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PRIMEIRO ESTUDO DIRIGIDO – 2023/1

MORFOLOGIA ANIMAL II - Valor: 1,0 ponto.


*Obs.: A atividade deve ser manuscrita, e ressalta-se que atividades plagiadas serão
zeradas

SISTEMA LINFÁTICO
• Defina o que são as seguintes estruturas (0,4 p.):

• Órgãos Linfoides. – São órgãos que fazem parte do sistema linfático, ligados
a parte imunológica do corpo. São eles: o baço, o timo, a medula óssea,
linfonodos e os tecidos linfoides.

Os órgãos linfáticos são responsáveis por diversas funções, sen-


do que a maioria delas é executada pelas células do sistema lin-
fático. Há duas categorias de células: as células imunológicas
específicas e as células imunológicas não específicas.

Oslinfócitos (linfócitos T e B) são as células funcionais


mais importantes. Eles são produzidos na medula óssea e nos
órgãos linfáticos e viajam com a linfa pelos vasos linfáticos até
o sangue. Os linfócitos apresentam receptores de superfície que
permitem reconhecer material estranho (antígenos) no corpo
e, ao desencadear uma reação em cadeia específica , induzem
uma resposta imunológica.

Os macrófagos apoiam essa resposta imunológica, mas seu funcionamento é


não específico. Elespossuem a capacidade de incorporar (fagocitar) antígenos,
degradá-los (reação de histocompatibilidade) e exibir os antígenos (apresentação
de antígenos) sobre sua face celular (para mais informações, consulte livros
sobre fisiologia e imunologia)

Os órgãos que regulam o desenvolvimento dos linfócitos são


chamados de órgãos linfoides primários. Os linfócitos são classifi cados em duas
populações principais, os linfócitos T e os
linfócitos B, dependendo do órgão primário de sua maturação.
Assim, todos os linfócitos T amadurecem no timo. Os linfócitos
B, por outro lado, sofrem maturação em diferentes órgãos,
dependendo da espécie animal. A maturação dessas células
ocorre na bursa de Fabricius em aves, na medula óssea em
primatas e roedores e nos tecidos linfoides intestinais em coelhos e ruminantes.
Todos esses órgãos linfoides primários se
desenvolvem no início da fase fetal. À medida que o animal cresce, os linfócitos
imaturos recém-formados migram da medula
óssea para os órgãos linfoides primários, onde amadurecem
( Tabela 12.1 ). Os órgãos linfoides primários não são locais em
que os linfócitos encontram antígenos estranhos, e eles não se
multiplicam em resposta à estimulação antigênica.

O sistema linfático é formado por uma extensa rede de vasos e nódulos


linfáticos conhecidos como linfonodos, que são responsáveis pelo transporte do
líquido linfático ou linfa, dos tecidos de volta para o sistema circulatório, com o
qual está intimamente interligado . Através dessa remoção de fluidos em
excesso, o sistema linfático permite a retirada de antígenos dos tecidos
corporais e produz células conhecidas como glóbulos brancos, leucócitos,
linfócitos, monócitos e células produtoras de anticorpos conhecidas como
plasmócitos

O sistema linfoide por sua vez é mais abrangente. Além de englobar o sistema
linfático, abrange ainda todas as células, tecidos e órgãos do corpo que contêm
agregados linfocitários (EROSCHENKO, 2008). Os tecidos linfoides podem estar
distribuídos de forma difusa ou organizada. De acordo com o sistema no qual é
encontrado, pode ser classificado como MALT (associado à mucosa), GALT
(associado ao sistema gastrointestinal), SALT (associado à pele) e BALT
(associado ao sistema respiratório) (BANKS, 1998; BACHA; BACHA, 2000). Os
tecidos linfoides difusos estão distribuídos de forma desorganizada no tecido
conjuntivo frouxo de inúmeros sistemas orgânicos.

Os tecidos linfoides organizados podem dar origem a agregados celulares que


aparecem de forma solitária, como um nódulo linfático não encapsulado, ou de
forma múltipla, com a presença de inúmeros nódulos, com comunicação entre si
ou não (PRESS; LANDSVERK, 2012). Eles podem ainda originar os chamados
órgãos linfoides, nódulos linfáticos encapsulados que possuem características e
funções especializadas.

Uma vez encapsulado, o tecido linfoide origina os chamados órgãos linfoides


primários ou centrais (timo e medula óssea) e secundários ou periféricos
(linfonodos, tonsilas e baço). Nos órgãos primários ocorre a linfopoiese
(produção de linfócitos), onde as células diferenciam-se, proliferam e
amadurecem em linfócitos T (no timo) e 23 B (fígado fetal e medula óssea)
(ROLINK et al., 2006). Após o processo de maturação celular, os linfócitos
imunocompetentes migram para os chamados órgãos linfoides secundários,
onde interagem entre si para produção das respostas imune celular e humoral,
onde são geradas as células efetoras e de memória, possibilitando a produção
de resposta e memória imunológica (VEJLSTED, 2012).

O sistema linfático não é um sistema fechado como o circulatório. Assim sendo,


não existe bombeamento eficiente como aquele determinado pelo coração.
Entretanto, observa-se a existência de uma bomba linfática onde a distensão da
parede do vaso entre duas válvulas subseqüentes faz com que haja contração
da musculatura lisa dos vaso linfático e isto propulsiona a linfa para o espaço
seguinte, e assim sucessivamente até que chegue a grande circulação

• Vasos linfáticos -. Eles são maiores do que os capilares, são vasos que não
circulam sangue, passa linfa neles.

A linfa é um líquido contido dentro de vasos especiais denominados linfáticos e só


circula no sentido periferia para o coração. Assim, a linfa surge em vários pontos do
corpo e se dirige ao coração onde se mistura ao sangue, passando a fazer parte deste.
• O sangue é o líquido contido dentro dos vasos sangüíneos (artérias e veias de vários
calibres)
e circula nos dois sentidos: do coração para a periferia (arterial) e da periferia para o
coração
(venoso).

• A linfa é um líquido contido dentro de vasos especiais denominados linfáticos e só


circula no sentido periferia para o coração. Assim, a linfa surge em vários pontos do
corpo e se dirige ao coração onde se mistura ao sangue, passando a fazer parte deste.

Em vários pontos do organismo a linfa surge da filtração capilar e banha as células


ofertando-lhes os nutrientes necessários e, assim, podemos dizer que nenhuma célula
recebe sangue "diretamente"para sua sobrevivência e que quem nutre as células é a
linfa. Por outro lado, a linfa que penetra nos vasos linfáticos na periferia surge da
filtração capilar e, por conseqüência,se forma a partir do líquido extracelular. Por
definição pode-se dizer que a linfa é essencialmente um ultrafiltrado do plasma
sangüíneo, formado pela filtração contínua da parte fluida do sangue, através das
paredes dos capilares sangüíneos, para o espaço intersticial.

a. Vaso aferente – vaso que chega no órgão linfoide, ele impede o refluxo de linfa.
b. Vaso eferente –vaso que sai da medula com a linfa, ele se esvazia no tronco
linfático.

• Ducto linfático. - Tubo maior, é um vaso que também conduz a linfa

Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos cervicais pro-


fundos se unem ao ducto linfático, o qual passa caudalmente na
extensão da traqueia, em trajetória paralela à artéria carótida, até abrir-se na veia
cava cranial ou, conforme o observado em alguns casos, no
ducto linfático esquerdo para o ducto torácico

4. Linfonodo; - estrutura cheia de célula de defesa do nosso corpo, estrutura


circular (tipo formato de feijão) espalhada pelo corpo.

Os linfonodos são fi ltros redondos ou em formato de feijão


estrategicamente posicionados nos vasos linfáticos para monitoramento dos
antígenos transportados pela linfa.
Os linfonodos são compostos por uma cápsula, abaixo da qual
há uma rede reticular repleta de linfócitos, macrófagos e células
dendríticas e por onde penetram os seios linfáticos .Assim, o linfonodo atua
como um filtro do fl uido linfático. Oseio subcapsular está imediatamente abaixo
da cápsula de tecido conjuntivo. Outros seios passam pelo corpo do linfonodo,
massão mais proeminentes na medula.

Os vasos linfáticos aferentes entram no órgão por toda a sua circunferência,


enquanto os vasos eferentes saem por uma depressão ou hilo em um lado.

Os vasos sanguíneos que suprem o linfonodo também entram


e saem pelo hilo.

O interior dos linfonodos se divide em três regiões: um córtex periférico, uma


medula central e uma região intermediária
pouco defi nida, chamada paracórtex .

Os linfócitos B predominam no córtex, onde se dispõem em agregados


chamados folículos. Nos linfonodos estimulados por antígenos, alguns
desses folículos formam estruturas especializadas, denominadas
centros germinativos.

Os centros germinativos são locais de crescimento, mutação


e maturação dos linfócitos B. Essas estruturas são aglomerações
ovoides ou arredondadas de células divididas em zonas claras
e escuras. Os centros germinativos surgem quando alguns linfócitos B antígeno-
específi cos entram no folículo e se dividem
rapidamente, transformando-se nos centroblastos que formam
a zona escura. Esse é o local em que os linfócitos B se multiplicam e sofrem um
processo denominado mutação somática. Por fi m, os centroblastos produzem
centrócitos que não se dividem e migram para a zona clara.

A zona clara é o local em que as imunoglobulinas trocam de isótipo e há


formação dos linfócitos B de memória . As zonas claras são ricas em células
dendríticas foliculares (fDCs) que capturam os antígenos e linfócitos T CD4 +

Os linfócitos T e as células dendríticas são predominantes no


paracórtex. As células são dispostas em cordões entre os seios
linfáticos.

No centro de cada cordão paracortical, há uma vênula


de endotélio alto (HEV). Esses vasos são revestidos por células
endoteliais altas e arredondadas, muito diferentes do endotélio
achatado de outros vasos sanguíneos ( Fig. 12.12 ). As HEVs são
rodeadas por camadas concêntricas de células fi broblásticas
reticulares e um espaço estreito chamado canal perivenular.

A medula dos linfonodos contém seios de drenagem linfática


separados por cordões medulares com muitos plasmócitos,
macrófagos e linfócitos T de memória.

Os linfonodos são locais muito movimentados, com células


indo e vindo em resposta a inúmeros sinais químicos. Esses
sinais chegam por fibras reticulares que formam a estrutura dos linfonodos.
Essas fibras são ocas e servem como
canais para a transmissão rápida de moléculas de sinalização.

Os canais são formados por feixes de fi bras de


colágeno revestidos por células fi broreticulares. A parede de
células fi broreticulares não é contínua e, assim, os linfócitos B
foliculares e as células dendríticas podem inserir seus processos através das
pequenas fendas e monitorar os antígenos no
fluido linfático .

Há uma rede semelhante de canais nas zonas de linfócitos T onde os antígenos


são monitorados por células dendríticas. Os canais permitem a rápida passagem
dos antígenos solúveis dos vasos linfáticos aferentes até o lúmen das HEVs e
sua penetração em regiões profundas
do linfonodo.

a. Córtex – região mais externa do linfonodo, que recebe a linfa


b. Medula – parte central do linfonodo, mais interna, de onde os vasos linfáticos
saem com a linfa

5. Tonsilas- são órgãos linfoides cheios de células de defesas, no interior de


mucosas, servem para limpar a linfa. Ex: a amigdala. Atuam na defesa natural do
corpo como microrganismos.

A cavidade timpânica marca a abertura para a tuba auditiva


e termina na parte nasal da faringe com a abertura faríngea
em forma de fenda. As aberturas faríngeas são marcadas por tonsilas tubais em
ruminantes

A tonsila palatina (tonsilla palatina) em cães se situa no


arco palatoglosso na parte oral da faringe. Ela se encontra inse-
rida em um nicho mucoso situado na parede da faringe entre a
raiz da língua e o palato mole. O lado medial da tonsila palatina
é obscurecido por uma prega da membrana mucosa (plica semi-
lunaris). O assoalho desse nicho mucoso contém tecido linfor-
reticular. Doenças crônicas das tonsilas indicam a necessidade
de uma tonsilectomia. As tonsilas são vascularizadas por duas
artérias pequenas, as artérias tonsilares caudal e rostral, ambas
com origem na artéria da língua.

6. Linfonodos hemais (pequenos ruminantes) - são linfonodos enegrecidos, pois são


uma mistura de linfa com sangue, geralmente em ruminantes.

O linfocentro torácico dorsal compreende dois grupos de linfo-


nodos, os linfonodos intercostais (lnn. intercostales) e os lin-
fonodos aorticotorácicos (lnn. thoracici aortici) (Figs. 13-10e 13-12). Como seus
nomes indicam, os linfonodos se situamna parte superior de alguns espaços
intercostais, e os linfonodos aorticotorácicos se espalham na extensão da aorta.
Sua quantidade é inconstante de uma espécie para outra.Ruminantes costumam
apresentar linfonodos hemais nessa região. Linfonodos hemais (lymphonodus
hemalis) possuem uma arquitetura semelhante à dos linfonodos, sendo que a
diferença é que seus seios não contêm linfa, e sim sangue, e estão conectados a
vasos sanguíneos ao invés de vasos linfáticos

O linfocentro lombar compõe-se do linfonodos lombares aór- ticos e renais . Os


linfonodos lombares aórticos posicionam-se de cada lado da aorta, entre os processos
transversos das vértebras lombares (Fig. 13-12). Linfonodos hemais também podem
estar presentes no mesmo local em ruminantes. Os linfonodos lombares recebem
vasos linfáticos aferentes do teto abdominal e
dos vasos eferentes dos linfonodos situados mais caudalmente.
A drenagem linfática do linfocentro lombar é recebida pela cisterna do quilo
(cisterna chyli).Os linfonodos renais estão associados aos vasos renais e
drenam os rins

7. Órgãos hematopoiéticos. - Realizam hematopoiese, são: a medula óssea, baço,


timo, linfonodos e o fígado. Órgãos que produzem as células sanguíneas, estão
associados aos órgãos linfáticos. Eles produzem os leucócitos, as hemácias e
plaquetas.

8. Medula Óssea; - realiza hematopoiese, órgão que fica dentro dos ossos. Produz
os glóbulos brancos (os leucócitos) os glóbulos vermelhos (hemácias) e as
plaquetas.

Macroscopicamente, o timo é um órgão acinzentado e bastante lobulado com um


matiz róseo no material fresco. Seus lóbulos poligonais (lobuli thymi) separam-se
uns dos outros poruma cápsula delicada, porém distinta, de tecido conectivo. Mi-
croscopicamente, cada lóbulo divide-se em um córtex externo e uma medula
interna (Fig. 13-15). Células linfopoéticas migram da
medula óssea para o córtex , onde se dividem e amadurecem para formar
linfócitos T. Dentro do córtex, os linfócitos T se equipam com receptores que
reconhecem as proteínas que pertencem ao corpo. Caso os linfócitos T não
reconheçam as proteínas do corpo, o
sistema imune começa a reagir contra esses componentes, o que resulta em
enfermidades autoimunes como esclerose múltipla ou artrite reumatoide.

As PPs ileais especializadas são órgãos linfoides primários dos


linfócitos B apenas nos mamíferos do grupo I, como os ruminantes. Nos
mamíferos do grupo II, é provável que a medula
óssea desempenhe essa função. Não há um local exclusivo para
o desenvolvimento dos linfócitos B; sugere-se, porém, que os
precursores dessas células se desenvolvam na parte mais externa
da medula e migrem para o centro durante sua maturação e
multiplicação. A seleção negativa ocorre na medula óssea e,
dessa forma, como nos demais órgãos linfoides primários, a
maioria dos linfócitos pré-B gerados é destruída.

9. Timo - Ajuda na produção de células de defesa, os glóbulos brancos. Órgão do


animal até jovem, depois regride, pois é substituído por tecido adiposo, gordura.

O timo está localizado na cavidade torácica, à frente e abaixo


do coração. Em equinos, bovinos, ovinos, suínos e galinhas,
também se estende pelo pescoço até a tireoide. O tamanho do
timo é variável; seu tamanho relativo é maior em neonatos, e
seu tamanho absoluto é maior antes da puberdade. Em animais
adultos, o timo pode ser muito pequeno e difícil de encontrar.
Estrutura

O timo é composto por lóbulos de células epiteliais em grupos


frouxos, cada um recoberto por uma cápsula de tecido conjuntivo.

A parte mais externa de cada lóbulo, o córtex, é densamente


infi ltrada por linfócitos (ou timócitos), mas a medula, mais
interna, contém poucos linfócitos, e suas células epiteliais são
bem visíveis . A medula também apresenta corpos
arredondados, organizados em camadas, chamados de corpúsculos tímicos ou de Hassall. Esses
corpúsculos contêm queratina
e vestígios de um pequeno vaso sanguíneo em seu centro. Em
bovinos, esses corpúsculos podem apresentar imunoglobulina
A. Uma membrana basal anormalmente espessa e uma camada contínua de células epiteliais
circundam os
capilares que suprem o córtex tímico. Essa barreira impede a
penetração de antígenos estranhos circulantes no córtex. Não
há vasos linfáticos que saiam do timo. À medida que o animal
envelhece, o timo diminui de tamanho e é aos poucos substituído por tecido adiposo. Entretanto,
o timo idoso ainda
apresenta pequenas quantidades de tecido linfoide e continua
funcionalmente ativo.

a. Lobo Torácico; - Parte do timo localizada no tórax


b. Lobo Cervical. – Parte do timo localizada no pescoço

10. Baço- órgão hematopoiético, com função de produzir os glóbulos brancos,


células de defesa. Serve como uma peneira do sangue, filtra o sangue,
removendo todas as estruturas estranhas, as células velhas; também armazena
sangue, ele captura células velhas e as elimina, reciclando o tecido sanguíneo. É
o maior órgão do sistema linfático.

O baço de cetáceos é um órgão simples, de tamanho reduzido quando


comparado aos demais órgãos (0,2% do peso corpóreo do animal), o que limita
sua capacidade de armazenamento sanguíneo (SLIJPER, 1958; BRYDEN, 1972).
Por conta de seu tamanho diminuto, o baço de cetáceos não podem ser
classificados como de armazenamento, como o de mamíferos terrestres.
Zwillenberg (1960) acredita que o baço de odontocetos e misticetos não possui
uma denominação clássica como em humanos e mamíferos terrestres e que em
P. phocoena foram encontradas fibras contráteis trabeculares e capsulares, o que
tornaria o órgão um reservatório. Cowan e Smith (1999) afirmam haver
hematopoiese extramedular no tecido esplênico de T. truncatus e sua superfície
irregular permite que este acomode grande quantidade de sangue, classificando
o órgão na mesma categoria (PILLERI; ARVY, 1971).

O baço também não pode ser classificado como metabólico (caso do baço
humano) onde os tecidos linfoides são bem desenvolvidos. Tal característica em
cetáceos é vista apenas em animais jovens, onde a polpa branca, bem
desenvolvida, é formada predominantemente por nódulos linfáticos circundados
pela bainha linfoide periarteriolar. Em animais com idade mais avançada, estes
centros foliculares são raros e pouco desenvolvidos (ROMANO et al., 1993).
Simpson e Gardner (1972) afirmam que a baixa quantidade de nódulos linfáticos
pode afetar a sanidade de animais mais velhos caso este seja exposto a agentes
infecciosos. Assim como em linfonodos, não é esclarecido se há uma baixa
imunoatividade deste órgão em mamíferos aquáticos.

a. Polpa branca – região onde ficam acumuladas células de defesa, espalhadas


pela polpa vermelha, pois ela produz os linfócitos.
b. Polpa vermelha – bem homogênea, fica espalhada uniformemente pelo baço,
onde fica o sangue.

11. Fígado- considerado órgão hematopoiético apenas em animais jovens, ajuda


os animais produzirem as células sanguíneas até que os outros órgãos o façam.

O fígado, sendo o maior órgão interno do corpo, representa, cerca de 4% do


peso corpóreo. Está localizado cranialmente em contato com o diafragma e ocupando a
região central do abdômen cranial na maioria das espécies animais.
Macroscopicamente o fígado tem a superfície capsular lisa e parênquima
consistente,de cor castanho-avermelhado friável e dividido em lobos. No cão e no gato
ele é dividido em sete lobos: lobo medial direito, lobo lateral direito, lobo medial
esquerdo, lobo lateral esquerdo, lobo quadrado, processo papilar do lobo caudado e
processo caudado do lobo caudado. A subunidade funcional é o lóbulo hepático,
observadas na microscopia como estruturas hexagonais que medem de 1 a 2 mm
(CULLEN, 2015).

Possuem uma veia central, chamada de centrolobular, e os tratos portais nos


ângulos do hexágono. Estes são formados por ductos biliares, veia central, artéria
hepática e vasos linfáticos, todos sustentados por tecido colagenoso. A placa limitante
é formada por hepatócitos que delimitam o lóbulo hepático.
Os hepatócitos estão dispostos em placas ramificadas de forma radial a partir da veia
centrolobular, e de espessura unicelular. Os sinusóides hepáticos são diferentes de
capilares pois não possuem membrana basal típica, permitindo a captação adequada
dos componentes necessários no metabolismo e secreção hepatocelular.

onde é possível a passagem de plasma sanguíneo. As microvilosidades presentes na


superfície dos hepatócitos, aumentam a área de contato e facilitam a captação das
substâncias (CULLEN; STALKER, 2015).

Junto aos sinusóides, o fígado possui macrófagos denominados células de Kupffer, que
são células do sistema monocítico-macrofágico. Essas células retiram agentes
infecciosos, células inviáveis e endotoxinas do sangue. Possuem a capacidade de 11
migração para locais de dano e linfonodos.

O fígado também possui células de Ito, ou lipócitos, e são encontradas no espaço de


Disse. São células estreladas com vacúolos e estocam vitamina A (CULLEN;
STALKER, 2015).

Quando lesadas, perdemcapacidade de estocar a vitamina e sintetizam colágeno e


matriz celular, levando a fibrose hepática.

O sistema biliar flui no sentido oposto ao fluxo sanguíneo, tendo início na região
periacinar (centrolobular) e seus canalículos são as próprias membranas celulares dos
hepatócitos. Fora da placa limitante, a bile é drenada para o canal de Hering, ou
colangíolos, e então até os ductos biliares.

Os ductos biliares se unem formando o ducto hepático, que conflui com o ducto cístico
da vesícula biliar e forma o ducto biliar comum, que leva a bile até o duodeno.

A vesícula biliar é responsável pelo armazenamento da bile. Se considerarmos o fígado


como uma glândula secretora de bile, podemos classificar três zonas: zona 1
(periportal), próxima aos tratos portais, zona 2 (medizonal) localizada à periferia da
zona 1, e zona 3 (centrolobular), localizada ao redor da veia hepática centrolobular
(CULLEN, 2015,CULLEN; STALKER, 2015).

O fígado desempenha papel homeostático fundamental no equilíbrio de numerosos


processos biológicos. Estima-se que o fígado realize pelo menos 1.500 funções
bioquímicas essenciais para a sobrevida do indivíduo (CENTER, 1997), entre elas
estão o metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas; síntese das proteínas
plasmáticas e fatores de coagulação; detoxificação e excreção de medicamentos,
toxinas e metabólitos; e a formação e eliminação da bile (JOHNSON, 1997).

O fígado possui capacidade de armazenamento, reserva funcional e possibilidade


regenerativa consideráveis, mas, essas características também complicam a
identificação clínica das lesões hepáticas graves.

Vale ressaltar que somente lesões que afetam a maior parte do parênquima hepático
poderão produzir sinais de insuficiência hepática, já que lesões focais raramente
destroem uma quantidade suficiente de parênquima para
sobrepujar as reservas do órgão (CULLEN; MACLACHLAN, 2001).

Nos animais, agentes infecciosos como vírus, bactérias, protozoários, fungos e


metazoários, além de causar lesão hepática, também afetam outros órgãos e tecidos,
ao contrário do que é visto em humanos, em que várias causas de hepatite viral são
específicas para o fígado.

O órgão é vulnerável a uma grande variedade de insultos metabólicos, tóxicos,


microbianos, circulatórios e neoplásicos.

Em alguns casos a doença é primária do fígado, como o carcinoma hepatocelular, mas


com maior 12 frequência, o envolvimento hepático é secundário, causado por
descompensação cardíaca, tumor disseminado e infecções extra-hepáticas (THEISE,
2016).

As rotas de infecção do fígado são a hematógena, penetração direta e ascendente via


sistema biliar.

Os agentes infecciosos atingem o fígado mais comumente pela via hematógena devido
à circulação hepática dupla, que recebe tanto sangue arterial pela artéria hepática,
como sangue venoso do trato gastrintestinal pela veia porta.

Menos frequentemente a invasão dos agentes infecciosos se dá através de


penetração direta e ascendente pelo sistema biliar (CULLEN; STALKER, 2015).

A consequência clínica mais grave das lesões hepáticas é a insuficiência hepática (IH),
que pode ser causada por destruição hepática somente súbita. Com maior frequência,
a insuficiência hepática ocorre como desfecho de uma lesão progressiva do fígado,
seja por destruição insidiosa de hepatócitos ou por ataques repetidos de lesão ao
parênquima hepático (CULLEN; STALKER, 2015, THEISE,2016).

A insuficiência hepática aguda ocorre quando um insulto súbito e grave compromete


pelo menos 70% a 80% da massa hepática funcional, excedendo sua capacidade de
reserva funcional, resultando em sinais clínicos de insuficiência hepática. Uma das
causas de IH, é a necrose do parênquima hepático.

A necrose hepática ocorre em localização variada no órgão, de acordo com a sua


etiologia. Necrose centrolobular ocorre devido à hipóxia tecidual ou isquemia, já a
necrose aleatória normalmente ocorre em resposta a agentes infecciosos.

A necrose dos tratos portais é consequência da ação de toxinas que não exigem
metabolismo intracelular do hepatócito. A necrose hepática difusa é a lesão
histopatológica mais consistente detectada em cães e gatos com sinais de insuficiência
hepática aguda (CENTER,1997).

A insuficiência hepática crônica decorrente de diversas causas pode resultar


em uma hepatopatia de estágio terminal caracterizada por fibrose ou cirrose hepática
grave (JOHNSON, 1997). Quando a inflamação crônica ocorre em todo o fígado, há
perda do parênquima hepático com distorção da arquitetura hepática que resulta
emfibrose e regeneração nodular do parênquima (CULLEN; STALKER, 2015).

De acordo com CULLEN (2015) as lesões aos hepatócitos provocadas por diversas
substâncias tóxicas podem ser reversíveis ou irreversíveis dependendo do grau de
lesão que causam na membrana basal das células hepáticas.

Em um processo de evolução mais crônica, a tendência fisiológica normal é a


substituição de hepatócitos mortos por tecido conjuntivo fibroso, porém se os agentes
agressores estiverem em quantidade 13 elevada ou houver exposição contínua, as
células hepáticas podem morrer em grande número e numa distribuição difusa, levando
a insuficiência do órgão sem que ocorra tempo hábil para formação de fibrose para a
reparação (GRECCO, 2009).

Da mesma forma, lesões que afetem as células das vias biliares direta ou
indiretamente podem induzir tanto a morte rápida destas células, bem como estimular a
sua proliferação deu ma maneira desordenada na tentativa de recobrar as suas
funções normais
(CHEEKE et al. 1988).

• Desenhe um equino com as seguintes estruturas, que estejam corretamente


identificadas (0,1 p.):

o Linfonodo parotídeo

o Linfonodo mandibular

o Linfonodo pré-escapular

o Linfonodo axilar

o Linfonodo inguinal

o Linfonodo poplíteo

o Baço

o Timo

ORELHA

C. Defina o que são as seguintes estruturas (0,4 p.):

1. Órgão Vestibulococlear – órgão responsável pela audição e pelo equilíbrio

2. Orelha externa; - parte externa da orelha, e se divide em três partes: orelha


externa, média e a interna, formada pelo pavilhão auricular, e pelo meato acústico
externo

O nervo auriculotemporal
emerge da margem caudal do
nervo mandibular. Ele é coberto pela glândula salivar parótida
e contorna a margem caudal da mandíbula para alcançar a face
imediatamente ventral à articulação temporomandibular. Divi-
de-se em um ramo auricular e outro temporal. O ramo auricular
corre na extensão da margem rostral do meato acústico externo
até a base da orelha externa e inerva a pele nessa área, junta-
mente com o ramo auricular rostral do nervo intermediofacial.
O ramo temporal emite nervos menores que inervam o meato
acústico externo, a glândula parótida e a pele das bochechas.

O
músculo parotidoauricular
é uma faixa muscular lon-
ga, que se prolonga desde as regiões cranial cervical e parotídea
até o ângulo ventral da cartilagem escutiforme. Ele direciona a
orelha ventral e caudalmente (Figs. 2-4 e 2-6)
.
Osmúsculos auriculares caudais
consistem em uma
parte longa, o músculo cervicoauricular médio (m. cervicoau-
ricularis medius), e uma parte curta, o músculo cervicoauricu-
lar profundo (m. cervicoauricularis profundus). As duas partes
emergem da parte cranial do pescoço e terminam na face lateral
da cartilagem escutiforme. Eles projetam e retraem a orelha
externa.

Os músculos auriculares dorsais


compreendem três
músculos distintos, os quais se inserem na face dorsal da orelha
externa. O músculo cervicoauricular superficial (m. cervicoauri-
cularis superficialis) se origina da região do pescoço cranial, o
músculo parietoauricular (m. parietoauricularis), desde a parte
parietal do osso temporal, e o músculo cervicoauricular super-
ficial acessório (m. cervicoauricularis superficialis accessorius),
desde a cartilagem escutiforme. Eles elevam a orelha externa e a
movimentam para trás ou para a frente

O nervo vago emite um pequeno


ramo meníngeo(ramusmeningeus) e o ramo auricular próximo ao forame jugular.
O ramo auricular
se une a um ramo do nervo facial para inervar
a pele na parte interna da orelha externa. Esse é o único ramo
do vago que inerva a pele. Supõe-se que esse ramo desempenhe
uma função importante na acupuntura auricular.

A
orelha externa
(também chamada de pavilhão auricular ou
pina) dos mamíferos domésticos apresenta grande variação de
tamanho e formato entre espécies e raças. Variações específicas
de raças se destacam particularmente no cão (Tab. 17-1). Na
maioria dos animais a orelha externa é extremamente móvel e
é importante para a comunicação entre indivíduos (Figs. 17-2
e 17-3).

A orelha
apresenta formato de funil e serve como estru-
tura captadora de som. Ela se move por meio dos músculos au-
riculares para localizar e coletar sons. Vários músculos auricu-
lares emergem da cartilagem escutiforme, uma pequena lâmina
cartilaginosa na face rostromedial do pavilhão auricular; outros
emergem de segmentos vizinhos do crânio.

Os músculos auriculares
se dispõem ao redor do pavilhão auricular e nele se inserem. Eles giram a orelha
externa e a movem para cima e para baixo. Os músculos compõem-se de
diversas camadas de uma grande quantidade de faixas que podem variar em
tamanho ou inserção não apenas entre espécies e
raças, mas também de um indivíduo para outro. Como os outros
músculos miméticos, sua inervação ocorre por meio do nervo
intermediofacial.

O pavilhão com forma de funil se abre distalmente e se


estreita para formar um tubo no sentido proximal.

O tamanho e a forma do pavilhão auricular são determinados pela cartilagem


auricular, a qual é recoberta por pele.

Os pelos são finos e esparsos na superfície côncava, com exceção de alguns


pelos tragos (tragi), os quais são longos e protegem a entrada para o meato
acústico externo. A face convexa é coberta por pelo normal e, particularmente em
cães com orelhas pendentes, ela apresenta pelos longos e espessos. Seguindo-
se a nomenclatura anatômica humana, podem-se distinguir as seguintes face

A face côncava do pavilhão auricular se divide em


concha da orelha (concha auriculare), ou cavidade conchal , da
escafa plana e situada mais distalmente. Uma faixa cartilaginosa se-
parada, a cartilagem anular (cartilago anularis), se encaixa na
base da tuba conchal e se sobrepõe e se fixa ao meato acústico
externo ósseo (Figs. 17-2 e 17-3). No gato e no cão, a margem
caudal apresenta o saco cutâneo marginal
(saccus cutaneus marginalis).

A parte óssea é relativamente curta e se fixa à parte basal


da concha pela cartilagem anular. Essa disposição de um anel
de união separado entre o pavilhão auricular e o meato acústi-
co externo proporciona maior flexibilidade à orelha externa.

Os sons são recebidos pela orelha externa e provocam


vibrações mecânicas da membrana timpânica, as quais são
transmitidas para a orelha interna pela cadeia dos ossículos da
audição.

A orelha é o órgão sensorial tanto para a audiçãoquanto para o equilíbrio . A


orelha externa compõe-se do pavilhão auricular
e do canal auditivo. Ela separa-se da orelha interna por meio
da membrana timpânica. A cartilagem proporciona uma sus-
tentação interna para os pavilhões e influencia seu formato. A
delicada pele que cobre a cartilagem se fixa por meio de uma
camada de tecido conectivo frouxo. Em tal camada se encontram
os vasos sanguíneos que irrigam a cartilagem. Lesões a esses
vasos fazem com que a pele se separe da cartilagem, causando
oto-hematoma de grande amplitude

a. Aurícula ou Pina; - projeção da orelha que tem como base cartilagem, chamada
também pavilhão auricular

b. Meato Acústico Externo; - ducto, canal da orelha que conecta a pina com a
orelha média

Há dois tipos de tecido ósseo:osso reticular


(os membranaceum reticulofibrosum) e
osso lamelar (os membranaceum lamellosum). Do ponto de vista evolutivo, o
osso reticular (fibroso, imaturo) é visto como o primeiro e, portanto,
filogeneticamente, a mais antiga forma de osso, sendo frequentemente
classificado como tecido conectivo ossificado. Durante o desenvolvimento fetal,
cada osso inicialmente consiste em osso reticular, e apenas após o nascimento
esse osso é substituído lentamente pela forma mais complexa de osso lamelar.
No entanto, alguns ossos reticulares são permanentes, como, por exemplo, o
labirinto ósseo na orelha, o meato acústico externo e os locais de ligação com
músculo nos ossos longos

A porção caudal da parte escamosa forma o processo


occipital (processus occipitalis); a face ventral forma o
processo retrotimpânico (processus retrotympanicus), o qual
circunda o meato acústico externo (meatus acusticus externus) caudalmente. O
forame retroarticular (forame retroarticulare) se projeta na direção caudal a este
último processo e forma a extremidade do
meato temporal (meatus tempralis) (Fig. 1-11). O meato temporal é rudimentar no
gato e no suíno

O segmento caudal da parte petrosa se projeta além do


crânio, formando o processo mastoide (processus mastoideus)
ventralmente. O processo mastoide é uma projeção forte em for-
ma de botão no equino e menor em outros mamíferos domésticos. A fixação para
o aparelho hióideo (apparatus hyoideus) se
origina do processo estiloide (processus styloideus) cilíndrico
em equinos e em ruminantes, o qual se posiciona rostroventralmente ao meato
acústico externo da parte petrosa (Figs. 1-12 e 1-14). O processo estiloide está
ausente em carnívoros e no suíno e, portanto, o aparelho hióideo se articula com
o processo mastoide da parte petrosa em carnívoros (Fig. 1-6) e o processo
nucal (processus nuchalis) da parte escamosa, o qual se localiza próximo à base
do processo paracondilar no suíno

O meato acústico externo (meatus acusticus externus) se abre dorsolateralmente


(porus acusticus externus) (Fig. 1-9) e separa-se da cavidade timpânica por um
diafragma membranoso, a membrana timpânica ou tímpano (membrana tympani),
que se liga ao anel timpânico (anulus tympanicus). A parte dorsal da cavidade
timpânica encerra os ossículos da audição (ossicula auditus), o estribo, o
martelo e a bigorna. O processo muscular (processus muscularis) se prolonga
das paredes mediorrostrais da bula timpânica, a qual é particular-
mente proeminente no equino e nos ruminantes.

O meato acústico externo é um cilindro ósseo curto ao qual está fixada a orelha
externa e é fechado pela membran impânica, a qual separa o canal da orelha
externa da cavidadeda orelha média e está ausente no gato. Situada ventral e
medialmente em relação ao meato acústico externo está a bula timpânica, a qual
envolve parte da cavidade da orelha média. Caudalmente em relação à bula
timpânica, o canal auditório, por onde atravessam os nervos facial e
estilomastóideo e a artéria estilomastóidea, passa pelo forame estilomastóideo.
Não é
possível discernir a incisura ótica incisura otica)

O ramo auricular
corre na extensão da margem rostral do meato acústico externo
até a base da orelha externa e inerva a pele nessa área, junta-
mente com o ramo auricular rostral do nervo intermediofacial.
O ramo temporal emite nervos menores que inervam o meato
acústico externo, a glândula parótida e a pele das bochechas

O meato acústico externo possui uma parte cartilaginosa distal


e uma parte óssea proximal. Ele se inicia com a parte estreitada
da cartilagem auricular e termina no tímpano.

o meeato acústico externo


é revestido com um epitélio escamoso
estratificado, o qual contém glândulas sebáceas e ceruminosas
tubulares, as quais secretam
cerume(cerume). No equino e nos
ruminantes, essas glândulas se situam na parte cartilaginosa do
meato acústico externo. Em carnívoros, as glândulas se situam
em toda a extensão do meato acústico externo

3. Orelha média- parte mediana da orelha, composta pela cavidade timpânica, se


localiza na parte petrosa do osso temporal.

membrana timpânica, a qual separa o canal da orelha externa da cavidade da


orelha média e está ausente no gato. Situada ventral e me-
dialmente em relação ao meato acústico externo está a
bula timpânica, a qual envolve parte da cavidade da orelha média.
Caudalmente em relação à bula timpânica, ocanal auditório,
por onde atravessam os nervos facial e estilomastóideo e a artéria
estilomastóidea, passa pelo forame estilomastóide. Não é
possível discernir a incisura ótica (incisura otica).

A membrana timpânica, ou tímpano, separa a orelha média do


meato acústico externo (Figs. 17-1, 17-4 e 17-5). Ela transmite
as ondas sonoras para os ossículos da audição na orelha média.
Trata-se de uma lâmina semitransparente e delgada sustentada
no anel timpânico (anulus tympanicus). O anel timpânico é in-
terrompido dorsalmente por uma incisura, sobre a qual há uma
faixa de tecido mole

a. Tímpano; - película que separa a cavidade timpânica do meato acústico


externo, também chamado de membrana timpânica, ela possui qualidade
vibratória.

b. Cavidade Timpânica; - espaço de ar dentro do osso temporal onde fica a orelha


média, e formada pela membrana timpânica e os ossículos.

As paredes ósseas do canal facial possuem aberturas oblí-


quas em direção à cavidade timpânica. Nesse local, o nervo fa-
cial se separa da orelha média apenas pela mucosa que reveste a
cavidade timpânica. Desse modo, paralisia do nervo facial pode
estar associada a infecções na orelha média

Os corpos celulares dos neurônios sensoriais se situam no gânglio petroso, o


qual é dividido em uma parte proximal,localizada intracranialmente, e uma
parte distal. Na altura do gânglio distal, o nervo petroso menor emerge e origina
pequenos ramos para o plexo timpânico e para a tuba auditiva. Ele deixa a
cavidade timpânica para terminar no gânglio ótico, do qual as fibras secretoras
pós-ganglionares prosseguem até as glândulas bucal e parótida

A cavidade timpânica ocupa o interior do osso petroso temporal.


Ela pode ser dividida em partes dorsal, média e ventral.
A parte dorsal, o epitímpano, contém o ossículo auri-
cular. A parte média, ou mesotímpano, inclui a membrana em sua parede lateral e
se abre rostralmente na parte laríngea
através da tuba auditiva. O hipotímpano ventral, ou bula timpânica(bulla
tympanica), é uma expansão bulbosa aumentada
do osso temporal que se subdivide em várias áreas celulares
em algumas espécies (Figs. 17-7 e seguintes). A bula timpâ-
nica forma o assoalho e uma grande parte das paredes laterais
da cavidade timpânica (para uma descrição mais detalhada,
consulte o Capítulo 1). A parede lateral da cavidade timpâni-
ca incorpora a membrana timpânica; a parede medial contém
duas janelas.

A janela do vestíbulo(fenestra vestibuli) é oval, situa-se rostrodorsalmente, é


ocupada pela base do estribo (stapes) e conecta a cavidade timpânica à orelha
interna. A janela da cóclea (fenestra cochleae), situada mais caudalmente,
apresenta formato redondo e conduz à cavidade da cóclea. Ela é fechada pela
membrana timpânica secundária. A cóclea se localiza em uma proeminência
óssea, opromontório (pro-montorium), que se projeta da parede medial da
cavidade tim pânica (Fig. 17-19).

A cavidade timpânica é revestida por um epitélio de camada simples, o qual


prossegue até os ossículos auriculares e amembrana timpânica. O tecido mole
subjacente é intensamentevascularizado e inervado

c. Ossículos-três menores ossos do corpo, ficam na região mais dorsal da orelha


média. São eles: martelo, bigorna e estribo. Os movimentos desses ossos
transmitem impulsos sonoros.

sossículos da audição não apenas transmitem as vibrações da membrana


timpânica, mas também as ampliam em
pelo menos 20 vezes, o que é fundamental para iniciar ondas
na endolinfa da orelha interna. Uma função importante no me-
canismo de intensificação é desempenhada por
dois músculos antagônicos associados aos ossículos: o tensor do tímpano e o
músculo estapédio.

O músculo tensor do tímpano


(m. tensor tympani) se origina na parte rostromedial da cavidade timpânica e se
insere
no manúbrio do martelo. A contração desse músculo tensiona a
cadeia de ossículos da audição e a membrana timpânica e, desse
modo, resulta em maior sensibilidade do sistema de transmissão.

O músculo estapédio
(m. stapedius) se origina de uma
pequena fossa entre o canal facial e a parede da cavidade tim-
pânica e se insere na cabeça do estribo. A contração do músculo
estapédio afasta a base do estribo da janela do vestíbulo e, desse
modo, possui um efeito atenuante sobre a transmissão. O múscu-
lo tensor do tímpano é inervado pelo nervo pterigóideo, um ramo
do nervo mandibular; o músculo estapédio é inervado pelo nervo
facia
Osossículos da audição formam uma cadeia localizadanos níveis superiores da
orelha média, no epitímpano. O nervo intermediofacial corre próximo ao
epitímpano. Doenças da orelha média também podem afetar o nervo facial. As
tubas auditivas (trompas de Eustáquio) conectam a faringe à cavidade timpânica.

d. Tuba Auditiva. – Ducto, estrutura que regula a pressão do ar da membrana


timpânica no interior do ouvido.

4. Orelha interna. – Parte interna da orelha, fica dentro de um osso, o osso


temporal, é responsável pela audição e também pelo equilíbrio.

A parte petrosa (pars petrosa, petrosum) é a porção


caudoventral do osso temporal e faz limite com as partes
escamosa e timpânica . Ela envolve a orelha interna
com acóclea, o vestíbulo (vestibulum) e oscanais semicirculares
(canales semicirculares).

O nervo vestibular
conecta o aparelho vestibular da
orelha interna ao encéfalo

o lado oposto da extremidade distal do martelo , devido à


tração que exerce. Uma faixa de coloração clara (stria mallearis)
pode ser observada nesse local. O cabo do martelo se insere na
membrana timpânica, enquanto a cabeça se articula com o cor-
po do ossículo da audição vizinho, a bigorna (incus). As ondas
sonoras penetrantes são transformadas em impulsos mecânicos
pela membrana timpânica e conduzidas à orelha interna pelos
ossículos da audição (Figs. 17-10 e seguintes).

a. Labirinto ósseo – estrutura petrosa do osso temporal formada por três


cavidades.

é visto como o primeiro e, portanto, filogeneticamente, a


mais antiga forma de osso, sendo frequentemente classificado
como tecido conectivo ossificado. Durante o desenvolvimento
fetal, cada osso inicialmente consiste em osso reticular, e apenas
após o nascimento esse osso é substituído lentamente pela forma
mais complexa de osso lamelar. No entanto, alguns ossos reti-
culares são permanentes, como, por exemplo, o labirinto ósseo
na orelha, o meato acústico externo e os locais de ligação com
músculo nos ossos longos.

No entanto, alguns ossos reti-


culares são permanentes, como, por exemplo, o labirinto ósseo
na orelha, o meato acústico externo e os locais de ligação com
músculo nos ossos longos

i. Perilinfa –liquido que fica entre o labirinto ósseo e o labirinto interno, fica fora
do labirinto membranoso e o protege.

Como o estribo se encontra em contato direto com a ja-


nela do vestíbulo, a perilinfa da orelha interna é colocada em
movimento. Como a perilinfa não pode ser comprimida, seu
movimento é transmitido por meio da rampa do vestíbulo, do
helicotrema e da rampa do tímpano até a janela da cóclea, onde
induz a vibração da membrana timpânica secundária. Frequên-
cias diferentes são transmitidas para a endolinfa no ducto co-
clear pela membrana vestibular. O movimento da endolinfa re-
sulta em pressão da membrana tectória, que, por sua vez, induz
pressão sobre os cílios sensoriais, os quais estimulam as células
receptoras a enviar impulsos para o gânglio espiral. Os axônios
do gânglio espiral se unem para formar a parte coclear do nervo
vestibulococlear, o qual passa para os núcleos correspondentes
da medula oblonga.Expressões clínicas
relacionadas à orelha: otite, otoscopia, síndrome auriculotemporal,
timpanometria, timpanoscopia

ii. Cóclea - região do labirinto junto ao vestíbulo, responsável pela audição e as


suas células vibram aos estímulos sonoros.

O órgão espiral (órgão de Corti, órgão de transdução sonora)


inclui as células receptoras da audição. Ele se situa na mem-
brana timpânica do ducto coclear e segue as espirais na exten-
são da cóclea

Durante um exame
post-mortem, às vezes é necessário remover o gânglio vestibular
situado no meato auditivo interno para que se possa examinar a orelha interna.
Deve-se fazer uma incisão através do pilar central da cóclea de modo que uma
amostra de tecido possa ser coletada do
gânglio espirale do órgão espiral. O ângulo da incisão em relação à base do
crânio é específico para cada espécie

iii. Vestíbulo - região do labirinto parecida com a cabeça


Para o exame retal da genitália, prossiga como o descrito
antes. Imediatamente no sentido cranioventral do músculo es-
fincter do ânus, o vestíbulo vaginal se torna palpável como uma
forma esférica firme, com demarcação superior arredondada. O
tubo carnoso da vagina se localiza cranialmente ao vestíbulo. O
colo uterino móvel se projeta cranialmente e pode ser facilmente
detectado com a mão. O colo uterino fica acima do pécten do
osso pubiano na abertura pélvica cranial.

iv. Canais semicirculares - região do labirinto que se parecem com antenas,


responsável pelo equilíbrio do corpo.

O vestíbulo é a câmara central do labirinto ósseo. Ele se comunica com a cóclea


rostralmente e com os canais semicirculares
caudalmente. A parede lateral do vestíbulo possui duas janelas: a janela do vestíbulo,
obstruída pelo estribo e, ventral a ela,a janela da cóclea, a qual é coberta pela
membrana timpânica
secundária. Os canais semicirculares acomodam o canal semi-
circular do labirinto vestibular

Os três canais semicirculares ocupam os canais semicirculares


do labirinto ósseo . Cada ducto emerge do utrículo e é semicircular, formando dois
terços de um círculo em um plano simples antes de retornar para o sáculo. Desse
modo, cada ducto possui dois pedúnculos, mas os ductos anterior e posterior se unem
para formar um pilar membranáceo comum

Os canais semicirculares posicionam-se quase em ângulos


retos uns com os outros. O ducto anterior se orienta em um plano
transversal, enquanto o ducto posterior se orienta em um planto
sagital e o ducto lateral, em um plano horizontal.

b. Labirinto membranáceo – responsável por pegar a vibração e transformar em


impulso elétrico

labirinto membranáceo é cercado pelo labirinto ósseo


(la-byrinthus osseus), uma estrutura complexa na parte petrosa do
osso temporal. Sua forma e divisões são semelhantes às do labi-
rinto membranáceo, mas ligeiramente maiores (uma descrição
mais detalhada pode ser obtida em obras sobre histologia). O
labirinto ósseo consiste em:

Vestíbulo (vestibulum);

Canais semicirculares (canales semicirculares ossei);

Cóclea (cochlea).
i. Endolinfa – liquido presente dentro do labirinto membranoso, trabalha em
resposta a perilinfa.

O início do ducto coclear é cego e sobe dentro do canal


espiral da cóclea óssea até sua terminação cega no ápice do mo-
díolo. Ele é preenchido com endolinfa e se comunica com o labi-
rinto vestibular pelo ducto de uniã

ii. Labirinto vestibular – região do labirinto membranoso responsável pelo


equilíbrio

O labirinto vestibular compreende o sáculo (sacculus), o utrículo


(utriculus) e os canais semicirculares (ductus semicircula-
res). Há máculas sensoriais na parede do sáculo e do utrículo e
uma crista sensorial em cada ampola dos canais semicirculares
(Figs. 17-19 e seguintes). Elas sentem e conduzem impulsos de
equilíbrio através do
nervo vestibular
.

iii. Labirinto coclear - região do labirinto membranoso responsável pela audição

órgão da audição se situa na parede do labirinto coclear mem-


branoso e compõe-se do órgão espiral (de Corti) (organum spirale) no interior do ducto
coclear (ductus cochlearis) (Figs.17-19 e seguintes).

O canal espiral da cóclea se divide e


três ductos membranosos, os quais formam uma espiral ao redor do modíolo atéo
ápice da cóclea

c. Nervo vestibulococlear – nervo responsável por conectar o labirinto


membranoso ao Sistema Nervoso Central.

As fibras de ambos órgãos de sentido penetram o tronco encefálico no interior do nervo


vestibulococlear comum , o qual passa para o corpo trapezoide

O nervo vestibulococlear fornece apenas inervação sensorial e


é composto pelo nervo vestibular, referente ao equilíbrio, e pelo
nervo coclear, referente à audiçã
O nervo vestibulococlear é sensitivo e é constituído por uma parte vestibular e uma
parte coclear, sendo que ambas são formadas por fibras aferentes somáticas especiais.
Nesse sentido, as fibras da parte vestibular e da parte coclear têm função de conduzir
impulsos, respectivamente, de equilíbrio e de audição.

A origem aparente do NC VIII no encéfalo é o sulco bulbo-pontino (lateralmente ao NC


VII). Vale ressaltar que o nervo vestibulococlear não sai do crânio, ele apenas penetra
no osso temporal através do meato acústico interno, sendo essa a sua origem aparente
no crânio.
O nervo vestibulococlear é sensitivo e é constituído por uma parte vestibular e uma
parte coclear, sendo que ambas são formadas por fibras aferentes somáticas especiais.
Nesse sentido, as fibras da parte vestibular e da parte coclear têm função de conduzir
impulsos, respectivamente, de equilíbrio e de audição.

A origem aparente do NC VIII no encéfalo é o sulco bulbo-pontino (lateralmente ao NC


VII). Vale ressaltar que o nervo vestibulococlear não sai do crânio, ele apenas penetra
no osso temporal através do meato acústico interno, sendo essa a sua origem aparente
no crânio.

• Desenhe um canino com as seguintes estruturas, que estejam corretamente


identificadas (0,1 p.):

 Aurícula ou Pina;

 Meato Acústico Externo;

 Tímpano;

 Cavidade Timpânica;

 Ossículos;

 Tuba Auditiva.

 Cóclea

 Vestíbulo

 Canais semicirculares

 Labirinto vestibular

 Labirinto coclear

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