. De acordo com o
gráfico, ocorre redução dos níveis de testosterona a partir dos 40 anos de idade, o que poderá levar a efeitos como aumento de gordura,
diminuição da libido, fraqueza muscular e dificuldades de ereção.
7.
Resposta: C
Comentário:
8.
Resposta: C
Comentário: O termo gravidez ou concepção descreve o estado na mulher onde ocorreu a fecundação de seu óvulo, com subseqüente
formação de um embrião, que se implanta na parede uterina (nidação). Métodos anticoncepcionais são aqueles que impedem a
gravidez, agindo de modo a impedir a fecundação ou a nidação.
O termo aborto descreve a interrupção da gravidez, o que implica na morte do embrião nidado. No Brasil, o aborto induzido só é
permitido, por lei, em três casos: gravidez por estupro, risco de vida para a gestante e anencefalia do feto.
- As pílulas anticoncepcionais, também chamadas contraceptivos orais, são pílulas que contêm grandes quantidades de hormônios
sexuais femininos estrógenos e progesterona. Esses hormônios agem sobre a hipófise, inibindo a secreção de gonadotrofinas
hipofisárias (FSH e LH) que levariam à ruptura do folículo de Graaf e à ovulação. Assim, a pílula anticoncepcional (2) previne a
ovulação.
- A ligadura tubária consiste no corte dos ovidutos no aparelho reprodutor feminino para impedir o encontro entre o ovócito liberado
pelo ovário e o espermatozóide proveniente do sêmen depositado na vagina. Assim, a ligadura tubária (4) impede a chegada do óvulo
ao útero.
- O DIU (dispositivo intra-uterina) é um pequeno objeto de plástico, maleável, às vezes revestido com um fino fio de cobre à maneira
de um rolamento de motor, que é colocado na cavidade uterina a fim de evitar a nidação do ovo. O DIU é implantado na parede
uterina, onde promove uma discreta inflamação, normalmente subclínica (sem sintomas), que leva à eliminação do embrião que tenta
nidar. Lembre-se que a gravidez só é caracterizada após a nidação, de modo que a eliminação do embrião antes da nidação não
caracteriza uma interrupção da gravidez, ou seja, um aborto; assim, o DIU é um agente que previne a gravidez, e não deve ser
caracterizado como abortivo. Assim, o dispositivo intra-uterino (3) impede a implantação do óvulo fertilizado.
- O diafragma deve ser colocado no colo uterino da mulher antes da relação sexual, impedindo a passagem de espermatozóides da
vagina para o útero. Assim, o diafragma (1) impede a entrada dos espermatozóides no útero.
9.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. O hormônio occitocina é o responsável por estimular a contração da musculatura uterina que desencadeia o parto e a
liberação de leite.
Item B: verdadeiro. Os estrogênios são responsáveis pelos caracteres sexuais femininos e desenvolvimento do endométrio.
Item C: falso. O LH é responsável por estimular a ovulação e o desenvolvimento do corpo lúteo para a produção de progesterona.
Item D: falso. O FSH é responsável por estimular a maturação dos folículos ovarianos e a produção de estrogênios.
10.
Resposta: C
Comentário: Considera-se o 1º dia do ciclo menstrual como o primeiro dia da menstruação, que dura em média 5 dias. A partir de
então, sob influência dos fatores de liberação hipotalâmicos, a hipófise começa a liberar FSH (hormônio folículo-estimulante, I), que
estimula a maturação de folículos ovarianos. O folículo em maturação tem seu ovócito I estimulado a retomar sua divisão meiótica,
interrompida desde sua formação, ainda durante a vida intra-uterina, e também passa a produzir hormônios sexuais estrogênios (III).
Os estrogênios promovem o aparecimento dos caracteres sexuais secundários femininos, além de preparar o endométrio uterino para
uma possível gravidez. A princípio, ocorre um efeito de feedback positivo entre FSH e estrogênios, mas a partir de um determinado
nível de estrogênios, ocorre feedback negativo sobre o FSH, cujas taxas diminuem , e feedback positivo sobre o LH (hormônio
luteinizante, II), cujas taxas aumentam. O LH atua sobre o folículo ovariano maduro (terciário ou de de Graaf) proporcionando a
entrada de líquido no folículo, que acaba se rompendo e liberando o ovócito (já na forma de ovócito II), proporcionando a ovulação
por volta do 14º dia do ciclo menstrual. O LH atua então sobre o folículo rompido, transformando-o em corpo lúteo ou amarelo, que
passa a secretar o hormônio sexual progesterona (IV), além dos estrogênios. A progesterona mantém o endométrio desenvolvido para
uma eventual gravidez. Caso não haja fecundação, cai a produção de LH e o corpo lúteo regride (passando a corpo albicans ou
cicatricial), diminuindo a produção de progesterona. Com isso, o endométrio descama, e ocorre a menstruação por volta do 28º dia do
ciclo menstrual. De maneira geral, a ovulação ocorre 14 dias da menstruação, não importando a duração do ciclo. Caso haja
fecundação, o embrião em formação, em sua fase de blastocisto, produzirá um hormônio denominado gonadotrofina coriônica ou
hCG, que mantém o corpo lúteo produzindo progesterona, de modo que o endométrio não descama e não há menstruação. A partir do
terceiro mês de gravidez, a própria placenta passa a produzir progesterona. Assim, I é o FSH, II é o LH, III são os estrogênios e IV é a
progesterona, de modo que se pode afirmar que III e IV agem sobre o útero (os estrógenos preparando e a progesterona mantendo o
endométrio para a gestação).
11.
Resposta: E
Comentário:
12.
Resposta: E
Comentário:
13.
Resposta: E
Comentário:
14.
Resposta: C
Comentário:
15.
Resposta: A
Comentário:
16.
Resposta: E
Comentário: Considera-se o 1º dia do ciclo menstrual como o primeiro dia da menstruação, que dura em média 5 dias. A partir de
então, sob influência dos fatores de liberação hipotalâmicos, a hipófise começa a liberar FSH (hormônio folículo-estimulante), que
estimula a maturação de folículos ovarianos. O folículo em maturação tem seu ovócito I estimulado a retomar sua divisão meiótica,
interrompida desde sua formação, ainda durante a vida intra-uterina, e também passa a produzir hormônios sexuais estrogênios. Os
estrogênios promovem o aparecimento dos caracteres sexuais secundários femininos, além de preparar o endométrio uterino para uma
possível gravidez. A princípio, ocorre um efeito de feedback positivo entre FSH e estrogênios, mas a partir de um determinado nível
de estrogênios, ocorre feedback negativo sobre o FSH, cujas taxas diminuem , e feedback positivo sobre o LH (hormônio
luteinizante), cujas taxas aumentam. O LH atua sobre o folículo ovariano maduro (terciário ou de de Graaf) proporcionando a entrada
de líquido no folículo, que acaba se rompendo e liberando o ovócito (já na forma de ovócito II), proporcionando a ovulação por volta
do 14º dia do ciclo menstrual. O LH atua então sobre o folículo rompido, transformando-o em corpo lúteo, que passa a secretar o
hormônio sexual progesterona, além dos estrogênios. A progesterona mantém o endométrio desenvolvido para uma eventual gravidez.
Caso não haja fecundação, cai a produção de LH e o corpo lúteo regride (passando a corpo albicans ou cicatricial), diminuindo a
produção de progesterona. Com isso, o endométrio descama, e ocorre a menstruação por volta do 28º dia do ciclo menstrual. De
maneira geral, a ovulação ocorre 14 dias da menstruação, não importando a duração do ciclo. Caso haja fecundação, o embrião em
formação, em sua fase de blastocisto, produzirá um hormônio denominado gonadotrofina coriônica ou hCG, que mantém o corpo
lúteo produzindo progesterona, de modo que o endométrio não descama e não há menstruação. A partir do terceiro mês de gravidez, a
própria placenta passa a produzir progesterona. Assim, a menstruação ocorre por uma queda nos níveis de progesterona, indicada em
E, a ovulação ocorre devido a um pico de LH, indicado em A.
17.
Resposta: E
Comentário:
18.
Resposta: A
Comentário: Se a mulher apresenta um ciclo menstrual regular de 28 dias, ela pode calcular a data da ovulação como sendo o dia 14
do ciclo. O óvulo sobrevive cerca de 24 a 48 horas sem ser fecundado, morrendo e sendo reabsorvido depois disso. Por outro lado, os
espermatozóides podem sobreviver no aparelho genital feminino por cerca de 24 a 48 horas. Assim, pode-se calcular o período fértil
da mulher como estando entre o dia 12 (o espermatozóide poderia viver por cerca de dois dias, até o dia 14, esperando a ovulação) e o
dia 16 (o óvulo poderia viver por cerca de dois dias esperando a fecundação). Para haver uma certa segurança, estabelece-se um
período de 4 a 5 dias antes e depois do dia calculado para a ovulação. Assim, se a mulher não mantiver relações sexuais desprotegidas
entre os dias 9 e 19 do ciclo, a probabilidade de ela engravidar será bem pequena. É o chamado método do ritmo ou da tabelinha. É
bom lembrar, entretanto, que nem todo ciclo menstrual é de 28 dias, podendo haver ciclos menores, de 21 dias, até ciclos maiores, de
40 dias. De maneira geral, a ovulação ocorre 14 dias da menstruação, não importando a duração do ciclo. Esse método não é muito
confiável, pois a maioria das mulheres tem ciclos menstruais muito irregulares. Se Paula tem um ciclo menstrual regular de 28 dias
exatos e sua última menstruação foi no dia 23 de junho, a data provável da próxima ovulação será 14 dias após o início da
menstruação, ou seja, no dia 07 de julho. Assim, ao manter relação sexual desprotegida no dia 06 de julho, Paula talvez ainda não
tivesse ovulado, mas o faria um ou dois dias depois, de modo que pode ter engravidado. Caso haja fecundação, o embrião em
formação, em sua fase de blastocisto, produzirá um hormônio denominado gonadotrofina coriônica ou hCG, que mantém o corpo
lúteo produzindo progesterona, de modo que o endométrio não descama e não há menstruação. Como Paula estaria esperando sua
próxima menstruação por volta do dia 21 de julho (14 dias depois do dia 07 de julho, data provável da ovulação), o exame feito no dia
24 de julho pode indicar a presença de hCG e confirmar a gravidez.
19.
Resposta: E
Comentário: As pílulas anticoncepcionais, também chamadas contraceptivos orais, são pílulas que contêm grandes quantidades de
hormônios sexuais femininos estrógenos e progesterona. Esses hormônios agem sobre a hipófise, inibindo a secreção de
gonadotrofinas hipofisárias (FSH e LH) que levariam à ruptura do folículo de Graaf e à ovulação. Doses menores da pílula podem não
fornecer à mulher hormônios suficientes para inibir a produção de FSH e LH e evitar a maturação dos folículos ovarianos e a
ovulação.
20.
Resposta: D
Comentário: Considera-se o 1º dia do ciclo menstrual como o primeiro dia da menstruação, que dura em média 5 dias. A partir de
então, sob influência dos fatores de liberação hipotalâmicos, a hipófise começa a liberar FSH (hormônio folículo-estimulante), que
estimula a maturação de folículos ovarianos. O folículo em maturação tem seu ovócito I estimulado a retomar sua divisão meiótica,
interrompida desde sua formação, ainda durante a vida intra-uterina, e também passa a produzir hormônios sexuais estrogênios. Os
estrogênios promovem o aparecimento dos caracteres sexuais secundários femininos, além de preparar o endométrio uterino para uma
possível gravidez. A princípio, ocorre um efeito de feedback positivo entre FSH e estrogênios, mas a partir de um determinado nível
de estrogênios, ocorre feedback negativo sobre o FSH, cujas taxas diminuem , e feedback positivo sobre o LH (hormônio
luteinizante), cujas taxas aumentam. O LH atua sobre o folículo ovariano maduro (terciário ou de de Graaf) proporcionando a entrada
de líquido no folículo, que acaba se rompendo e liberando o ovócito (já na forma de ovócito II), proporcionando a ovulação por volta
do 14º dia do ciclo menstrual. O LH atua então sobre o folículo rompido, transformando-o em corpo lúteo, que passa a secretar o
hormônio sexual progesterona, além dos estrogênios. A progesterona mantém o endométrio desenvolvido para uma eventual gravidez.
Caso não haja fecundação, cai a produção de LH e o corpo lúteo regride (passando a corpo albicans ou cicatricial), diminuindo a
produção de progesterona. Com isso, o endométrio descama, e ocorre a menstruação por volta do 28º dia do ciclo menstrual. De
maneira geral, a ovulação ocorre 14 dias da menstruação, não importando a duração do ciclo. Caso haja fecundação, o embrião em
formação, em sua fase de blastocisto, produzirá um hormônio denominado gonadotrofina coriônica ou hCG, que mantém o corpo
lúteo produzindo progesterona, de modo que o endométrio não descama e não há menstruação. A partir do terceiro mês de gravidez, a
própria placenta passa a produzir progesterona. Assim, o hormônio que estimula os ovários a continuar produzindo estrógeno e
progesterona, de modo a manter o espessamento do endométrio é a gonadotrofina coriônica.
21.
Resposta: A
Comentário:
22.
Resposta: A
Comentário:
23.
Resposta: A
Comentário:
24.
Resposta: C
Comentário:
25.
Resposta: E
Comentário: A pílula do dia seguinte é um método anticoncepcional de emergência para ser utilizado quando outros métodos
anticoncepcionais falham (como pela ruptura do preservativo) ou em casos de estupro, consistindo de altas doses de hormônio sexuais
femininos, ou seja, estrogênios e/ou progesterona que, tomada até 72 horas após o ato sexual, pode agir em de três maneiras para
evitar a gravidez:
- caso não tenha ocorrido a ovulação, a pílula do dia seguinte a inibe;
- caso tenha ocorrido a ovulação, a pílula do dia seguinte inibe a fecundação por alterar as condições do aparelho reprodutor feminino
no sentido de torná-lo inadequado ao espermatozóide, tanto pelo aumento da acidez da vagina como pelo aumento da produção de
muco no colo uterino;
- caso tenha havido a ovulação e a fecundação, a pílula do dia seguinte inibe a nidação por alterar as características químicas do
endométrio, que não aceita a implantação do embrião.
O uso freqüente da pílula do dia seguinte não é recomendado, uma vez que leva a alterações hormonais intensas, de modo a promover
a desregulação dos ciclos ovarianos, além de diminuir de eficácia. A pílula do dia seguinte não é um método abortivo, uma vez que a
gravidez só é caracterizada após a implantação do embrião no endométrio uterino, ou seja, somente após a nidação. Assim:
Item I: verdadeiro. A pílula do dia seguinte pode conter somente estrógeno, estrógeno e progesterona ou somente progesterona.
Item II: verdadeiro. A pílula pode impedir a gravidez por inibir a ovulação, a fecundação ou a nidação.
Item III: verdadeiro. Após 72 horas da relação sexual, a pílula não é confiável como método anticoncepcional.
26.
Resposta: E
Comentário: Por volta dos 45 anos de idade, esgotam-se os folículos ovarianos viáveis na mulher, de modo que cessam a produção de
estrogênios e progesterona e com isso, cessam os ciclos ovarianos. É a chamada menopausa. Sem os hormônios sexuais femininos e
sem os ciclos ovarianos, a mulher não mais ovula, tornando-se estéril e não mais realiza os ciclos de proliferação e descamação do
endométrio, não mais menstruando. Com a queda nas taxas de estrogênios e progesterona, os hormônios gonadotróficos mantêm-se
em altas concentrações devido a um efeito de feedback positivo, mas não promovem efeito algum porque não encontram folículos
viáveis sobre os quais agir. Vários sintomas acompanham a menopausa, como estresse, calores e sudorese, problemas vasculares e
osteoporose. Nas mulheres em menopausa, quando se reduz drasticamente a quantidade de hormônios femininos na circulação
sangüínea, reduz-se a atividade osteoblástica, uma vez que os estrogênios mantêm a atividade dessas células formadoras de matriz
orgânica óssea. Como a atividade osteoclástica se mantém, ocorre uma perda de matriz orgânica, de modo que o cálcio não consegue
se manter no osso. O resultado é a desmineralização óssea, de modo que os ossos tornam-se porosos e quebradiços, numa situação
conhecida como osteoporose. A mulher em menopausa, para prevenir osteoporose, pode fazer ingestão de suplementos alimentares de
cálcio e fazer reposição hormonal, sendo que este último procedimento, infelizmente, aumenta para a mulher o risco de cânceres como
o câncer de mama, devendo a mulher que faz reposição tomar cuidados preventivos maiores. Assim:
1. A cessação do período menstrual está relacionada à perda da sensibilidade dos folículos aos hormônios hipofisários (a);
2. Os fogachos (ondas de calor) estão relacionados à queda no ajuste da temperatura corporal (c);
3. A pele seca e as rugas estão relacionadas à desintegração do colágeno devido aos baixos níveis de estrógeno (d);
4. A osteoporose está relacionada à mudança estrógeno-sensitiva no equilíbrio de síntese e degradação óssea (e);
5. Os efeitos emocionais (depressão) estão relacionados, além de à queda nos níveis de progesterona, também ao condicionamento
cultural (b).
27.
Resposta: A
Comentário: Se a mulher apresenta um ciclo menstrual regular de 28 dias, ela pode calcular a data da ovulação como sendo o dia 14
do ciclo. O óvulo sobrevive cerca de 24 a 48 horas sem ser fecundado, morrendo e sendo reabsorvido depois disso. Por outro lado, os
espermatozóides podem sobreviver no aparelho genital feminino por cerca de 24 a 48 horas. Assim, pode-se calcular o período fértil
da mulher como estando entre o dia 12 (o espermatozóide poderia viver por cerca de dois dias, até o dia 14, esperando a ovulação) e o
dia 16 (o óvulo poderia viver por cerca de dois dias esperando a fecundação). Para haver uma certa segurança, estabelece-se um
período de 4 a 5 dias antes e depois do dia calculado para a ovulação. Assim, se a mulher não mantiver relações sexuais desprotegidas
entre os dias 9 e 19 do ciclo, a probabilidade de ela engravidar será bem pequena. É o chamado método do ritmo ou da tabelinha. É
bom lembrar, entretanto, que nem todo ciclo menstrual é de 28 dias, podendo haver ciclos menores, de 21 dias, até ciclos maiores, de
40 dias. De maneira geral, a ovulação ocorre 14 dias da menstruação, não importando a duração do ciclo. Esse método não é muito
confiável, pois a maioria das mulheres tem ciclos menstruais muito irregulares. Assim, se a mulher possui ciclo menstrual regular de
28 dias e sua menstruação tem início no primeiro dia do mês, pode-se afirmar que a ovulação ocorrerá no dia 14, e é recomendado que
ela não tenha relações sexuais do dia 9 a 11 ao dia 17 a 19 do mês a fim de evitar naturalmente a gravidez.
28.
Resposta: D
Comentário:
29.
Resposta: D
Comentário: O LH atua sobre o folículo ovariano maduro (terciário ou de de Graaf) proporcionando a entrada de líquido no folículo,
que acaba se rompendo e liberando o ovócito (já na forma de ovócito II), proporcionando a ovulação por volta do 14º dia do ciclo
menstrual. O LH atua então sobre o folículo rompido, transformando-o em corpo lúteo, que passa a secretar o hormônio sexual
progesterona, além dos estrogênios. A progesterona mantém o endométrio desenvolvido para uma eventual gravidez. Caso não haja
fecundação, cai a produção de LH e o corpo lúteo regride (passando a corpo albicans ou cicatricial), diminuindo a produção de
progesterona. Com isso, o endométrio descama, e ocorre a menstruação por volta do 28º dia do ciclo menstrual. De maneira geral, a
ovulação ocorre 14 dias da menstruação, não importando a duração do ciclo. Caso haja fecundação, o embrião em formação, em sua
fase de blastocisto, produzirá um hormônio denominado gonadotrofina coriônica ou hCG, que mantém o corpo lúteo produzindo
progesterona, de modo que o endométrio não descama e não há menstruação. A partir do terceiro mês de gravidez, a própria placenta
passa a produzir progesterona. Assim, o espessamento do endométrio é necessário para a gravidez porque proporciona um local
adequado para a implantação do embrião.
30.
Resposta: A
Comentário: Se a mulher apresenta um ciclo menstrual regular de 28 dias, ela pode calcular a data da ovulação como sendo o dia 14
do ciclo. O óvulo sobrevive cerca de 24 a 48 horas sem ser fecundado, morrendo e sendo reabsorvido depois disso. Por outro lado, os
espermatozóides podem sobreviver no aparelho genital feminino por cerca de 24 a 48 horas. Assim, pode-se calcular o período fértil
da mulher como estando entre o dia 12 (o espermatozóide poderia viver por cerca de dois dias, até o dia 14, esperando a ovulação) e o
dia 16 (o óvulo poderia viver por cerca de dois dias esperando a fecundação). Para haver uma certa segurança, estabelece-se um
período de 4 a 5 dias antes e depois do dia calculado para a ovulação. Assim, se a mulher não mantiver relações sexuais desprotegidas
entre os dias 9 e 19 do ciclo, a probabilidade de ela engravidar será bem pequena. É o chamado método do ritmo ou da tabelinha. É
bom lembrar, entretanto, que nem todo ciclo menstrual é de 28 dias, podendo haver ciclos menores, de 21 dias, até ciclos maiores, de
40 dias. De maneira geral, a ovulação ocorre 14 dias da menstruação, não importando a duração do ciclo. Esse método não é muito
confiável, pois a maioria das mulheres tem ciclos menstruais muito irregulares.
31.
Resposta: C
Comentário: Considera-se o 1º dia do ciclo menstrual como o primeiro dia da menstruação, que dura em média 5 dias. A partir de
então, sob influência dos fatores de liberação hipotalâmicos, a hipófise começa a liberar FSH (hormônio folículo-estimulante), que
estimula a maturação de folículos ovarianos. O folículo em maturação tem seu ovócito I estimulado a retomar sua divisão meiótica,
interrompida desde sua formação, ainda durante a vida intra-uterina, e também passa a produzir hormônios sexuais estrogênios. Os
estrogênios promovem o aparecimento dos caracteres sexuais secundários femininos, além de preparar o endométrio uterino para uma
possível gravidez. A princípio, ocorre um efeito de feedback positivo entre FSH e estrogênios, mas a partir de um determinado nível
de estrogênios, ocorre feedback negativo sobre o FSH, cujas taxas diminuem , e feedback positivo sobre o LH (hormônio
luteinizante), cujas taxas aumentam.
O LH atua sobre o folículo ovariano maduro (terciário ou de de Graaf) proporcionando a entrada de líquido no folículo, que acaba se
rompendo e liberando o ovócito (já na forma de ovócito II), proporcionando a ovulação por volta do 14º dia do ciclo menstrual. O LH
atua então sobre o folículo rompido, transformando-o em corpo lúteo, que passa a secretar o hormônio sexual progesterona, além dos
estrogênios. A progesterona mantém o endométrio desenvolvido para uma eventual gravidez. Caso não haja fecundação, cai a
produção de LH e o corpo lúteo regride (passando a corpo albicans ou cicatricial), diminuindo a produção de progesterona. Com isso,
o endométrio descama, e ocorre a menstruação por volta do 28º dia do ciclo menstrual. De maneira geral, a ovulação ocorre 14 dias da
menstruação, não importando a duração do ciclo. Caso haja fecundação, o embrião em formação, em sua fase de blastocisto, produzirá
um hormônio denominado gonadotrofina coriônica ou hCG, que mantém o corpo lúteo produzindo progesterona, de modo que o
endométrio não descama e não há menstruação. A partir do terceiro mês de gravidez, a própria placenta passa a produzir progesterona.
Assim, a primeira fase do ciclo menstrual, denominada fase estrogênica ou proliferativa é caracterizada pelas altas taxas de estrógenos
(A, mais abundante na fase proliferativa), e vai até a ovulação, desencadeada pelo pico de LH. A segunda fase do ciclo menstrual,
denominada fase progestacional ou secretora, é caracterizada pelas altas taxas de progesterona (B, mais abundante no na fase
secretora, especialmente em seu início).
32.
Resposta: FVVFV
Comentário:
1º item: falso. A pílula-do-dia-seguinte não possui ação direta na destruição do óvulo fertilizado.
2º item: verdadeiro. Mulheres, com ciclo menstrual regular de 28 a 30 dias, têm chances mínimas de engravidar do primeiro ao nono
dia do ciclo menstrual, pois a ovulação geralmente ocorre entre o décimo segundo e o décimo quinto dia do ciclo, período em que as
chances de engravidar são grandes.
3º item: verdadeiro. O hormônio citado tem a função de ativar o corpo lúteo (corpo amarelo), mantendo elevadas as taxas de
estrógeno e progesterona; por isso, é um ótimo indicador da existência de gravidez.
4º item: falso. A camisinha fornece uma barreira física que impede o contato do sêmen e/ou fluídos corporais com o parceiro(a),
prevenindo a gravidez e as DSTs.
5º item: verdadeiro. A promiscuidade nas relações sexuais sem o uso da camisinha é o principal responsável pela disseminação do
HIV e pela ocorrência da AIDS; também contribui para a ocorrência da gravidez indesejada.
33.
Resposta: Não, uma vez que a menopausa é a interrupção nos ciclos ovarianos causada pela não produção dos hormônios sexuais pelo
ovário, o que não tem relação com o útero.
34.
Resposta:
A) Preocupada. Se a ovulação é no dia 15, a menstruação deve vir no dia 15 + 14 = 29, sendo a crise de TPM logo antes, ou seja, por
volta do dia 27.
B) Por volta do dia 29, quando a menstruação não vier.
35.
Resposta:
A)
A.1 - Hormônios gonadotróficos hipofisários.
A.2 -
Hormônio x: Hormônio luteinizante (LH).
Hormônio z: Hormônio folículo-estimulante (FSH).
Relação: A síntese desses hormônios, na adenohipófise, é estimulada pelo hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), produzido
pelo hipotálamo.
B)
Hormônio m: Progesterona.
Hormônio n: Estrogênio.
Hormônio p: Gonadotrofina coriônica humana (hCG).
C)
Hipótese 1: O declínio dos níveis sangüíneos de m e n sugere que não houve fecundação.
Hipótese 2: A permanência das concentrações de m e n é sugestiva do início da gestação.
D)
Local da síntese: No sinciciotrofoblasto / Nas vilosidades coriônicas.
Órgão-alvo: Corpo lúteo gravídico / Corpo lúteo.
36.
Resposta:
A)
B)
C) Os hormônios folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH) serão encontrados em baixa concentração, em função da
retroalimentação negativa (feedback negativo) realizada pela progesterona produzida pela manutenção do corpo lúteo;
isso ocorre graças à ação do hormônio gonadotrofina coriônica (HCG) liberado pelo embrião/placenta (primeiro trimestre
de gestação) e pela ação da progesterona II liberada pela placenta (do 4°mês em diante).
37.
Resposta:
A) Com a remoção dos ovários, não haverá a produção de hormônios femininos que desencadearão o surgimento dos caracteres
sexuais secundários femininos. Assim, Maria, sem ovários, não deve apresentar mamas bem desenvolvidas, nem quadris largos e nem
deverá menstruar. Ana, com ovários, apresentará todas estas características.
B) Não. Uma vez que Maria teria passado a puberdade com ovários, teria apresentado hormônios femininos para desencadear o
aparecimento de seus caracteres sexuais secundários femininos. Assim, Maria irá apresentar aspecto feminino. A partir da remoção de
seus ovários, entretanto, ela começará a apresentar falhas na menstruação, o que Ana, normal, não irá apresentar.
38.
Resposta:
A) Adolescentes do sexo feminino expostas a altas concentrações de bisfenol apresentarão puberdade precoce, uma vez que o bisfenol
se comporta como estrogênio no organismo, e, também, estimulando precocemente o espessamento do endométrio.
B) A ovogênese feminina começa na fase embrionária com a formação de ovócitos primários, sendo estacionada na prófase I da
meiose. Quando a mulher entra na menarca (primeira menstruação), o ovócito I entra na fase de maturação e sai do ovário,
estacionando na metáfase II da meiose. Caso ocorra fecundação na tuba uterina, terminará a meiose II. Dessa forma, a meiose começa
antes mesmo de a mulher nascer, e deve durar até a menopausa.
39.
Resposta:
40.
Resposta: Com menor taxa de hormônios, não haverá a inibição (feedback) aos hormônios gonadotróficos hipofisários que inibiria a
ovulação, de modo que esta ocorrerá.
41.
Resposta:
A) Osteoporose e câncer de mama. Considerando os resultados das pesquisas mais recentes, cite uma doença que se acreditava ser
prevenida e outra cuja incidência vem sendo associada à terapia hormonal indicada para mulheres em fase de menopausa
B) Estrógenos e progesterona; ovários.
42.
Resposta:
A) As “regras”, citadas pelo autor, correspondem às menstruações. A alteração hormonal explicitada e a queda do nível de
progesterona no sangue.
B) Pombinha poderia determinar esse período levando em consideração que a ovulação ocorre, aproximadamente, 14 dias após o
início de uma menstruação. A abstenção deve ser feita ao longo de um período de dias, não apenas em um dia, porque a data da
ovulação pode variar em função de muitos fatores. Além disso, o espermatozoide pode permanecer vivo no corpo da mulher cerca de
3 dias.
43.
Resposta:
A) A TPM é causada pela diminuição da concentração sangüínea da progesterona (B). A finalidade de manter a progesterona elevada
é a manutenção da gravidez.
B) Durante o parto, a placenta é eliminada, provocando a queda da concentração sangüínea materna de progesterona e,
conseqüentemente, a depressão pós-parto.
44.
Resposta:
A) Após a menopausa, as taxas do estrogênio e da progesterona diminuem e, conseqüentemente, as taxas dos hormônios FSH e LH,
secretados pela adenoipófise, permanecerão altas.
B) A queda da taxa dos hormônio ovarianos, estimula a secreção das gonadotrofinas hipofisárias. Esse mecanismo de controle é
denominado feedback ou retroalimentação negativa.
45.
Resposta:
A) A alta dose de hormônios femininos na pílula inibe a ovulação por inibir a liberação de FSH que estimularia a maturação dos
folículos ovarianos.
B) Depende. Se a pílula for tomada sem interrupções, as altas taxas de progesterona continuamente no sangue da mulher impedem que
ela menstrue. Entretanto, se ela tomar a pílula com interrupções esporádicas, ela menstruará após um período de uso, pois com a
parada na tomada, ocorre diminuição nas taxas de progesterona, o que conduz à descamação do endométrio (menstruação).
46.
Resposta: O DIU, em princípio, libera sais de cobre no interior do útero, o que promove uma inflamação do endométrio que elimina
embriões que tentem implantar, impedindo assim a nidação.
47.
Resposta: Em primeiro lugar, a produção de espermatozóides é constante, e, em segundo lugar, qualquer abordagem química visando
a supressão do gameta masculino deveria ser total pois cada ejaculação contém milhões de espermatozóides e basta a existência de um
espermatozóide viável para que ocorra fecundação.
48.
Resposta:
A) A manutenção da alta taxa de progesterona a partir do 15º dia indica um processo de gravidez.
B) A queda da concentração de hormônio no final do 1º trimestre corresponde a uma interrupção da gravidez (aborto).
49.
Resposta: Como a prolactina inibe a liberação de FSH, não haverá maturação dos folículos e conseqüentemente não haverá ovulação.
50.
Resposta: Se uma gravidez é imediatamente consecutiva a outra, nunca ocorre descamação do endométrio devido à ausência de
fecundação.
Aula 28 - Fecundação
1.
Resposta: D
Comentário: O DNA mitocondrial de uma pessoa tem origem exclusivamente materna, uma vez que o DNA do espermatozoide não
permanece no zigoto. Dessa forma, deverá haver homologia entre o DNA mitocondrial do rapaz e de sua avó materna.
2.
Resposta: B
Comentário:
3.
Resposta: B
Comentário: O óvulo humano é envolvido por duas barreiras, sendo a mais externa delas a corona radiata, formada basicamente por
células derivadas do folículo ovariano onde o ovócito se desenvolveu (células foliculares), cimentadas pelo polissacarídeo ácido
hialurônico. A mais interna delas é a zona pelúcida, que equivale à camada de glicoproteínas e glicolipídios que equivalem ao
glicocálix do óvulo. Como a corona radiata (de células foliculares) não faz parte do óvulo, na verdade a primeira estrutura do óvulo a
ser atravessada é a zona pelúcida.
4.
Resposta: B
Comentário:
5.
Resposta: B
Comentário:
6.
Resposta: A
Comentário:
7.
Resposta: C
Comentário:
8.
Resposta: D
Comentário:
9.
Resposta: A
Comentário: Em casais com dificuldade de engravidar por motivos como oligospermia (pequeno número de espermatozóides) no
homem ou a ocorrência de um ambiente vaginal hostil aos espermatozóides na mulher (como, por exemplo, devido ao excesso de
anticorpos femininos contra os gametas masculinos), uma possibilidade de reprodução está no processo de fertilização in vitro (“bebês
de proveta”). Nesses casos, a mulher é tratada com hormônios femininos que induzem a ovulação, e seus óvulos são então recolhidos
e depositados em frascos (“proveta”) junto aos espermatozóides recolhidos do homem. Nesse frasco, há um meio contendo
substâncias químicas que possibilitam o funcionamento dos gametas para que haja a fecundação. Todo o processo de segmentação se
dá nesse meio, ocorrendo então as divisões mitóticas ou clivagens que levam o embrião até a fase de blastocisto, quando ele então é
transferido para o útero materno (ou de uma mãe de aluguel) para que seu desenvolvimento prossiga. Existem atualmente exames
genéticos que podem detectar certos genes nos embriões que serão implantados no útero materno, escolhendo aqueles mais saudáveis
ou com uma característica genética particular, num processo denominado de seleção de embriões, que envolve uma série de
questionamentos éticos a seu respeito.
10.
Resposta: D
Comentário: Anemia é o nome que se dá para a diminuição na quantidade de hemoglobina no sangue, tendo várias causas possíveis,
inclusive genéticas (como na anemia falciforme e na talassemia). A anemia é acompanhada pela diminuição no número de hemácias
circulantes no sangue do doente, fenômeno conhecido com eritropenia. No entanto, é muito comum se referir à anemia diretamente
como uma deficiência na quantidade de hemácias. O processo de fertilização in vitro (“bebês de proveta”) consiste na formação do
embrião fora do corpo da mãe a partir de gametas coletados dos pais, com posterior implantação do embrião no útero materno (ou de
uma mãe de aluguel) para seu desenvolvimento.
11.
Resposta: A
Comentário:
12.
Resposta: C
Comentário:
13.
Resposta: A
Comentário:
14.
Resposta: B
Comentário:
15.
Resposta: D
Comentário:
16.
Resposta: VVVV
Comentário:
17.
Resposta: VFVV
Comentário:
18.
Resposta:
A) Uma vez que as mitocôndrias são herdadas apenas da mãe, doenças hereditárias que são causadas por mutações no DNA
mitocondrial são herdadas (tanto para meninas como para meninos) somente da mãe, e nunca da mãe; assim, se a mãe é afetada, filhos
de ambos sexos serão afetados, não importando se o pai é afetado ou não; se o pai é afetado, filhos de ambos os sexos não serão
afetados, a não ser que a mãe seja afetada.
B) Sim, uma vez que espermatozóides apresentam mitocôndrias (que se degeneram após a fecundação).
19.
Resposta:
A) I - ovulação, II - fecundação ou fertilização.
B) III - mórula e o processo de divisão celular que ocorre até a implantação do embrião é a mitose.
20.
Resposta:
A) O ovário está indicado pelo número II.
B) O oviduto, ou tuba uterina, está indicado pelo número VI.
C) Meiose.
D) O blastocisto será implantado no endométrio indicado pelo número III.
E) O corpo lúteo regride e cicatriza após o terceiro mês de gestação.
21.
Resposta:
A) Trompa de Falópio (ou tuba uterina).
B) Flagelos.
C) Corona Radiata.
22.
Resposta: Na inseminação artificial, coleta-se o sêmen para seleção dos espermatozóides de acordo com seu potencial de fertilidade.
Após a seleção, os espermatozóides são introduzidos no útero no período de ovulação; a fecundação ocorre dentro do organismo
feminino. Na fertilização in vitro, os oócitos (ovócitos) e espermatozóides são coletados e selecionados. Essas células germinativas
são colocadas juntas, em placa de cultura, no laboratório, onde ocorrerá a fecundação; o embrião formado é implantado no útero.
23.
Resposta: O DNA mitocondrial é uma molécula circular, com apenas 16.500 nucleotídeos, que codificam RNA ribossômico e de
transferência, assim como algumas enzimas da cadeia de transporte de elétrons presentes na mitocôndria. Outras enzimas da
mitocôndria são codificadas pelo DNA nuclear celular. Na etapa da fertilização (ou fecundação), quando o espermatozóide penetra no
óvulo, pode haver entrada de suas mitocôndrias. Entretanto, apenas o seu DNA nuclear contribuirá para a formação do zigoto. As
mitocôndrias espermáticas não desempenharão mais sua função, sendo destruídas. Assim, as mitocôndrias do zigoto são aquelas
herdadas do óvulo.
24.
Resposta: A zona pelúcida é uma camada de proteção que irá originar a membrana de fecundação e os grânulos corticais apresentam
substâncias que, quando liberadas, irão propiciar esta transformação da zona pelúcida em membrana de fecundação para impedir a
polispermia.
25.
Resposta:
A)
(X) evitar a fecundação inter-espécie;
(X ) evitar a poliespermia;
(_) induzir a maturação do espermatozóide.
B) A zona pelúcida possui receptores para reconhecer espermatozóides da mesma espécie que evitam a fecundação por
espermatozóides de outras espécies. Além disso, após a penetração do primeiro espermatozóides, a reação cortical a transforma em
membrana de fecundação, impedindo a penetração de algum outro espermatozóide. Não tem relação, no entanto, com a maturação do
espermatozóide, que se dá no epidídimo do aparelho reprodutor masculino.
Aula 29 - Introdução à Embriologia
1.
Resposta: B
Comentário: A segmentação corresponde às primeiras divisões mitóticas que ocorrem no embrião, denominadas clivagens,
originando células chamadas de blastômeros.
2.
Resposta: B
Comentário: Óvulos heterolécitos ou mediolécitos ou telolécitos incompletos possuem média quantidade de vitelo, com o vitelo
sendo distribuído de modo muito heterogêneo, com nítida distinção entre pólo animal (com menos vitelo) e pólo vegetal (com muito
mais vitelo), e com o núcleo no pólo animal. Ocorrem em alguns platelmintos, alguns moluscos, anelídeos, alguns peixes e anfíbios. A
segmentação nesse tipo de óvulo é total desigual, onde há nítida diferenciação entre pólo vegetativo (com maior quantidade de vitelo)
e pólo animal (com menor quantidade de vitelo). No pólo vegetativo, por haver um pouco mais de vitelo, os blastômeros dividem-se
um pouco mais lentamente sendo um pouco maiores (macrômeros) que os do pólo animal, de divisão mais rápida, menores
(micrômeros). A diferença entre macrômeros e micrômeros é bastante evidente neste tipo de segmentação.
3.
Resposta: B
Comentário: Em I, tem-se a segmentação total quase igual ou subigual ocorre em óvulos com um pouco mais de vitelo no pólo
vegetativo que no pólo animal, ou seja, oligolécitos. No pólo vegetativo, por haver um pouco mais de vitelo, os blastômeros dividem-
se um pouco mais lentamente sendo um pouco maiores (macrômeros) que os do pólo animal, de divisão mais rápida, menores
(micrômeros). Nesse caso, macrômeros e micrômeros apresentam quase que o mesmo tamanho. Em II, tem-se a segmentação total
desigual ocorre em óvulos médio ou heterolécitos, onde há nítida diferenciação entre pólo vegetativo (com maior quantidade de vitelo)
e pólo animal (com menor quantidade de vitelo). No pólo vegetativo, por haver um pouco mais de vitelo, os blastômeros dividem-se
um pouco mais lentamente sendo um pouco maiores (macrômeros) que os do pólo animal, de divisão mais rápida, menores
(micrômeros). A diferença entre macrômeros e micrômeros é bastante evidente neste tipo de segmentação.
4.
Resposta: D
Comentário: A segmentação total desigual ocorre em óvulos médio ou heterolécitos, onde há nítida diferenciação entre pólo
vegetativo (com maior quantidade de vitelo) e pólo animal (com menor quantidade de vitelo). No pólo vegetativo, por haver um pouco
mais de vitelo, os blastômeros dividem-se um pouco mais lentamente sendo um pouco maiores (macrômeros) que os do pólo animal,
de divisão mais rápida, menores (micrômeros). A diferença entre macrômeros e micrômeros é bastante evidente neste tipo de
segmentação.
5.
Resposta: A
Comentário: Analisando os tipos de óvulos em cada grupo de seres vivos:
- Mamíferos placentários possuem óvulos alécitos.
- Poríferos, cnidários, alguns platelmintos, nematelmintos, alguns moluscos, equinodermos e protocordados (ascídia, anfioxo)
possuem óvulos oligolécitos.
- Alguns platelmintos, alguns moluscos, anelídeos, alguns peixes e anfíbios possuem óvulos heterolécitos ou mediolécitos ou
telolécitos incompletos.
- Moluscos cefalópodes, alguns peixes, répteis, aves e mamíferos ovíparos (ornitorrinco, équidna) possuem óvulos telolécitos
(completos) ou megalécitos.
- A maioria dos artrópodes possui óvulos centrolécitos.
Assim:
- Artrópodes possuem óvulos centrolécitos (3).
- Anfíbios possuem óvulos heterolécitos ou mediolécitos (2).
- Aves possuem óvulos telolécitos (4).
- Equinodermos possuem óvulos oligolécitos (1).
6.
Resposta: C
Comentário: Analisando os tipos de óvulos e de segmentação em cada grupo de seres vivos:
- Óvulos telolécitos (completos) ou megalécitos possuem grande quantidade de vitelo e segmentação parcial discoidal. Ocorrem em
alguns peixes (especialmente aqueles sem fase larvária, como o salmão) e aves (como o gavião).
- Óvulos oligolécitos possuem pequena quantidade de vitelo e segmentação total subigual. Ocorrem em equinodermos (como a estrela-
do-mar, que possui fase larvária) e mamíferos placentários (como o chimpanzé, que não possui fase larvária).
- Óvulos heterolécitos ou mediolécitos ou telolécitos incompletos possuem média quantidade de vitelo e segmentação total desigual.
Ocorrem em anelídeos (como a minhoca, que não possui fase larvária), alguns peixes e anfíbios (como rãs e salamandras).
- Óvulos centrolécitos possuem grande quantidade de vitelo, com o vitelo ocupando praticamente toda a célula, e segmentação parcial
superficial. Ocorrem na maioria dos artrópodes (como a barata).
Assim, salmão possui óvulo telolécito (I), chimpanzé possui óvulo oligolécito (II) e rã possui óvulo mediolécito (III).
7.
Resposta: D
Comentário: Analisando os tipos de óvulos em cada grupo de seres vivos:
- Mamíferos placentários possuem óvulos alécitos (por vezes chamados metalécitos).
- Aves e répteis e aves possuem óvulos telolécitos (completos) ou megalécitos.
8.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. O desenvolvimento embrionário tem início logo após a formação do zigoto, já com a primeira divisão mitótica do
mesmo, e se divide em três etapas: segmentação, gastrulação e organogênese.
Item B: verdadeiro. A segmentação é a primeira etapa do desenvolvimento, onde ocorrem as clivagens (primeiras divisões mitóticas
do embrião) gerando blastômeros (células indiferenciadas e pluri/totipotentes), indo da primeira divisão do zigoto, passando pela
mórula maciça e com cerca de 16 a 32 blastômeros, até a blástula oca (com uma cavidade interna denominada blastocele) e com cerca
de 100 blastômeros.
Item C: falso. A gastrulação é a segunda etapa do desenvolvimento, e nela se formam os primeiros tecidos ou folhetos embrionários,
ou seja, ecto, meso e endoderme; a organogênese é a terceira etapa do desenvolvimento, e nela se formam os primeiros órgãos
embrionários.
Item D: falso. As células resultantes da divisão do zigoto na segmentação são chamadas de blastômeros.
Item E: falso. Os óvulos e, consequentemente, os zigotos de praticamente todas as espécies animais possuem substâncias nutritivas a
base principalmente de proteínas (como a albumina) e lipídios, constituindo o que se chama de vitelo.
9.
Resposta: E
Comentário: Analisando cada item:
- Os óvulos oligolécitos ou isolécitos (1) são caracterizados pela pequena quantidade de vitelo, que está distribuído de modo quase
homogêneo, com pequena distinção entre um polo vegetal com mais vitelo e um polo animal com menos vitelo, estando o núcleo
praticamente no centro da célula ou levemente deslocado para o lado do polo animal;
- Os óvulos mediolécitos ou mesolécitos ou heterolécitos ou telolécitos incompletos (2) são caracterizados pela média quantidade de
vitelo, que está distribuído de modo bem heterogêneo, com nítida distinção entre um polo vegetal com mais vitelo e um polo animal
com menos vitelo, estando o núcleo bem deslocado para o lado do polo animal;
- Os óvulos megalécitos ou telolécitos completos (3) são caracterizados pela grande quantidade de vitelo, que está distribuído de modo
bem heterogêneo, com nítida distinção entre um polo vegetal com muito mais vitelo e um polo animal com muito menos vitelo,
estando o núcleo no polo animal;
- Os óvulos centrolécitos (4) são caracterizados pela grande quantidade de vitelo, que está distribuído de modo bem heterogêneo, se
concentrando no centro do óvulo, não ocorrendo polo vegetal e polo animal, e com núcleo no centro da célula.
10.
Resposta: B
Comentário: A segmentação é a primeira etapa do desenvolvimento, onde ocorrem as clivagens (primeiras divisões mitóticas do
embrião) gerando blastômeros (células indiferenciadas e pluri/totipotentes), indo da primeira divisão do zigoto, passando pela mórula
maciça e com cerca de 16 a 32 blastômeros, até a blástula oca (com uma cavidade interna denominada blastocele) e com cerca de 100
blastômeros. A gastrulação é a segunda fase do desenvolvimento embrionário, e se caracteriza pelo aumento do volume celular do
embrião, pela diferenciação dos primeiros tecidos ou folhetos embrionários, ou seja, ecto, meso e endoderma, e pela formação do
blastóporo, primeiro orifício corporal, futuramente originando boca ou ânus, e do arquênteron, futuramente originando o tubo
digestivo. Assim, os primeiros folhetos embrionários surgem na gástrula, por diferenciação dos blastômeros da blástula.
11.
Resposta: D
Comentário: A primeira etapa do desenvolvimento embrionário é a segmentação, onde o zigoto (1) sofre as primeiras divisões
mitóticas, chamadas clivagens, originando células indiferenciadas e pluri/totipotentes denominadas blastômeros. A segmentação inclui
as fases de mórula (2), onde o embrião é maciço e tem cerca de 16 a 32 blastômeros, e a blástula (3), onde o embrião passa a
apresentar uma cavidade denominada blastocele e tem cerca de 100 blastômeros. A segunda etapa do desenvolvimento embrionário é
a gastrulação, onde a blástula se dobra (4), de modo que a blastocele some e o embrião passa a apresentar duas camadas de células,
ectoderme e endoderme (primeiros tecidos ou folhetos embrionários), e surge uma cavidade denominada arquêntero (futuro tubo
digestivo) e um orifício denominado blastóporo (futura boca ou ânus), sendo o embrião denominado gástrula (5). Segue-se à
gastrulação a organogênese, terceira etapa do desenvolvimento embrionário, no qual se formam os primeiros órgãos do embrião.
Assim, analisando cada item:
Item 1: falso. 2 representa a fase de mórula, com cerca de 16 a 32 blastômeros, ainda totalmente indiferenciados.
Item 2: falso. 3 representa a mórula e 5 representa a gástrula.
Item 3: falso. O termo “blástrula” não é reconhecido nos livros-texto de embriologia, sendo que 4 representa a fase intermediária
entre blástula e gástrula.
Item 4: verdadeiro. Somente a partir da gastrulação é que as células deixam de ser indiferenciadas e pluri/totipotentes, de modo que a
diferenciação celular nos primeiros tecidos só é observada a partir da gástrula indicada em 5.
12.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. A segmentação é a primeira fase do desenvolvimento embrionário, e se caracteriza pela ocorrência das primeiras
divisões mitóticas do embrião, chamadas clivagens, gerando células indiferenciadas e pluri/totipotentes chamadas de blastômeros ou
células-tronco; a segmentação inclui a mórula e vai até a blástula, e durante todo o processo ocorrem divisões celulares sem aumento
do volume celular, que permanece constante.
Item II: falso. A gastrulação é a segunda fase do desenvolvimento embrionário, e se caracteriza pelo aumento do volume celular do
embrião, pela diferenciação dos primeiros tecidos ou folhetos embrionários, ou seja, ecto, meso e endoderma, e pela formação do
blastóporo, primeiro orifício corporal, futuramente originando boca ou ânus, e do arquênteron, futuramente originando o tubo
digestivo. A organogênese é a terceira etapa do desenvolvimento embrionário, e se caracteriza pela formação dos primeiros órgãos do
embrião, como o tubo nervoso e a notocorda no fenômeno de neurulação.
Item III: falso. A segmentação pode ser holoblástica ou total, quando forma blastômeros por todo o embrião, ocorrendo em óvulos
oligolécitos (segmentação total igual) e mediolécitos (segmentação total desigual), ou meroblástica ou parcial, quando forma
blastômeros somente nas regiões do óvulo com menos vitelo, ocorrendo em óvulos telolécitos (segmentação parcial discoidal, com os
blastômeros ocorrendo numa área chamada de cicatrícula, no polo animal, onde há menos vitelo) e centrolécitos (segmentação parcial
superficial).
Item IV: verdadeiro. Como mencionado acima, na segmentação discoidal, os blastômeros só se formam na região do polo vegetal,
numa área em disco chamada de cicatrícula ou disco germinal.
13.
Resposta: C
Comentário: A primeira etapa do desenvolvimento embrionário é a segmentação, que é caracterizada pelas primeiras divisões
mitóticas do embrião, chamadas clivagens, originado células denominadas blastômeros ou células-tronco embrionárias, as quais são
indiferenciadas e pluri/totipotentes, ou seja, capazes de se diferenciar em qualquer célula do adulto. Durante toda a segmentação, os
blastômeros ou células-tronco embrionárias são pluri/totipotentes, o que vai até a blástula, passando pela mórula. Em humanos, no
entanto, a blástula é chamada de blastocisto e se apresenta com duas regiões, o trofoblasto, massa periférica de células que origina a
placenta, e o embrioblasto, massa interna de células que origina o embrião. As células do embrioblasto da blástula e da mórula são
igualmente pluri/totipotentes, havendo mais células dessa qualidade no embrioblasto da blástula do que na mórula. Como a blástula
tem células que não são pluri/totipotentes, no trofoblasto, e células que são pluri/totipotentes, no embrioblasto, pode-se afirmar que a
mórula apresenta somente células pluri/totipotentes.
Observação: No caso de pesquisas que utilizam células-tronco embrionárias, a blástula é uma fonte melhor que a mórula por
apresentar maior quantidade de células desse tipo.
14.
Resposta: B
Comentário: Analisando os tipos de óvulos em cada grupo de seres vivos:
- Mamíferos placentários possuem óvulos alécitos (considerados oligolécitos por alguns autores).
- Poríferos, cnidários, alguns platelmintos, nematelmintos, alguns moluscos, equinodermos e protocordados (ascídia, anfioxo)
possuem óvulos oligolécitos.
- Alguns platelmintos, alguns moluscos, anelídeos, alguns peixes e anfíbios possuem óvulos heterolécitos ou mediolécitos ou
telolécitos incompletos.
- Moluscos cefalópodes, alguns peixes, répteis, aves e mamíferos ovíparos (ornitorrinco, équidna) possuem óvulos telolécitos
(completos) ou megalécitos.
- A maioria dos artrópodes possui óvulos centrolécitos.
Nos mamíferos placentários, o óvulo é praticamente desprovido de vitelo, uma vez que a nutrição do embrião é basicamente
placentária, podendo ser considerado como um óvulo alécito. Na verdade, existe vitelo neste óvulo, mas comparativamente aos outros
tipos de óvulo, a quantidade é tão pequena que pode-se considerá-la praticamente nula. Alguns autores não reconhecem essa categoria
e inclui esses óvulos no grupo dos oligo ou isolécitos.
15.
Resposta: A
Comentário: De uma maneira geral, animais apresentam seu desenvolvimento embrionário dividido em três fases: segmentação (que
envolve as primeiras clivagens, a mórula e a blástula), gastrulação e organogênese (que se inicia com a nêurula).
- A segmentação está relacionada às primeiras divisões mitóticas que ocorrem no embrião, denominadas clivagens. Durante toda esta
fase, o volume celular do embrião permanece constante, pois as divisões celulares são tão rápidas que as células não têm tempo de
crescer. Nessa etapa, as células do embrião são denominadas blastômeros. Ao fim da segmentação, o embrião passa de mórula a
blástula.
- A gastrulação continua com as divisões celulares, embora num ritmo bem mais lento. Nesta fase, o embrião começa a aumentar de
volume, e esse aumento é mantido até a idade adulta. A gastrulação, entretanto, caracteriza-se principalmente pelo aparecimento do
arquêntero (futuro tubo digestivo do embrião) e dos folhetos germinativos (primeiros tecidos embrionários).
- A organogênese caracteriza-se pelo aparecimento dos primeiros tecidos já diferenciados e dos órgãos e sistemas.
Assim:
- Em A, tem-se o início da segmentação, com as primeiras clivagens (II) culminando na formação da mórula (4);
- Em B, tem-se o início da invaginação da blástula para formar o arquênteron (IV), caracterizando a gástrula (1);
- Em C, tem-se a formação da blastocele, primeira cavidade do embrião (I), caracterizando a blástula (2);
- Em D, tem-se a formação do tubo nervoso dorsal (III), caracterizando a nêurula (3).
Observação: A seqüência dos eventos, na verdade, é A – C – B – D.
16.
Resposta: C
Comentário: De uma maneira geral, animais apresentam seu desenvolvimento embrionário dividido em três fases: segmentação (que
envolve as primeiras clivagens, a mórula e a blástula), gastrulação e organogênese (que se inicia com a nêurula). Assim, tem-se na
seqüência: zigoto (3), 1ª clivagem ou fase de 2 blastômeros (5), 2ª clivagem ou fase de quatro blastômeros (2), mórula (1), blástula (6)
e gástrula (4).
17.
Resposta: D
Comentário: A segmentação parcial discoidal ocorre em óvulos telolécitos, que apresentam enormes quantidades de vitelo em todo o
óvulo, principalmente no pólo vegetativo. A segmentação restringe-se à área de pólo animal, que apresenta menos vitelo, formando
um disco de células chamado cicatrícula ou disco germinativo. Na figura, está representado o embrião em segmentação do ponto de
visto do pólo animal, de modo a se observar a cicatrícula.
18.
Resposta: E
Comentário: Óvulos centrolécitos possuem grande quantidade de vitelo, com o vitelo ocupando praticamente toda a célula, ficando a
porção do citoplasma sem vitelo reduzida a uma pequena região na periferia da célula e junto ao núcleo, que nesse caso é central. Não
há pólo animal e pólo vegetal. Ocorrem na maioria dos artrópodes.
19.
Resposta: E
Comentário: Óvulos telolécitos (completos) ou megalécitos possuem grande quantidade de vitelo, com o vitelo sendo distribuído de
modo heterogêneo, com nítida distinção entre pólo animal (com menos vitelo) e pólo vegetal (com mais vitelo), e com o núcleo
nitidamente deslocado para o pólo animal. Ocorrem em moluscos cefalópodes, alguns peixes (especialmente aqueles sem fase
larvária), répteis, aves e mamíferos ovíparos (ornitorrinco, équidna).
20.
Resposta: C
Comentário: De uma maneira geral, animais apresentam seu desenvolvimento embrionário dividido em três fases: segmentação,
gastrulação e organogênese.
- A segmentação está relacionada às primeiras divisões mitóticas que ocorrem no embrião, denominadas clivagens. Durante toda esta
fase, o volume celular do embrião permanece constante, pois as divisões celulares são tão rápidas que as células não têm tempo de
crescer. Nessa etapa, as células do embrião são denominadas blastômeros. Ao fim da segmentação, o embrião passa de mórula a
blástula.
- A gastrulação continua com as divisões celulares, embora num ritmo bem mais lento. Nesta fase, o embrião começa a aumentar de
volume, e esse aumento é mantido até a idade adulta. A gastrulação, entretanto, caracteriza-se principalmente pelo aparecimento do
arquêntero (futuro tubo digestivo do embrião) e dos folhetos germinativos (primeiros tecidos embrionários).
- A organogênese caracteriza-se pelo aparecimento dos primeiros tecidos já diferenciados e dos órgãos e sistemas.
Assim:
Item A: falso. Durante a segmentação, ocorre aumento do número de células, mas o volume celular permanece constante e igual ao do
zigoto.
Item B: falso. Durante a gastrulação, ocorre aumento de células e do volume total do embrião.
Item C: verdadeiro.
Item D: falso. A formação dos folhetos embrionários ou germinativos se dá na gástrula, e não na organogênese.
Item E: falso. A formação do arquêntero se dá na gástrula, e não na organogênese.
21.
Resposta: B
Comentário: A segmentação total desigual ocorre em óvulos médio ou heterolécitos, onde há nítida diferenciação entre pólo
vegetativo (com maior quantidade de vitelo) e pólo animal (com menor quantidade de vitelo). No pólo vegetativo, por haver um pouco
mais de vitelo, os blastômeros dividem-se um pouco mais lentamente sendo um pouco maiores (macrômeros) que os do pólo animal,
de divisão mais rápida, menores (micrômeros). A diferença entre macrômeros e micrômeros é bastante evidente neste tipo de
segmentação. Óvulos heterolécitos ou mediolécitos ou telolécitos incompletos ocorrem em alguns platelmintos, alguns moluscos,
anelídeos, alguns peixes e anfíbios.
22.
Resposta: VVFVV
Comentário:
1º item: verdadeiro. A segmentação corresponde às primeiras divisões mitóticas que ocorrem no embrião, denominadas clivagens,
originando células indiferenciadas totipotentes chamadas de blastômeros (ou células-tronco embrionárias). Ao fim da segmentação, o
passa de mórula a blástula, dotada da primeira cavidade a se formar durante o desenvolvimento embrionário, denominada blastocele.
A seqüência de eventos mostrados de A a G representa o processo de segmentação holoblástica ou total.
2º item: verdadeiro. Na reprodução humana, após a formação da mórula, mostrada em H, ocorre a compactação a fim de evitar a
separação entre essas células no aparelho reprodutor feminino.
3º item: falso. Com a formação da blastocele (I), o embrião é chamado de blástula, e não de gástrula.
4º item: verdadeiro. Os músculos são provenientes da mesoderme, que vem da mesentoderme, camada de células interna que, na
gastrulação, migram para o interior do embrião; a epiderme da pele é proveniente da ectoderme, camada de células externa que, na
gastrulação, migram para a superfície.
5º item: verdadeiro. A notocorda, além de funcionar como uma estrutura de sustentação no corpo do embrião, tem o papel de orientar
a diferenciação do sistema nervoso.
23.
Resposta: VVFF
Comentário:
1º item: verdadeiro. A primeira etapa do desenvolvimento embrionário é a segmentação, caracterizada pelas primeiras divisões
mitóticas do embrião, denominadas clivagens, nas quais ocorre produção de células cada vez menores denominadas blastômeros.
2º item: verdadeiro. A segunda etapa do desenvolvimento embrionário é a gastrulação, onde ocorre aumento do volume celular do
embrião, formação de arquênteron e blastopóro e redistribuição posicional dos blastômeros para formação dos primeiros tecidos
(camadas germinativas) do embrião, como ectoderme e endoderme.
3º item: falso. A terceira etapa do desenvolvimento embrionário é a organogênese, onde ocorre a formação dos primeiros órgãos. No
início da organogênese, ocorre a nêurula, onde se dá a formação de tubo nervoso, notocorda e, em vários grupos, do terceiro folheto
germinativo, denominado mesoderme.
4º item: falso. Células somáticas são células que compõem o corpo e células germinativas são células envolvidas nos processos
reprodutivos.
24.
Resposta: FVVFV
Comentário:
1º item: falso. Os mamíferos apresentam ovos do tipo oligolécitos e segmentação holoblástica (total) subigual.
2º item: verdadeiro. Os insetos são artrópodes, e como tal possuem ovos do tipo centrolécitos e segmentação meroblástica (parcial)
superficial.
3º item: verdadeiro. Os anfíbios possuem ovos do tipo heterolécitos (mediolécitos) e segmentação holoblástica (total) desigual.
4º item: falso. Os peixes apresentam ovos do tipo heterolécitos (mediolécitos) ou telolécitos (megalécitos), dependendo da espécie.
Óvulos centrolécitos, com segmentação meroblástica (parcial) superficial só ocorrem em artrópodes.
5º item: verdadeiro. Répteis e aves possuem ovos do tipo telolécitos (megalécitos) e segmentação meroblástica (parcial) discoidal.
25.
Resposta: FVVVF
Comentário:
1º item: falso. A diferenciação dos tecidos e dos órgãos a partir dos três folhetos germinativos se dá na organogênese.
2º item: verdadeiro. A fase de gastrulação caracteriza-se principalmente pelo aparecimento do arquêntero (futuro tubo digestivo do
embrião), do blastóporo (futura boca em protostômios ou futuro ânus em deuterostômios) e dos folhetos germinativos (primeiros
tecidos embrionários: ectoderme, mesoderme e endoderme).
3º item: verdadeiro. A segmentação corresponde às primeiras divisões mitóticas que ocorrem no embrião, denominadas clivagens,
originando células chamadas de blastômeros. Ao fim da segmentação, o passa de mórula a blástula, dotada da primeira cavidade a se
formar durante o desenvolvimento embrionário, denominada blastocele.
4º item: verdadeiro. A organogênese caracteriza-se pela diferenciação de tecidos a partir dos folhetos germinativos e pela reunião
desses tecidos de modo a formarem órgãos. Sua fase inicial é denominada nêurula, e se caracteriza pela formação dos somitos
mesodérmicos e pelo aparecimento da notocorda e do tubo neural nos cordados.
5º item: falso. A formação do ectoderma, do mesoderma e do endoderma se dá na gastrulação.
26.
Resposta:
A) O fato de serem células indiferenciadas, totipotentes ou pluripotentes. Essas células são capazes de originar qualquer tipo celular
do organismo.
B) A blástula é a figura E. Uma característica que diferencia essa etapa da anterior (mórula) é a presença de blastocele; uma
característica que a diferencia da fase posterior (gástrula) pode ser a presença de arquêntero, blastóporo ou tecidos embrionários.
27.
Resposta:
A) Zigoto → mórula → blástula → gástrula → nêurula. Na fase de nêurula formam-se a notocorda e o tubo neural.
B) No blastocisto ocorre diferenciação celular formando o trofoderma, estrutura que participará da formação da placenta e a massa
celular interna que originará o embrião.
C)
Protostomados: o blastóporo dará origem à boca do animal, e o ânus forma-se após a boca.
Deuterostomados: o blastóporo formará o ânus, e a boca será uma neoformação.
O homem é deuterostomado.
28.
Resposta:
A) A diferença de tamanho verificada entre os ovos de mamíferos e de aves deve-se à quantidade de vitelo (ou deutoplasma) presente
no citoplasma destas células reprodutivas.
B)
Óvulos de mamíferos contêm pouco vitelo, pois nestes animais, geralmente, o embrião é nutrido pela mãe, através da placenta.
Os embriões das aves desenvolvem-se completamente no interior de um ovo com casca, o que justifica a grande quantidade de vitelo
presente no citoplasma do óvulo.
29.
Resposta: Formação dos dois primeiros folhetos embrionários (ectoderme e endoderme ou mesentoderme), formação do arquênteron
(ou gastrocele) e formação do blastóporo.
30.
Resposta:
A)
B)
Humanos – Segmentação holoblástica
Anfíbios – Segmentação holoblástica desigual
Ave – Segmentação meroblástica ou parcial
Artrópodes – Segmentação meroblástica superficial.
C) Y, X e Z respectivamente. Os níveis de ambos os hormônios começam mais baixos no início do ciclo (Y), subindo inicialmente o
de estrogênio até o 14º dia, quando ocorre a ovulação (X). Depois ocorre a diminuição do nível de estrogênio e o aumento do nível de
progesterona(Z) caracterizando a fase secretora.
Aula 30 - Embriologia do Anfioxo
1.
Resposta: A
Comentário: O desenvolvimento embrionário se inicia imediatamente após a formação do zigoto (A) com a segmentação,
caracterizada pelas primeiras divisões mitóticas do embrião, denominadas clivagens, produzindo células indiferenciadas e
pluri/totipotentes, denominadas blastômeros. A segmentação inclui a fase de mórula (B), onde o embrião tem de 16 a 32 blastômeros e
é maciço, e a fase de blástula (C), onde o embrião tem cerca de 100 blastômeros e é oco, com uma cavidade chamada de blastocele. A
blástula se dobra, de modo que a blastocele desaparece e o embrião se organiza em duas camadas de células denominadas folhetos
embrionários, os primeiros tecidos do embrião, ou seja, ecto e endoderme, e forma-se uma cavidade denominada arquêntero (futuro
intestino), e um orifício denominado blastóporo (futuro boca ou ânus), sendo esse processo denominado gastrulação e o embrião nessa
fase chamado de gástrula (D). Seguida à gastrulação, ocorre a organogênese, terceira e última etapa do desenvolvimento embrionário,
onde ocorre a formação dos primeiros órgãos, como o tubo nervoso e a notocorda, sendo o embrião no início da organogênese
denominado de nêurula (E).
2.
Resposta: E
Comentário: A região apontada pela seta indica a ectoderme do embrião, como se pode verificar no esquema abaixo.
3.
Resposta: A
Comentário: Observe o esquema abaixo que representa a nêurula avançada em anfíbios:
4.
Resposta: D
Comentário: A organogênese caracteriza-se pela diferenciação de tecidos a partir dos folhetos germinativos e pela reunião desses
tecidos de modo a formarem órgãos. Sua fase inicial é denominada nêurula, e se caracteriza pela formação dos somitos mesodérmicos
e pelo aparecimento da notocorda e do tubo neural nos cordados.
5.
Resposta: A
Comentário: Durante seu desenvolvimento, a mesoderme se divide em três blocos: epímero, mesômero e hipômero.
- O epímero se divide em dermátomo (que origina a derme), miótomo (que origina a musculatura estriada esquelético), e esclerótomo
(que origina o esqueleto axial, ou seja, crânio, vértebras e costelas), e se organiza longitudinalmente em blocos denominados somitos.
- O mesômero origina o aparelho urogenital.
- O hipômero apresenta uma cavidade, o celoma, e origina todo o sistema circulatório (coração, vasos, sangue), as serosas (peritônio,
mesentério, pleuras e pericárdio) e o esqueleto apendicular (membros).
6.
Resposta: B
Comentário: O celoma é uma cavidade embrionária delimitada pela mesoderme, funcionando como um espaço no qual se
desenvolvem vários órgãos e sendo preenchido por um líquido celomático, que age no embrião como esqueleto hidrostático e meio
para a distribuição de substâncias como nutrientes, gases e excretas. O celoma surge no início da organogênese, chamado neurulação,
junto com o surgimento de blocos de mesoderme denominados somitos. Na organogênese mais avançada, cada somito se organiza em
três blocos de mesoderme, sendo o epímero superior, o mesômero médio e o hipômero inferior, estando o celoma, nesse estágio,
restrito à mesoderme no hipômero.
7.
Resposta: E
Comentário: Na fase de organogênese do desenvolvimento embrionário, inicia-se a formação dos primeiros órgãos do embrião, o que
se dá a partir dos 3 folhetos germinativos, ecto, meso e endoderme. Quanto ao destino desses folhetos,
I. a ectoderme origina a epiderme e seus anexos, ou seja, pelos, unhas, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas, o esmalte dos
dentes e as mucosas de boca, ânus e nariz, além do tubo neural que origina o sistema nervoso, a glândula hipófise e a glândula pineal.
II. a endoderme origina o revestimento do tubo digestivo e seus órgãos anexos, como fígado e pâncreas, o revestimento das vias aéreas
inferiores e o revestimento da bexiga urinária;
III. a mesoderme origina todos os tecidos conjuntivos, como derme, cartilagens, ossos, sangue e tecido hematopoiético, e os tecidos
musculares, incluindo lisos, estriados cardíacos e estriados esqueléticos, além dos sistemas cardiovascular, excretor e reprodutor;
Assim:
- o sistema respiratório é proveniente da endoderme (II), com exceção do revestimento das cavidades nasais, que é proveniente da
ectoderme;
- o sistema nervoso é proveniente do tubo neural, que vem da ectoderme (I);
- o sistema muscular é proveniente da mesoderme (III);
- a medula óssea, formada por tecido hematopoiético, é proveniente da mesoderme (III);
- as glândulas anexas do tubo digestivo, como fígado e pâncreas, são provenientes da endoderme (II).
8.
Resposta: C
Comentário: A fase de organogênese é caracterizada pela formação dos primeiros órgãos do embrião, sendo seu início corresponde à
neurulação. Na neurulação, ocorre a formação de uma notocorda a partir do teto do arquêntero, se estendendo no sentido ântero-
posterior e funcionando como a primeira estrutura de sustentação do embrião. A notocorda em formação induz a ectoderme dorsal a se
diferenciar em um tubo nervoso dorsal. A notocorda está ausente no adulto de vertebrados, e o tubo nervoso dorsal origina todos os
componentes do sistema nervoso nos vertebrados.
9.
Resposta: E
Comentário: Na fase de organogênese do desenvolvimento embrionário, inicia-se a formação dos primeiros órgãos do embrião, o que
se dá a partir dos 3 folhetos germinativos, ecto, meso e endoderme. Quanto ao destino desses folhetos,
1. a endoderme origina o revestimento do tubo digestivo e seus órgãos anexos, como fígado e pâncreas, o revestimento das vias aéreas
inferiores e o revestimento da bexiga urinária;
2. a mesoderme origina todos os tecidos conjuntivos, como derme, cartilagens e ossos, e os tecidos musculares, incluindo lisos,
estriados cardíacos e estriados esqueléticos, além dos sistemas cardiovascular, excretor e reprodutor;
3. a ectoderme origina a epiderme e seus anexos, ou seja, pelos, unhas, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas, o esmalte dos
dentes e as mucosas de boca, ânus e nariz, além do tubo neural que origina o sistema nervoso, a glândula hipófise e a glândula pineal.
Assim:
Item A: falso. Pelos vêm da ectoderme, glândulas mucosas no revestimento do tubo digestivo e das vias aéreas vêm da endoderme, e
derme vem da mesoderme.
Item B: falso. Encéfalo vem do tubo neural que vem da ectoderme, pulmão vem da endoderme, e pâncreas vem da endoderme.
Item C: falso. Coração, como o resto do sistema circulatório, vem da mesoderme, ossos vêm da mesoderme, e rins, como o resto do
sistema excretor, vem da mesoderme.
Item D: falso. Pulmão vem da endoderme, nervos vêm do tubo neural que vem da ectoderme, e cartilagens vêm da mesoderme.
Item E: verdadeiro. Fígado vem da endoderme, músculos lisos vêm da mesoderme, e medula espinhal vem do tubo neural que vem
da ectoderme.
10.
Resposta: A
Comentário: Os folhetos germinativos, ecto, meso e endoderme, são os primeiros tecidos do embrião, sendo formados na gastrulação
do desenvolvimento embrionário. A ectoderme origina estruturas como epiderme e tubo neural, o qual origina o sistema nervoso, a
mesoderme origina derme, cartilagens, ossos, músculos e vasos sanguíneos, e a endoderme origina os revestimentos de tubo digestivo,
vias aéreas inferiores e bexiga urinária. Assim, analisando as imagens:
- 1 é a pele, cuja camada mais externa, a epiderme, é proveniente de ectoderme do embrião;
- 2 é um músculo, proveniente da mesoderme do embrião;
- 3 é um osso, proveniente da mesoderme do embrião;
- 4 é o encéfalo, parte do sistema nervoso, que é proveniente do tubo neural, formado a partir da ectoderme do embrião.
11.
Resposta: A
Comentário: A fase de organogênese no desenvolvimento embrionário é a responsável pela formação dos primeiros órgãos, e seu
primeiro evento é a neurulação, onde há formação do tubo neural que formará todo o sistema nervoso. Na neurulação, a ectoderme
dorsal do embrião se espessa e forma uma placa neural, a qual afunda e origina um sulco neural, cujas bordas, denominadas cristas
neurais, convergem e fecham um tubo neural, o qual origina o sistema nervoso. Assim, analisando cada item:
Item 1: verdadeiro. A ectoderme, indicada por 1, origina estruturas como epiderme e anexos da epiderme, como pelos, unhas,
glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas.
Item 2: verdadeiro. A ectoderme da região 2 origina corresponde às pregas ou cristas neurais, que originam os gânglios espinhais,
corpos de neurônios na base da medula espinhal.
Item 3: verdadeiro. A ectoderme da região 3 origina o tubo neural, que origina a maior parte do sistema nervoso, incluindo encéfalo
e medula espinhal.
12.
Resposta: B
Comentário: A figura representa o embrião na fase de gastrulação, na qual a blástula começa a se dobrar para originar a gástrula, de
modo que a blastocele começa a desaparecer, formam-se o blastóporo (1), futura boca ou ânus, o arquênteron (2), futuro tubo
digestivo, e os dois primeiros tecidos ou folhetos germinativos, a endoderme que forra o arquênteron e a ectoderme externa (3).
Assim, analisando cada item:
Item A: falso. Após a gastrulação, ocorre a organogênese, onde se formam os primeiros órgãos do embrião. No começo da
organogênese, a neurulação se caracteriza pela formação do tubo neural, que define a região dorsal do corpo do embrião.
Item B: verdadeiro. Em seres protostômios, como nematelmintos, moluscos, anelídeos e artrópodes, o blastóporo (1) dará origem à
boca, e em seres deuterostômios, como equinodermos e cordados (incluindo vertebrados), o blastóporo (1) dará origem ao ânus.
Item C: falso. A figura mostra a blástula se diferenciando em gástrula, quando a blastocele vai desaparecendo e se forma uma nova
cavidade, que é o arquêntero (2).
Item D: falso. O arquêntero (2) originará o tubo digestivo em todos os grupos animais.
Item E: falso. O tubo nervoso se forma na neurulação a partir da invaginação das células da ectoderme dorsal (3) do embrião, sendo o
sistema nervoso formado a partir desse tubo nervoso.
13.
Resposta: A
Comentário: A leucemia é o câncer de medula óssea, que é formada por tecido hematopoiético, um tipo de tecido conjuntivo. Todos
os tipos de tecido conjuntivo têm origem na mesoderme do embrião.
14.
Resposta: E
Comentário: A fase de organogênese no desenvolvimento embrionário é a responsável pela formação dos primeiros órgãos, e seu
primeiro evento é a neurulação, onde há formação do tubo neural que formará todo o sistema nervoso. Na neurulação, a ectoderme
dorsal do embrião se espessa e forma uma placa neural, a qual afunda e origina um sulco neural, cujas bordas, denominadas cristas
neurais, convergem e fecham um tubo neural. A falta de vitamina B9 ou ácido fólico ou folato (3) durante a gravidez pode levar ao
não fechamento do tubo neural (2) do embrião e consequente má-formação do sistema nervoso (2) da criança, causando eventos como
espinha bífida e/ou anencefalia.
15.
Resposta: C
Comentário: O lábio dorsal do blastóporo age como indutor da formação da placa neural em anfíbios. Assim, ao transplantar células
do lábio dorsal do blastóporo de um embrião para a região ventral do outro embrião. Duas placas neurais são formadas, aquela
induzida pelo lábio dorsal do blastóporo já existente no embrião (receptor), e aquela induzida pelas células do lábio dorsal do
blastóporo transplantadas a partir do outro embrião (doador).
16.
Resposta: A
Comentário: No desenvolvimento embrionário de anfíbios, o zigoto (I) inicia o desenvolvimento embrionário com a segmentação
(II), caracterizada pelas primeiras mitoses do embrião, chamadas clivagens, formando células indiferenciadas chamadas de
blastômeros. A segmentação envolve a mórula, quando o embrião tem entre 16 e 32 blastômeros e é maciço, e a blástula, quando o
embrião tem cerca de 100 blastômeros e é oco, com uma cavidade denominada blastocele. Segue-se a fase de gastrulação (III), quando
há a formação dos primeiros tecidos do embrião, chamados folhetos germinativos, como ecto e endoderme, do arquêntero, futuro tubo
digestivo, e do blastóporo, que origina o ânus do embrião. A última etapa do desenvolvimento embrionário é a organogênese (IV),
caracterizada pela formação dos primeiros órgãos do embrião. Após a organogênese, o embrião do anfíbio passa a fase larvária de
girino (V) e sai do ovo, sendo aquático e de respiração branquial. Por fim, o girino sofre metamorfose e assume a forma adulta (VI),
sendo terrestre e de respiração pulmonar. Assim, analisando cada item:
Item A: falso. V representa a fase larvária de girino, com respiração branquial.
Item B: verdadeiro. II representa a segmentação, que vai do zigoto até a blástula.
Item C: verdadeiro. IV representa a organogênese, na qual os tecidos do organismo se diferenciam em órgãos.
Item D: verdadeiro. III representa a gastrulação, na qual se formam os três folhetos germinativos, primeiros tecidos do embrião.
17.
Resposta: D
Comentário: Na fase de organogênese do desenvolvimento embrionário, inicia-se a formação dos primeiros órgãos do embrião, o que
se dá a partir dos 3 folhetos germinativos, ecto, meso e endoderme. Quanto ao destino desses folhetos,
- a ectoderme origina a epiderme e seus anexos, ou seja, pelos, unhas, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas, o esmalte dos
dentes e as mucosas de boca, ânus e nariz, além do tubo neural que origina o sistema nervoso, a glândula hipófise e a glândula pineal;
- a mesoderme origina todos os tecidos conjuntivos, como derme, cartilagens e ossos, e os tecidos musculares, incluindo lisos,
estriados cardíacos e estriados esqueléticos, além dos sistemas cardiovascular, excretor e reprodutor;
- a endoderme origina o revestimento do tubo digestivo e seus órgãos anexos, como fígado e pâncreas, o revestimento das vias aéreas
inferiores, o revestimento da bexiga urinária e as glândulas tireoide e paratireoides.
Assim:
Item A: falso. O revestimento da uretra vem da endoderme; os rins, assim como o resto do sistema excretório, e as gônadas, assim,
como o resto do sistema reprodutor, vêm da mesoderme; a hipófise vem do tubo neural, que vem da ectoderme.
Item B: falso. O tecido ósseo vem da mesoderme; os gânglios sensoriais vêm do tubo neural, que vem da ectoderme; as glândulas
salivares vêm da ectoderme.
Item C: falso. As glândulas epiteliais, como glândulas sebáceas e sudoríparas, vêm da ectoderme; pelos e unhas vêm da ectoderme;
tireóide e paratireóides vêm da endoderme.
Item D: verdadeiro. O revestimento da boca vem da ectoderme; o sistema cardiovascular vem da mesoderme; as glândulas mucosas
do revestimento de tubo digestivo e vias aéreas inferiores vêm da endoderme.
Item E: falso. As glândulas estomacais produtoras de suco gástrico vêm da endoderme; gânglios simpáticos são componentes do
sistema nervoso e vêm do tubo neural, que vem da ectoderme; o revestimento interno do tubo digestório vem da endoderme.
18.
Resposta: B
Comentário: Na organogênese de vertebrados, tem-se que:
- A ectoderme origina a epiderme e seus anexos (glândulas, pelos, etc.), o esmalte dos dentes, os revestimentos de boca, ânus e fossas
nasais, os receptores sensitivos, o sistema nervoso (cérebro, gânglios e medula espinhal) e a glândula hipófise.
- A mesoderme origina a derme, todos os músculos, todos os ossos e cartilagens, o aparelho urogenital, todo o sistema circulatório
(coração, vasos, sangue) e as serosas (peritônio, mesentério, pleuras e pericárdio).
- A endoderme origina o revestimento do tubo digestivo e suas glândulas anexas (fígado, pâncreas, etc.), o revestimento do sistema
respiratório e o revestimento da bexiga urinária.
Assim:
Item A: todas as estruturas vêm da mesoderme.
Item B: todas as estruturas vêm da ectoderme.
Item C: todas as estruturas vêm da endoderme.
Item D: cabelos e unhas vêm da ectoderme, pulmões vêm da endoderme e sistema circulatório vem da mesoderme.
Item E: todas as estruturas vêm da mesoderme.
19.
Resposta: C
Comentário: Observe o esquema abaixo de nêurula:
20.
Resposta: D
Comentário: Observe o esquema abaixo:
Assim:
- 1 é o tubo nervoso;
- 2 é a notocorda;
- 3 é o celoma;
- 4 é a mesoderme;
- 5 é o arquêntero;
- 6 é a endoderme;
- 7 é a ectoderme.
O tecido cardíaco é proveniente da mesoderme (4) e as células nervosas do tubo nervoso (1).
21.
Resposta: B
Comentário: A notocorda não origina a coluna vertebral, degenerando e sendo substituída pela coluna vertebral em animais
vertebrados ao longo do desenvolvimento embrionário. A coluna vertebral é proveniente da mesoderme.
22.
Resposta: D
Comentário: Mesênquima é um tecido embrionário que origina os tecidos conjuntivos, e como tal, é derivado da mesoderme.
23.
Resposta: VFFF
Comentário: Na organogênese de vertebrados, tem-se que:
- A ectoderme origina a epiderme e seus anexos (glândulas, pelos, etc.), o esmalte dos dentes, os revestimentos de boca, ânus e fossas
nasais, os receptores sensitivos, o sistema nervoso (cérebro, gânglios e medula espinhal) e a glândula hipófise.
- A mesoderme origina a derme, todos os músculos, todos os ossos e cartilagens, o aparelho urogenital, todo o sistema circulatório
(coração, vasos, sangue) e as serosas (peritônio, mesentério, pleuras e pericárdio).
- A endoderme origina o revestimento do tubo digestivo e suas glândulas anexas (fígado, pâncreas, etc.), o revestimento do sistema
respiratório e o revestimento da bexiga urinária.
Assim:
1º item: verdadeiro. Glândulas cutâneas e mamárias (que são derivadas da epiderme) vêm da ectoderme.
2º item: falso. Ossos e cartilagens são tecidos conjuntivos, e como tal vêm da mesoderme.
3º item: falso. Córnea e cristalino são tecidos conjuntivos, e como tal vêm da mesoderme, e retina é tecido nervoso, e como tal vem da
ectoderme (tubo neural).
4º item: falso. Pericárdio, pleura e peritônio são serosas, e como tal vêm da mesoderme.
24.
Resposta:
A) A – zigoto; B – mórula; C – blástula; D – gástrula; E – nêurula
B) De A para B: várias mitoses originam um conjunto de cerca de 32 células com formato semelhante a uma amora; de B para C:
ocorre secreção de líquido por parte das células da mórula, formando uma cavidade preenchida por líquido e (blastocele); de C para D:
ocorre uma invaginação de células gerando uma cavidade (arquênteron) com uma abertura (blastóporo) e duas camadas celulares
forrando a cavidade (os dois primeiros folhetos embrionários: ectoderme e endoderme); de D para E: surgem um tubo nervoso dorsal,
uma notocorda e um terceiro folheto embrionário (mesoderme).
25.
Resposta:
A) A seta I indica o tubo neural que originará o sistema nervoso. A seta II indica a notocorda que, na maioria dos vertebrados adultos,
será substituída pela coluna vertebral.
B) Fertilização, Segmentação e Gastrulação.
Aula 31 - Anexos Embrionários
1.
Resposta: C
Comentário: Abaixo, está representado um ovo de ave, mostrando algumas estruturas, inclusive os anexos embrionários.
2.
Resposta: C
Comentário: Os anexos embrionários podem ser caracterizados como descrito abaixo:
- O âmnio ou bolsa amniótica envolve o embrião, delimitando uma cavidade cheia de líquido amniótico. Suas funções são proteger o
embrião de choques mecânicos e fornecer ao embrião o meio líquido de que necessita para seu desenvolvimento em ambiente
terrestre.
- O córion ou serosa se constitui numa membrana altamente vascularizada que envolve não apenas o embrião, mas também todos os
demais anexos, sendo responsável pelas trocas gasosas entre o embrião e o meio.
- O alantóide é responsável pelo armazenamento de excretas do embrião, pela remoção de cálcio da casca calcária do ovo de aves para
o esqueleto do embrião e pelas trocas gasosas (na forma de alantocório, quando está fusionado ao cório).
- O saco ou vesícula vitelínica tem a propriedade de acumular e digerir o vitelo para nutrir o embrião durante o período de
desenvolvimento.
- A placenta em mamíferos é resultante da fusão do cório com a parede do endométrio uterino, tendo funções como nutrição, excreção
e trocas gasosas no feto.
Assim, eles estão entre as principais estruturas que habilitam alguns vertebrados a se desenvolverem em ambiente terrestre.
3.
Resposta: D
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. O âmnio ou bolsa amniótica origina-se da somatopleura e envolve o embrião, delimitando uma cavidade cheia de
líquido amniótico. Suas funções são proteger o embrião de choques mecânicos e fornecer ao embrião o meio líquido de que necessita
para seu desenvolvimento em ambiente terrestre.
Item II: verdadeiro. Nos mamíferos placentários, a placenta é formada pela interação entre a mucosa uterina da mãe e os anexos
embrionários córion e alantoide, e desempenha uma série de funções, como a nutrição do embrião, a remoção de excretas da
circulação fetal, as trocas gasosas do embrião, a imunização fetal (pela passagem de anticorpos do tipo IgG) e a produção de
hormônios (como estrógenos e progesterona).
Item III: falso. O alantoide origina-se da esplancnopleura e é responsável pelo armazenamento de excretas do embrião, pela remoção
de cálcio da casca calcária do ovo de aves para o esqueleto do embrião e pelas trocas gasosas (na forma de alantocório, quando está
fusionado ao cório). Esta estrutura ocorre em todos os repteis, aves e mamíferos.
Item IV: falso. O cordão umbilical é exclusivo dos mamíferos placentários e permite a comunicação entre o embrião e a mãe.
4.
Resposta: C
Comentário: Tendo ou não ocorrido a fecundação, à medida que o óvulo (gema) vai se deslocando do ovário para a cloaca pelo
oviduto, vai ocorrendo seu recobrimento por albume, correspondente à clara, uma secreção aquosa rica em proteína albumina. Em
seguida, o albume (clara) é recoberto por uma casca, que em répteis tem consistência coriácea (membranosa) e flexível, enquanto que
em aves tem consistência solida e porosa, sendo constituída por carbonatos e fosfatos de cálcio e de magnésio. A calaza ou chalaza
corresponde a uma área mais densa de clara que sustenta a gema dentro do ovo. Tanto calaza como albume protegem o ovo contra
choques mecânicos e são consumidos como alimento final pelo embrião. Observe na figura abaixo:
5.
Resposta: D
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. A organogênese é a etapa do desenvolvimento embrionário caracterizada pela formação dos primeiros órgãos do
embrião, sendo seu início denominado neurulação e responsável pela formação de tubo nervoso e notocorda.
Item II: falso. A gastrulação é a etapa do desenvolvimento embrionário caracterizada pela formação dos primeiros tecidos ou folhetos
embrionários, ou seja, ecto, meso e endoderme. A ectoderme, na fase de neurulação, origina o tubo nervoso que originará todo o
sistema nervoso do indivíduo vertebrado.
Item III: falso. O cório é um anexo embrionário encontrado em embriões de répteis, aves e mamíferos, sendo responsável pelas trocas
gasosas entre o embrião e o meio; o alantoide cório é um anexo embrionário também encontrado em embriões de répteis, aves e
mamíferos, sendo responsável pelo armazenamento de produtos de excreção, como o ácido úrico em répteis e aves, sendo atrofiado
em mamíferos porque a placenta transfere as excretas para a mãe, que as elimina.
Item IV: verdadeiro. A placenta é um anexo embrionário encontrado em embriões de mamíferos placentários, sendo derivado do
cório e da parede uterina, tendo, dentre outras funções, a capacidade de secretar hormônios femininos como a progesterona, que
mantêm a integridade do endométrio uterino durante a gravidez.
6.
Resposta: C
Comentário: Mamíferos primatas são vivíparos, ou seja, placentários, tendo sua placenta formada pela fusão entre cório e endométrio
uterino. Ligando a placenta ao feto, ocorre o cordão umbilical, formado a partir dos anexos embrionários saco vitelínico e alantoide,
cujos vasos sanguíneos promovem trocas entre placenta e embrião. Existem três vasos sanguíneos no cordão umbilical, duas artérias
umbilicais que removem sangue venoso com gás carbônico e excretas do feto para a mãe, e uma veia umbilical que conduz sangue
arterial com oxigênio e nutrientes da mãe para o feto. Assim:
Item I: verdadeiro. Veias umbilicais transportam sangue arterial, com O2 e nutrientes.
Item II: verdadeiro. A placenta produz hormônios femininos maternos, como estrógenos e progesterona.
Item III: verdadeiro. Artérias umbilicais transportam sangue venoso, com gás carbônico e excretas como a ureia.
7.
Resposta: D
Comentário: Anexos embrionárias são membranas extra-embrionárias, derivadas do embrião, que auxiliam o desenvolvimento do
mesmo, estando ausentes nos adultos. São anexos embrionários o saco vitelínico, para armazenamento de nutrientes, o âmnio, que
envolve o embrião com líquido amniótico para hidratar e proteger mecanicamente, o alantoide para armazenamento de excretas, e o
cório, para trocas gasosas. A placenta de mamíferos é proveniente da fusão entre o cório do embrião e o endométrio uterino da mãe e,
por ter parte de sua origem materna, não é considerado anexo embrionário por alguns embriologistas.
8.
Resposta: D
Comentário: A placenta é uma estrutura encontrada em seres vivíparos, estando relacionada com o desenvolvimento e a nutrição do
embrião no interior do corpo da mãe. Alguns peixes e alguns répteis são vivíparos, sendo sua placenta originada da fusão entre o saco
vitelínico e a parede do oviduto da mãe. A maioria dos mamíferos também são vivíparos, sendo sua placenta originada da fusão entre
o cório do embrião e o endométrio uterino da mãe. Assim, analisando cada item:
Item A: falso. Alguns peixes (como alguns tubarões) e alguns répteis (como algumas cobras) possuem placenta, não sendo a mesma
exclusiva de mamíferos.
Item B: falso. Anexos embrionários são estruturas derivadas do embrião e que auxiliam no seu desenvolvimento. Como a placenta é
formada pela interação entre tecidos de mãe e feto, não é considerada como um anexo embrionário por alguns embriologistas.
Item C: falso. A placenta é formada pela interação entre anexos embrionários e estruturas maternas, tendo funções como nutrição,
excreção e respiração, fornecendo gás oxigênio ao feto e removendo dele gás carbônico. A função de proteção do embrião é exercida
pelo âmnio, uma estrutura independente e interna à placenta e que abriga o líquido amniótico que hidrata o embrião e o protege contra
choques mecânicos.
Item D: verdadeiro. Como mencionado, a placenta tem origem mista entre mãe e feto, e inclui entre suas funções nutrição, excreção
e respiração.
Item E: falso. No desenvolvimento do embrião de mamíferos placentários, o cório emite projeções denominadas de vilosidades
coriônicas, que penetram no endométrio e a ele se fusionam para formar a placenta. Como mencionado, a placenta tem funções como
a nutrição do embrião, mas a proteção mecânica é exercida pelo âmnio.
9.
Resposta: E
Comentário: Os anexos embrionários são estruturas derivadas do embrião e que auxiliam no desenvolvimento do mesmo, estando
ausentes no adulto, tendo origem em duas membranas: a somatopleura derivada de ectoderme e mesoderme origina âmnio e cório, e a
esplancnopleura derivada de mesoderme e endoderme origina saco vitelínico e alantoide. A placenta de mamíferos tem origem mista,
vindo em parte do cório do embrião e em parte do endométrio uterino da mãe. Assim, a parte embrionária da placenta tem origem no
cório, que vem de ectoderme e mesoderme.
10.
Resposta: E
Comentário: Analisando cada item:
Item I: falso. Seres vivíparos são aqueles que se desenvolvem dentro do corpo da mãe, sendo nutridos por ela durante esse
desenvolvimento, ou seja, apresentando placenta. O alantoide, encontrado em répteis, aves e mamíferos tem função de armazenamento
de excretas, mas é atrofiado em mamíferos placentários, já que a placenta, além de nutrir o embrião, transfere suas excretas para a
mãe, que as elimina.
Item II: verdadeiro. Em animais ovíparos como répteis e aves, os óvulos são telolécitos, com grande quantidade de vitelo, uma vez
que o embrião depende inteiramente desse vitelo como fonte de nutrientes em seu desenvolvimento. Em mamíferos placentários,
como a nutrição é feita a partir da mãe pela placenta e pelo cordão umbilical (que conecta a circulação sanguínea materna com a fetal),
não há necessidade de tanto vitelo, que ocorre nos óvulos em pequena quantidade, são oligolécitos nesse caso.
Item III: verdadeiro. Todos os répteis, aves e mamíferos são amniotas, possuindo âmnio em seu embrião, sendo o líquido amniótico
fundamental para evitar a desidratação dos embriões que se desenvolvem em ambiente terrestre; como peixes e anfíbios fazem seu
desenvolvimento embrionário em ambiente aquático, não precisam de âmnio para evitar a desidratação de seus embriões, sendo, pois,
anamniotas.
11.
Resposta: A
Comentário: Nos mamíferos placentários, a placenta é formada pela interação entre a mucosa uterina da mãe e o anexo embrionário
córion, e desempenha uma série de funções, como a nutrição do embrião, a remoção de excretas da circulação fetal, as trocas gasosas
do embrião, a imunização fetal (pela passagem de anticorpos do tipo IgG), a proteção contra choques mecânicos e a produção de
hormônios (como estrógenos e progesterona). Através de placenta/cordão umbilical, há conexão entre os sangues de mãe e feto,
possibilitando sua nutrição, excreção e respiração, mas não permitindo a junção do sangue deste ao sangue materno, uma vez que só
há a passagem de plasma, e não de células sangüíneas.
12.
Resposta: A
Comentário: Na galinha, o número diplóide de cromossomos é 2n = 76. Uma vez que as galinhas de granja desenvolvem ovos sem
que ocorra fecundação, seus ovos serão dotados de células haplóides (n), com 38 cromossomos em cada. Nas galinhas caipiras, os
ovos são fecundados, de modo que suas células serão diplóides (2n), com76 cromossomos em cada.
13.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. Mamíferos do grupo dos prototérios ou monotremados, como o ornitorrinco e a équidna, não possuem placenta, sendo
ovíparos em seu desenvolvimento.
Item B: verdadeiro. Nos mamíferos placentários, a placenta é formada pela interação entre a mucosa uterina da mãe e os anexos
embrionários córion e alantóide, e desempenha uma série de funções, como a remoção de excretas da circulação fetal (“rins”), as
trocas gasosas do embrião (“pulmões”), a síntese de células sangüíneas (“fígado”), a nutrição do embrião (“intestino”) e a produção
de hormônios como estrógenos e progesterona (“glândula endócrina”).
Item C: falso. As artérias umbilicais do cordão umbilical transportam sangue venoso.
Item C: falso. As veias umbilicais do cordão umbilical transportam sangue arterial.
Item E: falso. Todos os mamíferos possuem âmnio, cório, saco vitelínico e alantóide, sendo que nos placentários o cório entra na
formação da placenta e o saco vitelínico e o alantóide atrofiam e passam a compor o cordão umbilical.
14.
Resposta: D
Comentário: No decorrer do processo evolutivo, os animais desenvolveram estratégias reprodutivas diversas, como a viviparidade, a
ovoviviparidade e a oviparidade. A viviparidade caracteriza-se pelo desenvolvimento do embrião dentro do corpo da mãe, com a
nutrição através de um cordão umbilical ligado a uma placenta. A placenta é um órgão presente na maioria dos mamíferos e é o local
onde ocorrem as trocas entre a mãe e seu filho. O cordão umbilical, que liga física e funcionalmente o embrião à placenta, é
característica de mamíferos, animais vivíparos. Entretanto, além dos mamíferos, outros animais são considerados vivíparos, como
alguns répteis e alguns peixes cartilaginosos. Os animais conhecidos como ovovivíparos caracterizam-se pelo desenvolvimento do
embrião dentro de um ovo, que fica abrigado dentro do corpo da mãe. O ovo recebe, assim, proteção, mas não apresenta nutrição
maternal; o embrião nutre-se apenas do vitelo existente dentro do ovo. Os ovos eclodem no oviduto materno e o animal é expelido.
Assim, a ovoviviparidade também é caracterizada pelo desenvolvimento embrionário dentro do corpo da mãe, mas sem nutrição
maternal. Já na oviparidade, o embrião desenvolve-se dentro de um ovo e não tem ligação com o corpo da mãe durante seu
desenvolvimento, nutrindo-se do vitelo presente dentro do ovo. O saco vitelino, responsável pelo armazenamento de vitelo, é um dos
anexos embrionários e está presente nos amniotas: répteis, aves e mamíferos, sendo uma característica de ovíparos, vivíparos e
ovovivíparos. Portanto, está correta a alternativa D.
15.
Resposta: C
Comentário: Âmnio, córion e alantoide são encontrados em todos os répteis, aves e mamíferos, e sacos vitelínico é encontrado em
todos os vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos), talvez com exceção dos anfíbios segundo alguns autores. Assim,
aves, répteis e mamíferos possuem âmnio, enquanto que peixes e anfíbios não possuem córion.
16.
Resposta: A
Comentário: Abaixo, está representado um ovo de ave, mostrando algumas estruturas, inclusive os anexos embrionários.
- O âmnio envolve o embrião, mas não os demais anexos;
- O cório envolve o embrião e os demais anexos;
- O saco vitelínico e o alantoide partem do ventre do embrião, sendo que o alantoide e se projeta para a região posterior do embrião.
Assim:
- 1 é cório;
- 2 é âmnio;
- 3 é alantoide;
- 4 é saco vitelínico.
Tem-se então que:
Item A: verdadeiro. A estrutura 1 (cório) tem função principal de promover trocas gasosas entre o embrião e o ambiente.
Item B: falso. A primeira membrana extraembrionária a ser formada durante o processo evolutivo das aves é o saco vitelínico (IV).
Item C: falso. A estrutura 2 (âmnio) é uma membrana contendo líquido protetor do embrião contra desidratação.
Item D: falso. A estrutura 3 (alantoide) fusiona-se ao cório e forma o alantocório, que realiza as trocas gasosas entre o embrião e o
ambiente.
Item E: falso: A estrutura 4 (saco vitelínico) é responsável por nutrir o embrião.
17.
Resposta: C
Comentário: Abaixo, está representado um ovo de ave, mostrando algumas estruturas, inclusive os anexos embrionários.
18.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. Tendo ou não ocorrido a fecundação, à medida que o óvulo (gema) vai se deslocando do ovário para a cloaca pelo
oviduto, vai ocorrendo seu recobrimento por albume, correspondente à clara, uma secreção aquosa rica em proteína albumina. Em
seguida, o albume (clara) é recoberto por uma casca, que em répteis tem consistência coriácea (membranosa) e flexível, enquanto que
em aves tem consistência solida e porosa, sendo constituída por carbonatos e fosfatos de cálcio e de magnésio.
Item B: verdadeiro. Para que ocorra o desenvolvimento do embrião, há a necessidade de grandes quantidades de água para permitir a
alta atividade metabólica da embriogênese, o que é proporcionado pelo líquido amniótico, além de altas temperaturas para
proporcionar uma adequada atividade enzimática.
Item C: falso. O ovo não é um sistema biológico totalmente isolado, uma vez que, apesar de a casca ser impermeável à água, permite
a ocorrência de trocas gasosas com o meio.
Item D: falso. A gema no ovo não fertilizado corresponde a uma célula completa, com citoplasma e núcleo, sendo equivalente ao
óvulo da galinha. A clara, entretanto, é secretada por glândulas do oviduto e se localiza externamente a essa célula.
19.
Resposta: A
Comentário: Os hormônios sexuais nas aves, testosterona nos machos e estrógenos e progesterona nas fêmeas, determinam seu
comportamento sexual (como o canto dos galos) e seus caracteres sexuais secundários (como a crista dos galos). No caso do galo,
como não possui órgão copulatório, a fecundação se dá através da superposição das cloacas, sendo que o comportamento de
agachamento sexual facilita essa superposição para que ocorra a passagem de sêmen. Entretanto, mesmo sem ser fecundada, a galinha
libera óvulos, que são inclusive liberados na forma de ovos com clara e casca, normalmente utilizados como alimentação por
humanos.
20.
Resposta: B
Comentário: Apesar de a casca do ovo ser impermeável à água, permite a ocorrência de trocas gasosas com o meio. Assim, as únicas
substâncias capazes de atravessar a casca do ovo são os gases respiratórios. Durante o desenvolvimento embrionário, o embrião obtém
energia através da respiração aeróbica, descrita a seguir:
C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O
Percebe-se que, para cada molécula de O2, a respiração libera uma molécula de CO2. Assim, para cada molécula de O2 que entra no
ovo, uma molécula de CO2 sai do mesmo. Uma vez que o CO2 tem massa molecular maior que o O2, a massa do ovo como um todo
diminui.
21.
Resposta: FFVFV
Comentário: Abaixo, está representado um ovo de ave, mostrando algumas estruturas, inclusive os anexos embrionários.
- O âmnio envolve o embrião, mas não os demais anexos;
- O cório envolve o embrião e os demais anexos;
- O saco vitelínico e o alantóide partem do ventre do embrião, sendo que o alantóide é menor e se projeta para a região posterior do
embrião.
Assim:
- 1 é o alantocório (resultante da fusão do cório com o alantóide);
- 2 é o alantóide;
- 3 é a cavidade amniótica;
- 4 é o cório;
- 5 é o saco vitelínico.
Deste modo, tem-se que:
1º item: falso. O corioalantóide (1) é típico de répteis e aves, mas em mamíferos placentários, as duas estruturas passam a compor a
placenta, sendo que o alantóide é atrofiado e entra na composição do cordão umbilical.
2º item: falso. O alantóide, indicado em (2), está ausente em embriões de peixe, que têm como único anexo embrionário o saco
vitelínico.
3º item: verdadeiro. O âmnio ou bolsa amniótica origina envolve o embrião, delimitando uma cavidade cheia de líquido amniótico, a
cavidade amniótica (3). Suas funções são proteger o embrião de choques mecânicos e fornecer ao embrião o meio líquido de que
necessita para seu desenvolvimento em ambiente terrestre.
4º item: falso. O cório (4) é uma membrana mais permeável que o âmnio, sendo que este último, devido ao líquido amniótico, foi um
dos passos mais importantes na conquista do ambiente terrestre, no sentido de possibilitar o desenvolvimento embrionário nesse meio.
5º item: verdadeiro. O saco vitelínico (5) é encontrado tanto em répteis, aves e mamíferos, quanto em anfíbios e peixes, apesar de
haver um questionamento por parte de alguns autores a respeito de sua ocorrência em anfíbios.
22.
Resposta: O embrião não respira, uma vez que suas trocas gasosas são feitas pela sua mãe via placenta / cordão umbilical.
23.
Resposta:
A) Ureia e gás carbônico; álcool e nicotina.
B) A placenta protege o embrião, produz hemácias para ele e produz progesterona para manter a gravidez.
24.
Resposta:
A) Ovos com casca calcárea protetora ocorrem em todos os representantes das classes répteis e aves e em determinados mamíferos
como o ornitorrinco e équidna.
B) A placenta representa a novidade evolutiva, pois realiza as funções de nutrição, respiração, excreção, regulação hormonal e
imunização, desempenhadas por outros anexos embrionários, como o alantóide, o saco vitelino e o cório. Esta estrutura permite que o
desenvolvimento embrionário e fetal ocorram totalmente no interior do organismo materno.
25.
Resposta: O âmnio é uma membrana que envolve completamente o embrião, delimitando uma câmara, a chamada cavidade
amniótica, cheia de líquido aquoso (item A). Os táxons Testudinos (tartarugas), Lepidossauros (cobras e lagartos) e Crocodilianos
(jacarés), que estão incluídos no grupo dos répteis, além das aves e mamíferos, constituem os táxons que formam o grupo dos
Amniotas (item B). O âmnio surgiu como proteção do embrião contra choques mecânicos, proporcionando também um meio interno
mais ou menos constante físico-quimicamente para o desenvolvimento desse embrião (item C). Por ser um anexo embrionário, o
âmnio se desenvolve durante a gastrulação, estágio no qual os grupos de células, os blastômeros, mudam de posição, a partir dos
movimentos morfogenéticos, e formam os folhetos germinativos (item D). A decorrência da gastrulação é a organogênese, na qual o
âmnio estará totalmente formado.
Aula 32 - Embriologia Humana
1.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item I: falso. Na adolescência, o córtex pré-frontal do cérebro do indivíduo, área relacionada ao juízo e ao controle dos impulsos, não
está ainda completamente formado, o que os torna particularmente impulsivos e predispõe à manutenção de relações sexuais sem o
uso de métodos contraceptivos, aumentando o risco da ocorrência de gravidez indesejada. Essa mesma impulsividade, dentre outros
aspectos, pode justificar a razão de adolescentes não estarem, de modo geral, emocionalmente preparados para enfrentar as
consequências de uma gravidez.
Item II: verdadeiro. Como muitos adolescentes não estão preparados emocional e financeiramente para lidar com uma gravidez e
com a criação de uma criança, aumenta muito o risco da ocorrência de abortos, abandono dos recém-nascidos e evasão escolar dos
pais adolescentes.
Item III: verdadeiro. Entre os maiores responsáveis pela ocorrência de gravidez na adolescência estão a falta de orientação sexual, a
excessiva apresentação de imagens e temas sexuais na mídia e a imaturidade do córtex pré-frontal do cérebro, com a consequente
impulsividade associada a ela.
Item IV: falso. Pela imaturidade emocional da adolescente, as alterações ocorridas no corpo durante a gravidez são mais difíceis de
serem aceitas do que em uma mulher adulta.
2.
Resposta: E
Comentário: A segmentação corresponde às primeiras divisões mitóticas que ocorrem no embrião, denominadas clivagens,
originando células chamadas de blastômeros. Considerando que os blastômeros são formados por mitose, não apresentam
variabilidade genética, de modo que todos os blastômeros gerados, e conseqüentemente todos os quatro indivíduos gerados são
geneticamente idênticos entre si e ao zigoto, sendo todos do sexo masculino.
3.
Resposta: C
Comentário: Cerca de 25% dos gêmeos são monozigóticos, univitelinos ou idênticos, tendo o mesmo patrimônio genético (e sendo
sempre do mesmo sexo conseqüentemente). Eles se formam a partir da fecundação do ovócito por um espermatozóide formando um
zigoto e um embrião, que então se divide em novos embriões. A divisão pode se dar antes da mórula, ou com o blastocisto contendo
dois embrioblastos ou com a formação de dois embriões no mesmo embrioblasto. Os cerca de 75% dos gêmeos ocorrem como
resultado da eliminação de mais de um ovócito do ovário da mãe, e cada um deles é fecundado por um espermatozóide, formando-se
mais de um zigoto e, conseqüentemente, mais de um embrião. Esses são os chamados gêmeos dizigóticos. Assim, se os gêmeos
apresentam tipos sangüíneos distintos, pode-se afirmar que possuem características genéticas distintas, sendo, pois, dizigóticos ou
bivitelinos ou fraternos.
4.
Resposta: C
Comentário: O desenvolvimento embrionário ocorre em três etapas, denominadas segmentação, gastrulação e organogênese. Ao fim
dessa última etapa, o embrião passa a ser chamado de feto, uma vez que já tem praticamente todas as suas estruturas formadas,
precisando apenas que elas cresçam e se tornem funcionais fora do ambiente de desenvolvimento. Na espécie humana, a embriogênese
dura cerca de 40 dias (ou 6 semanas ou 1,5 mês), de modo que, a partir de então, o embrião humano já pode ser chamado de feto.
Como o embrião descrito no texto já pode ser chamado de feto, mas ainda não está definitivamente organizado, pode-se afirmar que
ele está com mais de 1,5 mês, mas ainda não está no terceiro trimestre (onde já estaria quase que completamente formado), o que é
compatível com o item C (cerca de 2 meses).
5.
Resposta: C
Comentário: Analisando a imagem:
- A é o alantoide, responsável em répteis, aves e mamíferos ovíparos por armazenar excretas; como a placenta dos mamíferos
placentários transfere as excretas do embrião para a mãe, que as elimina, o alantoide nesses animais é atrofiado e passa a compor o
cordão umbilical;
- B são as vilosidades coriônicas, projeções do cório que penetram no endométrio uterino, se fusionando a ele para formar a placenta;
- C é o saco vitelínico, responsável em peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos ovíparos por armazenar nutrientes para o embrião;
como a placenta dos mamíferos placentários nutre o embrião a partir da mãe, o saco vitelínico nesses animais é atrofiado e passa a
compor o cordão umbilical junto com o alantoide;
- D é o cordão umbilical, que conecta a circulação sanguínea da mãe à do feto através de duas artérias umbilicais e uma veia
umbilical;
- E é o cório, responsável em répteis, aves e mamíferos pelas trocas gasosas entre o embrião e o meio; nos mamíferos placentários,
emite projeções denominadas vilosidades coriônicas, que como mencionado antes, penetram no endométrio uterino e se fusionam a
ele para formar a placenta;
- F é o âmnio, responsável em répteis, aves e mamíferos por acumular líquido amniótico que hidrata o embrião e o protege de
impactos mecânicos;
- G é a cavidade amniótica, região interna do âmnio e preenchida pelo líquido amniótico;
- H é o colo uterino, região mais inferior e afilada do útero, por onde a criança passa para a vagina no parto.
Assim, como o texto descreve um órgão materno-fetal derivado de endométrio uterino e cório, pode-se afirmar que descreve a
placenta, indicada pela letra B (com as vilosidades coriônicas inseridas no endométrio uterino).
6.
Resposta: C
Comentário: A gravidez ou concepção é o processo que decorre na mulher da conclusão de dois fenômenos, a fecundação, ou seja,
fusão do espermatozoide ao óvulo, e a nidação, ou seja, implantação do embrião no endométrio uterino. Em condições normais, a
fecundação se dá no terço distal da tuba uterina, formando o zigoto. Na medida em que o embrião é deslocado pelos cílios da tuba
uterina até o útero, o desenvolvimento embrionário vai ocorrendo e, por volta do terceiro dia, o embrião está na fase de mórula e chega
ao útero. A nidação não ocorre na tuba uterina porque a zona pelúcida ainda presente impede a implantação, mas quando a mórula
passa a blástula e aumenta de volume, essa zona pelúcida se perde e o embrião está pronto para implantar. Isso se dá no 6º dia de
desenvolvimento, e o embrião estará na fase de blástula, chamada em humanos de blastocisto, e com a nidação, pode-se afirmar que a
gravidez tem início. Assim, analisando cada item:
Item I: verdadeiro. Apesar de a nidação se dar normalmente no útero, em condições anormais, o blastocisto pode se implantar fora
do útero, no que se chama de gravidez ectópica, como a gravidez tubária (na qual o embrião implanta na tuba uterina) e a gravidez
abdominal (na qual o embrião na parede do intestino).
Item II: falso. A nidação compreende a implantação do embrião no endométrio uterino, o que ocorre no 6º dia após a fecundação,
com o embrião como blastocisto.
Item III: verdadeiro. Como descrito acima é na fase de blastocisto que o embrião sofre a nidação.
Item IV: falso. A gravidez tem início com a nidação não da mórula, mas do blastocisto, sendo que a gravidez se encerra com o parto.
Item V: verdadeiro. Por volta do 3º dia após a fecundação, o embrião está na tuba uterina na fase de mórula, e logo depois chega ao
útero na forma de blastocisto.
7.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. Quando a mulher ovula, libera o ovócito II com a meiose II interrompida na metáfase. O ovócito II é então
fecundado pelo espermatozoide no terço distal da tuba uterina, completa sua meiose II passando a ser um óvulo, e só então ocorre a
formação do zigoto.
Item II: falso. O zigoto inicia suas clivagens, formando a mórula, e daí a blástula (blastocisto), que apresenta um embrioblasto que
originará o embrião e um trofoblasto que originará o cório, o qual se funde ao endométrio uterino para originar a placenta. A partir do
embrioblasto da blástula, ocorre posteriormente a formação dos demais anexos embrionários, ou seja, âmnio, córion e vesícula uterina.
Item III: verdadeiro. Após a segmentação, que culmina na formação da blástula (blastocisto), o embrião começa a sofrer nidação, se
implantando no endométrio uterino, o que se dá a partir do 6º dia de desenvolvimento. Com o embrião se implantando, a gastrulação
vai ocorrendo, se completando no 14º dia de desenvolvimento, junto com o fim da implantação. Após a gastrulação, a organogênese,
que vai até o 40º dia de desenvolvimento, quando o embrião passa a ser chamado de feto.
8.
Resposta: C
Comentário: Na espécie humana, a segmentação se completa no 6º dia de desenvolvimento, com o zigoto formando a blástula, a
gastrulação se completa no 14º dia de desenvolvimento, com a formação dos primeiros tecidos embrionários e a blástula formando a
gástrula, e a organogênese se completa no 40º dia de desenvolvimento, com a formação dos primeiros órgãos e o embrião passando a
feto. Assim, o coração se forma na organogênese, antes do 40º dia de desenvolvimento, ou seja, de 6 semanas ou 1,5 mês, o que se dá
ainda no primeiro mês de desenvolvimento.
9.
Resposta: B
Comentário: Poliembrionia é o fenômeno pelo qual ocorre mais de um embrião numa mesma gestação, implicando na formação de
gêmeos. Gêmeos dizigóticos não são geneticamente idênticos, podendo ser do mesmo sexo ou de sexos distintos e sendo formados
quando há poliovulação, ou seja, a liberação de mais de um ovócito no mesmo ciclo ovariano, com formação de mais de um zigoto e,
consequentemente, de mais de um embrião. Gêmeos monozigóticos são geneticamente distintos, tendo que ser obrigatoriamente do
mesmo sexo e sendo formados a partir de um ovócito fecundado por um espermatozoide, formando um zigoto e um embrião que se
fragmenta. O fato de os filhotes de tatu nascerem sempre do mesmo sexo mostra que são gêmeos monozigóticos, se aplicando o termo
“poliembrionia”, mas não “poliovulação”, pois este último termo se limita à formação de gêmeos dizigóticos.
Observação: Conjugação é um processo de reprodução sexuada que envolve a fusão de células não sexuais, e pedogênese é um tipo de
partenogênese que ocorre em indivíduos na fase larvária.
10.
Resposta: A
Comentário: Gêmeos dizigóticos ou bivitelinos se formam quando ocorre poliovulação na mãe, com liberação de mais de um ovócito
no mesmo ciclo ovariano, e cada ovócito é fecundado por um espermatozoide diferente, gerando mais de um zigoto e mais de um
embrião. Gêmeos monozigóticos ou univitelinos se formam quando um espermatozoide fecunda um ovócito e forma um zigoto, que
origina um embrião que se divide em novos embriões. Assim, analisando cada item:
Item A: verdadeiro. No caso mais comum de formação de gêmeos monozigóticos, um embrião na fase de mórula se divide em duas
novas mórulas, que formam dois blastocistos, os quais nidam em regiões distintas do útero.
Item B: falso. Gêmeos xifópagos ou siameses são aqueles que nascem unidos por certa região do corpo, sendo normalmente gêmeos
univitelinos que não se separam completamente durante sua divisão.
Item C: falso. Os gêmeos monozigóticos podem ser formados no máximo até a segunda semana de desenvolvimento, ou seja, até o
fim da segmentação, na fase de blastocisto, enquanto as células do embrião ainda são blastômeros toti/pluripotentes, completamente
indiferenciados e capazes de originar qualquer célula do indivíduo ou mesmo um indivíduo completo.
Item D: falso. Os gêmeos monozigóticos são geneticamente idênticos, apresentam mesmo genótipo, mas como o fenótipo é
influenciado por fatores ambientais, possuem alguns aspectos fenotípicos diferentes, como as impressões digitais.
Item E: falso. Os gêmeos dizigóticos se formam a partir de dois zigotos formados independentemente.
11.
Resposta: B
Comentário: Analisando a imagem:
- 1 é o cório;
- 2 é o alantoide, atrofiado em mamíferos placentários e passando a compor o cordão umbilical;
- 3 é a placenta, resultante da fusão das vilosidades coriônicas, projeções do cório, com o endométrio uterino;
- 4 é o saco vitelínico, atrofiado em mamíferos placentários e passando a compor o cordão umbilical;
- 5 é a cavidade amniótica, região interna do âmnio e preenchida pelo líquido amniótico;
- 6 é o âmnio.
Assim, analisando cada item:
Item I: falso. A vesícula vitelina ou saco vitelínico, representada pelo número 4, armazena nutrientes em embriões de peixes, anfíbios,
répteis, aves e mamíferos ovíparos, sendo atrofiada em mamíferos placentários, uma vez que a placenta assume o papel de nutrição, e
passando a compor o cordão umbilical.
Item II: falso. Os números 5 e 6 indicam a cavidade amniótica e o âmnio, respectivamente; o líquido amniótico, na cavidade
amniótica, protege o feto contra choques mecânicos e o mantém hidratado.
Item III: verdadeiro. O número 3 indica a placenta, com funções como trocas gasosas entre mãe e feto, nutrição do feto a parir da
mãe, transferência de excretas do feto para a mãe, imunização do feto a partir da mãe, produção de células sanguíneas fetais e de
hormônios maternos.
Item IV: verdadeiro. O alantoide, representado pelo número 2, armazena excretas em embriões de répteis, aves e mamíferos
ovíparos, sendo atrofiado em mamíferos placentários, uma vez que a placenta assume o papel de transferir excretas do feto para mãe, e
passando a compor o cordão umbilical.
Item V: falso. O âmnio, representado pelo número 2, protege o feto contra impactos mecânicos graças ao líquido amniótico em seu
interior.
12.
Resposta: B
Comentário: Observe a figura abaixo:
Note que:
- O cório (4) envolve o embrião e os demais anexos; nos mamíferos placentários, a placenta é formada pela interação entre a mucosa
uterina da mãe e o anexo embrionário cório (na forma das vilosidades coriônicas);
- O âmnio (3) envolve o embrião, mas não os demais anexos;
- O saco vitelínico (2) e o alantóide (1) partem do ventre do embrião, sendo que o alantóide se projeta para a região posterior do
embrião; Apesar de encontrados em mamíferos placentários, o alantóide e o saco vitelínico são atrofiados, uma vez que a placenta
desempenha suas funções, passando então a compor o cordão umbilical.
Assim, cório é 4, âmnio é 3, saco vitelínico é 2 e alantóide é 1.
13.
Resposta: D
Comentário: Apesar de a maior parte das proteínas ingeridas pela mãe serem digeridas em aminoácidos no estômago, sua absorção se
dá no intestino materno (1), de modo que os aminoácidos produzidos no processo digestivo das proteínas caem na circulação
sangüínea materna (2). Através da circulação sangüínea materna, esses aminoácidos passam pela placenta (3) e, via cordão umbilical,
se difundem pelo plasma sanguíneo da mãe para a criança. Assim, os aminoácidos caem na circulação sangüínea fetal (4), e daí são
distribuídos pelas células fetais (5).
14.
Resposta: D
Comentário: Se os quadrigêmeos são resultantes de um episódio de fertilização in vitro, é porque havia vários embriões implantados
no útero materno, sendo os gêmeos, pois, dizigóticos ou bivitelinos ou fraternos. A diferença genética entre eles é a mesma que ocorre
entre irmãos não gêmeos desenvolvidos em gestações distintas.
15.
Resposta: D
Comentário: Cerca de 25% dos gêmeos são monozigóticos, univitelinos ou idênticos, se formando a partir da fecundação do ovócito
por um espermatozóide, o que forma um zigoto e um embrião, que então se divide em novos embriões. Conseqüentemente, eles
possuem o mesmo patrimônio genético, de modo que não podem ser diferenciados por exames de DNA. Entretanto, uma vez que
altura, peso, padrão de íris e impressões digitais têm um componente ambiental em sua origem, gêmeos univitelinos podem ser
diferenciados por exames biométricos que analisam e comparam tais aspectos. Assim, o equipamento do clube que detecta impressões
digitais pode diferenciar gêmeos univitelinos, mas o do filme que analisa o DNA das células sangüíneas não pode.
16.
Resposta: D
Comentário: Cerca de 25% dos gêmeos são monozigóticos, univitelinos ou idênticos, tendo o mesmo patrimônio genético (e sendo
sempre do mesmo sexo conseqüentemente). Eles se formam a partir da fecundação do ovócito por um espermatozóide formando um
zigoto e um embrião, que então se divide em novos embriões. A divisão pode se dar antes da mórula, ou com o blastocisto contendo
dois embrioblastos ou com a formação de dois embriões no mesmo embrioblasto. Os cerca de 75% dos gêmeos ocorrem como
resultado da eliminação de mais de um ovócito do ovário da mãe, e cada um deles é fecundado por um espermatozóide, formando-se
mais de um zigoto e, conseqüentemente, mais de um embrião. Esses são os chamados gêmeos dizigóticos ou bivitelinos ou fraternos,
apresentando características genéticas distintas. Como a maioria dos gêmeos são dizigóticos ou bivitelinos ou fraternos,
provavelmente os embriões em questão resultam da fertilização de dois ovócitos por dois espermatozóides.
17.
Resposta: A
Comentário: Observe a figura abaixo:
18.
Resposta: D
Comentário: Gêmeos dizigóticos ou bivitelinos se formam quando ocorre poliovulação na mãe, com liberação de mais de um ovócito
no mesmo ciclo ovariano, e cada ovócito é fecundado por um espermatozoide diferente, gerando mais de um zigoto e mais de um
embrião. Gêmeos monozigóticos ou univitelinos se formam quando um espermatozoide fecunda um ovócito e forma um zigoto, que
origina um embrião que se divide em novos embriões. Essa divisão pode se dar de três modos:
- até a fase de mórula, quando cada gêmeo formará uma blástula independente e, consequentemente, cada qual terá âmnio, cório e
placenta individuais;
- com a mórula formando uma blástula que forma dois embrioblastos, de modo que cada gêmeo terá âmnio individual, mas
compartilhando o mesmo cório e a mesma placenta;
- com a mórula formando uma blástula que forma um embrioblasto, mas com dois discos embrionários, de modo que os gêmeos
compartilham o mesmo âmnio, o mesmo cório e a mesma placenta.
Assim, gêmeos monozigóticos compartilham um único cório, um único âmnio e uma única placenta quando a blástula forma um
embrioblasto e um disco embrionário, que se divide em dois discos embrionários.
19.
Resposta: A
Comentário: Analisando cada item:
1. O blastocisto (blástula) é a última etapa dentro da segmentação, apresentando células indiferenciadas e uma cavidade, a blastocele,
sendo nessa fase que ocorre a nidação, ou seja, o encistamento do embrião no endométrio uterino. O blastocisto é formado por uma
camada periférica de células, o trofoblasto, correspondente ao cório e que se fusiona ao endométrio uterino para formar a placenta, e
por uma camada interna de células, o embrioblasto, que origina o embrião. O embrioblasto, na fase de gastrulação, forma um disco
embrionário bilaminar, com apenas duas camadas de células, o hipoblasto e o epiblasto.
2. O hipoblasto é a camada inferior do disco embrionário bilaminar, equivalendo à endoderme primária do embrião e formando o saco
vitelínico.
3. O epiblasto é a camada superior do disco embrionário bilaminar, equivalendo à ectoderme primária do embrião e formando todo o
corpo do embrião, além de formar o âmnio.
4. O sinciciotrofoblasto é uma parte do trofoblasto que se apresenta como uma massa multinucleada e forma as vilosidades coriônicas,
que penetram no endométrio para a formar a placenta.
5. O citotrofoblasto é uma parte do trofoblasto que se apresenta com células individualizadas, cada qual com seu núcleo, em constante
mitose para gerar células que se fusionam ao sinciciotrofoblasto para que cresça.
20.
Resposta: D
Comentário: Em casais com dificuldade de engravidar por motivos como oligospermia (pequeno número de espermatozóides) no
homem ou a ocorrência de um ambiente vaginal hostil aos espermatozóides na mulher (como, por exemplo, devido ao excesso de
anticorpos femininos contra os gametas masculinos), uma possibilidade de reprodução está no processo de fertilização in vitro (“bebês
de proveta”). Nesses casos, a mulher é tratada com hormônios femininos (1) que induzem a ovulação (2), e seus óvulos são então
recolhidos e depositados em frascos (“proveta”) junto aos espermatozóides recolhidos do homem. Nesse frasco, há um meio contendo
substâncias químicas que possibilitam o funcionamento dos gametas para que haja a fecundação (3). Todo o processo de segmentação
se dá nesse meio, ocorrendo então as divisões mitóticas ou clivagens (4) que levam o embrião até a fase de blastocisto, quando ele
então é transferido para o útero materno (ou de uma mãe de aluguel) para que seu desenvolvimento prossiga.
21.
Resposta: D
Comentário: Observe a figura abaixo que mostra uma comparação entre os anexos embrionários em aves/répteis e mamíferos. Nos
mamíferos placentários, a placenta é um órgão formado pela interação entre a mucosa uterina da mãe e o anexo embrionário cório
(trofoblasto).
Observe também que a estrutura apontada com a seta na figura da questão é a placenta (formada pela junção das vilosidades
coriônicas com a parede do útero materno). Apesar de encontrados em mamíferos placentários, o alantóide e o saco vitelínico são
atrofiados, uma vez que a placenta desempenha suas funções, passando então a compor o cordão umbilical.
22.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. Em mamíferos placentários como a espécie humana, a blástula é denominada blastocisto, recebendo esse nome
por ser o momento em que ocorre a implantação (encistamento) do embrião na mucosa uterina, fenômeno denominado nidação.
Item B: falso. O blastocisto possui uma massa interna de células, denominada embrioblasto, que vai originar o embrião, e uma massa
periférica de células, denominada trofoblasto, que vai originar o córion, que se une à mucosa uterina para formar a placenta.
Item C: verdadeiro. O âmnio permite o desenvolvimento embrionário fora do ambiente aquático, uma vez que o líquido amniótico
oferece um meio líquido adequado ao desenvolvimento do embrião.
Item D: verdadeiro. O termo placenta é aplicado para qualquer tipo de órgão formado pelo íntimo contato entre tecido materno e
tecido fetal, e que serve como órgão de troca de substâncias entre mãe e filho. Organismos placentários também podem ser chamados
de vivíparos. A placenta, desse modo, não é encontrada exclusivamente nos mamíferos, ocorrendo, por exemplo, em certos peixes,
como em algumas espécies de tubarão, e em certos répteis, como algumas espécies de serpentes. Nesses animais, no entanto, como
não existe cório, a placenta deriva do saco vitelínico.
Item E: verdadeiro. Uma das funções do envoltório de glicoproteínas do óvulo (zona pelúcida), é impedir a nidação em locais
inadequados do organismo materno; ao chegar no útero, a zona pelúcida libera o embrião para que possa ocorre a nidação.
23.
Resposta: E
Comentário: Analisando cada afirmação da coluna 2:
(1) Cerca de 25% dos gêmeos são monozigóticos, univitelinos ou idênticos, tendo o mesmo patrimônio genético (e sendo sempre do
mesmo sexo conseqüentemente). Eles se formam a partir da fecundação do ovócito por um espermatozóide formando um zigoto e um
embrião, que então se divide em novos embriões. A divisão pode se dar antes da mórula, ou com o blastocisto contendo dois
embrioblastos ou com a formação de dois embriões no mesmo embrioblasto.
(4) A formação de gêmeos parasitas se dá quando um dos gêmeos xifópagos é muito menor e talvez não esteja totalmente formado ou
desenvolvido quanto o gêmeo maior. Em casos raros, isso acarreta membros localizados em áreas estranhas do corpo do gêmeo ou em
um gêmeo malformado dentro do corpo de um gêmeo hospedeiro.
(3) Gêmeos concrescentes ou xifópagos ou siameses são aqueles que nascem fusionados um ao outro por alguma parte do corpo. No
caso mais comum, são gêmeos univitelinos que não se separaram por completo.
(2) Cerca de 75% dos gêmeos ocorrem como resultado da eliminação de mais de um ovócito do ovário da mãe, e cada um deles é
fecundado por um espermatozóide, formando-se mais de um zigoto e, conseqüentemente, mais de um embrião. Esses são os chamados
gêmeos dizigóticos ou bivitelinos ou fraternos.
24.
Resposta: VVFFF
Comentário:
1º item: verdadeiro. A meiose feminina sofre duas interrupções, sendo que uma delas se dá na fase de diplóteno da prófase I, na
forma de ovócito I, ainda durante a vida intra-uterina, prosseguindo a meiose I somente com o processo de ovulação. Assim, a célula
liberada na ovulação é o ovócito II, que sofre uma segunda interrupção, na meiose II, e só passa a óvulo efetivamente após a
fecundação.
2º item: verdadeiro. O processo de nidação (implantação do embrião na mucosa uterina) se dá por volta de 6 a 7 dias após a
fecundação, na fase de blástula, quando o endométrio uterino está na fase progestacional ou secretora do ciclo menstrual, em que é
rico em nutrientes.
3º item: falso. Devido à ausência de vitelo nos mamíferos, o desenvolvimento dos anexos embrionários ocorre precocemente a partir
da blástula (blastocisto), quando se forma o trofoblasto (cório) que irá originar a placenta para garantir a nutrição do embrião.
4º item: falso. Nos mamíferos placentários, a placenta é formada pela interação entre a mucosa uterina da mãe e o anexo embrionário
cório. A vesícula vitelínica e o alantóide atrofiam e passam a compor o cordão umbilical.
5º item: falso. Apesar de o ectoderma dar origem à epiderme e seus anexos e ao sistema nervoso, não se encontra bem definido na
blástula (blastocisto), no momento da implantação do embrião, só posteriormente a partir da gástrula.
25.
Resposta: FFVV
Comentário:
1º item: falso. A opção por indivíduos do sexo masculino pode ser justificada por motivos culturais, uma vez que homens têm maior
suscetibilidade a doenças genéticas por serem XY, de modo que uma única cópia de um gene recessivo no cromossomo X ou no
cromossomo Y é suficiente para desencadear a doença condicionada pelo gene em questão. Em mulheres, que são XX, são necessárias
duas cópias de um gene recessivo para que manifestem a doença condicionada pelo gene em questão.
2º item: falso. O embrião produz o hormônio gonadotrofina coriônica, que pode ser detectado na urina da mãe e indica a gravidez.
Esse exame, no entanto, não consegue indicar o sexo da criança. A coleta de células fetais para a análise de seus cromossomos
sexuais, presentes no núcleo celular, pode ser feita pela técnica de amniocentese a partir do líquido amniótico, mas não a partir da
urina.
3º item: verdadeiro. Como a mulher é XX e possui apenas óvulos com cromossomo X, é o pai quem determina o sexo da prole, uma
vez que o homem é XY e possui espermatozoides X e espermatozoides Y. Se o óvulo X for fecundado por um espermatozoide X,
formará um zigoto XX que origina uma menina, e se for fecundado por um espermatozoide Y, formará um zigoto XY que origina um
menino.
4º item: verdadeiro. Muitas substâncias abortivas podem comprometer a saúde da mãe, como algumas que induzem contrações
uterinas para eliminar o feto e podem causar hemorragias e predispor a infecções. Outras substâncias abortivas podem não levar ao
aborto, mas levar a efeitos teratogênicos, causando má-formação do feto.
26.
Resposta: VFFF
Comentário:
1º item: verdadeiro. Todos os argumentos citados justificam corretamente a ocorrência de uma gravidez precoce.
2º item: falso. Não há comprovação científica nenhuma a respeito da existência ou não de alma.
3º item: falso. Os testes de gravidez se baseiam na detecção da subunidade beta do hormônio gonadotrofina coriônica (beta-hCG),
produzido pelo trofoblasto do embrião e responsável pela manutenção do corpo lúteo; o desenvolvimento do corpo lúteo é estimulado
pelo hormônio gonadotrófico hipofisário LH (hormônio luteinizante) da mãe.
4º item: falso. O sistema nervoso difuso aparece somente no grupo de animais conhecidos como cnidários, não ocorrendo em
momento algum do desenvolvimento embrionário humano.
27.
Resposta: VVVFF
Comentário:
1º item: verdadeiro. Métodos anticoncepcionais ou contraceptivos impedem a concepção, ou seja, a fecundação e a nidação, que
caracterizam a gravidez, de modo a preveni-la. A destruição do embrião após a nidação é conhecida como aborto, e não é considerado
um método anticonceptivo, uma vez que não previne, mas sim interrompe a gravidez.
2º item: verdadeiro. Substâncias que estimulam a contração da musculatura uterina podem provocar a expulsão prematura do feto e
interromper a gravidez, caracterizando um aborto.
3º item: verdadeiro. A introdução de objetos no útero para provocar aborto pode ter conseqüências graves como hemorragias e
infecções, causas freqüentes de morte em mulheres que tentam interromper a gravidez em clínicas clandestinas de aborto.
4º item: falso. A pílula do dia seguinte impede a ocorrência de nidação se já tiver ocorrido a fecundação, não sendo considerado
abortivo por eliminar o embrião antes da nidação, ou seja, antes da gravidez ter se instalado; no entanto, pessoas que se enquadram na
primeira linha de pensamento descrita no texto (que imaginam que a alma se instale no momento em que o gameta masculino penetrou
no ovócito) considerariam a eliminação do embrião em qualquer momento após sua formação (e mesmo antes da nidação) como
inadequada.
5º item: falso. Do ponto de vista estritamente legal, a eliminação do embrião antes da nidação não é abortiva, uma vez que a gravidez
só é caracterizada após a nidação.
28.
Resposta: VFFV
Comentário:
1º item: verdadeiro. A probabilidade de nidação será maior quando o endométrio uterino está na fase progestacional ou secretora do
ciclo menstrual, em que é rico em nutrientes.
2º item: falso. Normalmente, só amadurece um óvulo por mês no ciclo menstrual humano.
3º item: falso. Se houver nidação de dois embriões, haverá o nascimento de gêmeos bivitelinos ou fraternos, uma vez que os embriões
são provenientes de zigoto distintos.
4º item: verdadeiro. As baixas temperaturas em que são preservados reduz a atividade metabólica dos embriões.
29.
Resposta:
A) Gonadotrofinas.
B)
Fertilização.
Clivagem ou segmentação.
C) Durante a fase de mórula, no estágio de 4 a 6 células.
D) Blástula ou blastocisto.
E)
Blastocele.
Embrioblasto ou massa celular interna.
Trofoblasto ou massa celular externa.
F) São transferidas várias mórulas para o útero materno com a finalidade de aumentar as chances de sucesso da técnica.
G) São fontes de células-tronco embrionárias pluri/totipotentes.
30.
Resposta:
A) Cavidade Amniótica.
B)
- Permite o crescimento simétrico do feto
- Barreira contra infecções.
- Desenvolvimento normal dos pulmões.
- Impede aderência do âmnio ao feto.
- Proteção contra choques mecânicos
- Ajuda na termorregulação do feto.
- Permite a livre movimentação do feto, importante para o desenvolvimento dos membros.
- Participa da manutenção da hemostasia dos fluidos e eletrólitos.
C) Veia umbilical
D) Epiderme, pelos e glândulas
E) Músculos, ossos, coração e testículos
31.
Resposta:
A)
Genótipo: igual
Justificativa: eles provêm do mesmo zigoto, portanto possuem os mesmos genes
Fenótipo: diferente
Justificativa: fatores ambientais provocam o surgimento de características diferentes
B) De um só zigoto, surgem 2 embriões a partir da 1ª clivagem ou, até mais tardiamente, na fase de blastocisto.
C)
Vantagem 1: Quando um deles necessitar de transfusão sangüínea
Vantagem 2: Quando um deles necessitar de transplante de órgãos
D)
I) eles forem univitelinos? 100%
II) eles forem bivitelinos? 50%
32.
Resposta:
A) A, univitelinos, formados a partir da fusão de um espermatozóide e um óvulo, formando um único embrião a princípio; B,
bivitelinos, formados a partir da fusão de dois espermatozóides com dois óvulos, formando já a princípio dois embriões.
B) Em A, eles devem ter o mesmo sexo; em B, podem ter sexos iguais ou diferentes.
C) A placenta protege o embrião, possibilita trocas gasosas entre ele e a mãe, elimina suas excretas, produz hemácias para ele, produz
progesterona para manter a gravidez e transfere anticorpos para ela a partir da mãe, num processo de imunização passiva.
33.
Resposta:
A) Endométrio; âmnio
B) Trofoblasto; II
C) Gonadotrofina coriônica
34.
Resposta:
A) blastômeros; monozigóticos.
B) duplicado: âmnio; não duplicado: cório.
C) IX.
35.
Resposta:
A) Seta 1 - massa celular interna, seta 2 - trofoblasto.
B) A massa celular interna dará origem ao embrião.
C) O zigoto passa pela fase de segmentação (ou clivagem) total (holoblástica) do tipo igual.
36.
Resposta:
A) Não. A pílula anticoncepcional contém hormônios que inibem a ovulação, impedindo a gravidez, mas não evita a transmissão da
AIDS pela passagem do HIV por sangue, sêmen ou fluido vaginal quando ocorrem microrrupturas de pele de pênis e mucosa de
vagina durante o ato sexual.
B) Gravidez ectópica é aquela em que o embrião não se desenvolve no útero, como a gravidez tubária (com o embrião se
desenvolvendo na tuba uterina) e a gravidez abdominal (com o embrião se desenvolvendo na cavidade abdominal).
C) Não, gêmeos bivitelinos ou dizigóticos são tão diferentes entre si quanto irmãos nascidos de gestações distintas. Isso ocorre porque
gêmeos bivitelinos se formam quando ocorre poliovulação na mãe, com liberação de mais de um ovócito no mesmo ciclo ovariano, e
cada ovócito é fecundado por um espermatozoide diferente, gerando mais de um zigoto e mais de um embrião.
37.
Resposta:
A) Mariana, uma vez que 32 – 14 = 18, sendo a ovulação por volta do 18º dia, estando ainda a amiga em período fértil.
B) A inibição da síntese dos hormônios FSH e LH impede a maturação dos folículos ovarianos e a ovulação.
C) I. vilosidades coriônicas; II. cório; III. proteção contra choques mecânicos; impedimento da desidratação.
38.
Resposta: A organogênese é o período de diferenciação dos órgãos, com intensa atividade mitótica e de diferenciação celular. Uma
única célula que seja alterada nesse período num órgão em formação pode provocar alterações em toda a estrutura definitiva do órgão.
39.
Resposta:
A) Gases, nutrientes e excretas atravessam a barreira placentária entre o sangue da mãe e do feto, uma vez que o plasma pode
atravessá-la por difusão.
B) Da mesma maneira que veias pulmonares conduzem sangue arterial dos pulmões ao coração, a veia umbilical também o faz. Assim
como, da mesma maneira que artérias pulmonares conduzem sangue venoso do coração aos pulmões, as artérias umbilicais também o
fazem.
40.
Resposta:
1: Dizigóticos
2: Cada fragmento de DNA (de 4,2 e 2,0 kb) representa um pedaço de cromossomo equivalendo a um gene. Assim, nos dois alelos
descritos, alelo 1 e alelo 2, temos que um deles é o de 4,2 kb e o outro é o de 2,0 kb.
A) Sobre a zigosidade, verifica-se que os gêmeos são dizigóticos, pois têm genótipos diferentes para este loco gênico, sendo II.1
heterozigoto (com um fragmento de 2,0 kb e outro de 4,2 kb) e II.2 sendo homozigoto para o alelo de 2,0 kb.
B) Sobre a paternidade, surpresa! Descobrimos que o pai I.i não é o pai! O corno, digo, suposto pai, tem dois alelos de 4,2 kb, sendo
homozigoto e não podendo ter como filho o indivíduo II.2, homozigoto para o alelo de 2,0 kb. O que nos leva a conclusão de que a
mãe I.2 andou pulando a cerca... Liga não, pai é quem cria...
3. Apesar de clones, diferenças provocadas por fatores ambientais como nutrição, exposição à luz solar, etc podem gerar diferenças de
altura, peso, cor e outras. Até as impressões digitais de gêmeos univitelinos são diferentes, pois cada movimento diferente feito pelo
feto na gestação provoca mudanças no padrão de formação das linhas das impressões digitais.
4.
A) trata-se de um caso de poliembrionia, onde todos os embriões são derivados de um único zigoto, formando-se gêmeos univitelinos.
B) placenta, córion e âmnio
C) placenta, com funções como nutrição, trocas gasosas, eliminação de excretas, produção de hormônios mantenedores da gravidez e
proteção mecânica e biológica.
Aula 33 - Tecido Epitelial
1.
Resposta: D
Comentário:
2.
Resposta: E
Comentário:
Item A: falso. As glândulas serosas apresentam uma secreção fluida rica em proteínas, enquanto as glândulas mucosas apresentam
uma secreção pastosa rica em glicoproteínas.
Item B: falso. As glândulas caliciformes produtoras de muco nas vias aéreas e tubo digestivo são unicelulares.
Item C: falso. Glândulas multicelulares ocorrem junto a cavidades do corpo dos vertebrados, como as glândulas salivares, junto à
superfície externa, como as glândulas sudoríparas, ou internamente no corpo, como a glândula tireóide.
Item D: falso. As glândulas holócrinas são aquelas nas quais a células é eliminada junto com a secreção, as glândulas merócrinas ou
écrinas são aquelas nas quais a secreção é eliminada sem que a célula ou parte dela seja também eliminada e as glândulas apócrinas ou
holomerócrinas são aquelas nas quais a secreção é eliminada junto a uma pequena porção de citoplasma (não a célula inteira).
Item E: verdadeiro. As glândulas endócrinas não possuem ductos associados à porção secretora, eliminando sua secreção
(hormônios) diretamente na corrente sangüínea.
3.
Resposta: E
Comentário: A principal organela relacionada com a atividade de secreção celular é o complexo de Golgi, uma vez que acondiciona o
material a ser secretado em vesículas de secreção, responsáveis pela eliminação do material em questão no meio extracelular através
de processos de exocitose.
4.
Resposta: D
Comentário: Os tecidos epiteliais são constituídos por células geralmente poliédricas, justapostas, com pouca substância extracelular
e sem vascularização. Existem basicamente três tipos de epitélios: de revestimento (especializados no revestimento, proteção,
absorção e eliminação), glandulares (especializados na secreção) e neuroepitélios (especializados na percepção de estímulos
sensoriais).
5.
Resposta: B
Comentário: O tecido pseudo-estratificado apresenta uma única camada de células (portanto é simples) com núcleos em alturas
diferentes (o que dá impressão de várias camadas de células). Ele aparece como tecido epitelial pseudo-estratificado cilíndrico ciliado
no revestimento das vias aéreas (fossas nasais, traquéia e brônquios), onde apresenta glândulas caliciformes e cílios. As glândulas
caliciformes são glândulas unicelulares responsáveis pela produção de muco que recobre os cílios. Quaisquer partículas presentes no
ar aderem no muco, sendo então varridas pelos cílios para a faringe, onde são deglutidas junto à saliva. No estômago, a acidez do suco
gástrico destrói a poeira e eventuais microorganismos nela presentes. Assim, este tecido apresenta uma importante função de remoção
de resíduos presentes no ar inalado, funcionando como o sistema de limpeza das vias aéreas.
6.
Resposta: D
Comentário: Tecidos epiteliais de revestimento encontrados em áreas sujeitas a atrito devem se apresentar estratificados, com várias
camadas de células para que haja maior resistência mecânica, mas com o inconveniente de não permitirem a passagem de substâncias.
Assim, em áreas relacionadas à absorção de nutrientes, trocas gasosas ou eliminação de excretas, o tecido epitelial de revestimento
deve ser simples, para facilitar a passagem de substâncias, mas com o inconveniente de serem pouco resistentes. No tubo digestivo, o
epitélio de revestimento é simples prismático, apresentando as células microvilosidades para aumentar sua superfície de absorção.
7.
Resposta: D
Comentário:
O tecido epitelial pseudo-estratificado cilíndrico ciliado aparece no revestimento das vias aéreas (fossas nasais, traquéia e brônquios),
onde apresenta glândulas caliciformes e cílios. As glândulas caliciformes são glândulas unicelulares responsáveis pela produção de
muco que recobre os cílios. Quaisquer partículas presentes no ar aderem no muco, sendo então varridas pelos cílios para a faringe,
onde são deglutidas junto à saliva. No estômago, a acidez do suco gástrico destrói a poeira e eventuais microorganismos nela
presentes. Assim, este tecido apresenta uma importante função de remoção de resíduos presentes no ar inalado, funcionando como o
sistema de limpeza das vias aéreas.
No tubo digestivo, o epitélio de revestimento é simples prismático, apresentando as células microvilosidades para aumentar sua
superfície de absorção.
8.
Resposta: E
Comentário:
9.
Resposta: D
Comentário:
10.
Resposta: C
Comentário:
11.
Resposta: C
Comentário:
12.
Resposta: C
Comentário:
13.
Resposta: A
Comentário:
14.
Resposta: B
Comentário:
15.
Resposta: D
Comentário: Os tecidos epiteliais são constituídos por células geralmente poliédricas, justapostas, com pouca substância extracelular
e sem vascularização. Existem basicamente três tipos de epitélios: de revestimento (especializados no revestimento, proteção,
absorção e eliminação), glandulares (especializados na secreção) e neuroepitélios (especializados na percepção de estímulos
sensoriais). Os epitélios de revestimento podem ser classificados pelo formato das células em pavimentoso (células achatadas),
cubóide (células cúbicas) ou prismático (células alongadas), e pelo número de camadas celulares em simples (com uma camada,
apropriado para trocas metabólicas, como absorção e excreção), estratificado (com várias camadas, não apropriado para trocas
metabólicas, mas muito resistente), pseudo-estratificado (com uma camada, mas com núcleos em alturas diferentes dando impressão
de várias camadas de células) e de transição (com número de camadas e forma das células variando de acordo com o estado de
contração ou distensão do órgão). Analisando cada tecido:
- Se I tem uma camada de células cúbicas, é simples cubóide;
- Se II tem várias camadas de células achatadas, é estratificado pavimentoso;
- Se III tem uma camada de células com núcleos em diferentes alturas, é pseudoestratificado;
- Se IV tem uma camada de células altas e prismáticas, é simples prismático;
- Se V tem uma camada de células achatadas, é simples pavimentoso;
- Se VI tem várias camadas com células de forma variável, é de transição.
16.
Resposta: B
Comentário: Microvilosidades são projeções digitiformes de membrana, sustentadas por microfilamentos de actina, encontradas na
face livre das células e com o objetivo de aumentar a superfície das mesmas, aumentando a eficiência em processos como absorção de
nutrientes ou a eliminação de excretas. Vilosidades intestinais são projeções digitiformes de tecidos, sendo formado por tecido
epitelial simples prismático (cujas células possuem microvilosidades em suas membranas) e tecido conjuntivo, dotado de vasos
sangüíneos relacionados ao transporte das substâncias nutritivas absorvidas no intestino.
17.
Resposta: E
Comentário: Os tecidos epiteliais são constituídos por células geralmente poliédricas, justapostas, com pouca substância extracelular
e sem vascularização. Como não são irrigados, sua nutrição se dá por difusão a partir dos capilares sangüíneos do tecido conjuntivo
subjacente. Existem basicamente três tipos de epitélios: de revestimento (especializados no revestimento, proteção, absorção e
eliminação), glandulares (especializados na secreção) e neuroepitélios (especializados na percepção de estímulos sensoriais).
As células epiteliais têm origem embrionária nos três folhetos germinativos. Assim temos:
- origem ectodérmica: epiderme (que reveste externamente o corpo fazendo parte da pele), epitélios de revestimento de nariz, boca e
ânus, glândulas sebáceas, mamárias e salivares.
- origem mesodérmica: endotélio (que reveste internamente os vasos sangüíneos), epitélios de revestimento do sistema gênito-urinário,
epitélios de membranas que envolvem órgãos (serosas), como a pleura (envolve os pulmões), o pericárdio (envolve o coração) e o
peritônio (envolve as vísceras abdominais).
- origem endodérmica: epitélios de revestimento da luz do tubo digestivo, árvore respiratória e bexiga urinária, fígado, pâncreas,
tireóide e paratireóide.
18.
Resposta: A
Comentário:
19.
Resposta: D
Comentário: As estruturas apontadas por setas na figura são especialização de membrana celular muito comuns nos tecidos epiteliais
de um modo geral.
- 1 corresponde a microvilosidades, projeções digitiformes de membrana, sustentadas por microfilamentos de actina, encontradas na
face livre das células e com o objetivo de aumentar a superfície das mesmas, aumentando a eficiência em processos como absorção de
nutrientes ou a eliminação de excretas.
- 2 corresponde às zônulas de oclusão ou junções vedantes, áreas de membrana fortemente justaposta devido a proteínas como
ocludinas e claudinas, comuns às bicamadas lipídicas das células adjacentes e com papel de vedar os espaços intercelulares entre elas.
- 3 corresponde às zônulas de adesão ou junções adesivas, faixas de proteínas contendo na face interna da membrana microfilamentos
de actina para contração e na face externa da membrana proteínas caderinas para adesão à célula vizinha.
- 4 corresponde aos desmossomos, formados por discos intracelulares perfurados de proteínas (placoglobinas e desmoplaquinas)
atravessados por fios de proteínas (desmocolinas e desmogleínas), que se entrelaçam entre si no espaço intercelular e com os
tonofilamentos intermediários de queratina do citoesqueleto dentro de cada célula que se liga;
- 5 corresponde às junções tipo gap ou junções comunicantes, formadas por grupos de proteínas conexinas que atravessam as
membranas de células vizinhas permitindo a passagem de substâncias (como íons) entre seus citoplasmas.
A disposição dessas estruturas na célula é exatamente a representada na fotografia, sendo que, da fora para dentro da célula, tem-se,
em sequência, zônulas de oclusão, zônulas de adesão e desmossomos.
Assim:
Item A: falso. Os microvilos demonstrados no item 1 estão relacionados ao aumento na superfície ivre das células, sendo que no
intestino delgado com papel de absorção.
Item B: falso. As estruturas demonstradas no item 2, as zônulas de oclusão, são formadas pelas proteínas ocludina e claudina, mas
não têm relação com a comunicação entre células vizinhas, e sim com adesão entre elas.
Item C: falso. As zônulas de adesão, caracterizadas pela presença das proteínas caderinas, são observadas na eletromicrografia, no
item 3.
Item D: verdadeiro.
Item E: falso. As junções indicadas nos itens 4 (desmossomos) e 5 (junções tipo gap) não são funcionalmente similares, pois os
desmossomos têm papel de adesão e as junções tipo gap de comunicação entre as células vizinhas.
20.
Resposta: B
Comentário: O tecido epitelial pseudo-estratificado cilíndrico ciliado aparece no revestimento das vias aéreas (fossas nasais, traquéia
e brônquios), onde apresenta glândulas caliciformes e cílios. As glândulas caliciformes são glândulas unicelulares responsáveis pela
produção de muco que recobre os cílios. Quaisquer partículas presentes no ar aderem no muco, sendo então varridas pelos cílios para a
faringe, onde são deglutidas junto à saliva. No estômago, a acidez do suco gástrico destrói a poeira e eventuais microorganismos nela
presentes. Assim, este tecido apresenta uma importante função de remoção de resíduos presentes no ar inalado, funcionando como o
sistema de limpeza das vias aéreas.
21.
Resposta: D
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. A figura mostra duas células justapostas, com quase ausência de espaço intercelular entre elas, o que é característica de
tecidos epiteliais, e não de tecidos conjuntivos, que apresentam grande diversidade de células separadas por grandes quantidades de
espaço intercelular.
Item B: falso. A presença de microvilosidades para aumentar a superfície de membrana é característica de epitélios absortivos, como
o do intestino.
Item C. falso. A estrutura 1 é uma junção celular denominada zônula de oclusão ou junção vedante, e tem o papel de vedar os espaços
intercelulares.
Item D: verdadeiro. A estrutura 2 é uma junção celular denominada desmossomo, formada por discos perfurados de proteínas na face
interna das membranas das células que se unem, sendo atravessadas por fios protéicos que se entrelaçam uns com os outros no espaço
intercelular e com os filamentos de queratina do citoesqueleto no espaço intercelular, tendo a função de produzir adesão entre células
vizinhas.
Item E: falso. A estrutura 3 é denominada hemidesmossomo e tem a função de aderir células a estruturas acelulares, como ocorre com
a ligação das células epiteliais com a lâmina basal que as conecta ao tecido conjuntivo subjacente.
22.
Resposta: E
Comentário: O tecido epitelial pseudo-estratificado cilíndrico ciliado aparece no revestimento das vias aéreas (fossas nasais, traquéia
e brônquios), onde apresenta glândulas caliciformes e cílios. As glândulas caliciformes são glândulas unicelulares responsáveis pela
produção de muco que recobre os cílios. Quaisquer partículas presentes no ar aderem no muco, sendo então varridas pelos cílios para a
faringe, onde são deglutidas junto à saliva. No estômago, a acidez do suco gástrico destrói a poeira e eventuais microorganismos nela
presentes. Assim, este tecido apresenta uma importante função de remoção de resíduos presentes no ar inalado, funcionando como o
sistema de limpeza das vias aéreas. Assim:
Item A: verdadeiro. Os cílios são estruturas filamentosas móveis curtas e numerosas que se projetam da superfície celular, sendo
constituídas da proteína tubulina.
Item B: verdadeiro. A imobilidade dos cílios dificulta a remoção de material particulado proveniente do ar e favorecer o acúmulo de
muco, que pode acabar acumulando microorganismos; os dois efeitos favorecem o surgimento de infecções respiratórias.
Item C: verdadeiro.
Item D: verdadeiro. Enfisemas pulmonares são caracterizados pela destruição das paredes entre os alvéolos, com conseqüente
dilatação dos mesmos, o que reduz sua relação superfície/volume e dificulta as trocas gasosas; bronquite é a inflamação dos
brônquios; ambas estão entre as principais sequelas dos fumantes com cílios afetados.
Item E: falso. Fumantes passivos também são afetados pela fumaça do cigarro.
23.
Resposta: E
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. Os tecidos epiteliais são constituídos por células geralmente poliédricas, justapostas, com pouca substância
extracelular e sem vascularização. Existem basicamente três tipos de epitélios: de revestimento, glandulares e neuroepitélios. Suas
funções básicas incluem: proteção (pele); absorção (intestinos); transporte de substâncias sobre as superfícies (ação de cílios no
revestimento das vias aéreas e nos ovidutos); secreção (glândulas); excreção (túbulos renais); trocas gasosas (alvéolos pulmonares) e
deslizamento entre superfícies (ex. pleura).
Item II: verdadeiro. Tecidos epiteliais não são irrigados, de modo que suas células apresentam vida curta, sendo constantemente
renovadas e classificadas como lábeis.
Item III: verdadeiro. Células epiteliais são fortemente justapostas, graças a especializações de membrana conhecidas como
complexo unitivo, que engloba zônulas de oclusão, zônulas de adesão e desmossomas, além de junções comunicantes para troca de
substâncias entre células vizinhas e hemidesmossomas que promovem a ligação das células epiteliais com a membrana basal.
Item IV: verdadeiro. Tecidos epiteliais apresentam especializações que se projetam na superfície como cílios, microvilosidades e
estereocílios.
Item V: falso. Tecidos epiteliais não são irrigados, de modo que sua nutrição se dá por difusão a partir dos capilares sangüíneos do
tecido conjuntivo subjacente.
24.
Resposta: E
Comentário:
1. As glândulas endócrinas não dispõem de ductos secretores, lançando suas secreções diretamente em capilares sangüíneos que as
envolvem. Estas secreções de glândulas endócrinas são ditas hormônios. São exemplos as glândulas adrenais a glândula tireóide.
2. As glândulas exócrinas são aquelas dotadas de ductos secretores que conduzem a secreção produzida até determinada cavidade
corporal ou ao próprio meio externo do organismo. São exemplos as glândulas mamárias, as glândulas salivares e as glândulas
sebáceas.
3. As glândulas anfícrinas ou mistas são dotadas de uma parte endócrina e uma parte exócrina. O pâncreas, por exemplo, secreta suco
pancreático (secreção exócrina) através de ácinos e hormônios como a insulina e o glucagon (secreções endócrinas) através de sua
parte endócrina, chamada ilhotas de Langerhans.
Assim, na sequência, tem-se 2, 3, 2, 1, 2 e 1.
25.
Resposta: A
Comentário:
26.
Resposta: A
Comentário: Todos as glândulas são constituídas de tecido epitelial (1), sendo formadas a partir de epitélios de revestimento que
invaginam para o tecido conjuntivo (2) subjacente, onde ficam imersas. Se a glândula possui um ducto secretor, como a glândula I, é
classificada como exócrina (3), pois libera sua secreção fora do corpo ou em cavidades corporais; se a glândula não possui um ducto
secretor, como a glândula II, é classificada como endócrina (4), e libera sua secreção, chamada hormônio, direto na corrente
sangüínea. São exemplos de glândulas exócrinas a glândula salivar e a glândula lacrimal, e de glândulas endócrinas a tireóide (5) e as
paratireóides (5); o pâncreas é classificado como glândula mista ou anfícrina, uma vez que possui uma porção exócrina e uma
endócrina.
27.
Resposta: FFVV
Comentário:
- A representa um tecido epitelial simples pavimentoso;
- B representa um tecido epitelial simples cubóide;
- C representa um tecido epitelial simples prismático com microvilosidades;
- D representa um tecido epitelial estratificado pavimentoso;
- E representa um tecido epitelial estratificado cubóide ou um tecido epitelial de transição;
- F representa um tecido epitelial pseudo-estratificado cilíndrico (prismático) ciliado.
Assim:
1º item: falso. Os endotélios dos vasos, os epitélios das serosas de revestimento das cavidades peritoneal e pericárdica, e os
mesotélios da cavidade pleural são todos exemplos de epitélio simples pavimentoso (Fig. A).
2º item: falso. O revestimento do ovário é constituído por epitélio estratificado prismático, ao passo que o revestimento do intestino é
de epitélio simples prismático com microvilosidades (Fig. C).
3º item: verdadeiro. O epitélio da pele, da boca e do esôfago está caracterizado é estratificado pavimentoso queratinizado (Fig. D),
enquanto que o epitélio de revestimento da bexiga e de parte das vias urinárias é de transição (Fig. E) e o de traquéia e brônquios é
pseudo-estratificado cilíndrico (prismático) ciliado (Fig. F).
4º item: verdadeiro.
28.
Resposta:
A) Ribossomos no retículo endoplasmático rugoso para produzir a parte protéica e complexo de Golgi para adicionar os carboidratos e
preparar a molécula para secreção.
B) Produzem muco que retém partículas potencialmente prejudiciais que entram nas vias aéreas juntamente com o ar inspirado.
29.
Resposta:
A) Suas células são expostas a agentes agressores do meio e não são nutridas por vascularização direta, de modo que morrem
rapidamente e devem ser constantemente renovadas.
B) Células das camadas superficiais da pele: acúmulo de queratina para evitar a perda de água e presença do complexo unitivo
(interdigitações, zônulas de oclusão, zônulas de adesão e desmossomas) para aumentar a adesão e evitar a penetração de invasores;
células da mucosa intestinal: microvilosidades para aumentar a superfície de absorção de nutrientes.
30.
Resposta: O filamento de actina é o principal componente do citoesqueleto, responsável pela manutenção da estrutura das
microvilosidades. Com a utilização de um inibidor da polimerização de actina, houve uma significativa redução da formação das
microvilosidades, estruturas celulares responsáveis pelo aumento da superfície de absorção intestinal.
Aula 34 - Pele
1.
Resposta: E
Comentário: A epiderme humana é um tecido epitelial (constituído então por células poliédricas, justapostas, com pouca substância
extracelular e sem vascularização) classificado como estratificado (com varias camadas celulares) pavimentoso (cuja camada mais
externa é de células achatadas) queratinizado (com alta queratinização). A epiderme possui três camadas celulares principais a saber:
- Camada basal ou germinativa: Em contato com a membrana basal, é uma área de intensa atividade mitótica sendo responsável pela
constante renovação celular, típica de epitélios; assim, pode-se dizer que as células das camadas espinhosa e córneas são células da
camada basal mais velhas.
- Camada espinhosa: Dotada de células vivas, que não mais se dividem, sendo de formato estrelado (o que valeu o nome de camada
espinhosa) para aumentar a superfície de contato entre elas e ricas em desmossomos, o que reforça bastante a epiderme.
- Camada córnea: Pelo fato da queratina ser impermeabilizante, quando as células da camada espinhosa acumulam grandes
quantidades da mesma, o que acontece na superfície da epiderme, acabam morrendo e compondo a camada córnea, que é então
constituída de células mortas pela impermeabilização pela queratina.
2.
Resposta: D
Comentário: A epiderme humana é um tecido epitelial (constituído então por células poliédricas, justapostas, com pouca substância
extracelular e sem vascularização) classificado como estratificado (com varias camadas celulares) pavimentoso (cuja camada mais
externa é de células achatadas) queratinizado (com alta queratinização). A epiderme possui três camadas celulares principais a saber:
- Camada basal ou germinativa: Em contato com a membrana basal, é uma área de intensa atividade mitótica sendo responsável pela
constante renovação celular, típica de epitélios; assim, pode-se dizer que as células das camadas espinhosa e córneas são células da
camada basal mais velhas.
- Camada espinhosa: Dotada de células vivas, que não mais se dividem, sendo de formato estrelado (o que valeu o nome de camada
espinhosa) para aumentar a superfície de contato entre elas e ricas em desmossomos, o que reforça bastante a epiderme.
- Camada córnea: Pelo fato da queratina ser impermeabilizante, quando as células da camada espinhosa acumulam grandes
quantidades da mesma, o que acontece na superfície da epiderme, acabam morrendo e compondo a camada córnea, que é então
constituída de células mortas pela impermeabilização pela queratina.
Assim, a recuperação completa da pele ocorrerá somente se houver a preservação da camada basal ou germinativa, ou seja, I e II.
3.
Resposta: D
Comentário:
4.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. As radiações UV-A não atingem a hipoderme, camada abaixo da derme constituída por tecido conjuntivo adiposo, se
restringindo à derme, onde destroem colágeno e elastina para levar ao fotoenvelhecimento.
Item B: falso. As radiações UV-B não atingem a derme, se restringindo à epiderme, onde causam mutações e câncer de pele.
Item C: verdadeiro. De acordo com a ilustração, as radiações IV têm alta penetração.
Item D: falso. Epiderme e seus anexos, como pêlos e glândulas da pele, têm origem ectodérmica.
Item E: falso. A camada basal da epiderme, a mais profunda, possui células em constante atividade mitótica, enquanto a camada
córnea, a mais superficial, possui células mortas queratinizadas.
5.
Resposta: C
Comentário: Em animais homeotérmicos:
- A atividade de vasoconstricção na pele diminui o fluxo sangüíneo para a mesma, causando palidez e diminuindo a eliminação de
calor pelo corpo por irradiação, o que auxilia na manutenção da temperatura em situações de exposição ao frio.
- A atividade de vasodilatação na pele aumenta o fluxo sangüíneo para a mesma, causando vermelhidão e aumentando a eliminação de
calor pelo corpo por irradiação e aumento da sudorese, o que auxilia na manutenção da temperatura em situações de exposição ao
calor.
6.
Resposta: A
Comentário: Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. Nos animais, a pele apresenta uma série de anexos epidérmicos como as glândulas sudoríparas para a produção
de suor e regulação térmica, as glândulas sebáceas para a produção de lipídios e a lubrificação/impermeabilização dos pêlos, e os
fâneros, apêndices formados por células mortas queratinizadas, com funções diversas como retenção de calor (pêlos e penas), proteção
(escamas, unhas e cascos), defesa (cornos), etc...
Item B: falso. A pele possui a mesma organização anatômica nos vários grupos étnicos humanos existentes no mundo, apresentando
duas camadas, a mais externa sendo a epiderme (tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado) e a mais interna derme
(tecido conjuntivo propriamente dito). O que varia de um grupo para o outro é a quantidade de pigmento (melanina) que ocorre.
Item C: falso. A diferença de pigmentação da pele entre os vários grupos étnicos humanos está na quantidade de melanina produzida,
uma vez que todos possuem a mesma quantidade de melanócitos.
Item D: falso. Como todos os tecidos epiteliais, a epiderme não é irrigada por vasos, o que contribui para diminuir a vulnerabilidade
ao ataque de microorganismos.
7.
Resposta: D
Comentário: Animais endotérmicos são aqueles que produzem calor corporal próprio para a manutenção de suas atividades vitais.
São, de modo geral, homeotérmicos, ou seja, capazes de manter sua temperatura corporal constante. Como exemplos, têm-se aves e
mamíferos. Para isso, possuem estruturas responsáveis pela retenção de calor corporal, como o tecido adiposo subcutâneo e uma série
de anexos epidérmicos. Entre eles, têm-se as glândulas sudoríparas para a produção de suor e regulação térmica, as glândulas sebáceas
para a produção de lipídios e a lubrificação/impermeabilização dos pêlos, e os fâneros, apêndices formados por células mortas
queratinizadas, com funções diversas como retenção de calor (pêlos e penas), proteção (escamas, unhas e cascos), defesa (cornos),
etc... Assim, pêlos agem no (1) controle de temperatura, células adiposas agem no (1) controle de temperatura e na (2) armazenagem
(de gordura), glândulas sebáceas agem no (1) controle de temperatura (uma vez que os lipídios por elas secretados ajudam a manter a
estrutura dos pêlos e a reter calor) e glândulas sudoríparas agem no (1) controle de temperatura e (2) na excreção (de substâncias
diversas, como a uréia). Tem-se então que Glândulas sudoríparas e células adiposas, dentre as estruturas citadas na tabela,
desempenham pelo menos duas das funções mencionadas na tabela.
8.
Resposta: E
Comentário: Animais endotérmicos são aqueles que produzem calor corporal próprio para a manutenção de suas atividades vitais.
São, de modo geral, homeotérmicos, ou seja, capazes de manter sua temperatura corporal constante. Para isso, possuem estruturas
responsáveis pela retenção de calor corporal, como o tecido adiposo subcutâneo e anexos epidérmicos constituídos de queratina, como
penas em aves e pêlos em mamíferos. Em situações em que a temperatura ambiental é muito elevada, organismos endotérmicos
ativamente eliminam calor através de processos como o aumento da sudorese, o relaxamento dos músculos involuntários (I, o que
diminui o atrito entre eles e reduz a geração de calor, além de, nos vasos sangüíneos da pele, levar a uma vasodilatação que auxilia na
eliminação de calor para o meio), a diminuição do metabolismo basal (II, para diminuir a geração de calor) e a respiração ofegante
(IV, que elimina calor pela evaporação da água dos pulmões, liberada para o meio como o vapor de água da expiração).
9.
Resposta: D
Comentário:
10.
Resposta: B
Comentário:
11.
Resposta: C
Comentário:
12.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. A pele é o maior órgão do nosso corpo, correspondendo a cerca de 16% da massa corporal total, e é constituída
de duas camadas: epiderme (tecido epitelial) e derme (tecido conjuntivo). Alguns autores incluem a hipoderme na pele, sendo essa
também conhecida como tecido celular subcutâneo, formado por tecido adiposo.
Item II: verdadeiro. A cor da nossa pele é determinada, basicamente, pela ação da melanina (marrom-escura e produzida nos
melanócitos para proteger contra o excesso de radiação ultravioleta do sol) e caroteno (de natureza lipídica e de cor alaranjada, obtida
na alimentação e armazenada na hipoderme, onde é precursora da vitamina A).
Item III: falso. Os tecidos epiteliais, como a epiderme, são constituídos por células geralmente poliédricas, justapostas, com pouca
substância extracelular e sem vascularização.
Item IV: falso. A camada mais externa da epiderme é chamada córnea, sendo formada por células mortas altamente queratinizadas,
tendo papel impermeabilizante para evitar sua dessecação.
13.
Resposta: D
Comentário:
14.
Resposta: E
Comentário:
A pele (tegumento) dos animais vertebrados apresentam uma série de anexos epidérmicos. Entre eles, têm-se as glândulas sudoríparas
para a produção de suor e regulação térmica, as glândulas sebáceas para a produção de lipídios e a lubrificação/impermeabilização dos
pêlos, e os fâneros, apêndices formados por células mortas queratinizadas, com funções diversas como retenção de calor (pêlos e
penas), proteção (escamas, unhas e cascos), defesa (cornos), etc...
Chifres, entretanto, não são especializações do tegumento, não sendo formados por queratina, e sim por ossos, sendo cobertos por
pele. Eles atuam como estruturas para defesa, ataque e regulação térmica (através de seus vasos sangüíneos cutâneos, sendo estruturas
sazonais presentes nas estações quentes e ausentes nas estações frias (para reduzir as perdas de calor nessa época do ano).
15.
Resposta: D
Comentário:
16.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. A camada dérmica da pele de mamíferos é constituída por tecido conjuntivo, não apresentando queratinização. A
camada epidérmica da pele de mamíferos, em seu estrato córneo mais externo, possui queratinização intensa.
Item B: falso. Condrícties são também conhecidos como peixes cartilaginosos por possuírem endoesqueleto essencialmente
cartilaginoso, enquanto osteícties são também conhecidos como peixes ósseos por possuírem endoesqueleto essencialmente ósseo. Em
ambos os casos, os esqueletos não possuem queratinização.
Item C: verdadeiro. As escamas da pele de serpentes, lagartos e demais répteis são chamadas de escamas córneas e são formadas
essencialmente por queratina, sendo resultado de uma queratinização intensa de células da pele.
Item D: falso. Diplópodes e quilópodes são artrópodes, de modo que seu revestimento externo é constituído de quitina, que forma seu
exoesqueleto (cutícula).
Item E: falso. A concha dos moluscos, como gastrópodes e bivalves, é formada por nácar ou madrepérola, material constituído por
resinas orgânicas e carbonato de cálcio (calcário).
Observação: Cuidado para não confundir queratina (proteína típica de vertebrados) com quitina (polissacarídeo típico de
invertebrados)!
17.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. A derme é a camada mais interna da pele, sendo constituída de tecido conjuntivo, e a epiderme é a camada mais
externa da pele, sendo constituída de tecido epitelial.
Item B: verdadeiro. A derme é quem confere elasticidade e resistência à pele, e a aplicação interna dessas substâncias atua no
preenchimento dos locais falhos, sendo que a aplicação externa não tem efeito significativo porque a epiderme é impermeável.
Item C: falso. As células epiteliais são fortemente justapostas, além de queratinizadas,o que faz com que o epitélio seja totalmente
impermeável à água e a essas substâncias, a não ser pela passagem de algumas delas pelos poros da pele.
Item D: falso. As substâncias citadas não têm ação nenhuma em estimular a duplicação das camadas do tecido epitelial, além de a
derme ser formada por tecido conjuntivo, e não epitelial.
Item E: falso. A forte justaposição entre as células epidérmicas e sua forte queratinização impedem a passagem das substâncias até a
derme, evitando sua atividade se aplicadas externamente.
18.
Resposta: A
Comentário: Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. As células de Langerhans são macrófagos localizados principalmente no estrato espinhoso (intermediário) da
epiderme e são responsáveis pelo reconhecimento e destruição de agentes estranhos que penetram na pele através de mecanismos de
fagocitose.
Item B: falso. Os melanócitos, responsáveis pela produção e distribuição da melanina, têm origem na epiderme.
Item C: falso. Na maior parte do corpo, a epiderme possui três camadas de células, chamadas de camada córnea, camada espinhosa e
camada basal ou germinativa, sendo esta ultima a mais interna e responsável pela produção de novas células.
Item D: falso. Os corpúsculos de Meissner da pele são responsáveis pela captação de estímulos de tato leve e têm formato
arredondado.
Item E: falso. As glândulas sebáceas têm por função principal secretar lipídios que contribuem para lubrificar a pele e os pêlos,
regulando a temperatura corporal e, principalmente, impermeabilizando a pele.
19.
Resposta: D
Comentário: Analisando cada item:
1º item: verdadeiro. O tecido adiposo é um tipo de tecido conjuntivo.
2º item: falso. Todo tecido epitelial, por ser avascular, é sustentado por um conjuntivo subjacente; entre eles, ocorre uma membrana
basal, composta por uma lâmina basal (feita principalmente de uma proteína denominada laminina) e uma camada subjacente de fibras
colágenas.
3º item: verdadeiro. O músculo peitoral é classificado como um músculo estriado esquelético.
4º item: verdadeiro. As células do estrato germinativo ou basal da epiderme têm forma prismática, as células do estrato espinhoso
intermediário têm forma ramificada e as células da camada córnea, mais superficiais, são achatadas, tendo forma pavimentosa.
5º item: verdadeiro. Todas as glândulas são constituídas por tecido epitelial.
20.
Resposta: VVFVV
Comentário:
1º item: verdadeiro. Como mostrado na figura, a tinta é injetada na derme, cuja origem embrionária é a mesma dos vasos sanguíneos,
a mesoderme.
2º item: verdadeiro. Não ocorre constante renovação celular na derme, como na epiderme, que é formada por glândulas, fibras
colágenas, etc.,
3º item: falso. A após a tatuagem ocorre reação inflamatória seguida de cicatrização, mostrando que ocorre reação imune; em alguns
casos também há reação alérgica.
4º item: verdadeiro. O estímulo dos melanócitos com a luz solar deixa a pele bronzeada, dificultando a visualização da tatuagem.
5º item: verdadeiro. A dificuldade de coagulação sanguínea atrapalha a cicatrização; pessoas HIV positivas podem estar
imunologicamente deficientes e, portanto, susceptíveis a infecções secundárias. Ainda, a reutilização de agulhas pode transmitir o
vírus a outras pessoas.
21.
Resposta: FVVVF
Comentário:
1º item: falso. Os melanócitos, células ramificadas produtoras de melanina, são encontradas na camada espinhosa intermediária da
epiderme, sendo que seu número é aproximadamente constante em todos os indivíduos; o que determina a cor da pele é a quantidade
de melanina, e não de melanócitos.
2º item: verdadeiro. As células do estrato germinativo da epiderme se multiplicam, sendo que as mais velhas são empurradas para
cima, passando à camada espinhosa e sofrendo um processo de queratinização, morrendo e passando a constituir a camada córnea
mais superficial da nossa pele.
3º item: verdadeiro. A epiderme (tecido epitelial) não é irrigada, sendo que sua nutrição se dá por difusão a partir dos capilares da
derme (tecido conjuntivo), onde encontramos abundante irrigação sangüínea.
4º item: verdadeiro. As glândulas sudoríparas produzem suor que, ao evaporar, removem o calor da pele, uma vê que a água possui
um alto calor latente de vaporização.
5º item: falso. Abaixo da derme, tem-se a hipoderme ou tecido celular subcutâneo, constituído de tecido conjuntivo adiposo, que não
é considerada parte da pele por alguns autores, além de ter espessura variável nas várias partes do corpo.
22.
Resposta:
A) Porque as pessoas de pele clara não possuem muita melanina, estando mais vulneráveis à ação mutagênica dos raios ultravioleta do
sol.
B) Ativação da vitamina D na pele.
C) Epiderme (de origem ectodérmica) e derme (como é um tecido conjuntivo, de origem mesodérmica).
23.
Resposta: O fato de as folhas de alface permanecerem mergulhadas em água garante, em primeiro lugar, a não ocorrência de
transpiração; em certa medida, há ainda absorção de água, por osmose, pelas células do alface, que são hipertônicas em relação ao
meio em que estão mergulhadas, tendendo à turgescência, garantida pela presença da membrana celulósica. Quanto à pele humana, ela
se enruga devido à hidratação da queratina, camada superficial, morta, da epiderme.
24.
Resposta: A água dos pulmões evapora e com isso elimina calor corporal. No caso, dos cães, como só possuem glândulas sudoríparas
no focinho e nas almofadas das patas, precisam deste sistema para eliminar calor; no caso do exercício, o calor gerado pela atividade
física pode ser mais facilmente eliminado.
25.
Resposta:
A) UV A. Como as células produtoras de melanina, denominadas de melanócitos, estão localizadas na parte mais profunda da
epiderme, elas serão mais estimuladas pela radiação UV A, que apresenta maior penetração.
B) Células adiposas ou adipócitos. O maior desenvolvimento dessa camada em animais de clima frio permite um melhor isolamento
térmico e um acúmulo de reservas energéticas.
26.
Resposta: A proteção contra infecções bacterianas é realizada pela queratina depositada sobre a superfície das células epiteliais. O
tecido conjuntivo subjacente, constituinte da derme, apresenta macrófagos e linfócitos, células do sistema de defesa do organismo.
27.
Resposta:
A) Células: melanócitos; tecido: epiderme (ou tecido epitelial, ou epitélio).
B) Por causar problema na replicação do DNA.
C) Células do estrato (ou camada) basal.
D) Reprodução indefinida.
Comentário: A radiação UVA estimula a síntese de melanina pelos melanócitos presentes na epiderme. Porém essa mesma radiação
pode causar problema na replicação (ou duplicação) do DNA ao induzir ligações covalentes entre bases nitrogenadas, originando
mutações. Devido à alta taxa de divisão celular das células da epiderme, principalmente do estrato basal, os mecanismos de reparo do
DNA podem não ser efetivos na correção das alterações que ocorrem na molécula do DNA, possibilitando que as células que sofreram
mutação possam vir a se transformar em células cancerosas. Uma característica dessas células malignas é a reprodução indefinida
devido ao não encurtamento dos telômeros, uma vez que a telomerase está sendo produzida por essas células.
28.
Resposta: A temperatura corpórea é uma das variáveis fisiológicas mais bem reguladas nas aves e nos mamíferos. No calor, o
homem, como a maioria dos mamíferos, utiliza principalmente o controle da sudorese (produção de suor) como estratégia de perda do
calor corporal. Aliado a isso, ocorre a vasodilatação dos vasos sangüíneos cutâneos. A alta capacidade calorífica da água do suor serve
para absorver o calor da pele. A água evapora, resfriando a pele e, por condução, o sangue que está nos vasos cutâneos. Daí, através de
convecção, o sangue irá resfriar as partes internas de todo o corpo, enviando informações ao hipotálamo de que a temperatura voltou à
normalidade.
29.
Resposta: Por apresentarem grande superfície relativa irrigada, os chifres funcionam como irradiadores de calor. A queda destas
estruturas no inverno reduz a perda de calor.
30.
Resposta: Até parece que dois surfistas iam ficar falando disso... Mas tudo bem... A idéia correta é a do surfista 2. Nosso corpo não
sofreria desidratação uma vez que a nossa pele é queratinizada, impedindo a perda de água por osmose.
Aula 35 - Tecidos Conjuntivos
1.
Resposta: B
Comentário: O tecido adiposo multilocular apresenta várias gotas de lipídio por adipócito. Isso favorece a quebra desse lipídio, uma
vez que já está parcialmente quebrado, e sua utilização para a produção de energia como calor. Possui mitocôndrias em abundância, o
que confere a ele uma coloração amarronzada, e por isso é dito também tecido adiposo marrom. As mitocôndrias são usadas para a
produção de calor. Estas mitocôndrias apresentam uma proteína especial denominada termogenina que é uma desacopladora: ela
transporta prótons de hidrogênio de espaço intermembrana para a matriz sem passar pelos oxissomos, sendo a energia então liberada
como calor. Este tecido é encontrado em animais polares e em recém-nascidos humanos (próximo à nuca; nestes últimos esse tecido é
importante porque não possuem um controle térmico adequado). O mecanismo de regulação da temperatura realizado pela gordura
marrom está associado à presença de termogenina, uma proteína desacopladora.
2.
Resposta: B
Comentário: Os plasmócitos as células do tecido conjuntivo responsáveis pela formação de proteínas de defesa conhecidas como
anticorpos ou imunoglobulinas. Os plasmócitos são células ovoides, com núcleo esférico, excêntrico (não central) e com cromatina
em uma disposição bem típica, conhecida como “em roda de carroça”. Os plasmócitos se originam a partir de leucócitos que
abandonam o sangue por diapedese, particularmente a partir dos linfócitos B. Observe a figura abaixo representativa de um
plasmócito.
3.
Resposta: B
Comentário: O tecido conjuntivo caracteriza-se, morfologicamente, por apresentar diversos tipos de células, separadas por grande
quantidade de material intercelular fabricado por elas. No caso do sangue, a matriz extracelular é líquida e não dotada de fibras
protéicas, sendo conhecida pelo nome de plasma.
4.
Resposta: B
Comentário: Os tendões são constituídos de um tipo de tecido conjuntivo propriamente dito denominado tecido conjuntivo denso
modelado ou tendinoso, caracterizado pela abundância de fibras colágenas orientadas numa mesma direção, o que confere grande
resistência mecânica nessa direção. Nos tendões, essa propriedade é importante para que se possa transferir a força de contração
muscular para os ossos aos quais os músculos se ligam.
5.
Resposta: E
Comentário:
6.
Resposta: E
Comentário:
7.
Resposta: D
Comentário:
8.
Resposta: D
Comentário:
9.
Resposta: C
Comentário:
10.
Resposta: A
Comentário:
11.
Resposta: D
Comentário:
12.
Resposta: E
Comentário:
13.
Resposta: E
Comentário:
14.
Resposta: C
Comentário:
15.
Resposta: E
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. O tecido adiposo é formado por adipócitos, células derivadas dos lipoblastos, que se especializaram em armazenar
gordura (quimicamente formada por ácidos graxos e glicerol), sendo parte dela proveniente da dieta e parte dela produzida a partir do
excesso de carboidratos provenientes da dieta.
Item B: falso. A pele é formada por um epitélio estratificado pavimentoso de origem ectodérmica, cuja função é a de conferir
proteção mecânica e de proteção contra a perda de água.
Item C: falso. As fibras elásticas são formadas pela proteína elastina, que conferem elasticidade, e as fibras colágenas são formadas
pela proteína colágeno, que conferem resistência à tração; ambas são menos abundantes na pele de pessoas idosas, justificando a
ocorrência de rugas nas mesmas.
Item D: falso. O colágeno é a proteína mais abundante do corpo humano, sendo sintetizada pelos fibroblastos; plasmócitos são
responsáveis pela produção de anticorpos.
Item E: verdadeiro.
16.
Resposta: D
Comentário:
17.
Resposta: B
Comentário: A principal substância de reserva em organismos animais são os lipídios, que armazenam grandes quantidades de
energia em massas menores quando comparados a carboidratos. Por isso, o excesso de carboidrato ingerido é convertido em gordura
para que seja armazenado. O tecido adiposo amarelo ou unilocular, encontrado em áreas como hipoderme (tecido celular subcutâneo)
e medula óssea amarela é o principal responsável pelo armazenamento de lipídios na forma de gorduras. Para alguns autores, o tecido
adiposo é uma modalidade de tecido conjuntivo frouxo, sendo que ele apresenta uma pequena vascularização quando comparado a
outros tipos de tecido frouxo. Ganhos ou perdas de peso não alteram a quantidade de adipócitos, mas sim a quantidade de gordura
armazenada pelos mesmos.
18.
Resposta: B
Comentário: O tecido adiposo amarelo ou unilocular é um tipo de tecido conjuntivo encontrado em áreas como hipoderme (tecido
celular subcutâneo) e medula óssea amarela e é o principal responsável pelo armazenamento de lipídios na forma de gorduras. Suas
células, chamadas adipócitos, são globosas e com o citoplasma quase todo ocupado por uma grande gota de gordura, tanto que seu
núcleo é empurrado para a periferia do mesmo.
19.
Resposta: B
Comentário:
20.
Resposta: C
Comentário: O processo de cicatrização consiste no reparo de lesões teciduais com tecido conjuntivo, o que se dá pela intensa
produção de fibras colágenas pelos fibroblastos.
21.
Resposta: C
Comentário: O processo de cicatrização consiste no reparo de lesões teciduais com tecido conjuntivo, o que se dá pela intensa
produção de fibras colágenas pelos fibroblastos.
22.
Resposta: A
Comentário: As estrias são resultado do esticamento excessivo da pele, superando sua capacidade elástica, o que gera rupturas no
tecido conjuntivo da derme. Este, ao cicatrizar, acumula tecido fibroso na área rompida e aparece sob a epiderme como a estria.
23.
Resposta: C
Comentário: O tecido conjuntivo caracteriza-se, morfologicamente, por apresentar diversos tipos de células, como fibroblastos,
mastócitos, plasmócitos e macrófagos, separadas por grande quantidade de material intercelular fabricado por elas. Ele corresponde ao
tecido mais abundante do organismo animal, exercendo inúmeras funções, como preenchimento de espaços, sustentação, transporte,
defesa, reserva energética, cicatrização, etc. Assim, são tecidos conjuntivos o tecido ósseo (esqueleto), o tecido adiposo (reserva
adiposa), o tecido sangüíneo (sangue), os tecidos conjuntivos propriamente ditos (tendões) e o tecido cartilaginoso (pavilhão auditivo),
dentre outros.
24.
Resposta: E
Comentário: O tecido conjuntivo caracteriza-se, morfologicamente, por apresentar diversos tipos de células, como fibroblastos,
mastócitos, plasmócitos e macrófagos, separadas por grande quantidade de material intercelular fabricado por elas. Ele corresponde ao
tecido mais abundante do organismo animal, exercendo inúmeras funções, como preenchimento de espaços, sustentação, transporte,
defesa, reserva energética, cicatrização, etc.
25.
Resposta: B
Comentário: Os tendões são constituídos de um tipo de tecido conjuntivo propriamente dito denominado tecido conjuntivo denso
modelado ou tendinoso, caracterizado pela abundância de fibras colágenas orientadas numa mesma direção, o que confere grande
resistência mecânica nessa direção. Nos tendões, essa propriedade é importante para que se possa transferir a força de contração
muscular para os ossos aos quais os músculos se ligam.
26.
Resposta: E
Comentário: As células sangüíneas de mamíferos são formadas por um tipo de tecido conjuntivo denominado tecido hematopoiético
ou linforreticular, que apresenta células-tronco que se multiplicam e se diferenciam em células sangüíneas.
- O tecido hematopoiético mielóide ocorre na medula óssea vermelha e origina hemácias, plaquetas e a maioria dos tipos de
leucócitos;
- O tecido hematopoiético linfóide ocorre em várias regiões, inclusive na medula óssea vermelha, e origina apenas leucócitos
linfócitos. Outros órgãos linfóides são o timo, o baço, as tonsilas (amígdalas e adenóides) e os nódulos linfáticos. O timo é
particularmente importante, uma vez que é nele que se dá a maturação dos linfócitos T.
27.
Resposta: C
Comentário: As células sangüíneas de mamíferos são formadas por um tipo de tecido conjuntivo denominado tecido hematopoiético
ou linforreticular, que apresenta células-tronco que se multiplicam e se diferenciam em células sangüíneas.
- O tecido hematopoiético mielóide ocorre na medula óssea vermelha e origina hemácias, plaquetas e a maioria dos tipos de
leucócitos;
- O tecido hematopoiético linfóide ocorre em várias regiões, inclusive na medula óssea vermelha, e origina apenas leucócitos
linfócitos.
Em casos de leucemia (câncer de tecido hematopoiético), o tratamento consiste na eliminação do câncer por meios como a
quimioterapia, o que também destrói a medula óssea saudável do paciente. Assim, o paciente deverá receber uma nova medula óssea
de um doador compatível, para que possa produzir adequadamente novas células sangüíneas.
Assim:
Item A: verdadeiro. No sangue dessa criança, circularão células com diferentes constituições cromossômicas, uma vez que ainda
restarão células produzidas pela medula óssea original e haverá as células produzidas pela nova medula óssea transplantada.
Item B: verdadeiro. As células originais da criança com cariótipo XY (sexo masculino) não possuem cromatina sexual, mas as novas
células produzidas pela medula óssea transplantada terão cariótipo XX (uma vez que a doadora de medula óssea era do sexo
feminino), possuindo cromatina sexual. (Lembre-se que cromatina sexual ou corpúsculo de Barr é um dos cromossomos X das células
de mulheres que permanecem inativados na intérfase como heterocromatina).
Item C: falso. A diabetes tipo I está relacionada com a deficiência na produção de insulina pelas células beta das ilhotas de
Langerhans do pâncreas, não tendo relação com o sangue ou a medula óssea.
Item D: verdadeiro. Como a nova medula óssea recebida no transplante produzirá as novas células sangüíneas da criança, seu tipo
sanguíneo passará a ser o da doadora da medula óssea, e conseqüentemente distinto do seu tipo sangüíneo original.
28.
Resposta: C
Comentário: O tecido adiposo é um tipo de tecido conjuntivo encontrado em áreas como hipoderme (tecido celular subcutâneo) e
medula óssea amarela e é o principal responsável pelo armazenamento de lipídios na forma de gorduras.
Assim:
Item I: falso. Todos os tecidos conjuntivos são de origem mesodérmica.
Item II: falso. O emagrecimento não provoca a redução do número de adipócitos no corpo, mas sim a quantidade de gordura
armazenada nos mesmos.
Item III: verdadeiro. O tecido adiposo amarelo ou unilocular possui uma gota de gordura por célula e tem papel de reserva, enquanto
o tecido adiposo marrom ou multilocular, possui várias gotas de gordura por célula e é rico em mitocôndrias dotadas da proteína
termogenina, que desvia o metabolismo mitocondrial para a geração de calor ao invés de ATP; assim, mamíferos recém-nascidos e
animais polares são ricos em tecido adiposo marrom para a geração de calor.
29.
Resposta:
A) célula: fibroblasto; vitamina: C.
B) histamina e heparina.
C) tecido conjuntivo.
30.
Resposta: Com o transplante de medula óssea, as células geradas pelo tecido hematopoiético mielóide passarão a ter as características
do doador da medula. Como linfócitos B e macrófagos são de origem mielóide e eles têm cariótipo XX, pode-se concluir que o doador
da medula é na verdade uma doadora mulher fêmea do sexo feminino. Como epitélio intestinal e músculo liso não têm origem
mielóide, conclui-se que o paciente é do homem, do sexo masculino, com cariótipo XY.
Aula 36 - Tecido Sanguíneo
1.
Resposta: A
Comentário: Os elementos figurados correspondem a células ou fragmentos de células, correspondendo a hemácias, plaquetas e
leucócitos.
- As hemácias ou eritrócitos ou glóbulos vermelhos têm como função o transporte de oxigênio, devido à presença de um pigmento
respiratório denominado hemoglobina. A hemácia de mamíferos é uma célula anucleada com forma bicôncava.
- As plaquetas ou trombócitos não são células, mas fragmentos de uma célula proveniente da medula óssea vermelha denominada
megacariócito. As plaquetas participam do processo de coagulação sangüínea, pois acumulam vesículas que contêm a enzima
tromboplastina.
- Os leucócitos ou glóbulos brancos são as principais células de defesa do organismo.
Como o indivíduo apresenta número de hemácias menor do que o normal, apresenta problemas no transporte de oxigênio, e
conseqüentes efeitos como cansaço e dificuldade de respirar. Como o indivíduo apresenta número de plaquetas menor do que o
normal, apresenta deficiência de coagulação sangüínea, e conseqüente efeito de sangramento nasal.
2.
Resposta: A
Comentário: A coagulação sangüínea ocorre quando, após um ferimento ou pancada, as plaquetas e os tecidos lesados liberam
tromboplastina, enzima capaz de catalisar a transformação de protrombina (inativa) em trombina (ativa). A trombina converte o
fibrinogênio (solúvel) em fibrina (insolúvel). A malha de fibrina retém os glóbulos sanguíneos formando o coágulo que estanca a
hemorragia. Os íons cálcio (Ca++) participam como cofator enzimático na catálise da maioria das reações da cascata da coagulação
sangüínea, sendo fundamental para ativação de alguns fatores da coagulação, como a própria trombina. O risco da utilização de
fibrinogênio extraído de sangue humano está na contaminação do paciente por vírus no sangue utilizado no processo; a não utilização
do sangue humano evita a contaminação por vírus humanos.
3.
Resposta: E
Comentário: A talassemia, também chamada de Anemia de Cooley ou Anemia do Mediterrâneo, é uma doença genética, onde há
alteração na produção de hemoglobina, com consequente prejuízo no transporte de oxigênio nas hemácias. Como na anemia por falta
de ferro, ocorrem sintomas como falta de ar, cansaço e fraqueza, além de afetar a medula óssea e os ossos. Como a hemoglobina está
nas hemácias e as hemácias são produzidas na medula óssea, a talassemia pode ser tratada com transplante de medula óssea ou de
células tronco formadoras de medula óssea. Um obstáculo ao transplante é encontrar um doador compatível de medula óssea. Essa
compatibilidade é dada por substâncias denominadas de moléculas de histocompatibilidade no glicocálix das células, que é constituído
de glicoproteínas e glicolipídios na membrana celular. Assim, analisando cada item:
Item A: falso: Segundo o texto, é no cromossomo 6 que “estão localizados os principais genes associados à compatibilidade e à
rejeição”, e não à talassemia. A produção de hemoglobina defeituosa na talassemia está relacionada a genes do cromossomo 11.
Item B: falso: As células-tronco retiradas da irmã de Vitória formarão uma nova medula óssea produtora de hemoglobina normal,
uma vez que a medula óssea original de Vitória só pode produzir hemoglobina defeituosa.
Item C: falso: Se há compatibilidade entre Vitória e sua irmã, pode-se afirmar que os glicocálix de ambas possuem os mesmos
glicídios.
Item D: falso: Como mencionado, a compatibilidade não está relacionada a anticorpos semelhantes, mas ao glicocálix semelhante.
Item E: verdadeiro: Enquanto Vitória não é curada com o transplante de células tronco de sua irmã, as transfusões sangüíneas que ela
recebe ajudam a regularizar as taxas e a ação da hemoglobina em seu corpo, e a hemoglobina nas hemácias está relacionada ao
transporte de gás oxigênio utilizado na respiração aeróbica para a produção de energia.
4.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. As hemácias não são responsáveis por todo o transporte de gases respiratórios, uma vez que parte deles é transportado
no plasma sangüíneo; a maior parte do transporte de gás carbônico se dá na forma de bicarbonato no plasma.
Item B: falso. Numa infecção, o número de neutrófilos (tipo de leucócito) aumenta para otimizar a fagocitose dos microorganismos
invasores.
Item C: verdadeiro. Como são anucleadas, as hemácias em mamíferos têm vida curta e são constantemente repostas pela
multiplicação e diferenciação de células-tronco da medula óssea (tecido hematopoiético mielóide).
Item D: falso. O cariótipo humano representa os cromossomos da célula, de modo que os glóbulos vermelhos não podem ser usados
em sua montagem por serem anucleados (e conseqüentemente sem cromossomos).
Item E: falso. A hemoglobina só é sintetizada nas hemácias jovens que ainda não perderam seus núcleos, uma vez que sem núcleo
não há DNA para produzir RNA para promover a síntese protéica.
5.
Resposta: C
Comentário: Os elementos figurados correspondem a células ou fragmentos de células, correspondendo a hemácias, plaquetas e
leucócitos.
- As hemácias ou eritrócitos ou glóbulos vermelhos têm como função o transporte de oxigênio, devido à presença de um pigmento
respiratório denominado hemoglobina. A hemácia de mamíferos é uma célula anucleada com forma bicôncava. Estão representadas
em II.
- As plaquetas ou trombócitos não são células, mas fragmentos de uma célula proveniente da medula óssea vermelha denominada
megacariócito. As plaquetas participam do processo de coagulação sangüínea, pois acumulam vesículas que contêm a enzima
tromboplastina. Estão representadas em I.
- Os leucócitos ou glóbulos brancos são as principais células de defesa do organismo. Estão representadas em III, na forma de
neutrófilos. Os neutrófilos se coram por corantes neutros e são células de formato amebóide com núcleo trilobulado e função
fagocítica. São os leucócitos mais abundantes no sangue, e por isso os primeiros a chegar nas infecções.
6.
Resposta: D
Comentário: Os linfócitos são leucócitos de formato esférico, com núcleo esférico grande ocupando quase todo citoplasma. Existem
dois tipos de linfócitos, os linfócitos B e os linfócitos T. Os linfócitos B transformam-se em plasmócitos para produzir anticorpos. Os
linfócitos T existem em duas variedades, os linfócitos Tc (ou T8) e os linfócitos Th (ou T4).
- Os linfócitos Tc (citotóxicos) ou T8 recebem também o nome de células assassinas naturais e agem contra células cancerosas ou
células infectadas por vírus.
- Os linfócitos Th (do inglês helper, ‘auxiliar’) ou T4 são responsáveis pelo controle de todas as funções do sistema imunológico
através de substâncias denominadas citocinas ou linfocinas.
O termo LT4 diz respeito à presença na membrana celular destas células de uma proteína denominada CD-4. Esta proteína é receptora
para o vírus HIV causador da AIDS. Observe que o LT8 não é atacado pelo vírus HIV porque não tem CD-4, e sim CD-8. Assim, o
vírus da AIDS, o HIV, ataca os linfócitos T4 apenas. Como estas células atuam no controle de todas as atividades do sistema imune, a
destruição da mesma leva a uma inatividade do sistema imune, caracterizando uma imunodeficiência.
7.
Resposta: B
Comentário: A coagulação sangüínea ocorre quando, após um ferimento ou pancada, as plaquetas e os tecidos lesados liberam
tromboplastina, enzima capaz de catalisar a transformação de protrombina (inativa) em trombina (ativa). A trombina converte o
fibrinogênio (solúvel) em fibrina (insolúvel). A malha de fibrina retém os glóbulos sanguíneos formando o coágulo que estanca a
hemorragia. Os íons cálcio (Ca++) participam como cofator enzimático na catálise da maioria das reações da cascata da coagulação
sangüínea, sendo fundamental para ativação de alguns fatores da coagulação, como a própria trombina. As proteínas que agem no
processo de coagulação sangüínea, denominadas fatores da coagulação, são produzidas no fígado na presença de vitamina K.
8.
Resposta: E
Comentário: Analisando cada paciente:
- X apresenta número normal de hemácias e leucócitos, mas apresenta número de plaquetas menor do que o normal, com deficiência
de coagulação sanguínea;
- Y apresenta número normal de hemácias e plaquetas, mas apresenta número de leucócitos maior do que o normal, devendo estar com
uma infecção;
- Z apresenta número normal de hemácias e plaquetas, mas apresenta número de leucócitos menor do que o normal, com deficiência
de imunidade.
Assim, analisando cada item:
Item A: falso. O paciente X não poderá submeter-se à cirurgia, uma vez que apresenta número de plaquetas menor do que o normal,
com deficiência de coagulação sangüínea.
Item B: falso. O paciente Y provavelmente não poderá submeter-se à cirurgia, uma vez que apresenta número de leucócitos maior do
que o normal, devendo estar com uma infecção.
Item C: falso. O paciente Z não poderá se submeter à cirurgia, uma vez que apresenta número de leucócitos menor do que o normal,
com deficiência de imunidade.
Item D: falso. A hemorragia compromete o transporte de O2 pelo sangue, uma vez que esta tarefa é executada pelas hemácias.
Item E: verdadeiro. O plasma é a parte líquida do sangue, transportando substâncias como nutrientes, hormônios e excretas
nitrogenadas.
9.
Resposta: A
Comentário:
10.
Resposta: A
Comentário: Os plasmócitos as células do tecido conjuntivo responsáveis pela formação de proteínas de defesa conhecidas como
anticorpos ou imunoglobulinas. Os plasmócitos são células ovóides, com núcleo esférico, excêntrico (não central) e com cromatina
em uma disposição bem típica, conhecida como “em roda de carroça”. Os plasmócitos se originam a partir de leucócitos que
abandonam o sangue por diapedese, particularmente a partir dos linfócitos B. Observe a figura abaixo representativa de um
plasmócito.
11.
Resposta: B
Comentário: As hemácias são formadas a partir do tecido hematopoiético mielóide por um processo denominado eritropoiese.
Primeiramente são formadas células denominadas eritroblastos, ainda na medula óssea vermelha e nucleados. Estas saem da medula
óssea para o sangue, onde assume o nome de reticulócitos, que são anucleados, mas ainda com organelas. Na corrente sangüínea, eles
perdem as demais organelas, assumindo a forma de hemácias ou eritrócitos efetivamente.
12.
Resposta: B
Comentário: Os leucócitos ou glóbulos brancos são células de defesa no sangue e se dividem em:
- agranulócitos ou mononucleares, com pouca quantidade de grânulos intracitoplasmáticos e núcleo esférico ou reniforme;
correspondem aos monócitos e linfócitos.
- granulócitos ou polimorfonucleares, com grande quantidade de grânulos intracitoplasmáticos e núcleo multilobulado; correspondem
aos neutrófilos, eosinófilos e basófilos.
De modo detalhado:
- Os monócitos são células amebóides capazes de emitir pseudópodes e com núcleo esférico ou reniforme. Quando atravessam as
paredes dos capilares por diapedese e passam aos tecidos conjuntivos recebem o nome de macrófagos. São as células com capacidade
fagocítica mais eficiente do organismo.
- Os linfócitos são leucócitos de formato esférico, com núcleo esférico grande ocupando quase todo citoplasma. Existem dois tipos de
linfócitos, os linfócitos B e os linfócitos T. Os linfócitos B transformam-se em plasmócitos para produzir anticorpos. Os linfócitos Tc
(citotóxicos) ou T8 recebem também o nome de células assassinas naturais e agem contra células cancerosas ou células infectadas por
vírus. Os linfócitos Th (do inglês helper, ‘auxiliar’) ou T4 são responsáveis pelo controle de todas as funções do sistema imunológico
através de substâncias denominadas citocinas ou linfocinas. São os únicos leucócitos de origem no tecido hematopoiético linfóide,
uma vez que os demais têm origem tecido hematopoiético mielóide.
- Os neutrófilos se coram por corantes neutros e são células de formato amebóide com núcleo trilobulado e função fagocítica. São os
leucócitos mais abundantes no sangue, e por isso os primeiros a chegar nas infecções.
- Os eosinófilos ou acidófilos se coram por corantes ácidos (são básico) e são células de formato amebóide com núcleo bilobulado e
função de eliminação de parasitas (como protozoários e vermes).
- Os basófilos se coram por corantes básicos (são ácidos) e são células de formato amebóide com núcleo trilobulado e função de
produção e acúmulo de mediadores da inflamação, principalmente a histamina, relacionada ao processo alérgico. São os leucócitos
menos abundantes do sangue.
Assim:
Item A: falso. Neutrófilos têm núcleo trilobulado e são granulócitos.
Item B: verdadeiro.
Item C: falso. Basófilos têm núcleo bilobulado, são granulócitos, não originam macrófagos e vêm das células-tronco mielóides.
Item D: falso. Monócitos têm núcleo esférico ou reniforme (em ferradura), são agranulócitos, não liberam histamina e vêm das
células-tronco mielóides.
13.
Resposta: A, B
Comentário:
14.
Resposta: D
Comentário:
15.
Resposta: A
Comentário:
16.
Resposta: E
Comentário:
17.
Resposta: E
Comentário:
18.
Resposta: B
Comentário:
19.
Resposta: C
Comentário:
20.
Resposta: A
Comentário: A coagulação sangüínea ocorre quando, após um ferimento ou pancada, as plaquetas (1) e os tecidos lesados liberam
tromboplastina (2), enzima capaz de catalisar a transformação de protrombina (inativa, 4) em trombina (ativa, 5). A trombina converte
o fibrinogênio (solúvel, 6) em fibrina (insolúvel, 7). A malha de fibrina retém os glóbulos sanguíneos formando o coágulo que estanca
a hemorragia. Os íons cálcio (Ca++, 3) participam como cofator enzimático na catálise da maioria das reações da cascata da coagulação
sangüínea, sendo fundamental para ativação de alguns fatores da coagulação, como a própria trombina.
21.
Resposta: E
Comentário: Quando exposto a um ambiente com baixo teor de oxigênio, como o que ocorre em grandes altitudes, o organismo
humano tenta compensar o pequeno teor de oxigênio no ar com um aumento na eficiência do transporte desse pouco oxigênio para os
tecidos. Assim, de imediato, ocorre aumento de freqüência respiratória (para aumentar o fluxo de oxigênio para os pulmões), dos
batimentos cardíacos e da pressão arterial (para aumentar o fluxo de sangue e conseqüentemente de oxigênio para os tecidos). Como o
investimento metabólico nessas atividades é muito elevado, essas reações não conseguem ser mantidas por longos períodos de tempo.
Em longo prazo, o organismo aumenta a quantidade de hemácias (policitemia fisiológica) para aumentar a eficiência no transporte de
oxigênio pelo sangue até os tecidos.
22.
Resposta: B
Comentário: A diminuição na quantidade de hemácias no sangue recebe o nome de eritropenia ou hipoglobulinemia. Normalmente,
associa-se essa diminuição na quantidade de hemácias no sangue à anemia, que é uma diminuição na quantidade de hemoglobina no
sangue, com conseqüente no transporte de oxigênio no sangue. Como são anucleadas, as hemácias em mamíferos têm vida curta e são
constantemente repostas pela multiplicação e diferenciação de células-tronco da medula óssea (tecido hematopoiético mielóide), de
modo que problemas de eritropenia/anemia podem estar relacionados à não formação adequada de hemácias. Assim:
Item I: falso. O baço não produz glóbulos vermelhos.
Item II: verdadeiro. Glóbulos vermelhos são produzidos a partir de células-tronco do tecido hematopoiético mielóide na medula
óssea.
Item III: falso. A medula espinhal é formada de tecido nervoso, não tendo relação alguma com a formação de glóbulos vermelhos.
23.
Resposta: C
Comentário:
24.
Resposta: C
Comentário: A coagulação sangüínea ocorre quando, após um ferimento ou pancada, as plaquetas (1) e os tecidos lesados liberam
tromboplastina (2), enzima capaz de catalisar a transformação de protrombina (inativa, 3) em trombina (ativa,4). A trombina converte
o fibrinogênio (solúvel, 5) em fibrina (insolúvel, 6). A malha de fibrina retém os glóbulos sanguíneos formando o coágulo que estanca
a hemorragia. Os íons cálcio (Ca++) participam como cofator enzimático na catálise da maioria das reações da cascata da coagulação
sangüínea, sendo fundamental para ativação de alguns fatores da coagulação, como a própria trombina.
25.
Resposta: E
Comentário: Os leucócitos ou glóbulos brancos são células de defesa no sangue e são de 5 tipos:
- Os monócitos são células amebóides capazes de emitir pseudópodes e com núcleo esférico ou reniforme. Quando atravessam as
paredes dos capilares por diapedese e passam aos tecidos conjuntivos recebem o nome de macrófagos. São as células com capacidade
fagocítica mais eficiente do organismo.
- Os linfócitos são leucócitos de formato esférico, com núcleo esférico grande ocupando quase todo citoplasma. Existem dois tipos de
linfócitos, os linfócitos B e os linfócitos T. Os linfócitos B transformam-se em plasmócitos para produzir anticorpos. Os linfócitos Tc
(citotóxicos) ou T8 recebem também o nome de células assassinas naturais e agem contra células cancerosas ou células infectadas por
vírus. Os linfócitos Th (do inglês helper, ‘auxiliar’) ou T4 são responsáveis pelo controle de todas as funções do sistema imunológico
através de substâncias denominadas citocinas ou linfocinas.
- Os neutrófilos se coram por corantes neutros e são células de formato amebóide com núcleo trilobulado e função fagocítica. São os
leucócitos mais abundantes no sangue, e por isso os primeiros a chegar nas infecções.
- Os eosinófilos ou acidófilos se coram por corantes ácidos (são básico) e são células de formato amebóide com núcleo bilobulado e
função de eliminação de parasitas (como protozoários e vermes).
- Os basófilos se coram por corantes básicos (são ácidos) e são células de formato amebóide com núcleo trilobulado e função de
produção e acúmulo de mediadores da inflamação, principalmente a histamina, relacionada ao processo alérgico. São os leucócitos
menos abundantes do sangue.
Assim, têm função de fagocitose neutrófilos e macrófagos.
26.
Resposta: D
Comentário: Albumina é a principal proteína sangüínea, desempenhando papéis como o transporte de algumas substâncias e a
manutenção do equilíbrio osmótico entre sangue e tecidos vizinhos.
27.
Resposta: D
Comentário:
28.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. Células-tronco pluri/totipotentes têm a capacidade de originar qualquer tipo de células, de qualquer origem
embrionária; assim, como a célula representada é capaz de originar células sangüíneas (de origem mesodérmica) e células nervosas
(de origem ectodérmica), conclui-se que ela é pluri/totipotente (devendo então ser uma célula-tronco embrionária, proveniente de um
embrião até a fase de blástula).
Item B: falso. Glóbulos vermelhos e glóbulos brancos são células encontradas no sangue, mas plaquetas não são células (e sim
fragmentos de uma célula da medula óssea denominada megacariócito) e os neurônios não são encontrados no sangue.
Item C: verdadeiro. Plaquetas são fragmentos anucleados de células, e hemácias são células anucleadas; assim, nenhuma das duas
apresenta capacidade de proliferação mitótica, sendo formadas a partir da diferenciação de células da medula óssea vermelha.
Item D: verdadeiro. Das células diferenciadas (plaquetas não são células), glóbulos brancos e neurônios são nucleados, mas hemácias
são anucleadas.
29.
Resposta: VFFVV
Comentário:
1º item: verdadeiro. Os eritroblastos, durante a diferenciação, expelem o núcleo e produzem grande quantidade de hemoglobina,
transformando-se em reticulócitos. Estes expelem as mitocôndrias e os ribossomos, transformando-se em hemácias. A produção de
hemácias é estimulada pelo hormônio eritropoietina.
2º item: falso. O choque hipovolêmico ocorre devido ao débito de volume sanguíneo para circular nos capilares e irrigar os tecidos e
órgãos. Nessas condições, ocorre aumento dos batimentos cardíacos e da frequência respiratória e baixa da pressão arterial.
3º item: falso. Células T citotóxicas (linfócitos T CD8) têm como função principal o reconhecimento e a destruição de células
infectadas por microrganismos ou células anormais, como as cancerígenas.
4º item: verdadeiro. Neutrófilos são fagócitos que migram rapidamente para os sítios de infecção, em especial nas infecções
bacterianas; macrófagos, além de agirem como fagócitos, processam em seu interior antígenos e os apresentam na membrana celular
para ativar outros grupos celulares da resposta imune; possuem as características celulares descritas acima.
5º item: verdadeiro. Eosinófilos são importantes em infecções parasíticas liberando seus grânulos tóxicos aos invasores; a histamina
liberada pelos basófilos aumenta a permeabilidade vascular, de forma a permitir o extravasamento de células da resposta imune do
endotélio para o tecido onde se encontram os antígenos.
30.
Resposta:
Paciente 1, pois desenvolve policitemia e apresenta maior proporção de hemácias.
Paciente 2, pois a desidratação leva à diminuição do teor de água, fazendo com que aumente a proporção de elementos figurados.
31.
Resposta:
A) Permitir que os atletas desenvolvam policitemia, para compensar o menor teor de oxigênio na atmosfera.
B) A taquicardia permite que se transporte o oxigênio no sangue com maior eficiência, e o cansaço se dá devido à diminuição na
produção de energia pela diminuição na atividade respiratória devido ao menor teor de oxigênio.
C) Para permitir um mais eficiente transporte de oxigênio e atividade respiratória, com conseqüente ganho de resistência.
32.
Resposta:
A) As células são neutrófilos e macrófagos. O mecanismo utilizado é a fagocitose. Nesse processo essas células, ao migrarem para o
interior dos tecidos afetados, emitem pseudópodes que envolvem as bactérias e o corpo estranho.
B) O pus é formado pelos macrófagos e neutrófilos (ou células de defesa) mortos, após o combate às bactérias, além de restos
celulares dos tecidos afetados.
33.
Resposta:
A) Os elementos encontrados seriam:
- Fase 1 - plasma sangüíneo;
- Fase 2 - leucócitos e plaquetas;
- Fase 3 - eritrócitos (série vermelha).
B) A fase 3 contém eritrócitos. Estes, após a adição da água destilada, hemolisam. Assim, após a centrifugação não haverá células
inteiras, mas apenas membranas e hemoglobina diluída.
34.
Resposta:
A) Medula óssea vermelha (produção); fígado e baço (remoção).
B) As globulinas promovem o transporte de gases e as albuminas conferem pressão osmótica ao sangue e são substancias de reserva.
35.
Resposta: Migração / diapedese e fagocitose. O macrófago, ao migrar através da parede do vaso, entra em contato com o sangue e
fagocita as partículas de LDL ali presentes.
36.
Resposta:
A) Neutrófilos têm formato irregular (amebóide), não coráveis por corantes ácidos ou básicos, e dotados de núcleo multilobulado
(normalmente trilobulado).
B) Reações alérgicas.
C) São células que oferecem o primeiro combate aos agentes invasores, apresentando antígenos às demais células do sistema imune.
37.
Resposta:
A) Hemácias, Função: transporte de oxigênio; Leucócitos, Função: defesa, produção de anticorpos; Plaquetas, Função: Coagulação;
Macrófagos, Função: Defesa.
B) Reação alérgica ou doença parasitária intestinal.
Comentário: O sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema vascular sanguíneo. O sangue apresenta duas frações: o
plasma e os elementos figurados. O plasma, componente líquido do sangue, corresponde a cerca de 90% do volume total e é formado
por água, proteínas, gases, além de substâncias orgânicas e inorgânicas. O componente sólido é formado pelos elementos figurados,
que são células sanguíneas e fragmentos de células, e correspondem a cerca de 10% do volume total do sangue. Dentre as células que
constituem os elementos figurados do sangue estão as hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos) com função de transporte de
oxigênio; leucócitos (glóbulos brancos) com função de defesa através da produção de anticorpos, e plaquetas, que são fragmentos de
células com capacidade de coagulação sanguínea. Outras células são os macrófagos e eosinófilos, com capacidade de fagocitose,
defendendo o organismo de corpos estranhos. Os eosinófilos são células de defesa específicas que têm capacidade de fagocitar
determinados invasores, e essas células só aparecem em grande quantidade quando o indivíduo apresenta uma doença alérgica ou
doenças provocadas por parasitas intestinais.
38.
Resposta: Indivíduos aclimatados a grandes altitudes (A) têm um número maior de hemácias e, portanto, mais hemoglobina no
sangue do que os não aclimatados (B), por isso seu sangue é capaz de transportar uma maior proporção do oxigênio disponível na
atmosfera.
39.
Resposta: As hemácias menores têm uma maior relação superfície/volume e captam o oxigênio com maior eficiência; o maior número
de hemácias aumenta a eficiência no transporte de gases. Ambos os aspectos contribuem para compensar o menor teor de oxigênio na
atmosfera em grandes altitudes.
40.
Resposta:
1.
A) Medula óssea, uma vez que é a responsável pela produção de células sanguíneas.
B) O aporte elevado de O2 aos tecidos leva ao aumento da produção de energia na respiração celular.
C) Risco de obstrução dos vasos sanguíneos pelas hemácias em grande número.
2.
A) As hemácias anucleadas de mamíferos são bicôncavas, apresentando maio relação superfície/volume, o que as leva a possuir maior
capacidade de transporte de O2.
B) As hemácias anucleadas de mamíferos têm vida curta, devendo ser continuamente renovadas, o que é estimulado pela EPO.
Aula 37 - Sistema Imune
1.
Resposta: E
Comentário: A imunização ativa consiste na produção de anticorpos (imunoglobulinas) contra um certo antígeno pelo próprio
organismo, envolvendo também a produção de células de memória, de modo a conferir memória imunológica. As vacinas
desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio um antígeno,
havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações correspondem a
formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e
as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. O inconveniente das
vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de modo que sua utilização está restrita à prevenção de
doenças, mas não ao tratamento. A resposta imunitária primária ocorre quando o indivíduo recebe o antígeno pela primeira vez: o
tempo para a produção de anticorpos é maior, e a quantidade de anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre na
resposta secundária. A resposta imunitária secundária ocorre quando o indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez: o tempo
para a produção de anticorpos é menor, e a quantidade de anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre na resposta
primária.
Observe o gráfico abaixo:
Pessoas vacinadas apresentam melhores condições de defesa em relação às pessoas não vacinadas porque possuem, além de
anticorpos, células de memória que atuam na resposta secundária contra o agressor.
2.
Resposta: A
Comentário: Antígenos são substâncias orgânicas estranhas ao organismo e que geram uma resposta do sistema imunológico. A
alergia (ou anafilaxia) é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos fracos, conhecidos como alérgenos,
contra os quais nem todos os indivíduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados aos anticorpos do
grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos à membrana plasmática dos mastócitos; ocorrendo a união do antígeno com
o IgE dos mastócitos, essas células liberam histamina e outros agentes inflamatórios, armazenados em vesículas no citoplasma, que
provocam a dilatação dos vasos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhidão e prurido (coceira). Uma vez
que vegetais transgênicos contêm algumas proteínas diferentes daquelas encontradas nos vegetais não transgênicos, alguns indivíduos
podem apresentar reações alérgicas ao consumir produtos transgênicos.
3.
Resposta: B
Comentário: Existem vários métodos utilizados na prevenção e no tratamento de doenças, como vacinas, soros e antibióticos. As
vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio um
antígeno, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações
correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos.
Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. O
inconveniente das vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de modo que sua utilização está restrita à
prevenção de doenças, mas não ao tratamento. Nem todas as doenças podem ser prevenidas através de vacinação, como ocorre com
algumas doenças onde ocorre grande variação antigênica do agente etiológico, impedindo a produção de uma vacina única contra
todas as variantes. Assim, doenças virais como dengue e AIDS e doenças bacterianas como cólera e leptospirose não possuem vacinas
disponíveis, enquanto que doenças virais como febre amarela e raiva e doenças bacterianas como tétano e tuberculose possuem
vacinas disponíveis. Os soros desencadeiam um mecanismo de imunização passiva. Como fornece anticorpos já formados, o soro tem
efeito imediato, sendo indicado para o tratamento de doenças. Seu inconveniente está no efeito temporário, pois não leva à formação
de células de memória e os anticorpos têm uma validade limitada, de modo a não ser útil na prevenção de doenças. Doenças virais
como raiva e doenças bacterianas como tétano, quando apresentam o parasita já instalado, são tratadas com soros, que também são
aplicados em casos de picadas por animais peçonhentos como cobras (soro antiofídico), escorpiões (soro antiescorpionídeo) e aranhas
(soro antiaraneídeo). Soros não são úteis no tratamento de algumas doenças, como febre amarela e dengue causadas por vírus e cólera
e leptospirose causadas por bactérias. Antibióticos são substâncias químicas capazes de interferir no metabolismo de bactérias, como
pelo impedimento na produção da parede celular (como ocorre com penicilina e derivados) ou pelo impedimento da síntese protéica
por inibição do ribossomo bacteriano 70S (como ocorre com tetraciclina e cloranfenicol). Assim, antibióticos são utilizados no
tratamento de doenças bacterianas. Como vírus não apresentam metabolismo próprio, não são afetados por antibióticos. Assim,
analisando cada item:
Item A: falso. Antibióticos não agem contra vírus, bem como não há vacina contra a leptospirose.
Item B: verdadeiro.
Item C: falso. Soros não são úteis no tratamento de febre amarela, bem como antibióticos não são úteis no caso de picadas de
cobras, que devem ser tratadas por soros.
Item D: falso. Antibióticos não agem contra vírus ou veneno de cobras, bem como não há vacina contra a leptospirose.
Item E: falso. Soros não são úteis no tratamento da leptospirose, sendo que o soro antiofídico é específico para o caso de picadas
de cobras, bem como a vacina só funciona para prevenção, não sendo útil caso já tenha havido contato com o vírus da febre amarela.
4.
Resposta: B
Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo
sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos
empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças,
mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o
microorganismo ao qual pertence. O inconveniente das vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de
modo que sua utilização está restrita à prevenção de doenças, mas não ao tratamento. Os soros desencadeiam um mecanismo de
imunização passiva. Como fornece anticorpos já formados, o soro tem efeito imediato, sendo indicado para o tratamento de doenças.
Seu inconveniente está no efeito temporário, pois não leva à formação de células de memória e os anticorpos têm uma validade
limitada, de modo a não ser útil na prevenção de doenças. Assim,
- se a criança I recebe soro, o número de anticorpos recebidos inicialmente é alto, mas logo cai porque não há memória imunológica;
- se a criança II recebe vacina, o número de anticorpos aumenta gradativamente ao longo de um certo período de tempo, uma vez que
sua produção é lenta no processo de imunização ativa.
5.
Resposta: C
Comentário: A alergia (ou anafilaxia) é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos fracos, conhecidos
como alérgenos, contra os quais nem todos os indivíduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados
aos anticorpos do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos à membrana plasmática dos mastócitos; ocorrendo a
união do antígeno com o IgE dos mastócitos, essas células liberam histamina e outros agentes inflamatórios, armazenados em
vesículas no citoplasma, que provocam a dilatação dos vasos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhidão e
prurido (coceira). Assim, a aplicação do alérgeno em concentrações baixíssimas e por uma via diferente da causadora da alergia leva à
produção de outras categorias de anticorpos contra ele, levando à sua destruição sem que promovam a reação alérgica.
6.
Resposta: D
Comentário: A imunidade inata ou inespecífica envolve uma série de mecanismos de defesa que não reconhecem os agentes
invasores, combatendo todos os tipos de patógenos da mesma maneira, como ocorre com a reação inflamatória e com a ação de
leucócitos neutrófilos. A imunidade adquirida ou específica envolve o reconhecimento do agente invasor e a produção de células de
defesa específicas contra eles. Nesse processo, o agente invasor é fagocitado por um tipo de macrófago denominado APC (célula
apresentadora de antígeno), que expõe seus antígenos em suas membranas e os apresenta aos linfócitos. Dos vários tipos de linfócitos
existentes no organismo, há o reconhecimento daquele tipo com receptores específicos para se ligar o antígeno em questão, que é
então selecionado, num processo denominado seleção clonal. Os linfócitos sensibilizados (selecionados) se multiplicam, num processo
denominado expansão clonal. Por fim, alguns linfócitos sensibilizados de diferenciam em células ativas e outros permanecem como
células de memória. No caso dos linfócitos B, as células ativas são os plasmócitos, que produzem anticorpos, no processo de
imunidade humoral, e no caso dos linfócitos T8 (ou Tc), as células ativas vão combater vírus e câncer, no processo de imunidade
celular. Assim, a identificação do invasor e a produção de anticorpos são efetuadas, respectivamente, por macrófagos e linfócitos B.
7.
Resposta: B
Comentário: A imunização passiva consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem que haja produção de anticorpos próprios ou
células de memória, de modo que o efeito é temporário, não conferindo memória imunológica. Esse processo pode ocorrer
artificialmente, através de soros, ou naturalmente, através da transferência de anticorpos de mãe para filho via placenta ou via
aleitamento. Assim, o leite materno pode ser considerado um medicamento por causa de sua capacidade de conferir imunidade
passiva.
8.
Resposta: D
Comentário:
9.
Resposta: A
Comentário: Algumas vezes, por razões ainda pouco conhecidas, o nosso sistema imune ataca o nosso próprio corpo, levando a
vários tipos de doenças auto-imunes. Doenças auto-imunes são condições em que o organismo é atacado pelo próprio sistema
imunológico, podendo ocorrer por falhas no reconhecimento de antígenos por parte das células imunes ou pelo fato de os anticorpos
produzidos contra um microorganismo patogênico acabarem por prejudicar o órgão onde o mesmo se encontra instalado. São
exemplos o lúpus eritematoso sistêmico, a diabetes tipo I e a febre reumática. Assim, analisando cada item:
Item A: verdadeiro.
Item B: falso. As doenças autoimunes ocorrem devido à formação de anticorpos contra constituintes do próprio organismo, e não de
outro organismo.
Item C: falso. As doenças autoimunes podem afetar vários órgãos do corpo, não envolvendo apenas um órgão do organismo.
Item D: falso. A síndrome relatada no texto é uma doença autoimune crônica, em que o sistema imune fica desregulado e ataca
tecidos sadios do próprio corpo.
Item E: falso. Doença autoimune é a situação médica na qual se desenvolve uma enfermidade a partir de uma agressão do organismo
contra elementos constitutivos normais, e não de anormais.
10.
Resposta: C
Comentário: A alergia (ou anafilaxia) é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos fracos, conhecidos
como alérgenos, contra os quais nem todos os indivíduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados
aos anticorpos do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos à membrana plasmática dos mastócitos; ocorrendo a
união do antígeno com o IgE dos mastócitos, essas células liberam histamina e outros agentes inflamatórios, armazenados em
vesículas no citoplasma, que provocam a dilatação dos vasos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhidão e
prurido (coceira).
11.
Resposta: A
Comentário: Uma vez que água é o componente mais abundante da matéria viva, seres vivos em geral dependem de água para
poderem se proliferar. Assim, organismos microscópicos que se proliferam em gotículas de saliva e/ou poeira, como fungos, ácaros e
bactérias acabam sendo favorecidos por uma maior umidade.
12.
Resposta: D
Comentário: Macrófagos são células do tecido conjuntivo com atividade fagocítica e produtora de citocinas (como as interleucinas),
sendo derivadas de uma classe de leucócitos denominados monócitos, que abandonam os vasos sangüíneos por diapedese. Existem
vários tipos de macrófagos no corpo humano, sendo reunidos num conjunto denominado sistema mononuclear fagocítico ou sistema
retículo-endotelial. Como exemplo de macrófagos, tem-se as células apresentadoras de antígenos ou APC, que fagocitam
microorganismos e os fragmentam em determinantes antigênicos que são apresentados aos linfócitos. No caso dos linfócitos B, há
diferenciação em plasmócitos, que então produzem anticorpos.
13.
Resposta: C
Comentário: A alergia é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos do meio ambiente, denominados
alergênicos. Dependendo da sensibilidade de cada um, podem ser alergênicos os grãos de pólen, a poeira, os esporos de fungos,
substâncias químicas presentes em certos alimentos ou produzidas por certos organismos e mesmo remédios, dentre muitas outras
substâncias. Em contato com o alérgeno, células como os mastócitos do tecido conjuntivo e os basófilos do sangue liberam histamina
e outros agentes inflamatórios, armazenados em vesículas no citoplasma. Essas substâncias, conforme já comentado, provocam a
dilatação dos casos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, fazendo com que fiquemos com o nariz, os olhos ou outra região
afetada, vermelhos e inchados. No caso das alergias respiratórias, é comum ocorrerem espirros, coriza e contração da musculatura lisa,
o que freqüentemente provoca dificuldades respiratórias. A reação alérgica é desencadeada principalmente por mastócitos e basófilos.
14.
Resposta: D
Comentário: A inflamação consiste em um conjunto de reações que têm como objetivo otimizar os processos de reparo e defesa,
sendo desencadeado por mediadores químicos (principalmente prostaglandinas) liberados por células lesadas por agentes físicos,
mecânicos, químicos ou biológicos. Dentro do sistema imune, o processo inflamatório se enquadra na defesa inata (inespecífica). Os
mediadores da inflamação, como a histamina e as prostaglandinas, desencadeiam:
- vasodilatação, aumentando o fluxo de sangue, e, conseqüentemente, de nutrientes para o reparo e de leucócitos e anticorpos para
defesa contra infecções.
- aumento na permeabilidade vascular, facilitando a diapedese, e
- dor, evitando a utilização da região inflamada para prevenir um agravamento da lesão.
São descritos 5 sinais clássicos que caracterizam a inflamação:
- rubor ou vermelhidão, devido à vasodilatação e ao aumento do aporte de sangue para a área;
- calor local, devido ao atrito gerado entre o sangue e a parede dos vasos sangüíneos;
- edema ou inchaço, promovido pelo extravasamento de plasma do sangue para os tecidos vizinhos devido ao aumento na
permeabilidade desses vasos;
- dor;
- perda de função, devido à dor.
Na cabeça, a vasodilatação que ocorre no processo inflamatório potencializa a dor, uma vez que a parede óssea do crânio é rígida e
oferece resistência à expansão dos vasos.
15.
Resposta: C
Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo
sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos
empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças,
mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o
microorganismo ao qual pertence. No caso da galinha ter sido inoculado com a cultura atenuada de bactéria, ocorre imunização
passiva, tanto é que ela permanece saudável e, ao ser inoculada com a cultura virulenta de bactéria, sobrevive (ao contrário da galinha
não inoculada previamente, que morre quando inoculada com a cultura virulenta de bactéria). Assim, a cultura atenuada que
desencadeia a imunização ativa faz o papel de vacina (1), e sua inoculação na galinha desempenha o papel de vacinação (2).
16.
Resposta: E
Comentário:
17.
Resposta: E
Comentário:
18.
Resposta: A
Comentário: Os soros desencadeiam um mecanismo de imunização passiva. Como fornece anticorpos já formados, o soro tem efeito
imediato, sendo indicado para o tratamento de doenças. Seu inconveniente está no efeito temporário, pois não leva à formação de
células de memória e os anticorpos têm uma validade limitada, de modo a não ser útil na prevenção de doenças. Assim, no caso de
picadas de cobras peçonhentas, o efeito imediato do soro impede a morte do indivíduo picado pela ação do veneno. Os anticorpos
contidos nos soros são produzidos com a atenuação do efeito de um certo antígeno, que é então inoculado em um mamífero,
geralmente um cavalo. Esse animal passa a produzir anticorpos contra esse antígeno. Após algum tempo, a dose é reforçada; de
anticorpos no sangue. Após certo tempo, coleta-se um pouco do sangue do cavalo inoculado e separa-se dele o soro, que contém os
anticorpos. Esse soro é preparado e utilizado nas pessoas. Assim, 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
19.
Resposta: B
Comentário:
20.
Resposta: C
Comentário: A imunização ativa consiste na produção de anticorpos (imunoglobulinas) contra um certo antígeno pelo próprio
organismo, envolvendo também a produção de células de memória, de modo a conferir memória imunológica. A resposta imunitária
primária ocorre quando o indivíduo recebe o antígeno pela primeira vez: o tempo para a produção de anticorpos é maior, e a
quantidade de anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre na resposta secundária. A resposta imunitária
secundária ocorre quando o indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez: o tempo para a produção de anticorpos é menor, e a
quantidade de anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre na resposta primária. Observe o gráfico abaixo:
A imunização passiva consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem que haja produção de anticorpos próprios ou células de
memória, de modo que o efeito é temporário, não conferindo memória imunológica. Assim:
Item I: falso. Na resposta imunológica primária, o tempo para produção de anticorpos é maior que na resposta secundária, uma vez
que ainda não há células de memória contra o antígeno em questão. Ambas são formas de imunização ativa.
Item II: falso. Na resposta imune, os antígenos são fagocitados por macrófagos denominados APC (células apresentadoras de
antígeno), que expõe seus antígenos em suas membranas e os apresenta aos linfócitos T. Estes passam a “informação” para os
linfócitos B, que se concertem em plasmócitos produtores de anticorpos.
Item III: verdadeiro. Na resposta imune secundária, o tempo para produção de anticorpos é menor por que já há células de memória
contra o antígeno em questão, o que também leva a uma resposta mais intensa.
Item IV: verdadeiro. Os anticorpos produzidos são específicos para cada tipo de antígeno e são denominados genericamente
imunoglobulinas (Ig). Dos cinco tipos de imunoglobulina (IgA, IgD, IgE, IgG e IgM), as IgG são as únicas que passam para o feto, via
placentária, promovendo imunização passiva.
Item V: falso. As duas inoculações são de antígenos, podendo uma delas representar a primeira dose de uma vacina (com resposta
imune 1ª) e a outra a segunda dose da mesma vacina (com resposta imune 2ª).
21.
Resposta: E
Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo
sadio um antígeno, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações
correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos.
Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. O
inconveniente das vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de modo que sua utilização está restrita à
prevenção de doenças, mas não ao tratamento. Nem todas as doenças podem ser prevenidas através de vacinação, como ocorre com
algumas doenças onde ocorre grande variação antigênica do agente etiológico, impedindo a produção de uma vacina única contra
todas as variantes. Assim, doenças virais como dengue e AIDS e doenças bacterianas como cólera e leptospirose não possuem vacinas
disponíveis, enquanto que doenças virais como febre amarela e raiva e doenças bacterianas como tétano e tuberculose possuem
vacinas disponíveis. Algumas das vacinas obrigatórias na infância e disponibilizadas pelo sistema público de saúde brasileiro são:
- BCG, contra a tuberculose, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (contraída pela inalação de aerossóis de saliva e que
afeta pulmões, pele, ossos e fígado);
- DPT ou Tríplice Bacteriana, contra coqueluche causada pela bactéria Haemophilus pertussis (contraída pela inalação de aerossóis de
saliva e que afeta o sistema respiratório), difteria causada pela bactéria Corynebacterium diphteriae (contraída pela inalação de
aerossóis de saliva e que afeta o sistema respiratório), e tétano causado pela bactéria Clostridium tetani (contraída pela penetração de
esporos em ferimentos e que afeta o sistema nervoso);
- Antipólio, sendo a Sabin por via oral e a Salk por via injetável, contra a poliomielite ou paralisia infantil causada pelo poliovírus
(contraída pela ingestão de gotículas de saliva e que afeta os nervos motores do sistema nervoso);
- MMR ou Tríplice viral, contra rubéola (contraída pela inalação de aerossóis de saliva e que afeta pele), sarampo (contraída pela
inalação de aerossóis de saliva e que afeta pele), e caxumba (contraída pela inalação de aerossóis de saliva e que afeta as glândulas
salivares parótidas).
Analisando cada item:
Item I: falso. A vacina BCG age contra a tuberculose causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis.
Item II: verdadeiro. A vacina antipólio age contra a poliomielite, adquirida por via oral, penetrando pelo tubo digestivo (intestino) e
afetando o sistema nervoso.
Item III: verdadeiro. A vacina DPT ou tríplice bacteriana age contra coqueluche, difteria e tétano, todas doenças causadas por
bactérias.
Item IV: falso. A vacina MMR ou tríplice viral age contra sarampo, rubéola e caxumba, todas doenças causadas por vírus.
22.
Resposta: A
Comentário: A imunização ativa consiste na produção de anticorpos (imunoglobulinas) contra um certo antígeno pelo próprio
organismo, envolvendo também a produção de células de memória, de modo a conferir memória imunológica. A resposta imunitária
primária ocorre quando o indivíduo recebe o antígeno pela primeira vez: o tempo para a produção de anticorpos é maior, e a
quantidade de anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre na resposta secundária. A resposta imunitária
secundária ocorre quando o indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez: o tempo para a produção de anticorpos é menor, e a
quantidade de anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre na resposta primária. Observe o gráfico abaixo:
A imunização passiva consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem que haja produção de anticorpos próprios ou células de
memória, de modo que o efeito é temporário, não conferindo memória imunológica. Assim, analisando cada situação:
- Como o camundongo recebe inicialmente a proteína A, apresenta uma resposta imune primária (mais fraca) contra ela, o que está
representado pela curva X;
- Quando o camundongo recebe nova dose da proteína A juntamente com uma dose da proteína B, apresenta uma resposta imune
secundária (mais forte) contra a proteína A, o que está representado pela curva Z, e uma resposta imune primária (mais fraca) contra a
proteína B, o que está representado pela curva Y.
Assim, X e Z representam as concentrações de anticorpos contra a proteína A, produzidos pelos linfócitos, respectivamente, nas
respostas imunológicas primária e secundária.
23.
Resposta: A
Comentário: A alergia é uma hipersensibilidade do nosso sistema de defesa a certos antígenos fracos, conhecidos como alérgenos,
contra os quais nem todos os indivíduos oferecem uma resposta. Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados aos anticorpos
do grupo das imunoglobulinas E (ou IgE), que ficam aderidos à membrana plasmática dos mastócitos; ocorrendo a união do antígeno
com o IgE dos mastócitos, essas células liberam histamina e outros agentes inflamatórios, armazenados em vesículas no citoplasma,
que provocam a dilatação dos vasos sangüíneos e alteram sua permeabilidade, gerando edema, vermelhidão e prurido (coceira).
24.
Resposta: A
Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo
sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos
empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças,
mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o
microorganismo ao qual pertence. O inconveniente das vacinas está no longo tempo necessário para a produção de anticorpos, de
modo que sua utilização está restrita à prevenção de doenças, mas não ao tratamento. Os soros desencadeiam um mecanismo de
imunização passiva. Como fornece anticorpos já formados, o soro tem efeito imediato, sendo indicado para o tratamento de doenças.
Seu inconveniente está no efeito temporário, pois não leva à formação de células de memória e os anticorpos têm uma validade
limitada, de modo a não ser útil na prevenção de doenças. Assim, mais provavelmente, o princípio biológico utilizado por Neville para
debelar a doença é a administração de soro, composto de anticorpos presentes no sangue de pacientes contaminados.
25.
Resposta: B
Comentário: A imunização ativa consiste na produção de anticorpos pelo próprio organismo, envolvendo também a produção de
células de memória, de modo a conferir memória imunológica. Nesse processo, há introdução no corpo de um indivíduo de um
antígeno, havendo então a produção de anticorpos e células de memória específicos para combater o antígeno ou o microorganismo ao
qual pertence. Assim, uma maior diversidade e quantidade de anticorpos está relacionada a uma maior exposição a antígenos, o que
poderia se dar por um maior recebimento de vacinas ou uma maior exposição a diferentes organismos patogênicos. Como no Brasil há
aplicação das mesmas vacinas que se aplica na Europa, a explicação mais plausível para a maior quantidade de anticorpos nos
brasileiros está na exposição a uma maior quantidade de doenças. Isso se explica pela baixa cobertura de saneamento básico e água
tratada no Brasil, procedimentos que evitam a maior parte das doenças infecciosas (que têm transmissão oral-fecal, ou seja, por água
ou alimentos contaminados por fezes de indivíduos doentes).
26.
Resposta: B
Comentário: Os anticorpos, também chamados de imunoglobulinas, são proteínas que têm uma estrutura molecular em forma de Y.
A extremidade da base do Y, denominada porção Fc é a mesma para todos os anticorpos de uma mesma classe, sendo inespecífica.
Essa região inespecífica pode se ligar às células de defesa do organismo, como os macrófagos, que por isso reconhecem facilmente o
anticorpo. As duas extremidades superiores do Y, chamadas porções Fab, são idênticas aos receptores de membrana que eles possuem,
sendo, pois específicas para determinante antigênico em questão. São essas regiões que se ligam aos antígenos pelos determinantes
antigênicos. Observe o esquema abaixo:
Assim,
- I representa o sítio de ligação com o antígeno;
- II representa as cadeias pesadas;
- III representa a porção específica (Fab), que varia de anticorpo para anticorpo;
- IV representa a porção inespecífica (Fc), constante para uma determinada classe de anticorpos e que se liga às células de defesa.
- V representa uma cadeia leve.
27.
Resposta: B
Comentário: A inflamação consiste em um conjunto de reações que têm como objetivo otimizar os processos de reparo e defesa,
sendo desencadeado por mediadores químicos (principalmente prostaglandinas) liberados por células lesadas por agentes físicos,
mecânicos, químicos ou biológicos. Dentro do sistema imune, o processo inflamatório se enquadra na defesa inata (inespecífica).
Os mediadores da inflamação desencadeiam vasodilatação (aumentando o fluxo de sangue, e conseqüentemente de nutrientes para o
reparo e leucócitos e anticorpos para defesa contra infecções), aumento na permeabilidade vascular (facilitando a diapedese) e dor
(evitando a utilização da região inflamada para prevenir um agravamento da lesão).
São descritos 5 sinais clássicos que caracterizam a inflamação:
- rubor ou vermelhidão, devido à vasodilatação e ao aumento do aporte de sangue para a área;
- calor local, devido ao atrito gerado entre o sangue e a parede dos vasos sangüíneos;
- edema ou inchaço, promovido pelo extravasamento de plasma do sangue para os tecidos vizinhos devido ao aumento na
permeabilidade desses vasos;
- dor;
- perda de função, devido à dor.
28.
Resposta: E
Comentário:
29.
Resposta: B
Comentário: A imunidade inata ou inespecífica envolve uma série de mecanismos de defesa que não reconhecem os agentes
invasores, combatendo todos os tipos de patógenos da mesma maneira, como ocorre com a reação inflamatória e com a ação de
leucócitos neutrófilos. A imunidade adquirida ou específica envolve o reconhecimento do agente invasor e a produção de células de
defesa específicas contra eles. Nesse processo, o agente invasor é fagocitado por um tipo de macrófago denominado APC (célula
apresentadora de antígeno), que expõe seus antígenos em suas membranas e os apresenta aos linfócitos. Dos vários tipos de linfócitos
existentes no organismo, há o reconhecimento daquele tipo com receptores específicos para se ligar o antígeno em questão, que é
então selecionado, num processo denominado seleção clonal. Os linfócitos sensibilizados (selecionados) se multiplicam, num processo
denominado expansão clonal. Por fim, alguns linfócitos sensibilizados de diferenciam em células ativas e outros permanecem como
células de memória. No caso dos linfócitos B, as células ativas são os plasmócitos, que produzem anticorpos, no processo de
imunidade humoral, e no caso dos linfócitos T8 (ou Tc), as células ativas vão combater vírus e câncer, no processo de imunidade
celular. Assim:
Item A: falso. A imunidade inata funciona como primeira linha de defesa, mas não tem a habilidade de reconhecer patógenos, sendo
inespecífica.
Item B: verdadeiro.
Item C: falso. A imunidade adquirida é específica e se torna mais intensa com a repetição da exposição ao agente invasor, graças ao
estímulo às células de memória.
Item D: falso. Os linfócitos B que originam os plasmócitos sofrem maturação no tecido linfóide difuso espalhado em várias regiões
do corpo, principalmente no intestino.
Item E: falso. Os linfócitos T sofrem maturação no timo.
30.
Resposta: A
Comentário: Neutrófilos são leucócitos de ação fagocítica relacionados à defesa inespecífica, uma vez que agem indistintamente
contra quaisquer invasores; já os linfócitos estão envolvidos na defesa específica, pois, uma vez que os linfócitos B são apresentados
aos antígenos dos invasores, passam a plasmócitos que produzirão anticorpos específicos contra o antígeno em questão.
31.
Resposta: B
Comentário: As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse processo, é introduzido no corpo de um indivíduo
sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos específicos para esse antígeno. Os antígenos
empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios microorganismos causadores das doenças,
mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos para combater o antígeno ou o
microorganismo ao qual pertence. Como os anticorpos são proteínas, a carência nutricional das mesmas impede a formação adequada
dos anticorpos, mesmo em indivíduos vacinados, pela falta de aminoácidos como matéria-prima para sua produção.
32.
Resposta: A
Comentário: A resposta imunitária primária ocorre quando o indivíduo recebe o antígeno pela primeira vez: o tempo para a produção
de anticorpos é maior, e a quantidade de anticorpos produzidos é menor, comparando-se com o que ocorre na resposta secundária. Isso
se dá pela inexistência de células de memória específicas para combater o antígeno em questão. A resposta imunitária secundária
ocorre quando o indivíduo recebe o mesmo antígeno pela segunda vez: o tempo para a produção de anticorpos é menor, e a quantidade
de anticorpos produzidos é maior, comparando-se com o que ocorre na resposta primária. Isso se dá pela existência de células de
memória específicas para combater o antígeno em questão, que foram formadas na resposta imune 1ª. Observe o gráfico abaixo:
Assim, a resposta imune 1ª sempre é bem menos intensa que a resposta imune 2ª, não importando o tipo de anticorpo analisado, o que
se pode notar nos dois gráficos do item A.
33.
Resposta: A
Comentário: Os soros desencadeiam um mecanismo de imunização passiva, que consiste no recebimento de anticorpos prontos, sem
que haja produção de anticorpos próprios ou células de memória. As vacinas desencadeiam um mecanismo de imunização ativa. Nesse
processo, é introduzido no corpo de um indivíduo sadio o antígeno que causa a doença, havendo então a produção de anticorpos
específicos para esse antígeno. Os antígenos empregados nas vacinações correspondem a formas atenuadas de toxinas ou aos próprios
microorganismos causadores das doenças, mas enfraquecidos ou mortos. Os anticorpos e as células de memória são então produzidos
para combater o antígeno ou o microorganismo ao qual pertence. Em indivíduos com imunidade adequada, os microorganismos
atenuados são facilmente eliminados pelo sistema imune, não oferecendo risco algum. No caso de indivíduos com baixa imunidade e
no caso de mulheres grávidas, entretanto, as vacinas à base de microorganismos atenuados oferecem o risco de contração da doença,
uma vez que o microorganismo está vivo Nesses casos, é mais seguro a administração de vacinas à base de microorganismos mortos,
que não oferecem risco algum. Essas vacinas podem ser constituídas de partes do microorganismo que não seja tóxicas, como, por
exemplo, seus polissacarídeos.
34.
Resposta: A
Comentário: A inflamação consiste em um conjunto de reações que têm como objetivo otimizar os processos de reparo e defesa,
sendo desencadeado por mediadores químicos (principalmente prostaglandinas) liberados por células lesadas por agentes físicos,
mecânicos, químicos ou biológicos. Dentro do sistema imune, o processo inflamatório se enquadra na defesa inata (inespecífica).
Os mediadores da inflamação desencadeiam vasodilatação (aumentando o fluxo de sangue, e conseqüentemente de nutrientes para o
reparo e leucócitos e anticorpos para defesa contra infecções), aumento na permeabilidade vascular (facilitando a diapedese) e dor
(evitando a utilização da região inflamada para prevenir um agravamento da lesão). São descritos 5 sinais clássicos que caracterizam a
inflamação:
- rubor ou vermelhidão, devido à vasodilatação e ao aumento do aporte de sangue para a área;
- calor local, devido ao atrito gerado entre o sangue e a parede dos vasos sangüíneos;
- edema ou inchaço, promovido pelo extravasamento de plasma do sangue para os tecidos vizinhos devido ao aumento na
permeabilidade desses vasos;
- dor;
- perda de função, devido à dor.
Assim, o “galo” equivale ao edema da inflamação, sendo desencadeado basicamente pelo extravasamento de plasma.
35.
Resposta: FFFVF
Comentário:
1º item: falso. A vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é utilizada para a prevenção da tuberculose, sendo obtida a partir da cultura
de um bacilo de tuberculose bovina atenuado. O Ministério da Saúde no Brasil recomenda que a primeira vacinação da BCG aconteça
a partir do primeiro mês de vida ou durante o primeiro ano de vida. A dose de reforço acontece após os 10 anos de idade. As reações
previsíveis são as erupções avermelhadas na pele, as chamadas exantemas. A vacina, em alguns casos, pode deixar uma pequena
cicatriz. Ela é muito eficiente em estimular linfócitos B a formarem plasmócitos, responsáveis pela produção de anticorpos, e células
de memória, que podem facilmente passar a plasmócitos, o que justifica um intervalo tão grande (cerca de 10 anos) entre a primeira
dose e o reforço.
2º item: falso. Após a aplicação da primeira dose de vacinas, há produção de anticorpos, aumentando sua concentração no sangue,
mas com a administração de novas doses da vacina, a resposta imunitária 2ª mais intensa aumenta ainda mais essa concentração.
3º item: falso. A VORH, aplicada contra rotavírus humanos em três doses, induz uma boa imunidade na maioria das pessoas, apesar
dos reforços serem necessários para otimizar essa imunidade.
4º item: verdadeiro. A vacina VOP, contra a poliomielite (paralisia infantil) é administrada por via oral.
5º item: falso. Vacinas de DNA consistem na introdução, por técnicas de engenharia genética, de seqüencias genéticas microbianas
nas células humanas, levando à produção de antígenos, que estimulam a produção permanente de anticorpos no indivíduo vacinado;
no entanto, os genes microbianos são aplicados através de vetores, não se fusionando necessariamente ao cromossomo humano na
célula do hospedeiro.
36.
Resposta:
A) diapedese (1), fagocitose (2), digestão intracelular (3) e formação de pus (4).
B) A presença de bactérias.
C) Inibindo a síntese da parede celular de bactérias, inibindo mecanismos de produção de ATP das bactérias.
37.
Resposta:
A) A vacinação consiste na aplicação de antígenos para estimular a produção de anticorpos pelo corpo.
B) Gânglios ou nódulos linfáticos, timo, baço, medula óssea vermelha, etc.
38.
Resposta: Para evitar a rejeição do transplante, deve-se fazer uso de drogas imunossupressoras. Tanto pacientes com AIDS
(imunodeficientes) como pacientes transplantados (imunossuprimidos) não têm sistema imune em funcionamento adequado, o que
aumenta a chance da ocorrência de infecções oportunistas.
39.
Resposta:
A) Macrófagos fazem fagocitose específica. Linfócitos T4 controlam o sistema imune através da produção de citocinas; os linfócitos
T8 combatem vírus e câncer; linfócitos B originam plasmócitos produtores de anticorpos específicos.
B) A passagem e contato dos agentes infecciosos com os linfócitos presentes nos gânglios linfáticos induz a proliferação destes
glóbulos brancos.
40.
Resposta:
A) Os anticorpos maternos passam para o organismo do bebê através do aleitamento ou na fase fetal, pela placenta.
B) A vacina contém o próprio agente viral causador do sarampo e induz o organismo vacinado à produzir ativamente anticorpos
específicos. A imunização por vacinação pode ser considerada quase permanente, pois existe uma memória imunológica que é
prontamente ativada cada vez que o corpo humano entra em contato com o antígeno causador da doença.
41.
Resposta: A vacinação contra a gripe deve ser feita anualmente em indivíduos com mais de 60 anos, independentemente de já terem
tomado a vacina anteriormente ou não. Essa recomendação é feita com base na alta capacidade mutagênica do vírus da gripe e, desta
forma, vacinas dos anos anteriores não combateriam os novos antígenos que, por ventura, teriam se formado. Assim sendo, a
vacinação anual introduziria novos antígenos virais na população, os quais provocam a produção de anticorpos específicos para esses
novos vírus.
42.
Resposta:
A) 2. Ao injetar na criança material proveniente de medula do coelho infectado, Pasteur forneceu-lhe anticorpos aí produzidos.
B) Vacinas e soros. As pessoas que se infectavam com a varíola bovina eram expostas a antígenos que estimulavam nelas a produção
de células de memória, que se diferenciam em plasmócitos para produzir anticorpos caso o antígeno reapareça.
43.
Resposta: Microrganismos mortos, atenuados (inativados) ou antígenos específicos extraídos desses patógenos. Estimulam as defesas
do organismo a produzir anticorpos específicos.
44.
Resposta:
A) O nível aumentado de cortisol na circulação, após sua administração, inibe a produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)
pelo lobo anterior da hipófise (adenoipófise), o que promove uma diminuição do estímulo da produção do cortisol pelas glândulas
supra-renais.
B) A retirada progressiva do cortisol permite um aumento também progressivo do ACTH circulante, evitando um quadro de
hipofunção do córtex supra-renal após o término do tratamento.
45.
Resposta: Os vírus constituem a categoria de organismos causadores da varíola, cujas características são: não possuem organização
celular, sendo constituídos basicamente por uma cápsula protéica em cujo interior existe apensa um tipo de ácido nucléico, DNA ou
RNA; não apresentam metabolismo próprio, permanecendo inativos quando fora das células vivas e reproduzindo-se no interior
de células vivas, utilizando os recursos da célula hospedeira. A imunização das pessoas com pus deveu-se ao fato deste conter
os vírus atenuados, que, quando em contato com um arranhão na pele de pessoas sadias, tinham a capacidade de imunizá-las.
Esse tipo de imunização denomina-se ativa e artificial, pois o organismo é estimulado a produzir anticorpos. No caso, o pus
contém vírus atenuados, que são incapazes de causar a doença, mas potentes para estimular a produção de anticorpos e induzir a
proliferação de células de memória. No outro tipo de imunização, chamada passiva, o indivíduo recebe os anticorpos prontos
contra a doença, já que seu organismo não os produziu. É o caso da imunização através da placenta e do leite materno. No
entanto a ação desses anticorpos é imediata, iniciando-se logo que entram no organismo receptor, mas desaparecem após algumas
semanas ou meses. No caso da vulnerabilidade das populações indígenas à doença, por estarem confinados no continente
americano por milhares de anos, os índios não desenvolveram resistências imunológicas contra várias doenças disseminadas
pelos europeus, sendo dizimados ao contrair gripe, sarampo, sífilis e varíola.
46.
Resposta: Indivíduo A, uma vez que sua resposta imunológica é mais rápida intensa, demonstrando que ele já estava sensibilizado
para o referido vírus.
47.
Resposta: O ácido clorídrico (HCl) elimina bactérias. Com o antiácido, o teor de acidez não é suficiente para eliminar as bactérias, o
que aumenta a possibilidade do desenvolvimento de cólera mesmo com poucas bactérias (que têm então mais chances de sobreviver).
48.
Resposta: O leite materno é isento de contaminação e oferece as condições ótimas de assimilação pela criança, não sofre manipulação
nem está sujeito à armazenagem que pode modificá-lo; possui anticorpos que passam da mãe para a criança, imunizando-a
temporariamente contra diversas doenças; evita distúrbios digestivos no lactente, como costuma acontecer com a alimentação
artificial; apresenta temperatura adequada e não tem custo. A amamentação provoca um maior estreitamento psicológico no
relacionamento mãe-filho.
49.
Resposta: A bactéria no organismo sofre fagocitose pelos macrófagos, que então fazem a apresentação dos antígenos aos linfócitos B,
que sofrem diferenciação em plasmócitos para produzir anticorpos.
50.
Resposta:
A)
Tecido epitelial que recobre a superfície externa do corpo, do trato respiratório e gastrintestinal, com suas secreções.
Macrófagos também podem fagocitar de forma inespecífica.
B)
Linfócitos – produzem anticorpos
Macrófagos – produzem linfocinas
C)
Lupus eritematoso
Esclerose múltipla
Distrofias musculares
Diabetes tipo I.
Aula 38 - Tecidos Cartilaginoso e Ósseo
1.
Resposta: A
Comentário: Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. A ingestão de alimentos com alto teor de cálcio e a diminuição na ingestão de cafeína (em refrigerantes, por
exemplo) diminuem o risco de osteoporose.
Item B: falso. Apesar dos referidos alimentos serem ricos em vitamina D e cálcio, a prevenção da osteoporose não deve se basear
apenas nessa dieta.
Item C: falso. A luz do sol ativa a vitamina D na pele, sendo necessária na prevenção da osteoporose.
Item D: falso. Não existe vacina contra a osteoporose.
Item E: falso. A prática de exercícios físicos regulares e a ingestão de laticínios e derivados, ricos em cálcio, auxiliam na prevenção
da osteoporose.
2.
Resposta: E
Comentário: Na formação do tecido ósseo, tem-se dois possíveis mecanismos de ossificação:
- Na ossificação endocondral ou cartilaginosa, é formado um molde prévio do osso em cartilagem hialina. A cartilagem então vai
sendo substituída por tecido ósseo para ocorrer a ossificação. É importante deixar claro que a cartilagem não se transforma em osso,
mas é substituída por osso.
- Na ossificação intramembranosa ou conjuntiva, o osso é formado a partir de uma membrana de tecido conjuntivo embrionário. As
células adventícias do tecido conjuntivo diferenciam-se em osteoblastos e passam a depor matriz osteóide. Posteriormente, ocorre
mineralização e formação dos osteócitos. Assim, o tecido conjuntivo é realmente transformado em osso.
3.
Resposta: D
Comentário: Células-tronco são células indiferenciadas capazes de se diferenciar em novos tipos de células, tecidos ou órgãos. Nem
todas elas são capazes de sofrer diferenciação se transformando em todos os tipos celulares. Somente as células-tronco embrionárias
(CTE, blastômeros), ou seja, obtidas no embrião até a blástula, são toti/pluripotentes, ou seja, capazes de se diferenciar em qualquer
tipo de célula do organismo. Quaisquer células-tronco obtidas após o nascimento podem ser caracterizadas como células-tronco
adultas ou maduras, que não são toti/pluripotentes. São exemplos desse caso as células-tronco obtidas de placenta, de cordão umbilical
e de medula óssea (hematopoiéticas), podendo se diferenciar apenas em células sangüíneas. Analisando cada item:
Item A: falso. Indivíduos diabéticos apresentam problemas nas células endócrinas do pâncreas responsáveis pela produção do
hormônio insulina, e não das células exócrinas do pâncreas responsáveis pela produção de enzimas digestivas.
Item B: falso. Leucemia é o câncer de medula óssea, sendo tratado pela destruição das células cancerosas através de procedimentos
como a quimioterapia, seguido do transplante de medula óssea para fornecer novas células-tronco produtoras de sangue e substituir
aquelas que foram destruídas pela quimioterapia. O uso de células-tronco da medula óssea do próprio paciente, desde que não afetadas
pelo câncer, é procedimento muito comum. Apesar de haver o risco de gerarem futuramente novas células cancerosas, não é certeza
que isso vai ocorrer.
Item C: falso. Como afirmado acima, o fornecimento de novas células-tronco da medula óssea são a razão do transplante de medula
óssea no tratamento de leucemia, uma vez que essas células-tronco são capazes de se multiplicar indefinidamente e de se diferenciar
em leucócitos, hemácias ou plaquetas.
Item D: verdadeiro. A utilização de células-tronco nas lesões de ossos é útil por elas serem capazes de se diferenciar em novas
células capazes de reconstruir o osso, incluindo células ósseas, vasos sangüíneos e tecido nervoso.
Item E: falso. O tecido cartilaginoso é avascular, não inervado e com baixa atividade metabólica.
4.
Resposta: A
Comentário:
5.
Resposta: C
Comentário: Observe o esquema abaixo que representa o esqueleto humano:
Assim:
Item A: falso. O maxilar inferior ou mandíbula o único osso móvel da cabeça.
Item B: falso. Cintura é a parte do corpo dos vertebrados onde articulam-se os membros articulação triaxial, sendo capaz de funcionar
em todos os três planos, de modo a possibilitar a rotação dos membros. A cintura escapular ou simplesmente escápula corresponde à
articulação do braço (osso úmero) com o tronco, sendo composta pela escápula (antiga omoplata) e pela clavícula, conectados entre si
por meio de ligamentos.
Item C: verdadeiro. A caixa torácica é composta pelas costelas e pelo osso esterno, que as conecta na região anterior, protegendo o
coração, os pulmões e os principais vasos sanguíneos que chegam e saem do coração.
Item D: falso. A cintura pélvica corresponde à articulação da perna (osso fêmur) com o tronco, sendo composta é pela pelve (ou
bacia), o sacro e o cóccix, conectados entre si por meio de ligamentos. A pelve é formada pelos ossos ílio, ísquio e púbis, enquanto
sacro e coccix sao as porções finais da coluna vertebral.
6.
Resposta: C
Comentário: O tecido ósseo se caracteriza por ser um tecido rígido, mineralizado (calcificado), com células como osteoblastos
(células jovens produtoras de matriz óssea, relacionadas com o processo de ossificação), osteócitos (células maduras mantenedoras de
matriz óssea) e osteoclastos (células destruidoras de matriz óssea, relacionadas com o processo de reabsorção óssea). Os osteoclastos
são formados pela fusão de vários macrófagos, tendo também papel de defesa, e atuando através da atividade de fagocitose,
mecanismo pelo qual eles também promovem a reabsorção óssea. Uma vez fagocitada a matriz óssea, ela é digerida pelos lisossomos
dos osteoclastos no mecanismo conhecido como digestão intracelular.
7.
Resposta: D
Comentário: O tecido ósseo se caracteriza por ser um tecido rígido, mineralizado (calcificado), com células como osteoblastos
(células jovens produtoras de matriz óssea, relacionadas com o processo de ossificação), osteócitos (células maduras mantenedoras de
matriz óssea) e osteoclastos (células destruidoras de matriz óssea, relacionadas com o processo de reabsorção óssea).
Assim:
(IV) As células ósseas adultas são denominadas osteócitos;
(III) As células ósseas jovens são denominadas osteoblastos;
(II) As células que destróem e reabsorvem a matriz óssea são denominadas osteoclastos;
(I) As células formadoras de osso podem ser denominadas de osteogênicas.
8.
Resposta: D
Comentário: O crânio humano é composto por uma série de ossos fusionados, sendo o único osso móvel do crânio a maxila inferior
ou mandíbula. Ossos como occipital, temporal, parietal, zigomático e frontal estão entre seus principais constituintes. Observe a figura
abaixo:
8.
Resposta: B
Comentário:
10.
Resposta: C
Comentário:
11.
Resposta: C
Comentário:
12.
Resposta: C
Comentário:
13.
Resposta: B
Comentário:
14.
Resposta: E
Comentário:
15.
Resposta: A
Comentário:
16.
Resposta: C
Comentário:
17.
Resposta: B
Comentário: O tecido cartilaginoso se caracteriza por ser um tecido maleável, avascular e constituído por uma substância intercelular
denominada de matriz (à base principalmente de condrina) e fibras colágenas; suas principais células são denominadas de
condroblastos (células jovens) e condrócitos (células maduras, localizadas em cavidades na matriz cartilaginosa denominadas
lacunas).
18.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. Na ossificação endocondral ou cartilaginosa, é formado um molde prévio do osso em cartilagem hialina, e a cartilagem
então vai sendo substituída por tecido ósseo para ocorrer a ossificação; na ossificação intramembranosa ou conjuntiva, o osso é
formado a partir de uma membrana de tecido conjuntivo, cujas células adventícias diferenciam-se em osteoblastos e passam a depor
matriz óssea para a mineralização.
Item B: falso. Os osteoclastos são formados pela fusão de vários macrófagos, tendo também papel de defesa, e atuando através da
atividade de fagocitose, mecanismo pelo qual eles também promovem a reabsorção óssea. Uma vez fagocitada a matriz óssea, ela é
digerida pelos lisossomos dos osteoclastos no mecanismo conhecido como digestão intracelular.
Item C: verdadeiro. Durante a formação dos ossos, à medida que ocorre a mineralização da matriz, os osteoblastos formadores de
osso ficam presos em lacunas, diminuem a atividade metabólica e transformam-se em osteócitos mantenedores da matriz óssea.
Item D: falso. A remodelagem óssea é um processo lento e difícil, principalmente nos adultos, sendo que os osteoblastos constroem
matriz óssea e os osteoclastos destroem matriz óssea.
Item E: falso. Os ossos são envolvidos externa e internamente por membranas de tecido conjuntivo vascularizadas, denominadas,
respectivamente, de periósteo e endósteo.
19.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
I. O tecido cartilaginoso se caracteriza por ser um (2) tecido maleável, avascular e constituído por uma substância intercelular
denominada de matriz (à base principalmente de condrina) e fibras colágenas; suas principais células (D) são denominadas de
condrócitos (células maduras) e condroblastos (células jovens).
II. O tecido ósseo se caracteriza por (3) ser um tecido rígido, mineralizado (calcificado), com células (B) como osteoblastos (células
jovens produtoras de matriz óssea), osteócitos (células maduras mantenedoras de matriz óssea) e osteoclastos (células destruidoras de
matriz óssea).
III. O tecido conjuntivo frouxo se caracteriza por (4) apresentar grande diversidade de células, como (C) fibroblastos e fibrócitos,
macrófagos e plasmócitos, e abundante material intercelular.
IV. O tecido adiposo principal responsável pelo armazenamento de lipídios na forma de gorduras, tanto para reserva como para
isolamento térmico, possuindo (1) substância intercelular reduzida e células (A) chamadas adipócitos.
20.
Resposta: A
Comentário: O tecido ósseo se caracteriza por ser um tecido rígido, mineralizado (calcificado, agindo também como reserva de cálcio
e fósforo), com células como osteoblastos (células jovens produtoras de matriz óssea), osteócitos (células maduras mantenedoras de
matriz óssea) e osteoclastos (células destruidoras de matriz óssea). No interior de alguns ossos, ocorre a medula óssea vermelha,
formada por tecido hematopoiético produtor de células sangüíneas.
21.
Resposta: D
Comentário: O tecido ósseo é formado por duas células principais:
- Osteoblastos, responsáveis pela ossificação, através da produção de matriz orgânica óssea e enzima fosfatase alcalina, que promove a
calcificação óssea, retirando cálcio do sangue para os ossos. Esses osteoblastos são estimulados pelo hormônio calcitonina, pelos
hormônios sexuais femininos estrógenos, pela vitamina A e pela atividade muscular. Os osteoblastos também promovem a síntese de
fibras de colágeno, principal proteína do osso e cuja síntese depende da presença de vitamina C.
- Osteoclastos, responsáveis pela destruição de matriz orgânica óssea e pela produção de enzima fosfatase ácida, que promove a
descalcificação óssea, retirando cálcio dos ossos para o sangue. O objetivo disso, dentre outras coisas, é regular os níveis de cálcio no
sangue. Esses osteoclastos são estimulados pelo hormônio paratormônio e pela vitamina D.
Normalmente, existe um equilíbrio entre a ação de osteoblastos e de osteoclastos no osso, ou seja, entre calcificação e descalcificação.
Só que esse equilíbrio pode ser quebrado. Pessoas de ambos os sexos em idade avançada apresentam perda de massa muscular, o que
diminui o estímulo aos osteoblastos. Mulheres em menopausa têm redução na secreção de estrógenos, o que também diminui o
estímulo aos osteoblastos. Só que os osteoclastos não estão nem aí pra isso, e continuam agindo, destruindo a matriz orgânica e
descalcificando o osso, o que leva à famosíssima osteoporose, doença que aumenta o risco de fraturas ósseas em idosos. A prevenção
contra a osteoporose envolve várias ações, como manutenção de atividades físicas regulares para garantir uma adequada massa
muscular. Por esse motivo, musculação está entre as atividades físicas mais recomendáveis para indivíduos da terceira idade. Além
disso, também são medidas preventivas a ingestão de alimentos ricos em cálcio e vitamina D, que garante a absorção do cálcio, a
exposição freqüente ao sol para garantir a ativação da vitamina D e a reposição hormonal em mulheres pós-menopausa. Alguns
estudos sugerem que evitar o consumo excessivo de cafeína também ajuda nessa prevenção. Analisando cada item:
Item A: falso. A fixação do cálcio no tecido ósseo depende da presença de vitamina D, cuja síntese é ativada pelos raios UV do sol.
Item B: falso. A vitamina C é necessária à síntese de colágeno, principal proteína constituinte dos ossos.
Item C: falso. Os osteoblastos e os osteoclastos são células responsáveis, respectivamente, pela formação e destruição de matriz
óssea.
Item D: verdadeiro. Como mencionado, Os osteoblastos e os osteoclastos são células responsáveis, respectivamente, pela formação e
destruição de matriz óssea.
22.
Resposta: C
Comentário: Porcos são mamíferos e, como tal, possuem grande homologia com humanos em termos de esqueleto, de modo que o
pernil do porco (coxa traseira) é equivalente à coxa humana, correspondendo ao fêmur. Observe o esquema abaixo representativo do
esqueleto de uma ave:
carpometacarpo (mão)
costela
úmero
quilha
esterno
fêmur
tibiotarso
tarso‐metatarso (pé)
23.
Resposta: D
Comentário: O tecido ósseo é um tecido conjuntivo que se caracteriza por ser um rígido, mineralizado (calcificado), com células
como osteoblastos (células jovens produtoras de matriz óssea à base principalmente de fibras colágenas), osteócitos (células maduras
mantenedoras de matriz óssea) e osteoclastos (células destruidoras de matriz óssea).
24.
Resposta: D
Comentário: A coluna vertebral é o eixo de sustentação do esqueleto dos vertebrados, sendo formada por ossos cilíndricos curtos
denominados vértebras. Dentro de cada vértebra existe um canal, por onde passa a medula espinhal, que fica então alojada no interior
da coluna vertebral, que a protege contra choques mecânicos. Assim:
Item I: verdadeiro. A coluna vertebral envolve a medula espinhal.
Item II: verdadeiro. Apesar de seu formato ser basicamente cilíndrico curto, cada vértebra apresenta discretas variações em seu
formato, sendo as mais posteriores mais largas e as mais anteriores mais estreitas.
Item III: verdadeiro. Para minimizar o desgaste do osso vertebral pelo choque entre as vértebras, entre cada par de vértebras existe
um disco de cartilagem fibrosa, denominado disco intervertebral.
25.
Resposta: A
Comentário: Vários fatores influenciam no processo de ossificação, como algumas vitaminas e hormônios. A vitamina A, o hormônio
calcitonina (da tireóide) e os hormônios estrógenos (dos ovários, e apenas em mulheres) estimulam os osteoblastos responsáveis pela
ossificação, enquanto o hormônio paratormônio (das paratireóides) estimulam os osteoclastos responsáveis pela destruição óssea. A
vitamina D influencia de modo indireto, uma vez que é essencial à absorção intestinal de cálcio, sendo então fundamental à
ossificação.
- Osteomalácia é a deficiência de vitamina D em adultos, o que leva à falta de cálcio para os ossos;
- Osteoporose é uma condição caracterizada pela diminuição na produção de hormônios sexuais femininos na mulher após a
menopausa, com conseqüente redução do estímulo aos osteoblastos; como os osteoclastos continuam a agir normalmente, os ossos
perdem matriz orgânica e, conseqüentemente, cálcio. Osteoporose também ocorre com homens e mulheres em idades avançadas
devido à perda natural de massa muscular que vem com a idade, o que também reduz o estímulo aos osteoblastos e gera um
desequilíbrio no metabolismo ósseo do cálcio no sentido da desmineralização do mesmo.
Assim:
Item A: falso. A osteoporose normalmente surge pela deficiência de hormônios femininos na mulher pós-menopausa; além disso, o
hormônio tireoidiano calcitonina promove a deposição de cálcio no osso, removendo-o do sangue e, com isso, reduzindo a calcemia.
Item B: verdadeiro. O colecalciferol é a vitamina D ativa, sendo formado na pele por ação dos raios ultra-violeta do sol e agindo na
absorção intestinal de cálcio.
Item C: verdadeiro. Como mencionado, a vitamina D age na absorção intestinal de cálcio.
Item D: verdadeiro. Como mencionado, a osteoporose normalmente surge pela deficiência de hormônios femininos na mulher pós-
menopausa.
Item E: verdadeiro. A forma ativa da vitamina D é um hormônio produzido a partir de modificações ocorridas na estrutura de sua
molécula em órgãos como fígado e rins.
26.
Resposta: B
Comentário: O tecido cartilaginoso se caracteriza por ser um tecido maleável, avascular e constituído por uma substância intercelular
denominada de matriz (à base principalmente de condrina) e fibras colágenas; suas principais células são denominadas de condrócitos
(células maduras) e condroblastos (células jovens). Por ser avascular, a cartilagem não possibilita a nutrição do tumor, que então não
pode se desenvolver.
27.
Resposta: VVFVF
Comentário:
1º item: verdadeiro. A cartilagem hialina apresenta quantidade moderada de fibras colágenas e é mais comum das formas de
cartilagem, ocorrendo em nariz, laringe, traquéia e esqueleto fetal (antes de ser substituída pelo tecido ósseo na ossificação
endocondral).
2º item: verdadeiro. Tendões e ligamentos são formados por tecido conjuntivo denso modelado ou tendinoso, fixam-se aos ossos nas
articulações, em associação com cartilagens fibrosas.
3º item: falso. A cartilagem elástica é encontrada no pavilhão auditivo e é rica em fibras elásticas.
4º item: verdadeiro. O pericôndrio, formado por tecido conjuntivo denso, é responsável pela nutrição e pela regeneração das
cartilagens por difusão a partir de seus vasos, uma vez que o tecido cartilaginoso não é irrigado.
5º item: falso. Tecidos cartilaginosos não são irrigados, sendo por isso de difícil reparo.
28.
Resposta: VVFFV
Comentário:
29.
Resposta:
A) Os componentes químicos responsáveis pela dureza dos ossos são o cálcio e o fósforo, uma vez que a matriz óssea mineralizada é
constituída por fosfato de cálcio (hidroxiapatita).
B) A flexibilidade óssea é conferida pela presença de colágeno na matriz.
C) Osteoclastos são macrófagos modificados especializados em promover a reabsorção óssea através da secreção de enzimas
digestivas que degradam a matriz óssea.
D) O paratormônio secretado pelas glândulas paratireóides promove a manutenção da relação cálcio/fosfato no sangue. O excesso
deste hormônio causa estimulação da atividade osteoclástica com remoção de cálcio dos ossos. A descalcificação deixa os ossos
frágeis, sujeitos à fraturas e deformações.
E) A vitamina D (calciferol), estimulada pela radiação ultravioleta do sol, auxilia a absorção de cálcio no intestino, bem como sua
fixação nos ossos e dentes.
30.
Resposta:
A) sustentação e proteção.
B) como a cartilagem é avascularizada, não é possível a chegada de leucócitos pela corrente sanguínea.
Aula 39 - Tecido Muscular
1.
Resposta: E
Comentário:
2.
Resposta: C
Comentário:
3.
Resposta: D
Comentário: Fibras estriadas esqueléticas são células cilíndricas longas, com estrias transversais, sendo multinucleadas com núcleos
periféricos. São de contração voluntária, com controle pelo córtex cerebral. Estão localizadas nos músculos ligados aos ossos, como
bíceps e tríceps (no braço), peitoral (no peito), deltóide (no ombro), etc.
4.
Resposta: C
Comentário:
5.
Resolução: C
Comentário: O processo de contração muscular inicia-se com a chegada do impulso nervoso numa região especial da fibra muscular
denominada placa motora. Este impulso nervoso provoca a liberação de cálcio a partir de vesículas do retículo sarcoplasmático
(retículo endoplasmático liso da fibra muscular). Os íons de cálcio estimulam a ligação entre a miosina e actina, de modo que a
miosina quebra ATP e dobra, fazendo com que a actina deslize sobre ela e promovendo a contração do sarcômero. Para haver
relaxamento, uma bomba de cálcio remove continuamente o cálcio de volta para o retículo sarcoplasmático, revertendo o processo
todo. Perceba que o que ativa a contração é a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático por difusão, e o que ativa o relaxamento é
a saída de cálcio do sarcoplasma para o retículo sarcoplasmático por transporte ativo.
Tanto a contração muscular com o dobramento das pontes cruzadas de miosina como o relaxamento com o desdobramento das
mesmas consomem energia do ATP. Na verdade, a hidrólise do ATP ocorre no momento da contração, quando a cabeça da miosina se
contrai. Para o relaxamento, basta que se ligue ATP à cabeça da miosina, mas esse ATP não é hidrolisado (no próximo ciclo de
contração, será essa ATP quem vai fornecer a energia da contração). A falta de ATP para relaxamento também explica o rigor mortis
ou rigidez cadavérica, que ocorre quando o individuo morre: a musculatura permanece travada numa mesma posição e assim
permanece até que os lisossomas das fibras se rompam e causem autólise, o que faz então com que os tecidos comecem a se desfazer.
A destruição das proteínas celulares que levam à reversão da rigidez cadavérica se dá por enzimas digestivas dos lisossomos, que se
rompem algum tempo após a morte do indivíduo.
6.
Resposta: D
Comentário:
7.
Resposta: B
Comentário:
8.
Resposta: A
Comentário:
9.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. O músculo estriado esquelético é constituído de fibras musculares envoltas por camadas de tecido conjuntivo, sendo
elas o epimísio (que envolve o músculo como um todo), o perimísio (que envolve os feixes musculares) e o endomísio (que envolve a
fibra muscular individualmente). Além disso, ocorrem capilares sangüíneos nos músculos, e esses tem seu endotélio constituído de
tecido epitelial.
Item B: verdadeiro. Cada miócito esquelético é multinucleado, sendo formado pela fusão de várias células, o que o caracteriza como
um sincício.
Item C: falso. Os túbulos T são invaginações na membrana plasmática da fibra muscular que permitem que o impulso nervoso se
propague para bem próximo do retículo endoplasmático (sarcoplasmático) liso (e não rugoso ou granular) para que ele libere cálcio no
citoplasma (sarcoplasma) da fibra e desencadeie a contração.
Item D: falso. A contração muscular se inicia com a chegada do impulso nervoso na placa motora da fibra muscular, promovendo a
liberação de cálcio do retículo endoplasmático (sarcoplasmático) para o citoplasma (sarcoplasma). O cálcio se liga na troponina (e
não na actina), uma proteína do miofilamento de actina, o que desloca a tropomiosina, outra proteína do miofilamento de actina, de
modo a expor na actina o sítio de ligação com a miosina. Assim, as cabeças dos miofilamentos de miosina se ligam à actina, o que
leva à quebra de ATP, que libera energia para dobrar a cabeça da miosina. Esse movimento promove o deslizamento da actina sobre a
miosina e gera a contração do sarcômero.
Item E: falso. A mioglobina é uma proteína de cor vermelha, contendo ferro em sua composição, e que tem o papel de transferir o
oxigênio das hemácias para as enzimas responsáveis pela respiração aeróbica no músculo. Os músculos estriados esqueléticos podem
ser classificados em duas categorias quanto ao teor de mioglobina:
- músculos escuros ou lentos apresentam alto teor de mioglobina e de mitocôndrias, estando relacionados a atividades musculares de
resistência, que são aeróbicas;
- músculos claros ou rápidos apresentam baixo teor de mioglobina e de mitocôndrias, estando relacionados a atividades musculares de
explosão, que são anaeróbicas.
10.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. Células do tecido muscular estriado cardíaco são anastomosadas, unidas por discos intercalares, com junções do
tipo gap, que permitem a passagem de íons entre as células vizinhas para promover as sinapses elétricas típicas desse tecido.
Item II: falso. Apesar de apresentar contração involuntária (de controle autógeno), o tecido muscular cardíaco é estriado, uma vez que
apresenta em suas células estrias transversais pela organização das miofibrilas contráteis em sarcômeros.
Item III: verdadeiro. O tecido muscular liso não possui estrias transversais (não possui miofibrilas organizadas em, sarcômeros) e é
de contração involuntária, sendo encontrado em órgãos viscerais como o estômago e o intestino.
11.
Resposta: D
Comentário: O termo “sarco” se refere a músculos, de modo que a sarcolema é a membrana plasmática da célula muscular, retículo
sarcoplasmático é o retículo endoplasmático da célula muscular e sarcômero é a unidade contrátil dos músculos estriados. Para o
fornecimento de energia para contração, que é proporcionado pela atividade de respiração aeróbica, células musculares são ricas em
mitocôndrias. Além disso, o retículo sarcoplasmático armazena íons de cálcio, que uma vez liberados no sarcoplasma (citoplasma da
célula muscular) ativam o mecanismo de contração muscular.
12.
Resposta: D
Comentário: Fibras estriadas cardíacas são células cilíndricas curtas, com estrias transversais, sendo uni ou binucleadas com
núcleo(s) central(is) e anastomosadas por discos intercalares. São de contração rápida, rítmica e involuntária, com controle autógeno.
Estão localizadas no coração (miocárdio).
13.
Resposta: B
Comentário: Fibras lisas são células fusiformes, uninucleadas e com núcleo central. São de contração involuntária, com controle pelo
sistema nervoso autônomo. Estão localizadas nas vísceras, como nos vasos sangüíneos, no tubo digestivo (para o peristaltismo), etc.
14.
Resposta: C
Comentário:
15.
Resposta: A
Comentário:
16.
Resposta: C
Comentário:
17.
Resposta: B
Comentário:
18.
Resposta: E
Comentário: A fibra muscular estriada esquelética tem em seu interior um sistema de proteínas contráteis denominado miofibrila,
formada por miofilamentos de dois tipos, os miofilamento espessos de miosina e os miofilamentos delgados de actina. A unidade de
contração muscular é o sarcômero, que aparece devido à organização dos miofilamentos. O sarcômero está disposto de tal maneira que
podem ser diferenciadas algumas regiões:
- A faixa A ou anisotrópica é formada por miofilamentos de miosina e actina intercalados. No meio da faixa A há uma região
contendo apenas miofilamentos de miosina, a zona H.
- A faixa I ou isotrópica é formada por miofilamentos de actina apenas. No meio da faixa I há uma estrutura protéica, denominada
linha Z.
A linha Z é o limite entre dois sarcômeros adjacentes. A alternância entre as faixas A (mais escura) e I (mais clara) origina as
estriações transversais do músculo esquelético.
A contração muscular é proporcionada pela contração dos sarcômeros, causada pelo deslizamento dos miofilamentos de actina sobre
os de miosina, de modo que as duas linhas Z do sarcômero se aproximam. O processo de contração muscular se inicia com a chegada
do impulso nervoso na placa motora da fibra muscular, promovendo a liberação de cálcio do retículo endoplasmático
(sarcoplasmático) para o citoplasma. O cálcio se liga na troponina, uma proteína do miofilamento de actina, o que desloca a
tropomiosina, outra proteína do miofilamento de actina, de modo a expor na actina o sítio de ligação com a miosina. Assim, as cabeças
dos miofilamentos de miosina se ligam à actina, o que leva à quebra de ATP, que libera energia para dobrar a cabeça da miosina. Esse
movimento promove o deslizamento da actina sobre a miosina e gera a contração do sarcômero. Para haver relaxamento, uma bomba
de cálcio remove continuamente o cálcio do sarcoplasma, revertendo o processo todo, mas tendo que haver ligação de ATP à miosina
para que ela se desligue da actina. Perceba que o que ativa a contração é a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático por difusão,
e o que ativa o relaxamento é a saída de cálcio do sarcoplasma para o retículo sarcoplasmático por transporte ativo. Assim:
Item 1: verdadeiro.
Item 2: verdadeiro.
Item 3: falso. Na figura, os filamentos protéicos de actina estão representados por 3 (na banda I) e os de miosina por 4 (na banda A).
Item 4: verdadeiro.
Item 5: falso. No relaxamento dos sarcômeros, há gasto indireto de ATP para bombear cálcio de volta para o retículo, além de haver
ligação de ATP na miosina para desligá-la da actina.
19.
Resposta: D
Comentário: Fibras musculares estriadas esqueléticas são células cilíndricas longas, multinucleadas com núcleos periféricos (II) e
com estrias transversais. São de contração voluntária, com controle pelo córtex cerebral. Estão localizadas nos músculos ligados aos
ossos, como bíceps e tríceps (no braço), peitoral (no peito), deltoide (no ombro), etc. As fibras musculares são também chamadas de
miócitos, sendo formadas a partir de células indiferenciadas denominadas mioblastos. Na idade adulta, novos miócitos não podem ser
produzidos nos músculos estriados, de modo que qualquer aumento de massa muscular se justifica por hipertrofia, ou seja, aumento no
volume de cada fibra muscular, o que se dá por síntese de novas miofibrilas protéicas, mas não por hiperplasia, uma vez que não
ocorre aumento do número de fibras.
20.
Resposta: A
Comentário: Analisando cada tipo de fibra:
- Fibras estriadas esqueléticas (1) são células cilíndricas longas, com estrias transversais (C), sendo multinucleadas com núcleos
periféricos (I). São de contração voluntária (c), com controle pelo córtex cerebral. Estão localizadas nos músculos ligados aos ossos,
como bíceps e tríceps (no braço), peitoral (no peito), deltóide (no ombro), etc.
- Fibras lisas (2) são células fusiformes (A), uninucleadas e com núcleo central (III). São de contração involuntária (a ou b), com
controle pelo sistema nervoso autônomo. Estão localizadas nas vísceras, como nos vasos sangüíneos, no tubo digestivo (para o
peristaltismo), etc.
- Fibras estriadas cardíacas (3) são células cilíndricas curtas, com estrias transversais (B), sendo uni ou binucleadas com núcleo(s)
central(is) (II) e anastomosadas por discos intercalares. São de contração rápida, rítmica e involuntária (a ou b), com controle
autógeno. Estão localizadas no coração (miocárdio).
Assim, a associação adequada é:
- 1 C I c.
- 2 A III a ou b.
- 3 B II a ou b.
21.
Resposta: B
Comentário: No movimento muscular, alguns músculos, chamados agonistas, se contraem, enquanto outros músculos, chamado
antagonistas, se distendem. No ato de abraçar-se, os braços se fecham, de modo que os músculos peitorais se contraem (e os
antagonistas dorsais se distendem), enquanto os bíceps se contraem (e os antagonistas tríceps se distendem); no ato de abrirem-se os
braços, as ações são contrárias, de modo que os músculos dorsais se contraem (e os antagonistas peitorais se distendem), enquanto os
tríceps se contraem (e os antagonistas bíceps se distendem).
22.
Resposta: C
Comentário:
23.
Resposta: D
Comentário: O processo de contração muscular inicia-se com a chegada do impulso nervoso numa região especial da fibra muscular
denominada placa motora. Este impulso nervoso provoca a liberação de cálcio a partir de vesículas do retículo sarcoplasmático
(retículo endoplasmático liso da fibra muscular). Os íons de cálcio estimulam a ligação entre a miosina e actina, de modo que a
miosina quebra ATP e dobra, fazendo com que a actina deslize sobre ela e promovendo a contração do sarcômero.No repouso, o
comprimento da fibra é longo, e o teor de cálcio livre no citoplasma é pequeno (uma vez que este está no interior do retículo
sarcoplasmático), como indicado em P4. Na contração, ocorre liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático para o citoplasma da
fibra, de modo que o teor de cálcio livre no citoplasma aumenta, desencadeando o encurtamento da fibra, como indicado em P1.
24.
Resposta: C
Comentário: O processo de contração muscular inicia-se com a chegada do impulso nervoso numa região especial da fibra muscular
denominada placa motora. Este impulso nervoso provoca a liberação de cálcio a partir de vesículas do retículo sarcoplasmático
(retículo endoplasmático liso da fibra muscular). Os íons de cálcio estimulam a ligação entre a miosina e actina, de modo que a
miosina quebra ATP e dobra, fazendo com que a actina deslize sobre ela e promovendo a contração do sarcômero. Na contração,
ocorre liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático para o citoplasma (sarcoplasma) da fibra, de modo que o teor de cálcio livre no
mesmo aumenta, desencadeando o encurtamento da fibra. A contração máxima ocorre quando o teor de cálcio livre no citoplasma
(sarcoplasma) é máximo, ou seja, no intervalo de tempo entre T6 e T8.
25.
Resposta: C
Comentário: O processo de contração muscular se inicia com a chegada do impulso nervoso na placa motora da fibra muscular,
promovendo a liberação de cálcio do retículo endoplasmático (sarcoplasmático) para o citoplasma. O cálcio se liga na troponina, uma
proteína do miofilamento de actina, o que desloca a tropomiosina, outra proteína do miofilamento de actina, de modo a expor na actina
o sítio de ligação com a miosina. Assim, as cabeças dos miofilamentos de miosina se ligam à actina, o que leva à quebra de ATP, que
libera energia para dobrar a cabeça da miosina. Esse movimento promove o deslizamento da actina sobre a miosina e gera a contração
do sarcômero. Assim, a interação entre a actina e a miosina é responsável pela contração muscular, quando então o sarcômero estará
em máxima tensão, o que ocorre entre B e C no gráfico (tensão em 100%).
26.
Resposta: E
Comentário:
A fibra muscular estriada esquelética tem em seu interior um sistema de proteínas contráteis denominado miofibrila, formada por
miofilamentos de dois tipos, os miofilamento espessos de miosina e os miofilamentos delgados de actina. A unidade de contração
muscular é o sarcômero, que aparece devido à organização dos miofilamentos.
O sarcômero está disposto de tal maneira que podem ser diferenciadas algumas regiões:
- A faixa A ou anisotrópica é formada por miofilamentos de miosina e actina intercalados. No meio da faixa A há uma região
contendo apenas miofilamentos de miosina, a zona H.
- A faixa I ou isotrópica é formada por miofilamentos de actina apenas. No meio da faixa I há uma estrutura protéica, denominada
linha Z.
A linha Z é o limite entre dois sarcômeros adjacentes. A alternância entre as faixas A (mais escura) e I (mais clara) origina as
estriações transversais do músculo esquelético.
A contração muscular é proporcionada pela contração dos sarcômeros, causada pelo deslizamento dos miofilamentos de actina sobre
os de miosina, de modo que as duas linhas Z do sarcômero se aproximam.
Assim:
- I representa a banda A;
- II representa a linha Z;
- III representa a banda H;
- IV representa a banda I;
- V representa o sarcômero.
27.
Resposta: A
Comentário:
28.
Resposta: A
Comentário:
29.
Resposta: B
Comentário:
30.
Resposta: A
Comentário: A contração muscular se inicia com a chegada do impulso nervoso na placa motora da fibra muscular, promovendo a
liberação de cálcio do retículo endoplasmático (sarcoplasmático) para o citoplasma (sarcoplasma). O cálcio se liga na troponina, uma
proteína do miofilamento de actina, o que desloca a tropomiosina, outra proteína do miofilamento de actina, de modo a expor na actina
o sítio de ligação com a miosina. Assim, as cabeças dos miofilamentos de miosina se ligam à actina, o que leva à quebra de ATP, que
libera energia para dobrar a cabeça da miosina. Esse movimento promove o deslizamento da actina sobre a miosina e gera a contração
do sarcômero. Os túbulos T são invaginações na membrana plasmática da fibra muscular que permitem que o impulso nervoso se
propague para bem próximo do retículo endoplasmático (sarcoplasmático) para que ele libere cálcio no citoplasma (sarcoplasma) da
fibra e desencadeie a contração.
31.
Resposta: B
Comentário: A contração muscular se inicia com a chegada do impulso nervoso na placa motora da fibra muscular, promovendo a
liberação de cálcio (Ca++) do retículo endoplasmático liso (sarcoplasmático) para o citoplasma. O cálcio se liga na troponina, uma
proteína do miofilamento de actina, o que desloca a tropomiosina, outra proteína do miofilamento de actina, de modo a expor na actina
o sítio de ligação com a miosina. Assim, as cabeças dos miofilamentos de miosina se ligam à actina, o que leva à quebra de ATP, que
libera energia para dobrar a cabeça da miosina. Esse movimento promove o deslizamento da actina sobre a miosina e gera a contração
do sarcômero. Para haver relaxamento, uma bomba de cálcio remove continuamente o cálcio do sarcoplasma, revertendo o processo
todo. Perceba que o que ativa a contração é a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático por difusão, e o que ativa o relaxamento é
a saída de cálcio do sarcoplasma para o retículo sarcoplasmático por transporte ativo.
32.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada tipo de fibra:
- Fibras estriadas cardíacas são células cilíndricas curtas com ramificações, com estrias transversais, sendo uni ou binucleadas com
núcleo(s) central(is) e anastomosadas por discos intercalares. São de contração rápida, rítmica e involuntária, com controle autógeno.
Estão localizadas no coração (miocárdio).
- Fibras lisas são células fusiformes, uninucleadas e com núcleo central. São de contração involuntária, com controle pelo sistema
nervoso autônomo. Estão localizadas nas vísceras, como nos vasos sangüíneos, no tubo digestivo (para o peristaltismo), etc.
- Fibras estriadas esqueléticas são células cilíndricas longas, com estrias transversais, sendo multinucleadas com núcleos periféricos e
formadas pela fusão de várias células (sendo caracterizadas, pois, como sincícios). São de contração voluntária, com controle pelo
córtex cerebral. Estão localizadas nos músculos ligados aos ossos, como bíceps e tríceps (no braço), peitoral (no peito), deltóide (no
ombro), etc.
Assim:
Item I: verdadeiro.
Item II: falso. Apesar de não possuírem estriações, as células do tecido muscular liso possuem filamentos de actina e miosina, mas
não organizados em sarcômeros.
Item III: verdadeiro.
33.
Resposta: C
Comentário: A fibra muscular estriada esquelética tem em seu interior um sistema de proteínas contráteis denominado miofibrila,
formada por miofilamentos de dois tipos, os miofilamento espessos de miosina e os miofilamentos delgados de actina. A unidade de
contração muscular é o sarcômero, que aparece devido à organização dos miofilamentos.
O sarcômero está disposto de tal maneira que podem ser diferenciadas algumas regiões:
- A faixa A ou anisotrópica é formada por miofilamentos de miosina e actina intercalados. No meio da faixa A há uma região
contendo apenas miofilamentos de miosina, a zona H.
- A faixa I ou isotrópica é formada por miofilamentos de actina apenas. No meio da faixa I há uma estrutura protéica, denominada
linha Z.
A linha Z é o limite entre dois sarcômeros adjacentes. A alternância entre as faixas A (mais escura) e I (mais clara) origina as
estriações transversais do músculo esquelético.
A contração muscular é proporcionada pela contração dos sarcômeros, causada pelo deslizamento dos miofilamentos de actina sobre
os de miosina, de modo que as duas linhas Z do sarcômero se aproximam.
34.
Resposta: VVFFF
Comentário:
1º item: verdadeiro. Células-tronco são células indiferenciadas capazes de se diferenciar em novos tipos de células, tecidos ou
órgãos. Nem todas elas são capazes de sofrer diferenciação se transformando em todos os tipos celulares. Somente as células-tronco
embrionárias (CTE, blastômeros), ou seja, obtidas no embrião até a blástula, são toti/pluripotentes, ou seja, capazes de se diferenciar
em qualquer tipo de célula do organismo.
2º item: verdadeiro. Todas as células do corpo de um organismo pluricelular tem o mesmo material genético, assumindo
características distintas por mecanismos de diferenciação celular que envolvem ativação e inativação de certos genes.
3º item: falso. O coração surge na organogênese e, assim como todo o sistema cardiovascular, tem origem no mesoderma
4º item: falso. Seres transgênicos são seres que recebem e incorporam genes de uma outra espécie por técnicas de engenharia
genética.
5º item: falso. O músculo estriado é constituído de fibras musculares envoltas por camadas de tecido conjuntivo, sendo elas o
epimísio (que envolve o músculo como um todo), o perimísio (que envolve os feixes musculares) e o endomísio (que envolve a fibra
muscular individualmente). Esse tecido conjuntivo possui células-tronco adultas denominadas células mesenquimais indiferenciadas,
capazes de originar apenas algumas células de tecido conjuntivo, mas não células de tecido muscular. Células-tronco embrionárias
somente podem ser obtidas no embrião até a fase de blástula.
35.
Resposta: Z, pois sem a ação da acetilcolina, não ocorrerá liberação de Ca++ no citosol; como esse é constantemente bombeado do
citosol para o retículo sarcoplasmático, sua concentração no citosol diminuirá. O cálcio ativa a contração muscular por deslocar a
tropomiosina e expor o sítio de ligação entre actina e miosina.
36.
Resposta:
A) Se a quantidade de gás oxigênio que chega aos músculos não é suficiente para manter a atividade aeróbica, ocorrerá fermentação
láctica, que levará ao acúmulo de ácido láctico, que em grandes quantidades promoverá dor muscular.
B)
a: sarcômero
b: miofibrila delgada (de actina)
c: miofibrila espessa (de miosina)
A figura I representa o músculo relaxado, pois ainda se pode perceber a existência de bandas I.
37.
Resposta:
A) O maçarico, uma vez que possui maior concentração de enzimas relacionadas ao metabolismo aeróbico, relacionado a atividades
prolongadas, como a citrato sintase e a lipase triacilglicerol.
B) Músculo peitoral vermelho implica em maior concentração da proteína mioglobina, que transfere oxigênio da hemoglobina para a
respiração aeróbica, estando relacionado a uma produção de energia mais prolongada por vias aeróbicas a partir de gordura e
glicogênio.
38.
Resposta: O peito adaptado ao vôo, atividade de explosão (anaeróbica) não utiliza muito oxigênio, não necessitando de mioglobina; o
músculo da perna adaptado a ciscar, atividade prolongada, de resistência (aeróbica), precisa de mais oxigênio e então de mais
mioglobina.
39.
Resposta:
1. Fibra muscular
2. Miofibrila, responsável pela contração da fibra muscular
3. O Botox leva à paralisia muscular. Ele age se impedindo a liberação de acetilcolina pelos neurônios na sinapse neuro-muscular,
impedindo que o músculo receba o estímulo nervoso para a contração. Portanto, o BOTOZ age em Y.
4. Como os neurotransmissores não atravessam a membrana plasmática, se eles estivessem fora das vesículas, nunca poderiam sair
para ativar a sinapse. Eles precisam estar dentro de vesículas para que sua liberação seja possível, através do processo de exocitose.
5.
A) A retenção de nitrogênio possibilita uma maior produção de proteínas (que têm aminoácidos, compostos nitrogenados em sua
composição). Essa maior produção de proteínas possibilita uma hipertrofia das fibras musculares com aumento total da massa
muscular.
B) Alterações psicológicas (como aumento de agressividade), problemas vasculares e cardíacos (como insuficiência cardíaca),
aumento no risco de câncer (de fígado em ambos os sexos e de testículos no homem); em homens: impotência (devido à flacidez dos
vasos penianos dificultando a retenção de sangue que manteria a ereção), esterilidade (os hormônios masculinos do anabolizante têm
efeito de feedback negativo sobre o FSH bloqueando a espermatogênese), ginecomastia (desenvolvimento de seios no homem devido
a derivados metabólicos do anabolizante com ação de hormônios femininos); em mulheres: virilização (características masculinizantes
como pelos faciais/hirsutismo, voz mais graves, etc) e alterações nos ciclos menstruais (os hormônios masculinos do anabolizante têm
efeito de feedback negativo sobre o FSH bloqueando a maturação dos folículos ovarianos).
40.
Resposta: Primeiro, vamos dar nome aos bois, ops, tecidos dos bois:
- osso é osso (tecido ósseo);
- nervo da ponta é tendão (tecido conjuntivo denso modelado);
- miolo da carne é músculo (tecido muscular estriado esquelético);
- sebo amarelo é gordura (tecido conjuntivo adiposo);
- sebo branco é epimísio (tecido conjuntivo denso não modelado);
- tutano do osso é medula óssea amarela (tecido conjuntivo adiposo);
- fiapinho de nervo deve ser nervo (tecido nervoso);
- tripa da carne deve ser fibra muscular (tecido muscular estriado esquelético).
1.
A) músculo (feixe muscular).
B) epimísio.
C) tendão.
D) medula óssea amarela.
2.
A) adipócito.
B) fibroblasto.
C) neurônio e célula de Schwann (da bainha de mielina).
3.
A) contração.
B) contração.
C) reserva nutritiva.
Aula 40 - Tecido Nervoso
1.
Resposta: B
Comentário:
No processo de condução do impulso nervoso, os canais de sódio do neurônio se abrem imediatamente após o estímulo, permitindo a
entrada de cargas positivas (Na+) na célula e a despolarização da membrana (passagem do potencial de membrana do repouso, que é
negativo, a positivo), fechando-se em seguida. Os canais de potássio permitem a saída de cargas positivas (K+) do citosol da célula e
promovem a repolarização da membrana (retorno do potencial de membrana de positivo a ao repouso, que é negativo).
Considerando que, no gráfico, o potencial de repouso é de – 100mV, a passagem do potencial até o positivo (fase 0 e fase 1) é a
despolarização, e a passagem do potencial de volta ao repouso (fase 3) é a repolarização.
2.
Resposta: E
Comentário: O impulso nervoso é unidirecional, sendo recebido pelos dendritos, passando pelo corpo celular e sendo transmitido
pelo axônio. Pode-se classificar os neurônios, funcionalmente, em dois grupos:
- neurônios sensitivos ou aferentes, que conduzem impulsos nervosos no sentido órgão-sistema nervoso central, trazendo informações
sobre o meio ambiente ou sobre o estado dos diversos órgãos para que o sistema nervoso possa analisá-las;
- neurônios motores ou eferentes, que conduzem impulsos nervosos no sentido sistema nervoso central-órgão, levando ordens aos
órgãos efetores (músculos e glândulas) para que eles ofereçam respostas adequadas de acordo com os estímulos captados pelo sistema
sensorial.
Assim,
- I representa o axônio de um neurônio motor;
- II representa dendritos de um neurônio motor;
- III representa o axônio de um neurônio sensitivo;
- IV representa dendritos de um neurônio sensitivo.
O sentido de propagação do impulso nervoso a partir do estímulo na pele é IV – III – II – I, como observável abaixo:
3.
Resposta: B
Comentário: O impulso nervoso é unidirecional, sendo recebido pelos dendritos, passando pelo corpo celular e sendo transmitido
pelo axônio. Pode-se classificar os neurônios, funcionalmente, em dois grupos:
- neurônios sensitivos ou aferentes, que conduzem impulsos nervosos no sentido órgão-sistema nervoso central, trazendo informações
sobre o meio ambiente ou sobre o estado dos diversos órgãos para que o sistema nervoso possa analisá-las;
- neurônios motores ou eferentes, que conduzem impulsos nervosos no sentido sistema nervoso central-órgão, levando ordens aos
órgãos efetores (músculos e glândulas) para que eles ofereçam respostas adequadas de acordo com os estímulos captados pelo sistema
sensorial.
Assim, como ambos os neurônios representados são sensitivos:
- I representa dendritos dos neurônios olfativos;
- II representa um axônio de neurônio olfativo (que se reúne a outros idênticos para formar o nervo olfativo);
- III representa uma papila gustativa;
- IV representa um dendrito do neurônio que inerva a papila gustativa (que é bipolar, possuindo um único dendrito);
- V representa um axônio de neurônio que inerva a papila gustativa.
O sentido de propagação do impulso nervoso a partir do estímulo é representado abaixo.
São axônios II e V.
4.
Resposta: E
Comentário:
5.
Resposta: D
Comentário:
6.
Resposta: D
Comentário:
7.
Resposta: D
Comentário: Cada neurônio tem seu axônio envolvido por uma camada de mielina, formando a bainha de mielina nas fibras
mielinizadas. Cada axônio é envolto ainda por uma camada conjuntiva, que é o endoneuro. Os axônios se juntam em feixes, e cada
feixe é também delimitado por outra camada de tecido conjuntivo denso não modelado, que recebe o nome de perineuro. Os feixes de
axônio são agrupados paralelamente e, da mesma forma que foi visto antes, também há uma camada de tecido conjuntivo envolvente,
o epineuro. O conjunto de axônios e as várias camadas de tecido conjuntivo é dito nervo.
8.
Resposta: D
Comentário: O impulso nervoso é unidirecional, sendo recebido pelos dendritos, passando pelo corpo celular e sendo transmitido
pelo axônio. Pode-se classificar os neurônios, funcionalmente, em dois grupos:
- neurônios sensitivos ou aferentes, que conduzem impulsos nervosos no sentido órgão-sistema nervoso central, trazendo informações
sobre o meio ambiente ou sobre o estado dos diversos órgãos para que o sistema nervoso possa analisá-las;
- neurônios motores ou eferentes, que conduzem impulsos nervosos no sentido sistema nervoso central-órgão, levando ordens aos
órgãos efetores (músculos e glândulas) para que eles ofereçam respostas adequadas de acordo com os estímulos captados pelo sistema
sensorial.
Não há neurônios mistos, ou seja, simultaneamente sensoriais e motores. Com os nervos, a situação é diferente, pois existem nervos
sensoriais, nervos motores e nervos mistos.
Assim, os neurônios que conduzem o impulso do SNC para glândulas são motores.
9.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item I: falso. Os neurônios são células dotadas de três partes, o corpo celular, os dendritos (ramificações curtas responsáveis pela
recepção do impulso nervoso e o axônio (projeção longa e única responsável pela transmissão do impulso nervoso).
Item II: verdadeiro. A sinapse é a transmissão do impulso nervoso de um neurônio para outra célula (nervosa, muscular ou
glandular). Numa sinapse, não há contato entre as duas células, mas um pequeno espaço denominado fenda sináptica. Nela, os
neurotransmissores são lançados do axônio para a fenda sináptica e se difundem para os dendritos pós-sinápticos.
Item III: falso. O reflexo patelar é um arco reflexo simples envolvendo apenas dois neurônios, um sensitivo ou aferente e um motor
ou eferente, não havendo neurônio de associação entre eles.
10.
Resposta: A
Comentário:
11.
Resposta: B
Comentário:
12.
Resposta: E
Comentário:
13.
Resposta: E
Comentário:
14.
Resposta: C
Comentário:
15.
Resposta: A
Comentário:
16.
Resposta: E
Comentário:
17.
Resposta: A
Comentário:
18.
Resposta: B
Comentário:
19.
Resposta: E
Comentário:
20.
Resposta: C
Comentário:
21.
Resposta: B
Comentário:
22.
Resposta: D
Comentário:
23.
Resposta: A
Comentário:
24.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. A figura A representa um basófilo ou um eosinófilo, leucócito granulócito ou polimorfonuclear, com grande
quantidade de grânulos intracitoplasmáticos e núcleo bilobulado; os linfócitos são leucócitos agranulócitos, de formato esférico e com
núcleo esférico grande ocupando quase todo citoplasma, sendo que os linfócitos B transformam-se em plasmócitos para produzir
anticorpos. Observe a figura de um linfócito abaixo:
Item B: verdadeiro. A figura B representa um neutrófilo, leucócito granulócito ou polimorfonuclear, com grande quantidade de
grânulos intracitoplasmáticos e núcleo trilobulado, cuja principal função é fagocitar microrganismos que eventualmente invadam
nosso corpo.
Item C: falso. A figura C representa um fibrócito, de formato fusiforme, sem ramificações e com núcleo pequeno e escuro; sua versão
ativa é o fibroblasto, de formato ramificado e com núcleo grande e claro, sendo a célula mais abundante do tecido conjuntivo,
responsável pela produção de fibras protéicas e da substância fundamental amorfa. Observe a figura abaixo que compara um
fibroblasto (esquerda) e um fibrócito (direita):
Item D: falso. A figura D representa uma célula da glia, célula de apoio do tecido nervoso rica em prolongamentos citoplasmáticos,
que participa de processos como sustentação e nutrição dos neurônios e cicatrização do tecido nervoso; neurônios possuem um corpo
celular com ramificações denominadas dendritos e uma grande ramificação única denominada axônio.
Item E: falso. A figura E representa uma célula conjuntiva realizando fagocitose, correspondendo a um macrófago. Mastócitos não
realizam fagocitose, agindo na produção de heparina anticoagulante e histamina mediadora da inflamação.
25.
Resposta: B
Comentário: A sinapse é a transmissão do impulso nervoso de um neurônio para outra célula (nervosa, muscular ou glandular). Numa
sinapse, não há contato entre as duas células, mas um pequeno espaço denominado fenda sináptica. O neurônio anterior à fenda
sináptica é dito neurônio ou fibra pré-sináptica, e o posterior é dito neurônio ou fibra pós-sináptica. Quando o impulso nervoso chega
até a porção final do axônio, conhecida como telodendro, há abertura de canais de cálcio, que entra e ativa microfilamentos contráteis
que promovem a exocitose das vesículas sinápticas com neurotransmissores (como acetilcolina, noradrenalina e dopamina). Os
neurotransmissores são lançados na fenda sináptica e se difundem para a membrana pós-sináptica, onde se ligam a receptores de
membrana específicos. A interação entre receptor e neurotransmissores ativa a abertura de canais de sódio na membrana pós-sináptica,
o que inicia uma nova onda de despolarização e inversão de polaridade que caracteriza o impulso nervoso. Esse impulso se inicia
quando os neurotransmissores se ligam aos dendritos (I), havendo propagação pelos dendritos (IV), e daí pelo corpo celular (V), e daí
então pelo axônio (III), que libera neurotransmissores (II) que reinicia o processo.
26.
Resposta: B
Comentário: A sinapse pode ser descrita como a passagem do impulso nervoso entre duas células, sendo um exemplo importante a
sinapse neuromuscular entre o neurônio e a fibra muscular. O neurônio libera o neurotransmissor acetilcolina, que se liga na placa
motora da fibra muscular e estimula o retículo sarcoplasmático (retículo endoplasmático liso da fibra muscular) a liberar íons Ca++ no
sarcoplasma (citoplasma da fibra muscular). Os íons Ca++ no sarcoplasma induzem a interação entre actina e miosina e levam à
contração. Enquanto a acetilcolina permanece ligada a seu receptor, a contração muscular continua sendo estimulada. Para interromper
a contração, a enzima acetilcolinesterase destrói a acetilcolina, removendo-a da sinapse. Segundo o texto, o aldocarb inibe a
acetilcolinesterase, de modo que a acetilcolina continua ligada a seu receptor, e consequentemente o retículo sarcoplasmático continua
liberando íons Ca++ no sarcoplasma, de modo que, com o tempo, o teor de cálcio diminui nas vesículas sarcoplasmáticas diminui e
aumenta no sarcoplasma (citosol). O único gráfico onde isso ocorre é o de número II.
Observação: O aldicarb (“chumbinho”) age como veneno porque, enquanto a acetilcolina permanece ligada a seu receptor, a fibra
muscular permanece sendo estimulada a contrair, inibindo o relaxamento e promovendo paralisia muscular rígida, o que, no
diafragma, leva à parada respiratória e consequente asfixia.
27.
Resposta: B
Comentário:
28.
Resposta: C
Comentário:
29.
Resposta: C
Comentário: A sinapse é a transmissão do impulso nervoso de um neurônio para outra célula (nervosa, muscular ou glandular). Numa
sinapse, não há contato entre as duas células, mas um pequeno espaço denominado fenda sináptica. O neurônio anterior à fenda
sináptica é dito neurônio ou fibra pré-sináptica, e o posterior é dito neurônio ou fibra pós-sináptica. Quando o impulso nervoso chega
até a porção final do axônio, conhecida como telodendro, há abertura de canais de cálcio, que entra e ativa microfilamentos contráteis
que promovem a exocitose das vesículas sinápticas com neurotransmissores (como acetilcolina, noradrenalina e dopamina). Os
neurotransmissores são lançados na fenda sináptica e se difundem para a membrana pós-sináptica, onde se ligam a receptores de
membrana específicos. A interação entre receptor e neurotransmissores ativa a abertura de canais de sódio na membrana pós-sináptica,
o que inicia uma nova onda de despolarização e inversão de polaridade que caracteriza o impulso nervoso. Para interromper a
propagação do impulso nervoso na sinapse, deve-se desligar o neurotransmissor de seu receptor, o que pode ser feito removendo-o de
volta para o axônio (recaptação) ou destruindo-o (através de enzimas como a acetilcolinesterase). A toxina botulínica entra nos
terminais axônicos impedindo a liberação de acetilcolina (I), e conseqüentemente impedindo que a fibra muscular receba o impulso
nervoso que promove sua contração muscular (II).
30.
Resposta: C
Comentário: A sinapse é a transmissão do impulso nervoso de um neurônio para outra célula (nervosa, muscular ou glandular). Numa
sinapse, não há contato entre as duas células, mas um pequeno espaço denominado fenda sináptica. O neurônio anterior à fenda
sináptica é dito neurônio ou fibra pré-sináptica, e o posterior é dito neurônio ou fibra pós-sináptica. Quando o impulso nervoso chega
até a porção final do axônio, conhecida como telodendro, há abertura de canais de cálcio, que entra e ativa microfilamentos contráteis
que promovem a exocitose das vesículas sinápticas com neurotransmissores (como acetilcolina, noradrenalina e dopamina). Os
neurotransmissores são lançados na fenda sináptica e se difundem para a membrana pós-sináptica, onde se ligam a receptores de
membrana específicos. A interação entre receptor e neurotransmissores ativa a abertura de canais de sódio na membrana pós-sináptica,
o que inicia uma nova onda de despolarização e inversão de polaridade que caracteriza o impulso nervoso. Assim:
- 1 representa o botão terminal do telodendro do axônio do neurônio pré-sináptico;
- 2 representa um canal de cálcio no neurônio pré-sináptico;
- 3 representa neurotransmissores sendo liberados por exocitose a partir da vesícula sináptica;
- 4 representa receptores pós-sináptico;
- 5 representa a entrada de sódio na membrana do dendrito pós-sináptico;
Tem-se então que:
Item A: falso. A liberação dos neurotransmissores se dá por exocitose, e não por endocitose.
Item B: falso. As sinapses não envolvem contato entre os neurônios, que são separados por uma fenda sináptica; assim não há junções
comunicantes entre células nervosas.
Observação: Entre células cardíacas, ocorre um tipo especial de sinapse denominada sinapse elétrica, em que se dá a passagem de íons
sódio por junções tipo gap (junções comunicantes).
Item C: verdadeiro.
Item D: falso. A união do neurotransmissor não tem ação sobre o neurônio pré-sináptico (1).
Item E: falso. A união do neurotransmissor não tem ação sobre o neurônio pré-sináptico (1).
31.
Resposta: B
Comentário: A bainha de mielina envolve o axônio e aumenta a velocidade de condução do impulso nervoso. Assim, fibras
mielinizadas conduzem o impulso nervoso mais velozmente que fibras desmielinizadas, para um mesmo diâmetro de fibra. Observe
abaixo que, para um dado diâmetro da fibra (1 µm , por exemplo), a velocidade de condução do impulso é maior na fibra mielinizada
(3 m/s) do que na desmielinizada (2 m/s):
Assim:
Item I: falso. O aumento do diâmetro da fibra nervosa aumenta a velocidade de condução tanto em fibras mielinizadas como em
desmielinizadas. Ao aumentar o diâmetro da fibra (de 1µm para 2 µm, por exemplo), a velocidade de condução aumenta na fibra
mielinizada (de 3 m/s para 8 m/s) e na fibra desmielinizada (de 2 m/s para 3 m/s).
Item II: verdadeiro. Um acréscimo no diâmetro da fibra (de 1µm para 2 µm, por exemplo) aumenta menos a velocidade na fibra
desmielinizada, (de 2 m/s para 3 m/s, um acréscimo de 50%) do que na fibra mielinizada (de 3 m/s para 8 m/s, um acréscimo de mais
de 100%).
Item III: falso. A velocidade de condução do impulso nervoso é diretamente proporcional ao diâmetro da fibra.
32.
Resposta: C
Comentário: As células da glia ou neuróglia são células do tecido nervoso que desempenham funções secundárias, de apoio aos
neurônios, realizando o preenchimento de espaços, cicatrização, defesa e nutrição do tecido nervoso.
- As micróglias (1) são as menores células da glia, sendo bastante ramificadas e possuindo função de defesa através da fagocitose de
microorganismos invasores, tendo origem nos monócitos do sangue.
- Os oligodendrócitos (2) apresentam poucas ramificações e atuam na proteção e nutrição dos neurônios, além de formar a bainha de
mielina nos axônios do sistema nervoso central. No sistema nervoso periférico, a formação da bainha de mielina se dá pelas células de
Schwann (3).
- Os astrócitos são as maiores células da glia, apresentando muitas ramificações semelhantes a dendritos, o que confere às mesmas um
aspecto estrelado, com algumas de suas ramificações (denominadas pés vasculares) ligando vasos sangüíneos e neurônios, com
objetivo de promover a nutrição dos neurônios, além do processo de cicatrização do tecido nervoso.
33.
Resposta: C
Comentário: Os neurônios são células de uma aparência bem característica, dotados de três partes basicamente: o corpo celular, os
dendritos e o axônio.
- O corpo celular, também chamado de centro trófico ou pericário apresenta um núcleo central bem evidente, além de retículo
endoplasmático rugoso e complexo de Golgi bem desenvolvidos, relacionados à produção de neurotransmissores, substâncias
químicas relacionadas à condução do estímulo nervoso de um neurônio para outro.
- Os dendritos são ramificações responsáveis pela recepção do impulso nervoso.
- O axônio é uma projeção longa e única, possuindo em sua parte final, denominada telodendro, uma série de ramificações, análogas
aos dendritos, responsáveis pela transmissão do impulso nervoso. Axônios podem ter ramificações colaterais que lhes permitem
transmitir o impulso nervoso para mais de um neurônio.
A bainha de mielina que envolve o axônio em seu trajeto no sistema nervoso central é produzida pelos oligodendrócitos. No sistema
nervoso periférico, a bainha de mielina é produzida pelas células de Schwann.
Observe o esquema abaixo:
Assim:
- 1 representa dendritos;
- 2 representa o núcleo do corpo celular;
- 3 representa o axônio revestido pela bainha de mielina;
- 4 representa os botões terminais do axônio;
- 5 representa o telodendro do axônio.
34.
Resposta: B
Comentário: A sinapse é a transmissão do impulso nervoso de um neurônio para outra célula (nervosa, muscular ou glandular). Numa
sinapse, não há contato entre as duas células, mas um pequeno espaço denominado fenda sináptica. O neurônio anterior à fenda
sináptica é dito neurônio ou fibra pré-sináptica, e o posterior é dito neurônio ou fibra pós-sináptica. Quando o impulso nervoso chega
até a porção final do axônio, conhecida como telodendro, há abertura de canais de cálcio, que entra e ativa microfilamentos contráteis
que promovem a exocitose das vesículas sinápticas com neurotransmissores (como acetilcolina, noradrenalina e dopamina). Os
neurotransmissores são lançados na fenda sináptica e se difundem para a membrana pós-sináptica, onde se ligam a receptores de
membrana específicos. A interação entre receptor e neurotransmissores ativa a abertura de canais de sódio na membrana pós-sináptica,
o que inicia uma nova onda de despolarização e inversão de polaridade que caracteriza o impulso nervoso. Se, na miastenia grave, há
produção de anticorpos contra os receptores de acetilcolina, não haverá a sinapse para estimular a contração muscular.
35.
Resposta: B
Comentário: A bainha de mielina que envolve o axônio em seu trajeto no sistema nervoso central é produzida pelos oligodendrócitos.
No sistema nervoso periférico, a bainha de mielina é produzida pelas células de Schwann.
36.
Resposta: FFVVF
Comentário:
1º item: falso. Os neurotransmissores são os agentes químicos responsáveis pela transmissão de informações, mas são lançados nas
sinapses, e não na corrente sanguínea.
2º item: falso. Existem neurônios que funcionam sem mielina, conhecidos como ‘neurônios amielínicos’.
3º item: verdadeiro. As sinapses químicas são estruturas que se comunicam quimicamente, sem justaposição das membranas
celulares.
4º item: verdadeiro. Os potenciais de ação levam as informações pelos axônios através da movimentação de íons Na+ e K+, e são do
tipo ‘tudo-ou-nada’.
5º item: falso. As microvilosidades são características das células do sistema digestório, e não do sistema nervoso.
37.
Resposta: VVVVF
Comentário: Analisando cada item:
- 1 representa a membrana plasmática do botão terminal do telodendro do axônio do neurônio pré-sináptico;
- 2 representa a membrana plasmática do dendrito do neurônio pós-sináptico;
- 3 representa neurotransmissores dentro da vesícula sináptica;
- 4 representa um receptor pós-sináptico;
- 5 representa um canal de sódio na membrana do dendrito pós-sináptico;
- 6 representa o dendrito pós-sináptico.
Tem-se então que:
1º item: verdadeiro.
2º item: verdadeiro.
3º item: verdadeiro.
4º item: verdadeiro.
5º item: falso. A passagem do impulso nervoso pela sinapse é um fenômeno físico-químico, mas não depende do número de vesículas
sinápticas, e sim da quantidade e qualidade dos neurotransmissores que agem.
38.
Resposta: Os inseticidas bloqueiam a acetilcolinesterase, o que impede a destruição da acetilcolina, que por sua vez permanece ligada
aos receptores de acetilcolina, fazendo com que os estímulos iniciados não sejam interrompidos. Desse modo, as atividades
musculares iniciadas não podem ser interrompidas, o que, nos músculos respiratórios, impede os movimentos respiratórios e as trocas
gasosas, com conseqüente asfixia.
39.
Resposta:
A) Y → X.
B) os neurotransmissores.
C) a ausência de receptores para os neurotransmissores no axônio e a ausência de vesículas com neurotransmissores nos dendritos.
40.
Resposta:
Os canais de sódio abrem-se imediatamente após o estímulo, permitindo a entrada de cargas positivas (Na+) na célula e a
despolarização da membrana, e fecham-se em seguida.
Os canais de potássio permitem a saída de cargas positivas (K+) do citosol da célula e promovem a repolarização da membrana.
41.
Resposta:
A) Com o bloqueio dos canais de sódio, não ocorrerá a despolarização da membrana plasmática e o conseqüente disparo do potencial
de ação. Portanto, não haverá a transmissão do impulso nervoso e nem a liberação do neurotransmissor, inativando temporariamente
esta via de sinalização.
B) A redução da bainha de mielina tornará a transmissão dos impulsos nervosos mais lenta.
C) Sem a degradação da acetilcolina, ela permanecerá por mais tempo na fenda sináptica se associando aos seus receptores. Em
conseqüência disto, a membrana plasmática da célula muscular será despolarizada com maior freqüência, o que acarretará mais
abertura de canais de cálcio do retículo sarcoplasmático, mantendo os níveis de cálcio citoplasmático altos e, conseqüentemente, o
processo de contração.
42.
Resposta:
A) As fibras do tipo 1 são fibras mielínicas ou mielinizadas. As fibras do tipo 2 são fibras amielínicas, amielinizadas ou
desmielinizadas.
B) A velocidade de condução do impulso nervoso é maior nas fibras do tipo 1 (ou fibras mielínicas), porque nessas fibras a bainha de
mielina atua como isolante elétrico, permitindo a despolarização somente nos Nódulos de Ranvier, ocorrendo uma propagação
saltatória.
43.
Resposta:
A) bloqueando os receptores para acetilcolina na placa motora.
B) sinapse.
C) sim, pois estimularia um maior número de fibras nervosas no nervo (somação espacial).
44.
Resposta:
A)
I = córtex motor do cérebro responsável pela transmissão dos impulsos nervosos.
II = músculo esquelético flexor do antebraço (bíceps) responsável pela contração muscular
B) Em repouso o aparelho I estará na posição A e o II na posição C. Durante o movimento o aparelho I passa de A para B e o II passa
da região C para D.
C) Aparelho I de onde parte o impulso nervoso que determina o movimento do músculo esquelético.
D) Neurônios que transmitem impulsos elétricos graças à despolarização de membrana, seguida de repolarização, envolvendo a bomba
de Na+ (sódio) e K+ (potássio).
45.
Resposta: O canal inativo é o responsável pela condução unidirecional do impulso nervoso. Quando um canal é ativado, ocorre a
entrada de sódio, levando à despolarização e inversão da polaridade da membrana plasmática, que atinge seu limiar de excitação. Ao
atingir o limiar de excitação, ocorre a abertura do próximo canal de sódio da seqüência, e o primeiro canal ativado assume o estágio
inativo. Quando o segundo canal é ativado, o processo se repete, ocorrendo também a entrada de sódio, levando à despolarização e
inversão da polaridade da membrana plasmática na região do segundo canal, que também atinge seu limiar de excitação. Ao atingir o
limiar de excitação, ocorre a abertura do próximo canal de sódio, vizinho ao segundo. Este pode ser o primeiro ou o terceiro. Acontece
que o primeiro ainda está inativo, não podendo ser aberto (está no seu período refratário), sendo que somente o terceiro canal poderá
ser então aberto. Desse modo, o impulso não pode voltar para o canal anterior, inativo, podendo somente passar para o canal posterior,
que está inicialmente fechado (em repouso).
46.
Resposta: Velocidade do impulso nervoso.
COMO SE CALCULOU A VELOCIDADE DO IMPULSO NERVOSO
Para se calcular a velocidade do impulso nervoso, mede-se a distância do ponto de estimulação no nervo S2 até o músculo (d), e o
tempo que demora para que o impulso chegue (t), o que é percebido pela contração muscular que leva a pena a registrar uma curva no
tambor giratório. O problema com isso é que o tempo t é muito pequeno, sendo difícil seu registro, mesmo com cronômetros de
precisão (que aliás não existiam no século XIX...). O tal do Helmholtz (ô nome estranho...) bolou então este raciocínio que deu origem
ao experimento descrito na questão.
Estimula-se aleatoriamente um ponto do nervo S1, levando ao registro da curva 1 do tambor. Este será o nosso ponto de referência.
Quando a pena passar pelo ponto 1 no tambor de novo (tempo t0), aplica-se um novo estímulo no nervo no ponto S2. Demora um
tempo t para que o estímulo atinja o músculo, provocando sua contração e levando ao registro da curva 2 no tambor.
O tempo t é medido para o impulso ir do ponto S2 (em t0) ao músculo (em t), e é também o tempo para ir do pico da curva 1 (em t0) ao
pico da curva 2 (em t) no tambor.
Mede-se a distância, no tambor, entre os picos das curvas 1 e 2. Chamaremos esta distância de d1,2. Como a velocidade do motor que
movimenta o tambor é conhecida (vtambor), podemos calcular o tempo t entre a curva 1 e a curva 2 (que é o tempo entre o ponto S2 e o
músculo):
Uma vez que se conhece o tempo t e a distância d entre S2 e o músculo, calcula-se a velocidade do impulso nervoso (vimpulso):
vimpulso = d/t
47.
Resposta:
A)
I. Dendritos.
II. Axônio.
III. Corpo celular / Citoplasma com vesículas contendo neurotransmissor.
IV. Dendritos / Telodendro / Terminal axonal ou axônico.
B) Placa motora (junção neuromuscular). Acetilcolina. A célula muscular responde a este estímulo químico realizando a contração
muscular.
C) Na membrana polarizada do axônio a superfície interna apresenta carga negativa e a externa, positiva. Isto ocorre devido à maior
concentração de íon sódio na superfície externa. Na membrana despolarizada ocorre a situação inversa visto que o sódio entra no
axônio tornando desta forma a superfície interna positiva e a externa negativa.
D) A fibra A é a fibra mielinizada devido a sua maior velocidade de impulso comparada à fibra B. Isso ocorre porque a bainha de
mielina funciona como isolante elétrico e aumenta a condução nervosa.
48.
Resposta: Os potenciais de ação não poderão mais ser formados. Com a inibição da bomba de sódio e potássio, o potencial de repouso
não será restabelecido e um novo potencial de ação não poderá ocorrer.
49.
Resposta:
A) micróglia e astrócito, respectivamente.
B) micróglia: defesa e remoção de células mortas; astrócito: preenchimento de espaços, cicatrização, nutrição e sustentação de
neurônios.
50.
Resposta:
A) Anestésicos locais em geral bloqueiam canais iônicos de sódio (o que bloqueia o impulso nervoso) e/ou cálcio (o que bloqueia as
sinapses).
B) A adrenalina é vasoconstrictora, o que diminui o fluxo de sangue na área e impede a remoção do anestésico do local.
Curso de Biologia – Resoluções Apostila 2 – Frente 2 (Quinzenal)
2.
Resposta: C
Comentário: A 1ª Lei de Mendel pode ser enunciada da seguinte maneira: “Cada característica hereditária é condicionada por um par
de fatores (genes); esses fatores se separam (segregam) na formação dos gametas, de modo que cada gameta só tem um fator (gene) de
cada par.” Apesar de Mendel não dispor de conhecimentos de bioquímica e citologia para explicar o significado de sua afirmação,
hoje se sabe que os genes se dispõem aos pares porque estão localizados em cromossomos homólogos também dispostos aos pares.
Uma vez que, na formação de gametas, a meiose separa os cromossomos homólogos do par, ocorre também a separação dos genes, de
modo que células haplóides (como os gametas) só tem um cromossomo de cada par e, conseqüentemente, um gene de cada par. É
consenso entre os biólogos atuais que a 1ª Lei de Mendel é uma maneira simplificada de descrever os eventos da meiose. Assim:
Item I: verdadeiro. A afirmação descreve o enunciado da 1ª Lei de Mendel.
Item II: verdadeiro. Apesar de Mendel não ter conhecimentos a respeito de meiose, a 1ª Lei de Mendel descreve os eventos de
separação de cromossomos homólogos na meiose.
Item III: falso. A 1ª Lei de Mendel não guarda relação com o processo de mitose.
3.
Resposta: E
Comentário: A autofecundação tende a aumentar a freqüência de indivíduos homozigotos e diminuir a freqüência de indivíduos
heterozigotos, como se pode observar no esquema abaixo:
Aa x Aa Autofecundação
AA x AA Aa x Aa Aa x Aa Aa x Aa Autofecundação
AA, AA, AA, AA AA, Aa, Aa, aa AA, Aa, Aa, aa aa, aa, aa, aa
4.
Resposta: A
Comentário: Uma das causas do sucesso de Mendel em desvendar os mecanismos de transmissão do material hereditário foi a
escolha de seu material de estudo, uma vez que as ervilhas por ele estudadas têm aspectos como:
- Tamanho pequeno e cultivo fácil, até em jardim.
- Ciclo reprodutivo curto, dando muitas gerações em pouco tempo.
- Grande número de descendentes em cada reprodução, facilitando a análise estatística dos resultados;
- Flores com órgãos reprodutores fechados dentro das pétalas (cleistogamia), o que garante a autofecundação, gerando linhagens puras
(a fecundação cruzada só ocorre quando é provocada, isto é, quando se deseja.)
- Caracteres bem visíveis e transmitidos por mecanismos simples.
5.
Resposta: C
Comentário: A criança herda metade de seus genes de cada genitor, ou seja, 50% de pai e 50% de mãe. Esses 50% herdados de mãe
vêm metade de cada avô materno, ou seja, 25% do avô materno e 25% da avó materna. Uma tia materna da criança herda metade de
seus genes de cada avô materno, ou seja, dos 25% de genes que avô materno e criança têm em comum, 12,5% são passados à tia, e dos
25% de genes que avó materna e criança têm em comum, 12,5% são passados à tia. Assim, criança e tia materna têm em comum
12,5% (pelo lado do avô materno) + 12,5% (pelo lado da avó materna) = 25% de seus genes. No esquema abaixo, os valores em azul
indicam os genes da criança de origem paterna e os valores em vermelho indicam os genes da criança de origem materna. Saindo da
criança e seguindo as setas em direção à tia, pode-se visualizar essas porcentagens:
Criança Tia materna
50% + 50% = 100% 75% + 25% = 100%
Pai Mãe
50% + 50% = 100% 50% + 50% = 100%
37,5% + 12,5% = 37,5% + 12,5% =
50% dos genes 50% dos genes
de origem do avô de origem da avó
na tia na tia
75% + 25% = 100% 75% + 25% = 100% 75% + 25% = 100% 75% + 25% = 100%
Avô paterno Avó paterna Avô materno Avó materna
6.
Resposta: D
Comentário: Genética é o campo da Biologia que estuda a herança (material genético, estudado pela Genética Molecular ou
Moderna) e a hereditariedade (mecanismos de transmissão do material genético, estudados pela Genética Clássica). Analisando cada
item:
Item A: falso. Dá-se o nome de caractere a cada variedade de uma característica analisada. Por exemplo, para a característica “cor de
uma flor”, pode haver o caractere “vermelho” e o caractere “branco”; a característica é condicionada por um gene, em que cada
caractere é condicionado por uma das versões desse gene, ou seja, por um de seus alelos. A palavra genótipo designa a constituição
genética de um indivíduo para uma certa característica. A palavra fenótipo designa a característica condicionada pelo genótipo, sendo
essa característica detectável por algum processo (visualização, medição, pesagem, identificação química, etc). O meio pode exercer
certa influência sobre a ação de muitos genótipos. Essa influência externa, levando à manifestação de um fenótipo que não
corresponde exatamente ao que se podia esperar em função do genótipo exclusivamente, recebe o nome de peristase. Pode-se então
afirmar que, para inúmeros caracteres, o fenótipo, é o produto da interação do genótipo com o meio ambiente.
FENÓTIPO = GENÓTIPO + PERISTASE (influência do meio)
Note que o fenótipo pode ser alterado, mas não é herdável, e o genótipo é herdável, mas não pode ser alterado, a não ser em condições
particulares como as mutações.
Item B: falso. Genes dominantes são funcionais, mas genes recessivos são defeituosos e por isso não produzem enzimas viáveis.
Nesse caso, apesar de indivíduos homozigotos dominantes produzirem mais enzima (por terem dois alelos funcionais) que os
heterozigotos (por ter apenas 1 alelo funcional), ambos possuem o mesmo fenótipo. Nesses casos, ocorre o fenômeno de dominância
completa. Há situações em que não há genes dominantes ou recessivos, ou seja, ambos os alelos são funcionais, ambos produzindo
enzimas funcionais. Assim, no indivíduo heterozigoto, a combinação das reações químicas proporcionadas por essas enzimas acaba
produzindo efeitos combinados. Nesse caso, chamado de co-dominância, o indivíduo heterozigoto manifesta as duas características
dos homozigotos simultaneamente, sem se misturar. Por exemplo, no sistema ABO de grupos sangüíneos, o gene IA condiciona a
produção de substância A, enquanto o gene IB condiciona a produção da substância B. Desse modo, indivíduos IAIA produzem
somente substância A, tendo sangue A, indivíduos IBIB produzem somente substância B, tendo sangue B, e finalmente indivíduos
heterozigotos IAIB produzem substância A e substância B simultaneamente, tendo sangue AB.
Item C: falso. Na maioria dos genes, tanto o caractere dominante quanto o recessivo têm seu fenótipo influenciado pelo meio
ambiente.
Item D: verdadeiro. Nem sempre é possível determinar se o fenótipo resulta mais do efeito gênico que do ambiental, uma vez que
ocorre grande variação para certas características, dificultando a realização de experimentos controlados para a identificação dos
efeitos genético e ambiental sobre um fenótipo.
Item E: falso. Dá-se o nome de penetrância gênica ao percentual de indivíduos portadores de um genótipo, no qual o mesmo se
manifesta, e dá-se o nome de norma de reação ao conjunto de fenótipos que um mesmo genótipo pode condicionar em função das
condições ambientais.
7.
Resposta: B
Comentário: Não é possível determinar, por simples observação do fenótipo, o genótipo de um indivíduo dominante, uma vez que ele
pode ser homozigoto ou heterozigoto. O cruzamento-teste cruza o indivíduo de genótipo desconhecido com um parceiro recessivo, e a
análise do fenótipo dos descendentes vai nos fornecer a resposta: caso só nasçam descendentes de fenótipo dominante (100%
dominantes), pode-se inferir que o indivíduo em dúvida é homozigoto dominante; caso nasça pelo menos um descendente de fenótipo
recessivo, pode-se inferir que o indivíduo em dúvida é heterozigoto. Assim, ao se realizar um cruzamento teste em que ocorrem
indivíduos com fenótipo recessivo na prole, pode-se afirmar que o genótipo do indivíduo testado era heterozigoto.
8.
Resposta: C
Comentário:
9.
Resposta: B
Comentário:
10.
Resposta: E
Comentário:
11.
Resposta: B
Comentário:
12.
Resposta: C
Comentário: A palavra genótipo designa a constituição genética de um indivíduo. A observação (visível ou detectável de alguma
forma) da ação do genótipo é o que se chama fenótipo. O meio pode exercer certa influência sobre a ação de muitos genótipos. Essa
influência externa, levando à manifestação de um fenótipo que não corresponde exatamente ao que se podia esperar em função do
genótipo exclusivamente, recebe o nome de peristase. Norma de reação de um gene é a maneira pela qual um gene pode modificar a
sua atuação de acordo com a condição em que se encontre, ou sob influência externa ou interna. Expressividade é o “grau de
intensidade” com que um gene se manifesta no fenótipo do indivíduo. Ela traduz o grau de expressão do genótipo. Penetrância gênica
é a “percentagem real” com que um gene se manifesta no total dos indivíduos em que teoricamente, esse gene deveria se manifestar.
Assim, a variabilidade, manifestada desde o fenótipo mais leve ao mais grave, em diferentes indivíduos, é denominada expressividade.
13.
Resposta: E
Comentário: A 1ª Lei de Mendel pode ser enunciada da seguinte maneira: “Cada característica hereditária é condicionada por um par
de fatores (genes); esses fatores se separam (segregam) na formação dos gametas, de modo que cada gameta só tem um fator (gene) de
cada par.” Apesar de Mendel não dispor de conhecimentos de bioquímica e citologia para explicar o significado de sua afirmação,
hoje se sabe que os genes se dispõem aos pares porque estão localizados em cromossomos homólogos também dispostos aos pares.
Uma vez que, na formação de gametas, a meiose separa os cromossomos homólogos do par, ocorre também a separação dos genes, de
modo que células haplóides (como os gametas) só tem um cromossomo de cada par e, conseqüentemente, um gene de cada par. É
consenso entre os biólogos atuais que a 1ª Lei de Mendel é uma maneira simplificada de descrever os eventos da meiose. Somente em
1910, Thomas Morgan e colaboradores desenvolveram a Teoria Cromossômica da Herança, que promove um elo de conexão entre a
Genética Clássica (mendeliana) e a Genética Molecular (moderna), ao afirmar que os genes estão localizados nos cromossomos.
14.
Resposta: A
Comentário: No fim do século XIX, o inglês Francis Galton sugeriu que a herança genética se dava através do sangue, idéia expressa
em sua Lei da Herança Ancestral, que afirmava que o sangue de cada indivíduo seria uma mistura do sangue de seu pai com o sangue
de sua mãe numa proporção de meio a meio. Como cada progenitor também traria metade dos caracteres de cada um de seus pais,
então o indivíduo tomado como exemplo teria herdado 1/4 dos seus caracteres do sangue de cada um de seus avós, 1/8 de cada bisavô
e assim por diante. Essa idéia, sabe-se hoje, não é correta, pois todas as células nucleadas do corpo apresentam cromossomos e genes
condicionantes das características hereditárias. Assim:
Item A: verdadeiro.
Item B: falso. Genes são encontrados em todas as células nucleadas do corpo.
Item C: falso. O senso comum que acredita ser o sangue o responsável pelas características hereditárias não coincide com os
conhecimentos atuais sobre genética.
Item D: falso. Apesar de o sangue do feto ser fornecido pela mãe, sabe-se que as características hereditárias não são condicionadas
pelo sangue.
Item E: falso. Apesar de a crença da população ser incorreta, algumas células sangüíneas, como as hemácias, são anucleadas, não
apresentando as estruturas básicas que guardam as informações genéticas, mas outras, como os leucócitos, são nucleadas, e, portanto,
possuidoras de genes.
15.
Resposta: E
Comentário: Há situações em que não há genes dominantes ou recessivos, ou seja, ambos os alelos são funcionais, ambos produzindo
enzimas funcionais. Assim, no indivíduo heterozigoto, a combinação das reações químicas proporcionadas por essas enzimas acaba
produzindo efeitos combinados. Nesse caso, chamado de co-dominância, o indivíduo heterozigoto manifesta as duas características
dos homozigotos simultaneamente, sem se misturar. No exemplo da questão, dois genes determinam a cor da maçã, sendo A para
amarelo e V para vermelho; maçãs AA são amarelas, maçãs VV são vermelhas, e maçãs AV são manchadas de amarelo e vermelho.
Ao cruzar árvores com maçã bicolor (heterozigotas AV) tem-se que:
AV (bicolor) x AV (bicolor)
↓
25% AA (amarelo) : 50% AV (bicolor) : 25% VV (vermelho)
Assim, alguns descendentes serão de casca amarela, outros de casca vermelha e outros de casca bicolor.
16.
Resposta: C
Comentário: Genes dominantes são funcionais, mas genes recessivos são defeituosos e por isso não produzem enzimas viáveis. Nesse
caso, apesar de indivíduos homozigotos dominantes produzirem mais enzima (por terem dois alelos funcionais) que os heterozigotos
(por ter apenas 1 alelo funcional), ambos possuem o mesmo fenótipo. Nesses casos, ocorre o fenômeno de dominância completa. Em
alguns casos, entretanto, ocorre diferença na expressão da característica entre os homozigotos dominantes (que produzem mais enzima
por terem dois alelos funcionais) e os heterozigotos (que produzem menos enzima por ter apenas 1 alelo funcional), de modo que o
fenótipo de heterozigotos é menos intenso que o de homozigotos dominantes, aparentando ser uma mistura ou gradação das
características dos homozigotos dominante e recessivo. Essa situação é denominada semidominância, ausência de dominância ou
dominância incompleta. No exemplo da questão, dois genes determinam a cor do fruto, sendo R para roxo e B para branco; frutos RR
são roxos, frutos BB são brancos, e frutos RB são violetas. Ao cruzar plantas com fruto violeta (heterozigotas RB) tem-se que:
RB (violeta) x RB (violeta)
↓
25% RR (roxa) : 50% RB (violeta) : 25% BB (branco)
Assim, de 48 descendentes, 1/4 (12) são roxas, 1/2 (24) são violetas e 1/4 (12) são brancos.
17.
Resposta: D
Comentário: Entre os séculos XVI e XVIII, talvez pelas limitações de ampliação do universo microscópico, debatia-se sobre duas
teorias acerca da formação de novos indivíduos: Pré-formação e Epigenia. A primeira versava que homúnculos (precursores de seres
humanos) estavam pré-formados dentro dos gametas. A discussão era tamanha que duas correntes foram criadas para esclarecer em
quais dos gametas estavam os homúnculos: os animaculistas defendiam que eles estavam pré-formados dentro dos espermatozóides, e
os ovistas afirmavam que o precursor do ser humano estava nos gametas femininos. Entretanto, com os avanços da microscopia e o
advento da teoria celular, a Epigênese prevaleceu, e ficou evidente que homens e mulheres contribuem com um conjunto haploide por
meio de seus gametas. Recentemente, no século XX, compreenderam-se as especificidades dos papéis desempenhados pelo
espermatozóide e pelo ovócito. O espermatozóide participa da fecundação, liberando apenas o pró-núcleo e algumas poucas
mitocôndrias, além de contribuir com a ativação do metabolismo, até então praticamente paralisado. Já o ovócito II (que, quando
fecundado, completa a segunda fase da meiose e denomina-se óvulo), além do pró-núcleo feminino, contribui com todas as estruturas
celulares e com a reserva de nutrientes. Portanto, está correta a alternativa D.
18.
Resposta: A
Comentário: Uma das causas do sucesso de Mendel em desvendar os mecanismos de transmissão do material hereditário foi a
escolha de seu material de estudo, uma vez que as ervilhas por ele estudadas têm aspectos como:
- Tamanho pequeno e cultivo fácil, até em jardim.
- Ciclo reprodutivo curto, dando muitas gerações em pouco tempo.
- Grande número de descendentes em cada reprodução, facilitando a análise estatística dos resultados;
- Flores com órgãos reprodutores fechados dentro das pétalas (cleistogamia), o que garante a autofecundação, gerando linhagens puras
(a fecundação cruzada só ocorre quando é provocada, isto é, quando se deseja.)
- Caracteres bem visíveis e transmitidos por mecanismos simples.
Assim, o fato de o androceu e o gineceu estarem presentes numa mesma flor, que facilita a ocorrência da autofecundação nas ervilhas.
19.
Resposta: B
Comentário: A palavra genótipo designa a constituição genética de um indivíduo para uma certa característica. A palavra fenótipo
designa a característica condicionada pelo genótipo, sendo essa característica detectável por algum processo (visualização, medição,
pesagem, identificação química, etc). O meio pode exercer certa influência sobre a ação de muitos genótipos. Essa influência externa,
levando à manifestação de um fenótipo que não corresponde exatamente ao que se podia esperar em função do genótipo
exclusivamente, recebe o nome de peristase. Pode-se então afirmar que, para inúmeros caracteres, o fenótipo, é o produto da interação
do genótipo com o meio ambiente.
FENÓTIPO = GENÓTIPO + PERISTASE (influência do meio)
Note que o fenótipo pode ser alterado, mas não é herdável, e o genótipo é herdável, mas não pode ser alterado, a não ser em condições
particulares como as mutações.
Assim, pode-se afirmar que o ambiente e os genes interagem no desenvolvimento e expressão das características herdadas.
20.
Resposta: A
Comentário: Alguns importantes termos utilizados em Genética foram listados. Analisando a 2ª coluna, temos que:
- A troca de fragmentos de cromossomos homólogos na primeira divisão da meiose é denominada crossing-over (II) ou permutação, e
tem o objetivo de criar novas combinações gênicas nos gametas e, com isso, aumentar a variabilidade genética da prole.
- O conjunto de todos os genes organizados nos cromossomos, sejam de um indivíduo ou de uma espécie, é denominado genoma (I).
- O conceito clássico de gene (V) o descreve como um segmento do DNA capaz de transcrever uma molécula de RNA, normalmente
RNAm, que controla a produção de um determinado peptídio, cuja expressão leva ao surgimento de uma certa característica.
- Genes alelos (IV) podem ocupar um mesmo locus no cromossomo, atuando sobre a mesma característica, mas não são
obrigatoriamente iguais, uma vez que normalmente se apresentam em duas versões, dominante e recessivo.
- O termo fenótipo (III) descreve o conjunto de características detectáveis de um indivíduo.
21.
Resposta: B
Comentário: A 1ª Lei de Mendel pode ser enunciada da seguinte maneira: “Cada característica hereditária é condicionada por um par
de fatores (genes); esses fatores se separam (segregam) na formação dos gametas, de modo que cada gameta só tem um fator (gene) de
cada par.” Apesar de Mendel não dispor de conhecimentos de bioquímica e citologia para explicar o significado de sua afirmação,
hoje se sabe que os genes se dispõem aos pares porque estão localizados em cromossomos homólogos também dispostos aos pares.
Uma vez que, na formação de gametas, a meiose separa os cromossomos homólogos do par, ocorre também a separação dos genes, de
modo que células haplóides (como os gametas) só tem um cromossomo de cada par e, conseqüentemente, um gene de cada par. É
consenso entre os biólogos atuais que a 1ª Lei de Mendel é uma maneira simplificada de descrever os eventos da meiose.
22.
Resposta: D
Comentário: Genes dominantes são funcionais, mas genes recessivos são defeituosos e por isso não produzem enzimas viáveis. Nesse
caso, apesar de indivíduos homozigotos dominantes produzirem mais enzima (por terem dois alelos funcionais) que os heterozigotos
(por ter apenas 1 alelo funcional), ambos possuem o mesmo fenótipo. Nesses casos, ocorre o fenômeno de dominância completa.
Em alguns casos, entretanto, ocorre diferença na expressão da característica entre os homozigotos dominantes (que produzem mais
enzima por terem dois alelos funcionais) e os heterozigotos (que produzem menos enzima por ter apenas 1 alelo funcional), de modo
que o fenótipo de heterozigotos é menos intenso que o de homozigotos dominantes, aparentando ser uma mistura ou gradação das
características dos homozigotos dominante e recessivo. Essa situação é denominada semidominância, ausência de dominância ou
dominância incompleta. No caso da flor bonina, ocorrem três variedades de cor, vermelha, branca e rósea. Assim, homozigotas para
vermelho são vermelhas, homozigotas para branco são brancas e heterozigotas são vermelho e branco “misturados”, ou seja, róseas.
Há ainda situações em que não há genes dominantes ou recessivos, ou seja, ambos os alelos são funcionais, ambos produzindo
enzimas funcionais. Assim, no indivíduo heterozigoto, a combinação das reações químicas proporcionadas por essas enzimas acaba
produzindo efeitos combinados. Nesse caso, chamado de co-dominância, o indivíduo heterozigoto manifesta as duas características
dos homozigotos simultaneamente, sem se misturar. Por exemplo, no sistema ABO de grupos sangüíneos, o gene IA condiciona a
produção de substância A, enquanto o gene IB condiciona a produção da substância B. Desse modo, indivíduos IAIA produzem
somente substância A, tendo sangue A, indivíduos IBIB produzem somente substância B, tendo sangue B, e finalmente indivíduos
heterozigotos IAIB produzem substância A e substância B simultaneamente, tendo sangue AB. Assim:
Item A: falso. Quando o efeito fenotípico é indistinguível em heterozigotos e homozigotos, tem-se um caso de dominância completa.
Item B: falso. Se o cruzamento entre as variedades homozigotas brancas e vermelhas gera heterozigotos rosas (intermediário ou
“misturado”), trata-se de dominância incompleta e não de co-dominância (que ocorreria se os heterozigotos fossem, por exemplo,
manchados de branco e vermelho).
Item C: falso. Quando um heterozigoto apresenta características encontradas em cada um dos homozigotos associados, trata-se de co-
dominância.
Item D: verdadeiro. No caso do sistema MN, indivíduos homozigotos LMLM têm sangue M, homozigotos LNLN têm sangue N, e
heterozigotos LMLN têm os dois alelos contribuindo igualmente para o fenótipo, apresentando sangue MN.
Item E: falso. Além dos casos de dominância completa, ocorrem casos não descritos por Mendel como dominância incompleta ou co-
dominância.
23.
Resposta: C
Comentário: A palavra genótipo designa a constituição genética de um indivíduo para uma certa característica. A palavra fenótipo
designa a característica condicionada pelo genótipo, sendo essa característica detectável por algum processo (visualização, medição,
pesagem, identificação química, etc). O meio pode exercer certa influência sobre a ação de muitos genótipos. Essa influência externa,
levando à manifestação de um fenótipo que não corresponde exatamente ao que se podia esperar em função do genótipo
exclusivamente, recebe o nome de peristase. Pode-se então afirmar que, para inúmeros caracteres, o fenótipo, é o produto da interação
do genótipo com o meio ambiente.
FENÓTIPO = GENÓTIPO + PERISTASE (influência do meio)
Note que o fenótipo pode ser alterado, mas não é herdável, e o genótipo é herdável, mas não pode ser alterado, a não ser em condições
particulares como as mutações.
Assim, como as duas folhas são da mesma planta, mas expostas a condições ambientais (de luminosidade) diferente, tem-se que a
diferença entre elas se dá pela ação ambiental, evidenciando que o fenótipo pode ser alterado pelo meio, sendo, pois, plástico.
24.
Resposta: B
Comentário: A 1ª Lei de Mendel pode ser enunciada da seguinte maneira: “Cada característica hereditária é condicionada por um par
de fatores (genes); esses fatores se separam (segregam) na formação dos gametas, de modo que cada gameta só tem um fator (gene) de
cada par.” Apesar de Mendel não dispor de conhecimentos de bioquímica e citologia para explicar o significado de sua afirmação,
hoje se sabe que os genes se dispõem aos pares porque estão localizados em cromossomos homólogos também dispostos aos pares.
Uma vez que, na formação de gametas, a meiose separa os cromossomos homólogos do par, ocorre também a separação dos genes, de
modo que células haploides (como os gametas) só tem um cromossomo de cada par e, conseqüentemente, um gene de cada par. É
consenso entre os biólogos atuais que a 1ª Lei de Mendel é uma maneira simplificada de descrever os eventos da meiose. Genes alelos
são aqueles que podem ocupar um mesmo locus no cromossomo, atuando sobre a mesma característica, mas não são obrigatoriamente
iguais, uma vez que normalmente se apresentam em duas versões, dominante e recessivo. Assim:
Item A: falso. Cada gameta só tem um fator de cada par, de modo que o organismo só herda um alelo de cada um dos pais para cada
característica.
Item B: verdadeiro. Dentro de um par de genes, os alelos dominante e recessivo do gene contribuem para variações nos caracteres
herdados.
Item C: falso. O fenótipo pode ser descrito como o produto da interação do genótipo, ou seja, da combinação de alelos para uma certa
característica (homozigoto dominante, heterozigoto, homozigoto recessivo) com o meio ambiente.
Item D: falso. Cada gameta só tem um fator de cada par, possuindo, então, apenas o alelo dominante ou o alelo recessivo.
25.
Resposta: D
Comentário: Doenças infecciosas são transmitidas de várias possíveis maneiras, muitas delas aumentando de incidência
sazonalmente (de acordo com as estações do ano), de acordo com uma maior freqüência de ocorrência de um vetor etiológico (como
os mosquitos da dengue que se reproduzem na estação chuvosa) ou condição para contágio (como a gripe, cuja transmissão por
contágio direto é facilitada nas épocas mais frias pela maior aglomeração das pessoas).
26.
Resposta: C
Comentário: A palavra genótipo designa a constituição genética de um indivíduo para uma certa característica. A palavra fenótipo
designa a característica condicionada pelo genótipo, sendo essa característica detectável por algum processo (visualização, medição,
pesagem, identificação química, etc). O meio pode exercer certa influência sobre a ação de muitos genótipos. Essa influência externa,
levando à manifestação de um fenótipo que não corresponde exatamente ao que se podia esperar em função do genótipo
exclusivamente, recebe o nome de peristase. Pode-se então afirmar que, para inúmeros caracteres, o fenótipo, é o produto da interação
do genótipo com o meio ambiente.
FENÓTIPO = GENÓTIPO + PERISTASE (influência do meio)
Para que se saiba a influência genética e ambiental na determinação de uma característica fenotípica, deve-se fazer uma análise em
que, fixado um aspecto, o outro varia e indica o valor da influência de cada fator. Em humanos, a análise de gêmeos univitelinos
criados separados é de grande utilidade, uma vez que são clones (aspectos genéticos idênticos), mas apresentarão influências
ambientais distintas.
- Se gêmeos monozigóticos criados juntos e separados apresentam uma característica concordante (mesmo aspecto genético e aspecto
ambiental diferente resultando em mesma característica), esta é predominantemente de natureza genética;
- Se gêmeos monozigóticos criados juntos e separados apresentam uma característica discordante (mesmo aspecto genético e aspecto
ambiental diferente resultando em característica diferente), esta é predominantemente de natureza ambiental.
Analisando cada item:
Item A: falso. Uma vez que gêmeos monozigóticos criados juntos e separados têm variação de peso muito grande (mesmo aspecto
genético e aspecto ambiental diferente resultando em característica diferente), esta característica é predominantemente de natureza
ambiental.
Item B: falso. As diferenças entre gêmeos monozigóticos indicam diferenças ambientais entre eles, uma vez que são geneticamente
idênticos.
Item C: verdadeiro.
Item D: falso. Uma vez que gêmeos monozigóticos criados juntos e separados têm variação de comprimento da cabeça muito
pequeno (mesmo aspecto genético e aspecto ambiental diferente resultando em mesma característica), esta característica é
predominantemente de natureza genética.
27.
Resposta: B
Comentário: A palavra genótipo designa a constituição genética de um indivíduo para uma certa característica. A palavra fenótipo
designa a característica condicionada pelo genótipo, sendo essa característica detectável por algum processo (visualização, medição,
pesagem, identificação química, etc). O meio pode exercer certa influência sobre a ação de muitos genótipos. Essa influência externa,
levando à manifestação de um fenótipo que não corresponde exatamente ao que se podia esperar em função do genótipo
exclusivamente, recebe o nome de peristase. Pode-se então afirmar que, para inúmeros caracteres, o fenótipo, é o produto da interação
do genótipo com o meio ambiente.
FENÓTIPO = GENÓTIPO + PERISTASE (influência do meio)
Note que o fenótipo pode ser alterado, mas não é herdável, e o genótipo é herdável, mas não pode ser alterado, a não ser em condições
particulares como as mutações.
Das características citadas, no entanto, o grupo sangüíneo não pode ser alterado pelo ambiente, sendo o fenótipo determinado apenas
pelo genótipo.
28.
Resposta: FFVV
Comentário: As conclusões definitivas para explicar satisfatoriamente os mecanismos da herança dos caracteres só vieram à luz com
os trabalhos do austríaco Gregor Mendel com a reprodução sexuada de ervilhas, em 1866. Ainda que seus trabalhos não tenham sido
compreendidos e valorizados pelos seus contemporâneos, o tempo levou o mundo científico a reconhecê-lo, 16 anos após a sua morte,
como o fundador da Genética Clássica. Somente em 1910, Thomas Morgan e colaboradores desenvolveram a Teoria Cromossômica
da Herança, que promove um elo de conexão entre a Genética Clássica (mendeliana) e a Genética Molecular (moderna), ao afirmar
que os genes estão localizados nos cromossomos. Assim:
1º item: falso. Em seus primeiros experimentos, Mendel estudou 7 características de ervilhas, mas analisava uma única característica
por vez, levando-o ao desenvolvimento de sua 1ª Lei, que pode ser enunciada da seguinte maneira: “Cada característica hereditária é
condicionada por um par de fatores (genes); esses fatores se separam (segregam) na formação dos gametas, de modo que cada gameta
só tem um fator (gene) de cada par.”
2º item: falso. Na época em que Mendel realizou os experimentos, não havia conhecimentos a respeito de genes, cromossomos e
divisão celular.
3º item: verdadeiro. Uma das razões do sucesso de Mendel em desvendar os mecanismos de hereditariedade esteve no tratamento
estatístico que deu aos resultados de seus experimentos.
4º item: verdadeiro. Mendel estudou 7 características de ervilhas que se mostraram constantes e transmitidos de pais para filhos.
29.
Resposta: 1 + 2 + 8 + 16 = 27
Comentário: As conclusões definitivas para explicar satisfatoriamente os mecanismos da herança dos caracteres só vieram à luz com
os trabalhos do austríaco Gregor Mendel com a reprodução sexuada de ervilhas, em 1866. Ainda que seus trabalhos não tenham sido
compreendidos e valorizados pelos seus contemporâneos, o tempo levou o mundo científico a reconhecê-lo, 16 anos após a sua morte,
como o fundador da Genética Clássica. Somente em 1910, Thomas Morgan e colaboradores desenvolveram a Teoria Cromossômica
da Herança, que promove um elo de conexão entre a Genética Clássica (mendeliana) e a Genética Molecular (moderna), ao afirmar
que os genes estão localizados nos cromossomos. Assim:
Item 1: verdadeiro. Mendel estabeleceu os fundamentos da Genética Clássica em seus trabalhos sobre a reprodução sexuada de
ervilhas.
Item 2: falso. Mendel foi o pai da Genética Clássica; em seu tempo, não havia conhecimentos sobre Genética Molecular (moderna).
Item 4: falso. Mendel só teve o devido reconhecimento sobre seus trabalhos anos depois de sua morte, já no final do século XIX.
Item 8: verdadeiro. O mérito do trabalho de Mendel só foi reconhecido em 1900, quando se deu a redescoberta de seus trabalhos,
independentemente, pelo holandês Hugo de Vries, pelo belga Eric Tchesmack e pelo alemão Carl Correns.
Item 16: verdadeiro. As leis mendelianas se mostram válidas até os dias atuais, apesar de terem sido elaboradas sem conhecimentos
sobre citologia ou bioquímica.
30.
Resposta:
A) Os resultados obtidos nos cruzamentos entre os vegetais que produziram os frutos sugere um caso de herança sem dominância (ou
codominância). O cruzamento de uma variedade longa (LL) com a variedade redonda (RR) produz 100% dos descendentes com um
fenótipo intermediário, ou seja, os heterozigotos (LR) apresentam a forma ovalada.
B) Alelos:
L - fruto longo
R - fruto redondo
Parentais: LR X LR
Descendentes: 25% LL : 50% LR : 25% RR
31.
Resposta:
A) A característica “tamanho das plantas” é determinada geneticamente. Sementes coletadas em diferentes altitudes, colocadas para
germinar todas ao nível do mar, portanto nas mesmas condições, apresentaram fenótipos distintos.
B) A curva do gráfico B, permite a conclusão de que a característica “tamanho das plantas” é dependente do ambiente, e não
determinada geneticamente.
32.
Resposta: Cruzamento de animais que são portadores da característica em questão e análise da descendência, ou seja, da primeira e
segunda gerações. Se o caráter reaparecer nos descendentes é hereditária.
33.
Resposta: Teor de treonina, uma vez que as proporções nos descendentes se aproximam de 3:1, que é a proporção clássica da herança
monofatorial na 1ª Lei de Mendel. O teor de triptofano apresenta uma herança compatível com ausência de dominância, uma vez que
as proporções nos descendentes são de cerca de 1:2:1.
34.
Resposta: Não, porque o DNA de mitocôndrias e plastos está em cromossomo único, de modo que os genes não estão aos pares como
acontece na genética clássica, em que os cromossomos estão aos pares de homólogos e os genes estão aos pares também.
35.
Resposta:
Hereditariedade mendeliana: há possibilidade, pois os genes são transmitidos inalteradamente para a próxima geração; pode haver
mistura dos fenótipos dos genitores, mas não dos genes individualmente.
Hereditariedade por mistura: não há possibilidade, pois esta hipótese propõe uma mescla de genes, não permitindo a seleção do gene
mutante.
36.
Resposta: Realmente, os alelos não se misturam na fecundação, como afirmou Mendel. Porém, no fenômeno conhecido como
dominância incompleta, o fenótipo do indivíduo heterozigótico é intermediário entre os fenótipos dos dois indivíduos homozigóticos
que lhe deram origem (item A). A troca de material genético entre cromossomos herdados do pai e da mãe pode ocorrer na
gametogênese, durante a meiose, na fase de prófase I. O processo é chamado de permutação ou crossing-over (item B).
37.
Resposta: Basta plantar os dois lotes na mesma área. Se a diferença de acidez persistir, o caráter é genético, e se não, é ambiental.
Outra possibilidade é plantar um mesmo lote em duas áreas distintas; nesse segundo caso, se a diferença de acidez persistir, o caráter é
ambiental, e se não, é genético.
38.
Resposta: As extremidades do corpo perdem calor para o meio ambiente com mais facilidade e costumam, portanto, apresentar uma
temperatura inferior à do restante do corpo. Como a enzima só é ativa abaixo de 34°C, a síntese do pigmento que confere cor negra só
ocorrerá nas extremidades do corpo.
39.
Resposta: A característica 2, pois gêmeos com o mesmo padrão genético (univitelínicos) apresentam grau de concordância menor em
ambientes diferentes.
40.
Resposta:
A)
I)
filhas: 0%
filhos: 0%
II)
filhas: 100%
filhos: 100%
B) Em seres humanos, a herança do genoma mitocondrial é, exclusivamente, materna, pois as mitocôndrias do espermatozóide não
penetram no óvulo. Portanto, o pai não transmitirá esta característica (cegueira) para a sua prole. Por outro lado, no caso de a mãe ser
afetada (cega), esta característica será transmitida para todos os seus filhos.
Aula 26 – 1ª Lei de Mendel
1.
Resposta: C
Comentário: Num heredograma, pode-se identificar o gene dominante e recessivo pela análise de cruzamentos em que pais, ambos
com um caractere, apresentam pelo menos um descendente com outro caractere; como dois indivíduos de caracteres recessivos não
podem ter um descendente de caractere dominante, conclui-se automaticamente que os pais possuem o caractere dominante e são
heterozigotos, enquanto o descendente de caractere diferente é recessivo. No caso em questão, os indivíduos 3 e 4 sem a anomalia, ao
terem filhos afetados, atestam que a anomalia é condicionada por um alelo recessivo, sendo os indivíduos 3 e 4 heterozigotos. Assim,
analisando cada item:
Item A: falso. 3 e 4 também são heterozigotos.
Item B: falso. O alelo é recessivo e não se sabe se o indivíduo 2 é homozigoto ou heterozigoto (pode-se notar porque 2 é normal,
tendo o gene dominante, mas não tem filho afetado para que se saiba se é homozigoto ou heterozigoto).
Item C: verdadeiro. O alelo é recessivo e os indivíduos 1, 3 e 4 são heterozigotos (pode-se notar que 1 é heterozigoto porque é
normal, tendo o alelo dominante, e tem filhos afetados, tendo o alelo recessivo).
Item D: falso. O alelo é recessivo.
Item E: falso. Não se pode afirmar que não há indivíduos que tenham o alelo dominante em homozigose, uma vez que indivíduos
como 2 pode ser homozigotos dominantes.
2.
Resposta: E
Comentário: Chamando de F o gene dominante para normalidade e de f o gene recessivo para fenilcetonúria, temos que:
Homem heterozigoto Ff x Mulher heterozigota Ff
↓
Probabilidade (P) de 5 crianças normais =
↓
P(criança normal) x P(criança normal) x P(criança normal) x P(criança normal) x P(criança normal) =
↓
P(F_) x P(F_) x P(F_) x P(F_) x P(F_) = 3/4 x 3/4 x3/4 x 3/4 x 3/4 = 243/1024
3.
Resposta: A
Comentário:
4.
Resposta: A
Comentário:
5.
Resposta: D
Comentário: Num heredograma, pode-se identificar o gene dominante e recessivo pela análise de cruzamentos em que pais, ambos
com um caractere, apresentam pelo menos um descendente com outro caractere; como dois indivíduos de caracteres recessivos não
podem ter um descendente de caractere dominante, conclui-se automaticamente que os pais possuem o caractere dominante e são
heterozigotos, enquanto o descendente de caractere diferente é recessivo. No caso em questão, os indivíduos III-1 com polidactilia, ao
terem o filho IV-1 normal, atestam que a polidactilia é condicionada por um alelo dominante, sendo os indivíduos III-1 heterozigotos.
Assim, analisando cada item:
Item A: falso. Como mencionado, a polidactilia é um caráter dominante.
Item B: falso. A descendente II-2 é heterozigota, mas porque apresenta polidactilia (possuindo o alelo dominante) e mãe normal
(possuindo o alelo recessivo).
Item C: falso. Novamente, como mencionado, a polidactilia é um caráter dominante.
Item D: verdadeiro.
6.
Resposta: C
Comentário:
7.
Resposta: D
Comentário:
8.
Resposta: C
Comentário:
9.
Resposta: E
Comentário: Montando a genealogia da questão:
Avô com furo (A_), lobo Avó sem furo (aa), lobo
solto (B_) preso (bb) e incapacidade
e capacidade de enrolar a de enrolar a língua (cc)
língua (C_)
Pai com furo (Aa), lobo solto Mãe sem furo (aa), lobo
(Bb) preso (bb) e incapacidade
e capacidade de enrolar a de enrolar a língua (cc)
língua (Cc)
10.
Resposta: B
Comentário:
11.
Resposta: C
Comentário: Chamando de A o gene dominante para a doença e de a o gene recessivo para normalidade, temos que o homem doente
deve ser heterozigoto Aa (uma vez que não de afirmou que sua mãe e se pai eram doentes, o que teria que ocorrer para haver a
possibilidade de ele ser homozigoto). Assim:
Mulher normal (recessiva) aa x Homem doente (heterozigoto) Aa
↓
Probabilidade de criança doente (A_) = 1/2
↓
Probabilidade de gêmeos monozigóticos (idênticos) doentes = 1/2 = 50%
e
Probabilidade de gêmeos dizigóticos (não idênticos) doentes = 1/2 x 1/2 = 1/4 = 25%
12.
Resposta: B
Comentário:
13.
Resposta: D
Comentário:
14.
Resposta: C
Comentário:
15.
Resposta: 1 + 2 + 4 + 8 + 16 = 31
Comentário: Pelo enunciado, sabe-se que a anomalia é condicionada por um alelo autossômico recessivo. Assim, analisando cada
item:
Item 1: verdadeiro. Apenas os indivíduos afetados pela anomalia são homozigotos recessivos, o que não é o caso do homem 13.
Item 2: verdadeiro. O homem 13 é normal (possuindo o alelo dominante) e filho de pai 9 heterozigoto (uma vez que seu pai 1 é
afetado aa e sua mãe 2 é normal A_) e mãe 10 heterozigota (uma vez que seu pai 3 é normal A_ e sua mãe 4 é afetada aa). A
probabilidade de que o homem 13 seja heterozigoto é:
Indivíduo 9 (pai heterozigoto Aa) x Indivíduo 10 (mãe heterozigota Aa)
↓
25% indivíduos AA : 50% indivíduos Aa : 25% indivíduos aa
Como se sabe, pela genealogia que o homem 13 é normal e possui um alelo dominante (A_), deve-se excluir do espaço amostral da
probabilidade os indivíduos aa, de modo que a probabilidade de III-2 ser heterozigoto é de 50% (indivíduos Aa) ÷ 75% (indivíduos A_
= 25% indivíduos AA + 50% indivíduos Aa) = 50%/75% = 2/3.
Item 4: verdadeiro. A mulher 14 é normal (possuindo o alelo dominante) e filha de pai 11 homozigoto (uma vez que seu pai 5 é
homozigoto AA e sua mãe 6 é homozigota AA) e mãe 12 heterozigota (uma vez que sua mãe 7 é normal A_ e seu pai 8 é afetado aa).
A probabilidade de que a mulher 14 seja heterozigota é:
Indivíduo 11 (pai homozigoto AA) x Indivíduo 12 (mãe heterozigota Aa)
↓
50% indivíduos AA : 50% indivíduos Aa
Assim, a probabilidade de a mulher 14 ser heterozigota Aa é 1/2.
Item 8: verdadeiro. Calculando a probabilidade de o casal 13 x 14 vir a ter uma criança afetada:
(1) Para que o homem 13 tenha um filho afetado, deverá ser heterozigoto (portador do alelo recessivo). Como calculado no item 2, a
probabilidade de que o homem 13 seja heterozigoto é de 2/3.
(2) Para que a mulher 14 tenha um filho afetado, deverá ser heterozigota (portadora do alelo recessivo). Como calculado no item 4, a
probabilidade de que a mulher 14 seja heterozigota é de 1/2.
(3) A probabilidade de nascimento de criança afetada do cruzamento entre 13 (sendo considerado heterozigoto Aa) x 14 (sendo
considerada heterozigota Aa) é:
Homem 13 (heterozigoto Aa) x Mulher 14 (heterozigota Aa)
↓
25% indivíduos AA : 50% indivíduos Aa : 25% indivíduos aa
Assim, a probabilidade de a criança ser afetada aa é 1/4.
(4) Desse modo, a probabilidade de que se tenha homem 13 heterozigoto (1) e mulher 14 heterozigota Aa (2) e criança afetada aa (3) é
de:
P(homem 13 heterozigoto) x P(mulher 14 heterozigota) x P(criança afetada) = 2/3 x 1/2 x 1/4 = 1/12
Item 16: verdadeiro. Se primeiro filho do casal 13 x 14 for afetado aa, isso significa que seus pais são heterozigotos, e a
probabilidade de que venha a nascer um filho normal é de:
Homem 13 (heterozigoto Aa) x Mulher 14 (heterozigota Aa)
↓
25% indivíduos AA : 50% indivíduos Aa : 25% indivíduos aa
Assim, a probabilidade de a criança ser normal A_ é 25% AA + 50% Aa = 75% = 3/4.
16.
Resposta:
A)
B) 1/16.
C) 1/4 porque Paulo e Joana serão obrigatoriamente heterozigoto para o gene em questão.
17.
Resposta:
18.
Resposta:
A) Recessiva. “A molécula vilã (ou melhor heroína, em cuja ausência o mal de Alzheimer prospera) denomina-se fosfolipase A2.”
B) 27/64.
19.
Resposta: O heredograma correspondente ao histórico familiar descrito deve ter o seguinte aspecto:
Serão aceitas as duas representações do heredograma: □ e ?, por não ser possível saber se o rapaz é ou não portador do gene
causador da doença. A Doença de Alzheimer (D.A.), caracterizada pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1907, é
uma afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível de aparecimento insidioso, que acarreta perda da memória e diversos
distúrbios cognitivos. As doenças de herança autossômica dominante são aquelas em que o afetado é geralmente heterozigoto
para o gene dominante mutado (Aa), uma vez que o gene A é raro na população e dificilmente serão encontrados afetados
com o genótipo AA. Os afetados (Aa) têm 50% de chance de ter filhos (Aa) também afetados pela doença. Assim, a probabilidade
de o rapaz em questão ser portador do gene responsável pela forma de acometimento precoce da doença é de 50%. Apenas o pai e as
duas irmãs mais velhas do rapaz são seguramente heterozigotos para esse gene. O padrão de herança monogênica autossômica
dominante é condicionado por um único gene, não relacionado ao sexo, que se manifesta inclusive em indivíduos
heterozigotos, por ser dominante. Cabe destacar que a D.A. é condicionada não apenas por fatores genéticos, mas também
ambientais (além do componente genético, foram apontados, como agentes etiológicos, a toxicidade a agentes infecciosos, ao
alumínio, a radicais livres de oxigênio, a aminoácidos neurotóxicos e a ocorrência de danos em microtúbulos e proteínas
associadas), e apresenta heterogeneidade genética (com pelo menos cinco ou seis genes principais responsáveis, além de
outros provavelmente envolvidos). Porém, a questão pede para levar em consideração apenas o trecho do texto fornecido.
20.
Resposta: O fenótipo é empregado para designar as características apresentadas por um indivíduo, sejam elas morfológicas,
fisiológicas ou comportamentais. O genótipo refere-se à constituição genética do indivíduo, ou seja, aos genes que ele possui.
Enquanto o fenótipo de um indivíduo pode ser observado diretamente, o genótipo tem de ser inferido a partir da observação do
fenótipo, ou através das análises de seus pais, filhos ou outros parentes. O fenótipo condicionado pelo alelo recessivo, com animais
apresentando chifres, será homozigoto (aa) quanto ao alelo em questão. O fenótipo condicionado pelo alelo dominante poderá ser
homozigoto ou heterozigoto. No caso do fenótipo mocho (sem chifres) o animal poderá ser AA ou Aa. O Touro do Rogério é
heterozigoto (Aa). A raiva do fazendeiro foi porque ele achou que estava comprando um “legítimo touro mocho”, ou seja, que seria
homozigoto (AA) e só teria descendentes mochos independentemente de com qual vaca ele cruzasse. A vaca I é homozigota (AA),
porque só teve descendentes sem chifres. A vaca II é homozigota (aa) porque teve descendentes com chifre. E a vaca III é heterozigota
(Aa) porque teve descendentes com chifres.
21.
Resposta:
A) Atavismo.
B) Recessivo, pois os pais IV - 1 e IV - 2 são normais e têm filhos albinos.
C) 32/243.
22.
Resposta:
As plantas “A” e “B” são homozigóticas para as regiões vc e vf, logo, cada uma delas produzirá apenas um tipo de gameta em relação
a essas regiões. A planta resultante do cruzamento será necessariamente heterozigótica.
23.
Resposta: A probabilidade de o homem ser heterozigoto é igual a 1,0 (certeza). A mulher é normal e tem um irmão afetado.
Considerando “A” o alelo normal e “a” o alelo que determina a fibrose cística, os pais são necessariamente heterozigotos (Aa) e ela
pode ser AA, Aa, ou aA, com igual probabilidade para cada genótipo. Logo, a probabilidade de que ela seja heterozigota é igual a 2/3.
A probabilidade de que um casal heterozigoto tenha um filho homozigoto recessivo é igual a ¼. Logo, a probabilidade de o casal ter
um filho com a doença é: 1,0.(2/3).(1/4) = 2/12 = 1/6.
24.
Resposta: O indivíduo 9 é heterozigoto com certeza. O indivíduo 7 tem probabilidade de 2/3 de ser heterozigoto, o indivíduo 10 de
1/2. Logo, a probabilidade de nascer um homozigoto recessivo do cruzamento 9×10 é igual a: (2/3) × (1/2) × (1×4) = 2/24 ou 1/12.
25.
Resposta: Autossômica dominante. Se o caractere fosse recessivo, ter-se-ia que admitir a coincidência de todos os indivíduos afetados
da genealogia terem se casado com indivíduos não afetados heterozigotos para a característica, o que é pouquíssimo provável, uma
vez que genes para doenças são raros.
Aula 27 - Erros Inatos e Genes Letais
1.
Resposta: B
Comentário: Chamando de A o gene para hemoglobina A e de S o gene para hemoglobina S, temos que:
Homem heterozigoto AS x Mulher heterozigoto AS
↓
25% indivíduos SS (com anemia falciforme): 50% indivíduos AS (com traço falciforme): 25% indivíduos AA (normais)
↓
Probabilidade (P) de criança com anemia falciforme = P(SS) = 25%
Analisando os dois casais (não interessando a pigmentação, negra ou branca, porque não influencia na anemia falciforme): P (criança
SS do 1º casal) e P (criança SS do 2º casal) = P(SS) x P(SS) = 25% x 25% = 6,25%.
2.
Resposta: D
Comentário: A fenilcetonúria (PKU) é uma anomalia causada pelo metabolismo anômalo do aminoácido fenilalanina. Neste caso,
falta no indivíduo doente a enzima fenilalanina-hidroxilase que transforma a fenilalanina em tirosina. Dessa forma, a fenilalanina se
acumula nos tecidos e gera outras substâncias dela derivadas (ácido fenilpirúvico, ácido fenil-láctico). O excesso desses compostos
causa desenvolvimento anômalo do sistema nervoso, com deficiência mental acentuada. Como o metabolismo da fenilalanina está
relacionado à produção do pigmento melanina, normalmente os portadores de PKU têm menos pigmento do que o normal. Em
maternidades, o teste do pezinho para a PKU é rotineiro. Quando se detecta uma criança com a doença, dá-se a ela uma dieta pobre em
fenilalanina. Como esta é um aminoácido essencial, fornece-se ao bebê a quantidade necessária para o crescimento, porém nada mais,
e assim impede-se a deterioração do sistema nervoso. A medida é mantida até mais ou menos os seis anos de idade, quando o
desenvolvimento neurológico está completo. Daí para frente, a dieta é praticamente normal, devendo-se evitar adoçantes à base de
aspartame (associação dos aminoácidos ácido aspártico e fenilalanina). Assim:
Item A: falso. Doenças autossômicas hereditárias são aquelas herdadas por meio de cromossomos somáticos, que não têm relação
com a determinação do sexo em humanos.
Item B: falso. A enzima defeituosa ou ausente em indivíduos com PKU é a enzima fenilalanina-hidroxilase.
Item C: falso. O termo herança genética holândrica descreve a herança de genes localizados no cromossomo Y e conseqüentemente
herdados somente do pai.
Item D: verdadeiro. A PKU envolve o acúmulo de fenilalanina.
Item E: falso. A PKU pode ser diagnosticada pelo teste do pezinho. O teste do olhinho está relacionado ao diagnóstico precoce da
catarata infantil, doença que, se não tratada no início da vida pode levar à cegueira.
3.
Resposta: E
Comentário: Pode-se identificar o gene dominante e recessivo pela análise de cruzamentos em que pais, ambos com um caractere,
apresentam pelo menos um descendente com outro caractere; como dois indivíduos de caracteres recessivos não podem ter um
descendente de caractere dominante, conclui-se automaticamente que os pais possuem o caractere dominante e são heterozigotos,
enquanto o descendente de caractere diferente é recessivo. No caso em questão, a mãe normal e o 1º marido normal, ao terem filhos
albinos, atestam que o albinismo é condicionado por um alelo recessivo, sendo os pais (mãe e 1º marido) heterozigotos. Chamando de
A o gene dominante para pigmentação normal e de a o gene recessivo para albinismo, temos que:
1º Marido normal Aa x Mulher normal Aa
↓
25% indivíduos AA (normais): 50% indivíduos Aa (normais): 25% indivíduos aa (albinos)
↓
Probabilidade (P) de criança albina = P(aa) = 25%
Assim, a probabilidade de nascimento de três crianças albinas:
P (criança albina) e P (criança albina) e P (criança albina) = P(aa) x P(aa) x P(aa) = 1/4 x 1/4 x 1/4 = 1/64 = 0,015625 = 1,5%.
4.
Resposta: D
Comentário: Chamando de A o gene dominante para acondroplasia e de a o gene recessivo para normalidade, se sabendo que
homozigotos para a acondroplasia morrem antes de nascer (não havendo indivíduos adultos homozigotos aa e sendo todos os
acondroplásicos adultos heterozigotos aa), temos que:
Homem acondroplásico Aa x Mulher acondroplásica Aa
↓
25% indivíduos AA (normais): 50% indivíduos Aa (normais): 25% indivíduos aa (albinos)
↓
Probabilidade (P) de criança albina = P(aa) = 25%
Assim, a probabilidade de nascimento de três crianças albinas:
P (criança albina) e P (criança albina) e P (criança albina) = P(aa) x P(aa) x P(aa) = 1/4 x 1/4 x 1/4 = 1/64 = 0,015625 = 1,5%.
5.
Resposta: A
Comentário: O albinismo é a ausência parcial ou total do pigmento melanina na pele, no cabelo e nos olhos. No albinismo clássico
(há vários tipos), falta a enzima que converte o aminoácido tirosina em DOPA (3,4-dihidroxifenilalanina). A DOPA é um
intermediário na produção de melanina. Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. Chamando de A o gene dominante para pigmentação normal e de a o gene recessivo para albinismo, temos que
mãe normal e o pai normal, ao terem filhos albinos (caráter recessivo), são heterozigotos.
Homem normal Aa x Mulher normal Aa
↓
25% indivíduos AA (normais): 50% indivíduos Aa (normais): 25% indivíduos aa (albinos)
↓
Probabilidade (P) de criança albina = P(aa) = 25% = 1/4
Assim, a probabilidade de nascimento de casal de albinos:
P (criança albina e do sexo masculino) e P (criança albina e do sexo feminino) = P(aa e sexo masculino) x P(aa e sexo feminino) =
P(aa) x P(sexo masculino) x P(aa) x P(sexo feminino) = 1/4 x 1/2 x 1/4 x 1/2= 1/64.
Item B: falso. Considerando os pais da questão (ambos heterozigotos), a probabilidade de nascimento de uma menina albina é:
P (criança albina e do sexo feminino) = P(aa) x P(sexo feminino) = 1/4 x ½ = 1/8 = 12,5%.
Item C: falso. A exposição ao sol das crianças afetadas contribui para as lesões do DNA e aumento do risco de câncer em todas as
células expostas à radiação ultravioleta, notadamente a células da pele.
Item D: falso. Devido ao risco aumentado de câncer de pele, os filhos afetados com o albinismo têm menor expectativa de vida que os
demais filhos não afetados.
Item E: falso. Se a doença fosse recessiva e ligada ao sexo, o gene estaria no cromossomo sexual X, e o pai portador do gene teria que
ser albino (pois o cromossomo Y não teria gene relacionado à pigmentação).
6.
Resposta: A
Comentário: Casamento consangüíneo é aquele que ocorre entre parentes próximos, aumentando o risco do nascimento de crianças
com problemas genéticos, o que se dá pelo encontro de genes recessivos dos pais. Doenças genéticas ou cromossômicas podem ser
detectadas por exames como o cariótipo ou idiograma, que é o conjunto diplóide de cromossomos presentes em uma célula somática,
apresentando um número de 2n=46 cromossomos nas células somáticas humanas. O cariótipo pode ser montado a partir de células
extraídas ainda durante o desenvolvimento intra-uterino, num processo chamado de cariotipagem pré-natal. A coleta de células pode
ser feita através da punção direta do útero de gestantes por técnicas como a amniocentese, pela coleta de líquido amniótico, e a biópsia
das vilosidades coriônicas, pela coleta de células da placenta em formação. Ambos os testes são muito invasivos e trazem riscos para a
mãe e o feto, só sendo justificados em casos de gravidez de risco, como a idade avançada da gestante e a ocorrência de filhos prévios
com aberrações cromossômicas. Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. O casamento consangüíneo aumenta o risco do encontro de genes recessivos responsáveis por fenótipos anômalos
na descendência.
Item II: falso. Amniocentese é um exame para obtenção de células fetais para montagem do cariótipo.
Item III: verdadeiro. A amostragem vilo-coriônica também é um exame para obtenção de células fetais para montagem do cariótipo.
7.
Resposta: E
Comentário:
8.
Resposta: D
Comentário:
9.
Resposta: A
Comentário: Casamento consangüíneo é aquele que ocorre entre parentes próximos, aumentando o risco do nascimento de crianças
com problemas genéticos, o que se dá pelo encontro de genes recessivos dos pais. No caso de casamentos entre parentes, o
aconselhamento genético feito por um médico geneticista permite a montagem de uma genealogia da família para que se calcule o
risco de nascimento de uma criança doente, de modo que, em casos de alto risco, é recomendável que o casal não tenha filhos, optando
pela adoção, por exemplo. O termo endogamia descreve os cruzamentos em grupos fechados, que favorecem um aumento na
incidência de cruzamentos consangüíneos. Assim, analisando cada item:
Item I: verdadeiro. O aconselhamento genético é indicado em casos de casamentos consangüíneos e em casos em que há histórico de
doenças hereditárias na família de pelo menos um dos integrantes do casal.
Item II: verdadeiro. O casamento consangüíneo aumenta o risco do encontro de genes recessivos responsáveis por fenótipos
anômalos na descendência.
Item III: falso. Casamentos endogâmicos não envolvem autofecundação, e não necessariamente levam a ocorrência de doenças na
descendência, apesar de haver um aumento no risco dessas condições entre os descendentes.
Item IV: falso. Mutações ocorrem espontaneamente, não sendo favorecidas por fatores como a endogamia, mas sim por condições
como radiações ionizantes e substâncias químicas. Populações isoladas apresentam maior risco de nascimento de crianças com más
formações orgânicas e mentais devido ao aumento na incidência de cruzamentos consangüíneos.
Item V: falso. Em populações pequenas e isoladas, com cruzamentos endogâmicos, ocorre menor variabilidade genética.
10.
Resposta: E
Comentário: Analisando o esquema percebe-se que:
- A falta da enzima 1 por mutação no gene I leva à não conversão do aminoácido fenilalanina no aminoácido tirosina, condição
conhecida como fenilcetonúria. Com a produção de tirosina prejudicada, diminui-se a produção de adrenalina (hormônio produzido
pelas glândulas supra-renais), melanina (pigmento da pela produzido pelos melanócitos) e tiroxina (hormônio produzido pela glândula
tireóide). A produção dessas substâncias não cessa por completo porque o aminoácido tirosina também pode ser obtido na dieta, além
de sua síntese a partir do aminoácido fenilalanina.
- A falta da enzima 2 por mutação no gene II leva à não conversão do aminoácido tirosina em adrenalina nas glândulas supra-renais.
- A falta da enzima 3 por mutação no gene III leva à não conversão do aminoácido tirosina em melanina nos melanócitos, condição
conhecida como albinismo.
- A falta da enzima 4 por mutação no gene IV leva à não conversão do aminoácido tirosina em tiroxina no pâncreas.
Segundo a questão, se o indivíduo tem o funcionamento das glândulas supra-renais normal (produz adrenalina), não ocorre alteração
nos genes I e II, mas se tem anomalias na pigmentação do corpo (deficiência de produção de melanina), tem alteração no gene III, e se
tem o metabolismo prejudicado pela falta do hormônio da tireóide (tiroxina), tem alteração no gene IV.
11.
Resposta: A
Comentário: Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. Como a enzima em questão promove a digestão de gorduras nos lisossomas (mais precisamente nos
peroxissomas) das células do indivíduo, a deficiência da enzima nos indivíduos com síndrome de Gaucher levará ao acúmulo de
lipídios no fígado do portador da mesma.
Item B: falso. Mesmo que se introduzam cópias do gene normal nas células do fígado do portador da doença, as células sexuais
(gametas) do mesmo continuarão com os genes defeituosos, podendo os mesmos serem transmitidos aos descendentes.
Item C: falso. Como todas as células somáticas (que compõem o corpo) do indivíduo com síndrome de Gaucher são formadas por
mitose a partir de seu zigoto, todas essas células se apresentam como clones umas das outras, sendo geneticamente idênticas, de modo
que o gene mutante para a deficiência enzimática estará presente em todas as células somáticas.
Item D: falso. Apesar de os lisossomos (mais precisamente nos peroxissomas) na serem hereditários, os genes relacionados a sua
formação e à formação de suas enzimas são hereditários.
Item E: falso. Sabendo que o gene para a doença é recessivo, o cruzamento de um homem heterozigótico (Aa) com uma mulher
afetada (aa) resulta em 50% de probabilidade de filhos normais (Aa) e 50% de probabilidade de filhos afetados.
12.
Resposta: C
Comentário:
13.
Resposta: A
Comentário: A fibrose cística, também conhecida como mucoviscidose, é uma doença hereditária comum, que afeta todo o
organismo, causando deficiências progressivas e, freqüentemente, levando à morte prematura. O nome fibrose cística refere-se à
característica cicatrizante (fibrose) e à formação de cistos no interior do pâncreas. A dificuldade para respirar é o sintoma mais sério e
resulta das infecções no pulmão crônicas que são tratadas, mas apresentam-se resistentes aos antibióticos e a outras medicações. A
fibrose cística é causada por uma mutação no gene chamado regulador de condutância transmembranar de fibrose cística (CFTR).
Esse gene intervém na produção do suor, dos sucos digestivos e dos mucos. Apesar de a maioria das pessoas não afetadas possuírem
duas cópias funcionais do gene, somente uma é necessária para impedir o desenvolvimento da fibrose cística. A doença desenvolve-se
quando nenhum dos genes atua normalmente. Portanto, a fibrose cística é considerada uma doença autossômica recessiva. Analisando
cada situação:
(1) O único modo pelo qual homem e mulher normais (portadores do gene dominante) podem ter um filho com fibrose cística
(portador de suas cópias do gene recessivo) é se ambos forem heterozigotos.
(2) Se o homem é normal, portador do gene dominante, e não há referência a seus pais terem fibrose cística, pode-se deduzir que seus
pais são normais, ambos portadores do gene dominante; se o homem tem registro de fibrose cística na família, seus pais devem ser
portadores do gene recessivo, sendo então heterozigotos. Chamando de A o gene dominante para normalidade e de a o gene recessivo
para fibrose cística, temos que:
Pai normal Aa x Mãe normal Aa
↓
25% indivíduos AA (normais): 50% indivíduos Aa (normais): 25% indivíduos aa (albinos)
Como se sabe, pelo texto, que o homem é normal e possui um alelo dominante (A_), deve-se excluir do espaço amostral da
probabilidade os indivíduos aa, de modo que a probabilidade de o homem ser heterozigoto é de 50% (indivíduos Aa) ÷ 75%
(indivíduos A_ = 25% indivíduos AA + 50% indivíduos Aa) = 50%/75% = 2/3.
Repetindo os cálculos para a mulher, temos que a probabilidade de ela ser heterozigota é também de 2/3.
Assim, para que homem e mulher sejam heterozigotos, a probabilidade (P) é de:
P(homem heterozigoto) e P(mulher heterozigota) = 2/3 x 2/3 = 4/9.
(3) Considerando o homem e a mulher heterozigotos:
Homem Aa x Mulher Aa
↓
25% indivíduos AA (normais): 50% indivíduos Aa (normais): 25% indivíduos aa (fibrocísticos)
Assim, a probabilidade de, sendo heterozigotos, terem uma criança fibrocística é de 25% = 1/4.
(4) Calculando a probabilidade (P) de os pais serem heterozigotos e de seu primeiro filho ter fibrose cística:
P(pais heterozigotos) e P(criança fibrocística) = 4/9 (como visto no item 2) x 1/4 (como visto no item 3) = 1/9.
14.
Resposta: C
Comentário:
15.
Resposta: D
Comentário: A doença ou coréia de Huntington é uma doença neurológica letal que leva à perda do controle dos movimentos
(acinesia) e costuma iniciar a manifestação de seus sintomas somente na idade adulta. Em 50% dos casos, a doença só manifesta seus
primeiros sintomas por volta dos 40 anos de idade, como indicado no gráfico.
Isso faz com que, muitas vezes, os indivíduos doentes só descubram sua condição após terem tido filhos. Como a doença é
autossômica dominante, se o indivíduo é doente (sendo portador do alelo dominante) com um de seus genitores normais (recebendo
dele o alelo recessivo), ele será heterozigoto e, ao casar com uma pessoa normal (homozigota recessiva), terá 50% de chance de ter
passado a doença a um filho seu. Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. Como se pode ver na marcação abaixo, em torno dos 65 anos, cerca de 85% dos indivíduos portadores já
manifestaram a doença.
Item B: verdadeiro. Apesar de pouco provável, indivíduos portadores podem expressar a doença antes de atingirem a idade de 15
anos, como se pode ver na marcação abaixo.
Item C: verdadeiro. Aos 30 anos, aproximadamente 25% dos indivíduos portadores apresentam os sinais clínicos da doença, de
modo que aproximadamente 75% dos indivíduos portadores se apresentam sem os sinais clínicos da doença, como se pode ver na
marcação abaixo.
Item D: falso. Aos 40 anos, filhos de casais Aa x aa têm 50% de probabilidade de manifestar a doença se forem portadores do alelo
dominante, mas se forem homozigotos recessivos essa probabilidade não existe.
16.
Resposta: D
Comentário: A anemia falciforme ou siclemia é uma doença genética causada por uma alteração no gene que condiciona a produção
da cadeia β da molécula de hemoglobina. O alelo normal leva à produção da cadeia β com o 6º aminoácido sendo o ácido glutâmico,
formando a hemoglobina HbA, enquanto alelo defeituoso (mutante) leva à produção da cadeia β com o 6º aminoácido sendo a valina,
formando a hemoglobina HbS; essa, em baixas concentrações de oxigênio na hemácia forma longas cadeias que deixa a célula em
forma de foice (falciforme, ou siclemia, devido ao termo em inglês para foice, ‘sickle’). Indivíduos homozigotos para o gene normal
só possuem HbA (100% hemoglobina normal), indivíduos heterozigotos possuem HbA e HbS em igual proporção (50% hemoglobina
normal e 50% hemoglobina siclêmica), apresentando uma forma branda da doença denominada siclemia benigna (não letal), e
indivíduos homozigotos para o gene alterado só possuem HbS (100% hemoglobina siclêmica), apresentando uma forma severa da
doença denominada siclemia maligna (letal). Perceba que o indivíduo heterozigoto manifesta os dois caracteres simultaneamente,
HbA e HbS, caracterizando um caso de co-dominância. Assim, analisando cada item:
Item A: falso. Pelo comportamento descrito no esquema, os genes para HbA e HbS são co-dominantes.
Item B: falso. Os indivíduos homozigotos para HbS tem mais hemoglobina anormal do que os heterozigotos.
Item C: falso. A anemia falciforme não pode ser curada por meio de transfusão sangüínea, uma vez que as hemácias recebidas numa
transfusão só durariam poucos meses, e as novas hemácias geradas pela medula óssea seriam também alteradas.
Item D: verdadeiro. Pelo esquema, os indivíduos com genótipo homozigoto para HbS apresentam várias características.
17.
Resposta: VFFVV
Comentário: O heredograma indica que a doença em questão é de herança autossômica dominante. Se o caractere fosse recessivo,
ter-se-ia que admitir a coincidência de todos os indivíduos afetados da genealogia que se casaram terem se casado com indivíduos não
afetados heterozigotos para a característica, o que é pouquíssimo provável, uma vez que genes para doenças são raros. Assim,
analisando cada item:
1º item: verdadeiro. Como mencionado acima, a doença é condicionada pelo alelo dominante.
2º item: falso. Os indivíduos I1 e II2 são afetados, sendo portadores do alelo dominante, e pais de crianças normais (criança II3 no
caso do indivíduo I1 e crianças III1 e III2 no caso do indivíduo II2), sendo portadores do alelo recessivo; desse modo, ambos são
heterozigotos para o caráter em questão.
3º item: falso. Os indivíduos III3 e III4 são afetados, sendo portadores do alelo dominante, e filhos de pais normais (pai II1 normal
no caso do indivíduo III3 e mãe II5 normal no caso do indivíduo IIIV), sendo portadores do alelo recessivo; desse modo, ambos são
heterozigotos para o caráter em questão. Analisando o cruzamento
Homem III3 heterozigoto Aa x Mulher III4 heterozigota Aa
↓
25% indivíduos AA (abortados: não nascem): 50% indivíduos Aa (acondroplásicos): 25% indivíduos aa (normais)
Excluindo os indivíduos abortados, conclui-se que a proporção de nascidos vivos com acondroplasia é de 50% (indivíduos Aa) ÷ 75%
(25% indivíduos Aa + 50% indivíduos aa) = 50%/75% = 2/3. De maneira semelhante, a proporção de nascidos vivos normais é de
25% (indivíduos aa) ÷ 75% (25% indivíduos Aa + 50% indivíduos aa) = 25%/75% = 1/3.
4º item: verdadeiro. Como mencionado no enunciado, os indivíduos homozigotos para a acondroplasia são abortados, de modo que,
se IV1 representa um aborto, pode-se afirmar que seu genótipo é AA.
5º item: verdadeiro. Como o alelo para acondroplasia é dominante e os indivíduos homozigotos para a acondroplasia são abortados,
pode-se afirmar que todos os acondroplásicos nascidos vivos desta genealogia são heterozigotos.
18.
Resposta:
A) Porque só se manifesta após o amadurecimento sexual, quando já houve a reprodução.
B) 1/2 x 1/2 = 1/4 = 25%
19.
Resposta:
A) Os resultados obtidos indicam que o gene B (fenótipo Manx) é letal embrionário em dose dupla.
B) Alelos:
B - Manx (cauda curta)
b - cauda normal
Pais: macho Bb e fêmea Bb
F1: 66% Manx Bb, 33% normais bb
20.
Resposta:
A)
CC - morte do embrião
Cc - pelagem amarela
cc - pelagem cinza
Do cruzamento Cc x cc espera-se:
50% dos filhotes amarelos e 50% cinza.
Dos 20 ovos fecundados espera-se 10 machos e 10 fêmeas. Entre as fêmeas são esperadas, portanto, 5 amareladas.
B) Dos 40 ovos resultantes do cruzamento entre ratos amarelos espera-se:
10 ovos CC – morte
20 ovos Cc – amarelados
10 ovos cc – cinza
Dos 10 ovos cc espera-se o nascimento de 5 machos.
21.
Resposta:
A) Mecanismo de dominância incompleta, pois os indivíduos heterozigotos apresentam nível intermediário da atividade da enzima
com relação a ambos homozigotos.
B) Nenhuma ou zero.
C) Mutação que é a única fonte de variabilidade genética, portanto, permite o surgimento de alelos mutados independente do seu valor
adaptativo.
22.
Resposta:
A) Porque produzem menos melanina, uma vez que não obtêm mais tirosina a partir da fenilalanina, só a partir da dieta.
B) Para, caso seja detectada a fenilcetonúria, comece logo a dieta de restrição de fenilalanina para impedir o desenvolvimento do
retardamento mental.
2.
A) I
B)
I: homozigoto para PKU
II: heterozigoto
III: homozigoto para normalidade
C) Ff X Ff → 1/4 FF, 1/2 Ff e 1/4 ff → probabilidade de ser normal = 3/4; probabilidade de ser menina = 1/2; probabilidade de ser
normal e menina = 3/4 x 1/2 = 3/8.
23.
Resposta:
1. As enzimas pancreáticas agem na digestão dos alimentos, sendo as principais a lipase pancreática (para lipídios), a amilase
pancreática (para carboidratos) e a tripsina (para proteínas).
2. O muco em excesso funciona como um meio de cultura para bactérias, bem como dificulta a ação dos cílios do epitélio pseudo-
estratificado cilíndrico ciliado que remove as impurezas e microorganismos das vias aéreas.
3.
A) 3 (ou seja, 1 códon, 1 aminoácido)
B) Em doenças genéticas, existem um fenômeno denominado expressividade, que é a intensidade com que a doença se manifesta,
variando a expressividade de paciente para paciente. Isto pode estar relacionado à influência do meio sobre o fenótipo, ou seja, a
peristase.
4.
A) Primos de 1º grau.
B) Para poder haver um filho de IV.2 com fibrose cística, ele deve ser heterozigoto. A probabilidade disso acontecer é: III. 2 é Ff e
III.3 é Ff. Assim, temos quatro possibilidades de descendentes: FF, FF, FF e ff. Como IV.2 é normal, não pode ser ff, sendo assim a
probabilidade de ele ser Ff de 2/3.
Cruzando IV.2 heterozigoto com uma pessoa heterozigota, temos quatro possibilidades de descendentes: FF, Ff, Ff e ff. A
probabilidade de o descendente ter fibrose cística é de 1/4.
Como se trata de um caso de probabilidade condicional, temos que considerar as duas probabilidades: de IV.2 ser heterozigoto, que é
de 1/3, e de seu filho ter fibrose cística, que é de 1/4. Assim, a probabilidade final é de 2/3 X 1/4 = 1/6
5. Em populações isoladas, aumenta a incidência de cruzamentos consangüíneos, o que aumenta a possibilidade de “encontro” desses
genes para fibrose cística em filhos de casais parentes, uma vez que ambos podem ter o gene recessivo para doença.
24.
Resposta:
1.
2.
A) herança autossômica recessiva;
Razão 1: Os pais da mulher são normais mas têm um filho com galactosemia (e indivíduos recessivos não podem ter um filho
dominante, de modo que os pais têm que ser heterozigotos e a menina com galactosemia deve ser duplo-recessiva).
Razão 2: A maioria dos indivíduos é normal, e há apenas um afetado, que por sinal é mulher, o que seria incomum em herança ligada
ou restrita ao sexo.
B) II.1 e II.2
3. Para poder haver um filho com galactosemia, a mulher deve ser heterozigota. A probabilidade disso acontecer é: II. 1 é Gg e II.2 é
Gg. Assim, temos quatro possibilidades de descendentes: GG, Gg, Gg e gg. Como a mulher é normal, não pode ser Ff, sendo assim a
probabilidade de ela ser Gg de 2/3.
Cruzando a mulher heterozigota com seu marido heterozigoto, temos quatro possibilidades de descendentes: GG, Gg, Gg e gg. A
probabilidade de o descendente ter galactosemia é de 1/4.
Como se trata de um caso de probabilidade condicional, temos que considerar as duas probabilidades: da mulher ser heterozigota, que
é de 1/3, e de seu filho ter galactosemia, que é de 1/4. Assim, a probabilidade final é de 2/3 X 1/4 = 1/6.
4. Uma dieta pobre em galactose, sem leite, evitaria o acúmulo de galactose e os problemas decorrentes da doença.
25.
Resposta:
1.
A) Albinos não possuem melanina para se protegerem contra os raios ultra-violeta do Sol, o que pode lhes trazer queimaduras graves,
bem como aumentar a incidência de câncer de pele.
B) Como já dito, câncer de pele.
2. O pequeno tamanho da população, que favorece o cruzamento consangüíneo e a possibilidade de um ancestral com genes para
albinismo entre os primeiros poucos habitantes da ilha (princípio do fundador).
3. Casamentos com pessoas de outras comunidades, que não possuem genes para albinismo em seu material genético.
4.
A) autossômica recessiva
B) I-1:Aa; I-2:Aa; II-2: A_; II.8: aa
Aula 28 - Polialelismo e Grupos Sanguíneos
1.
Resposta: A
Comentário:
2.
Resposta: B
Comentário:
3.
Resposta: D
Comentário:
4.
Resposta: B
Comentário: O sistema ABO de grupos sangüíneos é um caso de polialelismo determinado por três alelos, IA e IB co-dominantes e i
recessivo em relação aos dois primeiros. Assim, indivíduos IAIA e IAi têm sangue A (aglutinogênio A e aglutinina anti-B), indivíduos
IBIB e IBi têm sangue B (aglutinogênio B e aglutinina anti-A), indivíduos IAIB têm sangue AB (aglutinogênios A e B e ausência de
aglutininas) e indivíduo ii têm sangue O (ausência de aglutinogênios e aglutininas anti-A e anti-B). O sistema Rh de grupos
sangüíneos é um caso de genética mendeliana convencional, onde ocorrem dois alelos, sendo R dominante e r recessivo. Assim,
indivíduos RR e Rr são Rh+ (possuindo fator Rh em suas hemácias) e indivíduos rr são Rh- (não possuindo fator Rh em suas
hemácias). O exame dos grupos sangüíneos não pode garantir a paternidade da descendência, mas excluir certos indivíduos como
possíveis pais. No caso descrito, se o jovem é O Rh-, possui genótipo iirr. Desse modo, é perfeitamente viável que possua pais A Rh-,
desde que ambos sejam heterozigotos IAiRr. Observe:
(I)
Pai A heterozigoto IAi x Mãe A heterozigota IAi
↓
25% indivíduos IAIA (sangue A) : 50% indivíduos IAi (sangue A) : 25% indivíduos ii (sangue O)
↓
25% filhos com sangue O
(II)
Pai Rh+ heterozigoto Rr x Mãe Rh+ heterozigota Rr
↓
25% indivíduos RR de sangue Rh+ : 50% indivíduos Rr de sangue Rh+ : 25% indivíduos rr de sangue Rh-
↓
25% filhos com sangue Rh-
Deste modo, como se afirma no item B, pais heterozigotos IAi para o Sistema ABO têm 25% de chance de gerar um filho O, e pais
heterozigotos Rr para o Sistema Rh têm 25% de chance de gerar um filho Rh-.
Observação: Na humilde opinião do Landim, a probabilidade de pais heterozigotos IAi para o Sistema ABO e heterozigotos Rr para o
Sistema Rh gerarem um filho “O” negativo deveria ser calculada como:
Probabilidade (P) de criança O Rh- = P(O) x P(Rh-) = 25% x 25% = 6,25%.
5.
Resposta: A
Comentário: O sistema ABO de grupos sangüíneos é um caso de polialelismo determinado por três alelos, IA e IB co-dominantes e i
recessivo em relação aos dois primeiros. Assim, indivíduos IAIA e IAi têm sangue A (aglutinogênio A e aglutinina anti-B), indivíduos
IBIB e IBi têm sangue B (aglutinogênio B e aglutinina anti-A), indivíduos IAIB têm sangue AB (aglutinogênios A e B e ausência de
aglutininas) e indivíduo ii têm sangue O (ausência de aglutinogênios e aglutininas anti-A e anti-B). O sistema Rh de grupos
sangüíneos é um caso de genética mendeliana convencional, onde ocorrem dois alelos, sendo R dominante e r recessivo. Assim,
indivíduos RR e Rr são Rh+ (possuindo fator Rh em suas hemácias) e indivíduos rr são Rh- (não possuindo fator Rh em suas
hemácias). O sistema MN de grupos sangüíneos é um caso de co-dominância entre dois alelos, LM e LN. Assim, indivíduos LMLM são
M, indivíduos LMLN são MN e indivíduos LNLN são N.
Deste modo, se uma criança é do tipo sangüíneo AB, MN, Rh-, possui genótipo IAIB,LMLN,rr, e se e sua mãe é do tipo sangüíneo B, N,
Rh+, possui genótipo IBIB ou IBi,LNLN,Rr (notem que a mãe não pode ser RR por ter um filho rr, possuindo então o alelo recessivo a).
Desse modo, o pai dessa criança possui os alelos IA, sendo de sangue A (IAIA ou IAi) ou AB (IAIB), LM, sendo de sangue M (LMLM) ou
MN (LMLN), e r, sendo de sangue Rh+ heterozigoto (Rr) ou Rh-(rr).
6.
Resposta: A
Comentário:
7.
Resposta: C
Comentário:
8.
Resposta: A
Comentário: O sistema ABO de grupos sangüíneos é um caso de polialelismo determinado por três alelos, IA e IB co-dominantes e i
recessivo em relação aos dois primeiros. Assim, indivíduos IAIA e IAi têm sangue A (aglutinogênio A e aglutinina anti-B), indivíduos
IBIB e IBi têm sangue B (aglutinogênio B e aglutinina anti-A), indivíduos IAIB têm sangue AB (aglutinogênios A e B e ausência de
aglutininas) e indivíduo ii têm sangue O (ausência de aglutinogênios e aglutininas anti-A e anti-B). Numa transfusão, o risco é os
anticorpos (aglutininas) do indivíduo receptor atacarem e aglutinarem as hemácias (com aglutinogênios) do indivíduo doador. Assim,
as transfusões possíveis são representadas abaixo:
9.
Resposta: C
Comentário: Falamos em alelos múltiplos ou polialelismo quando nas populações existem mais de duas modalidades de alelos para
determinado caráter. Entretanto, o indivíduo só apresentará dois desses alelos de cada vez, com a transmissão se fazendo do mesmo
modo que na herança mendeliana simples. Assim:
- O rato amarelo (de genótipo AY_) descendente de um rato selvagem portador do alelo para albino (de genótipo Aa) tem que ter
genótipo AYA ou AYa;
- O rato amarelo heterozigoto para preto tem que ter genótipo AYAP.
Desse modo, no cruzamento entre esses ratos amarelos, tem-se:
(I) Fazendo o primeiro rato amarelo AYA:
Rato amarelo AYA x Rato amarelo AYAP
↓
25% ratos AYAY (inviáveis) : 25% ratos AYAP (amarelos) : 25% ratos AYA (amarelos) : 25% ratos APA (pretos)
↓
Ratos amarelos ou ratos pretos, sendo todos heterozigotos
(II) Fazendo o primeiro rato amarelo AYa:
Rato amarelo AYA x Rato amarelo AYa
↓
25% ratos AYAY (inviáveis) : 25% ratos AYa (amarelos) : 25% ratos AYA (amarelos) : 25% ratos Aa (selvagens)
↓
Ratos amarelos ou ratos selvagens, sendo todos heterozigotos.
10.
Resposta: B
Comentário: O sistema ABO de grupos sangüíneos é um caso de polialelismo determinado por três alelos, IA e IB co-dominantes e i
recessivo em relação aos dois primeiros. Assim, indivíduos IAIA e IAi têm sangue A (aglutinogênio A e aglutinina anti-B), indivíduos
IBIB e IBi têm sangue B (aglutinogênio B e aglutinina anti-A), indivíduos IAIB têm sangue AB (aglutinogênios A e B e ausência de
aglutininas) e indivíduo ii têm sangue O (ausência de aglutinogênios e aglutininas anti-A e anti-B). Analisando cada item:
Item A: falso. O exame dos grupos sangüíneos não pode garantir a paternidade da descendência, mas excluir certos indivíduos como
possíveis pais. No caso descrito, se a criança era B (IBIB ou IBi) e a mãe era A (IAi, não podendo ser IAIA, uma vez que seu filho teria
que ter o alelo IA e não poderia ser B), o pai da criança não poderia ser O (ii), uma vez que esse pai da criança teria enviado o alelo IB
para ela, tendo que ter sangue B (IBIB ou IBi) ou AB (IAIB).
Item B: falso. As substâncias A e B responsáveis pela determinação do sistema sangüíneo ABO são
carboidratos presentes no glicocálix da membrana celular de hemácias (formado de oligossacarídeos). Para
haver a formação de tais substâncias, é necessária a presença de um precursor, denominado substância h. Na
ausência de substância h, as substâncias A e B não podem ser produzidas. A formação da substância h é
condicionada geneticamente por um alelo dominante H, e a não formação pelo alelo recessivo h. Assim,
indivíduos com o genótipo hh, não importando os alelos para ABO (IAIA, IAi, IBIB, IBi, IAIB e ii), não produzem
substâncias A e B e serão fenotipicamente do grupo O, numa situação chamada fenótipo Bombaim ou falso O.
A única possibilidade de Chaplin ser o pai da criança é se fosse falso O. Uma possibilidade: ele poderia ser
hhIBIB (falso O), a mãe poderia ser HHIAi (A) e a criança poderia ser HhIBi (B). O teste do DNA é considerado
um meio seguro de confirmar a paternidade, mas só foi criado em 1984.
Item C: falso. Como mencionado, o teste de DNA é o meio mais seguro para a confirmação de paternidade.
Item D: falso. Quando não havia o exame de DNA e o exame de sangue dentro do sistema ABO não conseguia excluir a paternidade,
costumava-se analisar a compatibilidade ou incompatibilidade de outros sistemas sangüíneos, como Rh (indivíduos RR e Rr sendo
Rh+, e indivíduos rr sendo Rh-) e MN (indivíduos LMLM sendo M, indivíduos LMLN sendo MN e indivíduos LNLN sendo N).
11.
Resposta: C
Comentário:
12.
Resposta: B
Comentário:
13.
Resposta: C
Comentário:
14.
Resposta: D
Comentário:
15.
Resposta: B
Comentário:
16.
Resposta: B
Comentário: O sistema ABO de grupos sangüíneos é um caso de polialelismo determinado por três alelos, IA e IB co-dominantes e i
recessivo em relação aos dois primeiros. Assim, indivíduos IAIA e IAi têm sangue A (aglutinogênio A e aglutinina anti-B), indivíduos
IBIB e IBi têm sangue B (aglutinogênio B e aglutinina anti-A), indivíduos IAIB têm sangue AB (aglutinogênios A e B e ausência de
aglutininas) e indivíduo ii têm sangue O (ausência de aglutinogênios e aglutininas anti-A e anti-B). As substâncias A e B responsáveis
pela determinação do sistema sangüíneo ABO são carboidratos presentes no glicocálix da membrana celular de hemácias (formado de
oligossacarídeos). Para haver a formação de tais substâncias, é necessária a presença de um precursor, denominado substância h. Na
ausência de substância h, as substâncias A e B não podem ser produzidas. A formação da substância h é condicionada geneticamente
por um alelo dominante H, e a não formação pelo alelo recessivo h. Assim, indivíduos com o genótipo hh, não importando os alelos
para ABO (IAIA, IAi, IBIB, IBi, IAIB e ii), não produzem substâncias A e B e serão fenotipicamente do grupo O, numa situação chamada
fenótipo Bombaim ou falso O. Analisando cada item:
Item I: falso. No caso descrito, se a criança era B (IBIB ou IBi) e a mãe era A (IAi, não podendo ser IAIA, uma vez que seu filho teria
que ter o alelo IA e não poderia ser B), o pai da criança não poderia ser O (ii), uma vez que esse pai da criança teria enviado o alelo IB
para ela, tendo que ter sangue B (IBIB ou IBi) ou AB (IAIB).
Item II: verdadeiro. A única possibilidade para que Chaplin, de sangue O, fosse o pai de uma criança de sangue B com mãe de
sangue A, seria se ele fosse falso O (Fenótipo Bombaim), podendo ter genótipo hh associado a IBIB, IBi ou IAIB.
Item III: verdadeiro. O exame de DNA permite a identificação de indivíduos pelo seu DNA, podendo ser usado em casos de
determinação de paternidade. Nesse caso, o DNA dos envolvidos, ou seja, do indivíduo, da mãe e do(s) provável(is) pai(s), é
comparado no exame. De início, o DNA dos envolvidos é fragmentado por meio de enzimas de restrição e separado pela técnica de
eletroforese (que separa as moléculas de DNA pelo tamanho), de modo que cada molécula de DNA aparece no diagrama de
eletroforese como uma banda. Fragmentos idênticos de amostras distintas assumem a mesma posição no diagrama de eletroforese. São
utilizadas, então, sondas radioativas complementares ao DNA não codificante (“DNA lixo”), para marcá-lo. Uma vez que este é
hipervariável, varia enormemente de um indivíduo para outro, de modo que cada indivíduo (excetuando-se gêmeos univitelinos) tem
um padrão único de bandas marcadas com as referidas sondas.
Item IV: falso. No exame de DNA, metade do DNA do indivíduo é herdada de cada um dos pais, de modo que metade das bandas
marcadas do indivíduo devem ser iguais às de sua mãe e metade devem ser iguais às de seu pai.
17.
Resposta: A
Comentário: O sistema ABO de grupos sangüíneos é um caso de polialelismo determinado por três alelos, IA e IB co-dominantes e i
recessivo em relação aos dois primeiros. Assim, indivíduos IAIA e IAi têm sangue A (aglutinogênio A e aglutinina anti-B), indivíduos
IBIB e IBi têm sangue B (aglutinogênio B e aglutinina anti-A), indivíduos IAIB têm sangue AB (aglutinogênios A e B e ausência de
aglutininas) e indivíduo ii têm sangue O (ausência de aglutinogênios e aglutininas anti-A e anti-B).
Se a mulher A (IAIA ou IAi) e o homem B (IBIB ou IBi) tem um filho O (ii), significa que são ambos portadores de um alelo i, sendo
ambos heterozigotos (IAi e IBi).
Pai A heterozigoto IAi x Mãe B heterozigota IBi
↓
25% indivíduos IAi (sangue A) : 25% indivíduos IBi (sangue B) : 25% indivíduos ii (sangue O) : 25% indivíduos IAIB (sangue AB)
Desse modo, ocorre igual chance de nascimento de filhos de sangue A, B, O e AB. Se o casal vier a ter outros 5 filhos, a chance deles
nascerem todos com sangue do tipo O é de:
Probabilidade (P) de nascerem crianças O = P(O) x P(O) x P(O) x P(O) x P(O) = (25%)5
Já a chance deles nascerem todos com sangue do tipo AB é de:
Probabilidade (P) de nascerem crianças AB = P(AB) x P(AB) x P(AB) x P(AB) x P(AB) = (25%)5
Pode-se concluir então que a chance deles nascerem todos com sangue do tipo O é igual à chance de nascerem todos com sangue do
tipo AB.
18.
Resposta: C
Comentário: O sistema ABO de grupos sangüíneos é um caso de polialelismo determinado por três alelos, IA e IB co-dominantes e i
recessivo em relação aos dois primeiros. Assim, indivíduos IAIA e IAi têm sangue A (aglutinogênio A e aglutinina anti-B), indivíduos
IBIB e IBi têm sangue B (aglutinogênio B e aglutinina anti-A), indivíduos IAIB têm sangue AB (aglutinogênios A e B e ausência de
aglutininas) e indivíduo ii têm sangue O (ausência de aglutinogênios e aglutininas anti-A e anti-B). O exame dos grupos sangüíneos
não pode garantir a paternidade da descendência, mas excluir certos indivíduos como possíveis pais. No caso descrito, se a criança era
O (de genótipo ii) e a mãe era A (de genótipo IAi, não podendo ser IAIA, uma vez que seu filho teria que ter o alelo IA e não poderia ser
O), o pai da criança pode ser B, desde que seja heterozigoto de genótipo IBi. O teste do DNA é considerado um meio seguro de
confirmar a paternidade. Assim, analisando cada item:
Item A: falso. Os resultados dos grupos sanguíneos não excluem a possibilidade do homem ser pai da criança.
Item B: falso. Os resultados dos grupos sanguíneos não excluem a possibilidade do homem ser pai da criança. O cromossomo de um
homem (menino em análise) é herdado sempre da mãe, uma vez que o pai passa a ele o cromossomo Y; assim, a seqüência do
cromossomo X não é necessária na análise de paternidade de uma criança do sexo masculino.
Item C: verdadeiro. Os resultados dos grupos sanguíneos e de DNA não excluem a possibilidade do homem ser pai da criança
(perceba que a seqüências de DNA nos autossomos, que podem ser herdados de pai ou mãe, é idêntica no homem e na criança).
Item D: falso. O exame de DNA seria suficiente para confirmar que o homem é mesmo o pai da criança.
Item E: falso. Os resultados de DNA não contradizem os resultados dos grupos sanguíneos, uma vez que o exame de sangue do
sistema ABO não exclui a paternidade e o exame de DNA confirma essa paternidade.
19.
Resposta: C
Comentário: O sistema ABO de grupos sangüíneos é um caso de polialelismo determinado por três alelos, IA e IB co-dominantes e i
recessivo em relação aos dois primeiros. Assim, indivíduos IAIA e IAi têm sangue A (aglutinogênio A e aglutinina anti-B), indivíduos
IBIB e IBi têm sangue B (aglutinogênio B e aglutinina anti-A), indivíduos IAIB têm sangue AB (aglutinogênios A e B e ausência de
aglutininas) e indivíduo ii têm sangue O (ausência de aglutinogênios e aglutininas anti-A e anti-B). O sistema Rh de grupos
sangüíneos é um caso de genética mendeliana convencional, onde ocorrem dois alelos, sendo R dominante e r recessivo. Assim,
indivíduos RR e Rr são Rh+ (possuindo fator Rh em suas hemácias) e indivíduos rr são Rh- (não possuindo fator Rh em suas
hemácias). Indivíduos com aglutinogênio tipo A podem ser dos grupos sangüíneos A ou AB. Assim, a probabilidade de, dentro desses
indivíduos, ocorrer um indivíduo A+ é de: % de indivíduos A+ ÷ (% de indivíduos A + % de indivíduos AB) = 34% ÷ (34% + 8% +
2,5% + 0,5%) = 75,5 %.
20.
Resposta: B
Comentário:
21.
Resposta: A
Comentário: O sistema ABO de grupos sangüíneos é um caso de polialelismo determinado por três alelos, IA e IB co-dominantes e i
recessivo em relação aos dois primeiros. Assim, indivíduos IAIA e IAi têm sangue A (aglutinogênio A e aglutinina anti-B), indivíduos
IBIB e IBi têm sangue B (aglutinogênio B e aglutinina anti-A), indivíduos IAIB têm sangue AB (aglutinogênios A e B e ausência de
aglutininas) e indivíduo ii têm sangue O (ausência de aglutinogênios e aglutininas anti-A e anti-B). Numa transfusão, o risco é os
anticorpos (aglutininas) do indivíduo receptor atacarem e aglutinarem as hemácias (com aglutinogênios) do indivíduo doador. Assim,
as transfusões possíveis são representadas abaixo:
O sistema Rh de grupos sangüíneos é um caso de genética mendeliana convencional, onde ocorrem dois alelos, sendo R dominante e r
recessivo. Assim, indivíduos RR e Rr são Rh+ (possuindo fator Rh em suas hemácias) e indivíduos rr são Rh- (não possuindo fator Rh
em suas hemácias). O fator Rh não influencia muito em transfusões, uma vez que não ocorrem anticorpos pré-formados contra seu
antígeno. Indivíduos Rh+ podem receber sangue de indivíduos Rh+ e Rh-, mas só devem doar para indivíduos Rh+. Indivíduos Rh- só
devem receber sangue de indivíduos Rh-, mas podem doar para indivíduos Rh+ e Rh-. Apesar disso, uma primeira transfusão de sangue
de indivíduos Rh+ para Rh- não resulta em problemas pela ausência de anticorpos anti-Rh pré-formados. Vamos pensar um pouco... Se
a esposa era de tipo sanguíneo A Rh- (genótipo IAIArr ou IAirr) e entre os três filhos, todos Rh+ (genótipo Rr, uma vez que sua mãe só
pode enviar alelos r), só não havia o tipo O, os filhos eram A+ (genótipo IAIARr ou IAiRr), B+ (genótipo IBiRr, não podendo ser IBIB,
uma vez que sua mãe não possui alelo IB) e AB+ (genótipo IAIBRr. Isso implica no pai ser portador do alelo IB, sendo de sangue B (IBi)
ou AB (IAIB). Como o tipo sanguíneo do pai só lhe permitia receber sangue de um de seus familiares, não pode ser AB, uma vez que
seria receptor universal, de modo que só pode ser B, só podendo receber sangue de seu filho B, que tem, assim como o pai,
aglutinogênio do tipo B e aglutinina anti-A.
Observação: Perceba que a mãe não pode ser IAIA, uma vez que seus filhos teriam obrigatoriamente um alelo IA, não podendo ser de
sangue B. Perceba que o pai não pode ser IBIB uma vez que seus filhos teriam obrigatoriamente um alelo IB, não podendo ser de
sangue A.
22.
Resposta: C
Comentário: O sistema ABO de grupos sangüíneos é um caso de polialelismo determinado por três alelos, IA e IB co-dominantes e i
recessivo em relação aos dois primeiros. Assim, indivíduos IAIA e IAi têm sangue A (aglutinogênio A e aglutinina anti-B), indivíduos
IBIB e IBi têm sangue B (aglutinogênio B e aglutinina anti-A), indivíduos IAIB têm sangue AB (aglutinogênios A e B e ausência de
aglutininas) e indivíduo ii têm sangue O (ausência de aglutinogênios e aglutininas anti-A e anti-B). Numa transfusão, o risco é os
anticorpos (aglutininas) do indivíduo receptor atacarem e aglutinarem as hemácias (com aglutinogênios) do indivíduo doador. Assim,
as transfusões possíveis são representadas abaixo:
O sistema Rh de grupos sangüíneos é um caso de genética mendeliana convencional, onde ocorrem dois alelos, sendo R dominante e r
recessivo. Assim, indivíduos RR e Rr são Rh+ (possuindo fator Rh em suas hemácias) e indivíduos rr são Rh- (não possuindo fator Rh
em suas hemácias). O fator Rh não influencia muito em transfusões, uma vez que não ocorrem anticorpos pré-formados contra seu
antígeno. Indivíduos Rh+ podem receber sangue de indivíduos Rh+ e Rh-, mas só devem doar para indivíduos Rh+. Indivíduos Rh- só
devem receber sangue de indivíduos Rh-, mas podem doar para indivíduos Rh+ e Rh-. Apesar disso, uma primeira transfusão de sangue
de indivíduos Rh+ para Rh- não resulta em problemas pela ausência de anticorpos anti-Rh pré-formados. Assim:
- Se 1 reage ao anticorpo anti-A, possui aglutinogênio A, se não reage ao anticorpo anti-B, não possui aglutinogênio B, e se não reage
ao anticorpo anti-Rh, não possui fator Rh. Desse modo, tem sangue A-.
- Se 2 reage ao anticorpo anti-A, possui aglutinogênio A, se reage ao anticorpo anti-B, possui aglutinogênio B, e se não reage ao
anticorpo anti-Rh, não possui fator Rh. Desse modo, tem sangue AB-.
- Se 3 reage ao anticorpo anti-A, possui aglutinogênio A, se reage ao anticorpo anti-B, possui aglutinogênio B, e se reage ao
anticorpo anti-Rh, possui fator Rh. Desse modo, tem sangue AB+.
- Se 4 não reage ao anticorpo anti-A, não possui aglutinogênio A, se não reage ao anticorpo anti-B, não possui aglutinogênio B, e se
não reage ao anticorpo anti-Rh, não possui fator Rh. Desse modo, tem sangue O-.
- Se 5 não reage ao anticorpo anti-A, não possui aglutinogênio A, se não reage ao anticorpo anti-B, não possui aglutinogênio B, e se
reage ao anticorpo anti-Rh, possui fator Rh. Desse modo, tem sangue O+.
Considerando os sistemas ABO e Rh, os indivíduos considerados receptor e doador universal, são, respectivamente, AB+ (3) e O-
(4).
23.
Resposta: E
Comentário: O sistema ABO de grupos sangüíneos é um caso de polialelismo determinado por três alelos, IA e IB co-dominantes e i
recessivo em relação aos dois primeiros. Assim, indivíduos IAIA e IAi têm sangue A (aglutinogênio A e aglutinina anti-B), indivíduos
IBIB e IBi têm sangue B (aglutinogênio B e aglutinina anti-A), indivíduos IAIB têm sangue AB (aglutinogênios A e B e ausência de
aglutininas) e indivíduo ii têm sangue O (ausência de aglutinogênios e aglutininas anti-A e anti-B). Numa transfusão, o risco é os
anticorpos (aglutininas) do indivíduo receptor atacarem e aglutinarem as hemácias (com aglutinogênios) do indivíduo doador. Assim,
as transfusões possíveis são representadas abaixo:
Assim, a transfusão de sangue tipo AB (doador com aglutinogênios A e B) para uma pessoa com sangue tipo B (receptor com
aglutinina anti-A) não é recomendada, pois os anticorpos anti-A presentes no sangue do receptor podem reagir com os antígenos A
presentes nas hemácias AB.
24.
Resposta: E
Comentário:
25.
Resposta: C
Comentário: O sistema ABO de grupos sangüíneos é um caso de polialelismo determinado por três alelos, IA e IB co-dominantes e i
recessivo em relação aos dois primeiros. Assim, indivíduos IAIA e IAi têm sangue A (aglutinogênio A e aglutinina anti-B), indivíduos
IBIB e IBi têm sangue B (aglutinogênio B e aglutinina anti-A), indivíduos IAIB têm sangue AB (aglutinogênios A e B e ausência de
aglutininas) e indivíduo ii têm sangue O (ausência de aglutinogênios e aglutininas anti-A e anti-B). Numa transfusão, o risco é os
anticorpos (aglutininas) do indivíduo receptor atacarem e aglutinarem as hemácias (com aglutinogênios) do indivíduo doador. Assim,
as transfusões possíveis são representadas abaixo:
O sistema Rh de grupos sangüíneos é um caso de genética mendeliana convencional, onde ocorrem dois alelos, sendo R dominante e r
recessivo. Assim, indivíduos RR e Rr são Rh+ (possuindo fator Rh em suas hemácias) e indivíduos rr são Rh- (não possuindo fator Rh
em suas hemácias). O fator Rh não influencia muito em transfusões, uma vez que não ocorrem anticorpos pré-formados contra seu
antígeno. Indivíduos Rh+ podem receber sangue de indivíduos Rh+ e Rh-, mas só devem doar para indivíduos Rh+. Indivíduos Rh- só
devem receber sangue de indivíduos Rh-, mas podem doar para indivíduos Rh+ e Rh-. Apesar disso, uma primeira transfusão de sangue
de indivíduos Rh+ para Rh- não resulta em problemas pela ausência de anticorpos anti-Rh pré-formados. Assim:
- Se 1 reage ao anticorpo anti-A, possui aglutinogênio A, se reage ao anticorpo anti-B, possui aglutinogênio B, e se não reage ao
anticorpo anti-Rh, não possui fator Rh. Desse modo, tem sangue AB-.
- Se 2 não reage ao anticorpo anti-A, não possui aglutinogênio A, se não reage ao anticorpo anti-B, não possui aglutinogênio B, e se
reage ao anticorpo anti-Rh, possui fator Rh. Desse modo, tem sangue O+.
- Se 3 reage ao anticorpo anti-A, possui aglutinogênio A, se não reage ao anticorpo anti-B, não possui aglutinogênio B, e se reage ao
anticorpo anti-Rh, possui fator Rh. Desse modo, tem sangue A+.
Analisando cada item:
Item A: falso. 1 tem sangue AB, sendo receptor universal; 2 tem sangue O, sendo doador universal.
Item B: falso. 1 tem sangue AB, sendo doador único, ou seja, só podendo doar sangue para indivíduos também AB.
Item C: verdadeiro. 2 tem sangue O, sendo doador universal.
Item D: falso. 3 tem sangue A, apresentando aglutinogênio A e anticorpos anti-B.
26.
Resposta: B
Comentário: O sistema Rh de grupos sangüíneos é um caso de genética mendeliana convencional, onde ocorrem dois alelos, sendo R
dominante e r recessivo. Assim, indivíduos RR e Rr são Rh+ (possuindo fator Rh em suas hemácias) e indivíduos rr são Rh- (não
possuindo fator Rh em suas hemácias). A eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido afeta o 2º filho Rh+ de mãe Rh-.
O primeiro filho Rh+ transfere hemácias com fator Rh para a mãe, que é sensibilizada, mas nasce antes de receber anticorpos anti-Rh.
O segundo filho Rh+ encontra a mãe já sensibilizada, de modo a transferir para ele os anticorpos anti-Rh.
A eritroblastose fetal pode ser evitada pela administração, na mãe Rh-, logo após o nascimento de um filho Rh+,
de um soro com anticorpos anti-Rh. Esses destroem as hemácias Rh+ dos filhos antes que elas sensibilizem o
sistema imune e levem à produção de anticorpos anti-Rh que poderiam afetar um segundo filho. Em X, o
gráfico representa uma resposta imune 1ª, onde a produção de anticorpos anti-Rh é lenta e gradual, o que
implica na mãe não estar previamente sensibilizada, sendo seu primeiro contato com o fator Rh. Em Y, o
gráfico representa o recebimento de soro com anticorpos anti-Rh, onde a quantidade na mãe aumenta
bruscamente, mas logo decai, o que pode representar o procedimento preventivo para a eritroblastose fetal.
Assim:
Item A: falso. Crianças Rh- não apresentam eritroblastose fetal.
Item B: verdadeiro. Se o primeiro filho era Rh- ou era Rh+ mas a mãe recebeu soro com anticorpos anti-Rh (como no gráfico Y),
tem-se que a mãe não foi sensibilizada na primeira gestação. Em X, a mãe foi sensibilizada com o sangue Rh+ do 2º filho, que seria o
1º filho Rh+, caso o primeiro filho fosse Rh-, ou o 2º filho Rh+, mas com a mãe tendo recebido soro anti-Rh. Esse 2º filho, apesar de
sangue Rh+, não teve eritroblastose fetal, uma vez que a mãe não estava previamente sensibilizada antes da gestação.
Item C: falso. Crianças Rh- não apresentam eritroblastose fetal.
Item D: falso. Crianças Rh- não sensibilizam uma mãe Rh+.
27.
Resposta: C
Comentário: O sistema ABO de grupos sangüíneos é um caso de polialelismo determinado por três alelos, IA e IB co-dominantes e i
recessivo em relação aos dois primeiros. Assim, indivíduos IAIA e IAi têm sangue A (aglutinogênio A e aglutinina anti-B), indivíduos
IBIB e IBi têm sangue B (aglutinogênio B e aglutinina anti-A), indivíduos IAIB têm sangue AB (aglutinogênios A e B e ausência de
aglutininas) e indivíduo ii têm sangue O (ausência de aglutinogênios e aglutininas anti-A e anti-B). Numa transfusão, o risco é os
anticorpos (aglutininas) do indivíduo receptor atacarem e aglutinarem as hemácias (com aglutinogênios) do indivíduo doador. Assim,
as transfusões possíveis são representadas abaixo:
O sistema Rh de grupos sangüíneos é um caso de genética mendeliana convencional, onde ocorrem dois alelos, sendo R dominante e r
recessivo. Assim, indivíduos RR e Rr são Rh+ (possuindo fator Rh em suas hemácias) e indivíduos rr são Rh- (não possuindo fator Rh
em suas hemácias). O fator Rh não influencia muito em transfusões, uma vez que não ocorrem anticorpos pré-formados contra seu
antígeno. Indivíduos Rh+ podem receber sangue de indivíduos Rh+ e Rh-, mas só devem doar para indivíduos Rh+. Indivíduos Rh- só
devem receber sangue de indivíduos Rh-, mas podem doar para indivíduos Rh+ e Rh-. Apesar disso, uma primeira transfusão de sangue
de indivíduos Rh+ para Rh- não resulta em problemas pela ausência de anticorpos anti-Rh pré-formados. Assim, indivíduos O- são
doadores universais porque não possuem aglutinogênios A ou B nem fator Rh, não podendo ter suas hemácias atacadas por eventuais
anticorpos anti-A, anti-B ou anti-Rh no receptor.
28.
Resposta: FVFFV
Comentário: O sistema ABO de grupos sangüíneos é um caso de polialelismo determinado por três alelos, IA e IB co-dominantes e i
recessivo em relação aos dois primeiros. Assim, indivíduos IAIA e IAi têm sangue A (aglutinogênio A e aglutinina anti-B), indivíduos
IBIB e IBi têm sangue B (aglutinogênio B e aglutinina anti-A), indivíduos IAIB têm sangue AB (aglutinogênios A e B e ausência de
aglutininas) e indivíduo ii têm sangue O (ausência de aglutinogênios e aglutininas anti-A e anti-B). As substâncias A e B responsáveis
pela determinação do sistema sangüíneo ABO são carboidratos presentes no glicocálix da membrana celular de hemácias (formado de
oligossacarídeos). Para haver a formação de tais substâncias, é necessária a presença de um precursor, denominado substância h. Na
ausência de substância h, as substâncias A e B não podem ser produzidas. A formação da substância h é condicionada geneticamente
por um alelo dominante H, e a não formação pelo alelo recessivo h. Assim, indivíduos com o genótipo hh, não importando os alelos
para ABO (IAIA, IAi, IBIB, IBi, IAIB e ii), não produzem substâncias A e B e serão fenotipicamente do grupo O, numa situação chamada
fenótipo Bombaim ou falso O. Analisando cada item:
1º item: falso. A substância H, precursora das substâncias A e B, é produzida devido a um gene H dominante em relação ao seu alelo
recessivo h, que condiciona a não produção da substância H. Assim, o gene H dominante se manifesta em heterozigose ou
homozigose.
2º item: verdadeiro. Indivíduos de genótipo hh não produzem a substância H, não podendo produzir as substâncias A e/ou B, mesmo
que possuam o genótipo para produzi-los, sendo conseqüentemente falsos O.
3º item: falso. Se a mãe tem sangue falso O, apresenta genótipo hh, e se teve filhos AB (de genótipo IAIB) e (de genótipo IBi, não
podendo ser IBIB porque tem pai A, que não possui alelo IB), tem que ser portadora de um alelo IB (uma vez que o pai A não possui
alelo IB), mas não de dois alelos IB (uma vez que tem um filho A, que não possui alelo IB). Desse modo, a mãe deve apresentar
genótipos como IBihh ou IAIBhh.
4º item: falso. Se o pai tem sangue A, apresenta o genótipo IAiH_ (não podendo ser IAIA porque tem um filho O de genótipo ii, sendo
então portador de um alelo i).
5º item: verdadeiro. Uma possibilidade: a mãe, falso O, de genótipo IBihh ou IAIBhh enviou os alelos IB e h para as crianças, e o pai ,
A, de genótipo IAiH_ enviou os alelos i e H a uma das crianças, que é IBiHh, de sangue , e os alelos IA e H para a outra criança, que é
IAIBHh, de sangue AB.
29.
Resposta:
A)
Doador: nenhum
Justificativa: indivíduos O são receptores únicos, só podendo receber sangue de O
B)
Paciente: Carlos
Justificativa: Aproximadamente 7% do peso do indivíduo é sangue. Como José pesa 100 kg, tem 100kg x 7% = 7 litros de sangue; ao
perder 3 litros de sangue, perdeu menos de metade de seu sangue. Como Carlos pesa 50 kg, tem 50kg X 7% = 3,5 litros de sangue; ao
perder 2 litros de sangue, perdeu mais da metade de seu sangue.
C)
Probabilidade: 0
Justificativa:
I
IA IA i = A
IB IB i = B
D) Se José fosse falso O.
30.
Resposta:
A) A eritroblastose fetal ocorre por incompatibilidade do fator Rh entre a mãe Rh, sensibilizada por transfusão
sanguínea Rh+ ou através do parto de uma criança Rh+, e o feto Rh+. Os anticorpos (anti Rh+) produzidos pela
mãe sensibilizada destroem os glóbulos vermelhos fetais.
B) Pode-se evitar a ocorrência da eritroblastose fetal através de injeções de soro contendo anti-Rh. O anti-Rh
destrói os glóbulos vermelhos fetais - com o antígeno Rh - que circulam no sangue materno.
C) O tratamento usual para a criança afetada pela doença consiste em:
- transfusão Rh em substituição ao sangue Rh+ que contém os anticorpos maternos;
- banhos de luz para diminuir a icterícia causada pela destruição das hemácias fetais;
- nutrição adequada para reverter o quadro de anemia.
31.
Resposta: Séries de alelos múltiplos podem surgir através de mutações consecutivas e a vantagem de sua existência está na
possibilidade de surgimento do maior número de variedades.
32.
Resposta:
A) Partenogênese é o mecanismo de reprodução assexuada onde o óvulo evolui, sem fecundação, originando
um organismo adulto completo. Em abelhas a partenogênese somente origina machos, os zangões.
B) Dos 600 ovos produzidos pela rainha, 40%, ou seja, 240 foram fecundados e originaram fêmeas e 60%, ou
seja, 360 ovos não fecundados produzirão zangões. Sendo a rainha portadora dos alelos para marrom e pérola,
espera-se 180 machos com olhos marrons e 180 machos com olhos de cor pérola.
33.
Resposta:
A) Sim. Poderão nascer peixes amarelos do cruzamento de verdes entre si, de laranjas entre si e de verdes com laranja.
B) Não, porque não ocorrem genes G em nenhuma outra variedade de peixes para gerar peixes verdes.
34.
Resposta:
A) Não haveria aglutinação, uma vez que os anticorpos do sangue doador estão em quantidades muito pequenas para atacar as
hemácias do sangue receptor.
B) Porque o aglutinogênio não estaria acessível às aglutininas.
35.
Resposta:
A) IBi.
B) O.
C) Maria Clara e Nina (que também são B, como Lineu).
D) Renato (isso porque Corina, Fernando e Inácio são A e Beatriz Ana Paula e Fábio são B).
E) 6000 indivíduos.
36.
Resposta:
A) 4, sendo a relação de dominância: vermelho (V) > vinho (v) > rosa (r) > amarela (a)
B) O cruzamento será vr X vr, o que dá uma proporção genotípica de 1 vv: 2 vr: 1 rr e uma e proporção
fenotípica 3 vinho: 1 rosa.
C) O cruzamento em 2 para gerar 50% de rosa e 50% de vinho poderá ser vr X rr, gerando 50% vr (vinho) e
50% rr (rosa) ou vr X ra, gerando 25% vr (vinho), 25% va (vinho), 25% rr (rosa) e 25% ra (rosa). No primeiro
caso, o cruzamento entre plantas de frutos vinho do cruzamento parental (4) vr com plantas de frutos rosa do
cruzamento parental (2) rr gerará 50% vr (vinho) e 50% rr (rosa), com 0% de frutas amarelas; no segundo caso,
o cruzamento entre plantas de frutos vinho do cruzamento parental (4) vr com plantas de frutos rosa do
cruzamento parental (2) ra gerará 25% vr (vinho), 25% va (vinho), 25% rr (rosa) e 25% ra (rosa), com 0% de
frutas amarelas também.
37.
Resposta:
A)
FENÓTIPOS GENÓTIPOS
A IAi, IAIA
B IBi, IBIB
AB IAIB
O ii
B) em contato com anticorpo anti-A, ele aglutina, em contato com anticorpo anti-B, ele não aglutina,
C) coágulo é uma rede de fibrina que estabiliza o tampão plaquetário para estancar sangramentos e antígeno é uma substância
orgânica produzida pelos seres vivos que se comporta como estranho ao ser inoculado em outro organismo, gerando uma reação
imunológica.
38.
Resposta: Os genótipos são: A1A1; A1A2; A1A3; A1A4; A2A2; A2A3; A2A4; A3A3; A3A4; A4A4
39.
Resposta: O sangue do tipo O possui aglutininas anti-A e anti-B. Com transfusões de pequeno volume, essas
aglutininas ficam muito diluídas no sangue do receptor, o que não acarreta problemas. Por outro lado, se o
volume do sangue O doado for grande, essas aglutininas atingem concentrações que provocam a aglutinação das
hemácias do receptor, causando entupimento dos capilares e outros problemas decorrentes das transfusões
incompatíveis.
40.
Resposta:
1. A confecção da tatuagem implica no uso de agulhas que entram em contato com sangue, podendo ser contaminadas com vírus como
os da AIDS e o hepatite B; a mesma agulha contaminada, se usada em outro indivíduo, pode transmitir tais doenças, as quais podem
também ser transmitidas por transfusões.
2.
A) Não concordo. Apesar de a frequência dos indivíduos de sangue O (ii) ser de 47,3%, ainda podem ocorrer alelos i em indivíduos A
e B heterozigotos (IAi e IBi), de modo que a frequência do alelo i pode ser diferente da de indivíduos ii.
B)
Genótipo do sistema ABO: AB (3,9%)
Genótipo do sistema Rh: Rh negativo (11,2%)
3.
Hemorragia: II
Justificativa: Plaquetas estão relacionadas com a coagulação sanguínea, estancando hemorragias.
Hemofilia: IV
Justificativa: A hemofilia consiste na falta genética de fatores da coagulação (na hemofilia a, a falta do fator VIII).
Aula 29 - 2a Lei de Mendel e Linkage
1.
Resposta: B
Comentário: Nos casos de 2ª Lei de Mendel, cada par de genes pode ser analisado independentemente, e as probabilidades relativas a
cada par podem ser multiplicadas para que se obtenham os resultados de probabilidades envolvendo os vários pares. No cruzamento
AaBb X aabb, para calcular a fração genotípica correspondente aos genótipos AaBb (com genótipo igual ao dos híbridos da geração
paterna), pode-se analisar um par de genes de cada vez:
(1) Probabilidade de descendente Aa no cruzamento Aa x aa:
Aa x aa
↓
50% indivíduos Aa : 50% indivíduos aa
↓
P(Aa) = 50% = 1/2
(2) Probabilidade de descendente Bb no cruzamento Bb x bb:
Bb x bb
↓
50% indivíduos Bb : 50% indivíduos bb
↓
P(Bb) = 50% = 1/2
Assim, a fração genotípica correspondente a indivíduos AaBb é: P(Aa) x P(Bb) = 1/2 x 1/2 = 1/4. De 180 descendentes, serão AaBb
um total de 180 x 1/4 = 45 indivíduos.
2.
Resposta: C
Comentário: A célula representada apresenta genótipo AaBbCcDdEe. Pode-se observar pelo diagrama que os genes A e B estão
ligados em um cromossomo (grupo de linkage A/B) e C e D estão ligados em um outro cromossomo (grupo de linkage C/D),
ocorrendo segregação independente entre os grupos A/B, C/D e E. Os genes dentro de um grupo de linkage se segregam juntos, de
modo a serem enviados juntos a um mesmo gameta, que recebe então dois genes do grupo de linkage A/B (AB ou ab, uma vez que
não ocorre crossing-over) e dois genes do grupo de linkage C/D (CD ou cd, uma vez que não ocorre crossing-over). Assim, nesses
indivíduos do tipo AaBbCCDdEe, temos a seguinte quantidade de tipos de gametas: 2 possibilidades de alelos para o 1º grupo de
linkage (AB ou ab) x 2 possibilidades de alelos para o 2º grupo de linkage (CD ou cd) x 2 possibilidades de alelos para o 3º grupo de
linkage, equivalente ao par de genes E/e (E ou e) = 2 x 2 x 2 = 23 = 8.
3.
Resposta: D
Comentário: No cruzamento PpRr X PpRr, para calcular número de fenótipos e o número de genótipos previstos entre os
descendentes do cruzamento, pode-se analisar um par de genes de cada vez:
(1) Proporções no cruzamento Pp x Pp, com P dominante sobre p:
Pp x Pp
↓
25% PP (fenótipo dominante) : 50% Pp (fenótipo dominante): 25% pp (fenótipo recessivo)
↓
Número de fenótipos = 2 (dominante e recessivo)
Número de genótipos = 3 (PP, Pp e pp)
(2) Proporções no cruzamento Rr x Rr, com R e r com ausência de dominância:
Rr x Rr
↓
25% RR (fenótipo dominante) : 50% Rr (fenótipo intermediário): 25% rr (fenótipo recessivo)
↓
Número de fenótipos = 3 (dominante, intermediário e recessivo)
Número de genótipos = 3 (PP, Pp e pp)
Assim,
- o número de tipos de fenótipos total é: (número de tipos de fenótipos no cruzamento Pp x Pp) x (número de tipos de fenótipos no
cruzamento Rr x Rr) = 2 x 3 = 6;
- o número de tipos de genótipos total é: (número de tipos de genótipos no cruzamento Pp x Pp) x (número de tipos de genótipos no
cruzamento Rr x Rr) = 3 x 3 = 9.
4.
Bb e ab.
Resposta: B
Comentário: A 2ª Lei de Mendel (Lei da Segregação Independente dos Fatores) se aplica à análise de mais de uma característica, e,
portanto, de mais de um par de genes, que se separam independentemente na meiose, de modo que se podem formar todas as possíveis
combinações de genes nos gametas (desde que não haja dois genes de um mesmo par, pois isso contraria a 1ª Lei). Isso ocorre porque
ocorre a organização dos cromossomos homólogos pareados se dá aleatoriamente na meiose (metáfase da 1ª divisão meiótica) para
posterior separação dos cromossomos homólogos na meiose (anáfase da 1ª divisão meiótica). A condição primordial para que a 2ª Lei
de Mendel possa ser aplicada é que os pares de genes analisados estejam situados em cromossomos homólogos distintos. Quando os
pares de genes analisados estão situados no mesmo par de cromossomos homólogos, ocorre uma situação denominada linkage, onde o
princípio da segregação independente não se aplica. Dados indivíduos duplo-heterozigotos AaBb, em casos de:
- 2ª Lei de Mendel, ocorre produção de quatro tipos de gametas, AB, Ab, aB e ab, em proporções de 25% de cada; isso indica que os
pares analisados A/a e B/b estão localizados em pares de cromossomos homólogos distintos. Veja no diagrama abaixo:
A a a A
OU
B b B b
50% 50%
B b B B
- Linkage completo (sem crossing-over), ocorre produção de dois tipos de gametas, em proporções de 50% cada, sendo AB e ab em
heterozigotos cis (AB/ab) ou Ab e aB em heterozigotos trans (Ab/aB) ; isso indica que os pares analisados A/a e B/b estão localizados
no mesmo par de cromossomos homólogos. Veja no diagrama abaixo para um caso de heterozigotos cis:
A a
B b
50% 50%
A a
B b
- Linkage incompleto (com crossing-over), ocorre produção de quatro tipos de gametas, AB, Ab, aB e ab, em proporções diferentes de
25% de cada, sendo os gametas parentais (originados sem crossing-over) em proporção maior do que os gametas recombinantes
(originados com crossing-over); isso também indica que os pares analisados A/a e B/b estão localizados no mesmo par de
cromossomos homólogos. Veja no diagrama abaixo para um caso de heterozigotos cis, em que os gametas parentais conservam a
posição original dos genes AB e ab, e os gametas recombinantes apresentam arranjo Ab e aB:
A a
B b
A a a a
B b B B
5.
Resposta: B
Comentário: Características denominadas selvagens são as originalmente encontradas na natureza, de caráter dominante. Assim, asa
selvagem (M) é dominante sobre asa miniatura (m), e olho selvagem (V) é dominante sobre olho vermelho (v). Para identificar o
arranjo dos cromossomos em duplos heterozigotos MmVv, deve ser promovido um cruzamento teste (com indivíduos duplo
recessivos mmvv, produtores de gametas mv) para a análise da descendência. Segundo os dados fornecidos pela tabela, a
descendência apresentou:
- Asa selvagem (Mm)/olho vermelho (vv): 48,5%
- Asa miniatura (mm)/olho selvagem (Vv): 48,5%
- Asa selvagem (Mm)/olho selvagem (Vv): 1,5%
- Asa miniatura (mm)/olho vermelho (vv): 1,5%
Assim, como os indivíduos duplo-recessivos só produzem gametas mv, pode-se concluir que os indivíduos duplo-heterozigotos
produzem gametas:
- Mv: 48,5%
- mV: 48,5%
- MV: 1,5%
- mv: 1,5%
Como a proporção de gametas é diferente de 25% de cada, trata-se de um caso de linkage (gene ligados) com crossing-over. Os
gametas parentais são aqueles em maior proporção, ou seja, Mv e mV, estando em arranjo trans. Os gametas recombinantes são
aqueles em menor proporção, ou seja, MV e mv, cuja proporção somada é de 1,5% + 1,5% = 3,0%, equivalendo a uma distância de
3,0 U.R.
6.
Resposta: B
Comentário: Como cada par de genes se segrega independentemente, em indivíduos poliíbridos do tipo AaBbCcDdFf, temos a
seguinte quantidade de tipos de gametas: 2 possibilidades de alelos para o 1º par de genes (A ou a) x 2 possibilidades de alelos para o
2º par de genes (B ou b) x 2 possibilidades de alelos para o 3º par de genes (C ou c) x 2 possibilidades de alelos para o 4º par de genes
(D ou d) x 3 possibilidades de alelos para o 5º par de genes (F ou f) = 2 x 2 x 2 x 2 x 2 = 25 = 32. As casas no quadrado de Punnett são
relativas às combinações entre os gametas paternos e paternos, de modo que o número de casas pode ser calculado como o produto
dos números de tipos de gametas produzidos pelos indivíduos parentais. Assim, o número de casas no quadrado de Punnett é 32 x 32 =
1024.
7.
Resposta: D
Comentário: Como cada par de genes se segrega independentemente, em indivíduos do tipo AaBbCCDdEe, temos a seguinte
quantidade de tipos de gametas: 2 possibilidades de alelos para o 1º par de genes (A ou a) x 2 possibilidades de alelos para o 2º par de
genes (B ou b) x 1 possibilidade de alelo para o 3º par de genes (C) x 2 possibilidades de alelos para o 4º par de genes (D ou d) x 2
possibilidades de alelos para o 5º par de genes (E ou e) = 2 x 2 x 1 x 2 x 2 = 24 = 16.
No cruzamento entre indivíduos AaBbCCDdEe, para calcular a fração fenotípica correspondente aos genótipos aaB_ccD_E_, pode-se
analisar um par de genes de cada vez:
(1) Probabilidade de descendente aa no cruzamento Aa x Aa:
Aa x Aa
↓
25% indivíduos AA : 50% indivíduos Aa : 25% indivíduos aa
↓
P(aa) = 25% = 1/4
(2) Probabilidade de descendente B_ no cruzamento Bb x Bb:
Bb x Bb
↓
25% indivíduos BB : 50% indivíduos Bb : 25% indivíduos bb
↓
P(B_) = 75% = 3/4
(3) Probabilidade de descendente cc no cruzamento CC x CC:
CC x CC
↓
100% indivíduos CC
↓
P(cc) = 0
(4) Probabilidade de descendente D_ no cruzamento Dd x Dd:
Dd x Dd
↓
25% indivíduos DD : 50% indivíduos Dd : 25% indivíduos dd
↓
P(D_) = 75% = 3/4
(5) Probabilidade de descendente E_ no cruzamento Ee x Ee:
Ee x Ee
↓
25% indivíduos EE : 50% indivíduos Ee : 25% indivíduos ee
↓
P(E_) = 75% = 3/4
Assim, a fração genotípica correspondente a aaB_ccD_E_ é: P(aa) x P(B_) x P(cc) x P(D_) x P(E_) = 1/4 x 3/4 x 0 x 3/4 x 3/4 = 0.
8.
Resposta: D
Comentário: Chamando de:
- “A” o gene dominante para polidactilia e de “a” o gene recessivo para normalidade,
- “B” o gene dominante para olhos escuros e de “b” o gene recessivo para olhos claros,
- “C” o gene dominante para cor da pele normal e de “c” o gene recessivo para albinismo,
- “D” o gene dominante para sensibilidade ao PTC e de “d” o gene recessivo para insensibilidade ao PTC,
temos que, no cruzamento de pais AaBbCcDd entre si, para calcular a fração fenotípica correspondente aos filhos com todos os
fenótipos dominantes (A_B_C_D_), pode-se analisar um par de genes de cada vez:
(1) Probabilidade de descendente A_ no cruzamento Aa x Aa:
Aa x Aa
↓
25% indivíduos AA : 50% indivíduos Aa : 25% indivíduos aa
↓
P(A_) = 75% = 3/4
(2) Probabilidade de descendente B_ no cruzamento Bb x Bb:
Bb x Bb
↓
25% indivíduos BB : 50% indivíduos Bb : 25% indivíduos bb
↓
P(B_) = 75% = 3/4
(3) Probabilidade de descendente C_ no cruzamento Cc x Cc:
Cc x Cc
↓
25% indivíduos CC : 50% indivíduos Cc : 25% indivíduos cc
↓
P(C_) = 75% = ¾
(4) Probabilidade de descendente D_ no cruzamento Dd x Dd:
Dd x Dd
↓
25% indivíduos DD : 50% indivíduos Dd : 25% indivíduos dd
↓
P(D_) = 75% = 3/4
Assim, a fração genotípica correspondente a A_B_C_D_é: P(A_) x P(B_) x P(C_) x P(D_) = 3/4 x 3/4 x 3/4 x 3/4 = 81/256.
9.
Resposta: D
Comentário: O indivíduo LlOo heterozigoto trans apresenta a configuração de seus genes Lo/lO, de modo que produzirá os seguintes
tipos de gametas:
- Parentais (que conservam a posição original trans): Lo e lO;
- Recombinantes (que estão alterados em relação à posição original trans): LO e lo.
Se a percentagem de recombinação entre ambos é de 12%, temos que:
- Porcentagem total de gametas recombinantes igual a 12%, sendo então 6% de gametas LO e 6% de gametas lo;
- Porcentagem total de gametas parentais igual a 100% - 12% = 88%, sendo então 44% de gametas Lo e 44% de gametas lO.
Assim, a frequência de gametas LO é de 6%.
10.
Resposta: D
Comentário: No cruzamento entre ervilhas de cheiro homozigotas dominantes de flores púrpuras e pólen oval (PPLL) com ervilhas
de cheiro homozigotas recessivas de flores vermelhas e pólen esférico (ppll), obtém-se uma geração F1 com 100% de ervilhas de
flores púrpura e pólen oval duplo-heterozigotas PpLl. Para se obter a geração F2, promove-se a autofecundação da geração F1, de
modo a se realizar o cruzamento PpLl x PpLl. De acordo com a tabela, os geneticistas esperavam uma proporção de 214:71:71:24, ou
seja, 9:3:3:1, que estaria de acordo com a da 2ª lei de Mendel, mas a proporção observada de 283:21:21:55 nega essa situação. A
segunda análise realizada diz respeito ao retrocruzamento, realizado entre a F1 de genótipo PpLl e os indivíduos parentais recessivos
de genótipo ppll. Indivíduos ppll produzem apenas e obrigatoriamente gametas pl, não importando se se trata de um caso de 2ª lei de
Mendel ou de linkage; assim, a proporção fenotípica do retrocruzamento reflete as proporções dos tipos de gametas produzidos pelos
indivíduos heterozigotos PpLl. De acordo com a tabela, os geneticistas esperavam uma proporção de 95:95:95:95, ou seja, de 1:1:1:1,
equivalendo aos indivíduos PpLl produzirem 4 tipos de gametas em proporções idênticas de 25% cada, que estaria de acordo com a da
2ª lei de Mendel. Entretanto, a proporção observada de 171:19:19:171 indica que os indivíduos PpLl produzem 4 tipos de gametas,
mas em proporções distintas de 25% cada, demonstrando que se trata de um caso de linkage com crossing-over. Nesse
retrocruzamento PpLl x ppll, os descendentes foram, de acordo com as quantidades observadas no quadro,
- Púrpura oval PpLl, em proporção de 45% (171/380);
- Púrpura esférica Ppll, em proporção de 5% (19/400);
- Vermelho oval ppLl, em proporção de 5% (19/400);
- Vermelho esférico ppll, em proporção de 45% (171/380).
Considerando que os indivíduos ppll só produzem gametas pl, as proporções de gametas produzidas pelos indivíduos PpLl é de PL =
45%, Pl = 5%, pL = 5% e pl = 45%.
11.
Resposta: C
Comentário:
12.
Resposta: C
Comentário:
13.
Resposta: D
Comentário:
14.
Resposta: D
Comentário:
15.
Resposta: D
Comentário:
16.
Resposta: A
Comentário:
17.
Resposta: C
Comentário: A taxa de recombinação é dada pela soma das porcentagens dos gametas recombinantes, e a distância entre os dois locos
gênicos é calculada de modo que cada 1% de recombinação equivale a 1 unidade de recombinação (UR) de distância. O indivíduo
ab/ab produzirá apenas gametas ab, e o indivíduo AB/ab produzirá os seguintes tipos de gametas:
- Parentais (que conservam a posição original cis): AB e ab;
- Recombinantes (que estão alterados em relação à posição original): Ab e aB.
Se a freqüência de recombinação entre os locos A e B é de 10%, pode-se afirmar que:
- Porcentagem total de gametas recombinantes igual a 10%, sendo então 5% de gametas Ab e 5% de gametas aB;
- Porcentagem total de gametas parentais igual a 100% - 10% = 90%, sendo então 45% de gametas AB e 45% de gametas ab.
Para o nascimento de descendentes de genótipo AB // ab, o indivíduo ab/ab deverá transmitir o gameta com os genes ab (100% de
probabilidade) e o indivíduo AB/ab deverá transmitir o gameta com os genes AB (45% de probabilidade). Assim, o percentual
esperado de descendentes de genótipo AB // ab é de 45%.
18.
Resposta: D
Comentário: Algumas proteínas são formadas pela união de mais de uma cadeia polipeptídica. A estrutura quaternária é exatamente o
arranjo destas subunidades protéicas no espaço (cada cadeia polipeptídica envolvida na estrutura quaternária é uma subunidade
protéica). Um exemplo de arranjo quaternário é aquele que acontece com a molécula de hemoglobina. Como já dito, ela possui quatro
cadeias polipeptídicas, duas cadeias α e duas cadeias β, fabricadas independentemente e depois ligadas entre si. O DNA é a molécula
formadora dos cromossomos, agindo de forma a armazenar informações que condicionam o aparecimento de cada característica
genética de um certo organismo, sendo que essa informação se expressa na forma de produção de proteínas. O gene é o segmento de
DNA com informação para produzir um RNA capaz de ser traduzido num peptídeo, sendo que cada molécula de DNA inclui vários
genes. O conjunto de todos os genes de um organismo é conhecido como genoma. A 2ª Lei de Mendel (Lei da Segregação
Independente dos Fatores) se aplica à análise de mais de uma característica, e, portanto, de mais de um par de genes, que se separam
independentemente na meiose, de modo que se podem formar todas as possíveis combinações de genes nos gametas (desde que não
haja dois genes de um mesmo par, pois isso contraria a 1ª Lei). Isso ocorre porque ocorre a organização dos cromossomos homólogos
pareados se dá aleatoriamente na meiose (metáfase da 1ª divisão meiótica) para posterior separação dos cromossomos homólogos na
meiose (anáfase da 1ª divisão meiótica). A condição primordial para que a 2ª Lei de Mendel possa ser aplicada é que os pares de genes
analisados estejam situados em cromossomos homólogos distintos. Quando os pares de genes analisados estão situados no mesmo par
de cromossomos homólogos, ocorre uma situação denominada linkage, onde o princípio da segregação independente não se aplica.
Como a figura e o texto mostram que os genes para as cadeias da hemoglobina estão em cromossomos distintos, pode-se afirmar que
se segregam de forma independente (1a), de acordo com a 2ª Lei de Mendel (1b). Os genes são transcritos (2) em RNAm e traduzidos
(3) em cadeias peptídicas alfa (4) e beta (5), formando uma estrutura quaternária (6).
19.
Resposta: E
Comentário:
20.
Resposta: A
Comentário:
21.
Resposta: A
Comentário: O indivíduo heterozigoto para três genes tem genótipo AaBbCc. Se os alelos dominantes A e B estão no mesmo
cromossomo, estão ligados, constituindo um grupo de linkage. Os genes dentro de um grupo de linkage se segregam juntos, de modo a
serem enviados juntos a um mesmo gameta, que recebe então dois genes do grupo de linkage A/B (AB ou ab, uma vez que não ocorre
crossing-over). Assim, nesses indivíduos do tipo AaBbCc, temos a seguinte quantidade de tipos de gametas: 2 possibilidades de alelos
para o 1º grupo de linkage (AB ou ab) x 2 possibilidades de alelos para o 2º grupo de linkage, equivalente ao par de genes C/c (C ou
c) = 2 x 2 = 22 = 4. Assim, a frequência esperada de gametas com genótipo abc (ou qualquer outro gameta em particular) é de 1/4.
22.
Resposta: A
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. A 1ª Lei de Mendel se aplica à análise de uma característica, ou seja, de um par de genes, e sua separação na
formação de gametas pode ser explicada pela segregação dos cromossomos homólogos na meiose I.
Item II: verdadeiro. A 2ª Lei de Mendel se aplica à análise de mais de uma característica, ou seja, de mais de um par de genes, e sua
separação independente na formação de gametas pode ser explicada pela organização aleatória dos cromossomos de um mesmo par de
homólogos no equador da célula na meiose I, o que leva, posteriormente, à sua segregação independente.
Item III: verdadeiro. As proporções fenotípicas na geração F2 em casos de 2ª Lei de Mendel podem ser explicadas pela segregação
independente dos alelos na formação dos gametas, produzindo todas as possíveis combinações de gametas em relação a esses alelos,
em iguais proporções.
Item IV: verdadeiro. A 2ª divisão meiótica separa as cromátides irmãs de um cromossomos duplo, sendo uma divisão equacional, no
sentido de não alterar o número de cromossomos na célula nem a combinação de genes nos cromossomos em relação às células
geradas na meiose I; assim, a meiose II mantêm o efeito de segregação independente que caracteriza a 2ª lei de Mendel.
Item V: verdadeiro. Genes localizados em regiões próximas de um mesmo cromossomo, ou seja, genes ligados, não se segregam
independentemente, de modo a gerar tipos de gametas em proporções diferentes daquelas da 2ª Lei de Mendel.
23.
Resposta: E
Comentário: A 2ª Lei de Mendel (Lei da Segregação Independente dos Fatores) se aplica à análise de mais de uma característica, e,
portanto, de mais de um par de genes, que se separam independentemente na meiose, de modo que se podem formar todas as possíveis
combinações de genes nos gametas (desde que não haja dois genes de um mesmo par, pois isso contraria a 1ª Lei). Isso ocorre porque
ocorre a organização dos cromossomos homólogos pareados se dá aleatoriamente na meiose (metáfase da 1ª divisão meiótica) para
posterior separação dos cromossomos homólogos na meiose (anáfase da 1ª divisão meiótica). A condição primordial para que a 2ª Lei
de Mendel possa ser aplicada é que os pares de genes analisados estejam situados em cromossomos homólogos distintos. Quando os
pares de genes analisados estão situados no mesmo par de cromossomos homólogos, ocorre uma situação denominada linkage, onde o
princípio da segregação independente não se aplica. Nos casos de 2ª Lei de Mendel, cada par de genes pode ser analisado
independentemente, e as probabilidades relativas a cada par podem ser multiplicadas para que se obtenham os resultados de
probabilidades envolvendo os vários pares. A célula em questão apresenta o genótipo AaBbCc. Como cada par de genes se segrega
independentemente, em indivíduos do tipo AaBbCc, temos a seguinte quantidade de tipos de gametas: 2 possibilidades de alelos para
o 1º par de genes (A ou a) x 2 possibilidades de alelos para o 2º par de genes (B ou b) x 2 possibilidades de alelos para o 3º par de
genes (C ou c) = 2 x 2 x 2 = 23 = 8. Cada célula germinativa masculina que entra em meiose produz quatro espermatozóides
funcionais, de modo que, como são sessenta células entrando em meiose, ocorre produção de um total de 4 x 60 = 240
espermatozóides. Como são produzidos 8 tipos de gametas, cada um dele estará em proporção de 1/8, de modo que o número de
gametas com constituição ABC (ou outra constituição qualquer em particular) será de 240 x 1/8 = 30 espermatozóides.
24.
Resposta: B
Comentário: Como não foi mencionado se se trata de um caso de segregação independente ou linkage, pode-se pressupor que se trata
de segregação independente. Chamando de “L” o gene dominante para latir durante a corrida e de “l” o gene recessivo para não latir
durante a corrida, e de “E” o gene dominante para possuir orelhas eretas e de “e” o gene recessivo possuir orelhas caídas, temos que,
no cruzamento de cães heterozigotos para ambos os pares de alelos (LlEe x LlEe), para calcular a probabilidade de que nasçam
filhotes que latem enquanto correm e que possuem orelhas caídas (L_ee), pode-se analisar um par de genes de cada vez:
(1) Probabilidade de filhote que late durante a corrida (L_) no cruzamento Ll x Ll:
Ll x Ll
↓
25% indivíduos LL : 50% indivíduos Ll : 25% indivíduos ll
↓
P(L_) = 75% = 3/4
(2) Probabilidade de filhote que possui orelhas caídas (ee) no cruzamento Ee x Ee:
Ee x Ee
↓
25% indivíduos EE : 50% indivíduos Ee : 25% indivíduos ee
↓
P(ee) = 25% = 1/4
Assim, a probabilidade de nascimento de filhote L_ee é: P(L_) x P(ee) = 3/4 x 1/4 = 3/16 = 0,1875 = 18,75%.
25.
Resposta: C
Comentário: Em casos de linkage incompleto (com crossing-over), ocorre produção de quatro tipos de gametas, AB, Ab, aB e ab, em
proporções diferentes de 25% de cada, sendo os gametas parentais (originados sem crossing-over) em proporção maior do que os
gametas recombinantes (originados com crossing-over); isso também indica que os pares analisados A/a e B/b estão localizados no
mesmo par de cromossomos homólogos. Veja no diagrama abaixo para um caso de heterozigotos cis, em que os gametas parentais
conservam a posição original dos genes AB e ab, e os gametas recombinantes apresentam arranjo Ab e aB:
A a
B b
A a a a
B b B B
X Z
34 UR
X Y Z
13 UR 21 UR
34 UR
26.
Resposta: E
Comentário:
27.
Resposta: D
Comentário:
28.
Resposta: E
Comentário:
29.
Resposta: A
Comentário: Em casos de linkage incompleto (com crossing-over), ocorre produção de quatro tipos de gametas, AB, Ab, aB e ab, em
proporções diferentes de 25% de cada, sendo os gametas parentais (originados sem crossing-over) em proporção maior do que os
gametas recombinantes (originados com crossing-over); isso também indica que os pares analisados A/a e B/b estão localizados no
mesmo par de cromossomos homólogos. Veja no diagrama abaixo para um caso de heterozigotos cis, em que os gametas parentais
conservam a posição original dos genes AB e ab, e os gametas recombinantes apresentam arranjo Ab e aB:
A a
B b
A a a a
B b B B
a d
40 UR
a b d
20 UR
40 UR
a c b d
20 UR
40 UR
a c b d
20 UR
40 UR
30.
Resposta: B
Comentário: Chamando de “B” o alelo dominante para corpo marrom e de “b” o alelo recessivo para corpo preto, e de “Vg” o alelo
dominante para asas normais de “vg” o alelo recessivo para asas vestigiais, temos no cruzamento entre indivíduos duplo-
heterozigóticos (BbVgvg) e indivíduos com características recessivas (bbvgvg), os seguintes descendentes:
- BbVgvg, em proporção de 42% (965/2300);
- bbvgvg, em proporção de 42% (944/2300);
- Bbvgvg, em proporção de 8% (206/2300);
- bbVgvg, em proporção de 8% (185/2300).
Considerando que os indivíduos bbvgvg só produzem gametas bvg, as proporções de gametas produzidas pelos indivíduos BbVgvg é
de BVg = 42%, bvg = 42%, Bvg = 8% e bVg = 8%, o que indica se tratar de um caso de linkage com crossing-over. Assim, Os genes
para a cor do corpo e para o tamanho da asa em Drosophila melanogaster estão ligados no mesmo cromossomo e não se segregam
independentemente.
31.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. O princípio de distribuição independente se refere à 2ª Lei de Mendel, ou seja, ao fato de alelos de genes diferentes se
distribuírem independentemente, e o princípio de distribuição se refere à 1ª Lei de Mendel, ou seja, ao fato de alelos de um gene se
segregarem um do outro.
Item B: falso. O princípio da segregação, ou seja, a 1ª Lei de Mendel, é baseado na separação dos cromossomos homólogos durante a
anáfase da primeira divisão meiótica.
Item C: verdadeiro. O princípio da segregação independente, ou seja, a 2ª Lei de Mendel, se refere ao fato de os alelos em diferentes
pares de cromossomos se distribuem independentemente na anáfase da 1ª divisão meiótica porque os cromossomos homólogos se
organizam aleatoriamente no equador da célula.
Item D: falso. A 1ª divisão meiótica separa os cromossomos homólogos (separando, por exemplo, o cromossomo com o alelo A do
cromossomo com o alelo a, e o cromossomo com o alelo B do cromossomo com o alelo b), e a 2ª divisão meiótica separa as
cromátides irmãs de um mesmo cromossomo. Deste modo, como a meiose II se segue à meiose I, não ocorre cromossomos homólogos
na meiose I, de modo que não ocorre pareamento entre os cromossomos com os alelos A e a e entre os cromossomos com os alelos B
e b, já separados desde a meiose I.
Item E: falso. O princípio da segregação independente, ou seja, a 2ª Lei de Mendel, só se aplica se os genes analisados não estiverem
localizados no mesmo cromossomo.
32.
Resposta: D
Comentário: Na afirmação de Sutton de que “a possibilidade do pareamento dos cromossomos paternos e maternos, e sua
subseqüente separação durante a divisão reducional, constituírem as bases físicas das leis de Mendel” pode-se concluir que o
comportamento dos cromossomos homólogos na meiose coincide com o comportamento dos fatores mendelianos (genes) na 1ª Lei de
Mendel, o que permite inferir que os genes estão localizados nos cromossomos. Essa idéia é conhecida com o nome de Teoria
Cromossômica da Herança. Assim, analisando cada item:
Item I: verdadeiro. De acordo com a Teoria Cromossômica da Herança, os genes estão localizados nos cromossomos.
Item II: falso. Dois ou mais genes localizados no mesmo cromossomo, chamados genes ligados, são herdados, na maioria dos casos
no mesmo gameta, a não ser que ocorra crossing-over (recombinação), o que, na análise de dois pares de genes ligados, ocorre apenas
em uma pequena parcela das células que entram em meiose.
Item III: verdadeiro. Dois ou mais genes localizados em cromossomos diferentes segregam de maneira independente, como
afirmado na 2ª Lei de Mendel.
33.
Resposta: E
Comentário: Dados indivíduos duplo-heterozigotos AaBb, em casos de:
- 2ª Lei de Mendel, ocorre produção de quatro tipos de gametas, AB, Ab, aB e ab, em proporções de 25% de cada; isso indica que os
pares analisados A/a e B/b estão localizados em pares de cromossomos homólogos distintos. Veja no diagrama abaixo:
A a a A
OU
B b B b
50% 50%
B b B B
- Linkage completo (sem crossing-over), ocorre produção de dois tipos de gametas, em proporções de 50% cada, sendo AB e ab em
heterozigotos cis (AB/ab) ou Ab e aB em heterozigotos trans (Ab/aB) ; isso indica que os pares analisados A/a e B/b estão localizados
no mesmo par de cromossomos homólogos. Veja no diagrama abaixo para um caso de heterozigotos cis:
A a
B b
50% 50%
A a
B b
- Linkage incompleto (com crossing-over), ocorre produção de quatro tipos de gametas, AB, Ab, aB e ab, em proporções diferentes de
25% de cada, sendo os gametas parentais (originados sem crossing-over) em proporção maior do que os gametas recombinantes
(originados com crossing-over); isso também indica que os pares analisados A/a e B/b estão localizados no mesmo par de
cromossomos homólogos. Veja no diagrama abaixo para um caso de heterozigotos cis, em que os gametas parentais conservam a
posição original dos genes AB e ab, e os gametas recombinantes apresentam arranjo Ab e aB:
A a
B b
A a a a
B b B B
34.
Resposta: D
Comentário: A 2ª Lei de Mendel (Lei da Segregação Independente dos Fatores) se aplica à análise de mais de uma característica, e,
portanto, de mais de um par de genes, que se separam independentemente na meiose, de modo que se podem formar todas as possíveis
combinações de genes nos gametas (desde que não haja dois genes de um mesmo par, pois isso contraria a 1ª Lei). Isso ocorre porque
ocorre a organização dos cromossomos homólogos pareados se dá aleatoriamente na meiose (metáfase da 1ª divisão meiótica) para
posterior separação dos cromossomos homólogos na meiose (anáfase da 1ª divisão meiótica). A condição primordial para que a 2ª Lei
de Mendel possa ser aplicada é que os pares de genes analisados estejam situados em cromossomos homólogos distintos. Quando os
pares de genes analisados estão situados no mesmo par de cromossomos homólogos, ocorre uma situação denominada linkage, onde o
princípio da segregação independente não se aplica. Dados indivíduos duplo-heterozigotos AaBb, em casos de 2ª Lei de Mendel,
ocorre produção de quatro tipos de gametas, AB, Ab, aB e ab, em proporções de 25% de cada; isso indica que os pares analisados A/a
e B/b estão localizados em pares de cromossomos homólogos distintos. Veja no diagrama abaixo:
A a a A
OU
B b B b
50% 50%
B b B B
Nos casos de 2ª Lei de Mendel, cada par de genes pode ser analisado independentemente, e as probabilidades relativas a cada par
podem ser multiplicadas para que se obtenham os resultados de probabilidades envolvendo os vários pares. Assim, num cruzamento
AaBb x AaBb, espera-se, na 2ª Lei de Mendel, uma proporção fenotípica entre os descendentes, de 9/16:3/16:3/16:1/16, ou seja,
9:3:3:1. Se, no cruzamento, entre moscas puras de asas normais e olhos de cor marrom e moscas puras de asas vestigiais e olhos de cor
sépia, produziu-se uma geração F1, em que 100% dos descendentes duplo-heterozigotos tinham asas normais e olhos marrons, pode-se
concluir que os caracteres asas normais e olhos marrons são dominantes.
Chamando de “V” o alelo dominante para asa normal e de “v” o alelo recessivo para asa vestigial, e de “S” o alelo dominante para
olhos marrons e de “s” o alelo recessivo para olhos sépia, temos o cruzamento entre os indivíduos duplo-heterozigotos da F1 VvSs x
VvSs, com os seguintes descendentes:
- 137 moscas de asas normais e olhos de cor marrom (dominantes para as duas características V_S_).
- 45 moscas de asas normais e olhos de cor sépia V_ss (dominantes para a 1ª característica e recessivos para a 2ª característica).
- 44 moscas de asas vestigiais e olhos de cor marrom vvS_ (recessivos para a 1ª característica e dominantes para a 2ª característica).
- 15 moscas de asas vestigiais e olhos de cor sépia vvss (recessivos para as duas características).
Assim, a proporção fenotípica da geração F2 (autofecundação da geração F1 duplo-heterozigota) é de 137:45:44:15 = 9:3:3:1, o que
indica de tratar de um caso de 2ª Lei de Mendel (segregação independente).
35.
Resposta: C
Comentário: Em casos de linkage incompleto (com crossing-over), ocorre produção de quatro tipos de gametas, AB, Ab, aB e ab, em
proporções diferentes de 25% de cada, sendo os gametas parentais (originados sem crossing-over) em proporção maior do que os
gametas recombinantes (originados com crossing-over); isso também indica que os pares analisados A/a e B/b estão localizados no
mesmo par de cromossomos homólogos. Veja no diagrama abaixo para um caso de heterozigotos cis, em que os gametas parentais
conservam a posição original dos genes AB e ab, e os gametas recombinantes apresentam arranjo Ab e aB:
A a a A
OU
B b B b
50% 50%
B b B B
A taxa de recombinação é dada pela soma das porcentagens dos gametas recombinantes, e a distância entre os dois locos gênicos é
calculada de modo que cada 1% de recombinação equivale a 1 unidade de recombinação (UR) de distância. O indivíduo AB/ab
produzirá os seguintes tipos de gametas:
- Parentais (que conservam a posição original cis): AB e ab;
- Recombinantes (que estão alterados em relação à posição original): Ab e aB.
Se a distância entre os locos gênicos A e B é 16 unidades de recombinação, pode-se afirmar que a taxa de recombinação é de 16%, de
modo que:
- Porcentagem total de gametas recombinantes igual a 16%, sendo então 8% de gametas Ab e 8% de gametas aB;
- Porcentagem total de gametas parentais igual a 100% - 16% = 84%, sendo então 42% de gametas AB e 42% de gametas ab.
36.
Resposta: C
Comentário: Pelos gráficos, pode-se observar que os indivíduos da variedade I apresentam 1 alelo “P”, 1 alelo “p”, 1 alelo “C” e 1
alelo “c”, sendo então PpCc, e os indivíduos da variedade II apresentam 2 alelos “p”, 1 alelo “C” e 1 alelo “c”, sendo então ppCc.
Indivíduos PpCc formam gametas dos tipos PC, Pc, pC e pc em proporções idênticas de 25% cada, enquanto indivíduos ppCc formam
gametas dos tipos pC e pc em proporções idênticas de 50% cada. No cruzamento PpCc x ppCc, temos os seguintes genótipos entre os
descendentes:
PC Pc pC pc
Ao entrar em mitose, uma célula origina duas novas células idênticas, de modo que a quantidade de cada alelo dobra quando se
analisam essas duas células-filhas. Assim, analisando cada item:
Item A: falso. Pelo gráfico, pode-se observar que as células resultantes da mitose apresentam 4 alelos “P”, 2 alelos “p”, 1 alelo “C” e
1 alelo “c”, o que não pode ocorrer porque a quantidade de cada alelo contando as duas células-filhas resultantes da mitose deve ser
obrigatoriamente par (não podendo haver, contando as duas células-filhas, apenas 1 exemplar do alelo “C” e 1 exemplar do alelo”c”).
Item B: falso. Pelo gráfico, pode-se observar que as duas células resultantes da mitose apresentam 4 alelos “P” e 4 alelos “C”, de
modo que a célula mãe possuía 2 alelos “P” e 2 alelos “C”, ou seja, tinha genótipo PPCC. Se for observado o quadrado de Punnet
acima, não ocorrem células com esse genótipo entre os descendentes do cruzamento analisado.
Item C: verdadeiro. Pelo gráfico, pode-se observar que as células resultantes da mitose apresentam 2 alelos “P”, 2 alelos “p”, 2 alelos
“C” e 2 alelos “c”, de modo que a célula mãe possuía 1 alelo “P”, 1 alelo “p”, 1 alelo “C” e 1 alelo “c”, ou seja, tinha genótipo PpCc.
Se for observado o quadrado de Punnet acima, ocorrem células com esse genótipo entre os descendentes do cruzamento analisado.
Item D: falso. Pelo gráfico, pode-se observar que as células resultantes da mitose apresentam 3 alelos “P”, 2 alelos “p”, e 3 alelos “c”,
o que não pode ocorrer porque a quantidade de cada alelo contando as duas células-filhas resultantes da mitose deve ser
obrigatoriamente par (não podendo haver, contando as duas células-filhas, 3 exemplares do alelo “P” e 3 exemplares do alelo”c”).
37.
Resposta: D
Resolução: No cruzamento PpCc x ppCc, temos os seguintes genótipos entre os descendentes:
PC Pc pC pc
38.
Resposta: C
Comentário: Analisando a figura:
1 2
3 4
5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
16 17 18 19 20
39.
Resposta: FVVVV
Comentário: Em casos de linkage incompleto (com crossing-over), ocorre produção de quatro tipos de gametas, AB, Ab, aB e ab, em
proporções diferentes de 25% de cada, sendo os gametas parentais (originados sem crossing-over) em proporção maior do que os
gametas recombinantes (originados com crossing-over); isso também indica que os pares analisados A/a e B/b estão localizados no
mesmo par de cromossomos homólogos. Veja no diagrama abaixo para um caso de heterozigotos cis, em que os gametas parentais
conservam a posição original dos genes AB e ab, e os gametas recombinantes apresentam arranjo Ab e aB:
A a
B b
A a a a
B b B B
- Em algumas células, na meiose, o crossing-over pode ocorrer entre os loci “a” e “b”; veja os tipos de gametas formados:
- Na meiose de algumas células, os cromossomos sofrem crossing entre os loci “b” e “c”.
- Em algumas poucas células, ocorre um duplo-crossing entre “a” e “b”, e entre “b” e “c”. Os gametas com duplo-crossing são os
menos numerosos, em conseqüência da pequena probabilidade de sua ocorrência. Repare também que o duplo-crossing mantém os
dois genes extremos na posição original; só muda de lugar o gene do meio.
Assim, o triplo heterozigoto produz oito tipos de gametas, em proporções desiguais. Os gametas parentais serão sempre produzidos
em maior número; os gametas originados do duplo-crossing serão sempre os menos numerosos. O duplo-crossing aparentemente troca
a posição do gene que estão no meio. Basta então comparar os gametas provenientes do duplo-crossing com os gametas parentais: o
gene que estiver com a posição trocada é aquele que está no meio, entre os dois genes. Os gametas parentais são fáceis de ser
localizados; são os que aparecem em maior número. Os gametas provenientes do duplo-crossing, inversamente, são os que ocorrem
em menor número. Veja a comparação no quadro abaixo.
Veja que nos gametas de duplo-crossing, o único gene trocado é o “c”, de ABC para ABc, estando o parental com todos os alelos
dominantes e o do duplo-crossing com apenas o alelo “c” recessivo, e de abc para abC, estando o parental com todos os alelos
recessivos e o do duplo-crossing com apenas o alelo “c” dominante. Conclui-se então que o lócus “c” está no meio, sendo a posição
correta no cromossomo a – c – b ou b – c – a. Analisando cada item:
1º item: falso. A ocorrência de dois quiasmas (dois pontos de crossing-over) implica na troca de ambas as extremidades dos
cromossomos, o que equivale, em resultado, à troca da região central do mesmo, como mostrado na figura (1) abaixo:
Pode-se observar que apenas a região central dos cromossomos se apresenta trocada, de modo que, se os loci extremos são
considerados, é como se não tivesse havido recombinação entre eles, produzindo gametas com uma combinação parental de genes.
2º item: verdadeiro. A situação 2 está descrita abaixo, de modo que a configuração parental é ABC/abc.
Como o crossing-over é um evento raro, ao se analisar dois pares de alelos em particular, a ocorrência de dois eventos de crossing-
over simultaneamente no mesmo cromossomo é ainda mais rara, de modo que a freqüência dos produtos duplo-recombinantes (AcB e
aCb) é sempre inferior à freqüência de parentais (ABC e abc) e de recombinantes simples (Abc e aBC, e ABc e abC).
3º item: verdadeiro. Mesmo quando ocorre crossing-over na divisão meiótica, metade dos gametas produzidos são parentais e metade
dão recombinantes. Assim, a taxa de recombinação (porcentagem de gametas recombinantes) é metade do número de células
formadoras de gametas na qual ocorreu crossing-over. Deste modo, se a taxa de recombinação (soma da porcentagem de gametas
recombinantes) é de 15%, pode-se afirmar que 30% das células formadoras de gametas fizeram crossing-over, sendo encontrados
quiasmas em 30% das células que entram em meiose. Observe abaixo:
(1) 30% das células formadoras de gametas fazendo crossing-over:
A A a a
B b B b
Meiose I
30%
A A a a
B b
B b
Meiose II Meiose II
15% 15%
A A a a
B b B b
A A a a
B B b b
Meiose I
70%
A A a a
B B
b b
Meiose II Meiose II
35% 35%
A A a a
B B b b
40.
Resposta: VVFVV
Comentário: Em casos de linkage incompleto (com crossing-over), ocorre produção de quatro tipos de gametas, AB, Ab, aB e ab, em
proporções diferentes de 25% de cada, sendo os gametas parentais (originados sem crossing-over) em proporção maior do que os
gametas recombinantes (originados com crossing-over); isso também indica que os pares analisados A/a e B/b estão localizados no
mesmo par de cromossomos homólogos. Veja no diagrama abaixo para um caso de heterozigotos cis, em que os gametas parentais
conservam a posição original dos genes AB e ab, e os gametas recombinantes apresentam arranjo Ab e aB:
A a
B b
A a a a
B b B B
- Em algumas células, na meiose, o crossing-over pode ocorrer entre os loci “a” e “b”; veja os tipos de gametas formados:
- Na meiose de algumas células, os cromossomos sofrem crossing entre os loci “b” e “c”.
- Em algumas poucas células, ocorre um duplo-crossing entre “a” e “b”, e entre “b” e “c”. Os gametas com duplo-crossing são os
menos numerosos, em conseqüência da pequena probabilidade de sua ocorrência. Repare também que o duplo-crossing mantém os
dois genes extremos na posição original; só muda de lugar o gene do meio.
Assim, o triplo heterozigoto produz oito tipos de gametas, em proporções desiguais. Os gametas parentais serão sempre produzidos
em maior número; os gametas originados do duplo-crossing serão sempre os menos numerosos. O duplo-crossing aparentemente troca
a posição do gene que estão no meio. Basta então comparar os gametas provenientes do duplo-crossing com os gametas parentais: o
gene que estiver com a posição trocada é aquele que está no meio, entre os dois genes. Os gametas parentais são fáceis de ser
localizados; são os que aparecem em maior número. Os gametas provenientes do duplo-crossing, inversamente, são os que ocorrem
em menor número. Veja a comparação no quadro abaixo.
Veja que nos gametas de duplo-crossing, o único gene trocado é o “c”, de ABC para ABc, estando o parental com todos os alelos
dominantes e o do duplo-crossing com apenas o alelo “c” recessivo, e de abc para abC, estando o parental com todos os alelos
recessivos e o do duplo-crossing com apenas o alelo “c” dominante. Conclui-se então que o lócus “c” está no meio, sendo a posição
correta no cromossomo a – c – b ou b – c – a. No cruzamento entre indivíduos ABC/abc x abc/abc, foram obtidos descendentes que
permitiram inferir a seguinte freqüência de gametas para o heterozigoto:
DESCENDÊNCIA
Fenótipos Genótipos Freqüência
Inferidos
1 ABC 235/726 = 32,3%
2 abc 270/726 = 37,2%
3 Abc 62/726 = 8,5%
4 aBC 60/726 = 8,3%
5 ABc 40/726 = 5,5%
6 abC 48/726 = 6,6%
7 aBc 4/726 = 0,5%
8 AbC 7/726 = 1,1%
Total = 100%
Os gametas parentais são os de maior proporção, ABC e abc, e os gametas resultantes do duplo-crossing são os de menor proporção,
aBc e AbC. Pode-se perceber que nos gametas de duplo-crossing, o único gene trocado é o “b”, de ABC para AbC, estando o parental
com todos os alelos dominantes e o do duplo-crossing com apenas o alelo “b” recessivo, e de abc para aBc, estando o parental com
todos os alelos recessivos e o do duplo-crossing com apenas o alelo “b” dominante. Conclui-se então que o lócus “b” está no meio,
sendo a posição correta no cromossomo a – b – c ou c – b – a.
- Analisando os loci “a” e “b”: Sabemos que os cromossomos originais são AB e ab. Colocamos na lista seguinte todos os gametas que
mostrem uma combinação diferente dos parentais, Ab ou aB; eles sofreram crossing entre os loci “a” e “b”. Destacando em cor escura
os genes que nos interessam aqui, “a” e “b”, e ignorando o gene ”c”:
DESCENDÊNCIA
Fenótipos Genótipos Inferidos Freqüência
1 ABC: parental AB 235/726 = 32,3%
2 abc: parental ab 270/726 = 37,2%
3 Abc: recombinante Ab 62/726 = 8,5%
4 aBC: recombinante aB 60/726 = 8,3%
5 ABc: parental AB 40/726 = 5,5%
6 abC: parental ab 48/726 = 6,6%
7 aBc: recombinante aB 4/726 = 0,5%
8 AbC: recombinante Ab 7/726 = 1,1%
Total = 100%
São recombinantes entre “a” e “b” 3, 4, 7 e 8, com proporção somada de 8,5% + 8,3% + 0,5% + 1,1% = 18,4%, o que indica uma
distância de 18,4 UR.
- Analisando os loci “b” e “c”: Sabemos que os cromossomos originais são BC e bc. Colocamos na lista seguinte todos os gametas que
mostrem uma combinação diferente dos parentais, Bc ou bC; eles sofreram crossing entre os loci “b” e “c”. Destacando em cor escura
os genes que nos interessam aqui, “b” e “c”, e ignorando o gene ”a”:
DESCENDÊNCIA
Fenótipos Genótipos Inferidos Freqüência
1 ABC: parental BC 235/726 = 32,3%
2 Abc: parental bc 270/726 = 37,2%
3 Abc: parental bc 62/726 = 8,5%
4 aBC: parental BC 60/726 = 8,3%
5 ABc: recombinante Bc 40/726 = 5,5%
6 abC: recombinante bC 48/726 = 6,6%
7 aBc: recombinante Bc 4/726 = 0,5%
8 AbC: recombinante bC 7/726 = 1,1%
Total = 100%
São recombinantes entre “b” e “c” 5, 6, 7 e 8, com proporção somada de 5,5% + 6,6% + 0,5% + 1,1% = 13,7%, o que indica uma
distância de 13,7 UR.
Os genes estão organizados da seguinte maneira no mapa gênico:
A B C
18,4 UR 13,7UR
18,4 + 13,7 = 32,1 UR
41.
Resposta: VVVFF
Comentário: No cruzamento de uma planta duplo homozigótica AABB (dominante para os dois fenótipos) com uma planta duplo
homozigótica aabb (recessiva para os dois fenótipos), obtém-se uma geração F1 com 100% de plantas duplo heterozigotas AaBb
(dominante para os dois fenótipos).
No cruzamento de plantas da geração F1 AaBb com plantas duplo homozigóticas recessivas aabb, temos os seguintes descendentes:
- indivíduos dominantes para os dois fenótipos AaBb, em proporção de 35%;
- indivíduos dominantes para o 1º fenótipo e recessivos para o 2º fenótipo Aabb, em proporção de 15%;
- indivíduos recessivos para o 1º fenótipo e dominantes para o 2º fenótipo Aabb, em proporção de 15%;
- indivíduos recessivos para os dois fenótipos aabb, em proporção de 15%;
Considerando que os indivíduos aabb só produzem gametas ab, as proporções de gametas produzidas pelos indivíduos AaBb é de AB
= 35%, Ab = 15%, aB = 15% e ab = 35%, indicando que se trata de um caso de linkage com crossing-over. Assim, são parentais
aqueles gametas de maior proporção, AB e ab, indicando que se trata de um caso de heterozigose cis AB/ab. Analisando cada item:
1º item: verdadeiro. Como mencionado acima, trata-se de um caso de ligação gênica, com a geração P cruzando indivíduos
homozigotos dominantes AABB (AB/AB) com indivíduos homozigotos recessivos aabb (ab/ab).
2º item: verdadeiro. Mesmo quando ocorre crossing-over na divisão meiótica, metade dos gametas produzidos são parentais e metade
dão recombinantes. Assim, a taxa de recombinação (porcentagem de gametas recombinantes) é metade do número de células
formadoras de gametas na qual ocorreu crossing-over. Deste modo, se a taxa de recombinação (soma da porcentagem de gametas
recombinantes) é de 30%, pode-se afirmar que 60% das células formadoras de gametas fizeram crossing-over. Observe abaixo:
(1) 60% das células formadoras de gametas fazendo crossing-over:
A A a a
B b B b
Meiose I
60%
A A a a
B b
B b
Meiose II Meiose II
30% 30%
A A a a
B b B b
A A a a
B B b b
Meiose I
40%
A A a a
B B
b b
Meiose II Meiose II
20% 20%
A A a a
B B b b
42.
Resposta:
A) No núcleo dos espermatozóides produzidos pelo verme seriam observados um cromossomo e, portanto, uma
molécula de DNA.
C) Os genes estão em ligação fatorial e, não dispondo da freqüência de permutação ou da distância entre os
citados genes, torna-se impossível prever a proporção de cada tipo de gameta formado pelo animal.
43.
Resposta:
A) Tipos de gametas:
1 - AbD
2 - Abd
3 - aBD
4 - aBd
B) Pares de alelos com segregação independente: A/a e B/b com D/d.
44.
Resposta:
A) Considerando o gene A para acondroplasia e o gene d para distrofia, temos que Amy tem o genótipo AaD__, enquanto Matt é aadd.
Portanto, a probabilidade de terem outro filho ou outra filha com acondroplasia é de 50%, pois a mãe é Aa (heterozigota). A
probabilidade de os filhos nascerem com distrofia é de 0 % se a mãe for DD, e de 50% se a mãe for Dd.
B) A probabilidade Jacob e Molly terem filhos com acondroplasia é de 0%, e com displasia, ambém é de 0%, já que possuem
genótipo aaDd. Os possíveis filhos terão genótipo aaDD ou aaDd.
45.
Resposta:
A) PMNO ou MPNO
B) M e P são vizinhos (a distância entre eles é zero)
46.
Resposta:
A)
Gametas recombinantes: aB e Ab
Percentuais: 25% para cada.
B)
Subfase: Paquíteno.
Célula: Espermatócito primário.
C) 12,5 morganídeos = 1250 centimorgans.
47.
Resposta:
A) Se os genes estão ou não ligados. Para a segunda lei de Mendel, precisa-se da informação de que os genes
48.
Resposta:
A) 4 tipos de gametas (AB, AB, aB e ab), 25% de cada;
B) 2 tipos de gametas, 50% de cada; se forem AB e ab, trata-se de linkage cis; se forem Ab e aB, trata-se de linkage trans.
C) 4 tipos de gametas (AB, Ab, aB e ab), proporções diferentes de 25% de cada; se os gametas de maior proporção forem AB e ab,
trata-se de linkage cis; se os gametas de maior proporção forem Ab e aB, trata-se de linkage trans.
49.
Resposta: Se a distância entre os genes é de 20 morganídeos, há 20% de crossing-over entre eles. Assim, o indivíduo ML/ml (perceba
que ele é cis), produzirá gametas recombinantes com soma de 20% (sendo pois 10% de Ml e 10% de mL), sendo os 80% restantes de
gametas parentais (sendo pois 40% de ML e 40% de ml). Assim, os indivíduos de olhos marrons e asas curtas (Mmll) estarão em
proporção de 10% (pois recebem obrigatoriamente o gameta ml do duplo-recessivo, tendo que receber então o gameta Ml do
heterozigoto cis). Deste modo, o número de indivíduo é de 10% de 1500, que é igual a 150 indivíduos.
50.
Resposta: O caso 2, que ocorre quando os dois locos estão no mesmo cromossomo, com permuta gênica entre eles. A proporção
fenotípica 9:3:3:1 ( caso 1) só ocorre quando os dois locos estão em cromossomos diferentes.
Aula 30 - Genética do Sexo
1.
Resposta: B
Comentário:
2.
Resposta: E
Comentário: A herança ligada ao sexo ocorre quando os genes estão localizados apenas no cromossomo X, sem correspondência no
cromossomo Y. São exemplos de condições ligadas ao sexo promovidas por genes recessivos o daltonismo, a hemofilia e a distrofia
muscular. Como homens apresentam apenas um cromossomo X, basta a eles um alelo para que apresentem essas condições, sendo
hemizigotos, de modo que tais características são mais freqüentes em indivíduos do sexo masculino. Chamando de H o gene
dominante para a não hemofilia e de h o gene recessivo para a hemofilia, e de D o gene dominante para a não distrofia muscular e de d
o gene recessivo para a distrofia muscular, temos que o pai normal tem genótipo XHDY, passando o cromossomo XHD à filha mulher e
o cromossomo Y aos filhos homens. Assim, o filho hemofílico não distrófico tem genótipo XhDY (de modo que herdou o cromossomo
XhD da mãe e o cromossomos Y do pai), a filha normal é XHDX_ (de modo que herdou o cromossomo XHD do pai), e o filho distrófico
não hemofílico tem genótipo tem genótipo XHdY (de modo que herdou o cromossomo XHd da mãe e o cromossomos Y do pai). Desse
modo, a mãe normal tem genótipo XhDXHd.
No cruzamento em questão, entre homem XHDY e mulher XhDXHd, para calcular a proporção fenotípica entre os descendentes temos
que:
XHDY x XhDXHd
↓
25% indivíduos XHDXhD (mulher normal): 25% indivíduos XHDXHd (mulher normal) : 25% indivíduos XhDY (homem hemofílico não
distrófico) : 25% indivíduos XHdY (homem distrófico não hemofílico)
Assim, a possibilidade desse casal vir a ter uma filha com uma dessas anomalias é nula, pois o homem sempre envia às filhas
mulheres o cromossomo XHD com os genes dominantes para a normalidade.
3.
Resposta: D
Comentário: Em algumas espécies de seres vivos, a determinação do sexo é feita a partir de genes localizados em cromossomos
sexuais. Em aves, o sistema de determinação genética do sexo é o sistema ZW, com machos ZZ (homogaméticos) e fêmeas ZW
(heterogaméticas). Chamando de A o alelo para plumagem negra e de A1 o alelo para plumagem amarela, e sabendo que os indivíduos
heterozigotos AA1 são dotados de plumagem cinza, temos que o macho amarelo em questão tem genótipo ZA1ZA1 e a fêmea negra em
questão tem genótipo ZAW. No cruzamento em questão entre indivíduos ZA1ZA1 e indivíduos ZAW, para calcular a proporção
fenotípica entre os descendentes temos que:
ZA1ZA1 x ZAW
↓
50% indivíduos ZA1ZA (macho cinza): 50% indivíduos ZA1W (fêmea amarela)
Assim, no cruzamento em questão, todos os machos são cinzas (ZA1ZA) e todas as fêmeas são amarelas (ZA1W).
4.
Resposta: C
Comentário: Algumas formas de heranças relacionadas ao sexo são:
- Herança ligada ao sexo, quando os genes estão localizados apenas no cromossomo X, sem correspondência no cromossomo Y. São
exemplos de condições ligadas ao sexo promovidas por genes recessivos o daltonismo, a hemofilia e a distrofia muscular. Como
homens apresentam apenas um cromossomo X, basta a eles um alelo para que apresentem essas condições, sendo hemizigotos, de
modo que tais características são mais freqüentes em indivíduos do sexo masculino.
- Herança restrita ao sexo ou holândrica, quando os genes estão localizados apenas no cromossomo Y, sem correspondência no
cromossomo X. São exemplos a produção de testículos e a hipertricose auricular. Como apenas homens apresentam cromossomo Y,
apenas eles apresentam tais características, que são transmitidas a todos seus filhos homens.
- Herança influenciada pelo sexo, quando os genes são autossômicos (não localizados nos cromossomos sexuais), mas se expressam
de maneira diferente em machos e fêmeas. Assim, a expressão de dominância ou recessividade dos alelos pode ser diferente
dependendo do sexo, o que deve ser influenciado por hormônios sexuais. Um exemplo é a calvície, cujo gene é dominante nos homens
e recessivo nas mulheres. Assim, o heterozigoto de sexo masculino é calvo e o heterozigoto de sexo feminino não é calvo.
- Herança limitada pelo sexo, quando um gene, embora presente em ambos os sexos, manifesta-se apenas em machos ou em fêmeas.
Assim, a manifestação dos alelos é diferente dependendo do sexo, o que é determinado por hormônios sexuais. São exemplos a
produção de pêlos faciais, que ocorre só em homens (sendo estimulada por hormônios masculinos), e do desenvolvimento de mamas,
que ocorre só em mulheres (sendo inibido por hormônios masculinos). Em ambos os casos, no entanto, há genes no sexo oposto para
os caracteres, que não se manifestam devido a condições hormonais.
As heranças autossômicas ocorrem quando os genes estão localizados em cromossomos autossômicos, se segregando de modo
independente em relação aos genes localizados nos cromossomos sexuais. Assim, a herança ligada ao sexo está relacionada aos genes
localizados no cromossomo X, de modo que caracteres ligados ao sexo não podem passar de pai para um filho homem, uma vez que o
pai passa obrigatoriamente o cromossomo Y para esses filhos homens.
5.
Resposta: D
Comentário: Em algumas espécies de seres vivos, a determinação do sexo é feita a partir de genes localizados em cromossomos
sexuais. Por exemplo, na espécie humana, o que determina a diferenciação das gônadas do embrião em testículos, definindo a
identidade sexual masculina, é a presença de um gene denominado SRY, localizado no cromossomo Y, que leva à produção de uma
substância chamada antígeno-HY. A diferenciação das gônadas do embrião em ovários, definindo a identidade sexual feminina, se dá
com a ausência do gene SRY e do antígeno-HY, ou seja, com a ausência do cromossomo Y. Desse modo, indivíduos do sexo
masculino têm cromossomos sexuais XY, produzindo gametas com cromossomo X e gametas com cromossomos Y (sendo dito o sexo
heterogamético), e indivíduos do sexo feminino têm cromossomos XX, produzindo apenas gametas com cromossomo X (sendo dito o
sexo homogamético). São exemplos de sistemas de determinação genética do sexo:
- Sistema XY, com machos XY (heterogaméticos) e fêmeas XX (homogaméticas), tendo como exemplos mamíferos;
- Sistema X0, com machos X0 (heterogaméticos) e fêmeas XX (homogaméticas), tendo como exemplos besouros e gafanhotos;
- Sistema ZW, com machos ZZ (homogaméticos) e fêmeas ZW (heterogaméticas), tendo como exemplos borboletas e aves;
- Sistema Z0, com machos ZZ (homogaméticos) e fêmeas Z0 (heterogaméticas), tendo como exemplos aves domésticas como a
galinha.
- Sistema haploidia-diploidia, com machos haplóides (n) e fêmeas diplóides (2n), tendo como exemplos abelhas.
Assim, fazendo a associação, têm sistema de determinação do sexo X0 o gafanhoto (3), XY o homem (4), ZW as aves (1), e haplóide-
diplóide as abelhas (2).
6.
Resposta: D
Comentário:
7.
Resposta: D
Comentário:
8.
Resposta: B
Comentário:
9.
Resposta: A
Comentário:
10.
Resposta: B
Comentário:
11.
Resposta: C
Comentário:
12.
Resposta: C
Comentário:
13.
Resposta: D
Comentário: Nos mamíferos, inclusive na espécie humana, a determinação genética do sexo é do tipo XY. Desse modo, indivíduos
do sexo masculino têm cromossomos sexuais XY, produzindo gametas com cromossomo X e gametas com cromossomos Y (sendo
dito o sexo heterogamético), e indivíduos do sexo feminino têm cromossomos XX, produzindo apenas gametas com cromossomo X
(sendo dito o sexo homogamético). Nas fêmeas de mamíferos, um dos cromossomos X está inativado na forma de heterocromatina,
formando uma estrutura denominada cromatina sexual ou corpúsculo de Barr. A hipótese mais aceita para justificar essa inativação é a
Hipótese de Lyon ou do Mecanismo de Compensação de Dose, segundo a qual um dos cromossomos X da mulher é inativado para
evitar a produção excessiva de substâncias codificadas por genes do cromossomo X, o que seria prejudicial de alguma forma. Como só
pode haver um cromossomo X funcional, o número de cromatinas sexuais na célula de um indivíduo qualquer é igual ao número de
cromossomos X menos um. Assim, em gatos, a cor da pelagem é determinada por um par de genes localizados nos cromossomos
sexuais X, sendo o alelo XP determinante da cor preta e o alelo XA determinante da cor amarela, e por um par de genes autossômicos,
onde o alelo b recessivo em homozigose determina a formação de manchas brancas. Gatos machos podem ser uni ou bicolores. Veja:
- XPYB_: pretos uniformes;
- XAYB_: amarelos uniformes;
- XPYbb: pretos e brancos malhados;
- XAYbb: amarelos e brancos malhados;
Gatos fêmeas podem ser uni, bi ou tricolores. Veja:
- XPXPB_: pretas uniformes;
- XAXAB_: amarelas uniformes;
- XPXAB_: pretas e amarelas malhadas (uma vez que em algumas áreas do corpo há inativação do cromossomo X com o alelo para
preto, sendo essa área amarela, e em algumas áreas do corpo há inativação do cromossomo X com o alelo para amarelo, sendo essa
área preta);
- XPXPbb: pretas e brancas malhadas;
- XAXAbb: amarelas e brancas malhadas;
- XPXAB_: pretas e amarelas (uma vez que em algumas áreas do corpo há inativação do cromossomo X com o alelo para preto, sendo
essa área amarela, e em algumas áreas do corpo há inativação do cromossomo X com o alelo para amarelo, sendo essa área preta) e
brancas malhadas, conhecidas como “cascos-de-tartaruga” ou cálicos.
Assim, mesmo que o clone de uma fêmea cálico heterozigota XPXA apresente o mesmo material genético idêntico ao de sua matriz, a
inativação ao acaso de um dos cromossomos X da fêmea leva a um padrão diferente de manchas pretas e amarelas na pelagem.
14.
Resposta: D
Comentário: A herança ligada ao sexo ocorre quando os genes estão localizados apenas no cromossomo X, sem correspondência no
cromossomo Y. São exemplos de condições ligadas ao sexo promovidas por genes recessivos o daltonismo, a hemofilia e a distrofia
muscular. Como homens apresentam apenas um cromossomo X, basta a eles um alelo para que apresentem essas condições, sendo
hemizigotos, de modo que tais características são mais freqüentes em indivíduos do sexo masculino. Segundo o enunciado, a doença
em questão é de herança ligada ao sexo, e pelo heredograma, percebe-se que é recessiva. Se o caractere fosse ligado ao sexo
dominante, todas as filhas mulheres de homens afetados teriam que ser afetadas, uma vez que receberiam do pai o cromossomo X com
o alelo dominante para a doença em questão. Veja que se fosse dominante ligado ao sexo, o homem afetado teria passado o
cromossomo X com o alelo dominante para a filha, que deveria ser afetada:
XAY XaXa
XAXa
Deveria ser
afetada
Sendo recessivo, e chamando de XA o alelo dominante para a ausência da doença e de Xa o alelo recessivo para a doença, temos que a
mulher 7 é não afetada, mas portadora, com genótipo XAXa, apresentando obrigatoriamente o alelo mutante em questão (probabilidade
de 7 apresentar o alelo a = 100% = 1,0).
XaY XAX‐
XAXa
A mulher 7 pode passar para a sua filha 12 o cromossomo X com o alelo dominante (XA) ou o cromossomo X com o alelo recessivo
(Xa), com igual probabilidade (probabilidade de 12 apresentar o alelo a = 50% = 0,5).
O homem 13 é não afetado, apresentando genótipo XAY (probabilidade de 13 apresentar o alelo a = 0% = 0).
15.
Resposta: D
Comentário:
16.
Resposta: E
Comentário: São exemplos de sistemas de determinação genética do sexo:
- Sistema XY, com machos XY (heterogaméticos) e fêmeas XX (homogaméticas), tendo como exemplos mamíferos;
- Sistema X0, com machos X0 (heterogaméticos) e fêmeas XX (homogaméticas), tendo como exemplos besouros e gafanhotos;
- Sistema ZW, com machos ZZ (homogaméticos) e fêmeas ZW (heterogaméticas), tendo como exemplos borboletas e aves;
- Sistema Z0, com machos ZZ (homogaméticos) e fêmeas Z0 (heterogaméticas), tendo como exemplos aves domésticas como a
galinha.
- Sistema haploidia-diploidia, com machos haplóides (n) e fêmeas diplóides (2n), tendo como exemplos abelhas.
Se o cruzamento entre machos pretos puros e fêmeas cinza puras resultou em 100% de descendentes (machos e fêmeas) pretas em F1,
pode-se afirmar que o caractere asas pretas é condicionado por um alelo dominante em relação ao caractere asas cinzas, havendo
indivíduos pretos heterozigotos em F1. Se o cruzamento dos descendentes de F1 entre si resultou numa F2 com machos todos pretos e
fêmeas 50% pretas e 50% cinzas, pode-se concluir que se trata de um caso de herança sexual, pois as proporções dos descendentes são
diferentes em machos e fêmeas. Como os F1 heterozigotos resultaram em machos todos pretos, temos que os machos são o sexo
homogamético (ZZ) e as fêmeas são o sexo heterogamético (ZW), dentro do sistema ZW ou Z0. (Em borboletas e mariposas, o
sistema de determinação genética do sexo é o sistema ZW, com machos ZZ homogaméticos e fêmeas ZZ heterogaméticas). Chamando
de C o alelo dominante para asas pretas e de c o alelo recessivo para asas cinzas, temos que o cruzamento inicial entre machos pretos
puros (ZCZC) e fêmeas cinza puras (ZcW) resulta exatamente numa F1 com 100% de descendentes pretos (com machos ZCZc e fêmeas
ZCW). O cruzamento entre os F1(machos ZCZc X fêmeas ZCW) resulta exatamente numa F2 com machos todos pretos (ZCZC e ZCZc) e
fêmeas 50% pretas (ZCW) e 50% cinzas (ZcW). Desse modo, padrão de herança de cor das asas é ligado ao sexo, com a cor preta
dominante e a fêmea como o sexo heterogamético (no sistema ZW).
17.
Resposta: D
Comentário: Nas fêmeas de mamíferos, um dos cromossomos X está inativado na forma de heterocromatina, formando uma estrutura
denominada cromatina sexual ou corpúsculo de Barr. A hipótese mais aceita para justificar essa inativação é a Hipótese de Lyon ou do
Mecanismo de Compensação de Dose, segundo a qual um dos cromossomos X da mulher é inativado para evitar a produção excessiva
de substâncias codificadas por genes do cromossomo X, o que seria prejudicial de alguma forma. Como só pode haver um
cromossomo X funcional, o número de cromatinas sexuais na célula de um indivíduo qualquer é igual ao número de cromossomos X
menos um. Em gatos, a cor da pelagem é determinada por um par de genes localizados nos cromossomos sexuais X, sendo o alelo XP
determinante da cor preta e o alelo XA determinante da cor amarela, e por um par de genes autossômicos, onde o alelo b recessivo em
homozigose determina a formação de manchas brancas. Gatos machos podem ser uni ou bicolores. Veja:
- XPYB_: pretos uniformes;
- XAYB_: amarelos uniformes;
- XPYbb: pretos e brancos malhados;
- XAYbb: amarelos e brancos malhados;
Gatos fêmeas podem ser uni, bi ou tricolores. Veja:
- XPXPB_: pretas uniformes;
- XAXAB_: amarelas uniformes;
- XPXAB_: pretas e amarelas malhadas (uma vez que em algumas áreas do corpo há inativação do cromossomo X com o alelo para
preto, sendo essa área amarela, e em algumas áreas do corpo há inativação do cromossomo X com o alelo para amarelo, sendo essa
área preta);
- XPXPbb: pretas e brancas malhadas;
- XAXAbb: amarelas e brancas malhadas;
- XPXAB_: pretas e amarelas (uma vez que em algumas áreas do corpo há inativação do cromossomo X com o alelo para preto, sendo
essa área amarela, e em algumas áreas do corpo há inativação do cromossomo X com o alelo para amarelo, sendo essa área preta) e
brancas malhadas, conhecidas como “cascos-de-tartaruga” ou cálicos.
Para que um gato seja manchado de preto e amarelo, tem que ser heterozigoto XPXA, e para que seja do sexo masculino, tem que
possuir cromossomo Y, de modo apresenta uma trissomia 39, XXY, sendo XPXAY.
18.
Resposta: A
Comentário: Chamando de XH o alelo dominante para a produção normal do fator VIII de coagulação (não hemofilia) e de Xh o alelo
recessivo para a hemofilia A, temos que o homem I-1 hemofílico tem genótipo XhY, a mulher I-2 normal tem genótipo XHX-, e a
criança II-1 com atividade normal do fator VIII (não hemofílica) e portadora da síndrome de Turner (45, X0) tem genótipo XH0.
Assim, o cromossomo XH da criança em questão não pode ter vindo do pai, que só apresenta cromossomo Xh (por ser hemofílico),
tendo vindo da mãe. Assim, como o pai não passou para a criança o cromossomo XH em seus espermatozóides, deve ter passado um
espermatozóide defeituoso sem cromossomo sexual (“0”) resultante de uma não-disjunção cromossômica (erro na meiose) que levou à
aneuploidia monossômica na criança. Assim, analisando cada item:
Item A: verdadeiro. Como mencionado, o erro na divisão meiótica que levou ao nascimento da criança Turner II-1 ocorreu no pai
(indivíduo I-1).
Item B: falso. Na criança Turner II-1, o cromossomo XH foi herdado de sua mãe a partir do óvulo e o espermatozóide de seu pai veio
sem cromossomo sexual (“0”).
Item C: falso. O indivíduo II-1, de cariótipo 45, X0, apresenta a Síndrome de Turner.
Item D: falso. A criança Turner II-1, de cariótipo 45, X0, apresenta uma aneuploidia do tipo monossomia, e como não possui
cromossomo Y, é do sexo feminino.
Item E: falso. O gene que condiciona a produção do fator VIII está localizado no cromossomo sexual X, e não nos autossomos.
19.
Resposta: E
Comentário: A herança restrita ao sexo ou holândrica ocorre quando os genes estão localizados apenas no cromossomo Y, sem
correspondência no cromossomo X. São exemplos a produção de testículos e a hipertricose auricular. Como apenas homens
apresentam cromossomo Y, apenas eles apresentam tais características, que são transmitidas a todos seus filhos homens.Assim,
analisando cada item:
Item A: falso. Um indivíduo portador de cromossomo Y (homem, XY), passará o cromossomo Y para todos os seus descendentes do
sexo masculino, mas não aos descendentes do sexo feminino, que recebem o cromossomo X do pai.
Item B: falso. Como mencionado, o indivíduo portador do cromossomo Y (homem, XY) não passará esse cromossomo Y a suas
filhas.
Item C: falso. O cromossomo Y é herdado obrigatoriamente do pai XY, e nunca da mãe XX.
Item D: falso. O cromossomo Y é menor do que o cromossomo X, não tendo morfologia idêntica apesar da relação de homologia.
Item E: verdadeiro. O cromossomo Y é passado pelo pai a todos os seus descendentes do sexo masculino; assim, se o irmão do
indivíduo em questão não apresentar esse cromossomo Y, não pode ser filho do mesmo pai, não sendo, conseqüentemente, irmão
biológico.
20.
Resposta: B
Comentário:
21.
Resposta: B
Comentário:
22.
Resposta: A
Comentário:
23.
Resposta: E
Comentário: Algumas formas de heranças relacionadas ao sexo são:
- Herança ligada ao sexo, quando os genes estão localizados apenas no cromossomo X, sem correspondência no cromossomo Y. São
exemplos de condições ligadas ao sexo promovidas por genes recessivos o daltonismo, a hemofilia e a distrofia muscular. Como
homens apresentam apenas um cromossomo X, basta a eles um alelo para que apresentem essas condições, sendo hemizigotos, de
modo que tais características são mais freqüentes em indivíduos do sexo masculino.
- Herança restrita ao sexo ou holândrica, quando os genes estão localizados apenas no cromossomo Y, sem correspondência no
cromossomo X. São exemplos a produção de testículos e a hipertricose auricular. Como apenas homens apresentam cromossomo Y,
apenas eles apresentam tais características, que são transmitidas a todos seus filhos homens.
- Herança influenciada pelo sexo, quando os genes são autossômicos (não localizados nos cromossomos sexuais), mas se expressam
de maneira diferente em machos e fêmeas. Assim, a expressão de dominância ou recessividade dos alelos pode ser diferente
dependendo do sexo, o que deve ser influenciado por hormônios sexuais. Um exemplo é a calvície, cujo gene é dominante nos homens
e recessivo nas mulheres. Assim, o heterozigoto de sexo masculino é calvo e o heterozigoto de sexo feminino não é calvo.
- Herança limitada pelo sexo, quando um gene, embora presente em ambos os sexos, manifesta-se apenas em machos ou em fêmeas.
Assim, a manifestação dos alelos é diferente dependendo do sexo, o que é determinado por hormônios sexuais. São exemplos a
produção de pêlos faciais, que ocorre só em homens (sendo estimulada por hormônios masculinos), e do desenvolvimento de mamas,
que ocorre só em mulheres (sendo inibido por hormônios masculinos). Em ambos os casos, no entanto, há genes no sexo oposto para
os caracteres, que não se manifestam devido a condições hormonais.
Assim, o desenvolvimento das glândulas mamárias nos mamíferos é visto normalmente nas fêmeas e não nos machos, apesar de os
genes serem encontrados em ambos os sexos, e a característica é herdada nos autossomos, o que caracteriza um caso de herança
limitada pelo sexo.
24.
Resposta: B
Comentário: Nas fêmeas de mamíferos, um dos cromossomos X está inativado na forma de heterocromatina, formando uma estrutura
denominada cromatina sexual ou corpúsculo de Barr. A hipótese mais aceita para justificar essa inativação é a Hipótese de Lyon ou do
Mecanismo de Compensação de Dose, segundo a qual um dos cromossomos X da mulher é inativado para evitar a produção excessiva
de substâncias codificadas por genes do cromossomo X, o que seria prejudicial de alguma forma. Como só pode haver um
cromossomo X funcional, o número de cromatinas sexuais na célula de um indivíduo qualquer é igual ao número de cromossomos X
menos um. Em aves, o sistema de determinação genética do sexo é o sistema ZW, com machos ZZ (homogaméticos) e fêmeas ZZ
(heterogaméticas). Em humanos, a cromatina sexual é encontrada nas fêmeas homogaméticas XX, onde há inativação de um dos
cromossomos X, mas, em aves, o sexo homogamético é o sexo masculino ZZ, de modo que a cromatina sexual deve ser encontrada
nos indivíduos desse sexo, onde há inativação de um dos cromossomos Z.
25.
Resposta: E
Comentário: A herança ligada ao sexo ocorre quando os genes estão localizados apenas no cromossomo X, sem correspondência no
cromossomo Y. São exemplos de condições ligadas ao sexo promovidas por genes recessivos o daltonismo, a hemofilia e a distrofia
muscular. Como homens apresentam apenas um cromossomo X, basta a eles um alelo para que apresentem essas condições, sendo
hemizigotos, de modo que tais características são mais freqüentes em indivíduos do sexo masculino. As heranças autossômicas
ocorrem quando os genes estão localizados em cromossomos autossômicos, se segregando de modo independente em relação aos
genes localizados nos cromossomos sexuais. Analisando cada heredograma:
- Heredograma A: O heredograma indica que a doença em questão é de herança autossômica dominante.
(1) Justificativa de ser dominante: Se o caractere fosse recessivo, ter-se-ia que admitir a coincidência de todos os indivíduos afetados
da genealogia que se casaram terem se casado com indivíduos não afetados heterozigotos para a característica, o que é pouquíssimo
provável, uma vez que genes para doenças são raros. Veja que os indivíduos com o caractere dominante marcados teriam que ser
todos heterozigotos para explicar a genealogia:
aa Aa
aa Aa
aa
Veja que, sendo dominante, o alelo é passado pelo indivíduo parental afetado para os descendentes afetados, independentemente do
alelo passado pelo outro indivíduo parental não afetado:
A
A
(2) Justificativa de ser autossômico: Se o caractere fosse ligado ao sexo, sendo dominante, todas as filhas mulheres de homens
afetados teriam que ser afetadas, uma vez que receberiam do pai o cromossomo X com o alelo dominante para a doença em questão, e
todos os filhos homens teriam que ser não afetados, uma vez que receberiam do pai o cromossomo Y sem o gene para a doença em
questão. Veja que se fosse dominante ligado ao sexo, o homem afetado teria passado o cromossomo Y sem o gene para a doença para
o filho homem, que não deveria ser afetado, pois receberia o cromossomo X da mãe sem o alelo dominante para a doença, uma vez
que a mãe seria não afetada homozigota recessiva XaXa:
XAY XaXa
Deveria ser normal
XaY
Como A representa uma doença autossômica dominante, pode ser associada com a doença de Huntington, doença neurológica
condicionada por esse tipo de herança.
- Heredograma B: O heredograma indica que a doença em questão é de herança autossômica recessiva.
(1) Justificativa de ser recessivo: Num heredograma, pode-se identificar o gene dominante e recessivo pela análise de cruzamentos em
que pais, ambos com um caractere, apresentam pelo menos um descendente com outro caractere; como dois indivíduos de caracteres
recessivos não podem ter um descendente de caractere dominante, conclui-se automaticamente que os pais possuem o caractere
dominante e são heterozigotos, enquanto o descendente de caractere diferente é recessivo.
(2) Justificativa de ser autossômico: Se o caractere fosse ligado ao sexo, sendo recessivo, para um filha mulher ser afetada XaXa, teria
que ter o pai afetado XaY para receber dele o alelo Xa, uma vez que tem que receber um alelo Xa de cada genitor, pai e a mãe. Veja
que se fosse recessivo ligado ao sexo, a filha afetada teria que ter pai afetado XaY:
Deveria ser afetado
XaY XAXa
XaXa
Como B representa uma doença autossômica recessiva, pode ser associada com a fenilcetonúria, impossibilidade de metabolizar o
aminoácido fenilalanina, levando a lesões neurológicas, condicionada por esse tipo de herança.
- Heredograma C: O heredograma indica que a doença em questão é de herança ligada ao sexo recessiva.
(1) Justificativa de ser recessivo: Num heredograma, pode-se identificar o gene dominante e recessivo pela análise de cruzamentos em
que pais, ambos com um caractere, apresentam pelo menos um descendente com outro caractere; como dois indivíduos de caracteres
recessivos não podem ter um descendente de caractere dominante, conclui-se automaticamente que os pais possuem o caractere
dominante e são heterozigotos, enquanto o descendente de caractere diferente é recessivo.
(2) Justificativa de ser ligada ao sexo: Sendo recessivo, como homens apresentam apenas um cromossomo X, basta a eles um alelo
para que apresentem essas condições, sendo hemizigotos, de modo que tais características são mais freqüentes em indivíduos do sexo
masculino. Homens afetados passam o cromossomo X com o alelo recessivo a todas as suas filhas, que, mesmo sendo normais
(heterozigotas XAXa), passarão o mesmo a cerca de metade de seus filhos homens, que serão afetados (XaY). Veja:
XaY XAX‐
XAXa XaY
XAY XaY
Como C representa uma doença ligada ao sexo recessiva, pode ser associada com o daltonismo, condicionado por esse tipo de
herança.
26.
Resposta: D
Comentário: A herança ligada ao sexo ocorre quando os genes estão localizados apenas no cromossomo X, sem correspondência no
cromossomo Y. São exemplos de condições ligadas ao sexo promovidas por genes recessivos o daltonismo, a hemofilia e a distrofia
muscular. Como homens apresentam apenas um cromossomo X, basta a eles um alelo para que apresentem essas condições, sendo
hemizigotos, de modo que tais características são mais freqüentes em indivíduos do sexo masculino. Chamando de XD o alelo
dominante para a não distrofia e de Xd o alelo recessivo para a distrofia, temos que homens normais são XDY, homens distróficos são
XdY, mulheres afetadas são XdXd e mulheres normais são XDX-. Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. Casais não afetados com filhos homens afetados (XdY, tendo recebido o cromossomo Y do pai e o cromossomo
Xd da mãe) têm pai XDY e mãe XDXd, de modo que apresentam a seguinte proporção fenotípica entre os descendentes:
XDY x XDXd
↓
25% indivíduos XDXD (mulheres normais) : 25% indivíduos XDXd (mulheres normais) : 25% indivíduos XDY (homens normais) : 25%
indivíduos XdY (homens distróficos)
Assim, existe 25% de probabilidade do nascimento de outra criança com distrofia.
Item B: verdadeiro. Indivíduos do sexo masculino afetados por essa distrofia muscular (XdY) herdaram o cromossomo Y do pai e o
cromossomo Xd da mãe, que, sendo normal, é heterozigota XDXd.
Item C: verdadeiro. Indivíduos do sexo masculino que possuem um gene mutante para essa distrofia manifestam a doença são XdY,
de modo que são afetados.
Item D: falso. Mulheres afetadas por essa condição teriam genótipo XdXd, recebendo um cromossomo Xd da mãe, que, sendo normal,
é heterozigota XDXd, e um cromossomo Xd do pai, que teria genótipo XdY; entretanto, o enunciado afirma que a condição impede a
reprodução (uma vez que o indivíduo morre antes de atingir a maturidade sexual), de modo que o indivíduo do sexo masculino afetado
XdY não poderia ter filhas, o que implica na impossibilidade de haver mulheres afetadas XdXd.
27.
Resposta:
A) A mãe porque é portadora do gene em questão (XDXd).
B) Na segunda divisão, pois o descendente herdou o cromossomo Xd duplicado de sua mãe.
C) Síndrome de Klinefelter. Características: estatura elevada, corpo eunucoide com aspecto feminizado, ausência ou escassez de
barba, pilosidade corporal e pubiana feminizadas, ginecomastia, osteoporose, hipoplasia de testículos, azoospermia ou oligospermia.
28.
Resposta:
A) Cromossomo X. herança ligada ao sexo.
B) Recessiva, pois a mãe heterozigota (portadora) tem o gene mas não a anomalia.
C) Daltonismo e hemofilia.
29.
Resposta:
A)
Tipo: Autossômico.
Argumento 1: A característica aparece igualmente em homens e mulheres.
Argumento 2: Ela pode ser transmitida diretamente de pai para filho.
B)
Tipo: Dominante.
Argumento 1: Ocorre, sem saltos, em todas as gerações.
Argumento 2: Somente os afetados possuem filhos afetados.
C) Como a probabilidade de III-3 ser Aa é igual a 2/3, a chance do casal III-3 e III-9, ambos heterozigotos, de gerar descendente aa é
2/3 x 1/4 = 1/6.
30.
Resposta:
A)
Localização: no cromossomo X
Tipo de Herança: herança ligada ao sexo
B)
Anomalia 1: Daltonismo
Anomalia 2: Hemofilia ou distrofia muscular de Duchenne
C)
Classificação: Monossomia do cromossomo X
Genótipo: Genótipo – X0
D)
Origem: materna
Justificativa: Considerando que o pai é normal, então o único cromossomo X que a filha afetada apresenta com o alelo recessivo para
uma das anomalias, só pode ter sido herdado da mãe.
E)
Pai: XAY
Mãe: XAXa
II-1: XAXA ou XAXa
II-2: XaY
II-3: Xa0
31.
Resposta:
32.
Resposta:
A) Herança recessiva ligada ao sexo. A mulher seria portadora de gene recessivo raro em um de seus cromossomos X. Os filhos
homens herdaram de sua mãe o cromossomo X portador do gene em questão.
B) Se os dois maridos da mulher fossem irmãos a resposta seria a mesma. Trata-se de gene muito raro o que torna improvável que a
mulher e os dois homens sejam portadores do gene autossômico e recessivo. Observa-se também que os filhos homens herdam de seu
pai o cromossomo Y.
33.
Resposta:
A) A hipertricose auricular representa um caso de herança restrita ao sexo ou holândrica, pois o gene relacionado se encontra no
cromossomo Y, afetando todos os filhos homens de um genitor (pai) afetado, mas nenhuma filha. A calvície é um caso de herança
influenciada pelo sexo, pois o gene se comporta como dominante nos homens e como recessivo nas mulheres.
B) legenda C = gene para a calvície, c = gene para não-calvície; X = cromossomo sexual, Yh = cromossomo sexual com gene para
hipertricose.
Cruzamento: Cc XX x Cc XYh
CX cX CYh cYh
O genótipo da mulher calva é CC XX; o genótipo do homem não-calvo e com hipertricose auricular é cc XYh.
34.
Resposta: A conseqüência mais imediata seria um aumento na proporção de fêmeas. 50% de cada sexo, uma vez que a temperatura
não influencia na determinação do sexo de aves.
35.
Resposta:
A) XdY e XDXd, respectivamente
B) O cromossomo X com o gene D foi o inativado na formação da cromatina sexual. A tendência é que as filhas delas sejam
daltônicas somente se seu marido for daltônico e houver encontro dos genes recessivos nas filhas.
36.
Resposta:
A) Aneuploidia é uma aberração cromossômica numérica em que o portador apresenta determinados cromossomos a mais ou a menos.
O gato de José apresenta uma trissomia, a síndrome de Klinefelter (XXY), dos cromossomos sexuais.
B) O macho normal (XY) não pode apresentar as duas cores, pois só possui um cromossomo sexual X. Deste modo, ou são pretos
(XPY) ou amarelos (XAY). O veterinário explicou que o gato de José é preto e amarelo por ser portador do genótipo XPXAY.
37.
Resposta:
A) A hemofilia em homens é herdada da mãe, e não do pai.
B) Recessivo, uma vez que pais normais têm filhos afetados.
38.
Resposta:
A) bisnetos do sexo masculino: 2; bisnetos do sexo feminino: 2.
B) netos: 2; bisnetos: 1.
39.
Resposta:
A) Fêmea excepcional.
B) I.S. = X/A, ou seja, relação entre o no de cromossomos X e o no de lotes autossômicos presentes no cariótipo do animal.
C) I.S. = X/A = 2/2 = 1. Trata-se de uma fêmea.
40.
Resposta:
A) I - herança ligada ao sexo; II- herança limitada pelo sexo; III - herança influenciada pelo sexo.
B) Herança ligada ao sexo (caso I).
41.
Resposta: Chamando de l o gene letal e de L o gene não letal, o cruzamento é ZLZl (macho) X ZLW (fêmea) e
os possíveis descendentes são: ZLZL (macho normal); ZLW (fêmea normal); ZLZl (macho normal) e ZlW
(morre).
A) 1/4.
B) 2/3.
C) 1/3.
42.
Resposta:
A)
1 = ligada ao sexo dominante, uma vez que homens afetados sempre têm suas mulheres afetadas;
2 = autossômica dominante, uma vez que, se o gene fosse recessivo, exigiria que os cruzamentos dos indivíduos afetados sempre se
dessem com heterozigotos para que nascessem filhos afetados, o que é pouco provável porque genes para doenças são normalmente
raros.
B) Como só se manifesta tardiamente, a tendência é que o indivíduo afetado já tenha tido filhos, já tendo passado o gene à frente.
43.
Resposta: Os genes para preto e para amarelo estão no cromossomo X. Como os gatos do sexo masculino têm apenas um
cromossomo X, só poderão ter um dos genes ligados ao sexo, preto ou amarelo, além do gene autossômico. As fêmeas, que possuem
dois cromossomos X, podem ter os dois alelos para cor, além do gene autossômico para a cor branca.
44.
Resposta: O cromossomo Y. Há apenas uma troca de ADN entre o cromossomo Y (que é único no cariótipo do homem) e o
cromossomo X, num pequeno trecho homólogo existente entre esses cromossomos.
45.
Resposta:
A) A mulher que é heterozigota para esse gene, em função da inativação ao acaso de um dos cromossomos X, apresentará regiões da
pele em que o gene normal será ativo e outras regiões em que o gene anormal será o gene ativo.
B) Os homens só têm um cromossomo X, que é sempre funcional e portador de apenas um dos dois genes. Se o cromossomo X do
homem tiver o gene em questão, toda sua pele estará comprometida, caso contrário toda sua pele será normal.
46.
Resposta:
A) Como o gene para o daltonismo (d) é recessivo, todas as mulheres heterozigotos para este gene deveriam ter visão normal nos dois
olhos.
B) As mulheres possuem dois cromossomos X. Durante o desenvolvimento embrionário, um dos cromossomos X é inativado ao
acaso, independente dos genes que possui. Nas mulheres heterozigotas para o daltonismo (XDXd) pode haver diferentes fenótipos nos
dois olhos: em um dos olhos ocorrendo a inativação do cromossomo XD, este ficará daltônico; no outro olho ocorrendo a inativação do
cromossomo Xd, este será normal.
47.
Resposta:
A) 9.
B) 1/3 de machos ZZ e 2/3 de fêmeas Z0.
48.
Resposta:
1.
A) Como o cromossomo Y é obrigatoriamente de origem paterna, analisa a ascendência pelo lado do pai.
B) Como o DNA mitocondrial é obrigatoriamente de origem materna, analisa a ascendência pelo lado da mãe.
2. Os colonizadores freqüentemente cruzavam com as índias, de modo que grande parte da população acaba herdando DNA
mitocondrial das ancestrais índias.
3. O crossing-over troca pedaços entre cromossomos homólogos, mas não há homologia entre a região Y-específica do cromossomo Y
e o cromossomo X, de modo que não pode haver crossing-over nesta área.
4.
A) Haplogrupo 8, porque acumulou mais mutações, de modo que teve mais tempo para isso, tendo surgido anteriormente.
B) Migração
49.
Resposta: Fazendo a relação, o indivíduo 1 é XHY e tem um fragmento de 4 kb, enquanto o indivíduo 4 é XhY e tem um fragmento de
3 kb. Assim, é de se supor que o fragmento de 4 kb seja o gene H e o fragmento de 3 kb seja o gene h. Isto pode ser confirmado com a
mulher 2, que é XHXh e tem um fragmento de cada (ou seja, um gene de cada).
A) 2: XHXh; 3:XHX-; 5:XHX-
B) 2:XHXh; 3:XHXh; 5:XHXH
C) 3: ¼; 5:zero
D) Permite a identificação do indivíduo como heterozigoto ou homozigoto dominante.
50.
Resposta:
Distância entre os genes para hemofilia e daltonismo = 9 unidades, ou seja, taxa de recombinação de 9%.
Se o pai da mulher normal era hemofílico, ela tem o gene h, mas também o H por não ser hemofílica; se mãe tinha olhos azuis e era
daltônica, ela é portadora do gene para olhos azuis (Aa) e do gene para daltonismo d, mas também o gene D por ser normal. Agora
observe que o cromossomo X que recebe do pai tem o gene para hemofilia mas não para daltonismo (se não seria o pai daltônico
também), sendo pois XdH; já o cromossomo X que recebe da mãe tem o gene para daltonismo, mas não o para hemofilia (se não ela
seria dd e portanto daltônica, mas ela é normal), sendo pois XDh. A mulher é, pois, XdHXDh (heterozigota trans). Seus gametas são:
XdH e XDh : parentais
XDH e Xdh : recombinantes
Como a porcentagem de crossing-over é de 9%, cada recombinante terá 4,5% de freqüência, enquanto os parentais (na soma 91%),
terão 41,5% de freqüência cada.
Assim:
XdH – 41,5%
XDh – 41,5%
XDH – 4,5%
Xdh – 4,5%
Ao casar com um homem normal de olhos azuis (XDHY aa), a probabilidade de a primeira criança ser um menino, de olhos azuis e
completamente normal é:
- menino: recebe Y do pai = ½
- olhos azuis: recebe a do pai e a da mãe = ½ (o pai é homozigoto para o olho, aa, e a mãe é heterozigota para o olho, Aa)
- normal: recebe XDH da mãe = 4,5% = 4,5 / 100
Total = 1/2 x 1/2 x 4,5 /100 = 4,5 / 400.
Aula 31 - Pleiotropia e Interação Gênica
1.
Resposta: D
Comentário:
2.
Resposta: C
Comentário: Genes dominantes são funcionais, mas genes recessivos são defeituosos e por isso não produzem enzimas viáveis. Nesse
caso, apesar de indivíduos homozigotos dominantes produzirem mais enzima (por terem dois alelos funcionais) que os heterozigotos
(por ter apenas 1 alelo funcional), ambos possuem o mesmo fenótipo. Nesses casos, ocorre o fenômeno de dominância completa. Em
alguns casos, entretanto, ocorre diferença na expressão da característica entre os homozigotos dominantes (que produzem mais enzima
por terem dois alelos funcionais) e os heterozigotos (que produzem menos enzima por ter apenas 1 alelo funcional), de modo que o
fenótipo de heterozigotos é menos intenso que o de homozigotos dominantes, aparentando ser uma mistura ou gradação das
características dos homozigotos dominante e recessivo. Essa situação é denominada semidominância, ausência de dominância ou
dominância incompleta. No caso da flor bonina, ocorrem três variedades de cor, vermelha, branca e rósea. Assim, homozigotas para
vermelho são vermelhas, homozigotas para branco são brancas e heterozigotas são vermelho e branco “misturados”, ou seja, róseas.
Há ainda situações em que não há genes dominantes ou recessivos, ou seja, ambos os alelos são funcionais, ambos produzindo
enzimas funcionais. Assim, no indivíduo heterozigoto, a combinação das reações químicas proporcionadas por essas enzimas acaba
produzindo efeitos combinados. Nesse caso, chamado de co-dominância, o indivíduo heterozigoto manifesta as duas características
dos homozigotos simultaneamente, sem se misturar. Por exemplo, no sistema ABO de grupos sangüíneos, o gene IA condiciona a
produção de substância A, enquanto o gene IB condiciona a produção da substância B. Desse modo, indivíduos IAIA produzem
somente substância A, tendo sangue A, indivíduos IBIB produzem somente substância B, tendo sangue B, e finalmente indivíduos
heterozigotos IAIB produzem substância A e substância B simultaneamente, tendo sangue AB. Dá-se o nome de pleiotropia ao
fenômeno que observamos quando um único par de alelos consegue produzir por ação individual, diversos efeitos fenotípicos
simultâneos no mesmo indivíduo, como ocorre na anemia falciforme. Se a prole de um macho de plumagem branca com uma fêmea
de plumagem preta apresenta plumagem cinza, pode-se explicar a herança como tendo um padrão de dominância incompleta.
Chamando de “B” o alelo para a plumagem branca e de “P” o alelo para plumagem preta, o macho branco teria genótipo homozigoto
BB, a fêmea preta teria genótipo homozigoto PP, e os descendentes cinzas teriam genótipo PB, possuindo plumagem de cor
intermediária entre os homozigotos branco e preto.
3.
Resposta: D
Comentário:
4.
Resposta: D
Comentário:
5.
Resposta: C
Comentário: Interação gênica é o fenômeno que observamos quando vários pares de alelos interagem para produzir um único efeito
fenotípico indivíduo. Apesar de interagirem para determinar o fenótipo, os genes em questão se segregam independentemente, de
modo que cada par de genes pode ser analisado independentemente, e as probabilidades relativas a cada par podem ser multiplicadas
para que se obtenham os resultados de probabilidades envolvendo os vários pares. A epistasia é um tipo de interação gênica em que
um gene de um certo locus, chamado epistático, “inibe” o efeito do gene de outro locus, chamado hipostático.
- Na epistasia dominante, o par epistático só tem ação epistática quando apresenta o alelo dominante;
- Na epistasia recessiva, o par epistático só tem ação epistática quando apresenta os dois alelos recessivos;
- Na epistasia duplo-recessiva ou interação gênica complementar, qualquer um dos pares é epistático sobre o outro, desde que com os
dois alelos recessivos.
Analisando cada item:
Item I: falso. Nos casos de epistasia dominante, chamando o par epistático de A/a e o par hipostático de B/b, temos que:
- indivíduos A_B_ e A_bb (ou seja, A___) apresentarão o fenótipo condicionado pelo alelo A;
- indivíduos aaB_ apresentarão o fenótipo condicionado pelo alelo B;
- indivíduos aabb apresentarão o fenótipo condicionado pelo alelo b.
No cruzamento entre indivíduos duplo-heterozigotos AaBb x AaBb, para calcular a proporção fenotípica nos descendentes, pode-se
analisar um par de genes de cada vez:
(1) Proporção fenotípica no cruzamento Aa x Aa:
Aa x Aa
↓
25% indivíduos AA : 50% indivíduos Aa : 25% indivíduos aa
↓
75% indivíduos A_ : 25% indivíduos aa = 3/4 indivíduos A_ : 1/4 indivíduos aa
(2) Proporção fenotípica no cruzamento Bb x Bb:
Bb x Bb
↓
25% indivíduos BB : 50% indivíduos Bb : 25% indivíduos bb
↓
75% indivíduos B_ : 25% indivíduos bb = 3/4 indivíduos B_ : 1/4 indivíduos bb
Assim:
- Proporção (P) de descendentes com fenótipo condicionado por A (ou seja, de genótipo A___) = P(A_) = 3/4 = 12/16;
- Proporção (P) de descendentes com fenótipo condicionado por B (ou seja, de genótipo aaB_) = P(aa) x P(B_) = 1/4 x 3/4 = 3/16;
- Proporção (P) de descendentes com fenótipo condicionado por b (ou seja, de genótipo aabb) = P(aa) x P(bb) = 1/4 x 1/4 = 1/16.
Proporção = 12:3:1
Nos casos de epistasia recessiva, chamando o par epistático de A/a e o par hipostático de B/b, temos que:
- indivíduos aaB_ e aabb (ou seja, aa__) apresentarão o fenótipo condicionado pelo alelo a;
- indivíduos A_B_ apresentarão o fenótipo condicionado pelo alelo B;
- indivíduos A_bb apresentarão o fenótipo condicionado pelo alelo b.
No cruzamento entre indivíduos duplo-heterozigotos AaBb x AaBb, para calcular a proporção fenotípica nos descendentes, pode-se
analisar um par de genes de cada vez:
(1) Proporção fenotípica no cruzamento Aa x Aa:
Aa x Aa
↓
25% indivíduos AA : 50% indivíduos Aa : 25% indivíduos aa
↓
75% indivíduos A_ : 25% indivíduos aa = 3/4 indivíduos A_ : 1/4 indivíduos aa
(2) Proporção fenotípica no cruzamento Bb x Bb:
Bb x Bb
↓
25% indivíduos BB : 50% indivíduos Bb : 25% indivíduos bb
↓
75% indivíduos B_ : 25% indivíduos bb = 3/4 indivíduos B_ : 1/4 indivíduos bb
Assim:
- Proporção (P) de descendentes com fenótipo condicionado por a (ou seja, de genótipo aa__) = P(aa) = 1/4 = 4/16;
- Proporção (P) de descendentes com fenótipo condicionado por B (ou seja, de genótipo A_B_) = P(A_) x P(B_) = 3/4 x 3/4 = 9/16;
- Proporção (P) de descendentes com fenótipo condicionado por b (ou seja, de genótipo A_bb) = P(A_) x P(bb) = 3/4 x 1/4 = 3/16.
Proporção = 4:9:3 = 9:3:4
Se, no cruzamento de camundongos duplo-heterozigotos de genótipo AaPp, a proporção fenotípica foi de 9:3:4, se trata de epistasia
recessiva, e não de epistasia dominante, cuja proporção fenotípica seria de 12:3:1.
Conclui-se que, nos camundongos, o par aa que condiciona cor branca é epistático sobre B_, que condiciona cor aguti, e sobre bb, que
condiciona cor preta, de modo que:
- indivíduos aaP_ e aapp (ou seja, aa__) apresentarão o fenótipo condicionado pelo alelo a, ou seja cor branca;
- indivíduos A_P_ apresentarão o fenótipo condicionado pelo alelo P, ou seja, cor aguti;
- indivíduos A_pp apresentarão o fenótipo condicionado pelo alelo p, ou seja, cor preta.
Item II: verdadeiro. A 2ª Lei de Mendel (Lei da Segregação Independente dos Fatores) se aplica à análise de mais de uma
característica, e, portanto, de mais de um par de genes, que se separam independentemente na meiose, de modo que se podem formar
todas as possíveis combinações de genes nos gametas (desde que não haja dois genes de um mesmo par, pois isso contraria a 1ª Lei).
Chamando de “A” o alelo dominante e de “a” o alelo recessivo para um dos pares de genes, e de “B” o alelo dominante e de “b” o
alelo recessivo para o outro dos pares de genes, no cruzamento entre indivíduos duplo-heterozigotos AaBb x AaBb, para calcular a
proporção fenotípica nos descendentes, pode-se analisar um par de genes de cada vez:
(1) Proporção fenotípica no cruzamento Aa x Aa:
Aa x Aa
↓
25% indivíduos AA : 50% indivíduos Aa : 25% indivíduos aa
↓
75% indivíduos A_ : 25% indivíduos aa = 3/4 indivíduos A_ : 1/4 indivíduos aa
(2) Proporção fenotípica no cruzamento Bb x Bb:
Bb x Bb
↓
25% indivíduos BB : 50% indivíduos Bb : 25% indivíduos bb
↓
75% indivíduos B_ : 25% indivíduos bb = 3/4 indivíduos B_ : 1/4 indivíduos bb
Assim:
- Proporção (P) de descendentes de genótipo A_B_ = P(A_) x P(B_) = 3/4 x 3/4 = 9/16;
- Proporção (P) de descendentes de genótipo A_bb = P(A_) x P(bb) = 1/4 x 3/4 = 3/16;
- Proporção (P) de descendentes de genótipo aaB_ = P(aa) x P(B_) = 1/4 x 3/4 = 3/16;
- Proporção (P) de descendentes de genótipo aabb = P(aa) x P(bb) = 1/4 x 1/4 = 1/16.
Proporção = 9:3:3:1
Se a proporção fenotípica no cruzamento de camundongos duplo-heterozigotos para a cor da pelagem e o tamanho dos pêlos foi de
9/16 preta-curta; 3/16 preta-longa; 3/16 marrom-curta; e 1/16 marrom longa, conclui-se que se trata de segregação independente do
tipo diibridismo. Assim, A é o alelo dominante para cor preta e a é o alelo recessivo para cor marrom, e B é o alelo dominante para
pêlo curto e b é o alelo recessivo para pêlo longo.
Item III: verdadeiro. Se a proporção fenotípica no cruzamento de periquitos duplo-heterozigotos (F1) foi de 9:3:3:1, idêntica à da 2ª
Lei de Mendel, mas determinando uma única característica, ou seja, cor da plumagem, trata-se de um caso de interação gênica.
Conclui-se que, no caso da herança da cor da plumagem de periquitos australianos, temos que:
- quando ambos os loci são dominantes, ou seja, com o genótipo A_B_, então a cor é verde;
- quando apenas um locus é recessivo, ou seja, com o genótipo aaB_, a cor é azul;
- quando apenas o outro locus é recessivo, ou seja, com o genótipo A_bb, a cor é amarela;
- quando ambos os loci são recessivos, ou seja, com o genótipo aabb, a cor é branca.
Assim, No cruzamento entre indivíduos duplo-heterozigotos AaBb x AaBb, para calcular a proporção fenotípica nos descendentes,
pode-se analisar um par de genes de cada vez:
(1) Proporção fenotípica no cruzamento Aa x Aa:
Aa x Aa
↓
25% indivíduos AA : 50% indivíduos Aa : 25% indivíduos aa
↓
75% indivíduos A_ : 25% indivíduos aa = 3/4 indivíduos A_ : 1/4 indivíduos aa
(2) Proporção fenotípica no cruzamento Bb x Bb:
Bb x Bb
↓
25% indivíduos BB : 50% indivíduos Bb : 25% indivíduos bb
↓
75% indivíduos B_ : 25% indivíduos bb = 3/4 indivíduos B_ : 1/4 indivíduos bb
Assim:
- Proporção (P) de descendentes verdes A_B_ = P(A_) x P(B_) = 3/4 x 3/4 = 9/16;
- Proporção (P) de descendentes azuis aaB_ = P(aa) x P(B_) = 1/4 x 3/4 = 3/16;
- Proporção (P) de descendentes amarelos A_bb = P(A_) x P(bb) = 3/4 x 1/4 = 3/16;
- Proporção (P) de descendentes brancos aabb = P(aa) x P(bb) = 1/4 x 1/4 = 1/16.
Proporção = 9:3:3:1
6.
Resposta: C
Comentário: Interação gênica é o fenômeno que observamos quando vários pares de alelos interagem para produzir um único efeito
fenotípico indivíduo. Apesar de interagirem para determinar o fenótipo, os genes em questão se segregam independentemente, de
modo que cada par de genes pode ser analisado independentemente, e as probabilidades relativas a cada par podem ser multiplicadas
para que se obtenham os resultados de probabilidades envolvendo os vários pares. No caso da herança da cor da plumagem de
periquitos australianos, temos que:
- quando ambos os loci são dominantes, ou seja, com o genótipo A_B_, então a cor é verde;
- quando apenas um locus é recessivo, ou seja, com o genótipo aaB_, a cor é azul;
- quando apenas o outro locus é recessivo, ou seja, com o genótipo A_bb, a cor é amarela;
- quando ambos os loci são recessivos, ou seja, com o genótipo aabb, a cor é branca.
No cruzamento entre macho amarelo, de genótipo A_bb, e fêmea azul, de genótipo aaB_, foram obtidos descendentes verdes (A_B_),
azuis (aaB_), amarelos (A_bb) e brancos (aabb). Uma vez que houve descendentes brancos de genótipo aabb, ambos os genitores
devem apresentar o alelo a, de modo que o macho amarelo tem que ter genótipo Aabb, e a ambos os genitores devem apresentar o
alelo b, de modo que a fêmea azul tem que ter genótipo aaBb.
7.
Resposta: D
Comentário: Interação gênica é o fenômeno que observamos quando vários pares de alelos interagem para produzir um único efeito
fenotípico indivíduo. Apesar de interagirem para determinar o fenótipo, os genes em questão se segregam independentemente, de
modo que cada par de genes pode ser analisado independentemente, e as probabilidades relativas a cada par podem ser multiplicadas
para que se obtenham os resultados de probabilidades envolvendo os vários pares. Na herança quantitativa ou poligênica ou
polimérica, os alelos que interagem não se comportam como dominantes ou recessivos, mas sim de modo aditivo, de modo que cada
alelo aditivo contribui para tornar o fenótipo cada vez mais intenso. Nos casos de herança quantitativa, a proporção fenotípica no
cruzamento entre heterozigotos (geração F2) é dada pelo triângulo de Pascal, tomando a linha do número de genes. Como a somatória
de cada linha do triângulo de Pascal tem valor de 2n, sendo n o número da linha (ou seja, o número de genes), temos que:
Número de genótipos = 2n = 256 = 28 → n = número de genes = 8.
Como o número de fenótipos é igual ao número de genes mais 1, temos que o número de fenótipos é igual a 8 + 1 = 9.
Observação: Conclui-se então que a herança é condicionada por 8 genes (ou seja, 4 pares de genes), sendo o fenótipo mínimo
equivalente ao genótipo aabbccdd (com 0 genes aditivos) e o fenótipo máximo equivalente ao genótipo AABBCCDD (com 8 genes
aditivos). A proporção fenotípica em questão é de:
1
11
121
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
1 6 15 20 15 6 1
1 7 21 35 35 21 7 1
1 8 28 56 70 56 28 8 1
Assim, temos:
- 1/256 indivíduos com 0 genes aditivos (aabbccdd);
- 8/256 indivíduos com 1 gene aditivo;
- 28/256 indivíduos com 2 genes aditivos;
- 56/256 indivíduos com 3 genes aditivos;
- 70/256 indivíduos com 4 genes aditivos;
- 56/256 indivíduos com 5 genes aditivos;
- 28/256 indivíduos com 6 genes aditivos;
- 8/256 indivíduos com 7 genes aditivos;
- 1/256 indivíduos com 8 genes aditivos (AABBCCDD).
8.
Resposta: D
Comentário: Interação gênica é o fenômeno que observamos quando vários pares de alelos interagem para produzir um único efeito
fenotípico indivíduo. Apesar de interagirem para determinar o fenótipo, os genes em questão se segregam independentemente, de
modo que cada par de genes pode ser analisado independentemente, e as probabilidades relativas a cada par podem ser multiplicadas
para que se obtenham os resultados de probabilidades envolvendo os vários pares. A epistasia é um tipo de interação gênica em que
um gene de um certo locus, chamado epistático, “inibe” o efeito do gene de outro locus, chamado hipostático. Chamando de “A” o
alelo dominante e de “a” o alelo recessivo para um dos pares de genes, e de “B” o alelo dominante e de “b” o alelo recessivo para o
outro dos pares de genes, temos que:
- indivíduos com ambos os loci recessivos, ou seja, de genótipo aabb, têm coloração branca da pele;
- indivíduos com um dos dois loci recessivos, ou seja, de genótipo aaB_ ou A_bb, têm coloração amarela da pele;
- indivíduos com o alelo A para vermelho, ou seja, de genótipo A_B_ ou A_bb, têm coloração vermelha da pele.
Os porcos amarelos e homozigotos cruzados na geração P podem ser de genótipo aaBB ou AAbb, de modo que o cruzamento entre
eles pode ser:
- aaBB x aaBB, resultando em 100% de descendentes aaBB, ou seja, amarelos;
- AAbb x AAbb, resultando em 100% de descendentes AAbb, ou seja, amarelos;
- aaBB x AAbb, resultando em 100% de descendentes AaBb, ou seja, vermelhos.
Desse modo, os indivíduos parentais em questão são aaBB e AAbb.
Observação: No cruzamento entre indivíduos duplo-heterozigotos AaBb x AaBb, ou seja, entre os indivíduos da geração F1, para
calcular a proporção fenotípica nos descendentes, pode-se analisar um par de genes de cada vez:
(1) Proporção fenotípica no cruzamento Aa x Aa:
Aa x Aa
↓
25% indivíduos AA : 50% indivíduos Aa : 25% indivíduos aa
↓
75% indivíduos A_ : 25% indivíduos aa = 3/4 indivíduos A_ : 1/4 indivíduos aa
(2) Proporção fenotípica no cruzamento Bb x Bb:
Bb x Bb
↓
25% indivíduos BB : 50% indivíduos Bb : 25% indivíduos bb
↓
75% indivíduos B_ : 25% indivíduos bb = 3/4 indivíduos B_ : 1/4 indivíduos bb
Assim:
- Proporção (P) de descendentes vermelhos de genótipo A_B_ = P(A_) x P(B_) = 3/4 x 3/4 = 9/16;
- Proporção (P) de descendentes amarelos de genótipo A_bb ou aaB_ = P(A_) x P(bb) + P(aa) x P(B_) = 1/4 x 3/4 + 1/4 x 3/4 = 3/16 +
3/16 = 6/16;
- Proporção (P) de descendentes brancos de genótipo aabb = P(aa) x P(bb) = 1/4 x 1/4 = 1/16.
Proporção = 9:6:1
9.
Resposta: A
Comentário: Interação gênica é o fenômeno que observamos quando vários pares de alelos interagem para produzir um único efeito
fenotípico indivíduo. Apesar de interagirem para determinar o fenótipo, os genes em questão se segregam independentemente, de
modo que cada par de genes pode ser analisado independentemente, e as probabilidades relativas a cada par podem ser multiplicadas
para que se obtenham os resultados de probabilidades envolvendo os vários pares. A epistasia é um tipo de interação gênica em que
um gene de um certo locus, chamado epistático, “inibe” o efeito do gene de outro locus, chamado hipostático. Chamando de “A” o
alelo dominante que condiciona a produção de pigmentos e de “a” o alelo recessivo que inibe a produção de pigmento creme, e de “C”
o alelo dominante que condiciona a cor vermelha e de “c” o alelo recessivo que condiciona a cor creme, temos que:
- indivíduos de genótipo A_C_ podem produzir pigmento (A_), e de cor vermelha (C_);
- indivíduos de genótipo A_cc podem produzir pigmento (A_), e de cor creme (cc);
- indivíduos de genótipo aaC_ não podem produzir pigmento (aa), mas apresentam interação com o alelo para vermelho (C_) para
expressar cor rósea;
- indivíduos de genótipo aacc não podem produzir pigmento (aa) creme (cc), apresentando cor branca.
No cruzamento entre indivíduos duplo-heterozigotos AaCc x AaCc, para calcular a proporção fenotípica nos descendentes, pode-se
analisar um par de genes de cada vez:
(1) Proporção fenotípica no cruzamento Aa x Aa:
Aa x Aa
↓
25% indivíduos AA : 50% indivíduos Aa : 25% indivíduos aa
↓
75% indivíduos A_ : 25% indivíduos aa = 3/4 indivíduos A_ : 1/4 indivíduos aa
(2) Proporção fenotípica no cruzamento Cc x Cc:
Cc x Cc
↓
25% indivíduos CC : 50% indivíduos Cc : 25% indivíduos cc
↓
75% indivíduos C_ : 25% indivíduos cc = 3/4 indivíduos C_ : 1/4 indivíduos cc
Assim:
- Proporção (P) de descendentes vermelhos A_C_ = P(A_) x P(C_) = 3/4 x 3/4 = 9/16;
- Proporção (P) de descendentes cremes A_cc = P(A_) x P(cc) = 3/4 x 1/4 = 3/16;
- Proporção (P) de descendentes róseos aaC_ = P(aa) x P(C_) = 1/4 x 3/4 = 3/16;
- Proporção (P) de descendentes brancos aacc = P(aa) x P(cc) = 1/4 x 1/4 = 1/16.
Proporção = 9:3:3:1
10.
Resposta: B
Comentário: Interação gênica é o fenômeno que observamos quando vários pares de alelos interagem para produzir um único efeito
fenotípico indivíduo. Apesar de interagirem para determinar o fenótipo, os genes em questão se segregam independentemente, de
modo que cada par de genes pode ser analisado independentemente, e as probabilidades relativas a cada par podem ser multiplicadas
para que se obtenham os resultados de probabilidades envolvendo os vários pares. A epistasia é um tipo de interação gênica em que
um gene de um certo locus, chamado epistático, “inibe” o efeito do gene de outro locus, chamado hipostático. Na epistasia duplo-
recessiva ou interação gênica complementar, qualquer um dos pares é epistático sobre o outro, desde que com os dois alelos
recessivos. Na surdez profunda, a anomalia é condicionada por má formação da cóclea e/ou má formação do nervo auditivo, ambos,
fenótipos recessivos. Assim, chamando de “C” o alelo dominante para a formação da cóclea, e de “c” o alelo recessivo para a não
formação da cóclea (com conseqüente surdez), e chamando de “N” o alelo dominante para a formação do nervo auditivo, e de “n” o
alelo recessivo para a não formação do nervo auditivo (com conseqüente surdez), temos que:
- indivíduos C_N_ apresentam cóclea e nervo auditivo bem formados, tendo audição normal;
- indivíduos ccN_ apresentam má formação da cóclea e nervo auditivo bem formado, sendo surdos;
- indivíduos C_nn apresentam cóclea bem formada e má formação do nervo auditivo, sendo surdos;
- indivíduos ccnn apresentam má formação da cóclea e do nervo auditivo, sendo surdos.
No cruzamento entre indivíduos duplo-heterozigotos CcNn x CcNn, para calcular a probabilidade de nascimento de indivíduos surdos,
pode-se analisar um par de genes de cada vez:
(1) Proporção fenotípica no cruzamento Cc x Cc:
Cc x Cc
↓
25% indivíduos CC : 50% indivíduos Cc : 25% indivíduos cc
↓
75% indivíduos C_ : 25% indivíduos cc = 3/4 indivíduos C_ : 1/4 indivíduos cc
(2) Proporção fenotípica no cruzamento Nn x Nn:
Nn x Nn
↓
25% indivíduos NN : 50% indivíduos Nn : 25% indivíduos nn
↓
75% indivíduos N_ : 25% indivíduos nn = 3/4 indivíduos N_ : 1/4 indivíduos nn
Assim, a probabilidade (P) de nascimento de descendentes surdos é: P(ccN_) ou P(C_nn) ou P(ccnn) = P(cc) x P(N_) + P(C_) x P(nn)
+ P(cc) x P(nn) = 1/4 x 3/4 + 3/4 x 1/4 + 1/4 x 1/4 = 3/16 + 3/16 + 1/16 = 7/16.
Observação: Para facilitar os cálculos, pode-se calcular a probabilidade de nascimento de indivíduos surdos subtraindo-se a
probabilidade do nascimento de indivíduos normais de 1. A probabilidade (P) de nascimento de descendentes normais é: P(C_N_) =
P(C_) x P(N_) = 3/4 x 3/4 = 9/16. Assim, a probabilidade de nascimento de descendentes surdos é: 1 – 9/16 = 7/16.
11.
Resposta: B
Comentário: Interação gênica é o fenômeno que observamos quando vários pares de alelos interagem para produzir um único efeito
fenotípico indivíduo. Apesar de interagirem para determinar o fenótipo, os genes em questão se segregam independentemente, de
modo que cada par de genes pode ser analisado independentemente, e as probabilidades relativas a cada par podem ser multiplicadas
para que se obtenham os resultados de probabilidades envolvendo os vários pares. Na herança quantitativa ou poligênica ou
polimérica, os alelos que interagem não se comportam como dominantes ou recessivos, mas sim de modo aditivo, de modo que cada
alelo aditivo contribui para tornar o fenótipo cada vez mais intenso. Se a herança é condicionada por 3 pares de genes (ou seja, 6
genes), sendo o fenótipo máximo de 1,95m equivalente ao genótipo AABBCC (com 6 genes aditivos), e com cada alelo aditivo
contribuindo com 5 cm para altura, temos que:
- indivíduos com 6 genes aditivos (AABBCC) apresentam altura de 1,95m;
- indivíduos com 5 genes aditivos apresentam 5 cm a menos, ou seja, altura de 1,90m;
- indivíduos com 4 genes aditivos apresentam 5 cm a menos, ou seja, altura de 1,85m;
- indivíduos com 3 genes aditivos apresentam 5 cm a menos, ou seja, altura de 1,80m;
- indivíduos com 2 genes aditivos apresentam 5 cm a menos, ou seja, altura de 1,75m;
- indivíduos com 1 gene aditivo apresentam 5 cm a menos, ou seja, altura de 1,70m;
- indivíduos com 0 genes aditivos (aabbcc) apresentam 5 cm a menos, ou seja, altura de 1,65m;
Nos casos de herança quantitativa, a proporção fenotípica no cruzamento entre heterozigotos (geração F2) é dada pelo triângulo de
Pascal, tomando a linha do número de genes (linha do 6):
1
11
121
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
1 6 15 20 15 6 1
Como a somatória de cada linha do triângulo de Pascal tem valor de 2n, sendo n o número da linha (ou seja, o número de genes), no
caso, 26 = 64, temos que a proporção fenotípica em questão é de:
- 1/64 indivíduos com 0 genes aditivos (aabbcc) e 1,65m de altura;
- 6/64 indivíduos com 1 gene aditivo e 1,70m de altura;
- 15/64 indivíduos com 2 genes aditivos e 1,75m de altura;
- 20/64 indivíduos com 3 genes aditivos e 1,80m de altura;
- 15/64 indivíduos com 4 genes aditivos e 1,85m de altura;
- 6/64 indivíduos com 5 genes aditivos e 1,90m de altura;
- 1/64 indivíduos com 6 genes aditivos (AABBCC) e 1,95m de altura;
Assim, a proporção fenotípica na classe de 1,85m é de 15/64.
12.
Resposta: B
Comentário: Interação gênica é o fenômeno que observamos quando vários pares de alelos interagem para produzir um único efeito
fenotípico indivíduo. Apesar de interagirem para determinar o fenótipo, os genes em questão se segregam independentemente, de
modo que cada par de genes pode ser analisado independentemente, e as probabilidades relativas a cada par podem ser multiplicadas
para que se obtenham os resultados de probabilidades envolvendo os vários pares. No caso da herança da forma da crista de galinhas,
temos que:
- quando ambos os loci são dominantes, ou seja, com o genótipo R_E_, então a crista é do tipo noz;
- quando apenas um locus é recessivo, ou seja, com o genótipo R_ee, a crista é do tipo rosa;
- quando apenas o outro locus é recessivo, ou seja, com o genótipo rrE_, a crista é do tipo ervilha;
- quando ambos os loci são recessivos, ou seja, com o genótipo rree, a crista é do tipo simples.
No cruzamento entre dois galináceos, foram obtidos descendentes de crista noz (R_E_), de crista rosa (R_ee), de crista ervilha (rrE_) e
de crista simples (rree) em proporção de 36:36:12:12, ou seja, de 3:3:1:1. Assim, analisando cada item:
Item A: falso. No cruzamento entre indivíduos de genótipos RREe x rrEe, para calcular a proporção fenotípica nos descendentes,
pode-se analisar um par de genes de cada vez:
(1) Proporção fenotípica no cruzamento RR x rr:
RR x rr
↓
100% indivíduos Rr
(2) Proporção fenotípica no cruzamento Ee x Ee:
Ee x Ee
↓
25% indivíduos EE : 50% indivíduos Ee : 25% indivíduos ee
↓
75% indivíduos E_ : 25% indivíduos ee = 3/4 indivíduos E_ : 3/4 indivíduos ee
Assim:
- Proporção (P) de descendentes noz R_E_ = P(R_) x P(E_) = 1 x 3/4 = 3/4;
- Proporção (P) de descendentes rosa R_ee = P(R_) x P(ee) = 1 x 1/4 = 1/4;
- Proporção (P) de descendentes ervilha rrE_ = P(rr) x P(E_) = 0 x 3/4 = 0;
- Proporção (P) de descendentes simples rree = P(rr) x P(ee) = 0 x 1/4 = 0.
Proporção = 3:1:0:0
Item B: verdadeiro. No cruzamento entre indivíduos de genótipos RrEe x Rree, para calcular a proporção fenotípica nos
descendentes, pode-se analisar um par de genes de cada vez:
(1) Proporção fenotípica no cruzamento Rr x Rr:
Rr x Rr
↓
25% indivíduos RR : 50% indivíduos Rr : 25% indivíduos rr
↓
75% indivíduos R_ : 25% indivíduos rr = 3/4 indivíduos R_ : 1/4 indivíduos rr
(2) Proporção fenotípica no cruzamento Ee x ee:
Ee x ee
↓
50% indivíduos Ee : 50% indivíduos ee = 1/2 indivíduos Ee : 1/2 indivíduos ee
Assim:
- Proporção (P) de descendentes noz R_E_ = P(R_) x P(E_) = 3/4 x 1/2 = 3/8;
- Proporção (P) de descendentes rosa R_ee = P(R_) x P(ee) = 3/4 x 1/2 = 3/8;
- Proporção (P) de descendentes ervilha rrE_ = P(rr) x P(E_) = 1/4 x 1/2 = 1/8;
- Proporção (P) de descendentes simples rree = P(rr) x P(ee) = 1/4 x 1/2 = 1/8.
Proporção = 3:3:1:1
Item C: falso. No cruzamento entre indivíduos de genótipos RrEe x rrEe, para calcular a proporção fenotípica nos descendentes,
pode-se analisar um par de genes de cada vez:
(1) Proporção fenotípica no cruzamento Rr x rr:
Rr x rr
↓
50% indivíduos Rr : 50% indivíduos rr = 1/2 indivíduos Rr : 1/2 indivíduos rr
(2) Proporção fenotípica no cruzamento Ee x Ee:
Ee x Ee
↓
25% indivíduos EE : 50% indivíduos Ee : 25% indivíduos ee
↓
75% indivíduos E_ : 25% indivíduos ee = 3/4 indivíduos E_ : 1/4 indivíduos ee
Assim:
- Proporção (P) de descendentes noz R_E_ = P(R_) x P(E_) = 1/2 x 3/4 = 3/8;
- Proporção (P) de descendentes rosa R_ee = P(R_) x P(ee) = 1/2 x 1/4 = 1/8;
- Proporção (P) de descendentes ervilha rrE_ = P(rr) x P(E_) = 1/4 x 3/4 = 3/8;
- Proporção (P) de descendentes simples rree = P(rr) x P(ee) = 1/2 x 1/4 = 1/8.
Proporção = 3:1:3:1
Item D: falso. No cruzamento entre indivíduos de genótipos RrEe x RrEe, para calcular a proporção fenotípica nos descendentes,
pode-se analisar um par de genes de cada vez:
(1) Proporção fenotípica no cruzamento Rr x Rr:
Rr x Rr
↓
25% indivíduos RR : 50% indivíduos Rr : 25% indivíduos rr
↓
75% indivíduos R_ : 25% indivíduos rr = 3/4 indivíduos R_ : 1/4 indivíduos rr
(2) Proporção fenotípica no cruzamento Ee x Ee:
Ee x Ee
↓
25% indivíduos EE : 50% indivíduos Ee : 25% indivíduos ee
↓
75% indivíduos E_ : 25% indivíduos ee = 3/4 indivíduos E_ : 1/4 indivíduos ee
Assim:
- Proporção (P) de descendentes noz R_E_ = P(R_) x P(E_) = 3/4 x 3/4 = 9/16;
- Proporção (P) de descendentes rosa R_ee = P(R_) x P(ee) = 3/4 x 1/4 = 3/16;
- Proporção (P) de descendentes ervilha rrE_ = P(rr) x P(E_) = 1/4 x 3/4 = 3/16;
- Proporção (P) de descendentes simples rree = P(rr) x P(ee) = 1/4 x 1/4 = 1/16.
Proporção = 9:9:3:1
13.
Resposta: B
Comentário: Interação gênica é o fenômeno que observamos quando vários pares de alelos interagem para produzir um único efeito
fenotípico indivíduo. A epistasia é um tipo de interação gênica em que um gene de um certo locus, chamado epistático, “inibe” o
efeito do gene de outro locus, chamado hipostático. Na epistasia duplo-recessiva ou interação gênica complementar, qualquer um dos
pares é epistático sobre o outro, desde que com os dois alelos recessivos. Analisando dois pares de genes A/a e B/b, no caso em
questão, o genótipo aa é epistático sobre os genótipo BB e Bb (que são hipostáticos sobre o genótipo aa), bem como o genótipo bb é
epistático sobre os genótipo AA e Aa (que são hipostáticos sobre o genótipo bb).
14.
Resposta: C
Comentário: A anemia falciforme ou siclemia é uma doença genética causada por uma alteração no gene que condiciona a produção
da cadeia β da molécula de hemoglobina. O alelo normal leva à produção da cadeia β com o 6º aminoácido sendo o ácido glutâmico,
formando a hemoglobina HbA, enquanto alelo defeituoso (mutante) leva à produção da cadeia β com o 6º aminoácido sendo a valina,
formando a hemoglobina HbS; essa, em baixas concentrações de oxigênio na hemácia forma longas cadeias que deixa a célula em
forma de foice (falciforme, ou siclemia, devido ao termo em inglês para foice, ‘sickle’). Indivíduos homozigotos para o gene normal
só possuem HbA (100% hemoglobina normal), indivíduos heterozigotos possuem HbA e HbS em igual proporção (50% hemoglobina
normal e 50% hemoglobina siclêmica), apresentando uma forma branda da doença denominada siclemia benigna (não letal), e
indivíduos homozigotos para o gene alterado só possuem HbS (100% hemoglobina siclêmica), apresentando uma forma severa da
doença denominada siclemia maligna (letal). Perceba que o indivíduo heterozigoto manifesta os dois caracteres simultaneamente,
HbA e HbS, caracterizando um caso de co-dominância. No indivíduo falciforme, as hemácias defeituosas são facilmente hemolisáveis
por fígado e baço, levando a uma eritropenia (diminuição no número de hemácias no sangue) e a uma anemia (diminuição na
quantidade de hemoglobina no sangue), bem como a outros sintomas como cansaço crônico, falta de ar, palidez, alterações na medula
óssea e nos ossos. Dá-se o nome de pleiotropia ao fenômeno que observamos quando um único par de alelos consegue produzir por
ação individual, diversos efeitos fenotípicos simultâneos no mesmo indivíduo, como ocorre na anemia falciforme. Analisando cada
item:
Item A: falso. Condições ligadas ao sexo são determinadas por genes localizados no cromossomo sexual X, como ocorre com
hemofilia e daltonismo, mas não com a anemia falciforme, que é uma condição autossômica, ou seja, condicionada por um gene
localizado nos cromossomos somáticos.
Item B: falso. Uma vez que a hemoglobina é uma proteína das hemácias, são estas as células afetadas pela anemia falciforme
Item C: verdadeiro. Como o alelo para a anemia falciforme condiciona o surgimento de vários sintomas simultaneamente, pode ser
descrito como pleiotrópico.
Item D: falso. Fenilcetonúria ou PKU é uma condição genética autossômica recessiva caracterizada pelo metabolismo anômalo de
fenilalanina, que se acumula e leva ao surgimento de lesões neurológicas.
15.
Resposta: C
Comentário: Interação gênica é o fenômeno que observamos quando vários pares de alelos interagem para produzir um único efeito
fenotípico indivíduo. Apesar de interagirem para determinar o fenótipo, os genes em questão se segregam independentemente, de
modo que cada par de genes pode ser analisado independentemente, e as probabilidades relativas a cada par podem ser multiplicadas
para que se obtenham os resultados de probabilidades envolvendo os vários pares. Na herança quantitativa ou poligênica ou
polimérica, os alelos que interagem não se comportam como dominantes ou recessivos, mas sim de modo aditivo, de modo que cada
alelo aditivo contribui para tornar o fenótipo cada vez mais intenso. Se a herança é condicionada por 3 pares de genes (ou seja, 6
genes), sendo o fenótipo mínimo equivalente ao genótipo aabbcc (com 0 genes aditivos) e o fenótipo máximo equivalente ao genótipo
AABBCC (com 6 genes aditivos), temos um número de fenótipos é igual ao número de genes mais 1, ou seja, que o número de
fenótipos é igual a 6 + 1 = 7.
O cruzamento de indivíduos AABBCC x aabbcc resulta numa geração F1 com 100% dos indivíduos de fenótipo AaBbCc. Para se
obter a geração F2, promove-se o cruzamento dos indivíduos heterozigotos da F1, ou seja, AaBbCc x AaBbCc. Nos casos de herança
quantitativa, a proporção fenotípica no cruzamento entre heterozigotos (geração F2) é dada pelo triângulo de Pascal, tomando a linha
do número de genes (linha do 6):
1
11
121
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
1 6 15 20 15 6 1
Como a somatória de cada linha do triângulo de Pascal tem valor de 2n, sendo n o número da linha (ou seja, o número de genes), no
caso, 26 = 64, temos que a proporção fenotípica em questão é de:
- 1/64 indivíduos com 0 genes aditivos (aabbcc);
- 6/64 indivíduos com 1 gene aditivo;
- 15/64 indivíduos com 2 genes aditivos;
- 20/64 indivíduos com 3 genes aditivos;
- 15/64 indivíduos com 4 genes aditivos;
- 6/64 indivíduos com 5 genes aditivos;
- 1/64 indivíduos com 6 genes aditivos (AABBCC);
Assim, a proporção fenotípica do fenótipo médio (3 genes aditivos) de 20/64.
16.
Resposta: B
Comentário:
17.
Resposta: A
Comentário:
18.
Resposta: C
Comentário: Organismos, animais ou vegetais, com maior freqüência de genes em heterozigose apresentam uma propriedade
denominada heterose ou vigor do híbrido, que lhes aumenta consideravelmente a resistência global e diminui a incidência de doenças
genéticas. Considerando que genes em homozigose, quando recessivos, são muitas vezes relacionadas ao condicionamento de
doenças, com os genes em heterozigose, essas condições não ocorrem. A produção de linhagens heterozigotas começa com a produção
de linhagens homozigotas para vários pares de genes. Lembre que a autofecundação aumenta a proporção de indivíduos “puros”, ou
seja, em homozigose, de modo que as linhagens homozigotas são produzidas por sucessivas gerações autofecundadas. Assim, uma vez
que as linhagens homozigóticas são geradas, são cruzadas entre si para produzir indivíduos heterozigotos para muitos pares de gene,
que são então clonados para uma produção em larga escala. Essa técnica é muito utilizada em agricultura, resultando na produção de
vários tipos de “plantas hibridas”. Assim, a maior qualidade do milho híbrido é conseqüência da freqüência de genes em heterozigose.
19.
Resposta: A
Comentário:
20.
Resposta: B
Comentário:
21.
Resposta: C
Comentário:
22.
Resposta: E
Comentário:
23.
Resposta: C
Comentário: Raças geográficas ou subespécies são grupos de indivíduos dentro de uma espécie, geograficamente isolados, e em vias
de originar uma nova espécie. Apesar de, biologicamente, não se considerar a existência de raças humanas, este termo foi utilizado
historicamente para identificar categorias humanas socialmente definidas, muitas vezes por critérios como cor da pele. A cor da pele é
determinada geneticamente por interação gênica, que é o fenômeno que observamos quando vários pares de alelos interagem para
produzir um único efeito fenotípico indivíduo. Na herança quantitativa ou poligênica ou polimérica, os alelos que interagem não se
comportam como dominantes ou recessivos, mas sim de modo aditivo, de modo que cada alelo aditivo contribui para tornar o fenótipo
cada vez mais intenso. Apesar do caráter genético, a cor da pele tem forte influência ambiental, particularmente por ação da exposição
ao sol. Assim, como explicado, a cor da pele humana é um exemplo de herança quantitativa ou poligênica, o que significa que vários
genes atuam na sua definição.
24.
Resposta: A
Comentário: Analisando cada item:
Item I. Na planta boca-de-leão, os heterozigotos de flores cor de rosa têm fenótipo intermediário entre os homozigotos de flores
vermelhas e os homozigotos de flores brancas, caracterizando um caso de semidominância, ausência de dominância ou dominância
incompleta.
Item II. Em humanos, os heterozigotos de genótipo IAIB têm sangue AB, manifestando simultaneamente as características dos
indivíduos de genótipos IAIA ou IAi de sangue A e dos indivíduos de genótipos IBIB ou IBi de sangue B, caracterizando um caso de co-
dominância.
Item III. Em humanos, a calvície é determinada por tipo de herança denominada de herança influenciada pelo sexo.
25.
Resposta: D
Comentário: Na herança quantitativa ou poligênica ou polimérica, os alelos que interagem não se comportam como dominantes ou
recessivos, mas sim de modo aditivo, de modo que cada alelo aditivo contribui para tornar o fenótipo cada vez mais intenso. Se a
herança é condicionada por 2 pares de genes (ou seja, 4 genes), sendo o fenótipo mínimo equivalente ao genótipo aabb (com 0 genes
aditivos e altura de 1,00m) e o fenótipo máximo equivalente ao genótipo AABB (com 4 genes aditivos e altura de 1,60m), e com cada
alelo aditivo contribuindo com 5 cm para altura, temos que:
- indivíduos com 0 genes aditivos (aabb) apresentam altura de 1,00m;
- indivíduos com 1 gene aditivo apresentam 0,15m a mais, ou seja, altura de 1,15m;
- indivíduos com 2 genes aditivos apresentam 0,15m a mais, ou seja, altura de 1,30m;
- indivíduos com 3 genes aditivos apresentam 0,15m a mais, ou seja, altura de 1,45m;
- indivíduos com 4 genes aditivos (AABB) apresentam 0,15m a mais, ou seja, altura de 1,60m.
No cruzamento entre indivíduos de genótipo AaBB (produtores de 50% de gametas tipo AB e de 50% de gametas tipo aB) com
indivíduos de genótipo aabb (produtores de 100% de gametas tipo ab), temos a seguinte proporção entre os descendentes:
- 50% de indivíduos AaBb, com 2 genes aditivos e 1,30m de altura;
- 50% de indivíduos aaBb, com 1 gene aditivo e 1,15m de altura.
26.
Resposta: B
Comentário: Na rosa, os indivíduos de flores cor de rosa têm fenótipo intermediário entre os de flores vermelhas e os de flores
brancas, caracterizando um caso de semidominância, ausência de dominância ou dominância incompleta. Chamando de “V” o alelo
para cor vermelha e de “B” o alelo para cor branca, temos que indivíduos de flor vermelha têm genótipo homozigoto VV, indivíduos
de flor branca têm genótipo homozigoto BB, e indivíduos heterozigotos VB possuem flores de cor intermediária entre os homozigotos
de flor vermelha e os de flor banca, ou seja, sendo dotados de flores cor-de-rosa. No cruzamento entre heterozigotos VB x VB, a
proporção fenotípica é:
VB x VB
↓
25% indivíduos VV : 50% indivíduos VB : 25% indivíduos BB
=
1/4 indivíduos VV : 1/2 indivíduos VB : 1/4 indivíduos BB
=
1:2:1
Colocando em um gráfico:
No cravo, as proporções fenotípicas no gráfico sugerem que se trata de um caso de herança quantitativa, uma vez que a proporção
fenotípica no cruzamento entre heterozigotos (geração F2) é dada pelo triângulo de Pascal, tomando a linha do número de genes:
1
11
121
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
1 6 15 20 15 6 1
.
.
.
No triângulo de Pascal:
- o primeiro número da linha representa a proporção fenotípica no fenótipo mínimo, e é sempre 1, de modo que essa proporção sempre
é mínima;
- o número intermediário da linha representa a proporção fenotípica no fenótipo médio, e é sempre a máxima, de modo que essa
proporção sempre é máxima;
- o último número da linha representa a proporção fenotípica no fenótipo máximo, e é sempre 1, de modo que essa proporção sempre é
mínima.
Colocando em um gráfico:
Proporção
máxima
Proporção
mínima
27.
Resposta: B
Comentário:
28.
Resposta: A
Comentário:
29.
Resposta: E
Comentário:
30.
Resposta: E
Comentário: Genes dominantes são funcionais, mas genes recessivos são defeituosos e por isso não produzem enzimas viáveis. Nesse
caso, apesar de indivíduos homozigotos dominantes produzirem mais enzima (por terem dois alelos funcionais) que os heterozigotos
(por ter apenas 1 alelo funcional), ambos possuem o mesmo fenótipo. Nesses casos, ocorre o fenômeno de dominância completa. Em
alguns casos, entretanto, ocorre diferença na expressão da característica entre os homozigotos dominantes (que produzem mais enzima
por terem dois alelos funcionais) e os heterozigotos (que produzem menos enzima por ter apenas 1 alelo funcional), de modo que o
fenótipo de heterozigotos é menos intenso que o de homozigotos dominantes, aparentando ser uma mistura ou gradação das
características dos homozigotos dominante e recessivo. Essa situação é denominada semidominância, ausência de dominância ou
dominância incompleta. No caso da flor bonina, ocorrem três variedades de cor, vermelha, branca e rósea. Assim, homozigotas para
vermelho são vermelhas, homozigotas para branco são brancas e heterozigotas são vermelho e branco “misturados”, ou seja, róseas.
Há ainda situações em que não há genes dominantes ou recessivos, ou seja, ambos os alelos são funcionais, ambos produzindo
enzimas funcionais. Assim, no indivíduo heterozigoto, a combinação das reações químicas proporcionadas por essas enzimas acaba
produzindo efeitos combinados. Nesse caso, chamado de co-dominância, o indivíduo heterozigoto manifesta as duas características
dos homozigotos simultaneamente, sem se misturar. Por exemplo, no sistema ABO de grupos sangüíneos, o gene IA condiciona a
produção de substância A, enquanto o gene IB condiciona a produção da substância B. Desse modo, indivíduos IAIA produzem
somente substância A, tendo sangue A, indivíduos IBIB produzem somente substância B, tendo sangue B, e finalmente indivíduos
heterozigotos IAIB produzem substância A e substância B simultaneamente, tendo sangue AB. Dá-se o nome de pleiotropia ao
fenômeno que observamos quando um único par de alelos consegue produzir por ação individual, diversos efeitos fenotípicos
simultâneos no mesmo indivíduo, como ocorre na anemia falciforme.
Interação gênica é o fenômeno que observamos quando vários pares de alelos interagem para produzir um único efeito fenotípico
indivíduo. A epistasia é um tipo de interação gênica em que um gene de um certo locus, chamado epistático, “inibe” o efeito do gene
de outro locus, chamado hipostático. Na herança quantitativa ou poligênica ou polimérica, os alelos que interagem não se comportam
como dominantes ou recessivos, mas sim de modo aditivo, de modo que cada alelo aditivo contribui para tornar o fenótipo cada vez
mais intenso. Assim, no caso da dependência da nicotina, indivíduos homozigotos para o alelo normal são altamente dependentes do
cigarro, enquanto que indivíduos portadores de dois dos alelos defeituosos, apesar de fumantes, jamais se tornam dependentes. Como
os indivíduos heterozigotos são moderadamente dependentes, pode-se afirmar que apresentam uma característica intermediária entre
os demais genótipos (para “altamente dependente” e para “não dependente”), caracterizando um caso de ausência de dominância.
31.
Resposta: A
Comentário:
32.
Resposta: B
Comentário: Organismos, animais ou vegetais, com maior freqüência de genes em heterozigose apresentam uma propriedade
denominada heterose ou vigor do híbrido, que lhes aumenta consideravelmente a resistência global e diminui a incidência de doenças
genéticas. Considerando que genes em homozigose, quando recessivos, são muitas vezes relacionadas ao condicionamento de
doenças, com os genes em heterozigose, essas condições não ocorrem. A produção de linhagens heterozigotas começa com a produção
de linhagens homozigotas para vários pares de genes. Lembre que a autofecundação aumenta a proporção de indivíduos “puros”, ou
seja, em homozigose, de modo que as linhagens homozigotas são produzidas por sucessivas gerações autofecundadas. Assim, uma vez
que as linhagens homozigóticas são geradas, são cruzadas entre si para produzir indivíduos heterozigotos para muitos pares de gene,
que são então clonados para uma produção em larga escala. Essa técnica é muito utilizada em agricultura, resultando na produção de
vários tipos de “plantas hibridas”. Assim, o surgimento de variedades híbridas mais produtivas e mais resistentes às doenças, obtidas
após o cruzamento, é resultado de heterose.
33.
Resposta: D
Comentário: A fenilcetonúria (PKU) é uma anomalia causada pelo metabolismo anômalo do aminoácido fenilalanina. Neste caso,
falta no indivíduo doente a enzima fenilalanina-hidroxilase que transforma a fenilalanina em tirosina. Dessa forma, a fenilalanina se
acumula nos tecidos e gera outras substâncias dela derivadas (ácido fenilpirúvico, ácido fenil-láctico). O excesso desses compostos
causa desenvolvimento anômalo do sistema nervoso, com deficiência mental acentuada. Como o metabolismo da fenilalanina está
relacionado à produção do pigmento melanina, normalmente os portadores de PKU têm menos pigmento do que o normal. Em
maternidades, o teste do pezinho para a PKU é rotineiro. Quando se detecta uma criança com a doença, dá-se a ela uma dieta pobre em
fenilalanina. Como esta é um aminoácido essencial, fornece-se ao bebê a quantidade necessária para o crescimento, porém nada mais,
e assim impede-se a deterioração do sistema nervoso. A medida é mantida até mais ou menos os seis anos de idade, quando o
desenvolvimento neurológico está completo. Daí para frente, a dieta é praticamente normal, devendo-se evitar adoçantes à base de
aspartame (associação dos aminoácidos ácido aspártico e fenilalanina). Dá-se o nome de pleiotropia ao fenômeno que observamos
quando um único par de alelos consegue produzir por ação individual, diversos efeitos fenotípicos simultâneos no mesmo indivíduo,
como ocorre na fenilcetonúria. Assim, analisando cada item:
Item A: verdadeiro. O diagnóstico de fenilcetonúria é feito através do exame de sangue no “teste do pezinho”, e pelo fato de a
fenilcetonúria apresentar vários sintomas, pode ser caracterizada como um caso de pleiotropia.
Item B: verdadeiro. A fenilcetonúria apresenta um padrão de herança autossômica recessiva.
Item C: verdadeiro. A deficiência mental que ocorre na fenilcetonúria se dá pelos danos aos neurônios desencadeados pelo acúmulo
de fenilalanina e ácido fenilpirúvico.
Item D: falso. O tratamento da fenilcetonúria se dá por uma rígida dieta com baixos teores de fenilalanina.
Item E: verdadeiro. A epistasia é um tipo de interação gênica em que um gene de um certo locus, chamado epistático, “inibe” o
efeito do gene de outro locus, chamado hipostático.
34.
Resposta: B
Comentário: Na herança quantitativa ou poligênica ou polimérica, os alelos que interagem não se comportam como dominantes ou
recessivos, mas sim de modo aditivo, de modo que cada alelo aditivo contribui para tornar o fenótipo cada vez mais intenso. O número
de classes fenotípicas na herança quantitativa é igual ao número de genes envolvidos na herança mais 1, de modo que, de acordo com
os gráficos, como ocorrem 7 classes fenotípicas, o número de genes é 6. Se a herança é condicionada por 3 pares de genes (ou seja, 6
genes), o fenótipo máximo é equivalente ao genótipo AABBCC (com 6 genes aditivos), e o fenótipo mínimo é equivalente ao
genótipo aabbcc (com 0 genes aditivos). Nos casos de herança quantitativa, a proporção fenotípica no cruzamento entre heterozigotos
(geração F2) é dada pelo triângulo de Pascal, tomando a linha do número de genes:
1
11
121
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
1 6 15 20 15 6 1
Como a somatória de cada linha do triângulo de Pascal tem valor de 2n, sendo n o número da linha (ou seja, o número de genes), no
caso, 26 = 64, temos que a proporção fenotípica em questão é de:
- 1/64 indivíduos com 0 genes aditivos (aabbcc);
- 6/64 indivíduos com 1 gene aditivo;
- 15/64 indivíduos com 2 genes aditivos;
- 20/64 indivíduos com 3 genes aditivos;
- 15/64 indivíduos com 4 genes aditivos;
- 6/64 indivíduos com 5 genes aditivos;
- 1/64 indivíduos com 6 genes aditivos (AABBCC).
Colocando esses dados num gráfico, temos:
20/64
15/64
6/64
1/64
homozigoto homozigoto
aa AA
altura baixa altura alta
100%
heterozigotos Aa
altura alta
3/16
1/4
homozigoto homozigoto AA
aa e
altura baixa heterozigoto Aa
altura alta
Na espécie Y, ocorrem várias classes fenotípicas em F2 (resultante da autofecundação de F1), sugerindo que se trata de um caso de
herança quantitativa. O número de classes fenotípicas na herança quantitativa é igual ao número de genes envolvidos na herança mais
1, de modo que, de acordo com os gráficos, como ocorrem 5 classes fenotípicas, o número de genes é 4. Se a herança é condicionada
por 2 pares de genes (ou seja, 4 genes), o fenótipo máximo é equivalente ao genótipo AABB (com 4 genes aditivos), e o fenótipo
mínimo é equivalente ao genótipo aabb (com 0 genes aditivos). Nos casos de herança quantitativa, a proporção fenotípica no
cruzamento entre heterozigotos (geração F2) é dada pelo triângulo de Pascal, tomando a linha do número de genes:
1
11
121
1 3 3 1
1 4 6 4 1
Como a somatória de cada linha do triângulo de Pascal tem valor de 2n, sendo n o número da linha (ou seja, o número de genes), no
caso, 24 = 16, temos que a proporção fenotípica em questão é de:
- 1/16 indivíduos com 0 genes aditivos (aabb);
- 4/16 indivíduos com 1 gene aditivo;
- 6/16 indivíduos com 2 genes aditivos;
- 4/16 indivíduos com 3 genes aditivos;
- 1/16 indivíduos com 4 genes aditivos (AABB).
Colocando esses dados num gráfico, temos:
fenótipo fenótipo
mínimo máximo
aabb AABB
100%
fenótipo
médio
AaBb
6/16
4/16
1/16
36.
Resposta: VFFFF
Comentário: Na herança quantitativa ou poligênica ou polimérica, os alelos que interagem não se comportam como dominantes ou
recessivos, mas sim de modo aditivo, de modo que cada alelo aditivo contribui para tornar o fenótipo cada vez mais intenso. Na
espécie em questão, ocorrem várias classes fenotípicas em F2 (resultante da autofecundação de F1), sugerindo que se trata de um caso
de herança quantitativa. O número de classes fenotípicas na herança quantitativa é igual ao número de genes envolvidos na herança
mais 1, de modo que, de acordo com os gráficos, como ocorrem 5 classes fenotípicas, o número de genes é 4. Se a herança é
condicionada por 2 pares de genes (ou seja, 4 genes), o fenótipo máximo é equivalente ao genótipo AABB (com 4 genes aditivos), e o
fenótipo mínimo é equivalente ao genótipo aabb (com 0 genes aditivos). Como indivíduos K têm fenótipo mínimo, apresentam
genótipo aabb, e como indivíduos L têm fenótipo máximo, apresentam genótipo AABB, de modo que, ao cruzarem, geram indivíduos
B duplo-heterozigotos de genótipo AaBb. Nos casos de herança quantitativa, a proporção fenotípica no cruzamento entre
heterozigotos AaBb (geração F2) é dada pelo triângulo de Pascal, tomando a linha do número de genes:
1
11
121
1 3 3 1
1 4 6 4 1
Como a somatória de cada linha do triângulo de Pascal tem valor de 2n, sendo n o número da linha (ou seja, o número de genes), no
caso, 24 = 16, temos que a proporção fenotípica em questão é de:
- 1/16 indivíduos com 0 genes aditivos (fenótipo K, de genótipo aabb);
- 4/16 indivíduos com 1 gene aditivo (fenótipo X, de genótipos Aabb ou aaBb);
- 6/16 indivíduos com 2 genes aditivos (fenótipo B, de genótipos AAbb ou AaBb ou aaBB);
- 4/16 indivíduos com 3 genes aditivos (fenótipo Y, de genótipos AABb ou AaBB);
- 1/16 indivíduos com 4 genes aditivos (fenótipo L, de genótipo AABB).
Assim, a probabilidade (P) de nascimento de 1 descendente de fenótipo X, 1 descendente de fenótipo Y e 1 descendente de fenótipo B
é de: P(X) x P(Y) x P(B) = 4/16 x 4/16 x 6/16 = 1/4 x 1/4 x 3/8 = 3/128.
No entanto, como não foi descrita a seqüência dos nascimentos dos descendentes, temos que levar em consideração todas as possíveis
combinações de seqüência, ou seja:
(1) 1º descendente nasce com fenótipo X, 2º descendente nasce com fenótipo Y e 3º descendente nasce com fenótipo B, ou seja, X-Y-
B;
(2) 1º descendente nasce com fenótipo X, 2º descendente nasce com fenótipo B e 3º descendente nasce com fenótipo Y, ou seja, X-B-
Y;
(3) 1º descendente nasce com fenótipo Y, 2º descendente nasce com fenótipo B e 3º descendente nasce com fenótipo X, ou seja, Y-B-
X;
(4) 1º descendente nasce com fenótipo Y, 2º descendente nasce com fenótipo X e 3º descendente nasce com fenótipo B, ou seja, Y-X-
B;
(5) 1º descendente nasce com fenótipo B, 2º descendente nasce com fenótipo X e 3º descendente nasce com fenótipo Y, ou seja, B-X-
Y;
(6) 1º descendente nasce com fenótipo B, 2º descendente nasce com fenótipo Y e 3º descendente nasce com fenótipo X, ou seja, B-Y-
X.
Desse modo, a probabilidade calculada anteriormente (de 3/128) deve ser multiplicada pelo número de combinações de seqüências de
nascimentos (em total de 6), sendo o resultado final de 3/128 x 6 = 9/64.
37.
Resposta: VFVVV
Comentário:
1º item: verdadeiro. Através da técnica do DNA recombinante, que emprega enzimas de restrição para cortar fragmentos específicos
de DNA, é possível transferir genes de interesse de um indivíduo para qualquer outro indivíduo. Organismos geneticamente
modificados (OGM) são aqueles que passaram por qualquer tipo de modificação por engenharia genética, sendo que nos seres
transgênicos essa modificação implica necessariamente na incorporação de genes de outra espécie. Para a replicação de DNA, em
bactérias, são necessários vetores como plasmídeos, nos quais o DNA de interesse deve estar ligado para formar um DNA
recombinante; esse processo é conhecido como clonagem do DNA recombinante. Um exemplo está na transferência de genes para a
produção de insulina humana para bactérias Escherichia coli, que se tornam transgênicas e passam a agir como biofábricas da insulina
a ser usada no tratamento de diabéticos.
2º item: falso. No esquema representado, a falta da:
- enzima 1, levará ao acúmulo de fenilalanina, de modo a desencadear lesões neurológicas e retardo mental, numa condição conhecida
como fenilcetonúria; esta é diagnosticada pelo “teste do pezinho” e tratada através de uma dieta pobre em fenilalanina;
- enzima 2, levará ao acúmulo de ácido homogentísico ou alcaptona, de modo a desencadear lesões articulares, numa condição
conhecida como alcaptonúria;
- enzima 3, levará à não produção de melanina, principal pigmento da pele humana, numa conhecida como albinismo.
3º item: verdadeiro. Anticorpos monoclonais são produzidos in vitro e são específicos para detecção de certas substâncias químicas.
Resumidamente, sua produção se dá pela retirada de linfócitos da circulação humana e sua exposição a um certo antígeno,
promovendo a seleção dos linfócitos que possuam receptores de membrana para o antígeno em questão e sua ativação em plasmócitos
produtores de anticorpos. Esses plasmócitos são fundidos a células cancerosas, que têm grande capacidade de multiplicação formando
um hibridoma, capaz de sobreviver e se multiplicar in vitro, além de produzir anticorpos. Uma das utilizações dos anticorpos
monoclonais assim produzidos se relaciona com certos testes, como o de gravidez, por exemplo, em que interessa pesquisar a
gonadotrofina coriônica, hormônio existente no sangue de mulheres grávidas.
4º item: verdadeiro. Na herança quantitativa ou poligênica ou polimérica, os alelos que interagem não se comportam como
dominantes ou recessivos, mas sim de modo aditivo, de modo que cada alelo aditivo contribui para tornar o fenótipo cada vez mais
intenso. Se a herança é condicionada por 2 pares de genes (ou seja, 4 genes), sendo o fenótipo mínimo equivalente ao genótipo aabb
(com 0 genes aditivos e cor branca) e o fenótipo máximo equivalente ao genótipo AABB (com 4 genes aditivos e cor negra), temos
que:
- indivíduos com 0 genes aditivos (aabb) apresentam cor branca;
- indivíduos com 1 gene aditivo (Aabb ou aaBb) apresentam cor mulata clara;
- indivíduos com 2 genes aditivos (AAbb ou aaBB ou AaBb) apresentam cor mulata média;
- indivíduos com 3 genes aditivos (AABb ou AaBB) apresentam cor mulata escura;
- indivíduos com 4 genes aditivos (AABB) apresentam cor negra.
No cruzamento entre uma mulher de genótipo AaBb (produtora de gametas tipo AB, Ab, aB e ab, em proporção de 25% de cada) e um
homem com genótipo aabb (produtor apenas de gametas tipo ab), a proporção fenotípica é:
- 25% AaBb, de cor mulata média;
- 25% aaBb, de cor mulata clara;
- 25% Aabb, de cor mulata clara;
- 25% aabb, de cor branca.
Assim, a probabilidade (P) de nascimento de, em uma única gestação (não sendo levada em consideração a seqüencia dos
nascimentos, portanto), é de: P(mulato médio) x P(branco) = 1/4 x 1/4 = 1/16.
5º item: verdadeiro. A bactéria Escherichia coli não sintetiza β-galactosidase, enzima que hidrolisa a lactose, na ausência de lactose.
A lactose, entretanto, parece induzir a produção da enzima. A regulação dessa produção se dá por um operon, que consiste num grupo
de genes alinhados ao longo do mesmo pedaço de DNA. No operon da lactose, existe uma série de três genes estruturais, que contêm
informação para a síntese de três proteínas: a β-galactosidase e mais duas outras enzimas envolvidas na absorção e utilização da
lactose. Os três genes estruturais são precedidos por dois outros genes, o gene promotor, primeiro gene do operon, no qual se liga a
enzima RNA polimerase para transcrever os genes estruturais e um gene operador, entre o gene promotor e os estruturais. O gene
operador se liga a substâncias chamadas repressoras que impedem que a RNA polimerase se ligue ao gene promotor e transcreva os
genes estruturais. O repressor, que impede a transcrição dos genes estruturais, é produzido por outro gene, chamado gene regulador,
que não faz parte do operem. Na ausência de lactose, o regulador produz o repressor, não ocorrendo transcrição. Porém quando há
lactose na célula, esta provavelmente se liga ao repressor, modificando a forma de sua molécula. O repressor modificado fica inativo e
permite a passagem da RNA polimerase, pois não consegue mais se combinar com o gene operador. Isso permite a síntese da β-
galactosidase e das demais proteínas dos genes reguladores. (Interessante é que os três genes são transcritos num único RNAm, dito
policistrônico, uma vez que codificou vários cístrons, formando as três proteínas pregadas, só sendo separadas após a saída das três do
ribossomo. Esse modelo do operon explica o papel da lactose como "indutor" da produção de enzimas com ela relacionadas. É óbvio
que depois de digerida a lactose, o repressor torna a bloquear a passagem da RNA polimerase e a transcrição dos genes estruturais.
Assim, para ocorrer a transcrição das enzimas codificadas nos genes 2, 3 e 4 (estruturais), é necessário que uma molécula produzida
por um gene regulador (x), ou seja, a substância repressora, não reprima o gene operador (1) pelo impedimento da ligação da enzima
RNA polimerase responsável pela transcrição.
38.
Resposta: VFFVF
Comentário: Na herança quantitativa ou poligênica ou polimérica, os alelos que interagem não se comportam como dominantes ou
recessivos, mas sim de modo aditivo, de modo que cada alelo aditivo contribui para tornar o fenótipo cada vez mais intenso. Como
cada alelo B contribui com 10 litros de leite por dia e cada alelo b com 5 litros e o genótipo aa define grande porte, Aa médio porte e
AA pequeno porte, a vaca que produz 15 litros de leite por dia (Bb = 10 + 5) e de porte médio (Aa) tem genótipo AaBb. Ao cruzar a
vaca AaBb com o touro de genótipo aaBb, tem-se os seguintes genótipos nos descendentes: 12,5% AaBB (média, com 20 litros),
12,5% AaBb (média, com 15 litros), 12,5% Aabb (média, com 10 litros), 12,5% aaBB (grande, com 20 litros). 12,5% aaBb (grande,
com 15 litros) e 12,5% aabb (grande, com 10 litros). Assim, analisando cada item:
1º item: verdadeiro. Como visto acima, podem nascer descendentes grandes produtores de 20 litros por dia, maiores e mais
produtivos que a mãe.
2º item: falso. Dentre os descendentes, produzem menos leite (bb, 10 litros) que a mãe (Bb, 15 litros) apenas 25% dos descendentes.
3º item: falso. A probabilidade de nascerem indivíduos de pequeno porte (AA) é de nula.
4º item: verdadeiro. A probabilidade de nascer um indivíduo de fenótipo igual ao da mãe (porte médio, 15 litros) é de 25%.
5º item: falso. A probabilidade de nascerem indivíduos com fenótipo inferior ao da mãe (porte médio), ou seja, com porte pequeno
(AA), é nula.
39.
Resposta:
Máximo: 35g
Mínimo: 15g
40.
Resposta: 1/8.
41.
Resposta:
A) macho dourado será eeBb
B) 50% eB; 50% eb
C) fêmea preta será EeBb
D) fêmea marrom será Eebb
42.
Resposta:
A) Homem e mulher negros AABB Dd; menino albino AABB dd; mulher branca aabb Dd; dois filhos mulatos intermediários AaBb
Dd; filha albina AaBb dd.
B) 1/2.
C) Herança quantitativa, porque envolve vários pares de genes com efeito aditivo.
43.
Resposta:
A) Os híbridos são geneticamente idênticos pois são descendentes de linhagens homozigotas.
B) Sementes se formam através de um processo sexuado envolvendo recombinação gênica e combinações cromossômicas na
fecundação. Por isso produzem descendência diferenciada.
44.
Resposta:
A) Herança Quantitativa, Poligênica ou Polimeria.
B)
I - 100% flores brancas só podem ser obtidas do cruzamento de dois indivíduos brancos (aabb).
II - 100% rosa médio (AaBb) só podem ser obtidas do cruzamento de um indivíduo rosa escuro (AABB) com branco (aabb).
45.
Resposta:
A) 3 pares de genes.
B) 25g.
C) 1:6:15:20:15:6:1.
46.
Respostas:
A) segregação independente;
B) pleiotropia;
C) herança quantitativa;
D) herança autossômica;
E) expressividade gênica.
Comentário: os processos genéticos que levam à expressão de certos genes ou doenças genéticas são bastante conhecidos. Alguns
deles referem-se ao tipo de gameta que um indivíduo híbrido irá formar. Assim, tem-se o processo de segregação independente, pelo
qual são produzidos quatro tipos diferentes de gametas, todos com a mesma proporção. A ligação gênica concerne ao processo pelo
qual são produzidos apenas dois tipos de gametas, cada um com a proporção de 50%. O caso de genes ligados refere-se à produção de
quatro tipos de gametas em proporções diferentes. Existem casos em que um único par de alelos pode determinar mais de um
caractere. Esse fenômeno é conhecido como pleiotropia, que, no exemplo da questão, determinou o formato das orelhas e o
comprimento do pêlo de uma espécie de mamífero. Já a interação gênica refere-se a casos em que dois ou mais genes, localizados ou
não no mesmo cromossomo, atuam na expressão de uma determinada característica. A herança quantitativa (herança poligênica,
poligenia ou herança multifatorial) refere-se a manifestações de características fenotípicas contínuas, como resultado do efeito
cumulativo de muitos genes, cada um contribuindo para a determinação do fenótipo, resultando em uma variação fenotípica maior,
como aconteceu no caso do cruzamento da geração F2 dos grãos brancos e vermelhos. Há casos em que os alelos de um determinado
gene impedem a expressão de outros alelos, os quais podem estar ou não no mesmo cromossomo. Esse fenômeno é conhecido como
epistasia; nele, o gene que exerce a ação inibitória é conhecido como epistático, e o alelo que é inibido é conhecido como hipostático.
Outros processos genéticos conhecidos são a herança autossômica e a herança ligada ao sexo. Esses dois processos podem ser
diferenciados pelo fato de que a herança ligada ao sexo caracteriza-se por diferenças na expressão do fenótipo entre homens e
mulheres. Já a herança autossômica se manifesta em ambos os sexos. No caso de ambos os indivíduos do casal manifestarem a
doença, assim como seus filhos, independentemente do sexo, sugere-se que se trata de uma doença que não tem relação com o sexo,
ou seja, trata-se de uma herança autossômica. A co-dominância é o fenômeno em que dois alelos diferentes não têm relação de
dominância e recessividade entre si; assim, o heterozigoto não apresenta um fenótipo intermediário, mas sim os dois fenótipos
simultaneamente. A interação do genótipo com o meio pode ser medida por dois fenômenos: a expressividade gênica e a penetrância
gênica. A expressividade gênica refere-se à intensidade com que um dado genótipo se manifesta em um indivíduo, sendo maior ou
menor em indivíduos diferentes. Já a penetrância gênica refere-se à proporção em que indivíduos que apresentam o alelo para alguma
alteração genética fenotípica manifestam o fenótipo esperado.
47.
Resposta: A chita, uma vez que a maior freqüência de homozigose aumenta a incidência de doenças causadas por genes recessivos.
Animais com maior freqüência de genes em heterozigose apresentam uma propriedade denominada vigor híbrido, que lhes aumenta a
resistência global. Além disso, com um maior número de pares em heterozigose, a população pode aumentar seu número de possíveis
combinações de fenótipos, que é dada pela fórmula 2n, onde n é o número de pares de genes em heterozigose. Com um maior número
de possíveis fenótipos, aumenta-se a possibilidade de adaptação a ambientes diferentes.
48.
Resposta: Se os genes a e b não contribuem para o peso e o fruto aabb tem 20g, teremos AABB = 40 g - 20 g = 20 g. Logo, cada gene
A ou B contribui com 5 g. Portanto o fruto de genótipo AABb terá 20 + 15 = 35 g.
49.
Resposta:
1. Sim, no caso do cruzamento CCdd X ccDD gerando 100% de descendentes CcDd normais.
2. CcDd X CcDd
P(CCDD) = P(CC) X P(DD) = ¼ X ¼ = 1/16
3. Endocruzamento
4. Anfíbios
5.
Função 1: demarcação de território
Função 2: atração sexual
50.
Resposta:
A) AAbb (preto) x aaBB (albino) → AaBb (agouti)
B) Albinos: aaBB, aaBb e aabb. De 9:3:3:1 da 2ª lei de Mendel para 9:3:4 porque os indivíduos com fenótipo recessivo para a
característica epistática (“3”) tem o mesmo fenótipo dos indivíduos com fenótipo recessivo para as duas características (“1”), dando o
total de “4” para o fenótipo epistático.
C) 1/4 ou 25%
Aula 32 - Origem da Vida
1.
Resposta: B
Comentário:
2.
Resposta: C
Comentário:
Como se pode observar na tabela, no período pré-cambriano ocorreram os primeiros vestígios de vida na Terra, há cerca de 3,5 bilhões
de anos.
3.
Resposta: B
Comentário:
Considerando que a Terra tem 4,6 bilhões de anos e a vida surgiu há cerca de 3,6 bilhões de anos (1,1 bilhão de anos depois do
surgimento da Terra), o surgimento da vida ocorreu em cerca de 20% da idade da Terra, ou seja, entre 0 e 50 na escala de 0 a 100; os
eucariontes surgiram há cerca de 2 bilhões de anos (2,4 bilhões de anos depois do surgimento da Terra), ou seja, em pouco mais de
50% da idade da Terra, ou seja, pouco depois de 50 na escala de 0 a 100.
4.
Resposta: C
Comentário:
Como se pode observar no gráfico, entre 350 e 300 milhões de anos atrás houve um grande aumento no teor de O2 na atmosfera (de
cerca de 15% para 30% no gráfico abaixo marcado com linhas pontilhadas), o que possibilitou uma maior atividade metabólica dos
animais, possibilitando a manutenção de tamanhos maiores.
5.
Resposta: C
Comentário: Considerando que a vida na Terra se baseia na água, uma vez que este é o componente mais abundante da matéria viva,
a ocorrência de água em Marte indicaria a possibilidade de existência de vida nesse planeta. (As possibilidades do aproveitamento da
água de Marte na Terra e do estabelecimento de colônias humanas em Marte num futuro próximo são irreais diante das atuais
condições tecnológicas da humanidade).
6.
Resposta: E
Comentário:
O principal fator determinante da manutenção da água em estado líquido diz respeito à ocorrência de temperaturas médias entre 0oC e
100oC, sendo a temperatura média de Marte de -55oC o principal fator adverso para a existência de água líquida.
7.
Resposta: B
Comentário:
O “avanço verdadeiramente criativo” citado no texto diz respeito a quando “uma molécula de ácido nucléico ‘aprendeu’ a orientar a
reunião de uma proteína, que, por sua vez, ajudou a copiar o próprio ácido nucléico”, o que se refere ao surgimento do processo de
replicação do material genético, base para o mecanismo de reprodução, que por sua vez determina o surgimento da vida (“primeiras
células” na tabela). Assim, segundo a tabela, entre o surgimento dos ácidos nucléicos (cerca de 4,5 bilhões de anos atrás) e o
surgimento das primeiras células (cerca de 3,5 bilhões de anos atrás), tem-se o intervalo compreendido entre 4,5 e 3,5 bilhões de anos.
8.
Resposta: B
Comentário:
Os vírus são acelulares, sendo formados por um capsídeo protéico que envolve um material genético, que pode ser RNA ou DNA.
Eles não possuem sistemas enzimáticos próprios, não possuindo, pois, um metabolismo próprio. Para sua reprodução, têm que invadir
células e utilizar os sistemas enzimáticos destas, sendo parasitas intracelulares obrigatórios. Fora das células, não apresentam
característica alguma de ser vivo, comportando-se como seres inanimados.
Por serem parasitas intracelulares obrigatórios, não devem ter surgido antes das células, uma vez que dependem delas para sua
reprodução.
9.
Resposta: E
Comentário: O experimento realizado por Francesco Redi em 1668 envolvendo a utilização rigorosa dos princípios do método
científico demonstrou a inexistência de geração espontânea para larvas de moscas a partir de carne em putrefação. Assim, o cientista
representado é Francesco Redi que, por meio do seu experimento, defendeu a teoria da biogênese sobre a origem da vida.
10.
Resposta: B
Comentário: As cianobactérias, precursoras dos cloroplastos, devem corresponder aos seres fotossintetizantes mais antigos a
aparecerem na Terra. Uma vez que a fotossíntese libera como produto gás oxigênio, pode-se dizer que a atmosfera rica nesse gás que
existe hoje é em parte devido à ação de tais microorganismos. Hoje, uma grande variedade de seres fotossintetizantes contribui para a
manutenção dos altos teores de gás oxigênio na atmosfera.
11.
Resposta: B
Comentário: O fato de que todos os seres vivos apresentam uma composição química baseada no mesmo conjunto de elementos
químicos, ou seja, carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre, sugere uma origem comum para a vida na Terra. O
fato de existirem organismos que utilizam arsênio no lugar de fósforo sugere que apresentam uma origem independente, e questiona a
origem comum da vida.
12.
Resposta: C
Comentário:
Segundo a Hipótese da Coacervação de Oparin e Haldane, a atmosfera primitiva da Terra era composta por gases como metano (fonte
de carbono), vapor de água (fonte de oxigênio) e amônia (fonte de nitrogênio), além de hidrogênio (H2), que conferiria um caráter
fortemente redutor à mesma.
13.
Resposta: D
Comentário: Segundo a Hipótese da Coacervação de Oparin e Haldane, as moléculas orgânicas complexas que se formavam a partir
das moléculas orgânicas simples na Terra primitiva se agregavam na água, especialmente diante de condições como a mudança de pH
no meio, o que ocorria quando determinadas rochas eram dissolvidas pela água dos mares cujos níveis começavam a aumentar. Essas
moléculas orgânicas complexas (principalmente proteínas) eram envoltas por camadas de água (de solvatação) que permitiam um
certo grau de isolamento do meio externo (homeostase). Isso possibilitava a ocorrência de reações químicas dentro do conjunto de
moléculas impossíveis de ocorrer nas condições externas. Esses sistemas de moléculas envoltas pelas camadas de solvatação foram os
precursores da vida, estruturas chamadas hoje de protobiontes. No caso de Oparin, esses protobiontes foram chamados de
coacervados.
14.
Resposta: A
Comentário: Qualquer característica que tenha ocorrido no ancestral comum de todos os seres vivos deve estar presente em todas as
formas de vida atuais, como ocorre com a presença de membrana plasmática lipoprotéica, material genético obedecendo a um mesmo
código genético universal, presença de ribossomos para a síntese protéica e moeda energética na forma de ATP.
15.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item I: falso. Na escala de tempo geológico, o Holoceno é a época do período Quaternário da era Cenozóica (a mais moderna e atual)
que se iniciou há cerca de 11.500 anos e se estende até o presente. O marco inicial para o surgimento da vida na Terra está na era
Arqueozóica ou Proterozóica ou Pré-Cambriana (a mais antiga).
Item II: verdadeiro. O experimento de Miller e Urey em 1953 visava simular as condições da Terra primitiva segundo Oparin,
obtendo aminoácidos a partir de uma mistura gasosa simulando a atmosfera primitiva e bombardeada por descargas elétricas
simulando relâmpagos. Apesar de não comprovar as idéias de Oparin, o experimento de Miller sugere que a síntese de moléculas
orgânicas como aminoácidos pode ter ocorrido se as condições da Terra primitiva eram as descritas por Oparin.
Item III: falso. A hipótese da panspermia sugere que a vida na Terra teve início com a chegada de microorganismos em meteoritos. Já
a hipótese (quimiolito)autotrófica defende o surgimento da vida na Terra em regiões oceânicas profundas nas proximidades de fontes
vulcânicas submarinas, sendo essas formas de vida autótrofas quimiossintetizantes.
16.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
I. Item falso. O nível atômico de organização dos seres vivos é formado basicamente no interior de estrelas por processos de fusão
nuclear.
II. Item falso. Os primeiros seres multicelulares a surgir no planeta foram provavelmente semelhantes às atuais algas vermelhas, de
modo que não apresentavam esqueleto interno ou externo.
III. Item verdadeiro. Os prováveis fósseis mais antigos conhecidos de seres vivos datam de entre 4 e 3,5 bilhões de anos atrás,
correspondendo a estruturas denominadas estromatólitos, basicamente colônias mineralizadas de bactérias (biossedimentares
litificadas, onde lithós quer dizer rocha).
17.
Resposta: B
Comentário:
O uso de frascos com gargalo em forma de pescoço de cisne permitiu ao francês Louis Pasteur (3) derrubar definitivamente as idéias
de geração espontânea para microorganismos.
A proposição da origem da vida a partir de coacervados foi desenvolvida pelo russo Aleksandr Oparin (4) e pelo inglês John Haldane,
sendo a idéia mais aceita pela Biologia para descrever a origem da vida na Terra.
O experimento realizado por Francesco Redi (1) em 1668 envolvendo a utilização rigorosa dos princípios do método científico
demonstrou a inexistência de geração espontânea para larvas de moscas a partir de carne em putrefação.
O experimento de Miller (5) em 1953 visava simular as condições da Terra primitiva segundo Oparin, obtendo assim aminoácidos a
partir de uma mistura gasosa simulando a atmosfera primitiva e bombardeada por descargas elétricas simulando relâmpagos.
O aquecimento prolongado de caldos nutritivos realizado pelo italiano Lazzaro Spallanzani (2) proporcionava a eliminação de todas as
formas de vida, inclusive esporos, no processo chamado de esterilização, experimento criticado pelo inglês John Needham que
defendia que o aquecimento prolongado na verdade destruía o princípio vital para a abiogênese.
18.
Resposta: A
Comentário: Segundo a hipótese heterotrófica de Oparin, os primeiros seres vivos eram heterótrofos anaeróbicos, ou seja,
fermentadores, que consumiam a matéria orgânica acumulada no caldo primordial. Esses primeiros seres eram procariontes, que logo
se dividiram em duas linhagens, as eubactérias, provavelmente os seres mais antigos do planeta, e as arqueobactérias, que cevem ter
originado os eucariontes. Assim, capacidade de realizar a fermentação foi desenvolvida primariamente por seres procariontes do tipo
eubactérias.
19.
Resposta: D
Comentário:
O acúmulo de oxigênio na atmosfera da Terra a partir da ação dos seres fotossintetizantes permitiu a seleção de organismos com
metabolismo energético aeróbico, ou seja, que utilizam o gás oxigênio como aceptor final de elétrons.
20.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item I: falso. O experimento de Miller em 1953 visava simular as condições da Terra primitiva segundo Oparin, obtendo assim
aminoácidos a partir de uma mistura gasosa simulando a atmosfera primitiva e bombardeada por descargas elétricas simulando
relâmpagos. Esse experimento demonstrou a viabilidade das idéias de Oparin.
(Apesar de defender a origem da vida a partir de compostos químicos, estruturas não vivas, as idéias de Oparin não são idéias de
abiogênese. A abiogênese defendia a possibilidade do surgimento de seres vivos a partir de corpos brutos nas condições da Terra atual,
enquanto as idéias de Oparin implicariam no surgimento da vida na Terra sob condições que não poderiam ser repetidas atualmente,
de modo que Oparin, assim como a Biologia atual, acreditava que todo ser vivo vem de outro ser vivo pré-existente nas condições
atuais.)
Item II: verdadeiro. O experimento realizado por Francesco Redi em 1668 envolvendo a utilização rigorosa dos princípios do
método científico demonstrou a inexistência de geração espontânea para larvas de moscas a partir de carne em putrefação.
Item III: falso. O uso de frascos com gargalo em forma de pescoço de cisne permitiu ao francês Louis Pasteur derrubar
definitivamente as idéias de geração espontânea ou abiogênese para microorganismos.
21.
Resposta: C
Comentário: O aquecimento prolongado de caldos nutritivos realizado por Spallanzani proporcionava a eliminação de todas as
formas de vida, inclusive esporos, no processo chamado de esterilização. Isto permitiu o desenvolvimento de técnicas de conservação
de alimentos em lata.
22.
Resposta: D
Comentário:
As duas hipóteses que descrevem a origem da célula eucariótica (dotada de núcleo) a partir da célula procariótica (dotada de
nucleóide) são a hipótese da simbiose e a hipótese de Robertson. A Hipótese da Simbiose defende a origem de mitocôndrias
(encontradas em todas as células eucarióticas) a partir de bactérias aeróbicas endomutualísticas e a origem de cloroplastos (ausentes
em células de animais, fungos e protozoários) a partir de cianobactérias endomutualísticas. A Hipótese de Robertson defende a origem
da carioteca e do retículo endoplasmático a partir de dobras (invaginações) da membrana celular.
23.
Resposta: C
Comentário: A Hipótese da Simbiose de Lynn Margulis defende a origem de mitocôndrias a partir de bactérias aeróbicas
endomutualísticas e a origem de cloroplastos a partir de cianobactérias endomutualísticas. Apesar de cianobactérias serem também
bactérias, é melhor descrever a origem de cloroplastos apenas utilizando a terminologia mais apropriada de cianobactérias.
24.
Resposta: B
Comentário:
25.
Resposta: E
Comentário:
26.
Resposta: D
Comentário:
27.
Resposta: D
Comentário: Segundo a hipótese heterotrófica de Oparin, a atmosfera primitiva era constituída de metano, amônia, vapor de água e
hidrogênio (A), sendo que o primeiro ser vivo deve ter sido um heterótrofo anaeróbico, realizando fermentação e liberando gás
carbônico (B), uma vez que havia matéria orgânica em abundância nos mares primitivos e não haveria necessidade dos organismos
fabricarem seu próprio alimento, alem de não haver gás oxigênio na atmosfera primitiva. Com o tempo, a matéria orgânica livre ficou
escassa, e a seleção natural começou a favorecer os seres autótrofos que produziam matéria orgânica por fotossíntese. A fotossíntese
teria liberado, por sua vez, oxigênio (C) na atmosfera, permitindo que surgissem organismos capazes de aproveitá-lo em suas reações
metabólicas para retirar energia dos alimentos, surgindo assim a respiração aeróbica.
28.
Resposta: C
Comentário:
29.
Resposta: E
Comentário:
I. Ao defender que os insetos, ao pousar sobre o cadáver, poderiam dar origem a outros insetos, o texto defende princípios de
biogênese (“seres vivos vêm de outros seres vivos preexistentes”).
II. Aristóteles, assim como a maioria dos pensadores da Grécia Antiga, defendia a possibilidade do surgimento de seres vivos por
mecanismos de abiogênese ou geração espontânea.
III. Von Helmont é um dos mais conhecidos defensores das idéias de geração espontânea ou abiogênese, defendendo o surgimento
abiogenético de ratos a partir de camisas sujas e grãos de trigo.
IV. Pasteur, com seu experimento com o balão pescoço de cisne, evitava a entrada de microorganismos do ar em seus meios de
cultura, uma vez que acreditava que seres vivos apenas poderiam surgir de outros seres vivos, de acordo com os princípios da
biogênese.
30.
Resposta: A
Comentário:
A hipótese do mundo do RNA defende que, no mundo pré-biótico, algumas moléculas de RNA tenham sido ribozimas capazes de
catalisar sua própria autoduplicação (numa espécie de autocatálise), correspondendo ao primeiro material genético a surgir na
natureza. O RNA é uma macromolécula constituída de nucleotídeos polimerizados. Os nucleotídeos têm essencialmente os mesmos
constituintes no DNA e no RNA: uma base nitrogenada (sendo adenina, guanina, citosina e timina no DNA e adenina, guanina,
citosina e uracila no RNA), uma pentose (sendo desoxirribose no DNA e ribose no RNA) e um ou mais grupos fosfatos.
31.
Resposta: C
Comentário: O surgimento das gimnospermas (II) deu-se provavelmente no período Devoniano da Era Paleozóica. No final do
período Cretáceo da Era Mesozóica, deu-se o desaparecimento dos dinossauros (I), há cerca de 65 milhões de anos atrás,
provavelmente com a queda de um grande asteróide na região onde hoje se localiza o Golfo do México. Esse evento marca o início da
Era Cenozóica, a era moderna, onde se deu o surgimento dos primeiros hominídeos e da espécie humana moderna (III).
32.
Resposta: B
Comentário:
33.
Resposta: E
Comentário:
34.
Resposta: A
Comentário:
35.
Resposta: D
Comentário: Segundo Ernst Mayr (1982), “Tentativas foram feitas repetidamente para definir ‘vida’. Esses esforços são um tanto
fúteis, visto que agora está inteiramente claro que não há uma substância, um objeto ou força especial que possa ser identificada”.
Nesse sentido, a vida só pode ter seu início evidenciado quando do surgimento da sua forma de manifestação: a célula – unidade
funcional constituída por uma bicamada fosfolipídica, que envolve moléculas com capacidade de autoduplicação e metabolismo.
Portanto, está correta a alternativa D.
36.
Resposta: E
Comentário:
Item I: verdadeiro. A hipótese da evolução química gradual dos sistemas químicos defendia que sistemas de moléculas orgânicas
teriam evoluído para originar as primeiras formas de vida, e foi proposta pelo inglês Thomas Huxley, sendo retomada e aprofundada
pelo inglês John Haldane e pelo russo Aleksandr Oparin com o nome de hipótese da coacervação.
Item II: verdadeiro. A hipótese cosmozóica ou da panspermia defende que as moléculas que originaram os primeiros seres vivos ou
mesmo ou primeiros seres vivos teriam origem extraterrestre, sendo trazidos para a Terra por meteoritos, tendo defensores como o
inglês William Thomson, também conhecido como Lorde Kelvin e o sueco Svant Arrhenius.
Item III: verdadeiro. Mesmo que a hipótese cosmozóica esteja correta, a vida, onde começou, deve ter se originado pela evolução
molecular.
Item IV: verdadeiro. Segundo a hipótese da coacervação, os gases da atmosfera primitiva teriam reagido entre si para originar as
primeiras moléculas orgânicas que, nos mares primitivos, teriam evoluído nas primeiras formas de vida.
37.
Resposta: E
Comentário:
I. Os gases que simulavam a atmosfera primitiva de Oparin e que eram submetidos às descargas elétricas no experimento de Miller
eram metano (CH4), hidrogênio (H2) e amônia (NH3), além do vapor de água produzido pelo aquecimento da água no compartimento.
II. A substância que foi colocada no compartimento 2, para aquecimento e formação de vapor de água foi a água (H2O).
III. O experimento de Miller obteve moléculas orgânicas simples como aminoácidos (glicina, alanina) e bases nitrogenadas (purinas e
pirimidinas), mas não obteve carboidratos (sacarose) nem macromoléculas (polipeptídios, proteínas, ácidos nucléicos). Coacervados
dó foram obtidos, com o nome de microsferas, por um outro experimento, realizado por Sydney Fox.
38.
Resposta: E
Comentário:
Segundo a hipótese heterotrófica de Oparin, o primeiro ser vivo deve ter sido um heterótrofo anaeróbico, realizando fermentação (3),
uma vez que havia matéria orgânica em abundância nos mares primitivos e não haveria necessidade dos organismos fabricarem seu
próprio alimento, alem de não haver gás oxigênio na atmosfera primitiva. Com o tempo, a matéria orgânica livre ficou escassa, e a
seleção natural começou a favorecer os seres autótrofos que produziam matéria orgânica por fotossíntese (2). A fotossíntese teria
liberado, por sua vez, oxigênio na atmosfera, permitindo que surgissem organismos capazes de aproveitá-lo em suas reações
metabólicas para retirar energia dos alimentos, surgindo assim a respiração aeróbica (1).
39.
Resposta: D
Comentário:
Segundo a Hipótese da Coacervação de Oparin e Haldane, gases da atmosfera primitiva como metano, amônia, vapor de água e
hidrogênio teriam reagido entre si graças à energia provida por relâmpagos para formar os primeiros compostos orgânicos simples,
como aminoácidos. Assim, se a quantidade aminoácidos numa região aumenta, isso se dá à custa do consumo dos gases da atmosfera,
como a amônia, que estarão então diminuindo.
40.
Resposta: A
Comentário:
A produção de matéria orgânica a partir da energia obtida da oxidação de compostos inorgânicos se dá pelo processo conhecido como
quimiossíntese. A hipótese autotrófica (quimiolitoautotrófica) defende que os primeiros seres vivos surgiram em regiões oceânicas
profundas nas proximidades de fontes vulcânicas submarinas, sendo essas formas de vida autótrofas quimiossintetizantes que
realizavam seu metabolismo a partir de compostos de enxofre e ferro, de acordo com a reação descrita no texto da questão.
41.
Resposta: B
Comentário:
O experimento de Miller em 1953 visava simular as condições da Terra primitiva segundo Oparin, obtendo assim moléculas orgânicas
a partir de uma mistura gasosa simulando a atmosfera primitiva (à base de NH3, CH4, H2O e H2) e bombardeada por descargas elétricas
simulando relâmpagos. Miller obteve basicamente aminoácidos, mas nunca conseguiu produzir outras moléculas essenciais à vida
como carboidratos e nucleotídeos. Esse experimento demonstrou a viabilidade das idéias de Oparin.
(Apesar de defender a origem da vida a partir de compostos químicos, estruturas não vivas, as idéias de Oparin não são idéias de
abiogênese. A abiogênese defendia a possibilidade do surgimento de seres vivos a partir de corpos brutos nas condições da Terra atual,
enquanto as idéias de Oparin implicariam no surgimento da vida na Terra sob condições que não poderiam ser repetidas atualmente,
de modo que Oparin, assim como a Biologia atual, acreditava que todo ser vivo vem de outro ser vivo pré-existente nas condições
atuais. Ainda assim, as idéias de Oparin se baseiam nos princípios da abiogênese no sentido do surgimento de vida a partir de
estruturas não vivas.)
42.
Resposta: E
Comentário:
Se o estudante A argumentou que os primeiros organismos da Terra deveriam obter energia através de fermentação, ele defende a
hipótese heterotrófica.
Se o estudante B argumentou que os primeiros organismos do planeta deveriam obter energia através de quimiossíntese, ele defende a
hipótese (quimiolito)autotrófica.
Se o estudante C concordou com o estudante A, também defende a hipótese heterotrófica; alguns fungos atuais também realizam a
fermentação, como os primeiros seres vivos de acordo com a hipótese heterotrófica.
Se o estudante D argumentou que os primeiros seres vivos seriam provenientes de fora do planeta Terra, ele defende a hipótese da
panspermia.
Se o estudante E concordou com o estudante D, também defende a hipótese da panspermia; ao acrescentar que os seres
fotossintetizantes teriam acrescentado à atmosfera terrestre uma quantidade considerável de gás oxigênio, ele está de acordo com as
idéias mais aceitas sobre a origem do oxigênio atmosférico.
Assim:
I. Item verdadeiro.
II. Item verdadeiro.
III. Item falso.
43.
Resposta: E
Comentário:
O desaparecimento dos dinossauros deu-se no final do período Cretáceo da Era Mesozóica, há cerca de 65 milhões de anos atrás,
provavelmente com a queda de um grande asteróide na região onde hoje se localiza o Golfo do México.
44.
Resposta: B
Comentário:
O surgimento dos dinossauros deu-se no início do período Triássico da Era Mesozóica, e seu desaparecimento deu-se no final do
período Cretáceo dessa mesma Era Mesozóica, há cerca de 65 milhões de anos atrás, provavelmente com a queda de um grande
asteróide na região onde hoje se localiza o Golfo do México. Esse evento marca o início da Era Cenozóica, a era moderna, onde se deu
o surgimento dos primeiros hominídeos e da espécie humana moderna. Assim, quando os primeiros hominídeos surgiram, os
dinossauros já haviam sido extintos há muito tempo.
45.
Resposta: A
Comentário:
As duas hipóteses que descrevem a origem da célula eucariótica (dotada de núcleo) a partir da célula procariótica (dotada de
nucleóide) são a hipótese da simbiose e a hipótese de Robertson. A Hipótese da Simbiose defende a origem de mitocôndrias
(encontradas em todas as células eucarióticas) a partir de bactérias aeróbicas endomutualísticas e a origem de cloroplastos (ausentes
em células de animais, fungos e protozoários) a partir de cianobactérias endomutualísticas. A Hipótese de Robertson defende a origem
da carioteca e do retículo endoplasmático a partir de dobras (invaginações) da membrana celular.
Assim, procariotas fotossintéticos entram na formação de células eucariotas autótrofas, mas não na de heterótrofas.
46.
Resposta: D
Comentário:
Considerando que a vida na Terra se baseia na água líquida, uma vez que este é o componente mais abundante da matéria viva, a
ocorrência de água líquida em Marte indicaria a possibilidade de existência de vida nesse planeta.
47.
Resposta: B
Comentário:
O desaparecimento dos dinossauros deu-se no final do período Cretáceo da Era Mesozóica, há cerca de 65 milhões de anos atrás,
provavelmente com a queda de um grande asteróide na região onde hoje se localiza o Golfo do México. O impacto teria levantado
uma nuvem de poeira que obstruiu a passagem de luz solar por centenas de anos, prejudicando a atividade de fotossíntese das grandes
plantas, que eram a base da alimentação dos dinossauros de grande porte, e que por isso foram extintos.
48.
Resposta: VVFFF
Comentário:
1º item: verdadeiro. Segundo a Hipótese do Mundo do RNA, o RNA foi a primeira molécula a agir como material genético, tendo na
época de seu surgimento propriedades catalíticas e replicativas fundamentais às primeiras formas de vida.
2º item: verdadeiro. Através de mutações, moléculas de RNA geradas por replicação apresentavam variabilidade, sobre a qual
poderiam agir mecanismos de seleção equivalentes à seleção natural, aumentando a probabilidade de moléculas com características
adaptativas de se perpetuarem e de se reproduzirem, transmitindo essas características à descendência, que teria se tornado cada vez
mais comum.
3º item: falso. O material genético de todas as células modernas e de alguns vírus é o DNA, sendo que o RNA apenas armazena
informação genética em alguns tipos de vírus; proteínas não são material genético de nenhum organismo conhecido, não armazenando
informação genética e sim sendo o produto final de sua expressão.
4º item: falso. Os ribonucleotídeos do RNA têm ribose (C5H10O5) em sua composição, o que os torna mais reativos (e menos estáveis)
que os desoxirribonucleotídeos do DNA, que possuem desoxirribose (C5H10O4) que por ter menos átomos de oxigênio por molécula,
são menos reativos (e mais estáveis), o que contribui para a maior estabilidade do DNA.
5º item: falso. Acredita-se que, quando a vida estava surgindo na Terra, as temperaturas eram bem mais elevadas que as atuais, o que
possibilitaria que as ribozimas agissem como catalisadores eficientes em comparação com sua atividade catalítica atual bem menos
eficaz devido às menores temperaturas da Terra atual; como os principais catalisadores atuais, as enzimas, são catalisadores mais
eficazes, conseguem manter uma alta eficiência catalítica mesmo nas condições de menor temperatura da Terra moderna.
49.
Resposta: VVVV
Comentário:
1º item: verdadeiro. Células eucarióticas apresentam núcleo individualizado por carioteca, citoesqueleto e compartimentalização,
todas essas características ausentes em procariontes. O citoesqueleto possibilita a emissão de pseudópodes para a execução de
fagocitose.
2º item: verdadeiro. A Hipótese de Robertson defende a origem da carioteca e do retículo endoplasmático a partir de dobras
(invaginações) da membrana celular.
3º item: verdadeiro. A Hipótese da Simbiose defende a origem de mitocôndrias (encontradas em todas as células eucarióticas) a
partir de bactérias aeróbicas endomutualísticas e a origem de cloroplastos (ausentes em células de animais, fungos e protozoários) a
partir de cianobactérias endomutualísticas. Evidências que sustentam essa hipótese são a presença de DNA circular e desnudo, da
capacidade de replicação e ribossomos 70S.
4º item: verdadeiro.
50.
Resposta: VFFV
Comentário:
1º item: verdadeiro. Moléculas de RNA podem desempenhar ação catalítica com o nome de ribozimas.
2º item: falso. Na tradução para a síntese protéica, moléculas de RNA orientam a adição de aminoácidos na cadeia peptídica dentro de
certa seqüência. Na síntese de RNA, uma molécula de RNA age como molde para a produção da cadeia complementar.
3º item: falso. Segundo a Hipótese do Mundo do RNA, as primeiras moléculas a agir como material genético não foram DNA ou
proteínas, mas RNA.
4º item: verdadeiro. Moléculas de RNA do tipo ribozimas podem catalisar a formação de cadeias de RNA complementares a um
molde, como ocorre com as enzimas que catalisam a formação de cadeias de DNA complementares a um molde.
51.
Resposta: FFVFV
Comentário:
1º item: falso. A Hipótese do Mundo do RNA não exclui a Hipótese da Coacervação de Oparin e Haldane.
2º item: falso. A Hipótese do Mundo do RNA não exclui a Hipótese da Coacervação de Oparin e Haldane.
3º item: verdadeiro. Segundo a Hipótese do Mundo do RNA, moléculas de RNA (ribozimas) agiriam como catalisadores na Terra
primitiva, acelerando reações químicas pela diminuição da energia de ativação das reações em que agem.
4º item: falso. Vírus não teriam como terem sido as primeiras formas de vida porque são parasitas intracelulares obrigatórios,
dependendo de células preexistentes para se reproduzir.
5º item: verdadeiro. A Hipótese do Mundo do RNA não exclui a Hipótese da Panspermia.
52.
Resposta: VFFV
Comentário:
1º item: verdadeiro. Segundo a Hipótese da Coacervação de Oparin e Haldane, gases da atmosfera primitiva como metano, amônia,
vapor de água e hidrogênio teriam reagido entre si graças à energia provida por relâmpagos para formar os primeiros compostos
orgânicos simples, como aminoácidos. A hipótese não exclui a existência de outros gases na atmosfera primitiva, mas em
concentrações menores, bem como não exclui a formação de outras moléculas orgânicas simples como carboidratos, além dos
aminoácidos.
Observação: Hoje, acredita-se que a atmosfera primitiva não tinha grandes quantidades de gás hidrogênio (não era muito redutora), e
que possuía principalmente gás carbônico e gás nitrogênio em comparação com teores reduzidos de metano e amônia; além disso,
experimentos como o de Miller e Urey nunca conseguiram obter carboidratos a partir dos gases supostamente encontrados na
atmosfera primitiva.
2º item: falso. O carbono é fundamental para vida por sua tetravalência, que lhe confere grande versatilidade química, bem como por
formar ligações covalentes muito estáveis.
3º item: falso. Não apenas a membrana plasmática não é impermeável (mas sim semipermeável e seletivamente permeável), como
também as primeiras células eram provavelmente procarióticas, não possuindo sistema de endomembranas.
4º item: verdadeiro. A camada de ozônio (O3) é derivada do acúmulo de gás oxigênio (O2) na atmosfera a partir do surgimento da
fotossíntese.
53.
Resposta: 8 + 16 = 24
Comentário:
1. Item falso. A hipótese da abiogênese foi defendida por nomes como Aristóteles, René Descartes e Isaac Newton.
2. Item falso. O experimento realizado por Francesco Redi em 1668 envolvendo a utilização rigorosa dos princípios do método
científico demonstrou a inexistência de geração espontânea para larvas de moscas a partir de carne em putrefação, idéia amplamente
disseminada desde tempos antigos, mas não derrubou as idéias de geração espontânea para microorganismos.
4. Item falso. Apesar de John Needham ter sido um ferrenho defensor das idéias de abiogênese, Lazzaro Spallanzani foi seu mais forte
opositor, defendendo as idéias de biogênese e questionando as idéias de geração espontânea.
8. Item verdadeiro. Com o experimento de Redi, a abiogênese perdeu a credibilidade para seres macroscópicos, mas a descoberta dos
microorganismos por Anton Von Leeuwenhöek, pai da Microbiologia, deu novo impulso às idéias de geração espontânea no século
XVII, pelo menos para microorganismos.
16. Item verdadeiro. O uso de frascos com gargalo em forma de pescoço de cisne permitiu ao francês Louis Pasteur derrubar
definitivamente as idéias de geração espontânea ou abiogênese para microorganismos. Como as idéias de abiogênese para outros
grupos de seres vivos já era bastante desacreditada à época de Pasteur, pode-se afirmar que sua experiência foi a responsável definitiva
pelo fim do pensamento abiogênico.
54.
Resposta:
Cronologia do aparecimento no ambiente terrestre
N° Reino
Ordem de aparecimento Táxon Era
I Animalia 6° Homo sapiens Cenozóica
II Protista 2º Eucarionte unicelular Pré-cambriano ou
fotossintetizante Proterozóica
III Plantae 4° Gimnosperma Paleozóica
IV Monera 1º Procarionte fermentador Pré-cambriano ou
Arqueozóica
V Animalia 3º Arthropoda Paleozóica
VI Animalia 5º Marsupial Mesozóica
55.
Resposta:
A) respiração aeróbica: B, uma vez que já existia oxigênio na atmosfera; fotossíntese: A, uma vez que não necessita de oxigênio para
ocorrer.
B) mitocôndria; cloroplasto
C) mitocôndrias e cloroplastos, segundo a hipótese da simbiose, teriam surgido, respectivamente, a partir de bactérias aeróbicas e
cianobactérias endomutualísticas; apresentam DNA circular e desnudo, ribossomos 70S, membrana dupla, capacidade de
autoduplicação e de síntese protéica.
56.
Resposta:
A) Água líquida, gases contendo carbono e nitrogênio na atmosfera, raios ultravioleta e/ou relâmpagos, temperaturas amenas.
B) Moneras são procariontes e protistas são eucariontes. Só isso.
57.
Resposta: O processo que é inibido pelo cloranfenicol é a síntese proteica e apenas as mitocôndrias são afetadas porque têm
ribossomos 70S como os ribossomos bacterianos, justamente as estruturas inibidas pelo cloranfenicol.
58.
Resposta:
A) Porque o O2 liberado a princípio reagia com íons de ferro nos oceanos formando óxidos de ferro; somente com o esgotamento dos
íons de ferro ele pôde se acumular, aumento no nível do oxigênio atmosférico.
B) O rápido acúmulo de oxigênio atmosférico selecionou os organismos aeróbicos que apresentavam vantagens em termos de
rendimento energético.
59.
Resposta: Por volta de 1860, Pasteur começou uma análise longa e lógica de todo o problema da origem da vida. Ele havia
demonstrado, em mais de uma ocasião, que o ar é um a fonte de microorganismos. Entretanto, isso não foi suficiente para invalidar a
hipótese da abiogênese. Finalmente, Pasteur idealizou os famosos frascos “pescoço de cisne” e com eles realizou experiências
conclusivas. Assim montou a seguinte experiência:
Etapa 1: Colocou solução nutritiva em frasco com acesso ao ar, com o objetivo de fornecer condições para que os microorganismos,
sempre presentes nas mãos, no solo e no ar, não perdessem sua vitalidade.
Etapas 2 e 3: Curvou o gargalo do frasco, na forma de “S” para dificultar a entrada de mais ar contaminado depois da fervura, que foi
feita com o objetivo de esterilizar a solução, ao mesmo tempo permitir que os vapores saíssem livremente pela estreita abertura do
gargalo.
Etapa 4: Em seguida, deixou o frasco esfriar, e observou que o líquido em tal frasco permaneceu imutável indefinidamente. Parecia
que o ar comum, entrando com força durante os primeiros momentos do resfriamento, deveria penetrar no frasco num estado de
completa impureza. Isto é verdade, mas ele encontra um líquido numa temperatura ainda próxima do ponto de ebulição. A entrada do
ar ocorre, então, mais vagarosamente e, quando o líquido se resfriou suficientemente, a ponto de não ser mais capaz de tirar a
vitalidade dos germes, a entrada de ar será lenta, de maneira a deixar nas curvas úmidas do pescoço toda a poeira e germes capazes de
agir nas infusões.
Etapa 5: Pasteur pôde então provar que, apesar do líquido ter sido fervido, ele ainda possuía a capacidade de manter vida se um
organismo fosse nele introduzido, com a quebra do gargalo. Conseguiu, pois, uma vitória para a biogênese.
60.
Resposta:
A) Provavelmente, o surgimento de seres fotossintetizantes promoveu um aumento no consumo de gás carbônico atmosférico, com
conseqüente redução na taxa desse gás na atmosfera zbohrniana.
B) Mais quente que o atual, uma vez que uma maior concentração de gás carbônico intensifica o efeito estufa, e, dessa maneira,
retenção de calor.
Aula 33 - Introdução à Evolução, Conceito e Evidências
1.
Resposta: A
Comentário:
2.
Resposta: D
Comentário: Evolução é o processo de mudanças nas freqüências genéticas em uma população ao longo do tempo, sejam essas
mudanças benéficas ou prejudiciais (adaptativas ou não adaptativas), ou no sentido de aumentar ou diminuir a complexidade. Assim, a
evolução biológica pode ser descrita como modificações hereditárias (genéticas) nas populações ao longo das gerações (ao longo do
tempo).
3.
Resposta: A
Comentário: São evidências do processo evolutivo o estudo dos fósseis, de anatomia comparada, de embriologia comparada e de
bioquímica / genética molecular comparada e de órgãos vestigiais. Analisando cada item quanto a fornecerem evidência para a
evolução dos seres vivos.
I. Item verdadeiro. Paleontologia é o estudo dos fósseis.
II. Item verdadeiro.
III. Item verdadeiro.
IV. Item falso. Estudos de embriologia apenas são úteis como evidências se houver comparações entre grupos, assim, somente a
embriologia comparada deve ser considerada como evidência do processo evolutivo.
4.
Resposta: D
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. Estudos de anatomia comparada e de fósseis são evidências do processo evolutivo.
Item II: verdadeiro. Estruturas que exercem a mesma função, apesar de terem ancestralidade diferente, são denominadas órgãos
análogos, e apesar de não serem evidências de parentesco evolutivo, são importantes testemunhos da evolução por mostrarem como os
mecanismos de convergência adaptativa resultam de processos evolutivos.
Item III: falso. Estruturas homólogas apresentam mesma origem embrionária e evolutiva, indicando parentesco evolutivo.
5.
Resposta: B
Comentário:
6.
Resposta: C
Comentário: Fósseis são quaisquer vestígios deixados por espécies de seres vivos atualmente extintas, sendo que, na maioria das
vezes, correspondem a restos mineralizados deixados por organismos mortos. Para que ocorra fossilização, não pode ocorrer
decomposição. Assim, a fossilização é favorecida por condições que evitam a ação de microorganismos decompositores, como
ambientes sem oxigênio (a maioria dos decompositores é aeróbica), ambientes frios (reduzem a atividade metabólica dos
decompositores) e ambientes secos e/ou salinos (eliminam os decompositores por desidratação).
7.
Resposta: D
Comentário: Dá-se o nome de análogos aos órgãos que possuem mesma função e origem embrionária / evolutiva distintas, tendo
surgido por mecanismos de convergência adaptativa. Dá-se o nome de homólogos aos órgãos que possuem mesma origem
embrionária / evolutiva e funções iguais ou distintas, tendo surgido por mecanismos de irradiação adaptativa. Apesar de os itens
apresentarem as duas possibilidades quanto aos órgãos homólogos no que diz respeito à função (igual ou diferente), o item referente a
funções diferentes se torna mais adequado, uma vez que se referir a órgãos de mesma origem com mesma função é meio redundante.
8.
Resposta: C
Comentário: A Lei da Recapitulacão do biólogo Ernst Haeckel afirma que "a ontogenia recapitula a filogenia", ou seja, que as fases
do desenvolvimento embrionário (ontogenia) repetem, em seqüência, as mudanças evolutivas (filogenia) pelas quais havia passado o
organismo. Assim, o termo ontogenia se refere ao desenvolvimento embrionário dos seres vivos (“desenvolvimento no presente”),
enquanto o termo filogenia se refere ao desenvolvimento evolutivo dos mesmos.
9.
Resposta: D
Comentário: Órgãos vestigiais são órgãos que não apresentam função num determinado grupo de seres vivos mas com função num
grupo relacionado, indicando parentesco evolutivo entre esses grupos. Na espécie humana, estruturas consideradas vestigiais são
vértebra coccígea (no fim da coluna vertebral), mamilos em machos, apêndice vermiforme, musculatura abdominal segmentada,
membrana nictitante (nos olhos), músculos para movimentar as orelhas, dentes do siso e pêlos do corpo. Dentes caninos, fíbula (um
dos ossos da perna, junto à tíbia) e amígdalas (produtoras de células de defesa) são dotados de função, não sendo vestigiais.
10.
Resposta: C
Comentário:
11.
Resposta: D
Comentário: Analisando cada item:
Item I: falso. A presença de fósseis idênticos em continentes distintos é explicada pela Teoria da Deriva Continental, tendo os
organismos que originaram os fósseis habitado uma mesma massa de terra que se fragmentou devido ao movimento das placas
tectônicas.
Item II: verdadeiro. A diversidade da vida na Terra é explicada por processos evolutivos que envolvem seleção natural, sendo a
especiação resultante de mecanismos de isolamento reprodutivo, normalmente precedidos de isolamento geográfico.
Item III: verdadeiro. Segundo a Teoria da Deriva Continental, há cerca de 200 a 300 milhões de anos, todas as massas de terra
estavam reunidas num único continente gigantesco denominado Pangea, que posteriormente se fragmentou nos continentes atuais.
12.
Resposta: C
Comentário: De acordo com a Teoria Sintética da Evolução (Neodarwinismo), para que os peixes cegos se tornassem predominantes,
devem ter tido alguma vantagem adaptativa sobre os peixes não cegos. (Cuidado: esta vantagem não diz respeito a cegueira, que não
traz vantagem alguma em ambientes sem luz; argumentos do tipo “os peixes cegos no escuro desenvolvem os outros sentidos para
compensar a cegueira” são lamarckistas de acordo com a Lei do Uso e do Desuso, e, portanto, biologicamente incorretos.)
13.
Resposta: D
Comentário: Dá-se o nome de análogos aos órgãos que possuem mesma função e origem embrionária / evolutiva distintas, tendo
surgido por mecanismos de convergência adaptativa. Assim, asas de morcego (mamífero) e asas de inseto (artrópode) são análogas.
Dá-se o nome de homólogos aos órgãos que possuem mesma origem embrionária / evolutiva e funções iguais ou distintas, tendo
surgido por mecanismos de irradiação adaptativa. Como os habitantes hipotéticos de Pandora não teriam relação de parentesco
evolutivo com as espécies terráqueas, a cauda dos Na’Vi seriam órgãos análogos às caudas dos macacos, tendo surgido por
convergência adaptativa.
14.
Resposta: E
Comentário: Evolução é o processo de mudanças nas freqüências genéticas em uma população ao longo do tempo, sejam essas
mudanças benéficas ou prejudiciais (adaptativas ou não adaptativas), ou no sentido de aumentar ou diminuir a complexidade. A atual
diversidade de espécies vivas pode ser explicada pela evolução, ou seja, mudanças ocorridas nas várias formas de vida a partir de um
ancestral comum. A semelhança de ossos entre dinossauros e aves sugere uma ancestralidade comum entre os grupos, sendo inclusive
hoje conhecido o fato que dinossauros provavelmente possuíam corpo revestido por penas.
15.
Resposta: D
Comentário: Evolução é o processo de mudanças nas freqüências genéticas em uma população ao longo do tempo, sejam essas
mudanças benéficas ou prejudiciais (adaptativas ou não adaptativas), ou no sentido de aumentar ou diminuir a complexidade. A atual
diversidade de espécies vivas pode ser explicada pela evolução, ou seja, mudanças ocorridas nas várias formas de vida a partir de um
ancestral comum. Do ponto de vista biológico, evoluir quer dizer mudar, não interessando se a mudança é positiva ou negativa. Apesar
de haver mudanças negativas (a maioria das mutações tem efeito deletério), a seleção natural tende a eliminá-las, de modo que
normalmente restam apenas as mudanças de caráter adaptativo numa certa população.
16.
Resposta: A
Comentário: Dá-se o nome de análogos aos órgãos que possuem mesma função e origem embrionária / evolutiva distintas, tendo
surgido por mecanismos de convergência adaptativa. Dá-se o nome de homólogos aos órgãos que possuem mesma origem
embrionária / evolutiva e funções iguais ou distintas, tendo surgido por mecanismos de irradiação adaptativa. Analisando cada item:
Item I. Folhas de uma laranjeira e espinhos de um cacto têm a mesma origem embrionária, de modo que são homólogos.
Item II. Penas de uma ave e pêlos de um mamífero têm a mesma origem embrionária, de modo que são homólogos.
Item III. Asas de um morcego (mamífero) e asas de uma borboleta (inseto) têm origens diferentes, de modo que são análogos.
17.
Resposta: A
Comentário: Dá-se o nome de análogos aos órgãos que possuem mesma função e origem embrionária / evolutiva distintas, tendo
surgido por mecanismos de convergência adaptativa. Dá-se o nome de homólogos aos órgãos que possuem mesma origem
embrionária / evolutiva e funções iguais ou distintas, tendo surgido por mecanismos de irradiação adaptativa. No processo evolutivo, é
mais difícil o surgimento de uma estrutura do zero, como o surgimento de um novo par de membros anteriores, sendo mais fácil a
modificação de estruturas preexistentes em outras estruturas, como a transformação dos membros posteriores em novos pares de asas.
18.
Resposta: B
Comentário:
19.
Resposta: C
Comentário:
20.
Resposta: E
Comentário: Órgãos vestigiais são órgãos que não apresentam função num determinado grupo de seres vivos mas com função num
grupo relacionado, indicando parentesco evolutivo entre esses grupos. Segundo as idéias lamarckistas, órgãos vestigiais são resultantes
do desuso dos mesmos, de acordo com a Lei do Uso e do Desuso, o que é considerado inadequado, pelos conhecimentos atuais, para
explicar fenômenos evolutivos. Segundo as idéias darwinistas, órgãos vestigiais são resultantes de um relaxamento da seleção natural,
isto é, como os órgãos vestigiais não possuem função, não são sujeitos à seleção natural, permanecendo nas populações que os
possuem.
21.
Resposta: A
Comentário: Uma das evidências do processo evolutivo são os estudos de embriologia comparada, sendo que os estágios iniciais do
desenvolvimento embrionário em vertebrados apontam muitas semelhanças entre eles.
22.
Resposta: E
Comentário: Evolução é o processo de mudanças nas freqüências genéticas em uma população ao longo do tempo. Desse modo, a
menor unidade no estudo da evolução é a população.
23.
Resposta: B
Comentário: Segundo as idéias lamarckistas, órgãos vestigiais são resultantes do desuso dos mesmos, de acordo com a Lei do Uso e
do Desuso, o que é considerado inadequado, pelos conhecimentos atuais, para explicar fenômenos evolutivos. Segundo as idéias
darwinistas, órgãos vestigiais são resultantes de um relaxamento da seleção natural, isto é, como os órgãos vestigiais não possuem
função, não são sujeitos à seleção natural, permanecendo nas populações que os possuem. A inaptidão dos peixes cegos fora da
caverna os torna mais vulneráveis a ação de predadores, o que não ocorre dentro da caverna, uma vez que mesmo predadores que
enxergam não têm como se aproveitar da visão no ambiente sem luz das cavernas.
24.
Resposta:
A) O grupo que divergiu mais recentemente é o Neoaves, indicado na ilustração como o último ramo partindo do tronco comum.
B) Registros fósseis de aves (Neornites) datados de mais de 65 milhões de anos atrás constatam a contemporaneidade dos grupos
citados.
25.
Resposta: Fósseis são vestígios (fragmentos, rastros, pistas) deixados por seres que viveram em épocas antigas. Os fósseis são
evidências biológicas que reforçam a hipótese de que os continentes estiveram unidos no passado. A presença de um determinado
fóssil na América do Sul e na África corrobora a hipótese da união dos continentes em épocas remotas, processo denominado de
deriva continental. Os dentes constituem uma evidência anatômica do hábito carnívoro do animal. O esqueleto dos dinossauros era de
natureza óssea e, portanto, o tecido mais evidente é o conjuntivo de sustentação, ou seja, tecido ósseo.
26.
Resposta: Se entre o cavalo e homem a diferença entre as proteínas, e conseqüentemente entre o material genético, é de 12% e entre
chimpanzé e homem é de 1%, temos que a separação evolutiva entre homem e cavalo é bem mais antiga do que entre homem e
chimpanzé, o que mostra que estes dois últimos são parentes muito mais próximos.
27.
Resposta:
1. Tem contribuído para fornecer dados no esclarecimento da história evolutiva das espécies, para determinar sua idade e sua
filogenia. Os meios mais utilizados para esse fim, são o emprego de isótopos radioativos como o urânio (206U, 235U) e o carbono 14
(C14).
2. Tem contribuído para o esclarecimento sobre espécies extintas, sobre a indicação de espécies intermediárias e sobre o
esclarecimento de uma seqüência evolutiva para uma dada espécie. A idade absoluta de rochas e de seres organismos é calculada por
meio da desintegração do isótopo de urânio (206U, 235U) e do carbono 14 (C14).
3. Tem contribuído para determina a idade geológica das espécies, esclarecendo em que época viveram aproximadamente. A idade
absoluta das rochas é calculada por meio da desintegração de elementos radioativos. O Urânio (206U), por exemplo, quando se
desintegra transforma-se no isótopo de chumbo (206Pb). 1g de urânio leva cerca de 4 bilhões e 500 milhões de anos para produzir
0,5g de chumbo. Portanto, pela quantidade relativa de urânio e chumbo contidos numa rocha podemos saber sua idade. Outro isótopo
o urânio (235U), tem meia-vida de 704 milhões de anos. Ou seja, nesse período metade dos átomos transformam-se num isótopo de
chumbo (207Pb). Diversos elementos químicos apresentam um ou mais isótopos radioativos, que são variações do elemento quanto ao
seu número de massa (C12 = 6 Prótons e 6 Neutrons M= 14, não radioativo; C14 = 6 Prótons e 8 Neutrons M = 14, que é radioativo,
N14 = 7 Prótons e 7 Neutrons, não radioativo). Ao morrer, os seres vivos deixam de incorporar o C12, e a proporção entre C12 e C14
perdem sua proporcionalidade ao longo dos anos. Assim, a medição da quantidade residual do C14 nas moléculas orgânicas presentes
em um fóssil, em relação à quantidade estimada de C14 quando o organismo era vivo, possibilita sua datação.
28.
Resposta:
A) Permitiu o aumento no desenvolvimento de atividades ligadas ao raciocínio lógico e à criatividade, ou seja, um aumento na
inteligência.
B) Maior desenvolvimento do olfato e da audição; aumento dos cristais de guanina na coróide facilitando a visão noturna.
C) Não, uma vez que cada um é altamente adaptado ao ambiente em que vive, ambos são igualmente “evoluídos”, estando no fim de
suas respectivas linhas evolucionárias.
29.
Resposta: As mutações ocorrem aleatoriamente, com uma taxa média constante. Logo, a variabilidade genética é diretamente
proporcional à antiguidade, o que confirma que nosso ancestral comum mais recente viveu na África.
30.
Resposta:
A) Ossos; dentes; pegadas impressas em rochas; fezes petrificadas; animais integralmente conservados no gelo; organismos incluídos
em resina de árvores petrificadas; rastros impressos em rochas e em material sedimentado; carapaças petrificadas; impressão de folhas
em rochas sedimentares, pedaços de troncos de árvores, conchas de moluscos, cascas de ovos, petróleo, carvão "mineral".
B) Em qualquer ambiente constituído por rochas sedimentares; geleiras perenes; resinas naturais petrificadas. Ambientes com difíceis
condições para a ação decompositora, como ambientes pobres em oxigênio, muito frios, muito secos, etc.
Aula 34 - Teorias Evolutivas
1.
Resposta: B
Comentário:
2.
Resposta: B
Comentário: As idéias evolucionistas propostas na Lei do Uso e do Desuso e na Herança dos Caracteres Adquiridos foram
elaboradas por Jean Baptiste de Lamarck, sendo conhecidas em conjunto por lamarckismo. Resolução: A atrofia de estruturas como
os olhos dos animais descritos no texto devido ao desuso no ambienta sem iluminação é um exemplo de explicação lamarckista para
fenômenos evolutivos.
3.
Resposta: C
Comentário: O fato de a coloração da pelagem do animal ser parecida com a cor do solo da região em que vive acaba por oferecer
vantagem do ponto de vista da seleção natural para a população a que pertence, em detrimento de indivíduos que possuam uma
pelagem diferente.
4.
Resposta: D
Comentário: Considerando que as variedades de cobra menos silenciosas são mais caçadas e mortas, as variedades mais silenciosas
têm mais chance de sobreviver e procriar, gerando descendentes igualmente silenciosos. Assim, a seleção natural favorece as
variedades mais silenciosas.
5.
Resposta: A
Comentário:
6.
Resposta: C
Comentário: Tanto Lamarck como Darwin defendiam a adaptação ao meio ambiente como resultado final do processo evolutivo,
sendo que Lamarck defendia que o meio ambiente levava a alterações no indivíduo para que se adaptasse (pela Lei do Uso e do
Desuso) e Darwin defendia que o meio ambiente apenas selecionava (seleção natural) características adaptativas já existentes no
indivíduo.
7.
Resposta: A
Comentário: Apesar de as idéias lamarckistas serem atualmente reconhecidas como erradas, Lamarck foi importante por ter oferecido
a primeira idéia consistente para explicar o processo evolutivo e também o primeiro a perceber que a adaptação dos seres vivos ao
meio ambiente é resultado do processo evolutivo.
8.
Resposta: E
Comentário:
9.
Resposta: D
Comentário: A afirmativa “características morfológicas, resultantes da utilização constante de determinadas partes do corpo,
desenvolvem-se” é uma referência à Lei do Uso e do Desuso, e a afirmativa “são transmitidas aos descendentes” é uma referência à
Herança dos Caracteres Adquiridos, ambas de Jean Baptiste de Lamarck, não tendo relação com o Darwinismo.
10.
Resposta: B
Comentário:
11.
Resposta: C
Comentário:
12.
Resposta: A
Comentário:
13.
Resposta: A
Comentário:
14.
Resposta: E
Comentário:
15.
Resposta: A
Comentário:
16.
Resposta: D
Comentário:
17.
Resposta: C
Comentário:
18.
Resposta: A
Comentário: Analisando cada item:
1º item: A Criação Especial dos seres vivos é o princípio básico do Criacionismo (3).
2º item: O dinamismo da adaptação se dá por mudanças ocorridas nas populações por mecanismos evolutivos como o Transformismo
(Lamarckismo) (1).
3º item: A Criação Especial defende que as várias espécies já foram criados adaptados a seus ambientes, de acordo com o
Criacionismo (3).
4º item: As mudanças numa espécie que resultam na adaptação ao meio são devido a mecanismos evolutivos como o Transformismo
(Lamarckismo) (1).
5º item: O Fixismo (2) defende a imutabilidade das espécies.
19.
Resposta: C
Comentário: A radiação ultravioleta, no caso descrito, agiu como um fator de seleção, eliminando os indivíduos que não possuíam
substâncias protetoras, que por sua vez surgiram devido a mutações aleatórias (não direcionadas).
20.
Resposta: B
Comentário: Dos processos responsáveis pela variabilidade genética, o crossing-over e segregação dos cromossomos homólogos
ocorrem na meiose.
21.
Resposta: D
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. As idéias criacionistas/fixistas são contrárias às idéias evolucionistas.
Item II: verdadeiro. Se o essencialismo de Platão defende que todas as espécies têm uma essência fixa e eterna, pode-se afirmar que
defende o fixismo, sendo contrário às idéias evolucionistas.
Item III: verdadeiro. Darwin defende a idéia evolucionista de que todos os seres vivos compartilham de um ancestral comum, de
modo que, se a for comprovada a existência de um único ser vivo que não tenha ancestral, a evolução darwiniana terá sido refutada.
Item IV: falso. Como dito, Darwin defende a idéia evolucionista de que todos os seres vivos compartilham de um ancestral comum.
Item V: falso. A firmação de Darwin não nega a existência de espécies extintas, que não deixaram descendentes.
22.
Resposta: A
Comentário: Darwin utilizou os princípios lamarckistas para explicar fenômenos genéticos apenas, defendendo que a evolução ocorre
por ação da seleção natural sobre a variabilidade.
Observação: Apesar de Gregor Mendel ter, em 1866, lançado as bases da hereditariedade, ele o fez sem ter conhecimento sobre a
natureza do material genético. Apenas com os trabalhos de Morgan, em 1910, é que se identificou a localização cromossômica dos
genes, e apenas com os trabalhos de Griffith, em 1928, é que se identificou a natureza química do gene como sendo formado de DNA.
23.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada situação:
I = Lamarckismo. A vida surge sistematicamente e se transforma com o passar do tempo. A diversidade de espécies atual é o resultado
de várias linhagens que surgiram em momentos diferentes e tiveram tempos diferentes para sofrer transformações.
II = Criacionismo/Fixismo. As espécies são criadas em um determinado momento e não se transformam ao longo do tempo.
III = Darwinismo. Ao longo do tempo, a diversificação das espécies ocorreu a partir de um ancestral comum.
Assim, as teorias criacionista, lamarckista e darwinista são, respectivamente, II, I e III.
24.
Resposta: E
Comentário: Para que uma característica tenha efeito evolutivo ela deve ser variável na população (para que na adaptação ou não ao
meio), herdável (ou seja, transmissível aos descendentes) e correlacionada ao sucesso reprodutivo (ou seja, capaz de aumentar ou
diminuir o sucesso reprodutivo, para que a seleção natural possa agir sobre ela).
25.
Resposta: C
Comentário:
26.
Resposta: C
Comentário:
27.
Resposta: C
Comentário: Para que a seleção natural ocorra, com favorecimento dos indivíduos melhor adaptados dentro de uma população, deve
haver algum recurso com disponibilidade limitada (alimento, parceiros para reprodução) que gere competição. Assim, a competição
pelo recurso de disponibilidade limitada eliminará as variedades menos aptas, selecionando positivamente as variedades mais aptas.
28.
Resposta: C
Comentário: O trecho descreve que as “cobras adotaram o hábito de se arrastar no solo e se esconder na grama, de tal maneira que
seus corpos, como resultado de esforços repetidos de se alongar, adquiriram comprimento considerável”, o que é uma clara referência
à Lei do Uso e do Desuso de Jean Baptiste de Lamarck. O trecho não faz referência à Herança dos Caracteres Adquiridos, de modo
que, dentre as opções oferecidas na questão, a mais adequada é a Lei do Transformismo, termo que descreve as idéias lamarckistas de
um modo geral.
29.
Resposta: A
Comentário: As idéias evolucionistas propostas na Lei do Uso e do Desuso e na Herança dos Caracteres Adquiridos foram elaboradas
por Jean Baptiste de Lamarck, sendo conhecidas em conjunto por lamarckismo. As idéias evolucionistas de Darwin (Darwinismo) se
baseiam na variabilidade dos indivíduos dentro de uma espécie e da seleção natural das características que tornam um indivíduo mais
bem adaptado ao meio em que vive. A seleção natural implica na sobrevivência diferencial de indivíduos que possuem características
genéticas que os torne mais aptos a explorar os recursos do meio ambiente. Segundo o darwinismo, nada pode existir, a menos que
seja, ou tenha sido alguma vez, útil aos indivíduos ou às raças que os possuem. Isso porque características que não sejam úteis são
eliminadas ou, pelo menos, não favorecidas pela seleção natural.
Observação: O autor do texto, Alfred Russell Wallace, é considerado co-autor das idéias de seleção natural, juntamente com Charles
Darwin.
30.
Resposta: A
Comentário: Apesar de a seleção natural darwinista não criar variabilidade (segundo o neodarwinismo, a variabilidade tem origem
genética em mutações e recombinação gênica), ela cria as mudanças evolutivas como um todo, uma vez que é a seleção natural que
direciona a evolução, favorecendo ou eliminando características dentro de uma população.
31.
Resposta: C
Comentário: Por mais que esponjas possuam características primitivas, elas apresentaram adaptações às pressões ambientais. O fato
de esponjas terem apresentado um pequeno número de mudanças morfológicas em relação a seus ancestrais diz respeito ao fato de
habitarem ambientes que sofreram poucas mudanças.
32.
Resposta: B
Comentário: O desenvolvimento da agressividade nas rinhas de brigas pode ser explicado pelo princípio lamarckista da Lei do Uso e
do Desuso, enquanto a transmissão dessas características à descendência pode ser explicada pelo princípio lamarckista da Herança dos
Caracteres Adquiridos.
33.
Resposta: E
Comentário: A seleção natural implica na sobrevivência diferencial de indivíduos que possuem características genéticas que os torne
mais aptos a explorar os recursos do meio ambiente.
34.
Resposta: VVVVV
Comentário:
1º item: verdadeiro. As ideias de Malthus sobre crescimento da população e crescimento da oferta de alimentos foram fundamentais
para a formulação dos conceitos de competição e seleção natural.
2º item: verdadeiro. Para ser produtora de evolução, a seleção natural precisa atuar sobre características que variem entre os
indivíduos, eliminando os menos adaptados e favorecendo os que apresentem características adequadas.
3º item: verdadeiro. As populações isoladas sofrem diferentes pressões de seleção e, como não ocorre cruzamento, isso provoca
distanciamento no processo evolutivo, podendo produzir novas espécies.
4º item: verdadeiro. O mecanismo da hereditariedade ainda não era compreendido, e Darwin propôs sua necessidade, mas não soube
explicá-la, o que foi considerado uma fragilidade de sua teoria, na época.
5º item: verdadeiro. A partir do desenvolvimento da Genética, as ideias de seleção natural sobre a variabilidade na descendência
associada à transmissão dos caracteres puderam ser reinterpretadas, com um conhecimento mais aprofundado sobre os processos
hereditários, o que resultou na “síntese moderna”, também conhecida como “neodarwinismo”.
35.
Resposta:
A) Segundo Lamarck, de tanto esticar o pescoço para alcançar as folhas mais altas das árvores, o pescoço das girafas se alongou (lei
do uso e do desuso), sendo essa característica transmitida aos descendentes (herança dos caracteres adquiridos).
B) A presença de alimento no alto das árvores selecionou as girafas de pescoço mais longo.
36.
Resposta: Lamarckista, uma vez que o meio ambiente estaria estimulando mudanças no organismo, de acordo com a lei do uso e do
desuso.
37.
Resposta:
A)
A proposição de Anaximandro pode ser genericamente comparável à de Lamarck: os órgãos e estruturas dos seres vivos se
desenvolvem ou se atrofiam em função da influência ambiental e do uso ou desuso desses órgãos.
A proposição de Empédocles antecipou os princípios fundamentais da teoria da seleção natural de Darwin: ocorrem alterações nos
seres vivos, mas apenas os organismos modificados que são mais aptos sobrevivem e se reproduzem.
B) Uma maior ou menor diferença entre as estruturas primárias de um tipo de proteína encontrada em várias espécies indicam um
maior ou menor número de mutações ocorridas. A quantidade de mutações, por sua vez, é proporcional ao tempo decorrido desde que
tais espécies se originaram de um ancestral comum.
38.
Resposta:
A) Primeira Lei (tendência para aumento da complexidade).
B) Segundo Lamarck, em uma situação de escassez da vegetação rasteira, o esforço contínuo das girafas para alcançar o alimento no
alto das árvores fez com que o pescoço das mesmas aumentasse gradativamente de tamanho, caracterizando a terceira lei (também
conhecida como “lei do uso e desuso”). As girafas com pescoços maiores transmitem essa característica aos descendentes,
caracterizando a quarta lei ou lei da “herança do adquirido”. Darwin, contudo, parte do pressuposto da existência de variabilidade
interespecífica, ou seja, existiam no passado girafas com os mais variados tamanhos de pescoços e através da competição pelo
alimento, foram selecionadas favoravelmente as girafas de pescoço longo (que conseguiam alcançar as folhas mais altas) e
desfavoravelmente as de pescoço curto (que geralmente morriam de fome). Darwin fundamenta-se na teoria da seleção natural.
39.
Resposta: Segundo a teoria de Darwin, seria esperado que o número de indivíduos da espécie residente com bico mais largo
aumentasse, pois eles conseguiriam se alimentar das sementes maiores; conseqüentemente, apresentariam uma chance maior de
sobrevivência e de reprodução, produzindo um maior número de descendentes. Os indivíduos com bicos menores teriam menor
quantidade de sementes à disposição, pois não conseguiriam se alimentar das sementes maiores e muitos morreriam de fome, o que
ocasionaria um menor número de descendentes. Assim, é esperado que haja um aumento no tamanho médio do bico da população de
tentilhões residentes (item A). O processo evolutivo envolvido é a seleção natural (item B). Com o estabelecimento da competição por
alimento, os tentilhões invasores, que possuem bico maior, teriam vantagem em relação à obtenção das sementes maiores. O número
de indivíduos com bico maior, da espécie nativa, tenderá a diminuir (item C). Os indivíduos de bico menor se alimentarão das
sementes menores disponíveis e aumentarão o número de descendentes. Assim, o tamanho médio do bico dos tentilhões residentes
diminuiria (item D).
40.
Resposta: O cartum A representa a evolução darwinista, isto é, na população existia um indivíduo com uma mutação - a bóia - que
permitirá sua sobrevivência e possivelmente a sobrevivência da sua espécie. No cartum B, está implícito que a necessidade
condicionará a evolução, isto é, para recuperar a bola os animais aquáticos eventualmente terão que invadir o ambiente terrestre. Esta
é uma visão tipicamente lamarckista.
Aula 35 - Fatores Evolutivos
1.
Resposta: D
Comentário:
2.
Resposta: C
Comentário:
3.
Resposta: A
Comentário: Quanto maior uma estrutura, menor sua relação superfície/volume. Ao se analisar uma estrutura cúbica cuja aresta é de
1 m, se tem uma área de superfície de 6 m2 e um volume de 1 m3. Se esta estrutura passa a ter uma aresta de 2 m, sua superfície
passará a 8 m2 e seu volume a 24 m3. Antes, a superfície possuía uma relação de 6:1 quando comparada com o volume. Depois que
cresce, a relação passou a ser de 3:1. Em outras palavras, a superfície cresce desproporcionalmente em relação ao volume.
Num determinado grupo de endotermos, as espécies que vivem em climas frios têm maior tamanho do que as espécies relacionadas
que vivem em climas quentes, desde que os outros fatores ecológicos sejam os mesmos. Essa regra, conhecida como regra de
Bergmann, é bastante fácil de entender: quanto maior o volume de um animal, menor será a superfície relativa de seu corpo, e menor
sua tendência a perder calor para o meio. A Regra de Allen é uma conseqüência direta da regra de Bergmann. Os endotermos de
climas frios têm grande redução na superfície dos apêndices corporais, como orelhas, caudas e patas, o que diminui também as perdas
de calor. Como os apêndices apresentam volumes desprezíveis, a preocupação passa a ser somente com a superfície em si, mas não
com a relação superfície/volume. Membros são apêndices, de modo que os animais endotermos de clima quente devem apresentar
membros mais longos, facilitando a perda de maior quantidade de calor.
4.
Resposta: E
Comentário: Plantas triplóides (3n) são estéreis porque sua meiose não consegue promover a separação dos cromossomos homólogos
de modo adequado, uma vez que há 3 cromossomos em cada par de homólogos e o pareamento dos mesmo na meiose I se dá de forma
anômala. Devido à presença de três cromossomos em cada par de homólogos e à separação dos cromossomos homólogos ocorrer
aleatoriamente, dificilmente as células haplóides geradas apresentaram o número correto (n) de cromossomos.
5.
Resposta: E
Comentário: Mimetismo é o fenômeno pelo qual indivíduos de uma espécie imitam características de indivíduos de outra espécie.
Uma vez que o tucano imita o papo branco da outra espécie de tucano, pode-se caracterizar como um exemplo de mimetismo.
6.
Resposta: D
Comentário: Um alto número de indivíduos de uma mesma espécie garante a diversidade genética intraespecífica, o que por sua vez
aumenta a capacidade de adaptação da população a alterações ambientais; já um alto número de diferentes espécies garante a
diversidade genética interespecífica, o que por sua vez aumenta a capacidade de manutenção das teias alimentares nos diversos
ecossistemas cujas espécies foram conservadas. A recuperação da diversidade biológica de um ambiente degradado a partir da criação
de vertebrados em cativeiro se tornará mais eficaz com número suficiente de indivíduos, do maior número de espécies, que garanta a
diversidade genética de cada uma delas.
7.
Resposta: A
Comentário: Além da seleção natural, são fatores evolutivos as mutações (causa primária da variabilidade genética), o fluxo gênico
(relacionado à recombinação gênica nos processos de reprodução sexuada) e a oscilação ou deriva gênica (relacionada à seleção de
características por eventos aleatórios).
8.
Resposta: A
Comentário: Variedades de bactérias resistentes são o fruto da seleção de linhagens de bactérias mutantes, resistentes aos antibióticos
9.
Resposta: B
Comentário: O Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução admite a origem da variabilidade das espécies baseada na genética, a
partir de fenômenos como mutação e recombinação gênica (que inclui fenômenos como crossing-over, segregação dos cromossomos
homólogos e fecundação). As mutações alteram o material genético originando novas características, sobre as quais age a seleção
natural, permitindo ou impossibilitando sua fixação. A Seleção Natural tende a eliminar indivíduos com características indesejadas,
tendendo a restar apenas aqueles indivíduos com características que os tornam mais bem adaptados ao meio ambiente.
10.
Resposta: A
Comentário:
11.
Resposta: E
Comentário: A energia nuclear é hoje considerada uma alternativa energética menos agressiva ao meio que os combustíveis fósseis,
uma vez que produz energia limpa, sem emissão de radiação para o ambiente; entretanto, a atividade de usinas nucleares deixa
resíduos radioativos (“lixo atômico”) capazes de emitir radioatividade por longos períodos de tempo, gerando um problema em
relação ao armazenamento desse lixo. Essa radiação emitida pode desencadear mutações, câncer, queimaduras e anemia. Além disso,
vazamentos como o de Fukushima podem espalhar partículas radioativas por grandes áreas geográficas. Assim, analisando cada item:
Item A: falso. Efeitos da radiação como queimaduras radioativas e câncer não são, necessariamente, irreversíveis.
Item B: falso. Mutações desencadeadas por radiações não são necessariamente letais.
Item C: falso. Tecidos cujas células apresentam alta atividade mitótica são mais sensíveis à ação mutagênica da radiação, sendo
exemplos o tecido epitelial da pele e o tecido hematopoiético da medula óssea.
Item D: falso. Mutações podem ser classificadas em sexuais, se atingem células germinativas e/ou sexuais, sendo hereditárias, e
somáticas, se atingem células somáticas, não sendo hereditárias.
Item E: verdadeiro. Radiações podem ter efeito teratogênico, ou seja, podem causar más-formações embrionárias, sendo
particularmente perigosas para mulheres grávidas.
12.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. Parasitas muito agressivos tendem a matar seus hospedeiros antes que se disseminem de modo eficaz para outros
hospedeiros, o que os leva à morte.
Item B: verdadeiro. Cada característica do parasita que o permite se adaptar ao hospedeiro e vencer suas defesas consiste numa
adaptação às características do hospedeiro, de modo que ocorre um fenômeno conhecido como coevolução, onde o hospedeiro
seleciona certas características do parasita (e vive-versa).
Item C: falso. A evolução intencional (“necessidade de adaptação individual”) é um pressuposto lamarckista do processo evolutivo, e
como tal, incorreto.
Item D: verdadeiro. O lamarckismo defende, pela Lei do Uso e do Desuso, que ocorre o desenvolvimento de certas características
com o objetivo de aumentar o grau de adaptação individual ao meio ambiente.
Item E: verdadeiro. O neodarwinismo defende a seleção natural de características que aumentam o sucesso reprodutivo de um
indivíduo, sendo que essas características surgem por mutações e recombinação de genes.
13.
Resposta: B
Comentário: Mimetismo é o fenômeno pelo qual indivíduos de uma espécie imitam características de indivíduos de outra espécie.
Camuflagem é o fenômeno pelo qual indivíduos de uma espécie imitam características de objetos inanimados do meio com o objetivo
de não serem notados por seus inimigos naturais (predadores e/ou presas). Uma vez que uma borboleta imita o padrão de coloração da
outra espécie de borboleta, pode-se caracterizar como um exemplo de mimetismo.
14.
Resposta: B
Comentário: Mimetismo é o fenômeno pelo qual indivíduos de uma espécie imitam características de indivíduos de outra espécie.
Camuflagem é o fenômeno pelo qual indivíduos de uma espécie imitam características de objetos inanimados do meio com o objetivo
de não serem notados por seus inimigos naturais (predadores e/ou presas). Na homocromia, há imitação da cor do objeto, e na
homotipia há imitação da forma do mesmo.
15.
Resposta: C
Comentário: A Seleção Natural pode ocorrer em três formas:
- Estabilizadora, que favorece indivíduos com fenótipos médios, sendo a mais comum em ambientes estáveis;
- Direcional, que favorece indivíduos com um dos fenótipos extremos, sendo a mais comum em ambientes que passam por mudanças;
- Disruptiva, que favorece indivíduos com ambos os fenótipos extremos em detrimento dos indivíduos com o fenótipo médio,
ocorrendo somente em ambientes com características muito particulares.
A siclemia favorecendo heterozigotos no item A corresponde a um caso de seleção natural estabilizadora, o melanismo industrial
favorecendo as mariposas mais escuras no item B corresponde a um caso de seleção natural direcional, a seleção dos bicos das aves
descrita no item C corresponde a um caso de seleção natural disruptiva; e o caso descrito no item D pode ser caracterizado como
sendo seleção sexual.
16.
Resposta: A
Comentário: As mutações alteram o material genético originando novas características, sobre as quais age a seleção natural,
permitindo ou impossibilitando sua fixação. Uma vez que as mutações gênicas criam novos alelos para um lócus, elas acabam por
aumentar a variabilidade genética na população em que ocorrem.
17.
Resposta: D
Comentário:
18.
Resposta: B
Comentário:
19.
Resposta: A
Comentário:
20.
Resposta: B
Comentário:
21.
Resposta: D
Comentário:
22.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. Somente as mutações ocorridas em células germinativas e/ou sexuais podem ser transferidas para a descendência.
Item B: falso. Mutações são processos biológicos de alteração do genoma, sendo obrigatoriamente de efeito aleatório, e ocorrendo
normalmente de maneira espontânea, e não condicionada ou direcionada pelas necessidades de mudanças de uma espécie em resposta
às alterações do meio.
Item C: verdadeiro. Uma vez que as mutações gênicas criam novos alelos para um lócus, elas acabam por aumentar a variabilidade
genética na população em que ocorrem, por exemplo, produzindo genes recessivos (“a”) a partir de mudanças na seqüência de bases
nitrogenadas do gene dominante (“A”).
Item D: falso. Vírus apresentam material genético, de modo que também estão sujeitos a mutações como elementos-chave de sua
evolução.
Item E: falso. Mutações são alterações acidentais no genoma, enquanto que seres transgênicos são organismos artificialmente
alterados por engenharia genética pela introdução de genes de outras espécies em seu genoma, num processo mediado pela ação do
homem.
23.
Resposta: A
Comentário: Mutações cromossômicas estruturais são aquelas que alteram a posição ou o número de cópias de um gene no
cromossomo, sem, no entanto, alterar o número de cromossomos ou a seqüência de bases nitrogenadas do gene. Elas podem ser do
tipo deleção, quando um ou mais genes estão ausentes no cromossomo, duplicação, quando um ou mais genes estão duplicados no
cromossomo, inversão, quando a posição de um ou mais genes está invertida, e translocação, quando ocorre troca de segmentos entre
cromossomos não homólogos. A alteração na seqüência de genes no cromossomo caracteriza um tipo de mutação (ou aberração)
cromossômica denominada de inversão.
24.
Resposta: E
Comentário:
A resistência a antibióticos é resultado de mutações espontâneas (não induzidas pelos antibióticos), aleatórias e de baixa freqüência,
sendo que a freqüência de bactérias resistentes aumenta com a eliminação de bactérias susceptíveis por ação do antibiótico, através do
fenômeno de seleção natural.
Resolução: Analisando cada item:
Item I: falso. O tratamento do paciente com um único antibiótico normalmente é efetivo, sendo que o uso de mais de um antibiótico
tende a ser ainda mais efetivo.
Item II: verdadeiro. Considerando que a resistência a antibióticos é resultado de mutações aleatórias e de baixa freqüência, é pouco
provável que uma bactéria seja resistente a dois ou mais antibióticos simultaneamente.
Item III: verdadeiro. Caso alguma bactéria sofra mutações e se torne resistente a mais de um antibiótico, o uso simultâneo desses
vários antibióticos pode selecionar uma linhagem de bactérias resistentes a todos eles.
25.
Resposta: D
Comentário: O Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução admite a origem da variabilidade das espécies baseada na genética, a
partir de fenômenos como mutação e recombinação gênica (que inclui fenômenos como crossing-over, segregação dos cromossomos
homólogos e fecundação). As mutações alteram o material genético originando novas características, sobre as quais age a seleção
natural, permitindo ou impossibilitando sua fixação.
Resolução: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. Mutações podem ser classificadas em sexuais, se atingem células germinativas e/ou sexuais, sendo hereditárias, e
somáticas, se atingem células somáticas, não sendo hereditárias.
Item II: falso. Somente as mutações ocorridas em células germinativas e/ou sexuais podem ser transferidas para a descendência.
Item III: verdadeiro. Como mencionado, somente as mutações ocorridas em células germinativas e/ou sexuais podem ser
transferidas para a descendência.
Item IV: falso. Apesar de algumas mutações serem induzidas por fatores mutagênicos como a radiação ultravioleta, a maioria das
mutações é espontânea, ocorrendo por erros na replicação do DNA devido a falhas na enzima DNA polimerase.
Item V: verdadeiro. Uma vez que as mutações gênicas criam novos alelos para um lócus, elas acabam por ser as responsáveis
primárias pela variabilidade das populações em que ocorrem.
26.
Resposta: E
Comentário: Plantas triplóides (3n) apresentam meiose inviável e por isso não se reproduzem sexuadamente, de modo a não
apresentarem semente (resultante da fecundação do óvulo) e só se propagarem de modo assexuado. Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. Indivíduos triplóides apresentam meiose anômala devido à impossibilidade de pareamento dos cromossomos
homólogos.
Item II: verdadeiro. Uma vez que laranjas-baías triplóides têm meiose anômala, não formam gametas e não possuem fecundação, de
modo a não apresentarem sementes. Assim, laranjas-baía não apresentam reprodução sexuada, se reproduzindo de modo assexuado e
não apresentando variabilidade genética.
Item III: verdadeiro. Como só fazem reprodução assexuada, todas as laranjas-baía são clones umas das outras.
27.
Resposta: B
Comentário:
28.
Resposta: C
Comentário: Mutações são quaisquer alterações no material genético de um indivíduo. Mutações em células somáticas não são
hereditárias, uma vez que as células somáticas compõem o corpo e não estão diretamente relacionadas com a reprodução, de modo que
seu material genético não é transmitido à descendência. Mutações hereditárias são aquelas que podem ser transmitidas à descendência,
ocorrendo em gametas ou em células germinativas, que são as responsáveis por produzir gametas através da meiose.
29.
Resposta: E
Comentário: A Seleção Natural pode ocorrer em três formas:
- Estabilizadora, que favorece indivíduos com fenótipos médios, sendo a mais comum em ambientes estáveis;
- Direcional, que favorece indivíduos com um dos fenótipos extremos, sendo a mais comum em ambientes que passam por mudanças;
- Disruptiva, que favorece indivíduos com ambos os fenótipos extremos em detrimento dos indivíduos com o fenótipo médio,
ocorrendo somente em ambientes com características muito particulares.
A seleção natural estabilizadora está representada no gráfico I, seleção natural direcional está representada no gráfico II, e a seleção
natural disruptiva está representada no gráfico III. As três formas de seleção natural, ao eliminarem indivíduos cujas características
diminuem o sucesso reprodutivo, tendem a diminuir a variabilidade fenotípica na população, o que é mais evidente no caso da seleção
natural estabilizadora.
30.
Resposta: E
Comentário:
31.
Resposta: B
Comentário: Radiações ionizantes, como aquelas emitidas por isótopos radioativos, são radiações de alta energia, sendo capazes de
induzir a oxidação do DNA, causando mutações que podem levar a efeitos como câncer e morte celular (queimaduras radioativas).
Assim, analisando cada item:
Item A: verdadeiro. As radiações ionizantes podem desencadear mutações nos genes reguladores da divisão celular, levando à
multiplicação incontrolada das células em tumores malignos, ou seja, câncer.
Item B: falso. Células somáticas são aquelas que compõem o corpo e não podem sofrer meiose, não agindo na produção de gametas e
não tendo relação direta com o processo reprodutivo, de modo que seu material genético não é transmitido à prole. Assim, mutações
somáticas, como a maioria dos cânceres, não são hereditárias. Somente mutações nas células germinativas, que podem sofrer meiose
para gerar gametas e transmitir o material genético à descendência é que podem ser hereditárias.
Item C: verdadeiro. Mutações podem ser classificadas em gênicas, quando alteram a sequência de nucleotídeos de um gene, criando
um novo gene, ou cromossômicas, quando alteram a posição ou o número de cópias de um gene no cromossomo, mas não alteram a
sequência de nucleotídeos do gene e não criam um novo gene. São exemplos de mutações cromossômicas estruturais as deleções (falta
de um pedaço do cromossomo), inversões (inversão da sequência dos genes em um cromossomo), duplicações (repetição de genes em
um cromossomo) e translocações (troca de segmentos entre cromossomos não homólogos).
Item D: verdadeiro. Mutações podem ser espontâneas, quando não têm agente causal determinado, ocorrendo normalmente por erros
na replicação do DNA, ou induzidas, quando têm agente causal determinado, como as radiações ionizantes. Quanto maior a dose de
radiação recebida por uma célula, maior sua taxa de mutações, podendo ocorrer desde efeitos imperceptíveis e inofensivos e efeitos
deletérios, dependendo do tipo e da quantidade de mutações ocorridas.
Item E: verdadeiro. Tumores ou neoplasias malignas, ou seja, câncer, são caracterizados pela ocorrência de metástases, enquanto que
tumores ou neoplasias benignas não apresentas metástases, tendo um crescimento restrito à região onde surgem.
32.
Resposta: C
Comentário: Mutações cromossômicas estruturais são aquelas que alteram a posição ou o número de cópias de um gene no
cromossomo, sem, no entanto, alterar o número de cromossomos ou a seqüência de bases nitrogenadas do gene. Elas podem ser do
tipo deleção, quando um ou mais genes estão ausentes no cromossomo, duplicação, quando um ou mais genes estão duplicados no
cromossomo, inversão, quando a posição de um ou mais genes está invertida, e translocação, quando ocorre troca de segmentos entre
cromossomos não homólogos.
33.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. A deriva genética (mudanças aleatórias nas freqüências gênicas na população) tende a agir somente em populações
pequenas.
Item B: falso. Como mencionado, a deriva genética tende a agir somente em populações pequenas.
Item C: verdadeiro. A reprodução sexuada age como um dos processos responsáveis pela variabilidade genética na recombinação
gênica. Mutações neutras são aquelas que ao têm efeito positivo ou negativo, e não são influenciadas pela seleção natural, se
acumulando nas populações. Polimorfismos são variações na seqüência de nucleotídeos de um determinado alelo, de modo que um
mesmo alelo recessivo pode ter seqüências de nucleotídeos diferentes por terem surgido por mutações independentes.
Item D: falso. Novamente, a deriva genética tende a agir somente em populações pequenas.
Item E: falso. A reprodução sexuada age como um dos processos responsáveis pela variabilidade genética na recombinação gênica.
34.
Resposta: C
Comentário: A Deriva ou Oscilação Genética é o fenômeno caracterizado pela alteração nas freqüências genéticas em uma população
devido a fatores aleatórios, como ocorre com desastres ambientais em ampla escala, no caso conhecido como Efeito Gargalo de
Garrafa.
35.
Resposta: D
Comentário:
36.
Resposta: A
Comentário: Coevolução é o fenômeno evolutivo pelo qual uma característica em um indivíduo é favorecida por permitir uma melhor
adaptação a outro indivíduo com o qual estabelece uma relação ecológica, como ocorre com a adaptação entre a planta e seu agente
polinizador. A relação entre a estrutura das peças florais e as características morfológicas do agente polinizador, como ocorre no caso
de plantas que apresentam flores com corola de formato tubular e longo e o bico dos beija-flores, pode ser descrito como resultado de
um processo de coevolução devido a uma associação ecológica mutualística (de benefício mútuo e obrigatória entre as espécies
envolvidas).
37.
Resposta: A
Comentário: A reação da aranha contra o bafo tóxico de naftalina da barata é equivalente à reação do bem-te-vi em evitar as lagartas-
de-fogo, que são produtoras de toxinas. O gavião evita capturar uma falsa cobra-coral por receio de confundi-la com a cobra-coral
verdadeira, de modo que a falsa cobra-coral mimetiza a cobra-coral verdadeira, e o bicho-pau fica imóvel no ramo de uma planta para
que seus agressores o confundam com o próprio ramo, de modo que o bicho-pau se camufla no ramo.
38.
Resposta: C
Comentário: O Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução admite que a evolução é resultado da ação da seleção natural sobre a
variabilidade genética, que por sua vez se dá por fenômenos de mutação e recombinação gênica (crossing-over ou permutação,
segregação dos cromossomos homólogos e reprodução sexuada, que pode ser descrita como fluxo gênico). As mutações são a causa
primária da variabilidade genética, sendo o fenômeno responsável pelo surgimento de novos alelos.
39.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
(3) Deleção é um tipo de aberração cromossômica estrutural em que ocorre perda de uma porção do cromossomo.
(1) Mosaico é o fenômeno caracterizado pela existência de células com genótipos diferentes num mesmo indivíduo.
(4) Aneuploidia é um tipo de aberração cromossômica numérica em que ocorre alteração do número de cromossomos sem alteração
do número de genomas.
(5) Isocromossomo é um tipo de aberração cromossômica estrutural em que ocorre ruptura transversal do centrômero de um
cromossomo duplicado, resultando em dois cromossomos nos quais há simetria dos loci em relação ao centrômero.
(1) Poliploidia é um tipo de aberração cromossômica numérica em que ocorre aumento do número de genomas.
40.
Resposta: B
Comentário: A resistência a antibióticos é resultado de mutações espontâneas (não induzidas pelos antibióticos), aleatórias e de baixa
freqüência, sendo que a freqüência de bactérias resistentes aumenta com a eliminação de bactérias susceptíveis por ação do
antibiótico, através do fenômeno de seleção natural. A região B do gráfico caracteriza a eliminação das bactérias susceptíveis, ou seja,
a seleção das bactérias resistentes.
41.
Resposta: B
Comentário: O Neodarwinismo também reconhece como fator evolutivo o fenômeno de oscilação ou deriva gênica, que corresponde
a alterações aleatórias nas freqüências gênicas das populações. Dois exemplos de oscilação gênica são o Princípio do Fundador e o
Efeito Gargalo de Garrafa, ambos restritos a populações pequenas. O Princípio do Fundador descreve a existência de uma população
com constituição genética diferente da média da espécie como reflexo da constituição genética de um pequeno grupo de fundadores de
uma nova população. O Efeito Gargalo de Garrafa descreve a mudança abrupta na constituição genética de uma população por
grandes catástrofes ambientais. No caso em questão, a população Amish apresenta características genéticas diferentes da média, mas
refletindo as características genéticas de um pequeno grupo de fundadores de que se origina, caracterizando um evento de deriva
gênica denominado Princípio do Fundador.
42.
Resposta: D
Comentário: Analisando cada situação:
Em II, pode-se observar a ausência de um cromossomo no primeiro par, o que se caracteriza como uma aberração cromossômica
numérica do tipo monossomia.
Cromossomo ausente:
monossomia
Em III, pode-se observar a troca de pedaços entre cromossomos não homólogos, o que se caracteriza como uma aberração
cromossômica estrutural do tipo translocação.
Inversão
43.
Resposta:
A) Para que a característica se manifeste, todas as células do corpo do indivíduo devem apresentar o gene que a condiciona, de modo
que as células germinativas do indivíduo também possuem o gene em questão, e a característica será hereditária.
B) Para que a característica se manifeste, todas as células do corpo do indivíduo devem apresentar o gene que a condiciona, de modo
que, se a mutação não é herdada dos pais, deve ter ocorrido no zigoto.
44.
Resposta:
A) Camuflagem. Dificulta a percepção do animal pelos seus predadores e presas.
B) Sim, pois indica que aquele anfíbio é venenoso, de modo que o predador deve evitá-lo.
45.
Resposta: As células da planta resultante terão 33 cromossomos:
Planta diploide Planta tetraploide
2n = 22 4n = 44
cromossomos cromossomos
Meiose
Gametas 2n =
Gametas n = 11 22
cromossomos cromossomos
Fecundação
Planta triploide 3n = 33
cromossomos
Essa planta, com número ímpar de cromossomos, não realiza a meiose corretamente, pois não pode haver pareamento perfeito de
cromossomos homólogos na meiose I (haverá cromossomos sem par) e, portanto, esta etapa da divisão não se completa. Não
ocorrendo a meiose I, não se processa a meiose II. Este fato inviabiliza a produção de gametas, e assim, apesar de apresentar flores a
planta não é fértil, o que resulta na impossibilidade de fecundação e consequente ausência de sementes.
46.
Resposta:
A) Na meiose poderia ocorrer a não disjunção de cromossomos homólogos na anáfase I ou de cromátides irmãs na anáfase II.
B) Translocação e 46 cromossomos.
C) 0,25. Um dos quatro gametas formados pelo portador da alteração Robertisoniana apresentaria o cromossomo 14/21 e o
cromossomo 21, que não sofreu translocação.
47.
Resposta:
A. Porque já existe uma presa preta palatável e porque a presença de compostos tóxicos é importante para que o predador aprenda a
associar o padrão de coloração de aviso com uma presa impalatável.
B. Porque os predadores que tivessem contato tanto com A quanto com B deveriam evitar os mutantes, já que eles se assemelham a
ambas as espécies em termos de padrão de coloração de aviso.
Comentário: Em muitas espécies, os indivíduos possuem substâncias tóxicas ou impalatáveis que reduzem as chances de serem
consumidos pelos predadores. Adicionalmente, muitas espécies possuem colorações vistosas que servem de aviso sobre sua
toxicidade. A coloração de aviso facilita que o predador associe aquele padrão de cor a uma presa tóxica que não deve ser consumida.
Em alguns casos, duas espécies tóxicas ou impalatáveis podem se beneficiar ao apresentar padrões semelhantes de coloração de aviso
(mimetismo mülleriano), pois o aumento do número de indivíduos tóxicos com padrões de cor similares facilita ainda mais o
aprendizado do predador quanto à impalatabilidade e reduz a chance per capita de predação. Assim, se indivíduos mutantes de uma
espécie tóxica A possuem um padrão de coloração intermediário e similar às espécies A e B, eles podem ser favorecidos por seleção
natural, pois os predadores que tiveram contato com indivíduos não mutantes de qualquer uma das duas espécies evitariam os
mutantes. Portanto, os mutantes seriam favorecidos por seleção natural. Com o aumento da freqüência dos genes mutantes na
população, as duas espécies poderiam se tornar cada vez mais similares.
48.
Resposta: Mutação, porque a segregação independente e a permutação cromossômica são processos característicos da meiose.
49.
Resposta:
A) A duplicação gênica pode ocasionar o aparecimento de variações importantes na descendência.
B) Não necessariamente, pois o fato de um gene não funcionar não impede que sua duplicata o faça normalmente.
50.
Resposta: No experimento realizado, os mosquitos da região B mostraram-se muito mais resistentes ao inseticida do que os da região
A. Os mosquitos da região B, ao contrário dos mosquitos da região A, já devem ter tido contato com o malathion em período anterior
ao experimento, o que desencadeou um processo de seleção artificial induzido pelo homem, tendo os mosquitos sensíveis já sido
eliminados anteriormente. Desta forma, a maioria dos mosquitos coletados na área B já possuíam resistência ao agrotóxico e se
reproduziram sem problemas. A região B deve ser, então, a região agrícola.
Aula 36 - Genética das Populações
1.
Resposta: A
Comentário: O desenvolvimento de vacinas e medicamentos permitem a sobrevivência de indivíduos predispostos a doenças e/ou
doentes que seriam eliminados por processos de seleção natural. Os avanços da medicina, no que dizem respeito ao tratamento de
condições como diabetes e hemofilia, minimizam os efeitos da seleção natural sobre as populações.
2.
Resposta: C
Comentário: Populações em equilíbrio de Hardy-Weinberg são populações que não evoluem, apresentando suas freqüências gênicas
constantes. Para uma população se manter em equilíbrio de Hardy-Weinberg, ou seja, não evoluir, sua freqüência gênica deve ser
constante, devendo a população obedecer a 5 condições:
- não deve haver mutações;
- não deve haver seleção natural;
- não deve haver migração;
- a população deve ser grande, não devendo ser pequena para não haver oscilação gênica;
- a população deve ser pan-mítica, com cruzamentos ao acaso para não haver endocruzamentos e para que ocorram todos os
cruzamentos possíveis em igual possibilidade.
Para haver aumento da freqüência do alelo A:
Item I: verdadeiro. Diminuindo a freqüência de aa, a freqüência do gene A aumenta.
Item II: falso. Se os cruzamentos são ao acaso, as freqüências dos genes se mantêm constantes.
Item III: verdadeiro. Diminuindo a freqüência de aa, a freqüência do gene A aumenta.
3.
Resposta: A
Comentário:
4.
Resposta: A
Comentário:
5.
Resposta: D
Comentário:
6.
Resposta: C
Comentário: Populações em equilíbrio de Hardy-Weinberg são populações que não evoluem, apresentando suas freqüências gênicas
constantes. Se a população está em equilíbrio, tem-se que:
Freqüência de genótipo homozigoto = (freqüência do gene)2
Freqüência de genótipo heterozigoto = 2 x freqüência de um dos genes x freqüência do outro gene
Fazendo:
Freqüência do gene a = f(A) = p; freqüência do gene (A1) = q; freqüência do gene (A2) = r; e freqüência do gene (a) = s, temos que:
Número total de indivíduos na população = 10.000
Freqüência de AA = f(AA) = p2 = 8100/10000 → f(A) = p = 90/100 = 9%
Freqüência de A1A1 = f(A1A1) = q2 = 25/10000 → f(A1) = q = 5/100 = 5%
Freqüência de A2A2 = f(A2A2) = r2 = 16/10000 →f(A2) = r = 4/100 = 4%
Freqüência de aa = f(aa) = s2 = 1/10000 → f(a) = s = 1/100 = 1%
7.
Resposta: C
Comentário:
8.
Resposta: B
Comentário:
9.
Resposta: D
Comentário:
10.
Resposta: E
Comentário:
11.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. Mutações gênicas são alterações na seqüência de bases nitrogenadas dos genes do DNA, originando novos genes
e correspondendo à fonte primária da variabilidade, aumentando o número de alelos disponíveis em um loco gênico.
Item II: falso. Mutações cromossômicas são alterações na seqüência de bases nitrogenadas do DNA, mas não originando novos
genes, e sim alterando a posição ou o número de cópias dos genes no cromossomo, sendo chamadas de mutações estruturais (deleção,
duplicação, inversão e translocação), ou alterando o número de cromossomos, sendo chamadas de mutações numéricas (euploidias e
aneuploidias).
Item III: verdadeiro. As mutações ocorrem de modo aleatório, sendo que a seleção natural age no sentido de conservar ou suprimir
as mesmas, conforme sejam adaptativas ou deletérias, respectivamente.
Item IV: falso. Para uma população se manter em equilíbrio de Hardy-Weinberg, ou seja, não evoluir, sua freqüência gênica deve ser
constante, devendo a população obedecer a 5 condições:
- não deve haver mutações;
- não deve haver seleção natural;
- não deve haver migração;
- a população deve ser grande (não deve ser pequena para não haver oscilação gênica);
- a população deve ser pan-mítica (com cruzamentos ao acaso para não haver endocruzamentos).
12.
Resposta: A
Comentário: Populações em equilíbrio de Hardy-Weinberg são populações que não evoluem, apresentando suas freqüências gênicas
constantes. Se a população está em equilíbrio, tem-se que:
Freqüência de genótipo homozigoto = (freqüência do gene)2
Freqüência de genótipo heterozigoto = 2 x freqüência de um dos genes x freqüência do outro gene
Fazendo os cálculos abaixo:
Freqüência de homens daltônicos = f(XdY) = 90/1000 = 9%
Como todos os homens apresentam cromossomos Y, pode-se dizer que f(Xh) = 9%
Freqüência de mulheres daltônicas = f(XdXd) = f(Xd) x f(Xd) = 9% x 9% = 0,81%
13.
Resposta: A
Comentário: Como a fenilcetonúria é uma doença com herança autossômica recessiva, os únicos casamentos entre indivíduos
normais com risco de gerar crianças fenilcetonúricas são aqueles que ocorrem entre heterozigotos. A probabilidade de encontrar um
indivíduo normal que é heterozigoto nessa população é de 1 em 20. Assim, a probabilidade de haver um casamento entre dois
indivíduos normais que sejam heterozigotos é de 1/20 x 1/20 = 1/400.
Em 800 casamentos ocorridos entre membros sadios dessa comunidade, o número esperado de casamentos entre heterozigotos (com
risco de gerar crianças fenilcetonúricas) é de: 800 x 1/400 = 2.
14.
Resposta: B
Comentário: O desenvolvimento de vacinas e medicamentos permite a sobrevivência de indivíduos predispostos a doenças e/ou
doentes que seriam eliminados por processos de seleção natural. A freqüência de genótipos que produzem pouca ou nenhuma
resistência, antigamente raros por serem eliminados pela seleção natural, têm se tornado cada vez mais comuns porque a medicina
impede sua eliminação pelos mecanismos relacionados à seleção natural.
15.
Resposta: A
Comentário: Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. Mutações são alterações acidentais no DNA, ocorrendo normalmente de forma espontânea, em freqüências
bastante pequenas; algumas mutações podem ser induzidas por fatores mutagênicas, podendo ocorrer em freqüências maiores, mas
ainda muito pequenas.
Item B: falso. A migração de grande quantidade de indivíduos pode alterar significativamente as características genéticas da
população receptora.
Item C: falso. A deriva genética só pode alterar significativamente as características genéticas de populações pequenas.
Item D: falso. Para a população se manter em equilíbrio de Hardy-Weinberg, a população deve ser pan-mítica, ou seja, os
cruzamentos devem acontecer ao acaso.
Item E: falso. A seleção natural tende a diminuir as freqüências dos alelos que diminuem a capacidade de adaptação ao meio.
16.
Resposta: C
Comentário: Populações em equilíbrio de Hardy-Weinberg são populações que não evoluem, apresentando suas freqüências gênicas
constantes. Se a população está em equilíbrio, tem-se que:
Freqüência de genótipo homozigoto = (freqüência do gene)2
Freqüência de genótipo heterozigoto = 2 x freqüência de um dos genes x freqüência do outro gene
Fazendo:
Freqüência do gene a = f(A) = p; e freqüência do gene (a) = q,
temos que:
Freqüência do genótipo AA = f(AA) = p2
Freqüência do genótipo Aa = f(Aa) = 2pq
Freqüência do genótipo aa = f(aa) = q2
Assim, a ocorrência de todos os tipos de cruzamento, a ausência de mutação e a ausência de seleção natural sugerem que a população
está em equilíbrio. Para confirmar essa afirmação, observe os cálculos abaixo:
(I)
Freqüência do gene A = f(A) = número de genes A na população / número total de genes na população = 360x2 + 480x1 / 1000 x 2 =
0,6
Freqüência do gene a = f(a) = número de genes a na população / número total de genes na população = 160x2 + 480x1 / 1000 x 2 = 0,4
(II)
Freqüência do genótipo AA = f(AA) = número de indivíduos AA na população / número total de indivíduos na população = 360/1000
= 36%
Freqüência do genótipo Aa = f(Aa) = número de indivíduos Aa na população / número total de indivíduos na população = 480/1000 =
48%
Freqüência do genótipo aa = f(aa) = número de indivíduos aa na população / número total de indivíduos na população = 160/1000 =
16%
Assim:
Considere a freqüência do gene A como p e a freqüência do gene a como q. Se a população está em equilíbrio, tem-se que:
Freqüência do genótipo AA = f(AA) = p2
Freqüência do genótipo Aa = f(Aa) = 2pq
Freqüência do genótipo aa = f(aa) = q2
Conclui-se então que:
Assim, utilizando-se os valores de p e q calculados em I, tem-se:
f(AA) como calculada em II = 36% = 0,36 ↔ p2 = (0,6)2 = 0,36
f(Aa) como calculada em II = 48% = 0,48 ↔ 2pq = 2 x 0,6 x 0,4 = 0,48
f(aa) como calculada em II = 16% = 0,16 ↔ q2 = (0,4)2 = 0,16
Como f(AA) = p2, f(Aa) = 2pq e f(aa) = q2, confirma-se que a população está em equilíbrio.
17.
Resposta: B
Comentário:
18.
Resposta: E
Comentário: Para que o princípio do Equilíbrio de Hardy-Weinberg possa ser aplicado, a população deve ser de tamanho muito
grande, de modo que possam ocorrer todos os tipos de cruzamentos possíveis, de acordo com as leis das probabilidades, ou seja, os
cruzamentos entre indivíduos de diferentes genótipos devem acontecer completamente ao acaso.
19.
Resposta: E
Comentário: Populações em equilíbrio de Hardy-Weinberg são populações que não evoluem, apresentando suas freqüências gênicas
constantes. Se a população está em equilíbrio, tem-se que:
Freqüência de genótipo homozigoto = (freqüência do gene)2
Freqüência de genótipo heterozigoto = 2 x freqüência de um dos genes x freqüência do outro gene
Fazendo:
Freqüência do gene a = f(A) = p; e freqüência do gene (a) = q,
temos que:
Freqüência do genótipo AA = f(AA) = p2
Freqüência do genótipo Aa = f(Aa) = 2pq
Freqüência do genótipo aa = f(aa) = q2
A genética do grupo sangüíneo MN é tal que indivíduos com sangue M são homozigotos MM, indivíduos com sangue MN são
heterozigotos MN e indivíduos com sangue N são homozigotos NN. Considere a freqüência do gene M como p e a freqüência do gene
N como q. Se a população está em equilíbrio, tem-se que:
Freqüência do genótipo MM = f(MM) = p2
Freqüência do genótipo MN = f(MN) = 2pq
Freqüência do genótipo NN = f(NN) = q2
Assim:
Freqüência de indivíduos com sangue M = f(MM) = p2 = 9% → p = f(M) = 0,3 → p + q = 1 → q = f(N) = 0,7
Conclui-se então que:
Freqüência do genótipo MN = f(MN) = 2pq = 2 x 0,3 x 0,7 = 0,42 = 42%
20.
Resposta: B
Comentário: O equilíbrio genético de uma população pode ser descrito evolutivamente como a manutenção da porcentagem de genes
constante dentro dessa população. Assim, qualquer alteração na porcentagem de genes dentro dessa população consistiria na quebra
desse equilíbrio. Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. Apesar de a clonagem não envolver variabilidade genética, a clonagem de um certo indivíduo feita em larga
escala aumentaria na população a porcentagem dos genes do indivíduo clonado, alterando a porcentagem desses genes e quebrando o
equilíbrio genético.
Item B: falso. A doação de embriões não interferiria no equilíbrio genético, uma vez que os embriões apenas seriam gerados por outra
mulher, não alterando sua constituição genética.
Item C: verdadeiro. A seleção de embriões consiste gestação seletiva de embriões portadores de determinadas características
genéticas. Por exemplo, a possibilidade de selecionar para a gestação somente embriões saudáveis, sem genes para determinada
doença genética, levaria à diminuição na população da porcentagem do gene para a doença em questão, alterando a porcentagem
desses genes e quebrando o equilíbrio genético.
Item D: verdadeiro. A seleção de sexo pode quebrar o equilíbrio genético por aumentar a porcentagem de genes comuns ao sexo
escolhido e diminuir a porcentagem de genes comuns ao sexo preterido. Assim, numa população em que se favoreça o nascimento de
homens em detrimento de mulheres, as porcentagens dos genes do cromossomo Y iriam aumentar, e as porcentagens dos genes do
cromossomo X iriam diminuir.
21.
Resposta: A
Comentário: Populações em equilíbrio de Hardy-Weinberg são populações que não evoluem, apresentando suas freqüências gênicas
constantes. Se a população está em equilíbrio, tem-se que:
Freqüência de genótipo homozigoto = (freqüência do gene)2
Freqüência de genótipo heterozigoto = 2 x freqüência de um dos genes x freqüência do outro gene
Fazendo:
Freqüência do gene a = f(A) = p; e freqüência do gene (a) = q, temos que:
Freqüência do genótipo AA = f(AA) = p2
Freqüência do genótipo Aa = f(Aa) = 2pq
Freqüência do genótipo aa = f(aa) = q2
Assim:
Freqüência do genótipo AA = f(AA) = p2 = (0,5)2 = 0,25 = 25%
Freqüência do genótipo Aa = f(Aa) = 2pq = 2 x 05 x 0,5 = 0,5= 50%
Freqüência do genótipo aa = f(aa) = q2 = (0,5)2 = 0,25 = 25%
Observação: Os mesmos valores poderiam ser obtidos com a simples leitura do gráfico, fazendo as freqüências dos genes A e a sendo
de 0,5 cada, como observado abaixo:
AA / aa
22.
Resposta: A
Comentário: Populações em equilíbrio de Hardy-Weinberg são populações que não evoluem, apresentando suas freqüências gênicas
constantes. Se a população está em equilíbrio, tem-se que:
Freqüência de genótipo homozigoto = (freqüência do gene)2
Freqüência de genótipo heterozigoto = 2 x freqüência de um dos genes x freqüência do outro gene
Fazendo:
Freqüência do gene C = f(C) = p; e freqüência do gene c = f(c) = q, temos que:
Freqüência do genótipo CC = f(CC) = p2
Freqüência do genótipo Cc = f(Cc) = 2pq
Freqüência do genótipo cc = f(cc) = q2
Assim, se 81% dos homens apresentam genótipo para não calvos (recessivo em homens), tem-se que:
Freqüência de homens não calvos = f(CC) = p2 = 81% → p = f(C) = 0,9 → p + q = 1 → q = f(c) = 0,1
Então, considerando que mulheres calvas devem ter genótipo recessivo, conclui-se que:
Freqüência do genótipo cc = f(cc) = q2 = (0,1)2 = 0,01 = 1%
23.
Resposta: VVVFF
Comentário: Populações em equilíbrio de Hardy-Weinberg são populações que não evoluem, apresentando suas freqüências gênicas
constantes. Para uma população se manter em equilíbrio de Hardy-Weinberg, ou seja, não evoluir, sua freqüência gênica deve ser
constante, devendo a população obedecer a 5 condições:
- não deve haver mutações;
- não deve haver seleção natural;
- não deve haver migração;
- a população deve ser grande, não devendo ser pequena para não haver oscilação gênica;
- a população deve ser pan-mítica, com cruzamentos ao acaso para não haver endocruzamentos e para que ocorram todos os
cruzamentos possíveis em igual possibilidade.
Analisando os itens:
1º item: verdadeiro.
2º item: verdadeiro.
3º item: verdadeiro.
4º item: falso. Se houver mutações, a população não está em equilíbrio.
5º item: falso. Se a população for demasiadamente pequena, não está em equilíbrio.
24.
Resposta: VVFF
Comentário: Populações em equilíbrio de Hardy-Weinberg são populações que não evoluem, apresentando suas freqüências gênicas
constantes. Se a população está em equilíbrio, tem-se que:
Freqüência de genótipo homozigoto = (freqüência do gene)2
Freqüência de genótipo heterozigoto = 2 x freqüência de um dos genes x freqüência do outro gene
Fazendo:
Freqüência do gene a = f(A) = p; e freqüência do gene (a) = q, temos que:
Freqüência do genótipo AA = f(AA) = p2
Freqüência do genótipo Aa = f(Aa) = 2pq
Freqüência do genótipo aa = f(aa) = q2
Assim:
(I) Para a população 1:
Freqüência do gene A = número total de genes A / número total de genes na população = 180x2 + 80x1 / 400x2 = 0,55
Freqüência do gene a = número total de genes a / número total de genes na população = 80x1 + 140x2 / 400x2 = 0,45
Freqüência do genótipo AA = f(AA) = número de indivíduos AA / número total de indivíduos na população = 180 / 400 = 0,45
Freqüência do genótipo Aa = f(Aa) = 80 / 400 = 0,20
Freqüência do genótipo aa = f(aa) = 140 / 400 = 0,35
(II) Para a população 2:
Freqüência do gene A = número total de genes A / número total de genes na população = 90x2 + 260x1 / 400x2 = 0,55
Freqüência do gene a = número total de genes a / número total de genes na população = 260x1 + 50x2 / 400x2 = 0,45
Freqüência do genótipo AA = f(AA) = número de indivíduos AA / número total de indivíduos na população = 90 / 400 = 0,225
Freqüência do genótipo Aa = f(Aa) = 260 / 400 = 0,65
Freqüência do genótipo aa = f(aa) = 50 / 400 = 0,125
(III)
Considere a freqüência do gene A como p e a freqüência do gene a como q. Se a população está em equilíbrio, tem-se que:
Freqüência do genótipo AA = f(AA) = p2
Freqüência do genótipo Aa = f(Aa) = 2pq
Freqüência do genótipo aa = f(aa) = q2
Note que ambas as populações possuem freqüências gênicas idênticas, sendo f(A) = 0,55 e f(a) = 0,45, mas freqüências genotípicas
distintas, além de não estarem em equilíbrio (apesar do que foi descrito no enunciado...). Observe abaixo:
f(AA) = 0,45 ≠ p2 = (0,55)2 = 0,3025
f(Aa) = 0,2 ≠ 2pq = 2 x 0,55 x 0,45 = 0,495
f(aa) = 0,35 ≠ q2 = (0,45)2 = 0,2025
Analisando os itens:
1º item: verdadeiro. O pool genético é igual (são os mesmos genes e genótipos) e as freqüências alélicas são iguais, mas as
freqüências genotípicas são diferentes quando se compara as duas populações.
2º item: verdadeiro. Os cálculos estão demonstrados acima.
3º item: falso. Como mencionado acima, o pool genético é igual (são os mesmos genes e genótipos) e as freqüências alélicas são
iguais, mas as freqüências genotípicas são diferentes quando se compara as duas populações.
4º item: falso. Em ambas as populações, a possibilidade de que dois gametas, carregando o alelo A, fertilizem-se é de p2 = (0,55)2 =
0,3025, e a probabilidade de fertilização, entre os gametas que carregam o alelo a, é de q2 = (0,45)2 = 0,2025.
25.
Resposta: Chamando de P(x) a probabilidade de ocorrer um evento x:
Freqüência do gene P = f(P) = p = 0,1
Freqüência do gene p = f(p) = q = 0,9
Há os seguintes tipos de casamentos:
PP x PP
PP x Pp
PP x pp
Pp x Pp
Pp x pp
pp x pp
Desses casamentos, o único que não pode dar origem a um indivíduo polidáctilo P_ é o último (pp x pp). Assim, a probabilidade de
um indivíduo polidáctilo ter vindo do casamento de dois homozigotos dominantes (PP x PP) ou do casamento de dois heterozigotos
(Pp x Pp) é:
P(PP x PP) ou P(Pp x Pp) / P(PP x PP) ou P(PP x Pp) ou P(PP x pp) ou P(Pp x Pp) ou P(Pp x pp)
(ou seja, a probabilidade de serem os casamentos propostos na questão dividida pela probabilidade de todos os casamentos capazes de
gerar indivíduos P_)
Aliás, sendo mais esperto, uma vez que o único casamento que não pode gerar indivíduos P_ é o pp x pp, a gente pode escrever assim:
P(PP x PP) ou P(Pp x Pp) / 1 - P(pp x pp)
(ou seja, no denominador, todos os casamentos menos o que não pode gerar indivíduos P_)
Quanto às probabilidades dos casamentos, vamos nós:
P(PP x PP) = p2 x p2
P(PP x Pp) = 2 x p2 x 2pq
P(PP x pp) = 2 x p2 x q2
P(Pp x Pp) = 2pq x 2pq
P(Pp x pp) = 2 x 2pq x q2
P(pp x pp) = q2 x q2
Observe que, quando os parceiros são de mesmo genótipo, basta colocar a freqüência genotípica ao quadrado, como em PP x PP, que
fica p2 x p2 = (p2)2, mas quando os parceiros são de genótipos diferentes, deve-se multiplicar as freqüências genotípicas entre si e por
dois, como em PP x Pp, que fica 2 x p2 x 2pq; isso ocorre porque no cruzamento PP x Pp, na verdade há duas possibilidades, PP x Pp
ou Pp x PP, que fica p2 x 2pq + 2pq x p2 = 2 x p2 x 2pq.
Assim, no caso da questão,
P(PP x PP) ou P(Pp x Pp) / 1 - P(pp x pp)
temos:
p2 x p2 + 2pq x 2pq / 1 – q2 x q2 = 0,094 mais ou menos...
26.
Resposta:
27.
Resposta:
A) Seleção natural, já que a presença do alelo ap94 confere mais alto valor adaptativo aos seus portadores.
B) Migração, pois indivíduos próximos ao oceano onde a presença do alelo ap94 confere mais alto valor adaptativo migrariam para o
interior do canal.
C) 0,2112.
28.
Resposta: Considere a freqüência do gene A como p e a freqüência do gene a como q. Se a população está em equilíbrio, tem-se que:
Freqüência do genótipo AA = f(AA) = p2
Freqüência do genótipo Aa = f(Aa) = 2pq
Freqüência do genótipo aa = f(aa) = q2
A) Freqüência do genótipo aa = f (aa) = q2 = 16% = 0,16 → q = 0,4 = f(a)
B)
p + q = 1 → p = 1 – 0,4 → p = f(A) = 0,6.
Freqüência do genótipo AA = f(AA) = p2 = (0,6)2 = 0,36
Freqüência do genótipo Aa = f(Aa) = 2pq = 2 x 0,6 x 0,4 = 0,48
Freqüência de indivíduos normais = f(AA) + f(aa) = 0,36 + 0,48 = 0,84.
Assim, a chance do cara normal ser Aa (para poder ter um filho aa) é de 0,48 em 0,84 (ou seja, 0,48/0,84 = 0,57). Se ele casa com uma
mulher portadora do alelo recessivo a chance de o casal ter 2 filhos normais é de ½ x ½ = ¼. Para o pai ser Aa e haver dois filhos aa, a
chance é de 0,57 x ¼ = 0,1428. Valeu?
C) A variação da cor da pele em humanos se dá por herança quantitativa, em que o número de genes aditivos para melanina determina
o fenótipo.
29.
Resposta: A taxa de mutação gênica, pois os valores médios de mutação são 1/106 e valores muito altos são de 1/103. Esses valores
são incompatíveis com a variação observada de 20%.
30.
Resposta: Nessa população temos 500 indivíduos e, conseqüentemente, 1.000 genes (2 genes para cada indivíduo). A quantidade de
genes v é 80 × 2 = 160 nos indivíduos vv e 40×1 = 40 nos indivíduos Vv. O total de genes v é, portanto, de 160 + 40 = 200. Como, no
total, há 1.000 genes, a freqüência de v é de 200 / 100 = 20%. A freqüência de genes V é, então, de 80%.
Observação: Considere a freqüência do gene A como p e a freqüência do gene a como q. Como a população não está em equilíbrio,
tem-se que:
Freqüência do genótipo AA ≠ p2
Freqüência do genótipo Aa ≠ 2pq
Freqüência do genótipo aa ≠ q2
Aula 37 - Especiação
1.
Resposta: B
Comentário:
2.
Resposta: D
Comentário: Segundo a Teoria da Deriva Continental de Alfred Wegener, a separação das massas continentais devido ao movimento
das placas tectônicas levou a fenômenos de especiação por mecanismos de alopatria, ou seja, devido ao isolamento geográfico e
subseqüente isolamento reprodutivo. O ancestral comum das aves mencionadas viveu numa época em que as massas continentais
estavam unidas, e com sua separação, ocorreram os fenômenos de especiação que levaram ao surgimento de cada espécie diferente em
seu atual habitat.
3.
Resposta: C
Comentário: O processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não há
mais a possibilidade de fluxo gênico entre elas. Indivíduos da mesma espécie não apresentam isolamento reprodutivo entre si. Pode-se
observar que a prole dos cruzamentos de III com todos os demais indivíduos é inviável ou estéril (a prole de III x I e de III x IV é
inviável, e a prole de III x II e de III x V é estéril), o que indica que III está reprodutivamente isolado dos demais indivíduos (ou seja,
pertence a uma espécie distinta).
4.
Resposta: A
Comentário: Segundo a Teoria da Deriva Continental de Alfred Wegener, a separação das massas continentais devido ao movimento
das placas tectônicas levou a fenômenos de especiação por mecanismos de alopatria, ou seja, devido ao isolamento geográfico e
subseqüente isolamento reprodutivo. A separação da Austrália das demais massas continentais direcionou o processo de especiação na
ilha de um modo diferente de outras regiões, explicando a grande diversidade de marsupiais na região.
5.
Resposta: B
Comentário: O tipo de especiação no qual uma população vai se modificando gradativamente em uma nova espécie é denominado
anagênese, enquanto o tipo de especiação no qual uma população se divide em duas novas espécies é denominado cladogênese.
No caso mais comum, denominado alopatria, o processo se inicia com o isolamento geográfico entre populações de uma mesma
espécie. Submetidos a pressões seletivas distintas, cada subpopulação acumula diferenças genéticas, originando subespécies. Quando
se estabelece o isolamento reprodutivo entre as subpopulações, pode-se caracterizá-las como espécies novas. A seqüência correta das
etapas na alopatria é I. isolamento geográfico → III. diversificação gênica nas subpopulações isoladas → II. isolamento reprodutivo.
6.
Resposta: A
Comentário: O processo de formação de uma nova espécie a partir de duas espécies preexistentes que se cruzam pode ser
denominado de hibridização ou alopoliploidia. Nesse processo, ocorrem meioses anômalas em X e Y, uma nova espécie Z pode se
formar da seguinte maneira:
Indivíduo da espécie X Indivíduo da espécie Y
2n1= 28 2n2= 14
Meioses anômalas
O indivíduo híbrido nesse caso pode gerar gametas porque, em sua meiose, os genomas que vieram em dupla em cada gameta podem
se parear um com o outro. Assim, n1 pode parear com n1 e n2 pode parear com n2 . Gametas n1 + n2 poderão ser gerados e o híbrido,
assim fértil, pode constituir uma nova espécie. Como Z é resultado do cruzamento de duas espécies diferentes x e Y, pode-se afirmar
que surgiu por hibridização.
7.
Resposta: C
Comentário: O processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não há
mais a possibilidade de fluxo gênico entre elas. Isolamento etológico ou comportamental é aquele em que os membros de duas
espécies não se cruzam porque seus comportamentos de corte antes do acasalamento são incompatíveis. Uma vez que as fêmeas só são
atraídas pelos estímulos sonoros dos machos de sua própria espécie, temos um exemplo de isolamento etológico ou comportamental.
8.
Resposta: E
Comentário: O processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não há
mais a possibilidade de fluxo gênico entre elas. O tipo de especiação no qual uma população vai se modificando gradativamente em
uma nova espécie é denominado anagênese, enquanto o tipo de especiação no qual uma população se divide em duas novas espécies é
denominado cladogênese. No caso mais comum, denominado alopatria, o processo se inicia com o isolamento geográfico entre
populações de uma mesma espécie. Submetidos a pressões seletivas distintas, cada subpopulação acumula diferenças genéticas,
originando subespécies ou raças geográficas. Quando se estabelece o isolamento reprodutivo entre as subpopulações, pode-se
caracterizá-las como espécies novas. Raças podem ser produzidas por meio de seleção artificial, processo pelo qual criadores
humanos, através de cruzamentos controlados, selecionam características que lhes interessam na prole. A seleção natural não é a
condição inicial para a formação de raças de animais domésticos, uma vez que esse processo se dá por seleção artificial.
9.
Resposta: D
Comentário: O processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações. O isolamento
reprodutivo ocorre quando não há mais a possibilidade de fluxo gênico entre as populações, como na alopatria, quando o isolamento
reprodutivo se dá por isolamento geográfico.
10.
Resposta: B
Comentário: O processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não há
mais a possibilidade de fluxo gênico entre elas. Indivíduos da mesma espécie não apresentam isolamento reprodutivo entre si.
Um tipo de isolamento reprodutivo ocorre quando o cruzamento entre espécies distintas, mas de mesmo gênero, resulta no nascimento
de híbridos estéreis. Analisando cada item:
Item I: falso. Cães e gatos pertencem a espécies e gêneros distintos, não sendo possível o cruzamento entre eles gerando descendentes
férteis, não sendo possível sequer o nascimento de híbridos como resultado desse cruzamento.
Item II: verdadeiro. O nascimento de híbridos só é possível se as espécies diferentes que cruzam são do mesmo gênero.
Item III: verdadeiro. Jumento e égua pertencem a espécies distintas, mas de mesmo gênero, de modo que o cruzamento entre eles
resulta em híbridos viáveis (burros, machos, ou mulas, fêmeas), mas estéreis, uma vez que não há a possibilidade de pareamento
(sinapse) entre cromossomos homólogos no processo meiótico de formação dos seus gametas, que são inviáveis.
11.
Resposta: B
Comentário: O processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não há
mais a possibilidade de fluxo gênico entre elas. Indivíduos da mesma espécie não apresentam isolamento reprodutivo entre si.
O tipo de especiação no qual uma população vai se modificando gradativamente em uma nova espécie é denominado anagênese,
enquanto o tipo de especiação no qual uma população se divide em duas novas espécies é denominado cladogênese. No modelo
cladogênico de especiação, as etapas para a formação de novas espécies são, em seqüência: isolamento geográfico – diversidade
gênica – isolamento reprodutivo. Analisando cada item:
Item A: falso. A modificação gradual de uma espécie em outra é a anagênese, e não a cladogênese.
Item B: verdadeiro.
Item C: falso. O processo de especiação no qual novas espécies se formam por irradiação adaptativa é denominada cladogênese.
Item D: falso. No modelo cladogênico de especiação, as etapas para a formação de novas espécies são, em seqüência: isolamento
geográfico – diversidade gênica – isolamento reprodutivo.
12.
Resposta: B
Comentário:
13.
Resposta: C
Comentário:
14.
Resposta: D
Comentário:
15.
Resposta: C
Comentário:
16.
Resposta: E
Comentário: O processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não há
mais a possibilidade de fluxo gênico entre elas. No caso mais comum, denominado especiação alopátrica, o processo se inicia com o
isolamento geográfico entre populações de uma mesma espécie. Em casos mais raros, o isolamento se dá a partir de populações que
habitam regiões vizinhas, contíguas, mas com características ambientais distintas, sendo conhecida como especiação peri ou
parapátrica. Uma outra situação ocorre com o isolamento reprodutivo se dando sem isolamento geográfico, com as duas populações
que se separam em espécies novas apresentando uma coincidência na área de distribuição geográfica, sendo denominada nesse caso de
especiação simpátrica. Quando várias populações de espécies diferentes compartilham a mesma área geográfica, são denominadas
simpátricas.
17.
Resposta: A
Comentário:
18.
Resposta: A
Comentário:
19.
Resposta: D
Comentário: Se o cruzamento dos indivíduos da população X com os da população Z produz descendentes férteis, pode-se afirmar
que não há isolamento reprodutivo entre X e Z, que são então da mesma espécie. Se o cruzamento dos indivíduos da população X com
os da população Y produz híbridos estéreis e o cruzamento dos indivíduos da população Y com os da população Z não produz
descendentes, pode-se afirmar que há isolamento reprodutivo entre Y e X e entre Y e Z, de modo que Y passa a pertencer a uma
espécie diferente de X e Z.
20.
Resposta: E
Comentário:
21.
Resposta: E
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. A especiação é definida pelo isolamento reprodutivo entre populações.
Item II: verdadeiro. As mutações são a causa primária da variabilidade, sobre as quais age a seleção natural.
Item III: verdadeiro. Mecanismos de isolamento reprodutivo incluem barreiras mecânicas (isolamento anatômico), diferenças
comportamentais no processo de acasalamento (isolamento etológico), amadurecimento sexual em épocas diferentes (isolamento
sazonal), inviabilidade e/ou esterilidade do híbrido ou da geração F2 são mecanismos que levam ao isolamento reprodutivo e,
conseqüentemente, à formação de novas espécies.
22.
Resposta: A
Comentário:
23.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
(4) Dá-se o nome de especiação ao processo de formação de novas espécies.
(1) A seleção natural pode ser caracterizada como a ação do meio ambiente sobre a diversidade intra-específica favorecendo os
indivíduos com características que aumentem seu sucesso reprodutivo.
(5) Órgãos homólogos são aqueles que possuem uma mesma origem evolutiva e embrionária.
(3) Irradiação adaptativa é o fenômeno evolutivo através do qual um grupo ancestral pode dispersar-se por vários ambientes,
originando novas espécies, que apresentarão órgãos homólogos entre si.
(2) Convergência adaptativa é o fenômeno evolutivo pelo qual ancestrais diferentes que ocupam o mesmo habitat, submetendo-se às
mesmas pressões de seleção natural e que, com o tempo, tiveram selecionados aspectos adaptativos semelhantes, ou seja,
características análogas.
24.
Resposta: D
Comentário: O conceito biológico de espécie é baseado na capacidade de cruzamento com geração de descendentes férteis, sendo
aspectos como semelhanças anatômicas ou cariotípicas (cromossômicas) considerados secundários. O processo de especiação é
definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não há mais a possibilidade de fluxo gênico
entre elas. Indivíduos da mesma espécie não apresentam isolamento reprodutivo entre si. Um tipo de isolamento reprodutivo ocorre
quando o cruzamento entre espécies distintas, mas de mesmo gênero, resulta no nascimento de híbridos estéreis. Se há cruzamento
entre indivíduos das duas populações, com surgimento de três gerações de descendentes férteis, pode-se afirmar que não há isolamento
reprodutivo entre elas, que são da mesma espécie. Os híbridos férteis descritos no texto são, na verdade, mestiços gerados pelo
cruzamento entre variedades distintas de uma mesma espécie.
Observação: Provavelmente, uma primeira tentativa de classificação taxionômica das duas populações resultou numa percepção
errada de que se tratavam de espécies distintas, o que justifica os nomes científicos diferentes para as duas populações.
25.
Resposta: A
Comentário: O processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não há
mais a possibilidade de fluxo gênico entre elas. No caso mais comum, denominado especiação alopátrica, o processo se inicia com o
isolamento geográfico entre populações de uma mesma espécie. Em casos mais raros, o isolamento se dá a partir de populações que
habitam regiões vizinhas, contíguas, mas com características ambientais distintas, sendo conhecida como especiação parapátrica. Uma
outra situação ocorre com o isolamento reprodutivo se dando sem isolamento geográfico, com as duas populações que se separam em
espécies novas apresentando uma coincidência na área de distribuição geográfica, sendo denominada nesse caso de especiação
simpátrica. A especiação que ocorre em populações isoladas geograficamente, via bloqueio do fluxo gênico entre elas, é caracterizada
como alopátrica; a que ocorre a partir de uma população geograficamente contígua à espécie ancestral é caracterizada como
parapátrica, e a que acontece em populações com áreas de distribuição geográficas coincidentes é caracterizada como simpátrica.
26.
Resposta: D
Comentário: O processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não há
mais a possibilidade de fluxo gênico entre elas. Indivíduos da mesma espécie não apresentam isolamento reprodutivo entre si. O tipo
de especiação no qual uma população vai se modificando gradativamente em uma nova espécie é denominado anagênese, enquanto o
tipo de especiação no qual uma população se divide em duas novas espécies é denominado cladogênese. No caso mais comum,
denominado alopatria, o processo se inicia com o isolamento geográfico entre populações de uma mesma espécie. Submetidos a
pressões seletivas distintas, cada subpopulação acumula diferenças genéticas, originando subespécies. Quando se estabelece o
isolamento reprodutivo entre as subpopulações, pode-se caracterizá-las como espécies novas. A especiação dicopátrica ocorre de
modo que a cladogênese origina duas novas espécies a partir da ancestral, sendo que as etapas do processo obedecem à seqüência:
Aparecimento de barreiras geográficas – Acúmulo de diferenças genéticas entre as populações – Isolamento reprodutivo.
27.
Resposta: E
Comentário: Analisando cada situação:
- A figura A descreve o processo evolutivo no qual uma população vai se modificando gradativamente em uma nova espécie, o qual é
denominado anagênese.
- A figura B descreve o fenômeno pelo qual organismos de origens distintas, submetidos às mesmas pressões seletivas, assumem
características semelhantes, o qual é denominado convergência evolutiva. Na figura, de cima para baixo, tem-se um tubarão (peixe),
um ictiossauro (réptil extinto) e um golfinho (mamífero), todos de habitat aquático.
- A figura C descreve o fenômeno pelo qual um mesmo organismo, submetido a pressões seletivas distintas, origina vários outros
organismos, o qual é denominado irradiação adaptativa.
- A figura D descreve o processo evolutivo no qual uma espécie se separa em duas novas espécies, o qual é denominado cladogênese.
28.
Resposta: A
Comentário: Analisando cada item:
1º item: verdadeiro. Cladogênese é o processo evolutivo pelo qual uma espécie se diversifica em duas novas espécies.
2º item: verdadeiro. Anagênese é o processo evolutivo pelo qual uma espécie gradativamente se transforma em outra espécie.
3º item: falso. O processo de especiação que se inicia com o isolamento geográfico das populações que irão se converter em novas
espécies é denominado especiação alopátrica.
4º item: verdadeiro. Pode-se notar pelo esquema que a espécie A dá origem as demais espécies, B, C, D, E, F e G.
5º item: falso. O processo de especiação que ocorre sem isolamento geográfico entre as populações que irão se converter em novas
espécies é denominado especiação simpátrica.
29.
Resposta: E
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. A condição mínima necessária para o surgimento de uma nova espécie é a ocorrência de isolamento reprodutivo.
Item B: falso. Só seria possível afirmar que as plantas dos ambientes x e y constituem espécies distintas se fosse explícita a existência
de isolamento reprodutivo entre elas.
Item C: falso. Se as três populações de plantas permanecerem isoladas e sofrerem especiação, não será mais o cruzamento entre elas.
Item D: falso. Só seria possível afirmar que houve especiação se fosse explícita a existência de isolamento reprodutivo entre elas.
Item E: verdadeiro. Se ocorrer longo isolamento geográfico entre as populações, poderão ocorrer diferenças em suas características
genéticas a ponto de caracterizar duas ou mais raças geográficas, sendo que, se houver isolamento reprodutivo, elas podem passar a
constituir novas espécies.
30.
Resposta: A
Comentário: O processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não há
mais a possibilidade de fluxo gênico entre elas. Esse processo é, de modo geral, lento, exigindo longos períodos de tempo para que a
adaptação resulte em novas espécies. Mudanças climáticas rápidas podem levar a uma taxa de extinção maior do que a de especiação
porque a especiação é lenta, dependendo de que haja tempo suficiente para que ocorram as adaptações.
31.
Resposta: A
Comentário: O conceito biológico de espécie é baseado na capacidade de cruzamento com geração de descendentes férteis, sendo
aspectos como semelhanças anatômicas ou cariotípicas (cromossômicas) considerados secundários. O processo de especiação é
definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não há mais a possibilidade de fluxo gênico
entre elas. Um tipo de isolamento reprodutivo ocorre quando o cruzamento entre espécies distintas, mas de mesmo gênero, resulta no
nascimento de híbridos estéreis. O cruzamento entre indivíduos de espécies distintas é às vezes possível, desde que evolutivamente
próximas, e nesse caso gerando híbridos estéreis e com características de ambos os pais.
32.
Resposta: A
Comentário: O processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não há
mais a possibilidade de fluxo gênico entre elas. O tipo de especiação no qual uma população vai se modificando gradativamente em
uma nova espécie é denominado anagênese, enquanto o tipo de especiação no qual uma população se divide em duas novas espécies é
denominado cladogênese. No caso mais comum, denominado especiação alopátrica, o processo se inicia com o isolamento geográfico
entre populações de uma mesma espécie. Em casos mais raros, o isolamento se dá a partir de populações que habitam regiões vizinhas,
contíguas, mas com características ambientais distintas, sendo conhecida como especiação parapátrica. Uma outra situação ocorre com
o isolamento reprodutivo se dando sem isolamento geográfico, com as duas populações que se separam em espécies novas
apresentando uma coincidência na área de distribuição geográfica, sendo denominada nesse caso de especiação simpátrica. Além do
isolamento geográfico, como ocorre na alopatria, a ocupação de novos nichos, como ocorre na simpatria, pode levar à especiação.
33.
Resposta: B
Comentário: O conceito biológico de espécie é baseado na capacidade de cruzamento com geração de descendentes férteis. O
processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não há mais a
possibilidade de fluxo gênico entre elas. Um tipo de isolamento reprodutivo ocorre quando o cruzamento entre espécies distintas, mas
de mesmo gênero, resulta no nascimento de híbridos estéreis. Jumento e égua pertencem a espécies distintas, mas de mesmo gênero,
de modo que o cruzamento entre eles resulta em híbridos viáveis (burros, machos, ou mulas, fêmeas), mas estéreis, uma vez que não
há a possibilidade de pareamento (sinapse) entre cromossomos homólogos no processo meiótico de formação dos seus gametas, que
são inviáveis. Burros e mulas possuem características intermediárias entre seus pais, além de uma grande resistência física que
justifica sua importância econômica em algumas regiões.
34.
Resposta: C
Comentário: O conceito biológico de espécie é baseado na capacidade de cruzamento com geração de descendentes férteis. O
processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não há mais a
possibilidade de fluxo gênico entre elas. Analisando cada situação:
(1) O isolamento de hábitat é caracterizado pela impossibilidade de cruzamento pelo fato de as espécies habitarem locais diferentes.
(2) O isolamento mecânico ou anatômico é caracterizado pela impossibilidade de cruzamento pela incompatibilidade entre órgãos
reprodutores.
(3) O isolamento sazonal ou estacional é caracterizado pela impossibilidade de cruzamento pela incompatibilidade de períodos de
reprodução.
Observação: O isolamento etológico ou comportamental é caracterizado pela impossibilidade de cruzamento pela incompatibilidade
de comportamentos de corte para acasalamento e o isolamento gamético é caracterizado pela impossibilidade de fecundação, mesmo
havendo ato sexual, pela incompatibilidade de gametas, não havendo a formação de zigoto, ou pela impossibilidade de sobrevivência
dos gametas masculinos de uma população no aparelho feminino de outra.
35.
Resposta: FVFF
Comentário:
1º item: falso. Mecanismos pré-zigóticos de isolamento reprodutivo são aqueles em que não ocorre o a fecundação entre gametas de
espécies distintas, e como conseqüência não ocorre formação do zigoto. Alguns mecanismos de isolamento pré-zigótico ocorrem
mesmo havendo contato físico entre os indivíduos de espécies distintas (inclusive ato sexual), como é o caso do isolamento gamético,
que é caracterizado pela impossibilidade de fecundação pela incompatibilidade de gametas ou pela impossibilidade de sobrevivência
dos gametas masculinos de uma população no aparelho feminino de outra.
2º item: verdadeiro. São exemplos de mecanismos pré-zigóticos de isolamento reprodutivo o isolamento de hábitat (impossibilidade
de cruzamento pelo fato de as espécies habitarem locais diferentes), o isolamento mecânico ou anatômico (impossibilidade de
cruzamento pela incompatibilidade entre órgãos reprodutores), o isolamento sazonal ou estacional (impossibilidade de cruzamento
pela incompatibilidade de períodos de reprodução) e isolamento etológico ou comportamental (impossibilidade de cruzamento pela
incompatibilidade de comportamentos de corte para acasalamento).
3º item: falso. O isolamento mecânico é pré-zigótico, e não pós-zigótico.
4º item: falso. O isolamento gamético é pré-zigótico, e não pós-zigótico
36.
Resposta:
A) 63 cromossomos.
B) Não. Os ancestrais do burro já se encontram em isolamento reprodutivo pois produzem descendência estéril.
35.
Resposta:
A) Teoria da Deriva Continental, que defende que o ancestral comum dessas aves viveu numa época em que as massas continentais
estavam unidas, e com sua separação devido ao movimento das placas tectônicas, ocorreram os fenômenos de especiação que levaram
a cada espécie diferente em seu atual habitat.
B) Isolamento geográfico, seleção natural e isolamento reprodutivo (especiação).
36.
Resposta:
A) O burro ou a mula possuem 63 cromossomos. Isto porque resultam da fusão dos gametas do jumento (n'= 31) e da égua (n”= 32).
Assim, n' + n”= 63 cromossomos.
B) Na meiose I ocorre a separação dos cromossomos homólogos (pares). O burro e a mula possuem 63 cromossomos (32 pares + 1
cromossomo). O cromossomo isolado não possui par correspondente, assim não haverá pareamento e a meiose I não se completa. Sem
meiose I, não haverá meiose II e conseqüentemente não haverá gametas. Portanto, são estéreis.
37.
Resposta:
A) Podemos concluir que entre essas populações o fluxo gênico é perfeitamente viável, o que caracteriza que as populações A, B e D
pertencem à mesma espécie. Um fato que poderia ter dado origem às populações A, B, C e D poderia ser uma barreira geográfica.
B) Espécies diferentes que vivem numa mesma região denominam-se simpátricas. Um exemplo de vertebrados que quando cruzados
produzem descendentes estéreis: égua e jumento, produzindo a mula, que é estéril.
38.
Resposta:
A) A alusão é feita a asas dotadas de penas (asas.... silenciosas por não haver o ruflar leve de penas) e asas sem penas (como couro
espichado em vara). No primeiro caso, a referência é feita às asas das aves, e no segundo, às asas dos morcegos. As asas são apêndices
adaptados para o vôo nos dois casos. Essas estruturas evoluíram independentemente nos dois grupos animais aqui citados,
constituindo adaptações ao hábito de vida voador. Portanto, embora os ossos constituintes das asas das aves e dos morcegos sejam
homólogos, por terem sido herdados de um ancestral comum, as asas, particularmente, não são homólogas, pois evoluíram
independentemente no grupo das aves e no grupo dos morcegos, a partir de um ancestral comum não-voador. Desse modo, asas
constituem um caso de convergência evolutiva, pois, apesar de desempenharem a mesma função, não há um ancestral, comum aos
dois grupos, que possuísse asa.
B) O evolucionista solicitado no item B da questão é Jean-Baptiste Lamarck, ou simplesmente Lamarck, cujas idéias baseavam-se na
premissa de que os seres vivos são capazes de se adaptarem ao meio, desde que pressionados por uma necessidade imposta pelo
ambiente. A partir daí, utilizariam algumas partes do corpo mais intensamente que outras, adotando novos hábitos de vida. Como
conseqüência, as partes mais usadas tenderiam a se desenvolver, enquanto as menos usadas se atrofiariam, podendo até mesmo
desaparecer. Além disso, as mudanças ocorridas em resposta a essa pressão ambiental também seriam transmitidas aos descendentes.
Esses princípios da sua teoria ficaram conhecidos como Lei do Uso e Desuso e Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos.
39.
Resposta: As espécies A e D. Essas espécies apresentam uma grande superposição na alimentação, ocupando praticamente o mesmo
nicho alimentar. Essa superposição leva à exclusão competitiva.
40.
Resposta: As diferenças genéticas entre as varias etnias humanas não são suficientes para caracterizá-las como raças. Além disso, elas
não estão em vias de originar novas espécies, porque não há isolamento geográfico entre elas, não podendo ser caracterizadas como
subespécies distintas.
Aula 38 - Evolução Humana
1.
Resposta: B
Comentário: Observe no gráfico marcado abaixo que a divergência entre os macacos do Velho Mundo e o grupo dos grandes
macacos e de humanos se deu por volta de 40 milhões de anos atrás.
50 40
2.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. Em um cladograma como o representado na questão, todos os indivíduos em uma mesma linha horizontal são
contemporâneos, de modo que os macacos antropóides (orangotango, gorila, chimpanzé e gibão) são contemporâneos ao Homem.
Item II: falso. A Teoria da Evolução defende que homens e macacos apresentam uma ancestralidade comum, mas não que macacos
são ancestrais da espécie humana.
Item III: verdadeiro.
Item IV: falso..
3.
Resposta: B
Resolução: Dentre os primatas atuais (ou seja, aqueles contemporâneos ao homem), o nosso parente mais próximo é aquele que se
separou há menos tempo. Observe no cladograma marcado abaixo que a separação entre homem e chimpanzé (1) se deu há menos de
10 milhões de anos, sendo então macaco antropóide mais aparentado do homem. Em comparação, a separação entre homem e gorila
(2) ocorreu por volta de 10 milhões de anos e a separação entre homem e orangotango (3) ocorreu há mais de 10 milhões de anos.
Hilobatídeos Pongídeos Hominídeos
Milhões
de anos
0
Orangotango Gorila Chimpanzé Homem
Símios do Símios do Gibão
5 Novo Mundo Velho Mundo
10 1
Australopithecus
2
3
15
Ramapithecus
25
Dryopithecus
35
50
Mamíferos insetívoros
Árvore filogenética provável dos antropóides
4.
Resposta: B
Resolução: O último ancestral comum do homem e dos macacos antropóides (gibão, orangotango, gorila e chimpanzé),
correspondente ao Dryopithecus no gráfico abaixo (marcado com um “x”), existiu há cerca de 15 milhões de anos.
Hilobatídeos Pongídeos Hominídeos
Milhões
de anos
0
Orangotango Gorila Chimpanzé Homem
Símios do Símios do Gibão
5 Novo Mundo Velho Mundo
10 Australopithecus
15
x
Ramapithecus
25
Dryopithecus
35
50
Mamíferos insetívoros
Árvore filogenética provável dos antropóides
5.
Resposta: A
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. Segundo o cladograma, H. neanderthalensis, H. sapiens e H. erectus têm o H. ergaster como ancestral comum.
Veja:
H. neanderthalensis H. sapiens
Europa e Ásia Ocidental Homem moderno 0
H. heidelbergiensis H. erectus
África, Europa e Ásia África oriental
H. ergaster
África oriental
A. afarensis
Etiópia e Tanzânia
A. anamensis
Quênia
Ardipithecus ramidus
Etiópia
Orrorin turgenensis
Quênia
Sahelanthropus tenadensis 7
Chade
Item II: verdadeiro. Segundo o cladograma, P. boisei e P. robustus viveram há cerca de 2 milhões de anos atrás. Veja:
H. neanderthalensis H. sapiens
Europa e Ásia Ocidental Homem moderno 0
H. heidelbergiensis H. erectus
África, Europa e Ásia África oriental
H. ergaster
África oriental
1,75
P. boisei P. robustus Kenyanthropus rudolfensis H. habilis
África oriental África do Sul África oriental África subsaariana 2
A. afarensis
Etiópia e Tanzânia
A. anamensis
Quênia
Ardipithecus ramidus
Etiópia
Orrorin turgenensis
Quênia
Sahelanthropus tenadensis 7
Chade
Item III: falso. Segundo o cladograma, A. africanus compartilha um ancestral comum com os hominídeos modernos.
6.
Resposta: B
Comentário: A Teoria da Evolução defende que homens e macacos apresentam uma ancestralidade comum, mas não que macacos
são ancestrais da espécie humana. A grande semelhança genética entre humanos e chimpanzés sugere que, de todas as espécies atuais,
os chimpanzés são a mais aparentada com os homens.
7.
Resposta: C
Comentário: A principal característica que distingue a espécie humana de outras espécies é sua inteligência, resultante principalmente
do desenvolvimento do córtex cerebral. Dentre os mamíferos, a espécie humana se diferencia também pela postura bípede, mas é
importante lembrar que aves também apresentam postura bípede.
8.
Resposta: B
Comentário: O aumento na frequência de portadores de certas características (como o maior número de glândulas sudoríparas e
menor quantidade de pelos) é um exemplo de como os mecanismos de seleção natural podem promover mudanças nas características
de uma população para torná-la mais adaptada ao meio ambiente. No caso em questão, essas modificações resultaram na origem da
espécie humana, através de mecanismos de especiação.
8.
Resposta: B
Comentário: A espécie humana pertence à Ordem Primatas, juntamente com os macacos (símios), com os quais compartilha
características como o polegar oponível relacionado a hábitos arborícolas. Há cerca de 5 milhões de anos, em regiões do continente
africano que assumiram um clima mais seco, com substituição de florestas por savanas (com poucas árvores), surgiu o primeiro
ancestral humano não compartilhado com os macacos, chamado Australopithecus afarensis, de postura bípede. Esse originou,
sucessivamente, espécies como Homo habilis e Homo erectus. Há cerca de 100 mil anos, o Homo erectus eurasiano originou o Homo
neanderthalensis, e o Homo erectus africano (Homo ergaster) originou o Homo sapiens. Como o Homo neanderthalensis se extinguiu
há cerca de 30 mil anos, o único hominídeo moderno é o Homo sapiens, sendo seu parente atual mais próximo o chimpanzé.
Analisando cada item:
Item A: falso. A espécie humana pertence ao filo Chordata, subfilo Vertebrata.
Item B: verdadeiro. A espécie humana tem como ancestral direto a espécie Homo erectus (ou, para alguns autores, Homo ergaster,
uma variedade de Homo erectus).
Item C: falso. A espécie humana evoluiu a partir da espécie Australopithecus afarensis, sendo a espécie Australopithecus robustus de
uma linhagem divergente daquela que originou a nossa espécie.
Item D: falso. A espécie humana tem como espécie mais aparentada, dentre os antropóides modernos, o chimpanzé, e não o gorila.
9.
Resposta: C
Comentário:
10.
Resposta: E
Comentário: A espécie humana pertence à Ordem Primatas, juntamente com os macacos (símios), com os quais compartilha
características como o polegar oponível relacionado a hábitos arborícolas. Há cerca de 5 milhões de anos, em regiões do continente
africano que assumiram um clima mais seco, com substituição de florestas por savanas (com poucas árvores), surgiu o primeiro
ancestral humano não compartilhado com os macacos, chamado Australopithecus afarensis, de postura bípede. Esse originou,
sucessivamente, espécies como Homo habilis e Homo erectus. Há cerca de 100 mil anos, o Homo erectus eurasiano originou o Homo
neanderthalensis, e o Homo erectus africano (Homo ergaster) originou o Homo sapiens. Como o Homo neanderthalensis se extinguiu
há cerca de 30 mil anos, o único hominídeo moderno é o Homo sapiens, sendo seu parente atual mais próximo o chimpanzé.
Resolução: Hominídeos pertencem à Classe dos Mamíferos. Os mamíferos surgiram a partir de um grupo ancestral de répteis, bem
posteriormente ao surgimento dos anfíbios e contemporaneamente ao surgimento dos dinossauros. O desaparecimento dos dinossauros
se deu há cerca de 65 milhões de anos atrás, de modo que o surgimento dos hominídeos é bem posterior a essa época.
11.
Resposta: B
Comentário:
12.
Resposta: B
Comentário: A espécie humana (Homo sapiens) surgiu na África e daí se dispersou pelos demais continentes. Os grupos de humanos
que ficaram na África e não foram para Europa e Ásia nunca tiveram então a oportunidade de cruzar com o homem de Neandertal que
surgiu e habitou somente essas regiões.
13.
Resposta: C
Comentário: O domínio do fogo pelo homem levou a uma série de mudanças na estrutura anatômica e fisiológica da espécie humana.
Uma dessas mudanças é a diminuição do tamanho dos dentes, o que pode ser acompanhado pelo registro fóssil.
Observação 1: Deve-se tomar cuidado para não confundir evolução-fato de evolução-teoria. Como afirmado acima, o registro fóssil
claramente aponta para uma redução do tamanho dos dentes humanos ao longo de sua evolução, o que coincide com o domínio do
fogo. Isto é fato, ou seja, uma verdade verificável por simples observação (no caso, dos fósseis). Uma idéia só se torna lamarckista ou
darwinista quando se propõe a oferecer uma explicação para um fato. Uma explicação lamarckista para esse fato seria a de que, com o
fogo tornando os alimentos mais moles, os dentes foram sendo menos utilizados e diminuindo de tamanho (Lei do Uso e do Desuso).
Esta explicação está errada. Uma explicação darwinista para este fato seria a de que, com o fogo tornando os alimentos mais moles, os
dentes foram sendo menos utilizados e deixaram de ser favorecidos pela seleção natural; a variabilidade inerente aos seres vivos gerou
dentes menores que não permaneceram nas populações porque dentes grandes não eram mais vantajosos (Relaxamento da Seleção
Natural). Esta é a explicação mais aceita atualmente para explicar esse fenômeno. Em outras palavras, o fato dos dentes terem
diminuído é incontestável pela evolução, mas a explicação dada a esse fato pode ser dada de modo lamarckista (explicação incorreta)
ou darwinista (explicação correta).
Observação 2: A espécie humana não é carnívora nem herbívora, e sim onívora...
14.
Resposta: E
Comentário: A espécie humana pertence à Ordem Primatas, juntamente com os macacos (símios), com os quais compartilha
características como o polegar oponível relacionado a hábitos arborícolas. Há cerca de 5 milhões de anos, em regiões do continente
africano que assumiram um clima mais seco, com substituição de florestas por savanas (com poucas árvores), surgiu o primeiro
ancestral humano não compartilhado com os macacos, chamado Australopithecus afarensis, de postura bípede. Esse originou,
sucessivamente, espécies como Homo habilis e Homo erectus. Há cerca de 100 mil anos, o Homo erectus eurasiano originou o Homo
neanderthalensis, e o Homo erectus africano (Homo ergaster) originou o Homo sapiens. Como o Homo neanderthalensis se extinguiu
há cerca de 30 mil anos, o único hominídeo moderno é o Homo sapiens, sendo seu parente atual mais próximo o chimpanzé. Com os
meios modernos de locomoção, pode-se afirmar que não existe isolamento geográfico entre as várias populações humanas atuais, não
havendo, pois, possibilidade de especiação.
15.
Resposta: A
Comentário:
16.
Resposta: B
Comentário: As idéias evolucionistas defendem uma ancestralidade comum entre os homens e os demais primatas, o que é
evidenciado por semelhanças genéticas e anatômicas entre eles.
17.
Resposta: C
Comentário:
18.
Resposta: A
Comentário: A linha evolutiva que deu origem a espécie humana envolve algumas controvérsias, mas algumas idéias parecem estar
bem estabelecidas. O primeiro hominídeo a se separar da linha que deu origem aos demais primatas deve ter sido o Australopithecus
afarensis (A). Algumas outras espécies de Australopithecus são conhecidas, mas de uma linhagem divergente daquela que originou a
nossa espécie, como Australopithecus robustus (B). A espécie humana Homo sapiens surgiu na África, tendo como ancestral direto a
espécie Homo erectus (C), ou, para alguns autores, Homo ergaster (uma variedade de Homo erectus). Homo erectus também originou
a espécie Homo neanderthalensis (D), que habitou a Ásia e a Europa contemporaneamente à espécie humana, mas se extinguiu há
cerca de 50 mil anos. Atualmente, existe um grande debate acerca a respeito da relação do homem de Neanderthal com a espécie
humana, havendo indícios de que ela tenha sido, possivelmente, não uma espécie distinta, mas uma subespécie da espécie humana,
não havendo isolamento reprodutivo entre as duas.
19.
Resposta: D
Comentário: Analisando cada item:
Item I: verdadeiro. Especiação pode ser definida como o processo evolutivo que culmina com a formação de espécies novas.
Item II: verdadeiro. O conceito biológico de espécie é baseado na capacidade de cruzamento com geração de descendentes férteis,
sendo aspectos como semelhanças anatômicas ou cariotípicas (cromossômicas) considerados secundários.
Item III: verdadeiro. Apesar de haver uma certa discussão a respeito do homem Homo sapiens e do homem de Neandertal
pertencerem à mesma espécie (sendo apenas subespécies distintas) ou a espécies distintas, as terminologias Homo sapiens
neanderthalensis e Homo sapiens sapiens indicam que o autor acredita que elas pertencem à mesma espécie e a subespécies
diferentes. Homo habilis e Homo erectus são espécies distintas, ambas ancestrais da espécie humana e do homem de Neandertal,
sendo o ancestral direto de ambos a espécie Homo erectus (ou, para alguns autores, Homo ergaster, uma variedade de Homo erectus).
Item IV: verdadeiro. A endogamia (cruzamentos em grupos fechados) tende a aumentar a freqüência de um genótipo; a
consangüinidade pode ser descrita como o grau de parentesco entre indivíduos de ascendência comum.
Item V: verdadeiro. Raças geográficas ou subespécies são grupos de indivíduos dentro de uma espécie, geograficamente isolados, e
em vias de originar uma nova espécie. Apesar de, biologicamente, não se considerar a existência de raças humanas, este termo foi
utilizado historicamente para identificar categorias humanas socialmente definidas.
Item VI: verdadeiro. A evolução defende que as semelhanças estruturais entre seres vivos com aspectos e modos de vida diferentes é
explicada pela ocorrência de um ancestral comum.
20.
Resposta: VVVFF
Comentário: A espécie humana pertence à Ordem Primatas, juntamente com os macacos (símios), com os
quais compartilha características como o polegar oponível relacionado a hábitos arborícolas. Há cerca de 5
milhões de anos, em regiões do continente africano que assumiram um clima mais seco, com substituição de
florestas por savanas (com poucas árvores), surgiu o primeiro ancestral humano não compartilhado com os
macacos, chamado Australopithecus afarensis, de postura bípede. Esse originou, sucessivamente, espécies
como Homo habilis e Homo erectus. Há cerca de 100 mil anos, o Homo erectus eurasiano originou o Homo
neanderthalensis, e o Homo erectus africano (Homo ergaster) originou o Homo sapiens. Como o Homo
neanderthalensis se extinguiu há cerca de 30 mil anos, o único hominídeo moderno é o Homo sapiens, sendo
seu parente atual mais próximo o chimpanzé. Analisando cada item:
1º item: verdadeiro. O Homo erectus, ancestral imediato da espécie humana, deve ter sido o primeiro
hominídeo a dominar a produção de fogo.
2º item: verdadeiro. O Homo sapiens dever ter surgido na África entre 200 e 150 mil anos atrás, sendo
originado a partir do Homo erectus (ou de uma linhagem de Homo erectus denominada Homo ergaster).
3º item: verdadeiro. A cocção de alimentos promove a quebra de algumas interações químicas dentro das moléculas de alimento, o
que facilita sua digestão e conseqüente absorção, aumentando o aproveitamento nutricional dos alimentos.
4º item: verdadeiro. Com o cozimento, os alimentos passaram a ser mais saudáveis porque o calor elimina algumas bactérias
potencialmente patogênicas.
5º item: falso. Bactérias do tubo digestivo, relacionadas à produção de vitaminas, não são mortas devido à cocção dos alimentos.
21.
Resposta: VVFVF
Comentário: A história das relações evolutivas entre diferentes espécies pode ser representada em cladogramas ou filogenias,
também chamadas de árvores evolutivas. Nesses esquemas, os táxons podem receber classificações como monofilético, parafilético ou
polifilético.
- Um táxon é classificado como monofilético quando inclui todos os descendentes de um único ancestral comum.
- Um táxon é classificado como parafilético quando inclui alguns, mas não todos, descendentes de um ancestral comum.
- Um táxon é classificado como polifilético quando contém membros com mais de um ancestral.
Analisando cada item:
1º item: verdadeiro. De acordo com o cladograma, o gorila é evolutivamente mais próximo do chimpanzé e do homem que do
orangotango. Veja:
Tempo
Ancestral comum
com orangotango:
mais antigo; menor
parentesco
Ancestral comum
com homem e
chimpanzé: mais
recente; maior
parentesco
2º item: verdadeiro. O homem, o chimpanzé e o gorila formam um grupo monofilético, que engloba todos os descendentes do
ancestral comum dos mesmos. Veja:
Tempo
Grupo
monofilético
Ancestral comum
entre orangotango,
gorila e chimpanzé
5º item: falso. O chimpanzé e o gibão apresentam glândulas mamárias herdadas de um ancestral comum mamífero, e não de uma
homoplasia. (Homoplasia é qualquer característica compartilhada, mas não herdada de um ancestral comum, como ocorre com as
características análogas).
22.
Resposta: FFVF
Comentário:
1º item: falso. O processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja, quando não
há mais a possibilidade de fluxo gênico entre elas. No caso mais comum, denominado alopatria, o processo se inicia com o isolamento
geográfico entre populações de uma mesma espécie. Submetidos a pressões seletivas distintas, cada subpopulação acumula diferenças
genéticas. Quando se estabelece o isolamento reprodutivo entre as subpopulações, pode-se caracterizá-las como espécies novas. Todo
o processo descrito envolve uma série de alterações genéticas nas populações que se especiam, e não simplesmente uma mutação.
2º item: falso. O surgimento de características evolutivas novas se dá por mutações, que ocorrem aleatoriamente e independentemente
do tamanho da população.
3º item: verdadeiro. A facilidade de deslocamento faz com que não haja isolamento geográfico entre as várias populações humanas
atuais.
4º item: falso. A ação da Medicina em relação aos processos de prevenção e tratamento de doenças está minimizando a ação da
seleção natural sobre a espécie humana, o que dificulta muito o surgimento de mudanças significativas do ponto de vista evolutivo.
23.
Resposta: VVVVV
Comentário:
1º item: verdadeiro. O processo de especiação é definido pela ocorrência de isolamento reprodutivo entre populações, ou seja,
quando não há mais a possibilidade de fluxo gênico entre elas. No caso mais comum, denominado alopatria, o processo se inicia com
o isolamento geográfico entre populações de uma mesma espécie.
2º item: verdadeiro. A mutação é a fonte primária de toda a variabilidade genética existente, uma vez que é o único processo capaz
de gerar genes novos, e consequentemente características novas na natureza
3º item: verdadeiro. Evolução é o conjunto de mudanças ocorridas em uma população ao longo do tempo, não importando se as
mudanças são no sentido de aumentar ou diminuir o grau de complexidade ou de adaptação. (No entanto, é importante lembrar que
mudanças não adaptativas tendem a ser eliminadas devido aos mecanismos de seleção natural.)
4º item: verdadeiro. O fenótipo é o resultado da interação do genótipo com o meio ambiente, sendo que estatura e cor da pele são
fortemente influenciados por componentes ambientais.
5º item: verdadeiro. O MSH ou hormônio estimulante dos melanócitos estimula o aumento da pigmentação na pele humana pelo
aumento na produção de melanina pelos melanócitos.
24.
Resposta: Os indivíduos do Quênia com estilo moderno de andar estavam adaptados a andar longas distâncias nas savanas africanas,
ao contrário dos indivíduos da Tanzânia, que podem ter pernas mais curtas deviam ter dificuldades de locomoção a longas distâncias,
estando melhor adaptados a ambientes de transição entre floresta e savana.
25.
Resolução:
1.
Mandíbula: hábitos alimentares (se herbívoro, carnívoro ou onívoro), domínio do fogo (se ingeria carne crua ou assada)
Pelve: postura (se quadrúpede, bípede curvo ou bípede ereto)
2.
A) DNA mitocondrial, uma vez que é herdado somente da mãe.
B) A espécie humana (Homo sapiens) surgiu na África e daí se dispersou pelos demais continentes. Os grupos de humanos que
ficaram na África e não foram para Europa e Ásia nunca tiveram então a oportunidade de cruzar com o homem de Neandertal que
surgiu e habitou somente essas regiões.