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Central de Material e Esterilização

Central de Material e Esterilização é a área, em uma estrutura de


hospital, responsável pelo recebimento de todo material vindo do
próprio hospital e dar o tratamento adequado a ele.

Ou seja, é o local onde todo esse material é expurgado, limpo,


desinfetado e esterilizado, para ser novamente encaminhado a seus
locais de destino.

Dessa forma, esse local tem uma importância essencial no controle


da qualidade dos processos de esterilização, bem como no controle
das infecções hospitalares.

De fato, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)


estabelece as normas e regulamentos para o funcionamento da
Central de Material e Esterilização.

De maneira geral, a Central de Material e Esterilização deverá ser


constituída por: sala de preparo e esterilização, sala de desinfecção
química, área de monitoramento da esterilização e sala de
armazenamento e distribuição do material.

Para entendermos como um centro de material e esterilização


funciona, é necessário entender os principais processos que lá
ocorrem, bem como os métodos de desinfecção e esterilização.

Os centros de material e esterilização surgiram na década de 70 e


são áreas físicas chefiadas por um enfermeiro.

Assim, consideram-se esses centros como sendo uma área vital


para o desenvolvimento das funções hospitalares.

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Classificação dos artigos hospitalares
Para entendermos como funcionam os processos na Central de
Material e Esterilização, é necessário, primeiramente, entender
como se classificam os artigos hospitalares.

Artigos críticos

São os objetos que penetram tecidos estéreis ou membranas


vasculares. Dessa forma, necessitam ser esterilizados para seu
uso.

Os artigos críticos apresentam algo grau de possível infecção. Por


isso, são submetidos ao processo de esterilização.

Como exemplo de artigos críticos, podemos citar instrumental


cirúrgico, cateteres, agulhas e implantes, por exemplo.

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Semicríticos

Artigos que entram em contato com membrana mucosa ou pele não


íntegra.

Por isso, requerem desinfecção de alto nível, mas não esterilização,


uma vez que são artigos que podem conter alguns esporos
bacterianos.

Como exemplo, podemos citar equipamentos respiratórios ou para


endoscopia digestiva, por exemplo.

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Não críticos

Esses são os artigos que entram em contato com pele íntegra, mas
não com a mucosa.

A pele, de fato, é uma excelente barreira contra microrganismos.

Esses artigos podem ser lavados com água e sabão e receberem


desinfecção de médio ou baixo nível.

Exemplos de artigos não-críticos: comadres e medidores de


pressão, por exemplo.

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Etapas para o processo de esterilização
À medida que o material chega na Central de Material e
Esterilização, ele deve passar pelas seguintes etapas.

• Separação;
• Limpeza física;
• Secagem;
• Revisão;
• Empacotamento.

É importante observar que a limpeza física remove sujidades e


garante a eficácia do procedimento de esterilização.

Para isso, pode ser utilizada a lavagem física ou com aparelhos


como de ultrassom, por exemplo, além de soluções enzimáticas que
auxiliam nesse processo.

Desinfecção

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A desinfecção é o processo físico ou químico que elimina toda
forma vegetativa de microrganismos, com exceção de esporos
bacterianos.

Ela possui alguns níveis, de acordo com o que cada artigo


necessita.

Alto nível de desinfecção


Quando a desinfecção é eficaz na eliminação de bactérias, vírus,
fungos e alguns tipos de esporos (não todos).

Nível intermediário

Eficaz contra micobactérias, bactérias em forma vegetativa, fungos,


a maioria dos vírus, mas sem efetividade contra esporos
bacterianos.

Baixo nível de desinfecção

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Age sobre vírus, fungos, mas não tem ação em micobactérias e
esporos bacterianos.

Para a desinfecção, pode-se utilizar diferentes processos.

Desinfecção por processo físico

Esse tipo de desinfecção é a realizada por lavadoras termo-


desinfectoras, que utiliza jatos de água fria, depois detergente e
água quente.

Outro tipo de desinfecção por processo físico é a realizada na


pasteurização, ideal para artigos como equipamento de terapia
respiratória e anestesia.

Na pasteurização, os artigos são imersos em água a 77ºC por 30


minutos.

Processo químico

No processo químico de esterilização, utilizam-se soluções


germicidas. Essas soluções podem ter alto espectro de desinfecção
e devem ser utilizadas sempre da maneira recomendada pelo
fabricante.

Dentre as soluções, podemos citar o glutaraldeido a 2%, sempre


utilizado com o EPI adequado, álcool etílico a 70% e cloro.

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Controle da qualidade dos processos de esterilização
Os processos de esterilização podem ser feitos por calor seco
(estufa), calor úmido (autoclave) ou então utilização de radiação,
embora esse último tipo de esterilização fique reservado a
empresas, por exemplo.

Dessa forma, para se ter certeza da qualidade da esterilização,


utilizam-se os controles.

Dentre esses controles, podemos citar controles químicos e


controles biológicos.

Os controles químicos são tiras com papel termocrômicos, que têm


sua cor alterada quando o processo de esterilização atinge e
mantém determinada temperatura.

Já os indicadores biológicos, por sua vez, são sistemas que contêm


bacilos de Bacillus stearothermophilus (para autoclave) e Bacillus
subtilis (para estufa).

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Após os processos, verificam-se os processos quanto ao
crescimento bacteriano. Essa é uma testagem que deve ser feita
diariamente.

Central de material e esterilização: o que é esterilização?


É a remoção de todas as formas de vida vegetativa bacteriana,
incluindo todos os tipos de esporos, bem como vírus e fungos de
um material.

Existem três métodos de esterilização: físico (por calor seco –


estufa ou calor úmido, autoclave, além de radiação gama; físico-
químico (óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio e vapor
de formaldeído) e químico (glutaraldeido, formaldeído e ácido
peracético).

Dessa forma, a Central de Material e Esterilização realiza esses


procedimentos adequadamente e deverá ter os processos

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monitorados diariamente, garantindo sua eficácia, para que os
procedimentos hospitalares possam ocorrer de maneira adequada.

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Sobre Autora

Marcyh Florence
Marcyh Florence é natural de uma pequena cidade do interior do Rio Grande do
Sul.

Quando concluiu o ensino médio em 2011, participou do projeto jovem aprendiz


onde teve a oportunidade de trabalhar no Hospital de Clínicas de Porto Alegre - RS.

Nesse local, teve seu primeiro contato com profissionais da área da Enfermagem e
com isso despertou o interesse em atuar nessa área.

Porém, de origem humilde não tinha condições financeiras para pagar o curso,
assim começou a buscar uma bolsa de estudos para poder realizar esse sonho.

Após algum tempo buscando uma oportunidade, finalmente ela apareceu e então
deu início a sua carreira profissional.

Formou-se como técnica de enfermagem em 2014 na Escola Instituto de


Cardiologia de Porto Alegre - RS, se destacando na sua turma.

É fundadora do projeto Enfermagem Florence, com foco em auxiliar estudantes e


profissionais da área da enfermagem a adquirir mais conhecimento, buscando
atualização constante em prol do crescimento dessa profissão.

Escritora e empreendedora digital, especialista em transmitir conhecimentos de


forma fácil e permanente. Criadora de vários cursos digitais voltado para a área da
Enfermagem e de desenvolvimento pessoal.

ENFERMAGEMFLORENCE.COM.BR

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