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Ficha Formativa de Biologia e Geologia 1 Data: 6 de Abril 2021

Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias

Grupo I

As interações bióticas são essenciais no equilíbrio dos ecossistemas. Algumas espécies venenosas
possuem cores vivas que fazem com que se destaquem e que avisam os potenciais predadores da sua
perigosidade, evitando ser predadas. Contudo, algumas espécies não venenosas mimetizam as cores das
espécies venenosas, isto é, apresentam cores vivas muito semelhantes.
Foi levantada a hipótese de a mimetização ser uma adaptação evolutiva que reduz a probabilidade de
uma espécie não venenosa ser predada. Em 2001, os investigadores David e Karin Pfennig testaram esta
hipótese recorrendo à cobra-coral (venenosa) e à cobra-rei (não venenosa). Ambas as espécies possuem um
padrão semelhante de cores vivas.
As duas espécies de cobra partilham o mesmo habitat numa dada região dos EUA, mas a cobra-rei habita
outras regiões em que a cobra-coral está ausente. A cobra-coral raramente é atacada pelos predadores, como,
por exemplo, os ursos-pardos, os coiotes e as raposas, uma vez que a mordedura desta cobra pode ser letal.
Era esperado que só nas regiões em que existiam as cobras venenosas os predadores evitassem atacar as
cobras com cores vivas.

Metodologia
1. A experiência foi realizada em condições de campo, usando centenas de cobras artificiais, feitas com fios e
plasticina.
2. Parte das cobras artificiais foi pintada com cores vivas (grupo experimental) e outra parte foi pintada com
cores castanhas (grupo de controlo).
3. Os investigadores colocaram o mesmo número de cobras artificiais em dois habitats naturais, um com
cobras-coral presentes e outro em que as cobras-coral estavam ausentes.
4. Após quatro semanas, os investigadores recolheram as cobras artificiais.

Resultados
Foi determinado no laboratório o número de ataques que as cobras artificiais sofreram, contando as
mordeduras e as marcas de garras deixadas pelos predadores naturais. Os resultados encontram-se expressos
no gráfico da figura 1.

Ataques totais nas cobras artificiais (%)

Figura 1

Baseado em Campbell, N.A. & Reece, J. B. Biology, 8a ed.


Nos itens de 1. a 5., selecione a letra da opção correta.

1. De acordo com a hipótese, era esperado que


(A) as cobras-coral não fossem atacadas.
(B) o mimetismo protegesse as cobras-rei dos predadores apenas nas regiões com cobra-coral ausente.
(C) o mimetismo protegesse as cobras-rei dos predadores apenas nas regiões com cobra-coral presente.
(D) se os predadores evitassem as cobras venenosas, então a predação das cobras-rei seria maior nos
habitats em que estariam presentes as duas espécies.

2. Na experiência analisada, a variável dependente corresponde _______ e a variável independente


corresponderá _______.
(A) às cores da cobra-rei (…) ao número de ataques de predadores
(B) às cores da cobra-coral (…) à presença ou ausência de cobras-coral
(C) à presença ou ausência de cobras-coral (…) às cores da cobra-coral
(D) ao número de ataques de predadores (…) às cores da cobra-rei

3. Considere as seguintes afirmações referentes aos resultados.


I. Os resultados indicam que, nas regiões em que estão presentes as duas cobras,
os predadores evitam atacar as cobras não venenosas com mimetismo.
II. Os resultados não permitiram validar a hipótese inicial.
III. No grupo de controlo, a predação foi mais intensa na ausência de cobras-coral.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

4. Os investigadores David e Karin Pfennig repetiram a experiência numa outra região dos EUA, com outras
espécies de cobra-coral e cobra-rei com cores vivas e mimetismo, tendo verificado o mesmo
comportamento dos predadores. Este facto é importante pois
(A) permite concluir que o mimetismo é uma estratégia com vantagens em diversos habitats.
(B) a repetição de uma dada experiência deverá resultar em conclusões semelhantes.
(C) permite verificar que os predadores possuem um comportamento igual nos diferentes habitats.
(D) permite verificar que os fatores bióticos são constantes entre diferentes habitats.

5. As cobras estudadas podem ser classificadas como seres vivos


(A) autotróficos e consumidores.
(B) heterotróficos e consumidores.
(C) autotróficos e produtores.
(D) heterotróficos e produtores.

6. Mencione a importância de colocar o mesmo número de cobras artificiais nos dois habitats naturais
selecionados.
R: Em estudos experimentais deve usar-se apenas uma variável independente, para que as
conclusões sejam mais validas e fiáveis. Assim, o número de cobras não constitui uma
variável independente e tem de ser utilizado o mesmo número das mesmas.
7. Explique em que medida os resultados contrariam a hipótese alternativa de que todos os predadores evitam
as presas com cores vivas.

R: Através dos gráficos verificamos que no habitat com cobras-coral ausentes e cobras-rei artificiais, as mais
atacadas são as cobras-rei.
Concluímos assim que quando há ausência de cobras-coral venenosas os predadores iram caçar mais
intensamente as cobras-rei, já que estas cobras coloridas se destacam devido á sua cor.
Grupo II

Os antibióticos são essenciais no combate a infeções causadas por bactérias. Contudo, muitos destes
antibióticos são produzidos por outras bactérias ou fungos, como forma de se protegerem.
Os investigadores têm procurado descobrir e produzir novos antibióticos, uma vez que as bactérias
ganham resistência aos antibióticos conhecidos, quando expostas a estes compostos de forma repetida e
prolongada.
A figura 2 apresenta o local de ação de alguns antibióticos usados na atualidade. Os antibióticos
representados inibem a ação de determinadas estruturas celulares, impedem a formação de novas moléculas
de DNA ou inibem a formação da parede celular.

DNA
Novobiocina
Nitroimidazol
Nitrofuranos

Ribossomas
Parede celular Tetraciclina
Glicopeptídeos Streptogramina
Bacitracina Cloranfenicol

Figura 2

Nos itens de 1. a 7., selecione a letra da opção correta.


1. A célula representada na figura 2 corresponde a uma bactéria, pois
(A) é possível identificar uma parede celular e uma membrana plasmática.
(B) o citoplasma é rodeado pela membrana plasmática.
(C) contém material genético.
(D) não possui núcleo.

2. A aplicação de tetraciclina
(A) deverá estimular a síntese de proteínas.
(B) modifica diretamente a estrutura da parede celular.
(C) impede a polimerização de um ácido nucleico.
(D) inibe a formação de ligações peptídicas.
3. A novobiocina impede a formação de novas moléculas de DNA, bloqueando a adição de _______, que
podem ser classificados de _______.
(A) nucleótidos … monómeros
(B) aminoácidos … monómeros
(C) nucleótidos … polímeros
(D) aminoácidos … polímeros

4. O antibiótico bacitracina interfere com uma proteína membranar responsável pelo transporte de
peptidoglicanos para a parede bacteriana. Desta forma, a aplicação deste antibiótico
(A) dificultará a formação da parede celular, incrementando as reações de polimerização entre os
peptidoglicanos.
(B) aumentará as reações de hidrólise na parede celular.
(C) dificultará a formação da parede celular, diminuindo as reações de polimerização entre os
peptidoglicanos.
(D) afetará a formação da membrana plasmática.

5. As células animais podem ser distinguidas de uma célula vegetal por


(A) possuírem membrana plasmática.
(B) não possuírem plastos.
(C) possuírem uma parede celular composta por quitina.
(D) apresentarem mitocôndrias no seu citoplasma.

6. A estrutura celular das bactérias foi estudada com mais detalhe a partir da década de 60 do século
passado, em resultado do desenvolvimento do microscópio eletrónico, uma vez que
(A) os organelos endomembranares só são visíveis ao microscópio ótico.
(B) está para lá do limite de resolução de um microscópio ótico.
(C) as bactérias não podem ser observadas ao microscópio ótico.
(D) permite observar bactérias vivas com grande resolução e ampliação.

7. O uso de corantes em microscopia ótica é importante para


(A) aumentar a ampliação da observação.
(B) facilitar a visualização de todas as estruturas celulares de uma só vez.
(C) destacar algumas estruturas e organelos.
(D) aumentar a resolução do microscópio, pois as células são muito opacas e espessas.

8. Ordene as letras de A a E, respeitantes aos níveis de organização biológica, do mais simples para o mais
complexo.
A. População
B. Ecossistema
C. Ribossoma
D. Aminoácido
E. Núcleo
R: D-C-E-A-B
9. Faça corresponder cada uma das descrições, expressas na coluna A, ao respetivo termo, expresso na
coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

COLUNA A COLUNA B
(a) Organelo onde é produzida a maioria da energia (1) Núcleo
de uma célula animal. 3 (2) Cloroplasto
(3) Mitocôndria
(b) Local onde ocorre a fotossíntese. 2
(4) Complexo de Golgi
(c) Responsável pela maturação das proteínas. 4 (5) Retículo endoplasmático

10. O cloranfenicol é um antibiótico que se liga e inibe uma das subunidades ribossomais das bactérias. Esta
subunidade é diferente da subunidade ribossomal presente nas células eucarióticas.
Relacione este facto com o uso do cloranfenicol como antibiótico nos humanos.

R: O uso de cloranfenicol interfere na ligação de uma das subunidades dos ribossomas, e inibe assim a
síntese de proteínas.
Ao inibir a síntese de proteínas impede a proliferação das bactérias.
Como o cloranfenicol não conhece a subunidade ribossomal presente nas células eucarióticas, não vai
inibir a síntese de proteínas nos humanos.
Assim, o cloranfenicol é um antibiótico que prejudica as bactérias sem prejudicar os humanos, podendo
assim ser usado como medicamento.

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