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DRENAGEM
LINFÁTICA
MANUAL II
Revisão anatômica:
O sistema linfático pode ser dividido em sistema superficial e profundo, tendo como
divisor a tela subcutânea ou aponeurose.
Os vasos linfáticos profundos não são tão numerosos, possuem poucas anastomoses, seu
diâmetro é maior que os superficiais, acompanham os vasos sangüíneos profundos e sua
drenagem se dá para os linfonodos profundos. Drena as células musculares, ossos e ligamentos
(19)
. Estes sistemas se comunicam e normalmente acompanham o trajeto de veias e artérias.
Capilares linfáticos
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São os vasos iniciais do sistema linfático, são finos, delicados e transparentes (7) e estão
intimamente ligados aos tecidos (1,4,6 ) porém são maiores e mais irregulares que os capilares
sangüíneos (7,1,3). Sua função é captar o líquido intersticial nos tecidos.
Estão aderidos aos tecidos através de filamentos denominados Filamentos de Casley-
Smith, que conforme a tração ou afrouxamento de seus filamentos de proteção, abrem-se ou
fecham-se (7), como microválvulas, permitindo a entrada do fluido intersticial em seu interior
(4,16)
através de um orifício denominado zonulae (19). Não permitem refluxo pois o retorno da linfa
faz com que as paredes das válvulas se feche (3,16). Fig.
São estruturas semelhantes a pequenos dedos de luvas, e possuem aproximadamente 1
cm de comprimento.
Vasos pré-coletores
Possuem um diâmetro maior que os capilares linfáticos, são repletos de válvulas (1,7,16) e
nos locais próximos a estas os capilares tem seu diâmetro reduzido, o que lhes confere a
aparência de “contas de um rosário”. O espaço compreendido entre uma válvula e outra é
chamado linfangion. Estas válvulas asseguram o fluxo da linfa numa só direção (3,7).
Estruturalmente são muito semelhantes aos capilares linfáticos, porém possuem
fibras colágenas, que fortalecem sua estrutura, e elementos elásticos e musculares que lhes
fornece contractilidade e alongamento (7,16). São inervados e isto garante o fluxo linfático.
Quando o linfangion se distende a resposta é a contração onde ocorre a expulsão da linfa para o
próximo linfangion (19) .
Vasos coletores
Também são chamados de coletores linfáticos principais. São vasos linfáticos de maior
calibre e tem a estrutura semelhante à das grandes veias, e como estas possuem três camadas
(5,7)
, a túnica íntima, túnica média e a túnica adventícia que embora semelhantes, são mais
delgadas e com separação menos nítida que no sistema venoso (5,8). Recebem a linfa que vem
desde os coletores iniciais passando pelos pré-coletores e coletores de calibre cada vez maiores
(16)
. Estes vasos estão presentes nos planos superficial e profundo (16).
Troncos linfáticos
sua denominação. Estes confluirão para o ducto torácico que juntamente com o canal linfático
direito, são os dois principais e maiores coletores linfáticos do corpo humano. O ducto torácico
se funde com o canal linfático esquerdo. Ambos são responsáveis por devolver a linfa ao sistema
venoso na junção das veias jugular interna e subclávia (7,16).
O ducto torácico tem origem na parte inferior do abdômen numa dilatação chamada
Cisterna de Pequet (7,4,16). Seu comprimento varia de acordo com cada indivíduo.
Toda a linfa drenada do corpo, depois de passar por todos os vasos linfáticos e serem
filtrados nos linfonodos pelo menos duas vezes, são levados para os troncos linfáticos, que
fazem parte do sistema linfático profundo.
Linfonodos
Possuem dois pólos. No pólo convexo encontra-se os vasos aferentes, que são os vasos
que trazem a linfa para o linfonodo, são em maior número e menos calibrosos que os vasos
eferentes (4). Na parte côncava do linfonodo encontra-se o hilo, local por onde saem vasos
sangüíneos e linfáticos eferentes por onde a linfa sai purificada.
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Tecido linfóide
Baço:
Timo:
É um órgão linfóide, que atinge seu tamanho máximo logo após o nascimento. Após a
puberdade, o timo sofre uma involução acentuada, chegando quase a desaparecer, mas continua
funcionando. Produz Linfócitos T, são os mais abundantes e responsáveis pelas rejeições nos
casos de enxertos. Por terem vida longa, os linfócitos T formados na infância são suficientes
para manterem seu número quase inalterado na vida adula e o timo só é necessário para
compensar seus desgastes. Na idade avançada ele ainda está presente e suas células conservam a
capacidade de reagir quando estimuladas, incrementando a produção de linfócitos. É um órgão
muito sensível, que sofre involução por radiação, infecções e doenças prolongadas, o que o
tornaria incapaz de reagir adequadamente.
A Linfa
Do latim limpha, quer dizer água clara, cristalina, água da fonte , rio claro ( 3,9) É um
líquido incolor, exceto no intestino, onde tem um aspecto leitoso e viscoso. Derivado do líquido
intersticial, composto por 96% de água e representa cerca de 15 ou 20% do peso corporal(3,4,7).
Só é chamada linfa, depois que sai do meio intersticial e penetra nos vasos linfáticos(3,6). Tem
uma composição semelhante ao plasma sangüíneo, porém é rica em dióxido de carbono e
fibrinogênio (4), distribui pelo organismo ácidos graxos e glicerol (1,4).
Circulam no organismo cerca de 2 a 3 litros de linfa por dia, podendo chegar até 20
litros conforme as necessidades do organismo.
É composta de duas partes, uma celular formada por elementos celulares cuja principal
função é a produção de linfócitos e a parte plasmática constituída de eletrólitos, proteínas,
colesterol, ferro, enzimas e hormônios (Giardini,1997 in Lopes,2002).
O fluxo da linfa é relativamente lento durante períodos de inatividade (1,4). Mas existem
fatores que podem acelerar este fluxo fazendo com que a linfa circule em maior velocidade.
Entre o líquido recebido dos capilares sangüíneos para os tecidos e o líquido que retorna
para os capilares sangüíneos, há um equilíbrio de valores, a quantidade que entra e sai
praticamente se equivale ( 3,4 ), e o pouco líquido- cerca de 10% do líquido intersticial- que não
conseguiu penetrar na circulação sangüínea é absorvido então pelos capilares linfáticos (3,4). Isto
é chamado de equilíbrio de Starling3,4,19. Em estado de repouso o linfangion se contrai de 5 à 15
vezes por minuto, porém esta contração pode sofrer aumentos consideráveis em caso de
estress19.
Durante o sono contrai-se 5 à 10 vezes por minuto;
Com o aumento da pulsação pode aumentar até 16 ou 17 vezes por minuto; chegando até
a 100 contrações por minuto em alguns casos.
Para que ocorra essa absorção alguns fatores intrínsecos e extrínsecos contribuem para
isso que são:
- o efeito da pressão do líquido intersticial
- a bomba linfática (capilares e vasos linfáticos)(3)
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Segundo Guyton (1996), no efeito da bomba linfática podemos considerar alguns fatores
importantes no aumento da circulação linfática como:
- contração dos músculos corporais circundantes;
- movimentos articulares
- movimentos de segmentos corpóreos
- pulsações arteriais
- compressão dos tecidos por objetos externos ao corpo.
Talvez a principal função deste sistema seja a de assegurar a cada célula a presença de
um meio adequado para o desenvolvimento de suas atividades ao que podemos chamar de
homeostasia (6,5) e isso é conseguido eliminando do interstício parte das substâncias originadas
pelo metabolismo celular, restos celulares e microrganismos além de servir como via de
transmissão de informação relativa à imunidade (6).
Toda linfa de membro superior direito, hemitórax direito e porção direita da cabeça e
pescoço drenam a linfa através do canal linfático direito.
A porção esquerda da cabeça e pescoço, o hemitórax esquerdo e membros inferiores
drenam a linfa através do ducto torácico.
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Em 1932 Emil Vodder, doutor em filosofia e após fisioterapeuta, juntamente com sua
esposa interessou-se pelo assunto e iniciou suas experiências. Em 1936 Vodder divulgou seu
estudo completo e original: “a drenagem linfática”(8,4). O casal Vodder começou
experimentalmente a tratar pacientes acometidos de gripes e resfriados por massagem,
manipulando os gânglios linfáticos do pescoço com movimentos rotatórios suaves. A drenagem
linfática manual foi então alvo de estudos por muitos pesquisadores, como Leduc, Földi, Cluzan,
Casley Smith, entre outros que apoiaram, aperfeiçoaram, modificaram e comprovaram sua
eficácia (8).
DA TÉCNICA
A técnica de A. Leduc
Histórico
- Surgimento
- Dr Albert Leduc
- Dr Olivier Leduc
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Manobras:
Chamada – manobra realizada com a finalidade de evacuar os pré coletores e
coletores.
Movimentos
Manobras combinadas
Movimentos combinados com o polegar e os dedos
Pressões em braceletes
Movimentos realizados com as mãos em forma de bracelete, ou seja envolvendo todo a
circunferência do membro.
DEFINIÇÃO
dos tecidos e em cirurgias promove alívio causado pelo desconforto do edema pós cirúrgico (4).
Na terapêutica, ao provocar mudança favorável em todos os sintomas de doenças que
implicam edema, mediante benéfica evacuação pelas vias sangüíneas e linfáticas.
Na forma preventiva, pela estimulação do sistema retículo-endotelial, evacuação das vias
sangüíneas e linfáticas. Pode ser aplicada diariamente por automassagem, exercícios
respiratórios combinados, e exercícios miocinéticos.
CICATRIZAÇÃO:
A pele é composta de duas camadas a derme e a epiderme. Entre suas funções podemos
citar proteção quanto a desidratação dos tecidos subjacentes, retenção de fluidos e nutrientes
dentro da pele, produção de melanina, proporciona uma barreira contra as lesões, regulação de
temperatura corpórea, proporciona oxigenação aos tecidos entre outras. (Gogia) O processo
cicatricial das feridas dérmicas envolve três fases: a fase inflamatória, proliferativa ou
fibroblástica, e de remodelagem.(Gogia).
Na fase inflamatória ocorre uma resposta inflamatória que é reação natural e esperada de
qualquer lesão. Usualmente permanece durante 24 a 48 horas e pode perdurar por até duas
semanas chegando a mais duas semanas numa fase subaguda. (Zarro). Nesta fase a resposta
esperada é a remoção de microorganismos, tecidos desvitalizados e material inorgânico,
ocorrendo portanto uma limpeza do leito da ferida.(Gogia)
Na fase fibroblástica ou proliferativa, a ferida foi limpa pelos leucócitos e ocorre a
continuação da reepitelização até a fase de cicatrização. Durante a fase de reepitelização ocorre a
contração da ferida, onde há um movimento centrípeto da pele em toda a sua espessura. A
contração inicia-se após cinco dias da lesão. (GOGIA). Durante esta fase ocorre também a força
tensil dos tecidos devido aos fibroblastos, responsáveis pela síntese de colágeno e embora o
colágeno seja essencial para que a ferida tenha resistência, a quantidade não é o fundamental
mas sim o entrecruzamento (Gogia). Além do colágeno, também é sintetizado pelos fibroblastos
o glicosaminoglicano (GAG) que é uma substância viscosa que ocupa o espaço entre as fibras
do tecido conjuntivo que proporciona lubrificação e densidade aos tecidos conjuntivos. Quando
a quantidade necessária de colágeno é alcançada os fibroblastos desaparecem e isto marca o
aparecimento de uma nova fase. (Gogia). Algumas classificações mais modernas envolvem
descrições mais minuciosas de cada fase da seguinte forma:
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1 - coagulação;
2 - inflamação;
3 - proliferação;(reepitelização,fibroplastia,
angiogenese)
4 - contração da ferida;
5 - remodelação.
O tecido de granulação invade
progressivamente o espaço da
incisão
(aparecem fibras de colágeno A cicatriz consiste em
nas margens da incisão) ocorre acúmulo tecido conjuntivo celular
de colágeno e destituído de infiltrado
Neutrófilos são proliferação dos inflamatório, epiderme
substituídos por fibroblastos. intacta.
48 h macrófagos
14 dias 30 dias
3 dias
5 dias
24 h A força
O espaço incisional é preenchido por
tecido de granulação. As fibras de elástica
colágeno tornam-se mais abundantes, aumenta
coagulo, posteriormente
crosta e formam pontes na incisão
neutrófilos
fisioterapia
TIPOS DE CICATRIZ
PRIMÁRIA RETARDADA
TIPOS DE CICATRIZ
NORMOTRÓFICA
ATRÓFICA
HIPERTRÓFICA
QUELOIDIANA
BIBLIOGRAFIA:
A cirurgia plástica versa sobre procedimentos cirúrgico que visa corrigir possíveis
alterações ou incapacidades de origem genética ou traumática.
Podendo ser:
- estética ou
- reparadora
Indicações:
Pré e pós operatório de cirúrgias plástica estética:
- rinoplastia
- blefaroplastia
- lifting facial
- lipoaspiração
- abdominoplastia
- mamoplastia redutora
Cirurgias de face:
Blefaroplastia
Cirurgia realizada na face que tem por objetivo remover o excesso de tecido cutâneo
promovendo o reposicionamento das estruturas faciais revertendo parcialmente o aspecto de
envelhecimento cutaneo. Podendo ser de toda a face ou restrito a determinados segmentos, como
por exemplo, região frontal, terço médio ou região cervical (pescoço).Os procedimentos mais
comumentes realizados são:
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Ritidoplastia fronto-orbitária
Ritidoplastia cérvico-facial
Ritidoplastia em associação a lipoaspiração
Tratamento do platisma
Tratamento do mento – linha de frankfort
Ressecção subnasal
Tração da pele
Tratamento do smas = sistema músculo aponeurótico:
Lipoaspiração
Técnica cirúrgica que consiste em retirar o excesso de gordura através de um aparelho de sucção
ou seringas. Por sua vez, a lipoescultura consiste em utilizar a própria gordura retirada para modelar
partes do corpo ou preencher depressões. Ambas são procedimentos que podem ser realizados
isoladamente ou associados com intervenções outras, tais como as plásticas totais ou parciais de abdome
ou de face. ou implantes de prótese.
TÉCNICAS
Convencional, vibrolipoaspiração, lipoaspiração ultra-sônica, lipoescultura, laser lipólise.
Lipoescultura
Após a lipoaspiração que é realizada com seringa sendo retirado certa quantidades de gordura
sem o aspirador para permitir a lavagem da gordura na própria seringa, diminuindo assim o risco de
infecção, por não haver contato do tecido aspirado com o meio exterior, proporcionando melhor sucesso
na LIPOENXERTIA. Depois de retirado o líquido, faz-se a introdução desta gordura em áreas
específicas como glúteos, fossa trocanteriana, panturrilhas ou face fazendo o preenchimento de rugas.
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ENXERTO DE GORDURA
Dermolipectomia - Abdominoplastia
ABDOMINOPLASTIA
Complicacoes
- Necrose cutânea
- Seroma
- Cicatriz hipertrófica
- Cicatriz queloidiana
Cuidados
Uso de cinta compressiva
Cuidados posturais
Atenção ao repouso
Cuidados com drenos
MAMOPLASTIA:
Esta cirurgia pode ser relacionada a mamoplastia de aumento ou de redução:
INCISOES:
-periareolar
-inframamaria
-axilar
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Mamoplastia Redutora
TIPOS DE INCISÃO
-Incisão em T invertido
-Incisão em L invertido
Cuidados :
- Não elevar os braços (não elevar os cotovelos mais de 45º em relação ao tronco)
- Não sustentar peso ou fazer esforço físico
- Não dirigir.
- Não dormir em decúbito ventral
- Evitar sol ou calor excessivo (sauna, ...)
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Para as cirurgias onde tenha havido retirada de tecido cutâneo com modificações das
vias linfáticas, faz-se necessário encontrar outros trajetos para a linfa, já que o trajeto normal
estará afetado. Para isto alguns autores descreveram o que chamamos de drenagem linfática
reversa, termo até hoje contestado por alguns autores, porém defendido através de trabalhos
científicos, tendo comprovação de sua eficácia, já que os vasos linfáticos iniciais são
avalvulados. E sendo assim a linfa pode dirigir-se ao trajeto que desejarmos.
Cabe ressaltar que muitas vezes o termo é utilizado erroneamente já que em alguns
procedimentos cirúrgicos estéticos ou mesmo oncológicos existe a dermolipectomia, que é a
retirada de tecido cutâneo, no entanto, não ocorre interferência no fluxo linfático. Nesse caso a
drenagem linfática pode não sofrer alterações em seu trajeto, mantendo seu fisiologismo.
Podemos citar por exemplo as dermolipectomias abdominais ou mamoplastias redutoras.
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capilares iniciais
Bibliografia
1. Gardner, E. Gray, O. Rahilly, R. Anatomia Estudo Regional do Corpo Humano,4ª
ed.Guanabara Koogan,Rio de Janeiro,1988.
2 Dangello,J.C.,Fattini,C.A.Anatomia Humana, Sistêmica e segmentar para o estudante
de medicina 2ª ed.Belo Horizonte, 1986.
3 Guyton,A., Hall, J. tratado de fisiologia médica.9ªed. Guanabara Koogan.Rio de
Janeiro,1996 .
4 Lopes, M.L Drenagem linfática manual e a estética. Odorizzi. Blumenal,2002.
5 Jacomo,A.L., Andrade, M.F. anatomia medico cirúrgica do sistema linfático dos
membros in In Malffei,F.H., Lastória,S., Rollo, H.:Doenças Vasculares Periféricas 3ed. Ed.
Medsi,Rio de Janeiro,2002.
6.Andrade,M.F. Linfedema: Epidemiologia, classificação e fisiopatologia In
Malffei,F.H., Lastória,S., Rollo, H.:Doenças Vasculares Periféricas 3ed. Ed. Medsi,Rio de
Janeiro,2002.
7.Camargo,M., Marx, A.,Reabilitação física no câncer de mama 2ª ed. Roca.São
Paulo,2001.
8.Jácomo, A.L.Rodrigues,A.J. Anatomia Clínica do Sistema Linfático in: Vogelfang,D.
Linfologia básica. São Paulo, Ícone,1995. 19-34.
9 Di Dio, L. Tratado de anatomia humana sistêmica aplicada.Atheneu, São Paulo, 2002.
10 Warwick,R.,Williams, P.L. Gray anatomia.35ª ed.Guanabar Koogan.Rio de
Janeiro,1979.11 Andrade,M.F.: Diagnóstico Clínico das Doenças Linfáticas. In Malffei,F.H.,
Lastória,S., Rollo, H.:Doenças Vasculares Periféricas 3ed. Ed. Medsi,Rio de Janeiro,2002.
12.Casley-Smith,J.R.Morgan,R.G.Physical for Lynfedema. Med J. 1989.
13. Garrido,M., Pinto-Ribeiro,A.Linfangites e erisipelas In Malffei,F.H., Lastória,S.,
Rollo, H.:Doenças Vasculares Periféricas 3ed. Ed. Medsi,Rio de Janeiro,2002.
14.Netter,F.H..Atlas de anatomia Humano. Artmed,Porto Alegre,1998.
15.Guirro,E.,Guirro,R. Fisioterapia em estética fundamentos, recursos e patologias.
2ªed.Manole. São Paulo,1996.
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Paulo,2000.
17.Winter,W. Drenagem linfática manual. Rio de Janeiro: Vida estética.1997.
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Abordagem
Fisioterapêutica
no Linfedema
INTRODUÇÃO
Várias são as causas de formação de linfedema. As origens podem ser variadas mas as
conseqüências serão as mesmas sendo mais ou menos graves. Normalmente a patologia é
irreversível tornando-se crônica. Por ocasionar alterações físicas e importantes, comprometendo
sua aparência e capacidade de relacionamentos social, afetivo e emocional, o portador de
linfedema está vulnerável a alterações psicológicas, sendo um grande obstáculo para seu retorno
a normalidade de vida o que também justifica o atendimento realizado por uma equipe
multidisciplinar.
- Primários:
São percebidos em uma fase muito recente da vida podendo ser de origem congênita e
estar presente desde o nascimento, ou precoce que aparece em mulheres durante a puberdade,
porém é raro.
• Lesões teciduais
• Filariose
• Recidivas de erisipela, linfangite ou celulite
• Linfadenectomias e/ou ressecção de vasos linfáticos
• Metástases e tumores malignos
• Fibrose pós-radioterapia e radiodermite
Câncer de mama:
É uma das causas de linfedema de origem secundária. Devido a gama de
comprometimento que a doença ou mesmo seu tratamento provoca o paciente está muito
vulnerável ao aparecimento.
A mama é um órgão essencial para a preservação da espécie humana, já que o bebê
necessita integralmente do leite como alimentação e fonte de nutrientes. Mas não podemos
esquecer que também é símbolo de sexualidade e feminilidade.
Possui divisões chamadas lobos, esses lobos subdividem-se em muitos lóbulos que
terminam em dezenas de pequenos bulbos produtores de leite. Entre os lóbulos e bulbos há
ductos que interligam essas estruturas entre si e se ramificam até a aréola. É composta também
de tecidos adiposo e conjuntivo para a sustentação da glândula. (Fig)
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Toda a drenagem linfática da mama se dá via axilar. Alguns autores também descrevem a
drenagem vias linfonodos mediastínicos.
Embora o tratamento do câncer ainda não consiga evitar seu aparecimento, a prevenção tem
se mostrado muito eficaz no controle e diagnóstico precoce da doença o que fornece a
possibilidade de tratamentos mais eficazes e diminuição da mortalidade. O toque da mama
realizado pela própria paciente é ainda o melhor instrumento usado na prevenção.
Tratamento:
A Sociedade Brasileira de Mastologia refere que o tratamento para o câncer deve ser
ministrado por uma equipe multidisciplinar já que várias são as especialidades que participam do
tratamento da patologia, como a cirurgia, a radioterapia, a quimioterapia e hormonioterapia e hoje
ainda contamos com a fisioterapia.
O tratamento pode ser dividido em duas etapas, conservadora e cirúrgica, que podem ser
realizados juntos ou seqüencialmente ou apenas o tratamento conservador.
Quimioterapia – São utilizados fármacos orais ou injetáveis que causam danos às células
tumorais. Seu uso pode ser de três formas:
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Terapia Principal - utilizada para tratar alguns tumores sólidos e neoplasias hematológicas.
Esta terapia pode provocar efeitos colaterais como náuseas, vômitos, anemia e tendência a
sangramento, baixa imunidade e queda dos cabelos.
Radioterapia: também interfere nas moléculas de DNA assim com a quimioterapia. Pode ser
usado como tratamento conservador, como pré operatório e como tratamento coadjuvante pós
cirurgia, podendo ou não estar associado à quimioterapia. Pode provocar queimaduras teciduais,
inflamação de mucosas, queda de cabelo nas áreas irradiadas e diminuição na contagem das células
do sangue.
Como sua utilização é sempre controvérsia, alguns itens passaram a serem observados como
recomendação para seu início de tratamento:
Tratamento cirúrgico:
Embora a cirurgia mastectomia tenha relatos antigos (550 d.C.), somente em 1984 William
Halsted realizou a mastectomia radical clássica, que recebeu seu nome: cirurgia Halsted. Desde
então busca-se intervenções menos agressivas e que resulte em complicações menores.
As técnicas cirúrgicas utilizadas dependem de cada caso, avaliando-se as características do
tumor e o estadiamento da doença, onde as cirurgias podem ser conservadoras ou radicais. No
tratamento para o câncer de mama a cirurgia é a etapa mais importante, que pode ser apenas a
retirada da mama comprometida ou apenas do tumor e os linfonodos da axila.
As cirurgias conservadoras estão indicadas quando os tumores não ultrapassarem 3 cm.
Dentre as cirurgias conservadoras lista-se:
pequenos, permitindo resultado cosmético satisfatório. Pode ser realizada em pacientes que
apresentem tumores com até 2 cm ou 3 cm se a mama for volumosa, devendo ser realizado
esvaziamento axilar radical e radioterapia pós operatória.
Quadrantectomia Centrectomia
- Mastectomia a Patey ou Radical Modificada – é uma mastectomia total com remoção dos
linfonodos axilares (nível ll) e remoção do pequeno peitoral. Indicada para pacientes com câncer
operadas da mama que tenham linfonodos amplamente comprometidos não fixados.
- Biópsia do Linfonodo Sentinela: Essa técnica pode ser realizada em tumores pequenos,
descobertos precocemente, há a possibilidade de determinar com uma precisão em torno de
98%, se os linfonodos axilares estão acometidos pela doença e com isso, o esvaziamento axilar
só seria realizado se fosse absolutamente necessário. É realizado através de uma pequena
cirurgia, que é antecedida por uma injeção de contraste nas proximidades do tumor, que será
absorvido pelo sistema linfático. Uma sonda detectora de radiação localizará o primeiro gânglio
linfático que será retirado e submetido a testes específicos, caso ele esteja livre de metástase o
esvaziamento da axila será adiado.
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A atenção fisioterápica já se inicia no dia 1 de pós-operatório (PO 0), ou seja, no dia em que
a paciente submeteu-se a cirurgia. O posicionamento adequado do membro superior homolateral à
cirurgia deve se feito colocando-o ao longo do corpo com uma leve abdução e uma elevação de 20
cm sobre o nível cardíaco.
É importante que a paciente sente-se no leito e para isso deve ser ensinado como a paciente
deve sentar-se sem utilizar o membro ispsilateral.
4º dia de pós operatório ( PO 3)- Pode-se realizar movimentos próximo a 90º, manter a
deambulação, saindo do leito e realizar pequenas caminhadas, tendo-se atenção com os drenos
aspirativos.
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Após este período normalmente se da alta hospitalar, onde a paciente recebe uma série de
orientações e cuidados, além de exercícios que deverá ser realizado até seu retorno, o que
acontecerá quando a paciente retirar os drenos. Este programa evolui para a fase ambulatorial e a
paciente, após ser avaliada e não havendo outras complicações, recebe outra serie de exercícios de
maior grau de dificuldade.
Linfedema
O linfedema é uma das maiores complicações que estão envolvidas no quadro seqüelar da
paciente mastectomizada. Motiva problemas psicológicos, principalmente no tocante a
aceitação e relacionamento social.
O sistema linfático representa uma via através da qual proteínas, grandes partículas de
matéria e os líquidos conseguem fluir dos espaços intersticiais para o sistema circulatório. É
composto por capilares, vasos, linfonodos e troncos linfáticos. Em seus capilares há presença de
filamentos de ancoragem que prendem as células endoteliais do capilar ao tecido conjuntivo
circundante. Suas células são superpostas formando minúsculas válvulas que facilitam a entrada
do líquido intersticial, porém não permitem a saída da linfa. Uma obstrução ou dificuldade no
transporte dessa linfa, torna essas válvulas incapazes de absorverem o líquido intersticial
provocando uma estagnação e conseqüente linfedema.
Existem diferenças significativas entre o estado de edema e linfedema, que deve ser
entendida para que seja empregado sua terminologia correta, especificando assim
particularidades da patologia.
Edema – Conceito :
Linfedema - Conceito:
Segundo Mac Donald et All, linfedema é a tumefação de tecidos moles como resultado do
acúmulo de fluído intersticial com alta concentração proteíca, causado pela deficiência do fluxo
linfático em combinação com um insuficiente domínio extra linfático das proteínas plasmáticas.
LINFEDEMA CLASSIFICAÇÕES:
Embora ainda não existam critérios totalmente estabelecidos, pois várias são as citações e as
variações nos critérios para avaliação das medições, podemos citar diferenças estabelecidas entre 1 a
1,5 cm entre os membros como caracterização de linfedema e a partir dai estabelece-se uma
classificação onde:
Mamede (1991), relata que vários autores consideram edema significativo à partir de 3 cm.
Já Haagensen (1997) diz que a gravidade é variável e quando não exceder muito os 3 cm pode ser
classificado como moderado.
-redução do edema, promovendo uma melhor drenagem linfática e melhor retorno venoso.
-prevenção de complicações.
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
- inspeção
- palpação
-avaliação funcional
- perimetria
- enfaixamento compressivo
Enfaixamento Compressivo:
Exercícios Miocinéticos:
Compressão Pneumática:
Embora este último faça parte da técnica não se faz imprescindível, podendo ou não ser
utilizado. Estudos mostram que a utilização deste recurso tem grande eficácia na parte liquida do
edema, o que proporcionaria uma atuação mais rápida deste. Porém a não utilização não invalida a
eficácia da técnica no tratamento, apenas retarda seu término.
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FASES DE TRATAMENTO:
Algumas recomendações devem ser fornecidas à paciente para que utilize por toda vida,
para que possa prevenir o linfedema ou mesmo infecções em relação ao membro ipsilateral a
cirurgia:
▪ Não usar pulseiras, anéis, relógios, etc que sejam apertadas no membro operado;
BIBLIOGRAFIA
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Camargo,M.; Marx, A.,Reabilitação física no câncer de mama 2ª ed. Roca.São Paulo,2001.
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Drenagem
Linfática
Manual em
Gestantes
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1,0kg do útero; 1,0kg de mamas; 1,5kg de acúmulo de gordura e 3,0kg de sangue e líquido extra
celular.
Sistema vascular
Contra-indicações:
As contra-indicações da drenagem linfática manual na gestante, têm relação com as
complicações da gestação e doenças que pré-existiam antes do período gravídico.
- cardiopatias na gestação
- pré-eclampsia ou eclampsia
- hipertensão
- gestações de risco.
Para a drenagem da face posterior, torna-se necessário utilizar o decúbito lateral, sendo
importante saber se há algum decúbito que a paciente não tolera.
Ao concluir o tratamento, retornar a paciente para o decúbito dorsal e finalizar a
drenagem pela região anterior.
Conquanto não haja referência na bibliografia, em um curso feito com um dos
representantes da escola de Vodder da Áustria, a drenagem na gestante não deve ser feita na
região das mamas por apresentar estímulos à produção de leite. Da mesma forma, não deve ser
feita na região abdominal, pois os estímulos poderiam provocar contrações na musculatura
uterina.
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Observações:
Embora gravidez não seja doença, a grávida necessita de orientação médica para realizar
drenagem linfática, devido a possibilidades de complicações que pode apresentar nesse período.
Para que a linfa seja transportada com maior facilidade, é importante um aporte hídrico
adequado, para facilitar a veiculação da carga linfática. Dessa forma, dependendo do nível de
atividades diária, a quantidade de líquido ingerido ao dia deve ser em torno de 3 litros/dia.
Caso não haja contra-indicação, a atividade física regular, além de ajudar na perda de
calorias e manutenção de peso, também tem um papel importante na circulação
delíquidos corporais, tanto na circulação venosa como linfática.
Como trabalho de conclusão de curso, Spaggiari relatou que a drenagem linfática manual
proporcionou redução do edema e sintomas associados nos membros inferiores de mulheres a
partir da 28º semanas de gravidez, sem alterar significativamente a pressão arterial,
proporcionando alto grau de satisfação às pacientes.
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BIBLIOGRAFIA:
- Soares, S.; Fortunato, S.; Moreira, A.: Adaptações Morfo-funcionais na Mulher Grávida. Texto
de apoio. Universidade do Porto, 2002 / 03. Portugal.
- Cambiagui, A. S. Manual da gestante: orientações especiais para a mulher grávida. São Paulo:
Madras, 2001.
TROMBOSE
VENOSA
PROFUNDA:
A palavra trombo, que vem do grego (gr. Thrómbos), significa coágulo sangüíneo,
derivando dela, a trombose, que faz menção a formação ou desenvolvimento de um trombo.
Pode ocorrer em uma veia situada na superfície corporal, logo abaixo da pele. Nessa localização é
chamada de tromboflebite superficial ou simplesmente tromboflebite ou flebite. Quando o trombo
se forma em veias profundas, no interior dos músculos, caracteriza a trombose venosa profunda ou
TVP.
Em qualquer localização, o trombo irá provocar uma inflamação na veia, podendo
permanecer restrito ao local inicial de formação ou se estender ao longo da mesma, provocando sua
obstrução parcial ou total.
O quadro de trombose venosa profunda está associado a um aumento da viscosidade sanguínea,
quadro de varizes devido à tortuosidade de veias, imobilidade no leito ou processos cirúrgicos.
Etiologia:
• Fatores clínicos
• Defeitos plasmáticos hereditários ou adquiridos.
Nosso corpo é dotado de mecanismos que mantém constante o seu equilíbrio. No sangue há
fatores que favorecem a coagulação do sangue, chamados procoagulantes, e fatores que inibem a
formação de coágulos, chamados anticoagulantes, responsáveis pela manutenção do sangue em estado
líquido. Quando ocorre um desequilíbrio em favor dos procoagulantes, desencadeia a formação do
trombo.
1 – Estase – é a estagnação do sangue dentro da veia. Isto ocorre durante a inatividade prolongada, tal
como permanecer sentado por longo período de tempo (viagens de avião ou automóvel), pessoas
acamadas, cirurgias prolongadas, dificuldade de deambulação, obesidade;
2 – Traumatismo na veia – qualquer fator que provoque lesão na fina e lisa camada interna da veia, tais
como trauma, introdução de medicação venosa, cateterismo, trombose anterior, infecções, etc., pode
desencadear a trombose.
Para que seu aparecimento aconteça, são necessários o que chamamos de condições clínicas, que
responsáveis por cerca de 80% no desenvolvimento da doença e as alterações hematológicas que
compreendem outros 20%, resultando assim em um grupo que podemos considerar, de risco:
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Localização:
• Vasos distais MMII (abaixo da veia poplítea), porém podem se propagar p/segmentos proximais (veia
poplítea, femoral,ilíaca e cava)
• Vasos distais de MMSS
SINAIS E SINTOMAS:
Nas veias superficiais: ocorre aumento de temperatura e dor na área afetada, além de vermelhidão e
edema. Pode-se palpar um endurecimento no trajeto da veia sob a pele.
Nas veias profundas: o que mais chama a atenção é o edema e a dor, normalmente restritos a uma só
perna. O edema pode se localizar apenas na panturrilha e pé ou estar mais exuberante na coxa, indicando
que o trombo se localiza nas veias profundas dessa região ou mais acima da virilha.
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DIAGNÓSTICO:
• Exame físico: observação dos sinais clássicos, como edema, alterações de temperatura,
cianose ou palidez.
• D- dímero: O Dimero D é um produto da degradação da fibrina pela plasmina. Sua determinação é útil
no diagnóstico da trombose venosa profunda (TVP) e do tromboembolismo pulmonar (TEP). Nestes
pacientes, a fibrinolise endógena leva a formação do DD, que é detectado uma hora após formação do
trombo e permanece elevado em média 7 dias. Níveis elevados de Dimero D tem sensibilidade superior a
90% na identificação de TEP, confirmada a cintilografia ou angiografia. Entretanto, devemos ressaltar
sua baixa especificidade. Níveis elevados também são encontrados nas seguintes situações: infarto agudo
do miocárdio, sepses, neoplasias, pós-operatórios (até 1 semana), coagulação intravascular disseminada,
anemia falciforme, insuficiência cardíaca e pneumonias. (Piano, Luciana Pereira de Almeida de)
• Doppler de MMIs ou flebografia: O Doppler é uma forma especial de ultra-som, utilizado para avaliar
o fluxo sanguíneo e as características dos vasos a serem estudados.
O fluxo é estudado de um som audível, por um gráfico e por imagens coloridas mostradas
no monitor.
PROFILAXIA:
A profilaxia deve ser feita para pacientes que possuem alta probabilidade de desenvolver a
doença. Pode ser feito com uso de medicação ( farmacológica ) ou com cuidados preventivos ( não
farmacológica).
• Farmacológica
É feita com medicação anticoagulante dos pacientes que apresentam probabilidade de desenvolver o
quadro.
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• Não farmacológica
Meias elásticas, deambulação, compressão pneumática, cinesioterapia, mobilidade precoce,
drenagem linfática manual.
A principal providência é combater a estase venosa, isto é, fazer o sangue venoso circular,
facilitando seu retorno ao coração.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
É importante descartar outras patologias que produzem sintomas semelhantes, entre elas: ruptura
de cisto de Baker, infecções extensas de tecido celular subcutâneo, miosite, ruptura muscular,
fadiga muscular, tumores e hematoma muscular.
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COMPLICAÇÕES:
A tromboflebite superficial raramente provoca sérias complicações; as veias atingidas podem, na
maioria das vezes, ser retiradas com procedimento cirúrgico, eliminando as chances de complicar. No
entanto, se a trombose é numa veia profunda, o risco de complicações é grande.
Complicações tardias
Tudo se resume numa síndrome chamada Insuficiência Venosa Crônica (IVC), que se inicia com
a destruição das válvulas existentes nas veias e que seriam responsáveis por direcionar o sangue para o
coração. O sinal mais precoce da IVC é o edema, seguido do aumento de veias varicosas e alterações da
cor da pele. Se o paciente não é submetido a um tratamento adequado, segue-se o endurecimento do
tecido subcutâneo, presença de eczema e, por fim, a tão temida úlcera de estase ou úlcera varicosa.
TRATAMENTO:
Se a trombose é superficial:
Recomenda-se cuidados especiais, tais como aplicação de calor na área afetada, elevação das
pernas e uso de antiinflamatórios não esteróides por um período de uma a duas semanas. Deve-se
retornar ao especialista, a fim de avaliar a necessidade de tratamento cirúrgico.
Pode ser necessário manter-se internado durante os primeiros dias, a fim de fazer uso de
anticoagulantes injetáveis (Heparinas). Estes previnem o crescimento do trombo e diminuem o risco de
embolia pulmonar. Quando o trombo é grande, pode ser necessário uso de trombolítico.
Atualmente, pode-se evitar a hospitalização com o uso de heparinas de baixo peso molecular,
injetados pelo próprio paciente no espaço subcutâneo da barriga, dependendo da gravidade do caso.
Depois do tratamento com Heparina, deve-se continuar com o uso de anticoagulantes orais (Warfarin)
por um período de três a seis meses. Concomitante com esta medicação, o paciente deve fazer repouso
com as pernas elevadas e fazer uso de meia elástica adequada à sua perna.
Alguns medicamentos que interferem na ação dos anticoagulantes são proibidos neste período.
Existem procedimentos de exceção para coibir complicações, tais como: colocação de filtro de
veia cava, remoção do coágulo (trombectomia) e angioplastia com stent (dispositivo aramado e recoberto
com um tecido, o qual evita que a veia se feche novamente).
OBS: A patologia é a principal causa do tromboembolismo pulmonar (TEP), geralmente é
assintomática e a profilaxia farmacológica ou não farmacológica devem ser instituídas de rotina
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A DRENAGEM LINFÁTICA
Por apresentar edema, é comum o pensamento de que a drenagem linfática manual pode ser
realizada em pacientes portadores de trombose, porém em períodos iniciais do tratamento existe contra-
indicação absoluta do emprego da drenagem linfática manual ou não manual, por acelerar o fluxo
linfático e assim, deslocar o trombo. Porém, por apresentar características como aumentar o fluxo
linfático e a velocidade de drenagem, ela age como fator preventivo à trombose linfática.
No tratamento tardio, quando o paciente ainda apresenta edema residual e, quando indicado por
médico, a drenagem linfática pode ser realizada, assim como o uso de elastoterapia e meia de compressão
elástica.
BIBLIOGRAFIA
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