Você está na página 1de 62

Carlos Paiva, Enfermeiro

112
 Capta oxigénio da
atmosfera, para distribuir
por todas as células do
organismo;

 Elimina dióxido de carbono


do interior das células.

113
É constituído por:
 Vias aéreas superiores (Nariz,
seios perinasais, faringe,
laringe);

 Vias aéreas inferiores (traqueia,


brônquios, bronquíolos);

 Pulmões e caixa torácica.

114
 NARIZ/ FOSSAS NASAIS

 Possui na membrana mucosa as terminações sensitivas do nervo


olfactivo;

 A porção superior do nariz é suportado pelos ossos e a inferior é


suportada pela cartilagem;

 As narinas são separadas pelo septo nasal;

 promove a filtração (pêlos e cílios), o aquecimento (capilares


sanguíneos) e a humidificação do ar (muco).

 SEIOS PERINASAIS

 Produzem muco para a cavidade nasal;

 Promovem a ressonância e o timbre.

115
 FARINGE

 Se obstruída a faringe pode levar à paragem da ventilação.

 A faringe (garganta) é dividida em:

- Nasofaringe: encontra-se acima do palato mole e contém os


adenóides e os orifícios das trompas de eustáquio;

- Orofaringe: localizada na porção posterior da boca e contem as


amígdalas. Os adenoides e as amígdalas são constituídas por
tecido linfóide que ajuda a filtrar as bactérias ou outro material
estranho que entra para o nariz e a garganta.

- Laringo-faringe: abre-se na laringe e no esófago.

116
 LARINGE

 Também conhecida por caixa de voz liga a faringe à traqueia;

 Constituída por cartilagem, musculo, ligamentos e inicio das cordas


vocais, que formam a abertura em forma de V da glote;

 O som é produzido quando o ar expirado é forçado através da glote


fechada levando as cordas vocais a vibrar;

 A entrada da laringe é protegida pela epiglote, para na deglutição


evitar a aspiração dos alimentos ou líquidos para os pulmões;

 A laringe é inervada pelo nervo laríngeo, que inicia o reflexo da


tosse na presença de partículas estranhas, mucosas secas e outros
irritantes.
117
 TRAQUEIA, BRONQUIOS, BRONQUÍOLOS

 é um tubo cujas paredes são reforçadas por anéis


cartilagíneos incompletos;

 Bifurca-se na sua região inferior, originando os


brônquios principais direito e esquerdo, que
penetram nos pulmões;

 Nos pulmões cada brônquio divide-se:

 Bronquíolos.

 Alvéolos pulmonares
118
 CAIXA TORÁCICA

 É constituída por costelas, esterno, omoplata, coluna


vertebral;

 Aloja os pulmões, coração, grandes vasos, gânglios


linfáticos, glândula tímica e esófago;

 Os músculos intercostais ficam entre as costelas e o


diafragma forma o pavimento da caixa torácica.

119
 PULMÕES:

 São estruturas em forma de cone, esponjosos e com cerca de 25

cm de comprimento, revestidos por uma membrana: a pleura

visceral;

 Função principal é a troca de gases;

 O pulmão direito tem 3 lobos e o esquerdo tem 2 lobos

 A pleura parietal reveste a superfície da caixa torácica;

 O espaço pleural contem milímetros de liquido seroso que permite

que as superfícies pleurais deslizem uma sobre a outra sem

fricção, durante a inspiração e expiração.


120
 A inspiração é um processo ativo, há contracção
dos músculos inspiratórios, por exemplo, o
diafragma, os músculos intercostais e os músculos
escalenos;
 O diafragma é um grande musculo em forma de
abóbada que se achata durante a contração,
iniciando a inspiração;

 Estão alojados na caixa torácica que na parte


inferior é limitada por uma camada muscular 
diafragma.

121
 A expiração é um processo passivo produzido pela

recolha elástica da parede torácica e dos pulmões;

 O relaxamento do diafragma e dos músculos

intercostais diminui o tamanho da caixa torácica;

 A expiração é ativa quando há alguma doença,

exercício físico ou tosse , os músculos intercostais

internos e abdominais contraem-se.

122
INSPIRAÇÃO EXPIRAÇÃO

123
 Troca gasosa que ocorre a nível
dos alvéolos pulmonares.

 O ar atmosférico atinge os
alvéolos, o oxigénio atravessa a
parede que é muito fina e
penetra nos capilares.

 Como troca liberta-se o dióxido


de carbono transportado pelo
sangue.
124
125
TOSSE:

 A tosse tem 2 funções:


 Proteger os pulmões da aspiração;

 Ajudar a eliminar corpos estranhos e o excesso de muco das


vias aéreas;

 A tosse é um importante mecanismo de defesa, não se


deve tratar a não ser que interfira com as atividades de
vida diária.
126
PRODUÇÃO EXPECTORAÇÃO

 Um tapete de muco reveste a camada epitelial da árvore


traqueobrônquica e limpa-a de partículas e detritos inalados;

 O muco é produzido pelas células caliciformes;

 Os cílios impelem o muco (contem partículas estranhas) para


cima em direcção à faringe onde é expectorada ou deglutida;

 A expectoração é normal se for clara e não espessa;

127
HEMOPTISES

 Corresponde à eliminação de sangue pela tosse ou de


expectoração tingida de sangue (hemoptises);

 Se a coloração do sangue for castanho escuro, significa


que tem uma origem gastrointestinal, chamam-se
hematemeses (vómito de sangue);

 Se o sangue tiver origem pelo nariz, denominam-se por


epistaxis;

128
SIBILOS

É um som de alta intensidade, sibilante, produzido


quando o ar passa através das vias aéreas
reduzidas ou obstruídas;

 Normalmente ocorre na expiração, contudo podem


ser ouvidos através de todo o ciclo respiratório.

129
DOR TORACICA COM ORIGEM PULMONAR
ORIGEM CARATERISTICAS CAUSAS POSSIVEIS
DOR TORÁCICA Dor bem localizada, constante Traumatismo e tosse
e aumenta com movimentos.

PLEURA Dor aguda, inicio súbito, Inflamação da pleura;


aumenta com a inspiração ou Doenças auto-imunes;
um esforço ventilatório brusco Doenças tecido
(espirro, tosse) conjuntivo.
PARÊNQUIMA • Dor pouco intensa, • Tumores benignos do
PULMONAR constante; pulmão;
• Dor bem localizada, aguda, • Carcinoma;
de inicio súbito; • Pneumotórax;
• Inicio súbito, dor penetrante • Embolia e enfarte
na inspiração, pode irradiar. pulmonar.
• Infecões

130
131
 Constipação vulgar; situação inflamatória das membranas mucosas

do nariz e seios perinasais causada por um vírus filtrante;

 Transmite-se pelo espirro, através das gotículas e é contagiosa nos

primeiros 2 a 3 dias;

 Também pode ser transmitida pelas mãos das pessoas que

espirram e que assoam o nariz ou através de objetos

 Rinite alérgica: pessoas atópicas podem tornar-se sensibilizadas a

alérgenos inalados.

 Há alérgenos agudos (sazonais) e crónicos (domésticos);

132
É a inflamação da garganta mais comum;

 SINTOMAS: secura da garganta, hiperemiada,

dor, dificuldade na deglutição, tosse seca, febre.

TRATAMENTO:

 Pastilhas com anestésico, AINE’S.

133
 Inflamação aguda das amígdalas e das suas

criptas, e ocorre principalmente quando as

defesas da pessoa estão mais diminuídas e é

mais frequente em crianças.

 SINTOMAS: garganta dolorosa, odinofagia,

febre, calafrios, mialgias e mal estar geral.

134
 É uma inflamação das membranas mucosas que revestem

a laringe, acompanhada por edema das cordas vocais.

 CAUSAS: frio, alterações bruscas de temperatura, fumos

irritantes.

 SINTOMAS: ligeira rouquidão, perda completa da voz,

garganta dolorosa e áspera e tosse presente.

135
 EXISTEM 3 CATEGORIAS:
 Restritivas;
 Obstrutivas;
 vasculares

 Nas doenças pulmonares restritivas incluem-se:


 Bronquite Aguda;
 Pneumonia;
 Tuberculose;
 Infecções fúngicas;
 Doenças pulmonares ocupacionais;
 SDRA;
 Cancro do pulmão.

136
É uma inflamação dos brônquios e geralmente da

traqueia (traqueobronquite).

 CAUSA:

 agentes físicos e químicos (poeiras, fumo tabaco,

fumos voláteis);

 Vírus como Haemophilus influenzae ou bactérias como

Streptococcus pneumoniae;.

137
 SINTOMAS:

 Tosse dolorosa; Expetoração;

 Febre pouco elevada; Mal estar;

 Dor zona do esterno (provocada pela inflamação traqueal);

 Duram cerca de 1 a 2 semanas e podem prolongar-se para 3 a 4 ;

 SE AGRAVAR: há aumento de febre, dispneia, dor pleurítica

(inspiração), respiração rápida, fervores – suspeitar de pneumonia.

138
 É uma inflamação do tecido pulmonar, resultante da inalação
ou do transporte através da corrente sanguínea de agentes
infecciosos ou fumos, ou do tratamento com radiações.

 A maioria é contagiosa;

 O modo de transmissão depende do microorganismo


infectante;

 As pneumonias classificam-se de acordo com o local em que


a infecção é adquirida, na comunidade (PAC) ou como
pneumonia adquirida no hospital (PAH) ou nosocomial.

139
 70% ocorre em pessoas com doenças prévias (diabetes, DPOC,
problemas cardíacos, neoplasias, alcoolismo,
imunodeficiencias);

 Os agentes mais comuns:

 Streptococcus pneumonae (todos grupos etários);

 Mycoplasma pneumoniae (adolescentes e jovens adultos, mas


mais grave se em idosos ou pessoas debilitadas);

 Haemophilus influenzae (têm aumentado significativamente);

 Legionella pneumoniae.

140
 Taxa de mortalidade é de cerca de 30% a 50%, por
bactérias multiresistentes;
 Cerca de 80% dos casos da PAH são causadas por
bactérias gram-negativas;
 Os agentes mais comuns:
 Pseudomonas aeroginosa (provoca cerca de 20% a 30%) é o
mais patogénico;
 Staphylococcus aureus (2º mais patogénico) por materiais
hospitalares, procedimentos e lesões especificas;

141
 É uma doença infecciosa causada pelo bacilo
Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Kock);

Transmite-se por:

 Via aérea na forma pulmonar

 Via extrapulmonar (laringe, aparelho gastrointestinal,


gânglios linfáticos, pele, sistema esquelético, sistema
nervoso e aparelho géniturinário) através da via
sanguínea ou linfática;

142
 Quem tem tuberculose noutras partes do corpo não
transmite a doença a ninguém porque não elimina o
bacilo de Koch através da tosse.
 Doentes que já fazem tratamento não oferecem
perigo de contágio porque a partir do início do
tratamento este risco vai diminui.
 Quinze dias após inicio do tratamento, é provável
que o paciente já não elimine os bacilos de Koch.

143
Um individuo com tuberculose pulmonar, expele gotículas
de saliva, ao falar, tossir, espirrar ou cantar.
Essas gotículas ficam a pairar no ar durante várias horas e
podem ser inaladas por outras pessoas.
Outras formas de contagio:
 Secreções (expectoração), pus das feridas numa
tuberculose da pele;
 Saliva (beijo);
 Fezes e urina (mais raramente).
144
 Tosse persistente de inicio irritativa e posteriormente

produtiva;

 Falta de apetite; Emagrecimento;

 Expectoração com sangue;

 Suores nocturnos(dos que ensopam o lençol);

 Febre ou febricula;

 Cansaço sem explicação;

 Dores no tórax.

145
 Tosse durante cerca de três semanas;

 Exame do escarro ou baciloscopia;

 Raio-x ao tórax.

 Medicação;

 Tratamento dura cerca de 6 meses, realizado no CDP;

 A tuberculose tem cura, excepto se parar o tratamento


sem indicação médica.

146
 Causadas por substancias microscópicas inaladas no local de
trabalho.

 Mais frequentes em trabalhadores de escritórios, áreas


industrializadas, fábricas de pequena e média dimensão;

 O mais comum:

 Asma; Enfisema; Cancro;

 Pulmões de fumadores são mais susceptiveis que os não


fumadores;

147
 Pode ser: primário ou metastático (secundário);

 Os tumores metastáticos têm origem em tumores malignos de


qualquer parte do organismo, sendo as do cólon e rim frequentes;

 As metástases para os pulmões podem ser diagnosticas antes de


a lesão primária ser conhecida;

 Muitas vezes a localização do cancro primário é encontrada mais


tarde.

 É a principal causa de morte por cancro tanto no homem como na


mulher e não há cura…..

148
149
 Tabagismo;

 Exposição a substancias industriais;

150
 Caracteriza-se pela obstrução do fluxo aéreo
e que resulta de uma bronquite crónica ou
enfisema;

 Divide-se em:
 Bronquite crónica ;

 Enfisema;

151
A asma é uma doença inflamatória crónica das vias
aéreas que, em indivíduos susceptíveis, origina
episódios recorrentes de pieira, dispneia
(dificuldade na respiração), aperto torácico e tosse,
particularmente nocturna ou no início da manhã.

152
 Exercício físico; Animais com pelo; Penas dos pássaros; Infeções;

 Exposição prolongada aos ácaros do pó doméstico;

 Fumo, principalmente de tabaco e lenha;

 Pólen, sobretudo na Primavera; Alterações de temperatura do ar;

 Emoções fortes, principalmente quando desencadeiam o riso ou

choro;

 Produtos químicos inaláveis;

 Fármacos, principalmente ácido acetilsalicílico e beta-bloqueadores.

153
 Incapacidade do sistema respiratório manter a
ventilação e/ou a oxigenação que se instala
rápidamente.
 Não atende as necessidades metabólicas do
organismo

Causas de IRA
 Adulto – multifatoriais
 Lesões pulmonares x distúrbios não pulmonares
 Anomalias do SNC, sistema neuromuscular, VAS e
VAI, Parênquima pulmonar e Sist. cardiovascular

154
155
156
157
Causas de IRA:
 Captação anormal de oxigênio:

 Neoplasia

 Infecções: virais, bacterianas ,fúngicas

 Trauma: contusão pulmonar, laceração

 Outros: broncoespasmo, ICC, SDRA, atelectasia, embolia pulmonar.

 Distúrbios associados com eliminação inadequada de CO2


 Drogas: opióides, benzodiazepínicos, venenos, barbituricos
 Metabólicos: hiponatremia, hipocalcemia, hiperglicemias, neoplasias
 Infecção: meningite, encefalite…

 Nervos e músculos:
 Trauma: medula espinhal, diafragma
 Infecções: tétano, poliomielite
158
Fisiopatologia da IRA
 Incompatibilidade entre a ventilação alveolar e perfusão
pulmonar.
 Difusão diminuída de O2 através da membrana
 Hipoventilação alveolar
 Altitudes elevadas
 Incapacidade de detectar PaCO2 elevada
 Incapacidade de resposta neurológica com mecanismos
efetores da ventilação
 Incapacidade resposta muscular
 Espaço morto: fluxo gasoso adequado x fluxo sanguíneo
inadequado
159
Manifestações clinicas:
 Estado mental alterado- agitação sonolência
 Trabalho respiratório aumentado: batimento de asa de
nariz, uso de musculatura acessória, taquipnéia,
hiperpnéia
 Bradipnéia
 Cianose de membranas e mucosas
 Diaforese, taquicardia, hipertensão

160
161
162
É uma emergência médica, em que ocorre uma
acumulação anormal de fluidos no compartimento
extravascular pulmonar, resultando em hipoxemia.

 Ocorre por um desequilíbrio entre a pressão


hidrostática capilar elevada e a pressão intersticial
normal, em proporções em que o líquido
extravasado já não pode ser removido
adequadamente.

163
Causas secundárias a cardiopatias:
 Isquemia miocardia aguda
 Hipertensão arterial sistêmica
 Vavulopatia
 Miocardiopatia primária
 Cardiopatias congênitas
 Hipervolemia secundária a doença renal ou outras

164
QUADRO CLÍNICO:
 Dispnéia para esforços
 Dispnéia paroxística noturna
 Tosse com expectoração rosada
 Sibilância
 Palidez cutânea e sudorese fria
 Cianose de extremidades
 Uso da musculatura respiratória acessória
 Taquipneia

165
 Ansiedade
 Agitação
 Sentado, com os membros pendentes
 Dispneia
 Precordialgia
 Expectoraçãorósea espumosa, associada aos
demais sintomas, em casos extremos

166
167
 Acumulação anormal de líquido, na cavidade
pleural que é o espaço virtual entre as pleuras
parietal e visceral, as quais deslizam uma sobre a
outra, separadas por uma fina camada de líquido.

168
▪ As principais causas de DP nos EUA são:
- ICC
- Pneumonia
- Neoplasias
- Tromboembolia pulmonar
- Doenças virais
- Tuberculose pulmonar)

169
170
171
Pneumotórax

Aumento da pressão intratorácica


Desvio Mediastino
Colapso pulmonar
Possibilidade de tornar-se hipertensivo

Choque circulatório

172
173

Você também pode gostar