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Introdução

Relativo à Caxumba (Parotidite) é possível afirmar que é uma doença viral,


provocada pelo vírus da família Paramyxoviridae, do gênero paramyxovirus. Atinge
não somente crianças, mas também podendo ocorrer com maior gravidade em
adultos.

O presente trabalho procurou apresentar de maneira sintetizada a Caxumba, suas


manifestações, tratamento, prevenção e consequências.

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Caxumba (Parotidite Epidêmica)

Uma doença viral que atinge preferencialmente as glândulas parotídeas,


caracterizada por cefaléia, febre (37,7° a 39,4°), mialgia, hiporexia e dor à
mastigação e à ingestão de líquidos ácidos, aumento do volume de uma ou mais
glândulas salivares ou submandibulares, causa pelo vírus da família
Paramyxoviridae, do gênero paramyxovirus, tem como reservatório o ser humano.

Seu período de incubação varia entre 12 e 15 dias, o período de transmissão entre6


e 7 dias antes das manifestações clínicas, até 9 dias após o surgimento dos sinais e
sintomas, na urina, pode ser encontrado até 14 dias após o início da doença.

Sua imunidade é de caráter permanente, sendo adquirida de forma direta, no


contato com a doença (com o vírus) ou de forma indireta, pela vacinação.

Transmitida pelas vias aéreas pela propagação de gotículas, por contato direto com
a saliva de pessoas infectadas e indireto, menos frequente, por objetos e utensílios
contaminados por secreções nasais e orais. As estações onde mias ocorrem casos
são inverno e primavera.

Ocorre geralmente em crianças e adolescente, de evolução benigna, podendo se


tornar grave ao ponto de necessitar de hospitalização. Em um terço dos casos ela é
assintomática.

“Em homens adultos, pode ocorrer orquiepididimite em,


aproximadamente, 20 a 30% dos casos; mulheres acima de 15
anos podem apresentar mastite (aproximadamente 15% dos
casos), em 5% daquelas que adquirem a parotidite após a fase
puberal pode ocorrer ooforite. A pancreatite pode ocorrer em
20% dos casos. O sistema nervoso central, com frequência pode
estar acometido sob a forma de meningite asséptica, quase
sempre sem sequelas. Mas raramente, pode ocorrer encefalite.
Seu diagnóstico é eminentemente clínico-epidemiológico.
Existem alguns testes sorológicos como ELISA e Inibição da
hemaglutinação, mas são poucos utilizados. A amilase sérica
costuma estar elevada nos casos de parotidite.” Ministério da
Saúde: Guia de Vigilância em Saúde 2° edição Brasília-DF.2017

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Não há relato de óbitos relacionados, porém o primeiro trimestre de gestação pode
ocasionar aborto espontâneo. É uma doença considerada de distribuição universal,
de morbilidade alta e de letalidade baixa, aparecendo de forma endêmica ou em
surtos.

O tratamento é baseado nos sinais e sintomas apresentados, com hidratação e


alimentação adequada, já que os alimentos não podem ser ácidos, pois causam
desconfortos na deglutição; analgésicos e antitérmicos; hidratação parenteral nos
casos de pancreatite e meningite com impossibilidade na ingestão de líquidos; nos
casos de tratamento de apoio para orquiepididimite: suspensão da bolsa escrotal,
através de suspensórios, aplicações de bolsas de gelo e analgesia, quando
necessário.

As pessoas afetadas pela doença devem se manter afastadas da escola, trabalho ou


locais aglomerados por aproximadamente 9 dias após o aparecimento da doença.
Em ambientes hospitalares, adota-se o isolamento respiratório do doente e o uso
dos equipamentos de proteção individual.

A vigilância epidemiológica investiga os surtos, adota medidas de controle. Com a


vacinação gratuita e disponível nos postos de saúde do país (tríplice viral- sarampo,
caxumba e rubéola; e tetraviral – que adiciona a proteção contra a varicela
(catapora). Todos pacientes com febre e aumento das glândulas, principalmente
parótidas, orquiepididimite ou oforite; história de contato com doente por caxumba
nos 25 dias anteriores ao surgimento dos primeiros sintomas. Os casos serão
confirmados eminentemente pela clínica, pois não são utilizados exames sorológicos
nas redes públicas como rotina. Serão descartados os casos onde sejam
confirmadas outras doenças.

A parotidite não é considerada uma doença de notificação compulsória, porém,


cada município tem autoridade para instituir uma portaria tornando-a de notificação
compulsória.

No que se diz respeito a vacina tríplice viral implantada no Brasil em 1992, são
consideradas as principais ferramentas voltadas ao controle e erradicação da
doença.

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Mortalidade por sarampo, caxumba e rubéola pré vacinação nas regiões do
Brasil. (1979/2005)

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-oeste

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

Série 1

Casos de caxumba ocorridos no Estado do Rio de Janeiro:


Nos últimos 2 anos tem se observado um aumento no número de casos notificados
de caxumba, principalmente em 2015, com 531 casos até 19 de junho.

Os adolescentes foram os mais acometidos (Gráficos 1 e 2).

Gráfico 1 - Caxumba - casos notificados no Estado do Rio de Janeiro - 2007 A 2015


(SINAN até 19/06/2015)

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Gráfico 2- Caxumba - proporção de casos notificados por faixa etária no
Estado do Rio de Janeiro - 2007 a 2015 (19/06/2015)

Cobertura Vacinal no Estado do Rio de Janeiro


As coberturas vacinais para a primeira dose em crianças com 1 ano de idade, em
geral são boas, mas, em algumas regiões do estado, não atingem a meta de no
mínimo 95%. Para a dose 2 (D2), no segundo ano de vida, as coberturas vacinais
não atingiram a meta de 95%, na maioria das regiões do estado (Gráfico 3).

Gráfico 3 - Coberturas Vacinais - SCR D2 em > 1 ano, por região do Estado do


Rio de Janeiro - 2013 a 2015

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CONCLUSÃO

Em alguns casos a caxumba pode evoluir com comprometimento do sistema


nervoso central, surdez, inflamação dos testículos, dos ovários, coração e, mais
raramente do pâncreas. Algum grau de inflamação das meninges (meningite), em
geral assintomática. A meningite com manifestações clínicas (dor de cabeça intensa,
rigidez de nuca) é mais comum em adultos do sexo masculino, em geral com
evolução favorável e sem deixar sequelas. Contudo, a vacinação é a mais eficaz
forma de prevenção.

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REFERÊNCIAS

http://canal6.com.br/cbeb/2014/artigos/cleb2014_submaission_280.pdf último
acesso em 18/09/2017

<Ministério da Saúde: Guia de Vigilância em Saúde 2° edição Brasília _DF.

2017> - último acesso em 18/09/2018

www.sbp.com.br/fileadmin/user_ulpoad/2012/12/NotaTcnica-Caxumba-
SOPERJ-SB/m.pdf – último acesso em 25/09/2018

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