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ESTUDO DIRIGIDO

CORONA VIRUS

1-O que são os coronavírus?

Os coronavírus fazem parte de uma velha conhecida família de vírus, responsáveis por infecções respiratórias em
seres humanos (resfriados) e em animais. O SARS-CoV-2, também conhecido como novo coronavírus, é uma cepa
identificada em 2019 que, infelizmente, tem algumas características genéticas que o tornam mais transmissível e
capaz de causar quadros clínicos mais graves.

2-Quais os sintomas da Covid-19?

Os sinais clínicos mais comuns são semelhantes aos de um resfriado: tosse, febre, coriza e dor de garganta. Também
é possível haver perda de olfato e de paladar (ageusia), conjuntivite, náuseas, dor de estômago, diarreia, dor de
cabeça e lesões de pele e alteração do nível de consciência. Alguns casos evoluem para pneumonia, insuficiência
respiratória e morte.

3-Quem está em maior risco de ser infectado pelo SARS-CoV-2?

Pessoas que:

 Tiveram contato próximo, prolongado e desprotegido — isto é, a menos de 2 metros de distância, por 15
minutos ou mais, sem uso de máscaras adequadas — com um paciente com infecção confirmada por SARS-
CoV-2, independentemente da presença de sintomas.

 Permanecem com frequência em ambientes onde há aglomeração

 Moram ou estiveram recentemente em áreas com alta transmissão também estão em maior risco de
infecção.

4-Qual é o tratamento para a covid-19?

 O tratamento é baseado nos sintomas individuais de cada paciente. Para o tratamento de pessoas hospitalizadas e
de alto risco para formas graves da doença, alguns novos medicamentos específicos foram estudados e autorizados
para uso no Brasil pela Anvisa.

Também já foi aprovada uma imunoglobulina sintética e específica contra a covid-19 para uso profilático de pacientes
imunodeprimidos que não respondem à vacina ou que têm contraindicações absolutas para as vacinas disponíveis.

Hidroxicloroquina, cloroquina, nitazoxanida, azitromicina, ivermectina, corticosteroide sistêmico e ozonioterapia são


comprovadamente ineficazes tanto para a prevenção quanto para o tratamento precoce.

5-Como o SARS-CoV-2 é transmitido?

 A principal forma de transmissão é via contato direto com secreções contaminadas, por meio de pequenas gotículas
(aerossóis) expelidas ao falar, tossir ou espirrar. Também existe a possibilidade de ser infectado após tocar em um
objeto ou superfície onde essas gotículas tenham se depositado e levar as mãos aos olhos, nariz ou boca. Por isso, o
uso de máscara, a higienização das mãos com água e sabão ou álcool 70% e as medidas de distanciamento são
fundamentais.

6-Quais fluidos e secreções corporais podem conter o vírus?

 em amostras do trato respiratório superior e do fluido de lavagem broncoalveolar, bem como em cultura de células
das fezes de alguns pacientes. O RNA, material genético, foi detectado em amostras do trato respiratório superior e
inferior e em amostras de sangue e fezes. 

Não há certeza se fluidos corporais não respiratórios de uma pessoa infectada, como sangue, vômito, fezes urina,
leite materno ou sêmen, podem conter SARS-CoV-2 infeccioso viável (capaz de causar covid-19). Da mesma forma,
não se sabe por quanto tempo é possível detectar o RNA, mas o período pode levar algumas semanas, sem que o
paciente necessariamente seja capaz de transmitir a doença.

7-Qual é o período de incubação do Sars-CoV-2?

 O período de incubação, que vai da exposição até o início dos sintomas, pode variar de dois a 14 dias. Isso também
vale para outros coronavírus.

8-É possível transmitir o Sars-CoV-2 mesmo sem apresentar sintomas?

Sim. A transmissão do SARS-CoV-2 se estende do período de incubação do vírus (dois a 14 dias antes do início dos
sintomas) até, em média, sete dias após o surgimento do quadro clínico. Além disso, pessoas que não têm sintomas
ou apresentam quadros leves — a maioria — são capazes de disseminar a doença sem saber. Por isso, é importante
adotar medidas gerais, como lavar as mãos com frequência, usar máscaras, distanciamento e não compartilhar
objetos de uso pessoal.

9-Por quanto tempo uma pessoa pode ser considerada transmissora do SARS-CoV-2?

 Com base nas evidências atuais, em geral, pessoas com quadros leves e moderados de covid-19 podem transmitir o
vírus por 7 a 10 dias após o início dos sintomas. Entretanto, já observamos diferentes períodos de acordo com a
variantes do SARS-CoV-2 em questão. Indivíduos com covid-19 grava, incluindo imunocomprometidos, podem
transmitir por mais tempo. A transmissão se inicia ainda durante o período de incubação, geralmente 48 horas antes
dos primeiros sintomas.

Em alguns casos, o RNA (material genético) do SARS-CoV-2 é detectado por exames laboratoriais semanas após o
início da doença. O achado, no entanto, não significa necessariamente que exista vírus viável (capaz de causar covid-
19).

10-Uma pessoa que teve covid-19 e se recuperou pode contrair a doença novamente?

  Sim. Diante do surgimento constante de variantes com potencial maior ou menor de escape da proteção conferida
tanto pelas vacinas como pela doença, há possibilidade de reinfecção. Por isso, o mundo vem presenciando a
ocorrência de novas ondas de casos de covid-19, no entanto, sem observar aumento proporcional no número de
hospitalizações e mortes. As reinfecções tendem a ser menos graves em pessoas vacinadas, por isso é essencial
manter os esquemas em dia, incluindo as doses de reforço.

11-Já que as vacinas covid-19 não conseguem prevenir tão bem a infecção assintomática ou a transmissão, como
convencer as pessoas a se vacinarem?

Evidências indicam que pessoas totalmente vacinadas têm menos probabilidade de infecção, incluindo assintomática,
de adoecer de forma grave e de transmitir o vírus a outras pessoas. O grau de proteção, entretanto, pode variar de
acordo com a resposta imunológica de cada indivíduo, das variantes do vírus em circulação e do tempo decorrido
desde a vacinação.

É importante ressaltar que completar o esquema é essencial para obter a proteção máxima contra a enfermidade.
Além disso, com um grande percentual da população adequadamente vacinado, podemos reduzir a circulação do
vírus, as chances de infecção das pessoas que não respondem bem às vacinas ou não podem ser vacinadas e
dificultar o surgimento de variantes mais agressivas.

12-As vacinas são eficazes contra as novas variantes do SARS-CoV-2 que surgiram até o momento?

As evidências demonstram que há alguma perda de eficácia na prevenção da infecção a depender da variante viral
circulante, sobretudo com esquemas incompletos. No entanto, as vacinas originais continuam cumprindo seu
principal papel em relação a eficácia: mesmo com aumento de casos por novas variantes, a maioria dos pacientes
graves e internados são pessoas que não se vacinaram.

Essa questão é acompanhada de perto pela ciência e já foram aprovadas e disponibilizadas para a população vacinas
que contemplam antígenos de novas variantes. Da mesma forma, as modificações de esquemas vacinais e introdução
de doses de reforço vêm sendo constantes, a fim de prolongar ou incrementar a capacidade de proteção também em
cenário de contra as variantes.

13-Posso ter reação alérgica grave após a vacina Covid-19?

Episódios de hipersensibilidade imediata grave (anafilaxia), que exigem injeção imediata de adrenalina ou suporte
hospitalar, podem ocorrer após qualquer vacina, inclusive as vacinas Covid-19. Mas até o momento poucos casos
foram registrados no Brasil.

Recomenda-se, de todo modo, que a administração de qualquer vacina seja feita em local com estrutura para
atendimento e com profissionais capacitados para reconhecer rapidamente os primeiros sinais e tratar a reação.

14-Quanto tempo levo para ficar imunizado?

 Estima-se que o potencial máximo de proteção seja atingido cerca de duas semanas após a última dose do esquema
primário.

15-Posso ter a doença mesmo após receber todas as doses da vacina?

Nenhuma vacina tem 100% de eficácia. É possível desenvolver a doença após a vacinação, mas as chances de covid-
19 grave são baixas.

A verificação de queda de proteção com o tempo após a vacinação, refletida na observação de casos de doença em
previamente vacinados, permitiu concluir a necessidade de doses adicionais para garantir a imunidade por mais
tempo.

Por esse motivo, o Ministério da Saúde define as recomendações de uma ou mais doses de reforço, de acordo com
idade, presença de imunodepressão e outras situações de aumento de suscetibilidade à covid-19.

16-A partir de que idade é possível se vacinar contra a covid-19? Crianças e bebês podem?

 Desde janeiro de 2023, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza as vacinas covid-19 para pessoas a
partir de 6 meses de idade. Para menores de 18 anos, estão aprovadas as vacinas da Pfizer (a partir dos 6 meses, com
formulações diferentes, a depender da idade) e a CoronaVac (a partir dos 3 anos).

17-O que faço para me proteger até que tenha tomado a vacina?

 Use máscara sobre o nariz e a boca e não coloque as mãos na frente da máscara.

 Fique a pelo menos um metro e meio de distância das outras pessoas.

 Evite multidões e aglomerações.

 Evite espaços mal ventilados.

 Lave as mãos frequentemente, ou use álcool em gel a 70%.

 Não saia de casa se estiver com algum sintoma respiratório e não visite ninguém que esteja com algum
sintoma desse tipo.

 Proteja os idosos e cuide para não levar infecções para suas casas. 
18-Depois de vacinado, preciso continuar a usar máscara e manter distanciamento de outras pessoas?

Apesar de a vacinação ter reduzido de forma drástica o número de casos e mortes por Covid-19 no Brasil e de
sabermos que a taxa de transmissão a partir de pessoas vacinadas é mais baixa, as vacinas ainda não são capazes de
prevenir totalmente a transmissão e a infecção.

O ideal é manter a cautela, especialmente por vivermos em um cenário em que podem surgir novas variantes de
preocupação (VOCs) capazes de escapar, ainda que parcialmente, da imunidade adquirida pelas vacinas e causar
novas ondas da doença.

As medidas recomendadas são simples:

 Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%

 Usar máscaras corretamente em ambientes com aglomeração

 Evitar contato próximo com pessoas com sintomas respiratórios

19-Já tive ou estou com Covid-19. Posso ou devo ser vacinado contra a covid?

Como a duração da proteção natural gerada pela própria doença é desconhecida e por existir a possibilidade de
reinfecção, ainda que pouco frequente, a vacinação é indicada, independentemente de histórico de Covid-19.

Para receber as vacinas covid-19, é necessário aguardar o completo restabelecimento e no mínimo quatro semanas
após o início dos sintomas. Pessoas assintomáticas e que tiveram resultado positivo no exame de RT-PCR também
devem esperar quatro semanas para vacinar.

Para outras vacinas, basta a recuperação clínica, ausência de febre por pelo menos 24 horas e respeitar o fim do
período de isolamento para pessoas com covid-19.

20-Estou com covid-19. É preciso algum intervalo para tomar as outras vacinas recomendadas nos calendários de
vacinação?

 Para a administração das demais vacinas que não as vacinas covid-19, é recomendado aguardar a recuperação
clínica, ausência de febre por pelo menos 24 horas e e respeitar o fim do período de isolamento para pessoas com
covid-19.

Já para as vacinas covid-19, é necessário o completo restabelecimento e no mínimo quatro semanas após o início dos
sintomas. Pessoas assintomáticas e que tiveram resultado positivo no exame de RT-PCR também devem esperar
quatro semanas para vacinar.

21-No caso das vacinas de duas doses, o que acontece se eu tomar só uma dose? Posso me considerar protegido?

Não. Os dados de eficácia conhecidos e comprovados referem-se aos esquemas completos, principalmente no que
diz respeito à proteção contra novas variantes. Além disso, é importante destacar que o Ministério da Saúde
recomenda dose de reforço para todas as pessoas a partir de 18 anos de idade.

22-O que acontece se alguma dose atrasar?

Para garantia da eficácia esperada e documentada nos estudos, as doses das vacinas devem ser aplicadas de acordo
os intervalos estipulados para cada uma. No entanto, em caso de atraso, não é preciso recomeçar o esquema e basta
completá-lo.

23-Posso usar vacinas diferentes durante o esquema?

 De maneira geral, os indivíduos devem preferencialmente completar o esquema com a mesma vacina. No entanto,
estudos publicados mais recentemente e a necessidade da intercambialidade em todos os países por dificuldades
com suprimentos demonstraram que o uso de vacinas diferentes leva a uma resposta imune satisfatória e
eventualmente até mais vigorosa, com bom perfil de segurança.
O Ministério da Saúde, em consonância com as orientações internacionais, publicou Nota Técnica na qual recomenda
a intercambialidade em situações nas quais não seja possível completar o esquema primário com o mesmo produto.
Além disso, para as doses de reforço, pode ser preferível ou obrigatório o uso da vacina Pfizer.

Caso vacinas diferentes tenham sido usadas no esquema primário por engano, o profissional deve informar no “e-
SUS Notifica” que houve erro de imunização e acompanhar possíveis eventos adversos e falha vacinal.

24-Há alguma recomendação especial para o uso das vacinas Covid-19 em pacientes transplantados?

 Transplantados de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) perdem a imunidade protetora no pós-transplante. Se


foram vacinados antes do transplante, devem ter o esquema vacinal refeito, preferencialmente seis meses após o
procedimento. Porém, a depender da situação epidemiológica local, o intervalo para a vacinação pode ser reduzido
para três meses.

Com relação à Coronavac, ainda existem poucos dados sobre a vacinação em crianças imunodeprimidas. Por isso, no
momento, a vacina não deve ser usada nesta população.

25-Quais são as contraindicações para as vacinas Covid-19?

  Todas as vacinas Covid-19 atualmente disponíveis são contraindicadas para pessoas com histórico de reação alérgica
grave (por exemplo, anafilaxia) após dose anterior ou a qualquer componente da fórmula.

A vacina AstraZeneca também é contraindicada para pacientes que sofreram trombose venosa e/ou arterial
importante em combinação com trombocitopenia após vacinação com qualquer vacina para a Covid-19.

As vacinas AstraZeneca e Janssen, especificamente, são contraindicadas para gestantes, puérperas e pessoas com
histórico de síndrome de extravasamento capilar.

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