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Fichas de avaliação Ficha de avaliação n.

° 2

Ficha de avaliação n.° 2

Nome: N.° Turma:

Data: Avaliação: Professor:

Grupo I
Texto 1
A aflatoxina B1 (AFB1) e a zearalenona (ZEA) são micotoxinas comuns, com efeitos tóxicos
em animais e humanos, encontradas, por vezes, em rações à base de milho. Para estudar o efeito
de diferentes concentrações de diferentes micotoxinas na produção de óvulos, em diferentes
mamíferos, foi realizado o seguinte estudo: foi comparada a sensibilidade da linhagem celular dos
óvulos de ratos e de porcos a AFB1 e a ZEA, para pesquisa dos efeitos tóxicos das micotoxinas
(fig. 1). A taxa de extrusão do corpo polar, ou glóbulo polar, durante a maturação dos óvulos em
ratos e porcos, foi usada como padrão de referência na medição dos efeitos das micotoxinas.
Deste modo, quanto maior for a taxa de extrusão ou libertação do corpo polar, maior é a
quantidade de óvulos que terminam a meiose sem anomalias. Nos mamíferos, o corpo polar é
uma célula de reduzidas dimensões, resultante de uma citocinese assimétrica no final da meiose I
(primeiro corpo polar) e da citocinese da meiose II com a formação do óvulo e do segundo corpo
polar.

Fig. 1. Efeito da aflatoxina B1 (AFB1) e da zearalenona (ZEA) na meiose que conduz à produção de gâmetas
femininos no rato e no porco. A Taxa de extrusão do corpo polar em função da concentração de AFB1.
B Taxa de extrusão do corpo polar em função da concentração de ZEA.

1. Selecione as duas afirmações verdadeiras relativas aos resultados obtidos no estudo referido
no texto.
I. As micotoxinas não alteraram a divisão celular responsável pela produção de gâmetas
femininos.
II. A AFB1 possui um efeito tóxico superior na formação dos óvulos nos ratos.
III. No porco, a ZEA tem um efeito tóxico mais elevado sobre a meiose,
comparativamente com a AFB1.
IV. A taxa de formação dos corpos polares em meioses normais é de 100%.
V. A taxa de extrusão de glóbulos polares atinge o valor máximo quando as células
germinativas do rato são expostas a concentrações mais baixas das micotoxinas.
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2. A uma concentração de da micotoxina , a taxa de extrusão de corpos polares


é de 40% em óvulos de porco.
(A) 30 µM … ZEA (C) 60 µM … ZEA
(B) 30 µM … AFB1 (D) 60 µM … AFB1
3. Ordene as afirmações seguintes de modo a reconstituir a sequência de fenómenos que
ocorrem durante a divisão celular que conduz à formação dos óvulos.
A. Formação de células com metade dos cromossomas da célula original.
B. Divisão dos centrómeros dos cromossomas.
C. Formação de bivalentes e presença de pontos de quiasma.
D. Descondensação de cromossomas portadores de dois cromatídios.
E. Pontos de quiasma dispostos na região equatorial do fuso acromático.

4. Nos mamíferos, a meiose ocorre da formação dos gâmetas, que são a única entidade
da .
(A) depois … haplófase (C) antes … diplófase
(B) depois … diplófase (D) antes … haplófase
5. Explique, de acordo com os resultados do estudo, de que modo podem ser utilizadas
moléculas derivadas das micotoxinas, para conter uma praga de ratos.

Texto 2
O rendimento e a qualidade do
amendoim (Arachis hypogaea) são muito
reduzidos pela invasão de Aspergillus flavus
e Aspergillus parasiticus durante a
produção, colheita, armazenamento e
processamento do amendoim. As condições
ideais de crescimento desses fungos
patogénicos são: temperatura ambiente
entre 27 °C e 33 °C, pH do solo entre 3,5
e 8, e alta humidade relativa (>85%).
Estes fungos parasitas são transmitidos por
esporos, normalmente presentes no solo,
infetando sementes de amendoim e plantas
quando em contacto direto com elas, e
contaminando-as com aflatoxinas. Estas
substâncias produzem efeitos
carcinogénicos potentes, responsáveis,
sobretudo, pelo cancro do fígado em
humanos e em animais. As aflatoxinas são
classificadas em diferentes grupos,
dependendo da fluorescência que emitem
quando expostas à luz ultravioleta (UV). O
fungo A. flavus produz apenas as aflatoxinas Fig. 2. Ciclo de vida de A. flavus.
B1 e B2, sendo que a aflatoxina B1 é a
micotoxina com maior poder cancerígeno. A
figura 2 representa o ciclo de vida do fungo
Aspergillus flavus.
Baseado em Alam, T., Rustgi, S., & Anco, D. (2020). Management of Aflatoxins in Peanut. Land-Grant Press.
DOI: 10.34068/report7.
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6. Os são células que resultam de processos de mitose, estando envolvidos num


processo reprodutivo designado por .
(A) conidiósporos … esporulação
(B) ascósporos … esporulação
(C) conidiósporos … gemulação
(D) ascósporos … gemulação

7. O ciclo de vida do fungo representado na figura 2 é , sendo a meiose .


(A) haplodiplonte … pré-espórica
(B) haplonte … pré-espórica
(C) haplonte … pós-zigótica
(D) haplodiplonte … pós-zigótica

8. As hifas dicarióticas, ou seja, que possuem dois tipos de núcleos, pertencem à


(A) geração gametófita diploide, dando origem aos gâmetas.
(B) fase haploide, que dará origem a gâmetas.
(C) geração esporófita haploide, dando origem a esporos.
(D) fase diploide, que dará origem a gâmetas.

9. A aflatoxina B1 é responsável pelo aparecimento do cancro do fígado, uma vez que


(A) induz mutações nos genes reguladores do ciclo celular das células do fígado.
(B) estimula a produção de substâncias supressoras de tumores pelas células do fígado.
(C) induz a síntese de ciclinas bloqueadoras do ciclo celular nas células hepáticas.
(D) estimula o controlo celular nos pontos do ciclo celular das células hepáticas destinados a
esse controlo.

10. O ciclo de vida do amendoim distingue-se do ciclo de vida do fungo da figura 2, porque
(A) possui apenas fase diploide.
(B) a meiose é pré-gamética.
(C) ocorre alternância de gerações gametófita e esporófita.
(D) não ocorre a produção de gâmetas.

11. Compare a variabilidade genética na descendência dos fungos da espécie A. flavus


resultantes da germinação de ascósporos com a descendência resultante da germinação
de conidiósporos.
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Grupo II
Para estudar o desenvolvimento da resistência ao inseticida BT (complexo proteico de Bacillus
thuringiensis), em populações de traça-da-farinha (Plodia interpunctella), que constitui a maior
praga de grãos de cereais armazenados, foi realizada a seguinte experiência: durante 20
gerações, uma população de insetos cresceu sem controlo pela BT. A partir dessa altura, um
conjunto de larvas do inseto foi alimentada com grãos tratados com BT a 62,5 mg/kg. A
sobrevivência destas larvas na primeira geração foi de 19%. Na segunda geração, a sobrevivência
aumentou para 44%, na terceira para 63% e na quarta para 82%. Nas gerações seguintes, a
sobrevivência variou entre 68% e 89%, comparável aos valores das larvas da colónia de controlo.
Após nove gerações, esta colónia resistente foi cultivada numa dieta larvar não tratada com BT,
tendo-se verificado que a resistência ao BT não diminuiu nas sete gerações subsequentes.
Baseado em McGaughey, W. H. (1985). Insect resistance to the biological insecticide Bacillus thuringiensis.
Science, 229(4709), 193-195.

1. A variável independente do estudo descrito foi


(A) a concentração de BT na dieta dos adultos.
(B) a taxa de sobrevivência de adultos.
(C) o aumento da resistência ao inseticida.
(D) a concentração de BT na alimentação das larvas da traça.

2. De acordo com a perspetiva (a) , a resistência ao inseticida BT resulta da ocorrência


de (b) e de (c) , que estão na origem de indivíduos com diferentes combinações de
genes. Estes indivíduos, por (d) , levam ao aumento do número de insetos portadores
de resistência ao BT na (e) .

(a) (b) (c) (d) (e)


1. lamarckista 1. mutações 1. variações 1. seleção natural 1. espécie
2. darwinista 2. mitoses 2. recombinação 2. evolução divergente 2. população
3. neodarwinista 3. meioses genética 3. evolução 3. variedade
3. fecundação convergente

3. A criação da colónia de insetos durante 20 gerações, alimentada com cereais sem o


inseticida BT, destinou-se a
(A) estudar a ação do alimento na resistência ao inseticida.
(B) servir como variável dependente ao estudo.
(C) manter a fiabilidade dos resultados.
(D) aclimatar os animais às condições laboratoriais.

4. A colónia de insetos que serviu de controlo foi cultivada durante várias gerações e
(A) alimentada com cereais desprovidos de inseticida.
(B) submetida a temperaturas variáveis.
(C) alimentada com grãos de cereais com inseticida BT.
(D) submetida a períodos de alimentação mais curtos.

5. Explique a importância de, ao fim de nove gerações, colocar as larvas em regime alimentar
não tratado com BT.
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Grupo III
As plantas com flores, também conhecidas como angiospérmicas, são das plantas terrestres
que apresentam uma maior diversidade, incluindo cerca de 64 ordens, 416 famílias e mais de 550
mil espécies. As angiospérmicas mais antigas originaram-se há 160 milhões de anos
aproximadamente, tendo-se diversificado a partir do início do Cretácico, e tendo-se tornado as
plantas terrestres dominantes desde há 100 milhões de anos.
Amborella trichopoda é uma planta endémica da Nova Caledónia, sendo a única espécie da
ordem a que pertence. Diferentes estudos moleculares colocam-na, consistentemente, como o
grupo com maior afinidade das restantes plantas com flor, o que leva a considerá-la como a única
espécie viva, conhecida, irmã dos outros grupos de angiospérmicas. Amborella sofreu um evento
de duplicação de todo o genoma, ocorrido antes da diversificação de todas as outras
angiospérmicas atualmente existentes, mas, contrariamente a elas, Amborella não experimentou
mais duplicações do genoma. Amborella é uma planta dioica, caracterizada por possuir
características morfológicas típicas das primeiras plantas com flor. Estas incluem flores com
número indeterminado de tépalas (sépalas e pétalas indiferenciadas), estames semelhantes a
pétalas, carpelos que se encontram selados por secreção, bem como a falta de elementos dos
vasos xilémicos, apesar de possuírem traqueídeos. Amborella ocorre naturalmente apenas em
habitats de floresta tropical, na remota ilha da Nova Caledónia.
As características descritas fazem da Amborella uma espécie importante para estudar a
variação do genoma em relação à adaptação ambiental local. O genoma de Amborella,
sequenciado em 2013, é constituído por 706 milhões de pares de bases, correspondentes a 28
353 genes transcritos e a 1040 genes não codificantes. Os estudos revelam que, nos últimos
900 mil anos, o fundo genético da população insular da espécie sofreu uma redução da sua
diversidade. O conhecimento do genoma de Amborella trichopoda permitiu estudos genómicos
comparativos, usando os genomas de outras plantas com flores. Os resultados indicaram que as
angiospérmicas contêm pelo menos 10 088 conjuntos de genes ancestrais, resultantes da
duplicação do genoma ancestral das angiospérmicas. Dentro dos genes ancestrais identificados,
1179 genes foram considerados como estando relacionados com a linhagem que deu origem às
angiospérmicas, envolvendo funções como a floração, respostas ao stresse abiótico e a produção
de madeira. Uma vez que Amborella trichopoda é a única espécie existente da antiga linhagem de
angiospérmicas, o estudo do seu genoma pode fornecer uma visão única sobre os eventos
evolutivos que levaram às plantas com flores. A figura 3 representa a relação filogenética entre a
Amborella e alguns grupos atuais de plantas com flor.
Baseado em Hu, H. (2021). Construction and analysis of the pangenomes of Amborella trichopoda and soybean and
a comparative pangenomic study in flowering plants with different evolutionary histories. DOI: 10.26982/1x0x-
fx50

Fig. 3. Relação entre Amborella e alguns grupos de plantas com flor.

Baseado em Brose, J., Lau, K. H., Dang, T. T., Hamilton, J. P., Martins, L. D. V., Hamberger, B., … & Buell, C. R.
(2021). The Mitragyna speciosa (Kratom) Genome: A resource for data-mining potent pharmaceuticals that impact hu-
man health.
G3, 11(4), jkab058. DOI: 10.1093/g3journal/jkab058
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1. A espécie Amborella trichopoda


(A) pertence a uma família que integra diferentes géneros.
(B) pertence a uma ordem com várias famílias.
(C) é a única espécie do género a que pertence.
(D) integra um género com diversas espécies.

2. O evento da duplicação do genoma, que esta planta sofreu há de 180 Ma, pode ser
inferido através da constatação da existência de para cada um dos genes existentes
no genoma da planta.
(A) mais … dois alelos homólogos (C) mais … quatro alelos homólogos
(B) menos … quatro alelos homólogos (D) menos … dois alelos homólogos
3. A figura 3 representa uma classificação expressa através de .
(A) fenética … uma árvore filogenética (C) filogenética … um fenograma
(B) fenética … um fenograma (D) filogenética … uma árvore filogenética
4. Mitragyna speciosa e Coffea canephora partilham um ancestral comum mais , sendo a
espécie filogeneticamente mais afastada de ambas.
(A) recente … Amborella trichopoda (C) recente … Solanum lycopersicum
(B) antigo … Amborella trichopoda (D) antigo … Solanum lycopersicum
5. De acordo com o sistema de classificação de Whittaker modificado, Amborella trichopoda é
incluída, inequivocamente, no reino Plantae, porque é um ser
(A) produtor e multicelular com elevada diferenciação celular.
(B) eucarionte e fotossintético.
(C) consumidor e multicelular com elevada diferenciação celular.
(D) fotossintético e multicelular de reduzida diferenciação.

6. A quantidade de genes transcritos pode ser, aproximadamente, determinada a partir


da quantificação das diferentes moléculas de
(A) RNA de transferência. (C) RNA ribossomal.
(B) RNA mensageiro. (D) proteínas.

7. A Amborella possui flores


(A) hermafroditas com estames e carpelos.
(B) masculinas e femininas separadas na mesma planta.
(C) hermafroditas em plantas separadas.
(D) masculinas e femininas em plantas separadas.

8. No nome científico da videira, o termo Vitis é o nome e vinifera corresponde ao .


(A) da família … restritivo específico
(B) da espécie … nome da espécie
(C) do género … nome da espécie
(D) do género … restritivo específico

9. Explique o risco de extinção de Amborella trichopoda, tendo em conta a distribuição


geográfica da espécie e a redução da diversidade genética sofrida nos últimos 900 mil anos.

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