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Ficha de Avaliação

Disciplina: Biologia e Geologia 11º ano de Escolaridade – Ensino Secundário


Duração da Prova: 100 min 03 de fevereiro 2023
Nome do aluno: N.º: Turma:
Classificação: O(A) Professor(a):

Grupo I
A erva-mate (Ilex paraguariensis) é uma planta frequentemente usada para fazer bebidas de infusão, sobretudo
em países da América do Sul. Devido ao seu uso crescente, resultante da sua suposta atividade antioxidante e
antineoplásica, têm sido realizados estudos de citotoxicidade que visam contribuir para que a sua utilização seja mais
segura e eficaz.
Os índices mitóticos (proporção entre o número de células em divisão e o número total de células) e os índices
de fases do ciclo de divisão celular têm sido usados como bons indicadores de proliferação ou antiproliferação das
células.
O efeito antiproliferativo da erva-mate foi avaliado através da sua ação sobre a divisão celular (índice mitótico) e
sobre cada fase da mitose (índice de fases). Para tal, realizou-se um ensaio no qual células meristemáticas de raízes
de cebola (Allium cepa) foram sujeitas à ação de infusões preparadas com extrato de erva mate com diferentes
concentrações (CH1 = 50 μg/mL, CH2 = 500 μg/mL e CH3 = 1000 μg/mL). Na preparação das infusões foi utilizada
água mineral.
Cada tratamento foi aplicado a uma série de cinco bolbos.
As raízes foram cultivadas, a 25º C inicialmente em água
mineral até atingirem, aproximadamente 1,5 cm, sendo
transferidos para frascos de vidro, contendo as infusões com
extratos de erva mate e mantidos à temperatura ambiente. As
raízes foram recolhidas após 20 e 72 horas de tratamento,
sendo-lhe aplicado uma substância fixadora (solução de
Carnoy). As amostras fixadas foram posteriormente
observadas ao microscópio.
Para cada tratamento, foram analisadas 5000 células
meristemáticas de pontas de raiz.

Figura 2 – Índice de Fases (IF), A – Profase; B – Metafase; C – Anafase; D – Telofase das células meristemáticas de raízes de A.
cepa tratadas por 20 e 72 horas com extratos de I. paraguariensis, preparados com infusões de erva-mate (chimarrão). Nota:
CH (Chimarrão) – Infusão de erva-mate
Modificado de Thelma Conceição (2010). Efeito antiproliferativo, mutagênico e antineoplásico de produtos comerciais da erva-mate (Ilex
paraguariensis).Dissertação de Mestrado.
1. Os índices de prófase das células tratadas com extratos CH-3
(A) diferiram significativamente dos índices de prófase do controlo após 72 horas.
(B) diferiram significativamente dos índices de prófase do controlo após 20 horas.
(C) não diferiram significativamente dos índices de prófase do controlo após 72 horas.
(D) não diferiram significativamente dos índices de prófase do controlo após 20 horas nem após 72 horas.

2. Após 20 horas de tratamento com extratos CH-1 e CH-2, as células apresentam uma inibição dos índices de
(A) metafase, anafase e telofase.
(B) profase.
(C) profase, metafase, anafase e telofase.
(D) telofase.

3. Com base nos resultados pode concluir-se que o índice mitótico


(A) aumenta com o aumento da concentração de extrato de erva-mate.
(B) diminui com o aumenta a concentração nos tratamentos de 72 horas.
(C) aumenta com a concentração nos tratamentos de 72 horas, mas diminui com a concentração nos
tratamentos com 20 horas.
(D) diminui com o aumento da concentração nos tratamentos de 20 horas.

4. O controlo referido terá sido realizado colocando as raízes da cebola a crescer


(A) numa solução saturada de extrato de erva-mate.
(B) em água mineral.
(C) em solo fértil.
(D) numa solução de Carnoy.

5. A(s) variável(eis) em estudo é(são)


(A) a temperatura.
(B) a concentração de extrato de erva-mate.
(C) a temperatura e a concentração de extrato de erva-mate.
(D) a temperatura e o tempo de exposição ao extrato de erva-mate.

6. O objetivo do ensaio foi


(A) determinar o índice mitótico de Allium cepa.
(B) estudar o efeito da temperatura no índice mitótico e no índice de fase.
(C) avaliar o efeito da concentração das infusões no crescimento da erva-mate.
(D) avaliar o efeito antiproliferativo da erva-mate.

7. Ao fim de 20 horas de tratamento, é possível encontrar um maior número de cromossomas dispostos no plano
equatorial da célula
(A) no grupo de controlo.
(B) no grupo sujeito às condições CH-1.
(C) no grupo sujeito às condições CH-2.
(D) nos grupos sujeitos às condições CH-1 e CH-2

8. Os meristemas de Allium cepa são formados por


(A) células especializadas.
(B) células totipotentes.
(C) células indiferenciadas.
(D) células indiferenciadas e especializadas.

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9. Ao fim de 20 horas de tratamento, o maior número de rompimento dos centrómeros acompanhado de separação
dos cromatídeos aconteceu no grupo
(A) nos grupos sujeitos às condições CH-1 e CH-2.
(B) no grupo sujeito às condições CH-3.
(C) no grupo controlo.
(D) no grupo sujeito às condições CH-2.

10. A citocinese das células de Allium cepa


(A) resultam de um processo de estrangulamento do citoplasma.
(B) envolve a fusão de vesículas golgianas na região mediana da célula-mãe.
(C) resulta do estrangulamento da parede celular da célula-mãe.
(D) precede a telofase.

Grupo II
As carraças são aracnídeos ectoparasitas que podem transmitir bactérias do género Rickettsia ao ser humano,
causando doenças conhecidas por febre da carraça ou
febre maculosa. No Brasil, a carraça conhecida
localmente por carrapato-estrela (Amblyomma
cajennense) é um vetor da febre maculosa, uma
doença grave causada pela bactéria Rickettsia
rickettsii.
No Brasil, esta carraça tem como hospedeiros
preferenciais os equinos, mas também ataca
bovinos, cães, capivaras e outros animais, além Figura 3 do
ser humano. Nos últimos anos, por falta de
predadores naturais, o número de capivaras vem
aumentando em algumas áreas urbanas e com esse
aumento tem ocorrido casos de febre maculosa. Folhetos distribuídos pelos órgãos de saúde recomendam evitar o
contacto com a relva e o mato de locais com presença de capivaras, pois as larvas e ninfas do carrapato ficam nas folhas e
acabam por se prender à pele humana. Ao sugar o sangue, o carrapato transmite a Rickettsia.
1. No ciclo de vida representado, pode afirmar-se que a meiose é
(A) pós-zigótica e o ciclo é haplodiplonte.
(B) pré-gamética e o ciclo é diplonte.
(C) pré-gamética e o ciclo é haplonte.
(D) pós-zigótica e o ciclo é haplonte.

2. No ciclo de vida representado, a carraça é um ser


(A) haplonte e resulta das sucessivas divisões do zigoto.
(B) diplonte e resulta das sucessivas divisões do zigoto.
(C) haplonte e resulta da união dos gâmetas paternos.
(D) diplonte e resulta da meiose do zigoto.

3. O ciclo de vida representado apresenta alternância de


(A) gerações, onde a geração gametófita é dominante.
(B) fases nucleares, onde a fase haploide é dominante.
(C) fases nucleares, onde a fase diploide é dominante.
(D) gerações, onde a geração esporófita é dominante.

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4. As afirmações seguintes dizem respeito a diferentes estratégias de reprodução sexuada. Selecione a alternativa
correta.
I. Nos animais, os gâmetas encontram-se em gónadas, sendo os masculinos os espermatozoides e os femininos
os óvulos.
II. O unissexualismo é uma estratégia reprodutiva que permite maior variabilidade genética do que o
hermafroditismo suficiente.
III. A fecundação externa apenas pode ocorrer em meio aquático e é mais eficiente do que a fecundação interna.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) I é verdadeira; II e III são falsas.
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

5. No ciclo de vida de todas as espécies que se reproduzem sexuadamente, ocorre


(A) formação de células reprodutivas apenas por meiose.
(B) formação de células reprodutivas dotadas de flagelos.
(C) formação de testículos e de ovários.
(D) fusão de núcleos celulares haploides

6. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de


acontecimentos que ocorrem durante o ciclo de vida do animal. Inicie a ordenação pela etapa na qual produzem
células diploides.
A. Divisão do zigoto
B. Meiose
C. Fecundação
D. Formação do indivíduo adulto
E. Formação das larvas

7. O gráfico seguinte erpresenta a variação da quantidades de DNA ao longo de determinado período de tempo, em
células do ovário da carraça.

Figura 4

7.1.Faça corresponder cada uma das descrições relativas ao processo de produção de gâmetas pelos insetos,
expressas na coluna A, à respetiva etapa da divisão nuclear, que consta na coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(a) Os pontos de quiasma localizam-se no plano equatorial do fuso (1) Anáfase I
acromático. (2) Anáfase II
(b) Os cromatídeos de cromossomas homólogos trocam segmentos entre si. (3) Metáfase I
(c) Os centrómeros dividem-se e os cromatídeos separam-se. (4) Metáfase II
(5) Prófase I

8. A reprodução sexuada caracteriza-se pela ocorrência de fecundação e meiose.


Relacione a variação da quantidade de DNA, no processo representado no gráfico, com a manutenção do cariótipo
de uma dada espécie, ao longo das gerações.

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Grupo III
Num estudo realizado em Lisboa no ano 2013, foram analisados os dados de monitorizações da estação de Lisboa da
Rede Portuguesa de Aerobiologia para identificar e quantificar os tipos de esporos de fungos presentes na atmosfera
da cidade, e analisar a influência dos fatores meteorológicos nas suas concentrações, de modo a conhecer a sua
variação sazonal. O tipo de esporo mais abundante detetado foi o conídio do fungo Cladosporium cladosporoide. O
pico de concentração dos esporos deste fungo ocorre em outubro, quando a temperatura, a humidade relativa do ar
e os valores de precipitação são favoráveis à sua
reprodução. É também em outubro que os esporos do
fungo encontram um bom substrato para crescer,
devido à decomposição das folhas que caem das
árvores.
Tal como se pode observar na figura 5, os fungos
pertencentes ao Filo Ascomycota podem reproduzir-se
quer sexuadamente quer assexuadamente. Apesar de
ainda não ter sido detetada a fase sexuada de
Cladosporium cladosporoide, este fungo é
comummente integrado no Filo Ascomycota.
Na reprodução sexuada, após a fusão do ascogónio
e do anterídio, sucedem-se mitoses que originam uma
estrutura denominada ascocarpo, que é constituída
por várias hifas dicarióticas – assim designadas por
possuírem dois núcleos haploides que se dividem
simultaneamente sempre que ocorre a formação de
uma nova célula.
Figura 5. Ciclo de vida dos Ascomycota.

Nos itens de 1. a 6., selecione a letra da opção correta.


1. No ciclo de vida dos Ascomycota, a meiose é
(B)pós-zigótica e o ciclo é haplonte.
(C) pré-gamética e o ciclo é diplonte.
(D)pré-espórica e o ciclo é haplodiplonte.
(E) pós-zigótica e o ciclo é diplonte.

2. Relativamente ao ciclo de vida representado na figura 5, conclui-se que


(A) o ascogónio e o anterídio têm ploidias diferentes.
(B) os micélios resultantes da germinação dos ascósporos são geneticamente iguais.
(C) um conídio possui metade dos cromossomas de um zigoto.
(D) os conidióforos e os conídios possuem informações genéticas diferentes.

3. Considere que no ciclo de vida dos Ascomycota existem quatro pares de cromossomas no zigoto.
I. Os conidióforos desse fungo possuem 4 cromossomas.
II. Os ascósporos desse fungo possuem 4 cromossomas.
III. Os micélios desse fungo possuem 4 pares de cromossomas.
(A) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(D) Todas as afirmações são verdadeiras.
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4. Para a formação de conídios a partir de conidióforos, terá de ocorrer
(A) redução do número de cromossomas.
(B) crossing-over entre os cromossomas homólogos.
(C) regulação da expressão génica.
(D) clivagem dos centrómeros na metáfase.

5. Em relação ao ciclo de vida das árvores que perdem as suas folhas em outubro, é possível afirmar que _______
alternância de fases nucleares e _______ alternância de gerações.
(A) não ocorre … ocorre
(B) ocorre … ocorre
(C) ocorre … não ocorre
(D) não ocorre … não ocorre

6. Na fase haploide do ciclo de vida das plantas,


(A) os gametófitos resultam da germinação de esporos diferentes.
(B) os gametófitos são entidades unicelulares que participam na fecundação.
(C) o esporófito é uma entidade pluricelular que forma esporângios.
(D) o esporófito origina esporos morfologicamente diferentes.

7. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relativos ao


processo de divisão celular que o zigoto dos Ascomycota sofre.
A. Emparelhamento dos cromossomas homólogos.
B. Passagem da diploidia para a haploidia.
C. Clivagem do centrómero.
D. Crossing-over.
E. Replicação semiconservativa do DNA.

8. Faça corresponder cada um dos ciclos de vida mencionados na coluna A à respetiva característica exclusiva desse
ciclo de vida, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Ciclo diplonte (1) O zigoto é uma entidade unicelular e diplonte.
(b) Ciclo haplonte (2) Ocorre alternância de gerações.
(c) Ciclo haplodiplonte (3) Ocorre alternância de fases nucleares.
(4) A meiose é pré-gamética.
(5) O zigoto sofre meiose.

9. Explique por que razão, apesar do sucesso reprodutivo que Cladosporium cladosporoide apresenta, principalmente
no mês do outubro, este fungo tem um menor potencial adaptativo comparativamente a outros fungos que
pertençam ao Filo Ascomycota.

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Grupo IV
As leveduras são seres eucariontes unicelulares que podem ser diploides ou haploides. As células haploides
podem ser do tipo α ou a. A maioria das células é haploide e, quando o meio é rico em nutrientes, estas reproduzem-
se assexuadamente. Quando as leveduras são cultivadas em meios desprovidos de nutrientes, como o nitrogénio,
enxofre ou fósforo, ocorre a conjugação de duas células haploides, uma α e outra a, formando uma célula diploide. O
ciclo de vida das leveduras está representado na figura 6.

Figura 6
1. As afirmações seguintes dizem respeito ao ciclo de vida das leveduras. Selecione a alternativa correta.
I – Os esporos dão origem a leveduras haploides.
II – As leveduras assinaladas com o número 3 podem dividir-se por mitose.
III – Os esporos representados resultam de mitoses sucessivas.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) I é verdadeira; II e III são falsas.
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

2. Os processos W e Z representam
(A) mitose e fecundação, respetivamente.
(B) fecundação e mitose, respetivamente.
(C) fecundação e meiose, respetivamente.
(D) meiose e fecundação, respetivamente.

3. As leveduras 2 e 3, representadas na figura 6, apresentam


(A) a mesma informação genética, porque ambas resultam de gemulação.
(B) informação genética diferente, porque ambas resultam de gemulação.
(C) a mesma informação genética, porque as leveduras 2 resultaram de reprodução sexuada e as 3 resultaram
de reprodução assexuada.
(D) informação genética diferente, porque as leveduras 2 resultaram de reprodução assexuada e as 3
resultaram de reprodução sexuada.

4. Relativamente ao ciclo de vida das leveduras representado na figura, verifica-se que


(A) a levedura 3 apresenta a mesma ploidia da dos esporos.
(B) as leveduras resultantes da germinação dos esporos são geneticamente iguais.
(C) o processo Z envolve fenómenos de recombinação génica.

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(D) a germinação dos esporos é responsável pela alternância de fases nucleares.

5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica das etapas envolvidas no processo de
gemulação.
A. Divisão do citoplasma.
B. Formação do fuso acromático.
C. Replicação semiconservativa do DNA.
D. Separação da gema.
E. Segregação dos cromossomas, resultando na divisão nuclear.

6. De acordo com o ciclo representado, os esporos que se formam pelo processo Z


(A) são geneticamente diferentes entre si.
(B) têm o dobro do número de cromossomas da levedura que os originou.
(C) têm o mesmo do número de cromossomas da levedura que os originou.
(D) são geneticamente iguais à levedura que os originou.

7. As leveduras são capazes de se reproduzir sexuada e assexuadamente. Em condições favoráveis, reproduzem-se


assexuadamente, enquanto que, em condições desfavoráveis, se reproduzem sexuadamente. Este aspeto é
explicado pelo facto de a reprodução
(A) assexuada requerer maior dispêndio de energia.
(B) sexuada requerer dois indivíduos distintos, que fornecem nutrientes e auxiliam-se em condições
desfavoráveis.
(C) sexuada produzir indivíduos que apresentam novas combinações génicas, aumentando a variabilidade
genética.
(D) sexuada ser um processo mais rápido, aumentando rapidamente a descendência.

8. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A um processo reprodutivo presente na coluna B.

Coluna A Coluna B
(a) Verifica-se a existência de intercâmbio de material genético.
(b) Permite a duplicação do número de cromossomas de geração
em geração. 1 – Reprodução sexuada
(c) O novo indivíduo resulta de uma qualquer parte somática do 2 – Reprodução assexuada
progenitor. 3 – Os dois processos
(d) Garante a continuidade da vida na Terra. 4 – Nenhum dos processos
(e) Origina descendência geneticamente igual ao progenitor.
(f) Permite uma adaptação seletiva a novos ambientes.
(g) Assegura a continuidade da vida dos progenitores.

9. Explique, com base no ciclo de vida representado na figura 6, o facto de a ocorrência de reprodução assexuada
nestas leveduras não depender da ploidia destas.

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