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virais e bacterianas
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Capítulo 01 -SÍfilis congênita e adquirida
Discentes responsáveis: Larissa Macedo, Raiany Almeida, Tawany França, Vitória Beraldo
A Sífilis é uma doença infecto contagiosa que pode ser adquirida ou congênita.
Adquirida por meio da contaminação pela bactéria Treponema pallidum. Essa bactéria,
quando em contato com a pele, atinge o sistema linfático e, por meio do fluxo sanguíneo, irá
chegar em outros órgãos. Como mecanismo de defesa, o corpo sofre erosão e ulceração nos
pontos em que a bactéria atingiu.
Importante ressaltar que a Sífilis é uma doença sexualmente transmissível (IST) ou
pode ser adquirida por meio do contato com objetos contaminados (sífilis adquirida). Já a
sífilis congênita se dá quando a gestante adquire a sífilis e não consegue tatar até 30 dias
antes do bebê nascer. Esse tipo de contaminação se chama “transmissão vertical” ou
“contaminação por via placentária”.
Em relação a sífilis adquirida, ela pode ocorrer por de sexo (oral, vaginal ou anal) sem
preservativos, uso indiscriminado de drogas e diversidade de parceiros sexuais, além disso, é
importante ter a atenção redobrada para realização de procedimentos estéticos de
micropigmentação labial, de sobrancelhas, preenchimento labial, botox e microagulhamento,
além de se se atender à esterilização de alicates e outros utensílios na manicure e pedicure.
As agulhas também possuem alto potencial de contaminação. Por isso, os usuários de
drogas estão sempre mais vulneráveis a adquirir doenças infectos contagiosas, uma vez que
há compartilhamento de seringas e agulhas durante o uso, podendo, também, haver contato
com o sangue contaminado.
Outro ponto importante de ser observado, apesar de raro, é a contaminação por meio
da transfusão sanguínea. Porém, por conta do controle de qualidade das bolsas de sangue,
essa forma de contágio é a que expõe menor risco. Desse modo, considerando as várias
formas de contaminação, considera-se fundamental que a população mantenha seus exames
de IST em dia, para evitar a disseminação de doenças infectocontagiosas.
Para saber se está contaminado com a Sífilis, há o teste rápido que é fornecido desde a
atenção primária à terciária e seu resultado sai em até 30min. Caso o resultado venha como
“reagente”, o tratamento para sífilis adquirida se dá por meio de aplicações de Penicilina
Benzatina em doses diferenciadas. A aplicação é feita nas nádegas podendo ser dividida ou
intercalada entre a nádega direita e/ou esquerda, conforme a fase da infecção. Já em relação a
Sífilis durante a gestação, segundo dados do Ministério da Saúde, o tratamento adequado é
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realizado com a medicação recomendada (Penicilina Benzatina), havendo declínio dos títulos
ao longo do seguimento, o que é observado por meio de testes não treponêmicos. Ademais, a
cura da doença deve ser atingida até 30 dias antes do parto, para assim ser evitada a infecção
do feto.
Em relação a cura, ela pode ser alcançada quando os exames VDRL e de líquor são
considerados normais entre 6 e 12 meses após o início do tratamento. O exame sendo refeito
e testando positivo à bactéria Treponema pallidum, é preciso seguir o protocolo de tratamento
e refazer as aplicações de Penicilina de acordo com a classificação da bactéria. Lembrando
que, para a sífilis primária basta tomar apenas uma dose, em alguns casos duas doses e para a
sífilis secundária e terciária podem ser necessárias até três doses.
Ao nascer com sífilis congênita, o bebê pode apresentar diversas manifestações como
cegueira, alterações ósseas, deficiência mental, pré-termo e/ou PIG, icterícia, anemia, déficit
auditivo e óbito ao nascer ou até pouco tempo depois. Ademais, em relação ao quadro clínico
audiológico, a pessoa que apresenta sífilis congênita possuirá uma perda auditiva
sensorioneural, sendo que haverá manifestações diferentes de acordo com a idade de
surgimento da surdez. Assim sendo, se a pessoa manifestar a perda auditiva antes dos 10 anos
de idade, ela terá uma perda profunda, bilateral, início súbito. Por outro lado, se manifestar
quando adulto, a perda geralmente é flutuante, assimétrica, súbita ou gradual. Importante
ressaltar também que todos os bebês que tiverem como fator de risco a sífilis, devem ser
avaliados semestralmente até os 2 anos de idade.
Dessa forma, é possível concluir que a Sífilis Congênita e Adquirida é uma doença
infectocontagiosa de fácil contaminação e que pode trazer grandes prejuízos para a vida da
pessoa contaminada e do bebê que venha a nascer com sífilis congênita. Por outro lado, é
uma doença que possui diagnóstico e tratamento geralmente rápidos e de fácil acesso.
Referências:
2. Ribeiro GE, Silva DPC da, Montovani JC, Martins RHG. Impacto da exposição à
sífilis materna no sistema auditivo de recém-nascidos. Audiology - Communication
Research, vol. 26, 2021, 10.1590/2317-6431-2021-2496.
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3. Sífilis congênita e sífilis na gestação. Revista de Saúde Pública. 2008
Aug;42(4):768–72.
8. Marinha. Sífilis e Deficiência Auditiva [Internet]. Saúde Naval. 2018 [cited 2022 Nov
15]. Available from: https://www.marinha.mil.br/saudenaval/sifilis-e-surdez
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Capítulo 02 - Citomegalovírus
§ No nascimento a mãe infectada pode passar o vírus para seu bebê antes ou durante o
nascimento.
§ Sorologia, onde se pesquisa a existência dos anticorpos contra a CMV, porém os anticorpos
IgM se apresentam apenas na fase aguda da infecção, porém, a IgG persiste durante toda
a vida;
§ PCR é usado em pacientes com alto risco de infecções graves. O PCR detecta a presença
do gene do vírus, sendo utilizado também para monitorar a evolução do tratamento;
Sintomas
Em sua minoria os sintomas são febre, dores musculares, fadiga, dor de garganta e
aumento dos gânglios, e em alguns casos pode ocorrer a mononucleose e hepatite.
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Indivíduos com o sistema imunológico baixo, como pessoas com HIV ou em processo
de tratamento do câncer com a quimioterapia, podem ter olhos, pulmões, fígado, esôfago,
estômago e intestinos afetados.
Os bebês congênitos podem ter problemas de fígado, baço, danos cerebrais, pulmões
e prejuízos no desenvolvimento. A longo prazo a perda auditiva é o problema mais comum
causado pela CMV, sendo detectada ao nascer ou desenvolver durante a infância.
Tratamento
Referências:
1. IBCC A. Por que o citomegalovírus é uma ameaça para o paciente que será ou foi
submetido ao TMO? [Internet]. São Camilo Oncologia. Site disponível em:
https://ibcc.org.br/por-que-o-citomegalovirus-e-uma-ameaca-para-o-paciente-que-sera-ou-foi
-submetido-ao-tmo/
2. Varella DD. Citomegalovírus (CMV) [Internet]. Drauzio Varella. 2011. Site disponível em:
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/citomegalovirus-cmv/
4 . Lamounier, P., Garcia, JL, Cascudo, NCM, Freitas, LB, Bernardes, MND, Junior, JCRC,
Ramos, HVL, & Costa, CC (2021). Perda auditiva associada a manifestações neurológicas do
citomegalovírus congênito: relato de caso/ Perda auditiva associada a manifestações
neurológicas do citomegalovírus congênito: relato de caso. Brazilian Journal of Development
, 7 (3), 26306–26313. https://doi.org/10.34117/bjdv7n3-366
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Capítulo 03 - Síndrome da Rubéola Congênita/Adquirida
Discentes responsáveis: Bruna Dias de Oliveira Ribeiro; Gabriela Santos Ferreira Ponte;
Giovanna Juliani Sofiatti; Manuela Gonçalves Moutinho; Marcella Moriggi Vellutini Padilha;
Valentina Sophia Santos Vieira.
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Vale ressaltar que a Síndrome da Rubéola Congênita é a doença infecciosa de maior
importância dentre as causas de surdez no Brasil, tendo uma prevalência de 1:10.000
nascidos. A criança, a qual apresenta perda auditiva, tem como característica frequente ser do
tipo sensórioneural profunda bilateral.
O tratamento da SRC está diretamente relacionado às más formações congênitas, de
acordo com as deficiências de cada paciente. No entanto, a detecção precoce da doença é de
extrema importância, uma vez que ajuda os profissionais a trilharem melhores tratamentos
clínicos, na reabilitação e se necessário, cirúrgico. Ademais, é importante destacar que o
único meio de nos protegermos desta doença é por meio da vacinação da tríplice viral, a qual
está prevista que por volta dos seis meses de idade ocorra a dose de bloqueio e aos 12 e 15
meses, a primeira e segunda dose, respectivamente. Portanto, é imprescindível que todos se
vacinem, em especial mulheres em idade fértil, a fim de combater esta doença.
Referências Bibliográficas:
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Capítulo 04 - Síndrome do Zika Vírus
Discentes responsáveis: Camila Bueno; Giovana Freitas; Marina Nogueira; Najat Abbas;
Pâmela Santos
O Zika é um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Tem essa
denominação por ter sido identificado na floresta Zika, em Uganda, na África.
Os principais sintomas são mal-estar, cefaléia, febre baixa, dores leves nas
articulações, manchas vermelhas na pele, coceira, vertigem, sensação de desequilíbrio e
queixas auditivas, como zumbido, plenitude auricular e perda auditiva. E, crianças expostas
ao vírus durante o período gestacional necessitam de acompanhamento audiológico regular
durante o seu desenvolvimento, pois pode afetar a audição do bebê, causando uma perda
auditiva.
Existem quatro principais formas de transmissão do Zika Vírus: Transmissão pela
picada do mosquito Aedes Aegypti; Transmissão sexual; Transmissão de mãe para o feto
durante a gravidez; Transmissão por transfusão de sangue. No caso de o feto ser infectado
durante a gestação, este pode desenvolver lesões cerebrais, como a microcefalia.
Todos os sexos e faixas etárias são igualmente suscetíveis ao vírus Zika; porém
mulheres grávidas e pessoas acima de 60 anos têm maiores riscos de desenvolver
complicações da doença. Os riscos podem aumentar quando a pessoa tem alguma
comorbidade.
No entanto, não existem medicamentos ou vacinas específicas para o vírus Zika, mas
é recomendado tratar os sintomas com: repouso, beber líquidos para evitar a desidratação e
tomar medicamentos para reduzir a febre e a dor. Portanto, o controle do vetor é o principal
método para a prevenção e controle de doenças transmitidas por mosquitos.
Sabe-se que inúmeras infecções virais podem causar perda de audição. A perda
auditiva induzida por vírus pode ser congênita ou adquirida, unilateral ou bilateral. Dessa
forma, certas infecções virais podem danificar diretamente estruturas do ouvido interno,
outras podem induzir respostas inflamatórias que, em seguida, causará hipoacusia.
Muitos estudos enfocam o impacto do ZIKV em neonatos mostrando que a infecção
congênita pelo vírus pode afetar a audição, devendo ser levado em conta como um fator de
risco para perda auditiva em programas de triagem auditiva. Assim, bebês com evidência de
infecção congênita pelo ZIKV devem receber um acompanhamento regular, pela hipótese do
aparecimento tardio e ou progressivo da perda auditiva.
Pacientes com sorologia reagente para Zika Vírus (IgG) apresentam a possibilidade de
terem alterações auditivas pós infecção pelo ZIKV, porém cada um com sua particularidade,
com a possibilidade de envolvimento neuronal, associado ou não ao componente periférico.
Achados audiológicos variam desde limiares auditivos normais até perda auditiva do tipo
sensorioneural de grau profundo, unilateral ou bilateral, as manifestações podem ser de
caráter flutuante e centrais. Na logoaudiometria o LRF encontra-se dentro dos limiares
esperados, pode-se observar pobre desempenho no IRF com resultados incompatíveis com a
audiometria tonal. Demonstram integridade de orelha média pela timpanometria mostrando
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curva do tipo A. Reflexos estapedianos ausentes ou aumentados. Testes como EOA e PEATE
podem indicar resultados alterados ou dentro da normalidade.
Diante de todas as informações citadas e analisadas, sugere-se que o ZIKV pode
alterar vias auditivas neurais, e assim, causar prejuízo na comunicação em pacientes adultos.
Mediante a rápida propagação do ZIKV no país, sugere-se que pacientes pós-infecção
ZIKV façam um acompanhamento de monitorização da saúde auditiva, pois, mesmo que
esses pacientes não relatam alterações de acuidade auditiva, pode-se supor que haja possíveis
alterações no sistema auditivo central.
Além da microcefalia e dos comprometimentos audiológicos, a infecção pelo ZIKAV
pode apresentar risco superior para o desenvolvimento de complicações neurológicas, como
encefalites, mielite, Síndrome de Guillain Barré, paralisia facial e outras doenças
neurológicas. Nesta perspectiva, os riscos do ZIKV nas células neurais, estão presentes tanto
na fase embrionária, quanto na infantil e na adulta, tendo assim o potencial para destruir
neurônios em qualquer fase da vida.
O artigo “achados auditivos associados à infecção pelo Zika vírus: uma revisão
integrativa” publicado no ano de 2019 no Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, relata o
estudo das possíveis associações entre a infecção pelo Zika vírus e perda auditiva que foram
observadas durante a epidemia da doença nas Américas. Tem como objetivo descrever as
alterações auditivas, a patogênese e as recomendações de seguimento em indivíduos com
infecção por Zika vírus pré-natal ou adquirida no ano de 2018 e 2019.
Considerando os indicativos do neurotropismo do ZIKA VÍRUS e sua associação com
malformações em fetos afetados, pode-se sugerir que esse vírus é capaz de afetar as vias
neurais auditivas ou causar malformações nos órgãos auditivos, levar ao comprometimento
do seu desenvolvimento e, consequentemente, maior risco de comprometimento auditivo
morfológico ou funcional, especialmente em infecções pré-natais. A perda auditiva, tanto
congênita quanto adquirida, representa um fator importante que reduz a qualidade de vida dos
indivíduos afetados. Alterações nas vias auditivas relacionadas à infecção por ZIKV têm sido
descritas em relatos de casos ou em pequenas séries de casos de crianças portadoras da
síndrome congênita e em adultos com infecção adquirida, mas pouco se sabe sobre o espectro
dessas alterações ou sua patogênese e prognóstico.
Como método, foi utilizado uma pesquisa bibliográfica realizada de março/2018 a
abril/2019 nas principais bases de dados disponíveis. A seleção dos artigos, extração de
dados e avaliação de qualidade foram realizadas por dois revisores independentes, um
otorrinolaringologista e um pediatra com formação em epidemiologia. Estudos com avaliação
auditiva de pacientes com infecção por Zika vírus congênita ou adquirida; e/ou hipóteses ou
evidências sobre a fisiopatologia do comprometimento auditivo associado ao Zika
vírus; e/ou recomendações sobre triagem e seguimento de pacientes com comprometimento
auditivo pelo Zika vírus foram incluídos na pesquisa.
Nos resultados, um total de 27 artigos foram selecionados. Perdas auditivas
neurossensorial e transitória foram relatadas em seis adultos com infecção pelo Zika vírus
adquirida. 515 das 624 crianças com avaliação auditiva haviam realizado apenas testes de
triagem com teste de emissões otoacústicas e/ou teste de potencial evocado auditivo de tronco
encefálico automático com estímulo clique. Estudos em crianças expostas no período
pré-natal foram muito heterogêneos e grandes variações na frequência de emissões
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otoacústicas e potencial evocado auditivo de tronco encefálico automático alterados
ocorreram ao longo dos estudos; alterações nas emissões otoacústicas variaram de 0% a 75%,
enquanto as alterações no potencial evocado auditivo de tronco encefálico automático
variaram de 0% a 29,2%. Não foi possível descartar comprometimento neurossensorial,
retrococlear ou de origem central.
Conclui-se que os dados disponíveis ainda são insuficientes para compreender todo o
espectro do envolvimento dos órgãos auditivos pelo Zika vírus, a patogênese desse
envolvimento ou até mesmo para confirmar a associação causal entre o envolvimento
auditivo e a infecção pelo vírus. As recomendações de triagem e seguimento ainda
apresentam pontos de controvérsia.
Referências Bibliográficas:
2. Mariana C L, Lilian FM, Tamires AS, Ferreira MD, Cristiane MS, Luciana C. A.
Vanessa VDL. et al. Hearing Loss in Infants with Microcephaly and Evidence
of Congenital Zika Virus Infection — Brazil, November 2015–May 2016.
MMWR Rep. 2016; 65(34): 917-919.
4. Parra VM, Matas CG, Neves IF. Estudo de caso: neuropatia auditiva. Rev
Bras Otorrinolaringol.2003;69(2):283-288.
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Capítulo 05 – Meningite Bacteriana/Viral
No que diz respeito a fisiologia dessa doença, pode-se dizer que os componentes
presentes nas bactérias e vírus são importantes agentes causadores da inflamação meníngea,
pois quando estes agem no organismo, são liberadas várias citocinas pró-inflamatórias dentro
do espaço subaracnóideo. Essas citocinas aumentam o fluxo de leucócitos (glóbulos brancos)
para dentro desse espaço, colocando a defesa do organismo em alerta; logo, também
contribuem para o aumento da pressão intracraniana e causam alterações no fluxo sanguíneo
cerebral. Além disso, a meningite tem caráter predominantemente oportunista, ou seja,
manifesta-se principalmente em indivíduos com estado imunológico comprometido
(indivíduos com AIDS ou outras condições de imunossupressão).
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Em relação a forma de transmissão, o modo mais comum de contágio da meningite
bacteriana é através do contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. Ao
contrário da crença popular, a meningite não é transmitida com tanta facilidade como a gripe,
e um contato prolongado é necessário para o contágio. Familiares, colegas de turma,
namorados e pessoas que residem no mesmo dormitório são aqueles com maior risco. A
meningite é transmitida pela saliva, porém, compartilhar copos e talheres parece não ser um
fator de risco grande. É preciso que esse comportamento se repita com frequência para haver
um risco elevado. Já a troca de beijos, principalmente aqueles que envolvem língua e são
prolongados, é uma via perigosa de transmissão. Contatos ocasionais, como apenas um
comprimento, uma rápida conversa, ou dividir o mesmo ambiente por pouco tempo oferece
pouco risco. Mesmo que durante uma aula você sente ao lado de alguém infectado, se esta
exposição for menor do que seis horas, o risco de contágio é baixo.
Até o advento dos antibióticos no início do século passado, a meningite era uma
doença com mortalidade próxima dos 100%. Ainda hoje, com todos os avanços, pelo menos
15-20% das meningites bacterianas evoluem para óbito. Trata-se, portanto, de uma doença
muito séria. A meningite bacteriana é uma emergência médica e o tratamento com
antibióticos intravenosos deve ser iniciado o mais rápido possível, de preferência logo após a
realização da punção lombar. A demora de apenas algumas horas pode ter influência no
prognóstico. Se há suspeita de meningite, o paciente deve ser encaminhado imediatamente
para um setor de emergência. Na meningite viral, antibióticos não são necessários e muitas
vezes o paciente nem sequer precisa ser internado. O tratamento é apenas com sintomáticos.
O quadro só é preocupante em recém-nascidos. Porém, a distinção com a meningite
bacteriana não é possível de ser feita apenas pelo quadro clínico, sendo a avaliação médica
indispensável e urgente. O diagnóstico diferencial costuma ser feito através dos resultados da
aspiração do líquor pela punção lombar.
A meningite é uma doença que pode ser fatal, principalmente a meningite bacteriana
(tipo C) é a que apresenta a maior taxa de mortalidade. Aqueles que sobrevivem à doença,
podem apresentar sequelas como convulsões, ataxia, retardo mental e até mesmo perda
auditiva. O artigo científico escolhido para complementar essa pesquisa, foi baseado em um
estudo de achados audiológicos em indivíduos pós meningite. O grupo mais afetado pela
meningite é o de crianças, sendo a infecção bacteriana o principal causador de perda auditiva
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na infância. No estudo foram analisados o audiograma de 59 pacientes de ambos os sexos e
idade variando de 3 a 15 anos. Foram realizadas avaliações audiológicas nos indivíduos
selecionados, com o objetivo de obter as características da perda auditiva pós-meningite, e
como resultado, foram predominantes perda auditiva do tipo neurossensorial, de grau
profundo, configuração linear com comprometimento bilateral. A perda auditiva pode
decorrer de alguns fatores, sendo eles: invasão direta das bactérias na cóclea e no labirinto; de
uma lesão do oitavo par do nervo-craniano por toxinas; pelo bloqueio de pequenos vasos e a
ação ototóxica de antibióticos. Os pesquisadores concluíram que se a infecção bacteriana da
meningite não atingisse a orelha interna, provavelmente não haveria lesão em outras partes do
sistema auditivo, ou seja, a orelha externa e orelha média não seriam afetados pela doença.
Referências Bibliográficas:
https://www.sanarmed.com/resumo-de-meningite-epidemiologia-etiologia-fisiopatologia-tran
smissao-diagnostico-tratamento-e-quimioprofilaxia (Acesso em 30/10/22).
https://saude.rs.gov.br/meningite#:~:text=A%20meningite%20%C3%A9%20caracterizada%
20por,meningite%2C%20como%20fungos%20e%20parasitos (Acesso em 30/10/22).
https://oglobo.globo.com/saude/medicina/noticia/2022/10/meningite-em-outubro-numeros-da
-doenca-ja-superam-os-de-2021.ghtml (Acesso em 02/11/22).
https://www.scielo.br/j/rsp/a/BRFqmzkhQNKXgg9hBNkkjBn/?lang=pt#:~:text=Problemas%
20condutivos%20e%20mistos%20em,profunda%20(66%2C95%25) (Acesso em 31/10/22).
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https://www.fleury.com.br/medico/artigos-cientificos/depois-de-uma-meningite-bacteriana-na
o-se-esqueca-dechecar-a-audicao-revista-medica-ed-1-2010 (Acesso em 31/10/22).
https://www.scielosp.org/article/rsp/1997.v31n4/398-401/pt/#:~:text=Os%20resultados%20in
dicaram%206%2C2,Perda%20auditiva%20bilateral%2C%20etiologia. (Acesso em
30/10/22).
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Capítulo 06 - Imunodeficiências Adquiridas
Discentes responsáveis: Luana Atanes, Camila Ribeiro Franco, Letícia Nascimento, Luiza
Xavier e Joyce Ribeiro
O primeiro grupo é constituído por defeitos hereditários, provenientes dos pais e resultam em
um aumento da suscetibilidade às infecções e que são frequentemente manifestadas na
primeira ou na segunda infância, mas algumas vezes são detectadas clinicamente só na vida
adulta. O segundo grupo é constituído por defeitos não hereditários, mas secundários a outras
condições, como, por exemplo, desnutrição e infecção pelo HIV (vírus causador da AIDS),
doenças auto-imunes ou parasitárias.
O HIV (vírus da imunodeficiência humana) é o vírus que ataca o sistema imunológico e deixa
o organismo sem defesa contra outras infecções, provocando a imunodeficiência humana. O
principal alvo do vírus HIV é o linfócito T-CD4+, que é um dos tipos de célula de defesa
produzida pela glândula timo. Essa célula é responsável por organizar e comandar a resposta
do sistema imunológico, pois consegue memorizar os tipos de micro-organismos que já
infectaram o corpo e, assim, pode reconhecê-los e destruí-los. Quando infecta uma pessoa, o
vírus HIV se liga a um componente da membrana que reveste o linfócito T-CD4+ e o invade
para se multiplicar. Ele altera o DNA do linfócito para que crie cópias do vírus. Depois que se
multiplica, rompe e destrói o linfócito se ligando a outros para continuar sua multiplicação.
Conforme a infecção pelo HIV avança, o sistema imunológico vai enfraquecendo até não
conseguir mais combater outros agentes infecciosos.
Um fato que é de pouco conhecimento da população em geral são os sintomas otológicos que
podem resultar da combinação dos efeitos da infecção do HIV com as infecções oportunistas
e/ou dos possíveis efeitos ototóxicos de certos medicamentos, inclusive à terapia
antirretroviral. Os primeiros relatos descritivos na literatura apontaram que a infecção
causada pelo HIV pode afetar diretamente a função auditiva devido a natureza neurotrópica
do vírus, que geralmente se manifesta neurologicamente, segundo investigadores, a afecção
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(alteração patológica) do oitavo nervo craniano seria oriunda de neuropatia inflamatória ou
acometimento central dos núcleos auditivos, podendo levar a perda auditiva neurossensorial
súbita em pacientes com HIV/AIDS e alterações do equilíbrio, mas, como mencionado,
alguns autores atribuem às infecções oportunistas as causas indiretas destas manifestações,
onde o sistema imunológico comprometido abre portas para outras infecções que podem
gerar perda auditiva, ou até a ototoxicidade medicamentosa, onde os efeitos são simétricos e
graduais, o uso prolongado de azitromicina, droga utilizada para tratamento por pacientes
infectados pelo HIV tem sido associado a essas manifestações otoneurológicas.
Outra imunodeficiência adquirida é a herpes zoster oticus, uma infecção que resulta de uma
reativação do vírus varicella-zoster, o vírus que causa a catapora. Após um episódio de
catapora, esse vírus permanece dormente nas raízes dos nervos e pode ser reativado, viajando
das fibras nervosas para a pele, causando feridas dolorosas. A causa mais frequente da
reativação é desconhecida, mas às vezes ela ocorre quando o sistema imunológico está
enfraquecido, por exemplo, por câncer, AIDS ou certos fármacos. O herpes zoster oticus
ocorre quando o vírus do herpes zoster é reativado no 7.º (facial) e 8.º nervos cranianos. O 7.º
nervo craniano controla alguns músculos da face. O 8.º nervo craniano controla a audição e o
equilíbrio. Essa infecção causa lesões no pavilhão auricular e pode evoluir para um quadro de
paralisia facial periférica, quando isso ocorre é dado o nome de Síndrome de Ramsay Hunt.
1. Araújo, Eliene da Silva et al. Hearing loss and acquired immune deficiency syndrome:
systematic review. Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia [online]. 2012, v.
24, n. 2 [Acessado 14 Novembro 2022] , pp. 188-192. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S2179-64912012000200017>. Epub 20 Jul 2012. ISSN
2179-6491. https://doi.org/10.1590/S2179-64912012000200017.
2. Castro RF, Costa LEM, Neiva FC, Suzuki FA. Sudden bilateral sensorineural hearing
loss in a patient immunocompromised by the human immunodeficiency virus. Rev
Soc Bras Med Trop. 2018 Sep-Oct;51(5):705-708. doi:
10.1590/0037-8682-0112-2018. PMID: 30304283.
3. Matas, Carla Gentile et al. Avaliação auditiva na Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia [online]. 2010, v. 15, n.
2 [Acessado 14 Novembro 2022] , pp. 174-178. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S1516-80342010000200005>. Epub 21 Jul 2010. ISSN
1982-0232. https://doi.org/10.1590/S1516-80342010000200005.
4. Schuster, Larissa Cristina and Buss, CeresHerpes and its hearing implications: a
literature review. Revista CEFAC [online]. 2009, v. 11, n. 4 [Accessed 14 November
2022] , pp. 695-700. Available from:
<https://doi.org/10.1590/S1516-18462009000800019>. Epub 21 Jan 2010. ISSN
1982-0216. https://doi.org/10.1590/S1516-18462009000800019.
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Capítulo 07 - Caxumba/Sarampo
A seguir disponibilizamos informações sobre a caxumba por meio dos sites da Fiocruz e G1
que trazem informações importantes sobre a doença, com uma linguagem de fácil
compreensão para aqueles que desejam fazer uma busca rápida sobre o tema.
21
https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/caxumba-sintomas-transmissao-e-prevencao
https://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2022/09/21/apos-cinco-casos-confirmados-de-caxumba-aplicaca
o-da-vacina-triplice-viral-e-intensificada-em-formiga.ghtml
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Capítulo 07 - Caxumba/Sarampo
Sarampo é uma doença infecciosa grave, causada pelo vírus do sarampo, um vírus
RNA que pertence ao gênero Morbillivirus da família Paramyxoviridae, que pode deixar
sequelas por toda a vida ou ser fatal.
A viremia causada pela infecção provoca uma vasculite generalizada, responsável
pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas, como febre, mal estar intenso, tosse,
coriza e conjuntivite. Em torno de 3 a 5 dias, podem aparecer outros sinais e sintomas, como
manchas vermelhas (exantema) no rosto e atrás das orelhas que, em seguida, se espalham
pelo corpo. Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e
pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade.
A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções nasofaríngeas,
expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.
O vírus pode ser transmitido de quatro a seis dias antes, até quatro dias após o
aparecimento do exantema, sendo o período de maior transmissibilidade dois antes e dois dias
depois após o início do exantema.
De acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), com
dados atualizados em 07/07/2022, crianças menores de um ano de idade apresentam o maior
número de casos confirmados de Sarampo. Ainda nessa faixa etária, a maior ocorrência se
deu no sexo masculino (54,2%).
Quando verificada a incidência por faixas etárias definidas nas estratégias de
vacinação, a maior incidência é observada no grupo etário de menores de 5 anos e em geral,
na distribuição por sexo, o maior número de casos foi registrado entre pessoas do sexo
masculino.
Não existe tratamento específico para o Sarampo. Os medicamentos são utilizados
para reduzir o desconforto e os sintomas.
A vacinação é a única maneira de prevenir o Sarampo e o SUS disponibiliza a vacina
para a população no seguinte esquema: primeira dose em crianças de 12 meses. Segunda dose
aos 15 meses de idade e a última dose por toda vida.
O comprometimento do labirinto pelo vírus do Sarampo, o paramixovírus, geralmente
ocorre com o início súbito de perda auditiva neurossensorial bilateral. Pode ocorrer perda
auditiva unilateral em algumas crianças, mas é incomum. Em um estudo abrangente, 45% das
crianças apresentaram perda auditiva neurossensorial profunda bilateral e 55%, apenas perda
auditiva leve a moderada.
O audiograma típico evidencia perda auditiva neurossensorial bilateral que pode ser
assimétrica e principalmente em altas frequências. A perda auditiva geralmente é irreversível,
e em sua fase aguda, pode estar acompanhada de vertigem e zumbido. Mais de 70% dos
pacientes vão apresentar respostas ausentes ou diminuídas aos testes calóricos nas duas
orelhas.
Existe, também, a possibilidade da otosclerose ser, de algum modo, ligada ao vírus do
sarampo. A otosclerose seria uma doença com predisposição genética e o vírus do sarampo
poderia ser o fator desencadeante. Esta é uma discussão ativa no momento, alguns
pesquisadores acreditam que esta ligação existe efetivamente, mas nada está definitivamente
comprovado.
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O sarampo pode trazer outros comprometimentos como pneumonia e encefalite. Pode
gerar sequelas como redução da capacidade mental, cegueira e retardo no crescimento. O
paramixovírus pode matar tanto adultos quanto crianças, e é uma das principais causas de
morbimortalidade entre crianças menores de cinco anos.
Sites como a Fiocruz e BBC trazem de maneira geral, informações precisas sobre o
sarampo , com uma linguagem de fácil compreensão para todos que desejarem fazer uma
busca rápida sobre a doença.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-61114798
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https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/sarampo-sintomas-transmissao-e-prevencao-167
Referências
Khalifa AFM, Khalifa AFM. Pathological and clinical profile of hearing loss among Sudanese
children attending the Khartoum Teaching Hospital. J Family Med Prim Care. 2020 Jun
30;9(6):2720-2723. doi: 10.4103/jfmpc.jfmpc_348_20. PMID: 32984114
PMCID: PMC7491811.
PASSOS, Fabio Manoel dos. Et Al. Surdez súbita secundária a caxumba: relato de caso.
Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 05, Vol. 02, pp.
05-11. Maio de 2019. ISSN: 2448-0959
Medeiros Portella S, Goudinho L da S, Ferreira ATS, Mendes MCB, Vale MRM dos S,
Oliveira AF de, Leite EA, Silva Junior E dos S, Silva MJ da, Fausto IR de S, Pinto SCC da S,
Braz RMM. A base biológica da surdez. RSD [Internet]. 4 de agosto de 2021 [citado em 7 de
novembro de 2022];10(10):e16101018656.
Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/18656
Morales, Teolinda Mendonza de; Garcia, Myrian Adriana Pérez; Ramos, Sonia Regina.
V Manual Otorrinolaringologia Pediatra: Surdez Viral na Infância. 5ª edição. Buenos Aires.
Publicado em 2006 pela Lis Gráfica e Editora Ltda.
Tsubota M, Shojaku H, Ishimaru H, Fujisaka M, Watanabe Y. Mumps virus may damage the
vestibular nerve as well as the inner ear. Acta Otolaryngol. 2008 Jun;128(6):644-7. doi:
10.1080/00016480701646305. PMID: 18568498.
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Capítulo 08 - Toxoplasmose
· Contágio indireto: por meio de ingestão de carne com o agente transmissor como a
bovina e suína onde a o parasita, (Via Oral);
Sintomas
Os sintomas normalmente são leves, similares à gripe, dengue e podem incluir dores
musculares e alterações nos gânglios linfáticos. Já pessoas com baixa imunidade podem
apresentar sintomas mais graves, incluindo febre, dor de cabeça, confusão mental, falta de
coordenação e convulsões.
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anormalidades motoras e surdez. As sequelas são ainda mais frequentes e mais graves nos
RN que já apresentam sinais ao nascer, com acometimento visual em graus variados, retardo
mental, crises convulsivas, anormalidades motoras e surdez.
Tratamento
Referências
3. Leite Filho CA, Lagreca LCC, Jesus NO de, Corvaro CP, Ferrarini MAG, Monteiro AIMP,
et al. Alterações auditivas em crianças expostas à toxoplasmose durante a gestação. Revista
CEFAC [Internet]. 2017 Jun [cited 2021 Jun 22];19(3):330–9. Site disponível em:
https://www.scielo.br/j/rcefac/a/ZJb4Z57H9HPF9wsCM4KJVxg/?lang=pt&format=pdf
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