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ESCOLA EVARISTO NOGUEIRA

Técnico de Apoio Familiar e de Apoio à


Comunidade

Os sistemas do corpo humano:


os sistemas urinário e
Saúde
gastrointestinal, os órgãos dos
sentidos e a pele.
Objetivos

• Identificar os conceitos e princípios


fundamentais sobre os sistemas
urinários e gastrointestinal.

• Identificar os conceitos e princípios


fundamentais sobre os órgãos dos
sentidos e a pele.
Conteúdos

•Sistema Urinário
• Constituição do Sistema Urinário
• Produção e excreção de urina
• Incontinência urinária- conceito
• Infeção urinária: conceito; prevenção
• Sinais e sintomas de alerta relacionado com
alterações do sistema urinário
• Implicações para os cuidados de higiene,
conforto e eliminação
Conteúdos
•Sistema Gastrointestinal
• Constituição do sistema gastrointestinal
• Processo de digestão
• Importância deste processo para a absorção de nutrientes e
funcionamento do organismo
• Eliminação intestinal
• Obstipação: conceito; prevenção
• Diarreia: conceito
• Vómito: conceito; risco de aspiração de vómito
• Engasgamento: conceito
• Sinais e sintomas de alerta relacionado com alterações do sistema
gastrointestinal
• Implicações para os cuidados de higiene, conforto e eliminação
Conteúdos

•Órgãos dos Sentidos


• Olho e a Visão
• Ouvido e a Audição
• Nariz e o Olfato
• Boca e o Paladar
• Pele e o Tato
• Especificidades da prestação de cuidados de
higiene e conforto
Conteúdos

•Estrutura e as funções da pele: noções gerais


• Alterações da estrutura e da capacidade funcional da pele resultantes do
envelhecimento
• Outras alterações resultantes de patologias e outros fatores
• Integridade cutânea e compromisso da integridade cutânea

•Implicações para os cuidados de higiene e conforto


SISTEMA URINÁRIO Sistema Excretor

O sistema excretor é formado por um conjunto de órgãos


que filtram o sangue, produzem e excretam a urina - o
principal líquido de excreção do organismo. É constituído
por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga e pela
uretra.
SISTEMA URINÁRIO Funções
• Produzir, armazenar e eliminar a urina;

• Regular o volume a composição química do sangue e seu volume;

• Eliminar o excesso de água e resíduos do corpo humano, através da


urina;

• Garantir a manutenção do equilíbrio dos minerais no corpo humano;

• Auxílio na regulação de produção das hemácias (células vermelhas


sanguíneas)
SISTEMA URINÁRIO Constituição do Sistema Urinário

DIVISÃO DO SISTEMA URINÁRIO

• TRATO URINÁRIO SUPERIOR: Rins e ureteres

• TRATO URINÁRIO INFERIOR: Bexiga e uretra


SISTEMA URINÁRIO Constituição do Sistema Urinário

O Rim
Situam-se na parte dorsal do abdómen

Possuem uma cápsula fibrosa

Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e


dá forma ao órgão, e por milhares ou milhões de
unidades filtradoras, os nefrónios, localizados na região
renal.

São responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções.


SISTEMA URINÁRIO Constituição do Sistema Urinário

O Rim
Rim esquerdo sob gordura perirenal
Gordura perirenal

Aorta Abdominal
SISTEMA URINÁRIO Constituição do Sistema Urinário

O Rim

Cápsula
fibrosa

Remoção parcial da
gordura perirrenal
SISTEMA URINÁRIO Constituição do rim
SISTEMA URINÁRIO

Como funcionam os rins


O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior do órgão,
originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no interior da cápsula
de Bowman do nefrónio, formando um enovelado de capilares denominado glomérulo de Malpighi.
SISTEMA URINÁRIO Como funcionam os rins

• O sangue arterial é conduzido sob alta pressão nos capilares do glomérulo. Essa pressão, que
normalmente é de 70 a 80 mmHg, tem intensidade suficiente para que parte do plasma passe
para a cápsula de Bowman, processo denominado filtração.

• Essas substâncias extravasadas para a cápsula de Bowman constituem o filtrado glomerular,


que é semelhante, em composição química, ao plasma sanguíneo, com a diferença de que não
possui proteínas, incapazes de atravessar os capilares glomerulares.
SISTEMA URINÁRIO Como funcionam os rins

O filtrado glomerular passa em seguida


para o túbulo contorcido proximal, cuja
parede é formada por células adaptadas
ao transporte ativo. Nesse túbulo, ocorre
reabsorção de sódio.

A saída desses iões provoca a remoção


de cloro, fazendo com que a
concentração do líquido dentro desse
tubo fique menor (hipotónico) do que do
plasma dos capilares que o envolvem.
SISTEMA URINÁRIO Como funcionam os rins

Quando o líquido percorre o ramo descendente da alça


de Henle, há passagem de água por osmose do líquido
tubular (hipotónico) para os capilares sanguíneos
(hipertónicos) – ao que chamamos reabsorção.

O ramo descendente percorre regiões do rim com


gradientes crescentes de concentração.

Consequentemente, ele perde ainda mais água para


os tecidos, de forma que, na curvatura da alça de
Henle, a concentração do líquido tubular é alta.
SISTEMA URINÁRIO Como funcionam os rins
SISTEMA URINÁRIO Fisiologia Renal

Arteríola aferente – chega ao néfronio

Arteríola eferente – sai do glomérulo e vai formar uma rede de


capilares que irão receber de volta o que não deveria ter saído da
nossa corrente sanguínea

Túbulo proximal - reabsorção íons

Ança de Henle – reabsorção de água

Túbulo distal - controle da homeostase, equilíbrio do nosso corpo

Tubo/duto coletor - urina

Valor normal diurese: 1,5-2,0L/dia


SISTEMA URINÁRIO Urina

• 95% - Água

• 5% - Uréia, ácido úrico, aminoácidos e eletrólitos.


SISTEMA URINÁRIO Constituição do Sistema Urinário

Ureteres

Tubo muscular que se estende da pelve renal à bexiga


urinária;

Cada uréter tem entre 25 a 30 cm de comprimento e três


milímetros de diâmetro
SISTEMA URINÁRIO Constituição do Sistema Urinário

Bexiga

A bexiga é o órgão humano no qual é armazenada a


urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca
caracterizada pela sua distensibilidade. À bexiga segue-
se a uretra, o ducto que exterioriza a urina produzida pelo
organismo .

• Armazena de 300 – 500 ml de urina


SISTEMA URINÁRIO Constituição do Sistema Urinário

Uretra feminina

A uretra feminina tem


em cerca de 20 cm
ANATOMIA FEMININA

Supra-renal

Rim E
Rim D

Ureter E
Ureter D

útero
Bexiga urinária

anterior
ANATOMIA FEMININA
SISTEMA URINÁRIO Constituição do Sistema Urinário

Uretra masculina
Tubo fibromuscular que dá
passagem à urina da bexiga ao
exterior,e, no homem, ao
líquido seminal, na maior parte
de seu trajeto.

A uretra masculina tem em cerca de 20 cm


ANATOMIA MASCULINA

Aorta
Supra Abdom.
Renais

Rim E Rim D

Veia
Cava
Ureteres

Próstata
Bexiga
ICONTINÊNCIA URINÁRIA Conceito

• Queixa de qualquer perda involuntária de urina.

• ICS (International Continence Society) define a incontinência como “uma condição em que a
perda involuntária de urina é objectivamente demonstrável e se torna um problema social ou
higiénico”

O sintoma de incontinência urinária é a queixa de perda involuntária de urina

O sinal de incontinência urinária é a constatação clínica de perda involuntária de urina


ANATOMIA MASCULINA

Como funciona o rim


INCONTINÊNCIA URINÁRIA Epidemiologia

- A prevalência da incontinência urinária é de extrema variabilidade nos estudos disponíveis.

- Apesar de frequente, a incontinência urinária é, sem dúvida, subestimada

- A prevalência de incontinência urinária, segundo a definição da International Continence Society,

estimada em portugal continental foi 21,4% nas mulheres e 7,6 % nos homens.

- A prevalência é maior nas mulheres devido a fatores anatômicos

No início da vida adulta de 20-30%

Um pico de 30-40% na meia-idade

Um acréscimo na mulher idosa (30-50%).


INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Para compreender as causas da incontinência é importante que


conheça a «mecânica» do seu organismo:

Bexiga: É um pequeno reservatório com 6 a 8 cm de diâmetro que


pode conter entre 400 a 500 ml de urina. Contrai-se para se esvaziar.

Esfíncteres: Os músculos dos esfíncteres fecham-se para reter a urina e abrem-se para a deixar sair.

Períneo: É uma sobreposição de músculos esticados como uma cama de rede que contém a uretra, o
ânus e a vagina. Habitualmente, exerce uma força suficiente para apertar os orifícios respetivos para
desempenhar o papel de fecho.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA Fatores de Risco

- Sexo feminino
- Número de partos normais
- Obesidade
- Envelhecimento
- Outras doenças: doenças neurológicas, diabetes
- Ingestão hídrica excessiva
INCONTINÊNCIA URINÁRIA Tratamento

-Famacológico

-Cirúrgico

- Outro tipo tratamento: fisioterapia


INFEÇÃO URINÁRIA Conceito

A Infeção do Trato Urinário (ITU),


conhecida popularmente como infeção
urinária, é um quadro infecioso que pode
ocorrer em qualquer parte do sistema
urinário, como rins, bexiga, uretra e
ureteres. Esse tipo de infeção é mais
comum na parte inferior do trato urinário, do
qual fazem parte a bexiga e a uretra.
INFEÇÃO URINÁRIA Conceito

As infeções do trato urinário (ITU) são frequentes em homens e mulheres, apresentando


sintomas diversos, com morbidade variável, podendo até mesmo ser a causa de mortalidade em
situações extremas.
INFEÇÃO URINÁRIA Causa

Contaminação por via ascendente

A principal causa de ITU são as infeções bacterianas,


normalmente bactérias que encontramos em nosso trato
digestivo.

A bactéria Escherichia coli é a principal responsável pela


ITU, causando 85% das infeções não hospitalares e 50%
das infeções hospitalares.
INFEÇÃO URINÁRIA Tipos

Os tipos, causas e sintomas das infeções

urinárias variam de acordo com o local onde há

infeção.

Existem quatro tipos de infeção urinária:

• Cistite (infeção na bexiga)

• Uretrite (infeção na uretra)

• Pielonefrite (infeção nos rins)

• Infeção nos ureteres.


INFEÇÃO URINÁRIA Tipos
INFEÇÃO URINÁRIA Fatores de Risco

• As infeções urinárias são mais comuns em pessoas cuja uretra é menor, como no caso do
sistema reprodutor feminino, ou seja, o caminho que a bactéria precisa percorrer para chegar
até abexiga é menor

• Ter vida sexualmente ativa facilita a infeção


urinária, especialmente as vaginais.

• Presença de corpos estranhos (sondas vesicais)


INFEÇÃO URINÁRIA Fatores de Risco

• O uso de alguns tipos de contraeptivos, como


espermicidas, também pode ser considerado um fator
de risco

• Após a menopausa, as infeções urinárias podem


acontecer com mais frequência do que antes, uma vez
que a baixa quantidade de estrogênio causa mudanças
no trato urinário de modo a deixá-lo mais vulnerável à
ação de bactérias
INFEÇÃO URINÁRIA Sintomas

Nem sempre uma pessoa com infeção urinária apresenta sintomas, mas quando surgem, os
mais comuns são:

• Dor (Disúria) • Urina com alteração da coloração e odor


• Ardor forte ao urinar • Presença de sangue na urina (hematúria)
• Dificuldade para urinar • Febre
• Urgência para urinar • Dor pélvica
• Aumento de frequência urinária (polaquiuria)
INFEÇÃO URINÁRIA Prevenção

Algumas medidas podem prevenir infeções urinárias, sejam elas de que tipo forem.

• Ingestão frequente de líquidos, especialmente água

• Higienização após urinar para evitar que bactérias


se acumulem no local e entrem no trato urinário
INFEÇÃO URINÁRIA Tratamento

• Hidratação

• Medicamento
SINAIS E SINTOMAS DE ALERTA
RELACIONADO COM ALTERAÇÕES DO
SISTEMA URINÁRIO

A infeção urinária ou ainda infeção do trato urinário, ou ITU, pode acontecer em qualquer
parte do trato urinário. As infeções do trato urinário têm nomes diferentes de acordo com
a parte do trato urinário infetada.

• Ureteres: os tubos que levam a urina de cada um dos


rins até a bexiga raramente são um lugar de infeção

• Uretra: uma infeção do tubo que drena a urina da


bexiga para fora do corpo é chamada de uretrite.
PIELONEFRITES

A pielonefrite é uma infeção do trato


urinário superior, que envolve o rim,
geralmente causada por bactérias vindas
da bexiga, que alcança a pelve renal por
via ascendente.
PIELONEFRITES Fatores de Risco

• Sexo feminino: as mulheres são mais propensas às cistites (infeções de bexiga) do que os
homens. Isto dá-se em consequência da distância ser pequena e direta, entre a bexiga e a
pele (onde as bactérias vivem normalmente);

• Gravidez: durante a gravidez as possibilidades de desenvolvimento desta infeção


aumentam.

• Obstrução: como tumores, cálculos, estenoses, aumento da próstata, entre outros, podem
levar ao aumento da parte interna do rim (hidronefrose) e à infeção renal.
PIELONEFRITES Fatores de Risco

• Diabetes Melittus;

• Bexiga neurogénica: quando há problemas nervosos que impeçam a contração da bexiga;

• Refluxo vesico uretral: pode ocorrer em crianças, devido a uma anormalidade existente na
bexiga que permite que a urina volte em direção ao ureter;

• Desenvolvimento anormal das vias urinárias;

• Idade e baixa imunidade: em pessoas mais idosas e com o sistema imunitário comprometido,
a pielonefrite pode levar a óbito.
PIELONEFRITES Sinais e Sintomas

Os sinais clínicos apresentados podem surgir de forma repentina (aguda) ou


progressivamente (crónica)

• dor intermitente (cólica renal);


• hematúria;
• dor no rim afetado devido ao aumento deste órgão;
• sensação de mal-estar com
• Disúria;
arrepios;
• dificuldade ou sensação de urgência para urinar;
• náuseas e vómitos;
• urina fétida e concentrada;
• febre alta.
CISTITE

É uma infecção da bexiga provocada por bactérias.

As mulheres têm 30 vezes mais cistite que os homens, principalmente

por terem a uretra mais curta (8 cm) comparada com a uretra


masculina (22 cm).

Na maioria das vezes ocorre devido à ação da bactéria


Escherichia coli.
CISTITE Fatores predisponentes
• Alterações da imunidade geral e local da região Peri uretral e da
bexiga;

• Diabetes;

• Banhos de imersão;

• Antibióticos que destroem temporariamente a flora bacteriana;

• Alergia a componentes usados em produtos de higiene íntima;


• Anormalidades obstrutivas ou estruturais do trato urinário;
• Menopausa;
• Uso de sonda uretral ou instrumentação das vias urinárias;
• Atividade sexual freqüente aumenta o risco de cistite;
• Gravidez.
CISTITE Sintomas

• Disúria
• Polaquiúria
• Hematúria
• Urgência miccional
• Desconforto supra-púbico
• Dor pélvica
LITIASE E CÓLICA RENAL

A litíase renal é uma doença causada pela formação de


depósitos de minerais (vulgarmente conhecidos como
“pedras”ou“areias”) no interior dos rins.

Em algumas situações, por exemplo quando a urina se


torna cronicamente muito concentrada, pequenos
minerais (normalmente de cálcio ou de ácido úrico),que
são normalmente filtrados pelo rim, vão-se acumulando
neste, podendo cristalizar e formar, assim,
conglomerados chamados cálculos.
LITIASE E CÓLICA RENAL

Estes cálculos que se formam nos rins podem começar a


deslocar-se através das vias urinárias, descendo pelos
ureteres(canais que ligam os rins à bexiga) até à bexiga.

Dependendo do tamanho dos cálculos, estes podem


conseguir passar através das vias urinárias mais ou
menos facilmente. Alguns cálculos de pequenas
dimensões (pequenas “areias”) podem eventualmente ser
expulsos na urina de forma espontânea.
LITIASE E CÓLICA RENAL Sintomas

Geralmente, as manifestações da litíase renal surgem


devido à deslocação dos cálculos através das vias
urinárias.
O sintoma mais típico da litíase renal é a dor, chamada
cólica renal, que surge precisamente devido à descida e
passagem do cálculo através das vias urinárias.
LITIASE E CÓLICA RENAL Sintomas

A cólica renal é uma dor muito intensa que aparece de repente na metade inferior das costas, na
cintura ou nas costelas, podendo também ir até à região genital. É uma dor do tipo cólica – isto
significa que a dor aumenta e diminui de intensidade, alternadamente, ao longo do tempo.

A dor não alivia em nenhuma posição, sendo que


normalmente não se consegue estar parado (as pessoas
que sofrem de cólica renal estão geralmente muito
agitadas e irritadas). Habitualmente, a cólica piora ao
beber água, pelo que este gesto deve ser evitado.
LITIASE E CÓLICA RENAL Sintomas

Para além da cólica renal, poderão surgir também outros sintomas e sinais,
designadamente:
• Náuseas e vómitos;
• Hipersudorese (=transpirar abundantemente);
• Dificuldade ou dor ao urinar;
• Necessidade urgente de urinar;
• Urinar mais vezes do que o habitual (polaquiuria);
• Sangue na urina (hematúria);
• Febre.
LITIASE E CÓLICA RENAL Tratamento

• Analgesia potente
• Hidratação
• Adequação alimentar
• Litotricia
• Cirurgia
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

Insuficiência renal: caracterizada


principalmente pela redução abrupta
das funções renais.

Na IRA, essa redução das funções


renais pode-se apresentar de maneira
rápida (horas ou dias) e temporária.
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA Causas

• Drogas
• Hipotensão
• Sepsis
• Cirurgias longas
• Desidratação/hipovolémia
• Vasoconstrição
• Débito cardíaco diminuído
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA Sintomas

• Débito urinário < 400ml em 24 horas (Oligúria).

• Principais manifestações:
-Fase inicial: oligúria, passa facilmente despercebida pelo paciente e pelo médico.
-Fase intermediária: oligúria ou anúria com duração de 8-10 dias, uremia (naúseas,
vômitos, prurido cutâneo, hipertensão, edema, contrações musculares, alterações da
consciência, coma urêmico).
-Fase final: fase de recuperação, paciente retoma o volume urinário e eliminação das
toxinas ocorre gradativamente, o quadro clínico apresenta melhoras evidentes. Pode durar
de 7-14 dias.
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÓNICA

• Insuficiência renal crônica é a perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais.

• Por ser lenta e progressiva, esta perda resulta em processos adaptativos que, até um certo
ponto, mantêm o paciente sem sintomas da doença.

• Até que tenham perdido cerca de 50% de sua função renal, os pacientes permanecem quase
sem sintomas.
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÓNICA Causas
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÓNICA Sintomas
• Coliúria (urina cor escura)
• Disúria
• Edema em MMII, Anasarca
• Lombalgia
• Anemia acompanhada de palidez cutânea
• Fraqueza muscular, câimbras, dor óssea
• Fadiga e irritabilidade
• Naúseas e vômitos frequentes principalmente pela manhã
• Anorexia
• Sede, gosto metálico na boca, perda de olfato e paladar
• cefaléia, problemas neurológicos, alterações no sono
• convulsões
• amenorréia e decréscimo da fertilidade
TERMINOLOGIAS

• Coliúria (urina cor escura)


• Anúria: débito urinário inferior a 50 ml/dia (ausência de urina)
• Bacteriúria: presença de bactérias na urina
• Disúria: micção dolorosa ou difícil.
• Enurese:eliminação involuntária de urina durante o sono
• Hematúria: presença de hemácias na urina ( sangue)
• Incontinência uriária:eliminação involuntária de urina
• Micção: eliminação de urina
• Nictúria:acordar à noite para urinar;
TERMINOLOGIAS

• Oligúria: débito inferior a 400ml/dia


• Piúria: Presença de leucócitos na urina
• Poliúria: volume aumentado de eliminação urinária;
• Polaquiúria: Aumento de frequência urinária;
• Proteinúria: presença de proteína na urina ( em quantidades anormais)
Retenção urinária: incapacidade de esvaziar a bexiga por completo, durante as
tentativas de urinar.
IMPLICAÇÕES PARA OS CUIDADOS
DE HIGIENE, CONFORTO E
ELIMINAÇÃO
Higiene dos Órgãos Genitais

É muito importante manter a higiene dos órgãos,


exatamente por serem sensíveis e pela facilidade de
infeções.

O órgão feminino corre mais riscos, pelo fato da


uretra ser mais curta que a do homem.
Higiene dos Órgãos Genitais

• Reunir todo o material necessário (Toalha, Bacias, resguardo, toalha, sabão,


Luvas)
• Calçar luvas
• Posicionar os membros inferiores com os joelhos em flexão e com as pernas
afastadas ou assistir o utente a posicionar-se
• Colocar a toalha sobre a cama, no sentido do comprimento, elevando ligeiramente
as nádegas;
• Lavar com água e sabão da zona mais limpa para a zona mais suja;
• Secar a região genital.
Higiene dos Órgãos Genitais Feminino

• Lavar a vulva, fazendo a limpeza dos grandes lábios para os pequenos lábios, e no
sentido descendente – de cima para baixo;
Higiene dos Órgãos Genitais Masculino

• A higienização dos órgãos genitais


externos masculinos é simples;

• É fundamental a retração do
prepúcio, de forma a remover
resíduos e secreções;
MANUTENÇÃO DO CATÉTER URINÁRIO

Conjunto de ações que visam a prevenção de complicações e a manutenção da


permeabilidade da algália

Objetivos
• Prevenir a infeção
• Manter a permeabilidade da algália
• Prevenir a ocorrência de traumatismos dos tecidos
e formação de úlceras
• Providenciar conforto
Orientações

• Lavar as mãos antes e após o manuseamento da algália e dos


sistema de drenagem, a fim de prevenir a infeção urinária;

• Calçar luvas;

• Lavar os órgãos genitais com água e


sabão e secar;

• Trocar o adesivo de fixação da


algália, alternando o local;
• Manter o sistema de drenagem em circuito fechado com um sistema de
esvaziamento que evite a contaminação, o qual só deve ser quebrado por
motivos específicos;

• Providenciar o esvaziamento do saco colector


quando estiver com 2/3 da sua capacidade para um
saco de esvaziamento individual, Deve ser usado
um avental e luvas de proteção que devem ser
substituídas de cliente para cliente;

• Verificar a eficácia da drenagem vesical;


• Manter o saco coletor abaixo do nível da bexiga;

• Trocar todo o sistema de drenagem, quando se verifica


obstrução frequente da algália;

• Desinfetar a conexão da algália – saco com álcool a 70º e


substituir o sistema de drenagem se ocorrer desadaptação
acidental do saco coletor;

• Incentivar o cliente à ingestão de líquidos a fim de promover uma


boa diurese, se não existir contra-indicação clínica;

• Observar as características da urina;

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