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ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CARAPEBUS


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DE ENSINO TÉCNICO – PEDAGÓGICA

Formação Continuada 2022


Professores do Ensino Fundamental II
(08 DE MAIO DE 2022)

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS ESPECÍFICAS PARA O ATENDIMENTO ÀS DEFICIÊNCIAS

Deficiência Intelectual
Dificuldades apresentadas Estratégias de intervenção Recursos
pelo aluno
Dificuldade de fala e de
linguagem

• Em se expressar, utiliza frases • Colocar-se frente ao aluno para que um possa • Figuras
simples, com omissões de olhar o outro;
• Diversas fantasias
elementos; • Usar linguagem simples e familiar, acessível à
• Em compreender instruções, compreensão da criança. A linguagem não • Livros de literatura
principalmente quando os deve ser complexa, com muitas informações • Cartões com palavras
enunciados dirigidos ao aluno ao mesmo tempo; • Letras móveis
são mais longos ou • Reforçar a fala com expressões faciais, gestos • Gibis
pronunciados com rapidez; e sinais;
• CDs
• No processamento de novas • Reforçar instruções faladas com instruções
impressas, usar também imagens, diagramas, • Computador
informações;
• Em entender linguagem símbolos e material concreto;
específica apresentada no • Checar o entendimento, pedir para o aluno
currículo escolar; repetir instruções dadas;
• Em manter o tópico de • Evitar perguntas fechadas e respostas
conversações em razão de monossilábicas do tipo “sim” e “não”. Procurar
limitação no vocabulário, na sempre tornar a resposta do aluno mais
estruturação frasal e também completa e, se ele usar monossílabo, peça
na compreensão de complementação;
enunciados • Habituar a criança a fazer relatos diários do
que fez;
• Encorajar o aluno a falar em voz alta, na sala,
dando a ele estímulos visuais;
• Desenvolver as ideias através de teatro e faz
de conta;
• Criar oportunidades onde o aluno possa falar
com outras pessoas, por exemplo, levar um
recado etc;
• Apresentar figuras coloridas e pedir que a
criança identifique-as;
• Enfatizar palavras-chaves reforçando-as
visualmente;
• Apresentar letras e levar o aluno a descobrir
sua associação com os objetos que descreve:
M de mala;
• Utilizando material concreto, levar o aluno a
descobrir conceitos como “grande”,
“pequeno”, “muito”, “pouco”, “mais”,
“menos”, etc;
• Criar pequenas situações, cujas soluções
impliquem em altos comunicativos, por
exemplo: dê uma caixa sem o conteúdo que
habitualmente a criança encontra dentro dela.
Aguarde as atitudes do aluno para resolver
situações como essa;
• Com revistas infantis (do tipo gibis), solicitar
ao aluno que associe a expressão do
personagem com sua fala, cobrindo o balão e
indagando: “O que você acha que ele está
falando?”;
• Ler para criança, construir interações parando
a leitura, fazendo algumas indagações sobre a
história;
• Realizar jogos de frases do tipo trava língua “O
rato roeu a roupa do rei de Roma”;
• Brincar de teatrinho de figuras, fantoches.
Leve o aluno a inventar histórias, imitar vozes;
Realizar brincadeiras do tipo “Telefone sem
fio”;
• Criar situações para que o aluno inicie a
comunicação. Por exemplo, frente a um
brinquedo que cai, olhe para ele com a
fisionomia de quem espera uma reação;
• Nomear os objetos que interessam ao aluno e
que estão chamando-lhe a atenção;
• Fazer perguntas para compreender melhor o
que o aluno tenta expressar;
• Reagir com entusiasmo e prazer (sem
“exagero”) às tentativas de comunicação por
parte da criança;
• Propor sons e gestos para que a criança os
imite. Faça desta situação um jogo onde cada
um tem a sua vez e na qual os sons e os gestos
podem variar;

Sugestões de atividades:
• Bingo sonoro
• Jogos para estimular a linguagem.
• Caso o aluno ainda não esteja alfabetizado,
realizar várias atividades em que deverá
transformar as letras nos sons
correspondentes, sintetizar ou reunir tais sons
em sílabas e as sílabas em palavras.
Deficiência Intelectual ou Múltipla
Dificuldades apresentadas Estratégias de intervenção Recursos
pelo aluno
Flacidez muscular (hipotonia)
• Oferecer atividades para o fortalecimento do • Tintas diversas
• Comprometimento na pulso e dedos como, por exemplo, alinhavar, • Papéis de diferentes
habilidade motora fina e desenhar, separar, cortar, apertar, construir cores e tipos:
grossa; etc; pardo, fino, de
• Atraso nas fases do • Trabalhar a psicomotricidade fina através de presente;
desenvolvimento motor, atividades diversas, como: • Jornal
tornando o desenvolvimento • Pintar com balão (bola de soprar); • Revistas
cognitivo mais lento; • Pegar bolinhas com uma peneira; • Tesouras
• Desenvolvimento afetado da • Pintar com moldes vazados; • Algodão
escrita; • Utilizar carimbos diversos; • Pinceis
• Pegar objetos com uma pinça; • Bola de soprar
• Pegar objetos com uma colher; • Moldes
• Trabalhar força dos dedos indicadores (abrir e • Vazados
fechar o pregador de roupas); • Carimbos
• Usar massinha e argila para modelagem; • Pinça
• Vestir e despir bonecos; • Colher
• Colocar os próprios calçados; • Pregador de roupas
• Pentear o próprio cabelo • Pente
• Selecionar grãos; • Garrafas
• Colocar água em garrafas; • Fitas
• Rasgar papéis para uma posterior colagem; • Lápis cera
• Realizar jogos, como, escravos de Jô; • Lixa
• Rosquear e desrosquear tampas de • Barbante
vasilhames; • Apontador
• Fazer nós e laços; • Lápis
• Abotoar/ desabotoar diferentes botões e • Argila
abrir/fechar zíper; • Massinha
• Modelar objetos e animais com massa plástica • Areia
ou argila; • Material de sucata:
• Alinhavar cartões perfurados; palitos, botões,
• Cortar papéis com a tesoura;
chapinhas, rolos de
• Apontar lápis;
• Fazer bijus com fios e contas grandes; papel, latas,
• Pintar com os dedos; sementes, folhas,
• Perfurar papéis de texturas diferentes; serragem, pedaços de
• Contornar e pintar dentro de limites; lã, retalhos de tecido
• Modelar figuras, animais, personagens; • Caixas de diferentes
• Construir mosaicos: rasgados com a mão e tamanhos;
colados livremente, formando desenhos;
• Furador
• Confeccionar máscaras;
• Desenhar no quadro de giz ou no papel;
• Desenhar sobre fundo áspero (por exemplo,
sobre uma lixa);
• Colorir com bastante força toda uma
superfície;
• Colorir com pouca força uma superfície;
• Pintar vasos, latas, potes, utilizando pincel.
Deficiência Intelectual
Dificuldades apresentadas Estratégias de intervenção Recursos
pelo aluno
Déficit de memória auditiva
recente e na habilidade de
processamento
auditivo • Dar tempo à criança para processar e • CDs
• responder às colocações verbais; • Bandinha
• Em memorizar informações a • Repetir para o aluno qualquer informação ou • Gravuras
fim de manter, processar, instrução que foi dada; • Folha
entender e assimilar a língua • Evitar instruções que sejam muito longas; quadriculada
falada em tempo suficiente • Reproduzir pequenas músicas, usando sons • Figuras e
para responder a uma produzidos pelo corpo humano. objetos diversos
solicitação; Ex.: Marcha soldado – percussão: estalando a • Latas
• Em aprender situações que língua; • Garrafas
se prendam somente a sua • De olhos fechados, e depois abertos, reagir • Livros de
habilidade auditiva; com alguma tarefa combinada previamente ao literatura
• Em seguir e lembrar de ouvir um estímulo sonoro produzido. • Balde
instruções verbais; Ex: Bater uma palma sempre que ouvir o som • Bola de gude
• No processo de leitura e de um instrumento; fechar os olhos e somente
escrita. abrir ao toque do sino; traçar uma reta sempre
que ouvir um som produzido; cortar um • Sequência ilustrada
quadrado do papel quadriculado ao ouvir um
de histórias;
som etc;
• Levantar a mão toda vez que parar um som
produzido fora do campo visual;
• Parar uma atividade assim que um som
produzido, de forma contínua, for
interrompido;
• Andar de olhos vendados em direção a uma
fonte sonora;
• Localizar e verbalizar se um som tocado está
dentro ou fora de uma caixa;
• Deslocar-se continuamente na direção de um
som que alguém produz;
• Realizar ordem simples.
Exemplo: pegue a borracha;
• Realizar ordens duplas. Exemplo: pegue a
borracha e feche a caixa. As ordens devem ser
dadas seguidas, e a criança somente as realizará
após ter ouvido ambas;
• Responder às perguntas simples sobre uma
frase ouvida;
• Mostrar fatos apresentados em gravuras
relacionadas à frase ouvida;
• Repetir uma série de palavras;
• Dar quantidade de passos de acordo com a
quantidade de estímulos sonoros;
• Marcar o número de quadradinhos em um
papel quadriculado de acordo com a
quantidade de batidas ouvidas;
• Colocar figuras ou objetos na sequência de
acordo com as palavras ouvidas;
• Cumprimento de ordens em sequência.
Ex.: Primeiro pegue a caneta e, depois, guarde a
caneta no estojo;
• Repetir uma frase acrescentando mais um
termo.
Ex.: O menino caiu da cadeira. / O menino caiu
da cadeira e chorou;
• Ordenar a sequência ilustrada de uma história
ouvida. Iniciar com a sequência de três quadros
e depois ir aumentando;
• Retirar objetos de uma caixa de acordo com as
solicitações. Começar com dois objetos e
aumentar gradativamente o número de objetos
pedidos gradativamente;
• Dizer se os sons com relação à intensidade são
iguais ou diferentes. Exemplo:
a) O professor dá uma batida leve em um
tambor, faz uma pausa e depois, dá uma batida
forte.
b) O professor dá uma batida leve no tambor e
torna a bater leve;
• Juntar aos pares, latinhas que produzem o
mesmo som.
Exemplo: latinhas que contém sementes (de
abóbora, laranja etc), pedrinhas, clipes etc;
• Ouvir um som forte e bater palmas; ouvir um
som fraco e fazer outro movimento combinado.
Exemplo: bater o pé no chão, abaixar-se etc;
• Andar lentamente ao ouvir um som de um
tambor e correr ao ouvir o som de um guizo;
• Discriminar sons de objetos com pesos
diferentes. Exemplo: ouvir ruído provocado pela
queda e dizer qual é o mais pesado;
Responder a perguntas sobre sons ouvidos;
Exemplo: Que barulho foi este? Foi produzido
aqui dentro ou lá fora? Qual foi o som mais
perto, o da buzina do carro ou o das pessoas
falando? Comparar outros exemplos,
começando por barulhos mais distintos
auditivamente e ir dificultando com sons mais
parecidos;
• Discriminar sons humanos não verbais.
Exemplo: sons de palmas, de espirro, assovio,
tosse, arrastar os pés etc;
• Realizar jogos de discriminação auditiva;
Exemplo: jogo de “Tira e põe”,
Exemplo: Colocar uma bola de gude em uma
caixa, quando ouvir um tambor. Tirar uma bola
do balde, quando ouvir um apito;
• Observar a boca do professor e reagir ao ouvir
determinado som;
Exemplo: levantar o braço toda vez que o
professor emitir o fonema /s/ (o mesmo som é
repetido muitas vezes entre outros sons – ss...
ss... ss... – e a criança levanta o braço a cada
pronúncia;
• Nota: nesta fase, o professor utiliza somente
fonemas que podem ser prolongados (/f/, /v/,
/r/, /x/, /z/).
• Realizar o exercício acima, utilizando os demais
fonemas: /p/, /b/, /d/, /k/, /g/, que serão
emitidos somente uma vez e não repetidos;
• Realizar o exercício acima, porém estando de
costas para o professor;
• Ouvir uma sequência de sons bem diferentes
auditivamente e reagir a um anteriormente
combinado;
Exemplo: bater palmas toda vez que ouvir o
fonema /s/. o professor dirá: /p/, /t/, /s/, /l/,
/s/, /v/, /r/, /s/ etc;
) • Realizar o exercício anterior, porém
dificultando-o, usando fonemas mais
semelhantes;
Exemplo: fazer um traço vertical no quadro ou
em uma folha toda vez que ouvir o fonema
/s/. o professor dirá /s/, /z/, /x/, /s/, /z/, /j/, /s/;
• Dizer se os pares de sons emitidos pelo
professor são iguais ou diferentes ( utilizar sons
contrastantes);
Exemplo: /p/ - /t/ - são iguais ou diferentes?
/p/ - /p/ - são iguais ou diferentes? Etc;
• Dizer se os pares de sons emitidos pelo
professor são iguais ou diferentes ( utilizar sons
homorgânicos, isto é, auditivamente
semelhantes: /p/ - /b/, /t/- /d/, /k/- /g/, /s/- /z/,
/f/ - /v/);
Exemplo: /f/ - /f/ - são iguais ou diferentes?
/f/ - /v/ - são iguais ou diferentes? Etc;
• Discriminar uma vogal em um grupo de vogais.
Exemplo: levantar o braço ao ouvir a vogal /a/;
a – o – i – e – a – o – u – a dizer se os pares de
vogais são iguais ou diferentes auditivamente;
• Exemplo: Bater na mesa ao ouvir vogais iguais.
a–a a–o e–e
o–e i–i u–u
• Dizer se os pares de palavras são iguais ou
diferente;
Exemplo: pote – bote cola – bola
bote – bota cala – cola
Nota: substituir apenas as vogais
• Fazer um círculo toda vez que ouvir: 1º) palavras
iguais / 2º) palavras forem diferentes;
fila – vila
feto – neto
café – café
envia – envia
Fala – mala
foca – toca
cabo – cabo
dia – mia
janela – panela
nata – cata
• Completar rimas de cantigas de roda já
conhecidas;
Atirei o pau no gato
Marcha soldado
Cai, cai, balão
Capelinha de melão
• Dizer uma frase e pedir que repita, batendo uma
palma para cada palavra;
Exemplo: “Meu cabelo é comprido.” MEU /
CABELO / É / COMPRIDO;
• Especular uma palavra que rime de acordo com
a combinação;
Exemplo: Diga uma coisa que você come e que
rima com feijão.
Diga uma coisa que você veste e que rime com
gato.
• Completar rimas:
Exemplos: um passarinho dorme no
eu ...................
Quem é que fica contente, quando está com dor
de ...........................
Vou mexer o mingau com esta colher
de ...............................
Coloquei o pião na palma da
minha ................................
Juntar cartões de figuras, de acordo com a rima
das palavras. Montar um arquivo de figuras que
rimam;
• Acrescentar uma palavra que rime com duas
outras apresentadas anteriormente;
Exemplos: meia – teia ....................................
pão – pavão ..............................................
tina – Cristina ........................................
ninho gatinho ....................................
cola – bola ...................................…
• Dizer a sílaba que aparece repetida.
Papagaio, babada
Jujuba, arara
Farofa, fofoca
Caneca, batata
Bêbedor, mamadeira
• Dizer uma palavra e dividir em sílabas
representadas: cada sílaba, um apito;
• Bater uma palma para cada sílaba da palavra
ouvida;
• Completar a série de palavras ditas pelo
professor, obedecendo à sílaba inicial já
combinada;
Exemplos:
olhos, nariz, boca, ca..........………………………….
leão, gato, elefante,
ca............................................
régua, lápis, borracha, ca................................……
mesa, sofá, banco, ca .............................
• Mostrar, dentre várias gravuras, aquelas cujos
nomes começam com a sílaba pedida;
• Dizer palavras que comecem com determinado
som, de acordo com conceitos dados pelo
professor;
Exemplo:
ba........................ – as crianças gostam de chupar.
ba........................ – o macaco come muito.
ba........................ – mamãe usa nos lábios.
ba........................ – parte do corpo
bo........................ – brinquedo adorado pelas
meninas.
bo....................... – lugar bonde ficam os dentes.
bo....................... – serve para abotoar a blusa.
• Dizer quais as palavras que terminam pelos sons
ditos pelo professor;
Exemplo: palavras terminadas em /to/
Sapato – pão – gato – mala – rato

Deficiência: baixa visão


Dificuldades apresentadas Estratégias de intervenção Recursos
pelo aluno
• Leitura e escrita; • Ampliar a pauta do caderno; • Papel cartão com
• Posicionamento para leitura e • Usar linhas vazadas (tiposcópio); linhas vazadas;
escrita; • Apresentar os recursos didáticos com cores • Ampliação de livros
• Locomoção na sala de aula; contrastantes, texturas e tamanhos; adequados e
• Tecnologia da informação e para que se tornem úteis e significativos: alfabeto, jogos;
comunicação; grade para escrita cursiva, medidor, fita métrica • Guia de leitura;
adaptada, pranchas para desenhos em relevo, • lápis 5B ou 6B;
figuras geométricas, calendário mural, baralho, • canetas de ponta
mural do tempo, jogos (dominó, dama, jogo da grossa e pincel
velha); atômico
• Apresentar palavras e textos escritos com outros preto ou azul escuro;
elementos (ilustrações táteis) para melhorar a • suporte inclinado
compreensão; para
• Utilizar softwares com magnificadores de tela e material de leitura e
programas com síntese de voz; escrita;
• Utilizar livros acessíveis em formato digital, em • cadernos com
áudio, com cores e com fontes ampliadas; pautas pretas
• Usar livros didáticos adaptados: espaçadas
• ilustrados com desenhos, gráficos, cores, gravuras simples
diagramas, fotos e outros recursos acessíveis; com poucos
• Usar objetos reais ou miniaturas, para que aluno detalhes, contrastes
manipule e compreenda o conceito apresentado; intensos, cores vivas
• Usar o plano inclinado para a leitura e escrita e contornos bem
proporcionando ao aluno a realização das definidos;
atividades com conforto visual; • tiposcópio (guia de
• Analisar a situação do aluno para decidir quanto leitura);
à iluminação do ambiente, mas, • gravadores;
preferencialmente, seguir as orientações clínicas. • Lupas manuais ou
lupas de mesa e de
Notas: apoio: úteis para
Para alguns alunos enxergarem melhor a ampliar o tamanho
professora deverá colocar uma “barreira" nas de fontes para a
janelas (colocar papel madeira nos vidros) a fim de leitura, as dimensões
que a luz natural não interfira na visão do aluno. de mapas, gráficos,
Se necessário, o aluno deverá usar chapéus ou diagramas, figuras,
bonés para ajudar a diminuir o reflexo da luz em etc;
sala de aula. • Evitar papéis
Em outros casos deverá ser utilizada iluminação brilhosos para
natural. leitura;
• Organizar o ambiente de maneira acessível e • Objetos arrumados
combinar qualquer mudança; e localizados em
• Melhorar o ângulo de visão do aluno; locais acessíveis;
• Elevar o monitor à altura mediana da visão; • Suporte de textos;
• Trabalhar com um sistema alternativo de • Objetos arrumados
comunicação adaptado às possibilidades do em locais acessíveis;
aluno: tipos escritos ampliados (ampliação de • Suporte de textos;
fontes, de sinais e símbolos gráficos em livros, • Edição de textos e
apostilas, textos avulsos, jogos, agendas, entre leitura via áudio.
outros);

Deficiência: Física
Dificuldades apresentadas Estratégias de intervenção Recursos
pelo aluno

• Na postura e mobilidade; • Acomodação nos mobiliários para uma boa • Suporte para
• Na habilidade motora fina; postura, conforto, segurança e autonomia textos Suporte
• Coordenação motora global e do aluno; para a mesa de
noção espaço-temporal na • Desenvolver atividades de estimulação da computador
escrita. coordenação motora fina prevalecendo a • Mobiliário
capacidade de usar as mãos e os dedos: adequado
• Estimular os movimentos das mãos com • Pinça
atividades de rasgar, cortar, amassar,
• Jogos diversos
desenhar,
• Objetos
• pintar etc;
• Andar devagar até o fim da sala; • Papéis
• Andar depressa, voltando ao ponto de
partida; • Revistas
• Andar devagar, depois correr uma mesma • Livros de histórias
distância demarcada na quadra. Levar o • Cartaz de rotina
aluno diária
perceber o tempo despendido numa e na • Relógio
outra atividade; • Bambolê
• Bater bola e pular corda, devagar e • Bola
depressa; • Corda
• Correr, bater palmas, bater os pés, com
• Aparelho de som
ritmo, dentro de um espaço de tempo, em
• Cola
situações
relacionadas com: lançamento de bolas • Tesoura
pequenas e grandes, em caixas de diversos • Sementes
tamanhos, cesta de basquete ou círculos • Botões
desenhados no chão; • Numerais
• Saltos e transposição de obstáculos; • Letras
• Marchas em equilíbrio (em barras, linhas • Figuras geométrica
etc) • Cartões com figuras
• Compor histórias com início, meio e fim; • Lápis de cor
• Determinar a sequência dos fatos de
histórias vivenciadas e/ou lidas pelo
professor;
• Trabalhar os horários das atividades de vida
autônoma e social;
• Trabalhar noção de tempo, como passado,
presente e futuro. Exemplo: Contar o que
realizou ontem, o que fez hoje e o que fará
amanhã;
• Espalhar sobre a mesa ilustrações de
revistas e pedir ao aluno que invente
história tomando por base as figuras. Caso o
aluno consiga e demonstre interesse,
alternar a ordem das figuras e pedir que
conte novas histórias;
• Mostrar tiras de histórias em quadrinhos.
Contar a história e solicitar ao aluno que a
reconte, quando possível;
• Solicitar ao aluno que relate seu dia. Fazer
perguntas que o ajude a reconstruir os
diferentes momentos desse dia;
• Com o auxílio de fotografias, estimular a
capacidade de recordação;
• Exercícios para adaptar a musculatura do
braço a movimentos próprios da escrita, não
só quanto ao traçado como também à
pressão (das mãos e dedos);
• Abrir e fechar as mãos;
• Fazer movimentos de tocar piano,
controlando a pressão sobre a carteira;
• Fazer movimentos de pinça com todos os
dedos, controlando a pressão;
• Fazer movimentos de tesoura com todos os
dedos;
• Separar quanto à espécie ou tamanho as
sementes ou botões de uma caixa;
• Fazer recorte com o dedo ou com a tesoura;
• Alinhavar cartões com figuras, letras,
numerais, formas geométricas;
• Ligar pontos, formando figuras;
• Fazer contornos;
• Colorir com pincel, com lápis de cor.

Deficiência: TEA
Dificuldades apresentadas Estratégias de intervenção Recursos
pelo aluno

Interação social • Familiarizar o aluno com o ambiente escolar, • Pranchas de


através do reconhecimento e exploração dos comunicação;
• Áreas da comunicação e espaços, objetos etc; • Sistema de
da linguagem; • Promover a comunicação com o aluno a partir Comunicação
• Comprometimento na do seu contexto social (apoio visual com base no Alternativa; e
interação social; cotidiano: cartazes de rotina; fotos de locais ou aumentativa
do aluno em diferentes momentos e espaços); (recursos de baixa
• Entrevistar pessoas próximas ao aluno para tecnologia e de alta
conhecer os seus interesses, tipos de tecnologia:
comportamento, habilidades motoras, visuais, Softwares diversos);
auditivas etc a fim de construir um sistema ideal • Questionário para
de comunicação entre os mesmo e /ou produzir entrevistas com a
materiais pedagógicos; família e pessoas do
• Desenvolver diferentes habilidades do aluno, cotidiano aluno;
motivando-o em atividades que envolvam seu • Livros literatura;
objeto de fixação. A melhor maneira de lidar • Miniaturas de
com esta fixação é usá-las para motivar os objetos e alimentos;
trabalhos da escola. Exemplo: se a criança gosta • Fotografias;
de trens, leia um livro sobre trens e faça • Calendário
exercícios de matemática usando trens; adaptado;
• Desenvolver atividades pedagógicas utilizando • Rotina ilustrada;
pranchas de comunicação que contenham • Jogos diversos;
alimentos que o aluno costuma solicitar; • Computador.
• Utilizar-se de atitudes, expressões faciais, gestos
manuais, signos gráficos para comunicar-se com
o aluno;
• Utilizar sistemas de Comunicação Alternativa e
Aumentativa (CAA);
• Ler histórias curtas com poucas imagens;
• Utilizar calendários ilustrados de Comunicação
Alternativa e/ou Aumentativa contendo bem
especificada, a rotina do aluno e fazer pequenas
modificações na medida em que se busca alterar
essa rotina;
• Utilizar softwares do sistema de CAA;
• Desenvolver atividades de CAA possibilitando a
interação da criança com as pessoas do seu
cotidiano (atenção compartilhada durante jogos
e brincadeiras, hora do lanche; levar a mão de
outra pessoa ao objeto desejado etc);
• Acolher às necessidades do aluno;
• Promover a participação do aluno nos
momentos de refeições com os colegas;
• Trabalhar primeiramente com objetos reais e
fotos;
• Apresentar a palavra escrita e a figura em um
cartão. Muitos autistas são pensadores visuais,
não pensam através da linguagem. Geralmente,
substantivos são as palavras mais fáceis de
aprender, pois em sua mente ele pode relacionar
a palavra a uma figura. Para ensinar substantivos
a criança precisa escutar você falar a palavra, ver
a figura e a palavra escrita simultaneamente. O
mesmo deve acontecer quando for ensinar um
verbo: segure um cartão que diz “pular” e você
fala “pular” enquanto executa o ato de pular;
• Utilizar constantemente a fala, verbalizando os
momentos de comunicação com o aluno,
mesmo quando utilizar-se de outro sistema de
comunicação;
• Conhecer os tipos mais usuais de intervenção
com crianças autistas:
Exemplos:
a) método TEACCH* - Tratamento e educação
para crianças autistas e com distúrbios
correlatos da comunicação;
“O TEACCH se baseia na organização do
ambiente físico através de rotinas - organizadas
em quadros, painéis ou agendas - e sistemas de
trabalho, de forma
a adaptar o ambiente a fim de tornar mais fácil
para a criança compreendê-lo, assim como
compreender o que se espera dela. Através da
organização do ambiente e das tarefas da
criança, o TEACCH visa desenvolver a
independência da criança de modo que ela
necessite do professor para o aprendizado, mas
que possa também passar grande parte de seu
tempo ocupando-se de forma independente”;
Trabalhar conceitos demonstrando-os de forma
concreta. Por exemplo: ao ensinar o conceito de
para cima / para baixo, utiliza-se um avião de
brinquedo e diz “para cima” enquanto faz o
movimento de decolagem e “para baixo”,
enquanto faz o movimento de aterrissagem;
Usar métodos visuais concretos para ensinar
conceitos numéricos:
b) ABA* - Análise aplicada do comportamento
O tratamento comportamental analítico do
autismo visa ensinar à criança habilidades que
ela não possui, através da introdução destas
habilidades por etapas. Cada habilidade é
ensinada, em geral, em esquema individual,
inicialmente apresentando-a associada a uma
indicação ou instrução.
O PECS foi desenvolvido para ajudar crianças e
adultos com autismo e com outros distúrbios de
desenvolvimento a adquirir habilidades de
comunicação. O sistema é utilizado
primeiramente com indivíduos que não se
comunicam ou que possuem comunicação, mas
a utilizam com baixa eficiência. O nome PECS
significa “sistema de comunicação através da
troca de figuras”, e sua implementação consiste,
basicamente, na aplicação de uma sequência de
seis passos. O PECS visa ajudar a criança a
perceber que através da comunicação ela pode
conseguir muito mais rapidamente, as coisas
que deseja, estimulando-a a comunicar-se e,
muito provavelmente, a diminuir drasticamente
problemas de conduta.

Deficiência: INTELECTUAL
Dificuldades apresentadas Estratégias de intervenção Recursos
pelo aluno
• No raciocínio lógico • Realizar e/ou contar agrupamentos de objetos; • Material diverso para
matemático • Realizar atividades de formação de conceitos de contagem: tampas
adição, subtração, multiplicação, divisão etc de garrafas,
• Na linguagem matemática utilizando o material Cuisenaire e o Material pedrinhas, papel
Dourado; picado, argila etc
• Realizar contagens de acordo com as quantidades • Material Cuisenaire
solicitadas; • Material Dourado
• Coletar dados, elaborar e analisar gráficos; • Revistas
• Realizar jogos diversos: dominó, liga pontos, liga • Jogos diversos
números, cartas de baralho, quebra cabeça, • Dinheirinho
tangran, jogos de dados etc, para a descoberta de • Dados
conceitos e signos matemáticos;
• Fita métrica
• Estimular a medição com fita métrica;
• Calendários
• Descobrir a relação dos números no cotidiano, • Números
medindo objetos, observando calendário, idade
confeccionados em
do aluno e dos familiares, relógio etc;
diversos materiais
• Realizar transações com cédulas e moedas;
• Caixa de fósforo
• Usar o teclado do computador para estimular a
• Garrafas
descoberta dos números e seus significados;
• Caixinha de números
• Realizar as atividades propostas no livro “Brincar
• Caixinha de objetos
Para Todos” do Ministério da Educação que
objetiva trabalhar conceitos de números, • Blocos lógicos
quantidade e operações matemáticas, • “jogo dos sete
estabelecer comparações, semelhanças e erros”.
diferenças, fazer seriação e classificação,
desenvolver a capacidade de comparar, parear e
classificar:
• Exemplos:
• Pendurando formas,
• Formcolor
• Formatando
• Forme formas
• Formas e cores
• Gira-gira
• Rebola bola
• Formas e números
• Livro das grandezas
• Prancheta geométrica
• Encaixando
• Caixinha de números
• Numerito
• Para classificar
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ANTUNES, Celso. A construção do afeto. São Paulo: Augustus, 2003.


BAPTISTA, Cláudio; BOSA, Cleonice. Autismo e Educação: Reflexões e propostas de intervenção. Porto
Alegra: Artmed, 2007.
BOATO, Elvio Marcos. Henri Wallon e a deficiência múltipla: uma proposta de intervenção pedagógica.
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