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O Sistema Nervoso juntamente com o Sistema Endócrino,

capacitam o organismo a perceber as variações do meio


(interno e externo), a difundir as modificações que essas
variações produzem e a executar as respostas adequadas para
que seja mantido o equilíbrio interno do corpo (homeostasia).
São os sistemas envolvidos na coordenação e regulação das
funções corporais.
No sistema nervoso diferenciam-se duas linhagens celulares:
• os neurónios
• as células da glia
• Neurónios
São as unidades básicas do sistema que processa as informações
e estímulos no corpo humano, atraves dos implusos nervosos

Características e funções dos neurônios


- Os neurónios possuem três partes principais
- dendritos (onde ocorre a recepção das informações, é parte
receptora do neurônio)
- corpo celular(responsável pela integração das informações)
- axônios (transporta o impulso nervoso de um neurónio para outro
ou de um neurônio para uma glândula ou fibra muscular)
- Os neurónios possuem as extremidades ramificadas (parte dos
dendritos).
- A transmissão dos impulsos nervosos entre neurónios, ou de um
neurónio para outro tipo de célula, ocorre através de uma reação
físico-química.

Sinapse
A sinapse é o local de contato (comunicação) entre dois
neurônios. A transferência do impulso nervoso nas sinapses
ocorre graças aos neurotransmissores. Estes são biomoléculas
(substâncias químicas), produzidas pelos neurónios e
armazenados nas vesículas sinápticas (bolsas presentes nas
extremidades dos axónios).
Curiosidades:
- Um ser humano adulto possui cerca de 85 bilhões de neurónios
no seu corpo.
- O ramo da Biologia que estuda o sistema nervoso é chamado de
Neurociência.
- O ramo da Medicina que estuda os transtornos do sistema
nervoso é conhecido como Neurologia
• Células da glia

Elas não geram impulsos nervosos,


não formam sinapses e, ao contrário
dos neurónios, são capazes de
se multiplicar através do processo
de mitose, mesmo em indivíduos
adultos.
Assim, as células da glia atuam como
células de suporte aos neurónios.
Entre as diversas funções exercidas
por essas células, podemos destacar:
• Sustentação e isolamento dos
neurónios
• Transporte de substâncias
nutritivas aos neurónios
• Participação no equilíbrio iônico do fluido extracelular;
• Remoção de excretas e fagocitose de restos celulares.
As células da glia são mais numerosas que os neurónios,
existem cerca de 10 células da glia para cada neurónio no
sistema nervoso central. No entanto, por ter um tamanho
reduzido, ocupam aproximadamente a metade do volume do
tecido nervoso.

Podemos encontrar nas células da glia os seguintes tipos


celulares:
• astrócitos: têm como função a sustentação e a nutrição, pois
suas ramificações ligam-se a capilares sanguíneos fazendo o
transporte de nutrientes
• micróglia: são células macrofágicas, responsáveis pela
fagocitose de corpos estranhos e restos celulares
• oligodendrócitos: produzem a mielina do sistema nervosos
central. No sistema nervoso periférico, essa função é exercida
pelas células de Schwann;
• ependimárias: a sua função é o revestimento das cavidades do
sistema nervoso central.
Os corpos celulares dos neurónios são geralmente encontrados
em áreas restritas do sistema nervoso, que formam o Sistema
Nervoso Central (SNC). Do sistema nervoso central partem os
prolongamentos dos neurónios, formando feixes chamados
nervos, que constituem o Sistema Nervoso Periférico (SNP).
O SNC recebe, analisa e integra informações. É o local
onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens. O
SNP carrega informações dos órgãos sensoriais para o
sistema nervoso central e do sistema nervoso central
para os órgãos, músculos e glândulas.
O SISTEMA NERVOSO CENTRAL

O SNC divide-se em encéfalo e medula.

O encéfalo humano contém cerca de 35 bilhões de neurónios e


pesa aproximadamente 1,4 kg. O telencéfalo ou cérebro é
dividido em dois hemisférios cerebrais bastante desenvolvidos.
Nestes, situam-se as sedes da memória e dos nervos sensitivos
e motores. Entre os hemisférios, estão os VENTRÍCULOS
CEREBRAIS (ventrículos laterais e terceiro ventrículo);
contamos ainda com um quarto ventrículo, localizado mais
abaixo, ao nível do tronco encefálico. São reservatórios do
LÍQUIDO CÉFALO-RAQUIDIANO, (LÍQÜOR), participando na
nutrição, protecção e excreção do sistema nervoso.
O córtex cerebral está dividido em mais de quarenta áreas
funcionalmente distintas, sendo a maioria pertencente ao
chamado neocórtex.

Cada uma das áreas do córtex cerebral controla uma actividade


específica.
Algumas estruturas do encéfalo e suas funções

Cortex Cerebral:
• Pensamento
• Movimento voluntário Mesencéfalo:
• Linguagem • Visão
• Julgamento • Audição
• Percepção • Movimento dos Olhos
Cerebelo: • Movimento do corpo
• Movimento
• Equilíbrio
• Postura
• Tônus muscular
Nossa medula espinhal tem a forma de um cordão com
aproximadamente 40 cm de comprimento.
O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

O sistema nervoso periférico é formado por nervos


encarregados de fazer as ligações entre o sistema nervoso
central e o corpo. NERVO é a reunião de várias fibras nervosas,
que podem ser formadas de axónios ou de dendrites.

Quando partem do encéfalo, os nervos são chamados de


cranianos; quando partem da medula espinhal denominam-se
raquidianos.

Do encéfalo partem doze pares de nervos cranianos. Três deles


são exclusivamente sensoriais, cinco são motores e os quatro
restantes são mistos.
Os 31 pares de nervos raquidianos que saem da medula
relacionam-se com os músculos esqueléticos:
• oito pares de nervos cervicais;
• doze pares de nervos dorsais;
• cinco pares de nervos lombares;
• seis pares de nervos sagrados.
O conjunto de nervos cranianos e raquidianos forma o sistema
nervoso periférico.
O sistema nervoso periférico subdivide-se em duas partes: o
sistema nervoso somático e o sistema nervoso autónomo.
O sistema nervoso autónomo divide-se em sistema nervoso
simpático e sistema nervoso parassimpático. De modo geral,
esses dois sistemas têm funções contrárias (antagónicas). Um
corrige os excessos do outro.
Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que
apresentam como actividade característica a produção de
secreções denominadas hormonas, que são lançados na corrente
sanguínea e irão actuar em outra parte do organismo,
controlando ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos
que têm sua função controlada e/ou regulada pelas hormonas.

As hormonas influenciam praticamente todas as funções dos


demais sistemas corporais. Frequentemente o sistema endócrino
interage com o sistema nervoso, formando mecanismos
reguladores bastante precisos.
O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação
sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula
a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa
forma, o sistema endócrino, juntamente com o
sistema nervoso, actuam na coordenação e regulação das
funções corporais.
Principais Hormonas

Adeno-hipófise ou Lobo anterior da hipófise

• Adrenocorticotrófico (ACTH)
• Estimula o córtex da supra renal
Adeno-hipófise ou Lobo anterior da hipófise

• Tireotrófico (TSH) ou tireotrofina


• Estimula a tiróide a secretar as suas principais hormonas. A sua
produção é estimulada pela hormona libertadora de tireotrofina
(TRH), secretada pelo hipotálamo.

• Somatotrófico (STH) ou Hormona do Crescimento (GH)


• Atua no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e
estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da
massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e
inibe a captação de glicose plasmática pelas células, aumentando
a concentração de glicose no sangue (inibe a produção de
insulina, predispondo ao diabetes)
Adeno-hipófise ou Lobo anterior da hipófise

• Gonadotróficos (sua produção é estimulada pela hormona


libertadora de gonadotrofinas - GnRH - secretado pelo
hipotálamo)
• Folículo estimulante (FSH)
• Na mulher, estimula o desenvolvimento e a maturação dos folículos
ovarianos. No homem, estimula a espermatogênese.
• Luteinizante (LH)
• Na mulher estimula a ovulação e o desenvolvimento do corpo lúteo. No
homem, estimula a produção de testosterona pelas células
instersticiais dos testículos.
• Prolactina ou hormona lactogenica
• Estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. Sua
produção acentua-se no final da gestação, aumenta após o parto
e persiste enquanto durar o estímulo da sucção.
Neuro-hipófise ou Lobo posterior da hipófise
• Não produz hormonas, liberta na circulação duas hormonas
sintetizadas pelo hipotálamo

• Antidiurético (ADH) ou vasopressina


• Regula o volume de urina, aumentando a
permeabilidade dos túbulos renais à água e,
consequentemente, sua reabsorção. Sua
produção é estimulada pelo aumento da
pressão osmótica do sangue e por hemorragias
intensas. O etanol inibe sua secreção, tendo
ação diurética.
• Ocitocina
• Na mulher, estimula a contração da musculatura uterina
durante o parto e a subida do leite.
• No homem, provoca relaxamento dos vasos e dos corpos
ereteis do pênis, aumentando a irrigação sanguinea
Lobo intermedio da hipófise

• Hormona melanotrofico ou melanocortinas (MSH) ou


intermedinas
• Estimulam a pigmentação da pele (aceleram a síntese natural de
melanina) e a síntese de hormonas esteróides pelas glândulas
supra-renais e das gonadas. Ainda interferem na regulação da
temperatura corporal, no crescimento fetal, secreção de
prolactina, proteção do miocárdio em caso de isquemia, redução
das reservas de gordura corporal.
Glandula pineal

• Hormona melatotina
• Derivada da sertonina, tem como função modelar os padrões de
sono nos ciclos circadianos.
Tiroide

• Tiroxina (T4) e Tri-iodotironina (T3)


• Regula o desenvolimento e o metabolismo geral
• Calcitonina
• Regula a taxa de cálcio no sangue, inibindo sua remoção dos
ossos, o que diminui a taxa plasmática de cálcio

Paratiroide

• Paratormona (T3)
• Regula a taxa de cálcio, estimulando a remoção de cálcio da
matriz óssea (o qual passa para o plasma sanguíneo), a absorção
de cálcio dos alimentos pelo intestino e a reabsorção de cálcio
pelos túbulos renais, aumentando a concentração de cálcio no
plasma
Timo
• Participa na regulação da defesa imunológica do organismo, sendo
responsável pelo desenvolvimento e selecção do Linfocito T
• Timosina
• Mantém e promove a maturação dos linfocitos e orgãos linfoides
como o baço e linfonodos.
Pâncreas

• Insulina
• Aumenta a captação de glicose pelas células e, ao mesmo tempo,
inibe a utilização de ácidos grodos e estimula sua deposição no
tecido adiposo. No fígado, estimula a captação da glicose
plasmática e sua conversão em glicogénio. Portanto, provoca a
diminuição da concentração de glicose no sangue
Pâncreas

• Glucagon
• Ativa a enzima fosforilase, que fraciona as moléculas de
glicogenio do fígado em moléculas de glicose, que passam para o
sangue, elevando a glicemia (taxa de glicose sanguínea)
Supra-Renais

Cortex
• Glicocorticóides - Cortisol

• Estimulam a conversão de proteínas e de gorduras em glicose, ao


mesmo tempo que diminuem a captação de glicose pelas células,
aumentando, assim, a utilização de gorduras. Essas ações elevam
a concentração de glicose no sangue, a taxa metabólica e a
geração de calor.
Os glicorcoticóides também diminuem a migração de glóbulos
brancos para os locais inflamados, determinando menor liberação
de substâncias capazes de dilatar as arteríolas da região;
consequentemente, há diminuição da reação inflamatória.

• Aldosterona
• Aumentam a reabsorção, nos túbulos renais, de água e de íons
sódio e cloreto, aumentando a pressão arterial

• Androgenos
• Desenvolvimento e manutenção dos caracteres sexuais
secundários masculinos
Supra-Renais

Medula
• Adrenalina
• Promove taquicardia (batimento
cardíaco acelerado), aumento da
pressão arterial e das frequencias
cardíaca e respiratória, aumento
da secreção do suor, da glicose
sanguínea, da atividade mental e
constrição dos vasos sanguíneos
da pele
Testículos

• Testosterona
• Promove o desenvolvimento e o
crescimento dos testículos, além
do desenvolvimento dos caracteres
sexuais secundários masculinos,
aumento da libido (desejo sexual),
aumento da massa muscular e da
agressividade
Ovários

• Estrogenio
• Promove o desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos e
da parede uterina (endométrio); estimula o crescimento e a
calcificação óssea, inibindo a remoção desse íon do osso e
protegendo contra a osteoporose; protege contra a
aterosclerose (deposição de placas de gorduras nas artérias)
Ovários

• Progesterona
• Modificações orgânicas da gravidez, como preparação do útero
para aceitação do óvulo fertilizado e das mamas para a lactação.
Inibe as contrações uterinas, impedindo a expulsão do feto em
desenvolvimento
Olho e a Visão

O olho recebe os estímulos coloridos dos raios luminosos e


transforma-os em implusos nervosos. Estes são traduzidos em
imagens pelo cerebro.

A visão é um dos 5 sentidos que nos permitem compreender e de


viver o mundo à nossa volta.
Anatomia do Olho

• Pálpebra
• Pupila – abre em fecha,
conforme a intensidade
luminosa
• Íris – controla os níveis de luz
• Córnea e Cristalino – tem como
função de focar a luz
• Retina – transforma a imagem
que recebemos em implusos
eléctricos, transmitidos ao
cérebro pelo nervo óptico.
Fisiologia da Visão

O olho funciona com uma maquina fotográfica.


A luz refrange-se sobre a córnea e o
cristalino. A pupila é o difragma do olho: abre
e fecha conforme a intensidade da luz. A luz
chega à retina onde estimula as células
visuais, as quais transmitem ao centro da
visão do cérebro
Patologias do Olho

Miopia

É a dificuldade de ver ao longe, devido a alterações da córnea e


/ou do cristalino, levando a que os raios luminosos não alcancem
a retina e a imagem transmitida é desfocada.

Geralmente agrava-se com a idade.

Presbiopia

Manifesta-se com a idade e caracteriza-se pela dificuldade de


ver ao perto. Causada pela perda de elasticidade do cristalino,
reduzindo a capacidade de se fechar.
Patologias do Olho

Daltonismo

É a dificuldade em distinguir o vermelho do verde, podendo em


alguns casos incluir outras cores.
É mais frequente no homem e pode ser hereditário.

Catarata

Ou opacificação do cristalino, é frequente na idade geriátrica. O


cristalino torna-se opaco e a acuidade visual diminui pouco a
pouco.
Origem desconhecida.
Patologias do Olho

Glaucoma

É caracterizado por uma acumulação de líquido no interno do


olho, que se enche constantemente de novo líquido. Normalmente
este flui por um canal, mas este está obstruído, aumentando a
pressão intra-ocular.
Caso não seja tratado pode provocar a perda de visão.
Ouvido e a Audição

O ouvido tem como funções a audição e o equilíbrio.


Este recebe as vibrações sonoras e transforma-as em implusos
nervosos que são transmitidos ao cérebro.
O ouvido interno tem um papel importante no equilíbrio dos
movimentos do corpo.
Divide-se em:
• Ouvido externo
• Canaliza o som para o ouvido médio
• Ouvido médio
• Canaliza e amplifica as vibrações sonoras. Regula a pressão
através de Trompa de Eustáquio
• Ouvido interno
• É constituído por uma parte auditiva e uma parte relacionada
com o equilíbrio, os impluso recolhidos são transmitidos ao
cérebro.
Anatomia do Ouvido
Fisiologia da audição

O ouvido capta as ondas sonoras e analisa-as.


São captada pelo pavilhão auricular e trasnmitidas ao tímpano
atravéz do canal auditivo, este vibra à mesma frequência das
ondas sonoras, amplificando proporcionalmente a intensidade do
som., os ossículos transmitem as vibrações até ao ouvido interno,
fazendo vibrar as células sensoriais (ciliadas), surgindo assim o
impluso nervoso que é enviado ao cérebro.
O cérebro determina a intensidade do som em função do número
de implusos transmitidos, sendo que, quanto mais forte for o
som, maior é o número de implusos enviados.
Patologias do Ouvido

• Ouvido externo
• Eczema
• Obstrução
• Ouvido médio
• Otite
• Inflamação da trompa de Eustáquio
• Otosclerose
• Ouvido interno
• Infecções virais
Nariz e o Olfacto

Nas cavidades nasais, o ar inalado é purificado pelos cílios da


mucosa nasal, que retêm as poeiras e outras partículas
presentes no ar, impedindo que estas alcancem as vias
respiratórias e os pulmões.
É o órgão que permite sentir os odores.
As cavidades nasais, em conjunto com a cavidade bucal,
desempenham um papel importante na articulação das palavras.
São as cavidade nasais que dão ressonância aos sons emitidos.
Se estas forem curtas ou estiveres obstruídas, a voz torna-se
nasalada.
Anatomia do Nariz
Anatomia do Nariz
Fisiologia do Olfacto

A parte superior das cavidades


nasais, é coberta por uma
mucosa muito espessa na qual
encontra-mos as terminações
dos nervos olfactivos. Estes
filamentos interceptam as
substâncias olfactivas que
penetram no nariz com a
inspiração. Os nervos olfactivos
transmitem, em seguida, estes
implusos ao cérebro.
Fisiologia do Olfacto

Quando queremos sentir um odor,


inspiramos mais profundamente para
fazer subir o ar até à parte superior
das cavidades nasais, onde se sentem
melhor os odores ligeiros.
O Homem pode distinguir cerca de
2000 a 3000 odores, mas as células
olfactivas pode ser destruidas, pela
poluição, tabaco, ambientes saturados
com poeiras ou particulas toxicas.
Patologias do Nariz

Tendo o nariz a função de purificar o ar, é particularmente


exposto às bactérias e aos vírus.

• Rinite
• Rinite alérgica
• Pólipos
• Epistaxe

Alterações do olfacto, adevêm sobre tudo de infecções agudas


ou crónicas, traumatismo nasal ou craniano.
Língua e o Paladar

A língua está coberta pela papilas gustativas que permitem


distinguir quatro sabores fundamentais:

• Doce
• Salgado
• Ácido
• Amargo
• Umami
Anatomia da Língua
Fisiologia do Paladar

As papilas especializadas na identificação deste ou daquele


gosto estão agrupadas normalmente no mesmo sector da língua.
Quando as substâncias gustativas de um alimento entram em
contacto com uma papila, provocam um impluso nervoso que é
transmitido ao cérebro.
Estes implusos são sucessivamente traduzidos pelo cérebro em
sensações gustativas.
A consistência, temperatura e cheiro dos alimentos
desempenham um papel importante.
► O envelhecimento normalmente é acompanhado por uma perda
regular de neurónios no cérebro e na espinal medula
► O adulto perde em média 100 mil neurónios por dia, o que aos
75 anos representa uma perda de, aproximadamente, 10%
► Entre os 20 e os 85 anos o cérebro perda cerca de 7 a 8% da
sua massa e 10% do volume
► Com idade, há uma diminuição generalizada no número de
fibras de condução nervosa, resultando em reflexos mais lentos
e reacção retardada
► A memória a longo prazo mantém-se podendo assistir-se ao
reemergir de recordações que se julgavam perdidas
► Dificuldade em armazenar novas recordações
► A aprendizagem / assimilação é mais lenta
► A audição é a mais atingida pela idade, agravando-se após os
70 anos, podendo prejudicar a vida social
► O olfacto diminui devido à morte das células olfactivas a
nível do nariz
► As alterações da visão começam ainda na idade adulta
atingindo quase toda a população, sendo as mais
frequentes:
 Diminuição da acuidade visual (imagens demasiado pequenas)
 Diminuição do poder focagem para objectos próximos
 Redução da visão lateral e periférica
 Diminuição da visão nocturna
O sistema nervoso é fortemente alterado pelo o
envelhecimento. Há diminuição do número de neurónios,
degeneração das células cerebrais provocando um tempo de
reacção e resposta mais prolongado

Há uma perda substancial da memória, tornam-se menos


perspicazes e existe modificação de comportamento

Os receptores sensoriais mais atingidos são os da dor e do


tacto, mas a maior parte dos idosos sofre graves perdas ao nível
do paladar, do olfacto, audição e visão
Demência

► É um síndrome caracterizado por uma perturbação das


faculdades intelectuais, com comprometimento da memória,
orientação, capacidade de raciocínio, acompanhada por uma
modificação da personalidade tal que impede o decorrer da vida
normal
► Pode surgir em qualquer idade, sendo mais comum nos idosos
► Na fase inicial surge o esquecimento de objectos como as
chaves, carteiras, entre outros. Ao evoluir o idoso esquece-se
de informações pessoais.
► Em cerca de 25% dos casos pode ser reversível

Causas

► Doença de Alzheimer
► Acidentes vascular cerebrais de repetição
► Doença de Parkinson
► Envenenamentos
► Intoxicações
► Carências alimentares
► Perturbações endócrinas
Sintomas

► Incapacidade de realizar as funções mais simples


► Memória a curto prazo muito comprometida
► Perda de capacidade de raciocínio
► Perda de interesse por uma actividade precedentemente
apreciada
► Respostas psicológicas inadequadas
► Sensíveis alterações da personalidade
► Perda da noção de espaço e tempo
Doença de Alzheimer

► Estima-se que em 2050, 1 em cada 10 pessoas com idades


superiores a 65 anos venham a sofrer de Alzheimer
► É uma doença crónica que resulta numa perda progressiva do
funcionamento neurológico
► Tem um começo gradual e progride lentamente, em média
desde o início dos sintomas até à morte decorrem 8 a 10 anos
► Começa com esquecimento generalizado e progride até ao
ponto de a pessoa ficar muda e totalmente dependente
► Quanto mais cedo surge a doença mais maligna é a sua
evolução, se por outro lado o início ocorre após os 80 anos,
apenas vai ocorrer uma pequena redução na esperança de vida
► A doença de Alzheimer divide-se em quatro estágios:
 Inicial (fase de esquecimento e incerteza)
 Médio (fase confusional)
 Posterior (fase de demência)
 Final (fase terminal)

Sintomas

► Paranóia
► Delírios
► Alucinações
► Ferimentos
► Agressividade
► Actividade sexual inadequada ou comentários impróprios
sobre sexo
► Fazer perguntas repetidas
► Atirar objectos
► Não ser colaborante
► Despir-se
► Berrar ou gritar
Doença de Parkinson

► É um distúrbio neurológico lentamente progressivo que afecta


com frequência os idosos
► É caracterizada por uma perturbação na transmissão dos
sinais entre as células cerebrais (neurónios) da base do cérebro
► Esta alteração não afecta a inteligência do indivíduo
► Atinge mais os homens
► Não existem causas especificas para o surgimento desta
doença, apesar de se dar alguma importância aos traumas
cranianos violentos ou repetidos e às encefalites
Sintomas

► Tremor rítmico dos braços e das pernas, também em repouso


► Rigidez dos membros
► Posição curva
► Voz monótona
► Hipersalivação
► Dificuldade em efectuar movimentos
► Perturbações do equilíbrio
► Andar arrastado
► Dificuldade em caminhar
Epilepsia

► É uma perturbação das funções cerebrais que se manifesta


em forma de crises, acompanhadas por convulsões e, muitas
vezes, pela perda dos sentidos
► As células do cérebro trabalham juntas e comunicam entre si
por meio de sinais eléctricos. Às vezes, há uma descarga
eléctrica anormal num grupo de células nervosas e elas enviam
sinais incorrectos a outras células ou ao restante do corpo,
iniciando os "ataques" ou crises
► Existem dois tipos de crises:
 As de pequeno mal: que consistem unicamente numa perda de
sentidos
 As de grande mal: que se manifesta sob a forma de crises
convulsivas
► Estas crises geralmente iniciam-se com um fenómeno
denominado de “aura”. Consiste numa experiência sensorial
breve que geralmente precede outras manifestações de crise
convulsiva por alguns segundos, podendo no entanto ser a única
manifestação

► Pode sentir-se uma sensação ao nível do estômago (que


ascende até à garganta), sensação de fraqueza/vertigem,
alterações ao nível do odor ou ainda distorção visual e sensação
“déjà vu”
Sinais e Sintomas

Pequeno mal

► Desmaio

Grande mal

► Perda dos sentidos


► Convulsões
► Perda de urina
► Cansaço depois das crises
Acidente Vascular Cerebral

Consiste numa lesão no cérebro que resulta da interrupção no


fornecimento de sangue. Ocorre quando uma artéria fica
bloqueado ou devido à ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro

Os AVC’s isquémicos são mais comuns nos idosos

Os sintomas mais frequentes são:


► Cefaleia
► Confusão
► Disartria
► Hemiparesia
DIABETES

A Diabetes Mellitus é uma doença metabólica em que existe um


deficit total ou parcial da produção de insulina pelo pâncreas ou
então a insulina produzida é ineficaz ou insuficiente.

Caracteriza-se pelo o facto do organismo não ser capaz de


manter os níveis do açúcar (glicemia) no sangue dentro de
valores “normais” (80-120 mg/dl)

A insulina é uma hormona produzida pelo pâncreas e é


responsável por manter o equilíbrio entre níveis altos e baixos
de glicose nas células
A glicose é um açúcar que provem da nossa alimentação e é a
substância que o nosso organismo utiliza com principal fonte de
energia.

Existem dois grandes tipos de diabetes mellitus:


► Insulino dependente ou Tipo I
► Não insulino dependentes ou Tipo II

Diabetes insulino dependentes

► O pâncreas não produz insulina


► Surge habitualmente em crianças, jovens e adultos com menos
de 30 anos
► O inicio é brusco, com sintomas evidentes e emagrecimento
► O tratamento é efectuado com injecções de insulina

Diabetes não insulino dependentes

► O pâncreas continua a produzir insulina mas em quantidades


insuficientes e/ou o organismo apresenta resistência aos efeitos
da insulina
► Surge geralmente em indivíduos com mais de 40 anos
► Tem inicio lento, sem sintomas evidentes
► É mais comuns em pessoas obesas
► É a forma mais frequente de diabetes (85%)
► Aumento da eliminação de urina
► Aumento do apetite
► Emagrecimento
► Propensão para infecções cutâneas
► Problemas de cicatrização

Tratamento
O tratamento da diabetes deve ser individualizado para cada
doente e pode consistir em:
► Dieta adequada (evitar açúcares, diminuir a ingestão de
calorias, entre outros)
► Exercício físico
► Medicação (antidiabeticos orais, insulina)
Complicações

► Hipoglicémia
► Hiperglicémia
► Problemas vasculares
► Pé diabético
► Retinopatia
► Nefropatia
► Neuropatia (sensação de formigueiro, perda de sensibilidade
Hipoglicémia

É a descida excessiva do nível do açúcar no sangue, ocorre de


forma súbita e tem os seguintes sintomas:

► Fome súbita e devoradora


► Sensação de tremor interior
► Palpitações
► Perda de forças
► Suores frios
► Dor de cabeça
► Voz arrastada
A hipoglicémia se não for tratada de imediato pode provocar
alterações graves como:

► Perda de consciência
► Coma

Quando o diabético tem algum destes sintomas deve actuar de


imediato, ingerindo açúcar. Se ficar inconsciente – Contactar 112
Hiperglicémia

São os níveis excessivos de açúcar no sangue, instala-se


lentamente e tem os seguintes sintomas:

► Sede e secura da boca


► Eliminação excessiva de urina
► Cansaço fácil
► Vómitos
► Confusão mental
O tratamento desta situação passa por baixar os níveis de
açúcar no sangue através de exercício físico ou administração
de insulina.

O determinação da glicémia é efectuada através da realização


do BM test
Adeno-hipofise

• Hipofunção – nanismo
• Hiperfunção – gigantismo
• Hipofunção no adulto
• Alteração das glicémias e descalcificação osseas
• Herfunção no adulto
• Acromegalia - Espessamento ósseo anormal nos dedos, queixo,
nariz, mandíbula, arcada superciliar
Neuro-hipofise

• Hipofunção – diabetes insipido


Baas

• ijoljjl
O sistema nervoso central: cérebro; cerebelo e medula espinal
O sistema nervoso periférico
Funções do sistema nervoso central, do sistema nervoso periférico e do sistema nervoso
autónomo
Condução do impulso neuronal e neurotransmissores
Noções elementares sobre as principais alterações do sistema nervoso e sintomas
associados: epilepsia e convulsões; doença de
Parkinson; degenerações crónicas senis; meningite e encefalite; acidente vascular cerebral
(A.V.C); afasia; disfasia; parésia; plegia;tumores.
Sinais e sintomas de alerta
Implicações para os cuidados de saúde
O Sistema Endócrino
Noção de hormona e suas funções em órgãos alvo
Referência a estruturas anatómicas e suas funções: hipófise; hipotálamo; tiroide e
paratiroides; glândulas suprarenais; glândulas
endócrinas sexuais; pâncreas endócrino
Noções de hipoprodução e hiperprodução de hormonas e suas implicações: a diabetes
Os órgãos dos Sentidos
Órgãos, estruturas e fisiologia da visão
Órgãos, estrutura e fisiologia da audição
Órgãos, estruturas e fisiologia do olfacto
Órgãos, estruturas e fisiologia do paladar
Órgãos, estruturas e biofísica do tacto
Alterações ao nível dos sentidos

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