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TECIDOS LINFÓIDES

TECIDOS
LINFOIDES

IMUNOLOGIA BÁSICA 1
TECIDOS LINFÓIDES

TECIDOS
LINFOIDES

CONTEÚDO: YARA DE OLIVEIRA PENA


CURADORIA: FABRÍCIO MONTALVÃO

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TECIDOS LINFÓIDES

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4

CIRCULAÇÃO DE LINFÓCITOS.................................................................... 4

Órgãos linfoides primários ou centrais ....................................................... 5

TIMO .............................................................................................................................................................. 5

MEDULA ÓSSEA ....................................................................................................................................... 6

ÓRGÃOS LINFOIDES SECUNDÁRIOS OU PERIFÉRICOS ....................... 7

LINFONODO ............................................................................................................................................... 7

PLACAS DE PEYER .................................................................................................................................. 8

BAÇO ............................................................................................................................................................ 8

Referências....................................................................................................... 9

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TECIDOS LINFÓIDES

INTRODUÇÃO específicos, como: placas de Peyer no in-


testino.
Os órgãos e tecidos linfoides podem ser
estudados por diferentes visões, como por
exemplo: pela patologia e pela histologia.
Neste resumo, serão evidenciados pontos
importantes que irão auxiliar na compreen- Há outros tecidos que são considera-
são da imunologia. Podem ser divididos dos órgãos linfoides secundários
em: pela organização que possuem, lem-
brando a arquitetura dos linfonodos.
Órgãos linfoides primários ou cen- Estes também podem iniciar uma
resposta imune e, são denominados:
trais: timo e medula óssea. São chamados
• Tecidos Linfoides Associados
de centrais pois estão envolvidos com a
à Mucosa (MALT)
produção de células do sistema imunoló- • Tecidos Linfoides Associados
gico. A medula óssea é responsável por ao Trato Gastrointestinal
produzir todas as células do sangue e do (GALT)
sistema imune, em um processo denomi- • Tecidos Linfoides Associados
ao Trato Respiratório (BALT)
nado hematopoiese. Em um determinado
momento, os linfócitos T produzidos na
medula óssea migram para o timo para so-
frer o processo de maturação.
CIRCULAÇÃO DE LINFÓCITOS
Os linfócitos não ficam imóveis nos órgãos
Órgãos linfoides secundários ou periféri- linfoides secundários até que se apresente
cos: baço e linfonodos (gânglios). Estes es- o antígeno para eles. A circulação ocorre
tão relacionados com o armazenamento desde a produção desses progenitores de
das células do sistema imune produzidas linfócitos T e linfócitos B nos órgãos linfoi-
na medula óssea e amadurecidas no timo, des primários que, por meio da circulação
como no caso dos linfócitos T. O baço está sanguínea chegam até os órgãos linfoides
associado à circulação sanguínea, já os lin- secundários.
fonodos ou gânglios são estruturas orga-
nizadas que se distribuem ao longo do sis- Quando ocorre a entrada de antígenos no
tema linfático e são responsáveis pela fil- organismo, as células dendríticas, captu-
tragem de antígenos que alcançam esse ram estes antígenos e migram para a cir-
sistema. Estes últimos, dependendo do lo- culação linfática, chegando até o linfonodo
cal onde se encontram, recebem nomes regional mais próximo, onde ativam os

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linfócitos T virgens. Esses linfócitos se- Essa migração é importante para que os
guem para a circulação sanguínea através linfócitos sejam dirigidos para os sítios
do ducto torácico, que comunica o sistema onde está ocorrendo a infecção e, também,
sanguíneo e o sistema linfático, formando para realizar a vigilância do organismo.
uma circulação denominada sistêmica.

Figura 1 - Circulação de Linfócitos

Fonte: ABBAS, Abul K. Imunologia Celular e Molecular, 4° edição, 2014

ÓRGÃOS LINFOIDES PRIMÁRIOS trabéculas. Nele encontram-se linfócitos T


OU CENTRAIS em várias etapas do processo de matura-
ção e, estas células são denominadas ti-
TIMO mócitos.
O timo é considerado um órgão bilobulado,
localizado logo acima do coração, no me- Os progenitores dos linfócitos T chegam
diastino anterior. É envolto por uma cáp- através da circulação sanguínea ao timo
sula de tecido conjuntivo que envia proje- pela interface do córtex e medula. À me-
ções para o interior do órgão, formando as dida que sofrem o processo de maturação,

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ascendem para regiões mais superficiais


do córtex e, ao sofrer os estágios de sele- Figura 2 - Representação do Timo

ção, migram para a medula do timo, onde


são encontrados linfócitos T maduros.

Devido ao fato dos linfócitos T ainda não


maduros se encontrarem no córtex, forma-
se a barreira hematotímica, que em sua
composição há macrófagos e células epi-
teliais formando uma barreira impermeável
para evitar o contato de antígenos com lin- Fonte: COICO, Richard. Imunologia, 2019.
fócitos imaturos.

MEDULA ÓSSEA
Os linfócitos T no timo passam por gran-
A medula óssea é encontrada em todas as
des eventos no córtex de seleção positiva
fases da vida, porém a quantidade e a dis-
e negativa. Para que esse processo ocorra
posição desse órgão mudam com o passar
de forma adequada, é necessária a exis-
dos anos. Quando o bebê nasce, a medula
tência de uma série de células nessa re-
óssea é encontrada em todos os ossos do
gião, como por exemplo: células dendríti-
corpo e, com o passar dos anos é encon-
cas, que atuam como apresentadoras de
trada apenas nos ossos chatos. Ao longo
antígenos; células epitelioides; macrófa-
da puberdade, os locais onde são encon-
gos, que são importantes para o processo
trados diminuem cada vez mais, até que na
de fagocitose; e células apoptóticas, que
fase adulta é encontrada apenas em estru-
são células mortas e representam cerca de
turas ósseas longas.
95% dos progenitores de linfócitos T que
sofreram seleção negativa.
Esse órgão é responsável pela hematopoi-
ese, portanto, atua na produção das célu-
Há no timo de humanos um aglomerado de
las do sistema sanguíneo e imunológico. À
células que formam o chamado corpúsculo
medida que essas células amadurecem,
de Hassal, que provavelmente estão asso-
com exceção dos linfócitos T que amadu-
ciadas a células T regulatórias, um tipo de
recem no timo, são enviadas para outros
linfócitos T, porém sua função ainda não
órgãos nos quais irão realizar suas funções
está totalmente elucidada.
no organismo.

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ÓRGÃOS LINFOIDES SECUNDÁ- regiões do córtex denominadas folículos


RIOS OU PERIFÉRICOS linfoides que, quando não estão estimula-
dos é denominado folículos primários e,
LINFONODO quando estimuladas são denominados fo-
O linfonodo é um órgão linfoide secundário lículos secundários. Essa disposição é
que possui sua arquitetura muito bem de- mantida por um gradiente de quimiocinas
finida, com as células organizadas ao longo que atraem linfócitos T e B.
da estrutura. Estão associados à circulação
linfática, portanto, possuem uma veia lin- Essa arquitetura é fundamental para a res-
fática aferente e uma veia linfática efe- posta imune adaptativa iniciar. Quando as
rente, que são responsáveis pela entrada e células apresentadoras de antígenos esti-
saída da linfa, respectivamente. Assim mulam os linfócitos T, estes enviam “hel-
como o timo, os linfócitos apresentam uma pers” para estimular os linfócitos B. Ambos
cápsula de tecido conjuntivo que emite migram para regiões denominadas centros
projeções para o interior do órgão, for- germinativos, que é fundamental para:
mando as trabéculas. Pode ser dividido em • Selecionar anticorpos de alta afini-
seu interior e córtex e medula. dade,
• Trocar classes de imunoglobulinas,
Esse órgão é rico em linfócitos T e linfóci- • Formação de memória.
tos B, mas também é possível encontrar
outras células em seu interior, como por Figura 3: Representação de linfonodos
exemplo: células apresentadoras de antí-
genos (macrófagos e células dendríticas,
principalmente) e neutrófilos. Essas células
são necessárias para o bom funciona-
mento do órgão, visto que este é distribu-
ído ao longo de todo o corpo associado ao
sistema linfático.

Os linfócitos T e B não estão dispostos ale-


atoriamente no órgão. Há regiões ricas em
linfócitos T na interface entre o córtex e a
medula, denominada região paracortical.
Fonte: ABBAS, Abul K. Imunologia Celular e Mole-
Já os linfócitos B ficam concentrados nas
cular, 4° edição, 2014.

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PLACAS DE PEYER linfoide/1-imunologia-imunologia-basica-orgaos-


linfoides-fabricio-montalvao>
As placas de peyer também são conheci-
das como Tecido Linfoide Associado à Mu-
cosa (MALT). Possui sua organização BAÇO
muito semelhante ao linfonodo. Como es- O baço está associado à circulação sanguí-
tão localizados no intestino, em seu exte- nea, sendo um “filtro” para o sangue. Pos-
rior há enterócitos recobrindo toda a placa sui duas regiões bem definidas, denomina-
e, no interior, é composta por células den- das: polpa branca e polpa vermelha.
dríticas, regiões de linfócitos T e folículos
de linfócitos B que também são mantidas A polpa vermelha está associada à destrui-
separadas por quimiocinas. ção, por macrófagos esplênicos, das he-
mácias envelhecidas. Já a polpa branca
Há uma célula encontrada nesse órgão que está associada a células do sistema imune,
o difere de linfonodos, denominada célula sendo rica em linfócitos T e linfócitos B,
M, que é especializada e transporta antíge- neutrófilos e células NK. Os linfócitos T da
nos do lúmen intestinal para a placa, onde polpa branca se organizam na bainha peri-
será captada por células apresentadoras arteriolar, ao redor da arteríola central e, os
de antígenos para iniciar a resposta imune linfócitos B se encontram na periferia em
adaptativa. Esse tecido é mantido para ini- zonas, denominadas folículos. A manuten-
ciar uma reação caso ocorra a entrada de ção dessa disposição é feita por quimioci-
antígenos pelas paredes do intestino e se nas e é fundamental para o contato de lin-
associa intimamente com o sistema linfá- fócitos B e T para ativação do sistema
tico. imune adaptativo.

Figura 4: Representação das Placas de Peyer Figura 5: Representação do Baço

Fonte: <https://www.jaleko.com.br/sala-de- Fonte: ABBAS, Abul K. Imunologia Celular e Mole-


aula/imunologia-basica/tecidos-linfoides/orgaos- cular, 4° edição, 2014.

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REFERÊNCIAS

Imunologia Básica: Tecidos linfoides (Professor Fabrício Montalvão). Jaleko Acadêmicos.


Disponível em: <https://www.jaleko.com.br>.

ABBAS, A. K; LICHTMAN, A. H; PILLAI, S. Imunologia básica: funções e distúrbios do sistema


imunológico. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

COICO, Richard. Imunologia / Richard Coico, Geoffrey Sunshine; tradução Eiler Fritsch Toros.
– [Reimpr.] - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.

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